sexta-feira, 9 de junho de 2017

Mercadoria, objeto, bibelô, branca...

Papel da mulher não se limita a temas 'femininos', diz Papa

Francisco denunciou mais uma vez a "violência" contra a mulher


Nesta sexta-feira, dia 9, o papa Francisco defendeu mais uma vez os papeis fundamentais das mulheres em todos os setores da sociedade e disse que sua contribuição não deve se limitar a temas "femininos".

"A contribuição das mulheres não deve se limitar a temas 'femininos' ou a reuniões apenas entre mulheres. O diálogo é um caminho que a mulher e o homem devem realizar juntos. Hoje mais do que nunca é necessário que as mulheres estejam presentes", afirmou o líder da Igreja Católica uma assembleia do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso que tem como tema "o papel da mulher na educação para a fraternidade universal".

De acordo com o religioso argentino, "é evidente o quão importante é no campo do diálogo inter-religioso a educação para a fraternidade universal, o que também quer dizer aprender a construir vínculos de amizade e de respeito".

Por isso, "as mulheres podem se inserir nos intercâmbios de nível de experiência religiosa, assim com aqueles de nível teológico" e muitas delas "estão muito bem preparadas para enfrentar encontros de diálogo inter-religioso nos mais altos níveis e não só de parte católica", explicou Francisco.

Além disso, o Papa também denunciou mais uma vez a "violência" e os "muitos males que afligem este mundo que, em particular, afetam as mulheres em sua dignidade e em seu papel".

"As mulheres e as crianças estão entre as vítimas mais frequentes de uma violência cega. Ali, onde o ódio e a violência se impõem, se laceram famílias e a sociedade, impedindo que a mulher desenvolva, em comunhão de intenções e ações com o homem, sua missão de educadora de modo sereno e eficaz", ressaltou Jorge Mario Bergoglio.

O Pontífice também comentou que "lamentavelmente, vemos como hoje em dia a figura da mulher como educadora para a fraternidade universal se vê ofuscada e não reconhecida". Assim, Francisco insistiu na importância de "valorizar o papel da mulher" e protegê-las "também através de instrumentos legais, onde eles forem necessários".

O líder católico também ressaltou que percebe um "processo benéfico na crescente presença das mulheres na vida social, econômica e política em nível local, nacional e internacional, assim como eclesial".

Fonte: Jornal do Brasil
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As cores da mídia brasileira – 
O embranquecimento como purificação do poder
Escrito por Bajonas Teixeira, Postado em Bajonas Teixeira

Por Bajonas Teixeira

Temer ontem, no segundo dia do julgamento do TSE, amanheceu no portal UOL bem escurecido, com um véu sombrio sobre sua reputação. Mas, à medida que o dia avançou, e ficou “mais claro” que ele contaria com a maioria dos votos no TSE, rasgou-se o véu e um Temer clean e arroseado emergiu de dentro dele.

Pergunto-me quando os negros descobrirão que parte substancial da verdadeira “ideologia racial” no Brasil é contrabandeada através das imagens da mídia no jornalismo político. Para significar bandido, denunciado, desmascarado, suspeito, acuado, as imagens são escurecidas, amulatadas ou enegrecidas na mídia. Já quando se quer pintar o indivíduo como vitorioso, poderoso, limpo, inocente, ou honesto, ele é clareado e embranquecido.

Mas escurecer e clarear são técnicas e ferramentas operadas na mídia como parte do seu arsenal “comunicativo”. O clareamento ou embranquecimento artificiais funcionam às vezes como um prêmio da mídia que expressa sua gratidão, as vezes como exorcismo purificador e, em muitos casos, se usa como prova matemática de veracidade e credibilidade. Há dezenas de outras funções além dessas.

Foi nesse último caso (como prova matemática de veracidade e credibilidade) que se enquadrou a virada na imagem de Marcelo Odebrecht que passou, de repente, do mal para o bem, ou seja, de negro para branco, quando suas denúncias contra Lula e o PT foram liberadas. Tratamos do assunto no artigo Para atingir Lula e o PT mídia muda a cor do herdeiro da Odebrecht.


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Ainda que não pareça, as técnicas do “colorido” aplicadas pela mídia brasileira, são muito mais importantes que a política brasileira do dia a dia. Elas servem para alimentar o inconsciente racista dos Barrosos, para manter viva a chama inquisitorial do preconceito brasileiro. As aparentes bombas atômicas que fazer desmoronar ministros e presidentes da república não são nada comparadas ao cativeiro de aço que aprisiona a sociedade brasileira na lógica do racismo.

Vamos torcer para que algum autor estrangeiro, norte-americano ou europeu, descubra isso, que repise o assunto, que ele vire tema da própria mídia brasileira e, que, com tudo isso, transformado em moda, termine até por sensibilizar os que enfrentam a questão racial no Brasil. Infelizmente o mesmo inconsciente social constituído pela mídia é também o motor da ação de contestação, sempre ou quase sempre também impulsionado pela mesma mídia.

Para concluir, não se pode esquecer que, no caso particular que estamos considerando, da imagem de Temer no julgamento do TSE, se reflete a insegurança e os medos da Folha/UOL, que são também os do PSDB, sobre os rumos da crise e sobre a posição a tomar em relação ao governo Temer.

Nada melhor que fechar esse artigo com uma bela recordação. Uma singela imagem de Lula usada pelo jornalista Josias de Souza, também do UOL e da Folha, que parece merecer um lugar especial na galeria de retratos do uso grotesco das imagens na mídia brasileira:


Fonte: O CAFEZINHO
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NEGRO DE PRIMEIRA LINHA
9 DE JUNHO DE 2017


No 247, por Lelê Teles
o racismo, consciente ou inconsciente, deve se combatido.

Fonte: Blog da Luciana Oliveira
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Na grande mídia brasileira, especialmente no Grupo Globo, a mulher é tratada na maioria da vezes como símbolo sexual, mercadoria, bibelô e apêndice do homem. Os assuntos que envolvem a presença de mulheres giram em torno de moda, culinária e maridos. Se não fosse pouco, a novela malhação de Globo serve como um laboratório para identificar futuras mulheres que serão exploradas pela emissora como símbolos de beleza ou sexualidade. Tão logo atingem a maioridade, as meninas que se destacam pela estética são convocadas pela emissora para participação em novelas para adultos, e logo na estréia fazem cenas sem roupa, para delírio e deleite dos diretores e funcionários da emissora, ávidos por aquele momento que trabalharam por anos para que acontecesse. Aspectos culturais e políticos envolvendo mulheres não são bem vistos na cultura patriarcal das emissoras de televisão. Seja bonita e seja famosa, é a regra das emissoras de televisão. Ahh!, também use pouca roupa.

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