terça-feira, 8 de agosto de 2017

2 - Nossa imprensa esportiva....


Estávamos na metade da década de 1970. Um jogador do Flamengo, jovem, com um futuro promissor, apontado como uma nova estrela do futebol , veio a falecer. Internado em uma clinica no bairro de Ipanema, no Rio de Janeiro, para uma corriqueira cirurgia de extração de amígdalas, faleceu por conta de uma reação alérgica ao anestésico. A notícia correu rápido e a nossa imprensa, sempre pronta para trazer as informações precisas, dirigiu-se ao local. A rua Farme de Amoedo, local da clínica, ficou congestionada e logo o local foi interditado ao tráfego. Acostumados com o jargão médico no âmbito esportivo, nossa imprensa , sempre insinuante assim se manifestou em uma emissora de rádio carioca;
-âncora : o que você tem aí ?


-repórter: realmente um fato lamentável. O atleta faleceu logo após receber o anestésico

-âncora : o que houve ?

-repórter: não se sabe ao certo. Segundo a coletiva dos médicos, o atleta recebeu uma injeção com o anestésico e começou a se sentir mal. Entrou em coma e logo faleceu. Segundo os médicos pode ter sido por causa de contaminação do anestésico, ou do frasco que acondiciona o medicamento ou até mesmo da seringa usada. Entretanto acreditam que foi uma reação alérgica , raro, porém possível.

-âncora: que coisa !! Teria sido algo como um choque alérgico, é isso ?

-repórter: exatamente. Um choque que no jargão médico é chamado de choque profilático. Uma fatalidade. Lamentável.

âncora: É verdade.

choque profilático ????

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