quarta-feira, 12 de março de 2014

É melhor trocar de açougue

Rio enfrenta caos no transporte público, dizem especialistas



Jornal do Brasil

Após o descarrilamento de um trem da concessionária SuperVia, na manhã desta segunda-feira (10), que deixou sete passageiros feridos, os transportes públicos da cidade voltaram a apresentar falhas na manhã desta terça (11). Na estação Central do Brasil, a concessionária detectou problemas em duas composições, o que causou reflexos em todo o ramal Saracuruna, com atrasos de aproximadamente uma hora. Já nas barcas, na estação Charitas, na região metropolitana do Rio, dois catamarãs foram retirados de circulação após sugarem lixo da Baía de Guanabara.


Em contrapartida, a Agetransp (agência reguladora) divulgou diversas notas em seu site, informando que já foram abertos boletins de ocorrência para apurar a causa de tais acidentes. A questão é saber se a agência irá, de fato, levar esses processos adiante ou se eles serão deixados de lado, como os outros 150 que desde 2009 não foram concluídos.
Procurada pelo Jornal do Brasil, a Agetransp afirmou que, desde que o novo conselho diretor foi empossado, no dia 2 de janeiro de 2014, “medidas vêm sendo adotadas para dar maior celeridade e eficiência aos procedimentos”. Entre eles, “a criação de um grupo de trabalho (força-tarefa) para sanear todos os processos pendentes de julgamento”, como diz a nota.
Contudo, vale ressaltar, que os cinco novos membros do conselho diretório da agência foram indicados pelo governador Sérgio Cabral, como confirma o texto. Entre eles está Cesar Mastrangelo, atual conselheiro presidente do órgão e antigo vice-presidente de Relações Institucionais do Metrô Rio. Outro nomeado foi Arthur Vieira Bastos, chefe de gabinete do secretário estadual da Casa Civil, Régis Fichtner e primeiro-tesoureiro do PMDB no Rio. Atribuições que indicam que ele teve contato direto com as grandes construtoras e empresas que financiaram campanhas eleitorais do governador, e que também fazem as grandes obras no setor de transporte.
Analisando a situação, podemos dizer que o presidente do conselho da Agetransp está “fiscalizando o seu antigo trabalho”, enquanto o órgão, de uma forma geral, fiscaliza os transportes públicos de seus companheiros políticos, visto que estão todos “juntos e misturados” no setor de transportes e endossados pelo governador.



