terça-feira, 13 de junho de 2017

Leitão prova do próprio veneno, mas sobrevive

  1. Dirceu, Dilma, Marisa, Lula conhecem o ódio agora relatado por Mirian Leitão. É cruel, não é espontâneo, foi instigado diuturnamente pela Globo



    Escrachada por petistas em voo, sábado, Mirian Leitão reclama do ódio, com razão.
    É horrível, como o que verte de sua coluna e dos interesses que ecoa
  2. Fonte: O GLOBO
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  4. O “escracho” é método dos bárbaros

    POR FERNANDO BRITO · 13/06/2017


    A expressão “escrachar” ficou conhecida pela boca do apresentador de TV Wagner Montes, figura que dispensa comentários, tal como esta autoria já demonstra a natureza deste tipo de comportamento.

    De alguns anos para cá, uma parte da esquerda – ou de gente que se acha de – encampou e acabou por, de alguma forma, legitimar estes atos de grosseria, de estupidez e – não há porque deixar de chama-lo pelo nome – e de agressão.

    Assim, não há como classificar de outra forma as provocações e xingamentos dirigidos a Miriam Leitão durante um voo de Brasília para o Rio de Janeiro.

    Não quer dizer que Miriam não possa ser atacada por suas posturas políticas e por seu incansável propagandismo neoliberal. Pode e deve. Mas isso não tem absolutamente a ver com agressões pessoais, ainda que verbais, em ambientes públicos ou privados.

    Não é relevante que – ao menos que eu me recorde – ela não se tenha mostrado tão ofendida quando estes selvagerias de aeroporto se abateram sobre outras pessoas, de seu desagrado. Uma omissão não justifica outra e é preciso que se diga claramente que isso é uma covardia brutal, porque não foi um ato individual, que já seria condenável, mas de um grupo, o que é inadmissível.

    Assim, sem relativismos.

    Estes gestos de barbárie e ódio só levam água ao moinho da histeria que tornou complexo o execício do convívio no Brasil.

    Mas é também um gesto odioso o tentar emprestar à esquerda ou ao próprio PT – e registro que ela própria fez esta ressalva – a generalização deste comportamento. Porque segue a mesma deformação mental de transferir para ideologias ou partidos transgressões de alguns ou, simplesmente, legitimam como “insatisfação” o que é xingamento e agressão, inclusive a mulheres, como fizeram a Dilma Rousseff em dúzias de episódios.

    Mesmo quando silenciavam nestes casos, em outros não escondiam seus ódios.

    E é isso o que, muitas vezes, a colunista global e os que se manifestam a seu favor muitas vezes fizeram, não num avião, diante de dezenas de pessoas, mas (ainda que com palavras mais jeitosas) na televisão, para milhões de brasileiros.

Fonte: TIJOLAÇO
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Os buracos na narrativa de Míriam Leitão sobre a agressão no voo. Por Kiko Nogueira
Por Kiko Nogueira
- 13 de junho de 2017
Míriam Leitão

Míriam Leitão merece toda a solidariedade pela violência que, segundo ela conta em sua coluna, sofreu num voo da Avianca.

Isto posto, há alguns buracos em sua narrativa que merecem elucidação.

Ela afirma que foi vítima de “um ataque de violência verbal por parte de delegados do PT”.

“Foram duas horas de gritos, xingamentos, palavras de ordem contra mim e contra a TV Globo. Não eram jovens militantes, eram homens e mulheres representantes partidários. Alguns já em seus cinquenta anos. Fui ameaçada, tive meu nome achincalhado e fui acusada de ter defendido posições que não defendo”, descreve.

O fato se deu em 3 de junho num avião que ia de de Brasilia para o Rio de Janeiro. Ou seja, Míriam levou dez dias para expôr o ocorrido.

Por quê?

“Foram muitas as ofensas, e, nos momentos de maior tensão, alguns levantavam o celular esperando a reação que eu não tive. Houve um gesto de tão baixo nível que prefiro nem relatar aqui. Calculavam que eu perderia o autocontrole. Não filmei porque isso seria visto como provocação. Permaneci em silêncio. Alguns, ao andarem no corredor, empurravam minha cadeira, entre outras grosserias”.

Um linchamento estava a caminho, mais que um escracho.

Diante de um fato de tamanha gravidade, por que não lavrou um boletim de ocorrência ali mesmo no aeroporto?

Miriam atesta que eram “delegados do PT” e “profissionais do partido”.

Como ela sabe disso? Através das roupas deles? Dos óculos? Das feições lombrosianas?

Os agressores, de acordo com ML, eram também ignorantes contumazes.

“Ameaçaram atacar fisicamente a emissora, mostrando desconhecimento histórico mínimo: ‘quando eles mataram Getúlio o povo foi lá e quebrou a Globo’, berrou um deles. Ela foi fundada onze anos depois do suicídio de Vargas”, afirma.

Ora. O Globo estava na ativa há longos 29 anos. Carros do jornal foram destruídos quando da morte de Getúlio e a redação foi atacada.

No Facebook, um homem que se declarou presente no avião desmentiu a colunista.

“Eu estava no vôo e ninguém lhe dirigiu diretamente a palavra, justamente para você não se vitimizar e tentar caracterizar uma injúria ou qualquer outro crime”, relatou Rodrigo Mondego.

“O que houve foram alguns poucos momentos de manifestação pacífica contra principalmente a empresa que a senhora trabalha e o que ela fez com o país. A senhora mente também ao dizer que isso durou as duas horas de vôo, ocorreu apenas antes da decolagem e no momento do pouso. Se a carapuça serviu com os gritos de ‘golpista’, era só não ter apoiado a ação orquestrada por Eduardo Cunha e companhia, simples”.

Tudo indica que foi um esculacho. Míriam não ajudou a esclarecer. Talvez porque não interesse.

Assim como ficou nebuloso o escândalo da alteração de seu perfil na Wikipedia pelo “Planalto”, uma patacoada tratada como Watergate.

Ela parece incomodada com o papel de porta voz da emissora. É uma posição horrenda, mas é difícil crer que não tenha ideia do quanto a empresa onde trabalha é odiada.

É impossível excluir o protagonismo da Globo na venezuelização do Brasil. Míriam, infelizmente, é a cara da empresa. Poucos, ali, traduzem melhor do que ela as ideias dos Marinhos.

De novo: Míriam Leitão merece cada palavra solidária que está recebendo pelo que passou — a mesma solidariedade que ela jamais prestou quando as vítimas estavam do lado de lá.

Falta, porém, explicar direito. A luz do sol ainda é o melhor detergente

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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