quarta-feira, 11 de novembro de 2015

O Jornalismo do Capital na TV Irrealidade

A Lava Jato, o erro de O Globo e o jornalismo 'roleta russa'

A Lei do Direito de Resposta, que aguarda sanção da presidenta Dilma, pode ajudar a reparar os malefícios dessa nova forma de se fazer jornalismo


Najla Passos  
montagem















A Operação Lava Jato inaugurou no Brasil não apenas uma nova forma de se conduzir investigações criminais, com prejuízos para o amplo direito de defesa e o devido processo legal, como denunciam os juristas. Cunhou também uma nova forma de se fazer jornalismo, no qual o compromisso ético com a veracidade das informações prestadas fica condicionado ao acaso das probabilidades matemáticas.

Trata-se de um ‘fazer jornalístico’ que funciona como uma espécie de ‘roleta russa’, aquele jogo de vida ou morte em que se coloca apenas uma bala no revólver, gira o tambor e dispara contra a têmpora, com resultados imprevisíveis.

Na prática, o jornalista descola uma fonte qualquer na Polícia Federal, Ministério Público ou Judiciário, que o abastece com ‘vazamentos seletivos’ sistemáticos sobre a dita maior operação contra a corrupção do país. Como as investigações são sigilosas e os processos correm sob segredo de justiça, ele fica limitado para checar procedência, cruzar dados, ver o ‘preto no branco’. E como o tempo não dá trégua e a concorrência é real, simplesmente publica a informação tal como lhe foi repassada.

Na maioria das vezes, ninguém sai ‘ferido’. Mas, tal como na roleta russa, há aquele momento em que a arma dispara e faz alguma vítima.

O 'erro' de O Globo

Parece ter sido o que aconteceu com a manchete de capa publicada pelo jornal O Globo em 11/10 que, quase um mês depois, obrigou a publicação a surpreender seus leitores com uma “errata” na capa do jornal, na edição do último domingo (8).

Note-se que o jornal O Globo é aquele com tanta dificuldade de reconhecer um “erro que levou quase 50 anos para admitir o óbvio: não deveria ter apoiado à ditadura que cassou a democracia, calou parlamento e imprensa crítica, torturou e matou milhares de brasileiros.

“Baiano diz que pagou contas do filho de Lula”, era a manchete em questão, estampada em cinco das seis colunas do jornal. Logo abaixo, uma foto posada exibia o autor da façanha, o jornalista Lauro Jardim, que deixara a coluna Radar da revista Veja e estreava na publicação da família Marinho naquele mesmo dia, com toda pompa e circunstância.

No texto, Jardim narrava que Fernando Baiano, um dos principais operadores do esquema de propinas da Petrobrás, afirmara, em delação premiada, que pagara uma dívida de R$ 2 milhões de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha. Para bom entendedor, envolvia o filho do ex-presidente mais popular do país com a prática de crime de corrupção passiva.

A notícia se alastrou como pólvora pelo conjunto da imprensa. Sustentou manchetes não só nos veículos das Organizações Globo, mas também nos dos seus comparsas de redação virtual, digamos, concorrentes. Lulinha negou. Baiano, também. A própria Justiça acabou desmentindo que tal acusação constasse na delação premiada do operador. Mas o estrago já estava feito.

Em 23/10, o filho de Lula entrou com ações judiciais, penal e cívil, contra o jornal e o jornalista. Pouco dias depois, em 5/11, o Congresso aprovou o projeto do senador Roberto Requião (PMDB-PR) que disciplina o direito de resposta, revogado em 2009 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que não acolheu a Lei de Imprensa que vigia no país desde 1967 como constitucional.

O jornal, então, publicou aquilo que chamou de errata também na primeira página, mas em espaço reduzido, de apenas uma coluna, sem o mesmo destaque da manchete anterior. O texto foi curto e seco. “Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente Lula, não foi citado pelo lobista Fernando Baiano na delação que fez na Operação Lava-Jato. O GLOBO, na coluna de Lauro Jardim do dia 11 de outubro, 'errou' ao dizer que Baiano afirmara ter dado R$ 2 milhões para pagar contas de Lulinha. Na verdade, Baiano não citou o nome e disse que o também lobista e pecuarista José Carlos Bumlai é que pediu o dinheiro alegando que seria para uma nora de Lula”.

