segunda-feira, 23 de março de 2015

A vaidade comanda a reciclagem cromática

Altamiro Borges: Atrás do eleitorado azul, Marta agora é antipetista

publicado em 23 de março de 2015 às 12:02
marta
O suicídio político de Marta Suplicy

Por Altamiro Borges, em seu blog

Na festa dos seus 70 anos de idade, na sexta-feira (20), a senadora Marta Suplicy aproveitou para se reunir com “sua nova turma da política” – como estampou no título o jornal Estadão. De fato, a ex-petista mudou de lado e anunciou a sua filiação ao PSB, do vice-governador Marcio França – o mais tucano da pragmática sigla “socialista”.

Não é para menos que ela tem sido tão paparicada pela mídia – a mesma que a satanizou durante sua gestão da prefeitura de São Paulo e ajudou a criar o estigma de “Martaxa”. A festança de aniversário, porém, não deve render maiores frutos. Na sua ambição pessoal, Marta Suplicy caminha para se tornar mais um instrumento da direita e tende ao suicídio político.

Segundo a eufórica matéria do Estadão – assinada, entre outros, por Eliane Cantanhêde, a da “massa cheirosa” tucana – a festança foi animada.

“A ausência mais notada foi justamente a de ex-companheiros petistas… Além da cúpula do PSB, passaram pelo salão de festas do prédio onde mora o empresário Márcio Toledo, namorado da senadora, líderes de PMDB, PPS, Pros, PDT, PTB, DEM, PP e de outras legendas menores. São potenciais aliados em eventual candidatura de Marta à prefeitura de São Paulo em 2016, o próximo passo que se prevê da ex-ministra após deixar o PT, possivelmente em abril. O PSDB faltou, embora Marta tenha convidado o governador Geraldo Alckmin e todo seu secretariado”.

Já a Folha tucana, também bastante empolgada, registra neste domingo (22) que os “convidados de Marta deram prazo a Dilma” para se safar da atual crise.

“A presidente Dilma Rousseff tem 20 dias para romper o isolamento político, reestruturar o seu governo e apontar caminhos para sair da crise econômica. Caso contrário, será difícil manter a governabilidade e evitar a escalada da insatisfação popular. O diagnóstico e o ultimato foram repetidos, com pouca variação, durante a concorrida festa de 70 anos de Marta Suplicy, na sexta, em São Paulo. Além da comemoração, o evento teve um clima de ‘cerimônia do adeus’ da senadora depois de 35 anos no PT”, registra a jornalista Vera Magalhães, que completa:
“Na festa, o novo caminho de Marta ficou claro pela presença maciça do comando do PSB, sigla à qual ela se filiará… O ingresso num partido de oposição a Dilma e próximo ao PSDB-SP levou Marta a se aproximar dos tucanos. O governador Geraldo Alckmin foi convidado, mas pediu ao vice que o representasse. Marta sabe que terá de se reinserir no eleitorado ‘azul’ da cidade, ironicamente aquele composto pela classe social a que ela mesma sempre pertenceu e que era predominante na festa… Entre os convidados, as críticas a Dilma rivalizavam com queixas dirigidas ao prefeito Fernando Haddad. Marta não hesitava em fazer suas próprias: ‘O governo dele é de uma incompetência total’”.

Pelos relatos eufóricos da festança, a ex-petista decidiu agora destilar todo o veneno contra o seu ex-partido. Enquanto foi ministra da Cultura de Dilma Rousseff, ela evitava explicitar divergências e sempre adotou uma postura servil. Mas ao deixar a Esplanada dos Ministérios, Marta Suplicy parece que mudou de atitude para fazer valer, a qualquer custo, o seu projeto político pessoal.

Em discursos e artigos, ela agora é só magoas e intrigas. Ela cospe no prato em que comeu e veste o figurino, raivoso, de histórica militante antipetista – como o objetivo de atrair o “eleitorado azul” de São Paulo. A tendência, porém, é que seja abandonada pelo “eleitorado vermelho” e não consiga enganar a elite paulistana, que sempre a detestou! A própria mídia, agora tão cordial, vai tratá-la em breve como produto descartável!

PS do Viomundo: Já nós achamos que a trairagem pode render a Marta o cargo de prefeita de São Paulo.

Fonte: VIOMUNDO
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O projeto de Marta não tem nada de político ou  de ideológico.

Seu projeto é pessoal, alimentado por aquilo que Marta em seus 35 anos de PT disse sempre combater na política, ou seja, a vaidade.

Sem espaço no PT para voos maiores, e enquanto quadro do PT não passava de mais de 30% de votos para o cargo de prefeita de São Paulo, Marta tenta com sua reciclagem cromática  uma sobrevida  para seu projeto pessoal.

Talvez, agora, com o apoio que terá por parte da velha mídia ,Marta espera conquistar a prefeitura de São Paulo em 2016.

Uma tarefa difícil, devido a forte identidade que mantinha com o PT e que está profundamente registrada no imaginário do eleitor  conservador e anti petista da cidade de São Paulo.

Considere ainda o ótimo trabalho que  Fernando Haddad realiza a frente da prefeitura de São Paulo.

A penúltima cartada de Marta, que caso não consiga vencer as eleições de 2016 ainda terá  mais uma chance de se mudar , novamente, para outro partido  ,no caso o PP de Paulo Maluf, e de braços dados com seu possível novo aliado tentar mais uma vez.

No entanto, antes que todas as previsões se realizem, Marta deve devolver o mandato para  o PT.

Seus novos aliados éticos da direita irão apreciar  em muito seu gesto.

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