segunda-feira, 26 de junho de 2017

Dia internacionall de apoio às vítimas de tortura

Dia Internacional em Apoio às Vítimas de Tortura foi instituído pela ONU em 1997

Data visa criar condições de amparo solidário, material e psicológico às vítimas de torturas e maus-tratos
Carmen Lúcia

Manifestação em 2012, em São Paulo, para expor publicamente ex-militar reformado acusado de ter comandado sessões de tortura / Marcelo Camargo/Agência Brasil

Hoje é o Dia Internacional em Apoio às Vítimas de Tortura. O dia 26 de junho foi escolhido pelas Nações Unidas em 1997. Neste dia em 1987 entrou em vigor a Convenção contra a Tortura e outras Penas ou Tratamentos Cruéis, Desumanos ou Degradantes da qual o Brasil é signatário.

A comunidade internacional já tinha condenado a tortura na Declaração Universal dos Direitos Humanos adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1948, mas a prática continuava.

A prisão, a tortura, o assassinato e o desaparecimento forçado continuam sendo registrados na história da Humanidade. O acesso à educação, à tecnologia e o avanço da ciência não foram suficientes para acabar com essa violência que busca aniquilar a personalidade da vítima e nega a dignidade do ser humano.

Na América do Sul, ela foi adotada por todos os regimes comandados por militares durante o Século XX.

No Brasil a proibição à tortura foi incluída na Constituição Federal de 1988 e deve ser observada por todos os cidadãos e autoridades de direito público ou privado.

A Comissão Nacional da Verdade apurou que durante o período do regime militar a tortura foi utilizada das mais diversas formas, com agressões físicas e psicológicas, prisões irregulares e desaparecimentos de ativistas políticos.

A violência foi traço constante na construção deste momento histórico. Prisões, sumiços, além de outros meios de manutenção do poder envolveram agressões físicas e psicológicas.

Apesar de todo esforço da comunidade internacional para combater essa prática, ela ainda ocorre em diversos países sendo aplicada sistematicamente como política repressiva e de investigação.

Fonte: BRASIL DE FATO
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A tortura é com certeza a pior de todas as covardias que se pode praticar contra outra pessoa. O torturado, sempre, é uma pessoa
em condições de não poder se defender, e, em assim sendo, é dominado pelo torturador que se delicia com atrocidades que comete. Durante o período da ditadura militar mulheres que foram presas e torturadas tiveram seus seios arrancados com mordidas dadas pelos torturadores. A barbárie da tortura infelizmente ainda se faz presente nos dias atuais, com o agravante de receber apoio de uma considerável parcela da população brasileira, que vê em tais práticas uma maneira válida de se extrair informações. Por outro lado, o torturador enquanto uma pessoa perversa, na maioria das vezes assim se revela devido a negação de si próprio, algo quase sempre relacionado com uma orientação sexual não aceita. A violência extrema contra o outro submisso, indefeso, é o momento de rejeitar a si próprio, torturar-se, negar-se pelo auto flagelo e dor que acompanham sua vida. O torturador é um psicopata, uma pessoa doente com gravíssimos transtornos psicológicos, que como tal deveria viver à margem do convívio social em centros especializados de tratamento. Quanto as pessoas vítimas da tortura, o amparo, a solidariedade e em alguns casos até mesmo o apoio psicológico se fazem necessários, pois em não existindo sequelas físicas o trauma psicológico pode acompanhar a pessoa, paralisando-a, impedindo-a de agir e viver, ainda que livre de tais práticas, uma vez que sonhos, planos, projetos de vida desparecem da vida de pessoas torturadas que lutam apenas para que se mantenham vivas

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