‘Errata é um avanço, mas não resolve’

Professor aposentado da Faculdade de Jornalismo da UnB, Venício Lima acredita que a publicação da errata é um avanço, porque significa o reconhecimento do erro. “Certamente, é o resultado antecipado da aprovação pelo Congresso da lei que regulamenta o direito de resposta e que, agora, aguarda sanção presidencial”, avalia. O professor, no entanto, não acredita que ela resolva o problema.

De acordo com ele, todos os manuais de jornalismo - incluindo o do próprio O Globo - apresentam instruções de como proceder em caso de erros, porque a profissão, como qualquer outra, está sujeita a eles. Venício ressalta, porém, que essas instruções não contemplam episódios como este. Isso porque não foi uma notícia rotineira, mas a manchete de capa de uma edição de domingo, proveniente da coluna de estreia de um jornalista renomado. E o que é pior: não configura ato isolado.

“Qualquer pessoa que esteja acompanhando o noticiário político da grande mídia no Brasil nesses últimos meses, verá que o tema desse ‘Erramos’ é reiterado, diário, cotidiano. Todo dia tem alguma coisa que vem de um vazamento de uma investigação da Polícia Federal, ou de um vazamento de um procedimento judicial em segredo de justiça, que é passado sistematicamente para alguns veículos e para alguns jornalistas. Não se trata de um equívoco como aqueles que são contemplados nos manuais de jornalismo. Fica difícil de acreditar até mesmo que seja só um equívoco. É uma conduta sistemática”, denuncia.

Para o professor, a dificuldade de reparação do dano está relacionada também ao fato de que a notícia, embora publicada primeiro em  O Globo, foi replicada por centenas de outros jornais, inclusive os dois principais jornais brasileiros, a Folha de São Paulo e o Estadão. “A correção não é suficiente, porque o tamanho do dano causado não pode ser reparado por um erramos de um mês depois que não é reproduzido nos inúmeros outros canais de informação que reproduziram a informação incorreta”, afirma.

‘Errata não impede condenações’

Ex-presidente da OAB-RJ, o deputado Wadih Damous (PT-RJ) concorda que a errata não é suficiente para evitar que o jornal seja condenado penal e civilmente pela manchete anterior. “A nota não teve o mesmo destaque da matéria, não resultou de acordo entre as partes e o principal: não explicou as razões que induziram o jornalista ao erro, já que não há mais controvérsias de que a matéria relatada é inexistente e, portanto, uma notícia falsa”, esclarece.

Segundo ele, a errata não atende nem mesmo às exigências previstas pela futura lei do direito de resposta, como a questão da proporcionalidade e, por isso, não deve inviabilizar um resultado favorável à vítima nas decisões judiciais. “A matéria que incriminou o filho do ex-presidente Lula foi a manchete do jornal. A errata, não”, compara.

Para o deputado, a admissão do erro é prática incomum no histórico do veículo e, por isso, demonstra grande preocupação do seu departamento jurídico com o episódio “É possível que seja uma tentativa de se precaver da ação judicial já impetrada pelo Lulinha contra o jornal e contra o jornalista que assina a matéria. Mas não é suficiente para evitar a condenação de ambos”, reitera.

De volta à roleta russa

O professor Venício Lima alerta que a conduta que resultou na manchete falsa contra o filho do Lula não é prática só de O Globo, mas tem caracterizado o jornalismo político no Brasil nos últimos meses, especialmente após as eleições de 2014. Por isso, é uma questão grave que ameaça o direito à informação, principalmente no país que abriga um dos maiores oligopólios de mídia do mundo.

“A pauta da grande mídia brasileira tem priorizado esse ‘vazamento seletivo’. E um vazamento seletivo que tem origem. Porque o problema não é só da imprensa também. É do conluio entre imprensa e setores da Policia e do Judiciário que alimentam permanentemente esse tipo de notícia. Algumas até se provam verdadeiras depois de divulgada. Outras não. Isso é uma questão muito séria”, denuncia.

Para ele, o problema é agravado pela incapacidade histórica dos setores populares brasileiros de construir um esquema alternativo de informação, que pudesse fazer face a esse oligopólio consolidado. “A melhor solução seria criar um sistema que servisse de alternativa de informação para a população e contrabalançasse o viés que tem caracterizado a cobertura jornalística do sistema dominante. Essa é a questão de fundo”, avalia.

