sábado, 13 de dezembro de 2014

Na velha imprensa esportiva o orçamento estava em impedimento e o gol foi ilegal.

Sem Unimed, Fluminense aposta no Sócio Futebol para gerar receitas

Diretoria chegou a cogitar a possibilidade de estampar projeto de sócios na camisa antes de acertar o contrato de patrocínio com a Viton 44, anunciado na quinta por Peter Siemsen

Matheus Babo e Maurício Ferro - 13/12/2014 - 09:13 Rio de Janeiro (RJ)
Torcida - Fluminense x Goiás, Campeonato Brasileiro (Foto: Rossana Fraga/LANCE!Press)
Sem a presença da Unimed, o Fluminense conta com a associação em massa de seu torcedor como forma de gerar receita para 2015. Há, inclusive, uma mobilização nas redes sociais, com um evento que já possui mais de 2.500 confirmados, intitulado “Mutirão de associação ao Fluminense F.C.”.

- É um trabalho constante que fazemos de associação. Há um engajamento maior da torcida agora neste período que a Unimed saiu, mas é algo que já fazemos há bastante tempo - afirmou Rodrigo Terra, diretor de marketing do Flu, em contato com o LANCE!Net.

Prova definitiva de que o aumento do número de sócios é levado a sério no clube e representa um dos objetivos da atual gestão, cogitou-se, inclusive, estampar o Sócio Futebol no uniforme, antes do acerto com a Viton 44. Nesta nova realidade financeira, até o presidente do Tricolor, Peter Siemsen, gravou um vídeo convocando a torcida para se associar.

- Sabemos que a notícia do fim da parceria com a Unimed mexe com todos nós por tudo que nos deu, mas é hora de olhar para o futuro. Associando-se ao Fluminense, você vai ajudar o clube, decidir o futuro dele e dar a capacidade financeira de investir cada vez mais nas divisões de base, contratações de bons jogadores, infraestrutura e, principalmente, na busca de novos títulos - afirmou o mandatário tricolor no vídeo.

Vale lembrar que, na próxima eleição, todos que se associaram até novembro deste ano poderão votar. Portanto, a votação não ficará restrita a um pequeno grupo, mas sim a todos os sócios (hoje pouco mais de 23 mil). Rodrigo Terra disse o que espera da torcida:

- Hoje o quadro social é uma das maiores fontes de receita. E vemos a importância do torcedor não só dentro do engajamento financeiro, mas também no aspecto político do clube e, claro, nas arquibancadas.

Fonte: LANCE
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Com o rompimento da longa parceria Fluminense - Unimed a velha imprensa esportiva descobriu que os clubes de futebol tem orçamentos anuais.

Como os campeonatos se encerraram e o futebol entrou em férias a velha imprensa esportiva passou a discutir  questões de orçamento, receita e gestão dos clubes.

Os programas esportivos do rádio, TV e matérias de jornais, tem dado grande espaço para opiniões e "análises" sobre gestão dos clubes, patrocínio  e marketing.

Obviamente, muitas asneiras tem surgido em meio as discussões e debates, o que já era de se esperar.

Na rádio CBN, onde o esporte é pretensamente tratado  para executivo e CEO de empresas, um jornalista disse que com a saída da Unimed  do Fluminense, seria impossível para o tricolor bancar o salário do jogador Fred - 950.000 reais - já que o valor anual do novo  patrocínio  é de l4 milhões de reais  e , assim sendo, segundo o jornalista que atende pelo nome de Guiote, todo o dinheiro do patrocínio iria para pagar o jogador.

No caso específico do tricolor  e também de todos os outros clubes, as receitas para o orçamento anual não tem origem apenas no patrocinador; aliás os valores pagos pelos patrocinadores nem são os mais significativos na composição da receita total dos clubes.

No caso do Fluminense, hoje o clube conta com um patrocinador, porém espera até o final de janeiro do próximo ano, mais três patrocinadores para o uniforme. 
Somados os quatro patrocinadores os valores podem chegar na casa de 28 milhões de reais ano.

Além disso o clube tem o patrocínio do fornecedor de material esportivo, que além de fornecer o material para o clube , paga ao clube anualmente a mesma quantia do novo patrocinador.

Outra fonte anual  de receita dos clubes , são as rendas  das partidas de futebol.

A fonte principal, vem das cotas de transmissão dos jogos pela TV.

No caso de jogadores com salarios astronômicos, os clubes buscam parcerias com investidores, caso a caso, em função das necessidades dos clubes.

Os clubes também faturam com a venda de produtos com a marca do clube. 
O torcedor mais atento, já notou que quase todo ano os clubes lançam uniformes novos.

E chegamos em mais uma receita anual dos clubes, que é o motivo da matéria acima do diário Lance.

No caso do Fluminense, o clube conta com 24.000 sócios torcedores, o que significa uma receita anual de algo em torno de 8,5 milhões de reais.

A campanha de sócio torcedor  do Fluminense já existe por alguns  anos, não surgiu agora como alguém pode imaginar lendo a matéria  acima, e tem sido bem sucedida.

A novidade, no meu entendimento, é que passou-se  a discutir na velha imprensa esportiva, mesmo de forma atabalhoada e delirante, questões de orçamento  e gestão dos clubes.

Tal discussão trouxe à tona a importância de um programa de sócio torcedor na formação da receita  anual de um clube.

Considerando que o valor mensal pago pelo torcedor  é de 30 reais,  um clube com 100 mil sócios torcedores terá uma receita anual de 36 milhões, valor acima dos valores pagos pelos patrocinadores masters dos clubes.

Essa "descoberta' pela velha imprensa, mesmo que tardia, é válida pois cria um clima positivo para que torcedores de todos os clubes se associem em benefício de seus clubes.

A campanha que o Fluminense vem fazendo para conseguir mais sócios, não só é excelente como deve estabelecer uma meta de 100 mil sócios  o mais rápido possível.

O momento é propício para atingir tal marca.

Cabe lembrar que o tricolor tem uma torcida de 14 milhões de torcedores e 100 mil sócios  representam apenas algo em torno de 0, 7 % de sua torcida.

A título de exemplo, o Porto, de Portugal, um dos clubes com maior número de sócios torcedores, tem 4% de sua torcida como associada.

Ainda, o sócio torcedor tem direito a voto nas eleições do clube e o  Fluminense vem estudando parcerias para que os sócios tenham desconto nas compras  em determinados estabelecimentos comerciais.

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