Descarrilamento na Estação Deodoro deixa sete feridos
Descarrilamento na Estação Deodoro deixa sete feridos
Ainda de acordo com um levantamento da Agetransp, desse total de processos, cerca de 60% referem-se ao transporte ferroviário, 25% ao aquaviário e 15% ao metroviário. A ouvidoria da Agetransp informou também que recebe, em média, 500 reclamações mensais. Cerca de 40% são sobre trens, 30% sobre barcas e 20% sobre o metrô.
Para Alexandre Rojas, engenheiro de Transportes Urbanos e Mobilidade da Uerj, o ator que mais influiu na precariedade do transporte foi o estado. “Desde os anos 90, quando houve uma má privatização do setor, o estado não investe no transporte, chegando a essa situação de caos que vivenciamos hoje”, disse. Sobre os trens estarem no topo das reclamações dos passageiros, o especialista explica que este não é um problema atual.
“O problema nos trens está ai há muitos anos, desde a privatização mal feita em vista da ganância do estado que quase levou a concessionária à falência. Com o apoio da Odebrecht, o estado começou a ter uma nova postura de recuperação da rede, que ficou 80 anos sem investimento pesado. Os trens são grandes transportes da Baixada para o Centro da cidade, mas só vão conseguir atender, minimamente, a sua demanda daqui a 6 ou 8 meses, quando chegarem e forem instalados os novos trens”, garantiu Rojas.
Sobre as constantes intervenções no trânsito do Rio, o engenheiro de transportes afirmou que faltou planejamento do estado, pois cabia a ele investir em transporte público, visto que os automóveis teriam uma circulação limitada. “Os transportes no Rio de Janeiro já estavam quase à beira do colapso antes das obras da Copa e das Olimpíadas. Quando começaram a fazer as intervenções, o estado estava ciente da encrenca que iria ocorrer e não tomou as providências necessárias. E quando tomaram, já não havia muito a ser feito, pois  o setor já estava à beira do colapso. Não basta aumentar a frota de ônibus, até porque o engarrafamento não permite tal feito, é necessário aumentar os trens, as barcas e os metrôs, mas isso só deve ocorrer, de forma efetiva, daqui a 1, 2 ou 3 anos”, afirmou o especialista.
A respeito do conselho diretor da agência reguladora ser indicado pelo governador e atribuir “ações entre amigos”, Alexandre Rojas se mostrou contrário a tais atitudes. “A Agetransp não cumpriu o seu papel de agir de forma autônoma em defesa do povo. A expectativa era que ela não fosse um órgão, nem de governo e nem de partido, mas um órgão do povo”, exclamou.
Já para a professora da Escola Politécnica da UFRJ e engenheira de Transportes, Eva Vider, afirma que o maior problema no setor é a falta de integração entre os meios. “A maior deficiência, do ponto de vista da mobilidade urbana do Rio de Janeiro, é a ausência de uma rede metropolitana integrada de transportes. Nós temos algumas integrações ali e aqui, em alguns modos de transporte, mas integrações essas que não são operacionais, uma vez que a quantidade de meios de transportes não atende a demanda da cidade. O sistema tem que passar por uma revisão desse conceito de rede”, disse.
Para Vider, outro ponto ainda não mencionado em consequência das obras de intervenção na cidade, é o aumento do tempo na passagem tarifária, ou seja, o aumento no prazo do bilhete único para pagar uma única condução entre as baldeações. “O governo, por sua vez, está muito preocupado em pedir que a população não saia de casa, devido ao caos no trânsito, por conta das obras. Em vez disso, ele [governo] deveria se preocupar em aumentar o tempo da passagem tarifária, pois têm pessoas que estão demorando mais de uma hora entre uma baldeação e outra e perdendo o desconto de uma passagem no bilhete único. O correto seria transferir automaticamente essa uma hora a mais no trânsito direto para o bilhete único”, explicou a especialista.
A engenheira de transportes alerta que a cidade está enfrentando intervenções que deveriam ter sido feitas há décadas atrás, e que por falta de investimento do governo, estão sendo feitas todas ao mesmo tempo, por conta dos grandes eventos esportivos sediados. “Não há cidade que consiga suportar as interrupções nas vias e a falta de planejamento para fazer tais intervenções. Já que a cidade não está suportando a circulação de automóveis, por conta das obras, era necessário investir em transporte público, mas isso não ocorreu”, afirmou.
Fonte: JORNAL DO BRASIL
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A crise nas UPPs
 
 
[Programa conduzido por Sylvia Debossan Moretzsohn]
 
 
Olá, ouvintes, aqui é Sylvia Debossan Moretzsohn, do Observatório da Imprensa. A 
 
crise das UPPs é o nosso tema de hoje. Crise das UPPs e também do jornalismo, a 
 
julgar pela manchete do Globo desta quarta-feira, que anuncia um ataque a policiais 
 
na Rocinha. Só esquece de dizer que essa agressão ocorreu no dia 25 de dezembro, 
 
portanto há quase três meses. Essa informação só aparece no texto da página interna.
 
Que interesses estarão por trás de uma atitude dessas, que subverte completamente as 
 
normas elementares do jornalismo e confunde deliberadamente o leitor?
 
O vídeo que mostra a agressão foi captado por uma câmera de segurança e exibido 
 
no Jornal Nacional desta terça-feira. Foi apenas o mais recente capítulo de uma série 
 
de reportagens sobre os problemas que as Unidades de Polícia Pacificadora vêm 
 
enfrentando. Na semana passada, dois policiais foram mortos no Complexo do Alemão. 
 
Em dois meses, já são três assassinatos semelhantes, na mesma região. 
 
Diante disso, o secretário de segurança, José Mariano Beltrame, chegou a anunciar a 
 
possibilidade de apelar às Forças Armadas e à Polícia Federal para uma nova ocupação 
 
desse conjunto de favelas, onde tem ocorrido a maioria dos conflitos. 
 
Mas nem assim a imprensa aceita falar em crise. Pelo contrário, O Globo abriu espaço 
 
para artigos que defendem a necessidade de apoio ao projeto e alertam para o perigo de 
 
desvalorização da polícia, especialmente num ano eleitoral. Como se a “pacificação” 
 
não fosse um trunfo a ser utilizado pelos candidatos favoráveis ao atual governo.
 