Para o professor, é imperativo que todos os setores que defendem a pluralidade da mídia apoiem o sistema público de imprensa, que ainda é embrionário no Brasil, mas pode vir a se constituir na imprensa alternativa que o país tanto necessita. A curto prazo, porém, a única solução que o especialista vê para o problema é fazer valer a lei recém aprovada pelo Congresso.

“O direito de resposta é um princípio universal, regulado no mundo todo. Mas aqui sofreu uma oposição sistemática das entidades que representam os oligopólios, sobretudo da Abert, que atende os interesses das organizações Globo”, esclarece ele, que torce pela sanção imediata da matéria pela presidenta Dilma Rousseff.
Fonte: CARTA MAIOR
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Opinião: 

Rede Globo, a "TV Irrealidade" que


ilude o Brasil


   
Vanessa Barbara*
Em São Paulo
    
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    Personagem Romero Rômulo, da novela "A Regra do Jogo", irritou Anistia Internacional
Gigante da mídia cativa os telespectadores com novelas vazias e comentários ineptos no noticiário

No ano passado, a revista "The Economist" publicou um artigo sobre a Rede Globo, a maior emissora do Brasil. Ela relatou que "91 milhões de pessoas, pouco menos da metade da população, a assistem todo dia: o tipo de audiência que, nos Estados Unidos, só se tem uma vez por ano, e apenas para a emissora detentora dos direitos naquele ano de transmitir a partida do Super Bowl, a final do futebol americano".
Esse número pode parecer exagerado, mas basta andar por uma quadra para que pareça conservador. Em todo lugar aonde vou há um televisor ligado, geralmente na Globo, e todo mundo a está assistindo hipnoticamente.
Sem causar surpresa, um estudo de 2011 apoiado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou que o percentual de lares com um aparelho de televisão em 2011 (96,9) era maior do que o percentual de lares com um refrigerador (95,8) e que 64% tinham mais de um televisor. Outros pesquisadores relataram que os brasileiros assistem em média quatro horas e 31 minutos de TV por dia útil, e quatro horas e 14 minutos nos fins de semana; 73% assistem TV todo dia e apenas 4% nunca assistem televisão regularmente (eu sou uma destes últimos).
Entre eles, a Globo é ubíqua. Apesar de sua audiência estar em declínio há décadas, sua fatia ainda é de cerca de 34%. Sua concorrente mais próxima, a Record, tem 15%.
Assim, o que essa presença onipenetrante significa? Em um país onde a educação deixa a desejar (a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico classificou o Brasil recentemente em 60º lugar entre 76 países em desempenho médio nos testes internacionais de avaliação de estudantes), implica que um conjunto de valores e pontos de vista sociais é amplamente compartilhado. Além disso, por ser a maior empresa de mídia da América Latina, a Globo pode exercer influência considerável sobre nossa política.
Um exemplo: há dois anos, em um leve pedido de desculpas, o grupo Globo confessou ter apoiado a ditadura militar do Brasil entre 1964 e 1985. "À luz da História, contudo", o grupo disse, "não há por que não reconhecer, hoje, explicitamente, que o apoio foi um erro, assim como equivocadas foram outras decisões editoriais do período que decorreram desse desacerto original".
Com esses riscos em mente, e em nome do bom jornalismo, eu assisti a um dia inteiro de programação da Globo em uma terça-feira recente, para ver o que podia aprender sobre os valores e ideias que ela promove.
A primeira coisa que a maioria das pessoas assiste toda manhã é o noticiário local, depois o noticiário nacional. A partir desses, é possível inferir que não há nada mais importante na vida do que o clima e o trânsito. O fato de nossa presidente, Dilma Rousseff, enfrentar um sério risco de impeachment e que seu principal oponente político, Eduardo Cunha, o presidente da Câmara, está sendo investigado por receber propina, recebe menos tempo no ar do que os detalhes dos congestionamentos. Esses boletins são atualizados pelo menos seis vezes por dia, com os âncoras conversando amigavelmente, como tias velhas na hora do chá, sobre o calor ou a chuva.
A partir dos talk shows matinais e outros programas, eu aprendi que o segredo da vida é ser famoso, rico, vagamente religioso e "do bem". Todo mundo no ar ama todo mundo e sorri o tempo todo. Histórias maravilhosas foram contadas de pessoas com deficiência que tiveram a força de vontade para serem bem-sucedidas em seus empregos. Especialistas e celebridades discutiam isso e outros assuntos com notável superficialidade.

