sexta-feira, 16 de junho de 2017

Mordaças no povo

'Ouvir o povo não pode ser considerado golpe, sob qualquer argumento. Golpe contra quem?' (Haddad defende Diretas no 55º Congresso da UNE).

Fonte: CARTA MAIOR
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A NOSSA PÁTRIA MÃE GENTIL. COM QUEM TEM DINHEIRO OU PODER


14 DE JUNHO DE 2017 POR LUCIANA OLIVEIRA

A semana começou agitada com fatos graves no noticiário nacional.

O PSDB anunciou que segue agarrado a Michel Temer como torniquete pra estancar a rejeição às reformas que praticamente toda a população rejeita.

O senador afastado Aécio Neves, não está afastado. Segue com o nome no painel de votação do senado e com as garantias que o cargo confere.

A irmã, o primo e o assessor de um senador amigo íntimo estão presos, investigados por intermediação e transporte de propina de 2 milhões de reais da JBS para bancar a defesa de Aécio Neves.

O juiz Sérgio Moro absolveu Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sérgio Cabral, colecionadora de joias caríssimas, das acusações de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por falta de provas.

Tudo isso, no entanto, repercutiu bem menos que a denúncia da jornalista Miriam Leitão sobre uma suposta agressão sofrida num voo.

O fato teria ocorrido há 10 dias e até o momento não há provas de que ocorreu como relatado pela jornalista, por angustiantes duas horas.

Há relatos que a desmentem, mas são como o dela, apenas relatos.

Que esse tipo de protesto, sobretudo dentro de uma aeronave é algo condenável, muitos denunciam faz tempo e com provas inequívocas. Não só em voos, mas em restaurantes, velórios, hospitais, em portas de casas de investigados.

É inaceitável, mas Miriam não pode imitar Andrea Neves alegando não saber de onde vem tanto ódio e há quanto tempo isso acontece.

Seria mais honesto reconhecer que a intolerância por posições ideológicas fez dela mais uma vítima, não ‘a’ vítima.

Há menos de um ano, ano no auge da campanha que o PSDB venceu em Porto Velho, capital de Rondônia, denunciei uma ameaça de morte no meu blog.

Publiquei a mensagem ameaçadora que havia recebido de um grupo de WhatsApp, preservando os que participaram do diálogo em que o atual prefeito e uma deputada federal tucanos eram citados.

Se eu não parasse de criticá-los iriam ‘fechar meu bico’.

Como não sou Miriam Leitão, nem jornalista de um grande veículo de comunicação, minha denúncia foi completamente ignorada.

A mensagem original com nomes de quem participou da conversa foi encaminhada a órgãos de segurança, para quem sabe, se ‘fecharem meu bico’, deem atenção ao que denunciei.



Depois denunciei uma abordagem intimidadora de militantes tucanos, entre eles militares, quando fazia compras no mercado com meu filho.


Também publiquei um artigo sobre o apelo do vice-presidente do PSDB em Porto Velho ao extermínio da esquerda. Ele pedia “justiça x faxina” numa publicação no facebook para “extirpar de vez todos os vermes esquerdopatas, petistas e políticos tradicionais da pior espécie.”
Ninguém deu a mínima e o vice-presidente do PSDB virou chefe de gabinete do prefeito.
Queria ter usufruído da solidariedade que jornalistas da minha aldeia ofertam à Miriam Leitão, mas não esperei por isso.
Só o Brasil 247 registrou tudo que denunciei, pelo que, agradeço.
Mais que o lastro profissional e o poder de fogo na imprensa, o que me diferencia da jornalista global é que não esperei ser vítima para condenar agressões motivadas por ódio partidário.
Faço isso desde que colunistas da direita classificaram os eleitores de esquerda como petralhas, mortadelas, militontos, esquerdopatas e bovinos, potencializando protestos insanos.
Se Miriam se sentiu ofendida e ameaçada só agora por deixar claro seu posicionamento político do golpe ao caos, sinceramente, tem mais sorte que eu e muitos.
Eduardo Guimarães que foi levado coercitivamente a depor, teve sua casa vasculhada e perdeu dinheiro com seu blog, que o diga.
Não é com hipocrisia que o pais vai superar essa onda de intolerância partidária.
Muito menos com oportunismo tardio.
Ninguém deve ser abordado agressivamente com protestos por expressar sua opinião.
E a compreensão de que isso é abominável, que motiva solidariedade coletiva nas redes sociais e na imprensa, não deve ser um privilégio de quem tem poder de fogo ou dinheiro.
Fonte: Blog da Luciana Oliveira
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Fonte: BRASIL DE FATO
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Vivemos tempos estranhos no país. O golpe, que teve o apoio dos grandes meios de comunicação, consegue ser tão violento quanto o golpe militar de 1964. Talvez seja ainda mais violento, pois não fechou o congresso e nem acabou com direitos e liberdades , como ocorreu em 1964, no entanto, o estado foi capturado e as lideranças que comandam o país criaram o estado criminoso, onde o crime em todas as suas modalidades dita as regras para o povo. Quando crime comanda, somente uma grande reação popular para colocoar o país nos trilhos da civilidade

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