Em seu editorial desta terça-feira, inclusive, O Globo estimula a polícia a uma resposta 
 
dura, “até desproporcional”, aos ataques sofridos pelos agentes de segurança. 
 
Resposta desproporcional é normalmente o que o Estado costuma dar. Aliás, não foi 
 
diferente no episódio que vitimou a soldado Alda Rafael Castilho, em 2 de fevereiro, 
 
também na região do Alemão: foram seis mortos em contrapartida, todos de jovens, 
 
alguns sem passagem pela polícia. No dia seguinte, o jornal ouviu um legista que 
 
levantou a hipótese de que alguns dos mortos tenham sido executados.
 
Mas desproporção pouca é bobagem: em 2007, nos tempos anteriores à UPP, o 
 
assassinato de dois soldados foi o pretexto para o cerco ao Complexo do Alemão. A 
 
operação durou três meses e resultou em 44 mortos, 19 num só dia.
 
 
A questão de fundo é a legalização das drogas
 
Todo mundo se lembra das reportagens que trombeteavam a “retomada do território” 
 
nos morros do Alemão e da Rocinha, onde ocorriam os principais conflitos entre 
 
facções de traficantes, e entre traficantes e policiais. 
 
Conflitos nunca deixaram de ocorrer, mas eram minimizados pela imprensa, que 
 
procurava vender uma imagem positiva das UPPs. Os veículos das Organizações Globo, 
 
em geral, atuaram e continuam atuando como porta-vozes desse projeto.
 
Mas a situação foi piorando desde o ano passado. Em maio, um tiroteio retardou 
 
a corrida batizada de “Desafio da Paz”, no Alemão. Em junho, a sede do grupo 
 
Afroreggae foi incendiada. No Pavão-Pavãozinho, em Ipanema, e na Rocinha, tiroteios 
 
voltaram a ser frequentes. Mas em todas essas ocasiões o noticiário sustenta a versão 
 
da fonte oficial: se isso está acontecendo, é sinal de desespero dos traficantes diante 
 
do sucesso das UPPs. Ou seja, quanto mais mortes ocorrerem, mais correta estará essa 
 
política. 
 
Mas como é possível dizer que existe resistência dos traficantes, se eles supostamente 
 
fugiram com a chegada das UPPs?
 
Nesse meio tempo, desapareceu o pedreiro Amarildo, mas esse caso vem sendo tratado 
 
como um desvio de rota. Na época, o secretário Beltrame disse que esse episódio não 
 
arranhava a imagem das UPPs. 
 
É claro: nada arranha a imagem das UPPs, tão bem cuidadas por essa agência de 
 
propaganda mal disfarçada de jornalismo, e que deu o ar de sua graça novamente agora, 
 
quando o Globo “atualiza”, entre aspas, um fato ocorrido no Natal do ano passado. Qual 
 
o objetivo? Seria ajudar a criar um clima favorável ao endurecimento da repressão na 
 
favela?
 
Desde 2012, foram dez policiais mortos em áreas supostamente pacificadas. Na raiz 
 
dessa espiral de violência está a ilegalidade do comércio de drogas. Semana passada, 
 
no Globo, a socióloga Julita Lemgruber citou a legalização como saída para o impasse. 
 
Mas, infelizmente, a declaração ficou no pé da reportagem.
Fonte: OBSERVARÓRIO DA IMPRENSA
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Trombone alvorada weril
 crítica - PAPIRO

Patrão, o trem atrasou mais uma vez.
Quebrou , tive que descer e ainda fiquei atolado em uma montanha de lixo.
Consegui me livrar do lixo e resolvi pegar um ônibus.
Demorou meia hora prá um ônibus chegar, e estava lotado. 
Mesmo assim consegui entrar e ainda tive que ouvir reclamações de outros passageiros sobre o fedor de lixo que tomou conta de  minha roupa.
Ainda teve um enorme engarrafamento, por conta de obra em tudo que é lugar da cidade.
Fiquei sabendo que até mesmo as barcas tiveram atraso e problemas , por conta do lixo nas águas da baía.