Fonte: UOL
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Merval: PSDB errou ao colocar suas fichas no impeachment. E as suas, Merval?


merpichment
No seu comentário, hoje, na rádio CBN, ainda comemorando a miniaturização de Lauro Jardim depois do “quebrei a cara na estreia” de “O Globo errou” sobre Lulinha, Merval Pereira voltou a assumir, com toda a autoridade, o ar de grande estrátego da oposição brasileira.
“O PSDB errou muito ao jogar todas as suas fichas no impeachment, não apenas no impeachment, mas em encontrar um caminho para o impeachment passando por cima de várias etapas…Pressionado pelos movimentos de rua, os jovens deputados do PSDB foram muito afoitos, achando que podiam apressar, não entendendo que com isso estavam dando condições ao governo de denunciar um golpe…”
Apressar, “seo” Merval? Mas quem mais apressadinho que o senhor, que  na véspera da eleição, embalado pela criminosa capa da revista Veja, escrevia que se as delações mostrassem beneficiamento de Dilma e de Lula – algo em que duzentas vezes ele disse ter havido, de lá para cá –  “o impeachment da presidente será inevitável, caso ela seja reeleita no domingo“.
Se alguém jogou todas as fichas no impeachment na mídia, tirando os siderados da Veja – aquela turma que acha comunismo até em videogame – foi o senhor Merval Pereira, que agora joga a toalha, apesar de, olimpicamente, fazer a ressalva de que, na condição de membro honorário do STF, do Senado e da Santíssima Trindade, está “convencido de que há razões para o impeachment”.
Ah, a propósito, Merval desanca Eduardo Cunha, dizendo que ele era um político suspeito desde antes de aparecerem as contas na Suíça. O estimado leitor e a cara leitora devem se lembrar de como o colunista de O Globo combateu Eduardo Cunha, como o denunciou, como protestou contra sua eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, não é?
Não lembram, não? Como vocês são desmemoriados…
O fato objetivo é que Merval fala como porta-voz da “velha guarda” tucana, que está furiosa com o que Merval chama de “cabeças-pretas” do partido, aecistas todos, que transformaram o partido numa sucursal parlamentar do “Revoltados Online” e acena para que usem o documento do PMDB como eixo de articulação da oposição.
O problema, Merval, continua. Com quem negociar com o PMDB sem que se desenhe o golpismo? Com o próprio Cunha? Com Michel Temer que, se assumir uma posição “impixista”  vai se expor à condição de traidor que quer abocanhar o poder presidencial?
O projeto golpista – parte I – ruiu. E está difícil assumir que a fase dois é bloquear a candidatura Lula em 2018. E não é no voto, é na mídia e na manipulação de delações, ações e investigações policiais e judiciais.
Porque as fichas da UDN, a velha e a esta versão 2.0 que temos por aí, não foram nunca os votos, e sua mesa não eram as urnas, onde só teve um rápido e frustrante sucesso, com Jânio Quadros, assim mesmo “de carona”
Fonte: TIJOLAÇO
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"Sociedade está enfeitiçada pela mídia"

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:
Em debate realizado pelo Fórum 21 na manhã de hoje (12), na série “Seminários para o Avanço Social”, o sociólogo Laymert Garcia dos Santos, da Unicamp, e doutor em Ciências da Informação pela Universidade de Paris VII, afirmou que a realidade atual, com o monopólio da informação pela mídia tradicional, é “desesperadora”. Para ele, a sociedade está “enfeitiçada” pela manipulação. “Só as versões se tornam realidade, ao ponto de as pessoas não saberem mais o que é real e o que não é.”

Segundo Laymert, exemplo esclarecedor a respeito é a operação midiática de transformar a presidenta Dilma Rousseff no objeto de ataques sistemáticos e culpada de tudo o que de ruim acontece ou pode acontecer no país. A operação, lembra, começou na Copa do Mundo de 2014. “Trinta ou quarenta mil pessoas na Avenida Paulista (manifestação da esquerda em 13 de março de 2015) debaixo de chuva não é notícia. Porque para os meios de comunicação é preciso manter no ar a ideia do golpe. É preciso manter no ar permanentemente alguma coisa.”

O sociólogo lembra que o início da deslegitimação de Dilma, na Copa, partiu do camarote do Banco Itaú no estádio, onde estava a colunista Sonia Racy. “Não foi à toa que foi escolhido esse local.” Na ocasião da abertura da Copa, no Itaquerão, em São Paulo, o blogueiro Luiz Carlos Azenha registrou em seu blog: "Uma importante colunista social do Estadão, sentada no camarote do Banco Itaú, gritou a plenos pulmões – aparentemente entusiasmada – 'Ei, Dilma, VTNC'”.

Diante da sistemática ofensiva do oligopólio de comunicação, “não existe mais” cobertura (jornalística), no sentido de processar informações reais. “A mídia é parte ativa na criação de versões e ficções sobre o que acontece. O que é de fato real soçobra.”

Entre os veículos de comunicação que fazem parte da campanha contra o governo petista de Dilma Rousseff, Laymert considera a Folha de S. Paulo o mais sofisticado e eficiente na construção do discurso da negatividade. “A Folha é a mais elaborada, porque eles estão há mais de 30 anos elaborando o discurso do ressentimento. Sempre, em qualquer momento em que há uma positividade, o discurso é negativo. Se a notícia é boa, existe o recurso: ‘mas...’”

A operação que se desenvolveu nos últimos meses para proteger o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que poderia ser o condutor do impeachment desejado pela direita do país, para o sociólogo, é absurda. “Ele (Cunha) está apodrecendo todos os dias e não cai. Como é possível construir essas redes de proteção? Os ladrões estão gritando ‘pega ladrão’ para quem não é ladrão.”

O grande problema, para Laymert, é que “o outro lado não consiga responder”. Segundo a análise, “estamos vivendo um fenômeno complicado para o qual a esquerda não tem respostas”. Ele diz que desde os anos 1980 observa a dificuldade da esquerda em compreender a questão midiática. Um dos principais erros de líderes petistas foi acreditar que, quando o PT chegasse ao poder, haveria uma “troca de sinal” e os meios de comunicação passariam a ser mais benevolentes com os esquerdistas. Mas o que se viu foi o contrário. “Uma vez no poder, a esquerda tem uma atitude ao mesmo tempo de submissão e fascínio pelos meios de comunicação.”
Snowden e Assange

Laymert acredita que nem mesmo setores da mídia de esquerda, como os chamados “blogueiros sujos”, entendem o processo midiático atual. “Os ‘blogueiros sujos’ não entendem, embora estejam mais perto de entender, que a política hoje não é mais a política, mas a tecnopolítica. Quem entendeu isso foram homens como Julian Assange (do Wikileaks) e Edward Snowden”, disse o professor da Unicamp. Ex-funcionário da agência de inteligência americana, a NSA, Snowden tornou público que o governo dos Estados Unidos opera um sistema de vigilância que abrange cidadãos e governos em todos os lugares do mundo que lhe interessem.

“Há uma dimensão totalitária quanto à linguagem e a instrumentalização da linguagem política. Não vejo como a esquerda possa reagir diante dessa ofensiva totalitária da mídia”, diz Laymert. “Snowden e Assange entenderam que o poder está na informação. Mais do que isso, entenderam que, ao contrário do Facebook, que fornece mais do mesmo e satisfaz o narcisismo das pessoas, o que importa é a informação que não se vê, que está oculta. No mundo atual, a informação real é a que não é exposta.”

O último debate da série promovida pelo Fórum 21 será realizado nesta sexta-feira (13), às 9h, na Assembleia Legislativa, com o tema "Impeachment e golpe", com a participação do ex-candidato ao governo de São Paulo pelo Psol, em 2014, Gilberto Maringoni.
Fonte: Blog do Miro
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Além de sofrer duras e consistentes
críticas, Globo vira piada

Reprodução/Twitter

A internet foi à loucura com cena épica de "Os Dez Mandamentos". Nem William Bonner e Renata Vasconcellos foram perdoados

Fonte: IG
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Uma Pérola Idiota Produzida por um
Porta Voz Imbecil da TV da Irrealidade




Para Bial, ex-BBBs vão ao reality por reconhecimento Apresentador diz que programa é escapismo das dores da vida

Fonte: UOL

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A Globo e o PSDB vão ao TSE contra o mar vermelho - é propaganda eleitoral








 11/11/2015 Totonho

Fonte: CONVERSA AFIADA
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