O sistema de transportes do Rio de Janeiro é um sofrimento para o usuário, enquanto a mobilidade urbana é um caos para todos.
Os problemas com trens , ônibus, metrô e barcas se repetem e o governador resolveu agilizar a agência reguladora colocando amigos para avaliar e resolver os problemas.
O Rio de Janeiro não pode mais ficar nas mâos do PMDB, seja no governo estadual e na capital.
Os governantes pedem paciência à população e apelam ao espírito solidário do carioca , com transporte solidário ( carona) e mesmo caminhadas para deslocamentos.
O carioca atendeu ao pedido , foi para às ruas em passeatas contra os governos municipal e estadual e ainda apoiou de carona a greve dos garis.
A greve dos garis abriu um precedente para que outras categorias pressionem os fracos governos do estado e da capital.
O cenário de caos vai se desenhando com mais nitidez.
O PMDB do Rio , interessado em melar a candidatura forte do PT ao governo do estado, afunda cada vez mais em sua incompetência.
Na carona proposta pelo prefeito, a imprensa carioca , principalmente globo, se posicionou ao lado dos governantes locais e já partiu para os ataques com maniulações grosseiras sobre o PT. 
O jornal nacional de ontem, insinuou que o PT está ligado ao tráfico de drogas, apresentando um traficante pé de chinelo como ligado ao PT.
Quanto ao caos na cidade olímpica, nada a declarar no jornalismo "conceituadísssiomo, higiênico e isento" de globo.
Quanto ao tráfico de drogas, já que o de pessoas em trânsito está uma droga, vale lembrar que mesmo nas comunidades "pacificadas" ele se faz presente, com conflitos e mortes.
É sabido que as UPP's não tinham como finalidade acabar com o tráfico e comércio de drogas, mas sim com o conflito constante nas comunidades pela disputa por pontos de distribuição e vendas, criando um clima de relativa civilidade para os grandes eventos que ocorrerão no cidade.
Ao que parece a relativa civilidade não está funcionado como desejado, já que o secretário de segurança pública do estado levantou a hipótese de usar as tropas do exército em uma das comunidades "pacificadas".
O último descarrilamento de trem, na segunda-feira passada, foi na estação de Deodoro.
É a falência da polícia do Rio de Janeiro.

Patrão, essa carne num tá com uma cara boa, não. 
Não vai dar prá fazer churrasco.
É melhor trocar de açougue. 

sábado, 8 de março de 2014

Vá com Paes, Cabral

O que Eduardo Paes pensa que o ouvido da população é?



Jornal do Brasil

Sobre o vídeo em que foi flagrando atirando lixo durante solenidade na Zona Oeste, a prefeitura respondeu:



"Eduardo Paes não joga lixo no chão, hábito vem sendo combatido pela prefeitura. O vídeo em questão, efetivamente, não mostra Paes jogando ao chão um pedaço de fruta. Mas ele acredita que, conforme o próprio vídeo indica, tenha lançado o resto de fruta na direção de uma lixeira mais afastada, ou para que um de seus assessores fizesse o descarte em local adequado. Na dúvida, já que o prefeito não se lembra do ocorrido, determinou que a Comlurb emita uma multa a ele próprio, e pede desculpas por um eventual equívoco."
Sobre as empresas que seus familiares têm no Panamá, Eduardo Paes respondeu:
"Meu pai é um advogado bem-sucedido que trabalha com direito internacional há muito tempo. A legislação brasileira não proíbe a participação em empresas no exterior, desde que sejam registradas no Banco Central e declaradas à Receita Federal. E foi isso que o meu pai fez."
O ouvido da população do Rio de Janeiro deve ser um urinol para o prefeito Eduardo Paes, para que ele urine à vontade.
A declaração sob as empresas no Panamá varava a sinceridade e a honestidade que o homem público tem a obrigação de ter ao se dirigir à população do Rio.
Esquece este senhor que os eleitores cometem equívocos elegendo muitas vezes quem não merece. Pois para estes líderes, a mentira, o cinismo e a hipocrisia são fundamentais para fugir das malhas da Justiça.
Mas um homem público, duas vezes eleito, deve respeitar a humildade do desfavorecido do conhecimento da educação ou da normalidade patológica. E não deve desrespeitar a população que faz a opinião pública talvez do país.
>> Informe JB - Envolvimento político: chefe da polícia, pode. Gari, não
Basta de hipocrisia. Não são os líderes políticos que  começam as greves, que já são inúmeras no Rio. Houve a dos bombeiros, dos professores, do pessoal de saúde, entre tantas outras categorias insatisfeitas. E se for verdade que são estes senhores que comandam, já chegou a hora dos que sofrem com essas greves atentarem para a reflexão: quando um não quer, dois não brigam. Pois quem não quer brigar? E quem está do outro lado, querendo briga? Outro "um"? Ou são muitos?
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Sem mais espaço para dar ao PMDB

Presidente do PT avisa que aliados não terão outro ministério e que candidatura de Lindberg é inegociável

O Dia
Brasília - O presidente nacional do PT, Rui Falcão, subiu nesta sexta-feira o tom com os aliados do PMDB — menos de 24 horas depois de se reunir com a presidenta Dilma Rousseff e o ex-residente Lula. Ele avisou que, apesar da pressão dos peemedebistas, não há no governo nenhuma intenção de aumentar a participação do partido no ministério.

Além disso, o presidente petista mandou um recado ao PMDB do Rio e avisou que não existe possibilidade de negociar a retirada da candidatura do senador Lindberg Farias ao governo do estado para apoiar o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). Falcão disse que, no Rio, o PT nunca teve um candidato tão forte, com tantas propostas e com a energia de Lindberg Farias.

“A candidatura será mantida contra todas as pressões que se fizerem”, afirmou Falcão. O recado do petista tem como destinatários o presidente regional do PMDB no Rio, Jorge Picciani, e o líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que também é do Rio.


Rui Falcão deixou claro que o PT não vai ceder às pressões de parte do PMDB e que a estratégia será isolar os que tentam quebrar a aliança
Foto:  Efe

O primeiro ameaça levar seu partido a apoiar a candidatura de Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República, enquanto Cunha articula um bloco parlamentar para votar contra o governo no Congresso, caso Dilma não aumente a participação de seu partido no primeiro escalão.
A crise entre os dois principais partidos de sustentação do governo Dilma será discutida no fim de semana em encontro com, além da própria presidenta, o ex-presidente Lula, o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), e o presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO).
Ontem, após conversar com Lula, Raupp afirmou estar confiante num acordo.
“Ficou combinado que Lula segura de lá, e eu seguro de cá”, disse o senador, que hoje se reunirá com Temer para acertar os detalhes da conversa que terão na tarde de domingo com a presidenta Dilma no Palácio Alvorada, O objetivo do governo é cobrar de Raupp e de Temer compromisso com a manutenção da aliança em torno da reeleição de Dilma.

Além disso, no contato com os dois dirigentes peemedebistas, Dilma e Lula vão cobrar uma postura mais dura contra a ala rebelde liderada pelo deputado Eduardo Cunha. O objetivo é deixar o parlamentar e os peemedebistas próximos a ele isolados.

Lula pode voltar. Em 2018

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, brincou ontem ao ser perguntado se a solução para a crise entre PT e PMDB poderia ser a volta de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência. Ele admitiu que Lula pode voltar, mas só em 2018. “Nossa prioridade agora é reeleger a presidenta Dilma”, disse ele.
Falcão ironizou a possibilidade de Dilma ter como adversário na disputa presidencial o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa. “Como político, é um bom magistrado; como magistrado, bom político”, afirmou Falcão, que alegou que o PT não escolhe adversários.
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Trombone alvorada weril
  crítica - PAPIRO

Vá com Paes, Cabral.
Cabral finalmente vai deixar o governo do estado do Rio de Janeiro.
Um alívio para os fluminenses.
Já os cariocas terão que aturar Paes até o final de 2016.
O play boy festeiro e o tucano enrustido arrogante.
Ambos pendurados na sigla do PMDB , mas bem parecidos enquanto políticos. 
Cabral começou sua carreira política no PSDB, pssando depois para o PMDB. Carreira sim, pois o festeiro desde a idade adolescente já ocupava cargo de vereador, sempre com uma plataforma de defesa dos cidadãos da terceira idade. Nunca trabalhou.
Paes iniciou sua carreira no PV, passou para o PFL de Cesar Maia, foi para o PSDB e hoje está no PMDB. Versátil o arrogante. 
Nas eleições deste ano para o governo do estado do Rio de Janeiro, o PT tem, com certeza, o melhor candidato entre todos os candidatos que disputam o cargo de governador. 
Jovem , dinâmico, competente e com propostas de renovação até mesmo no PT, Lindbergh é o nome certo para o governo do Rio.
Cabral, entretanto , quer empurrar para a população a candidatura de seu vice, Pezão, que seria a continuação do que está aí e é rejeitado pelo povo. 
A expressão de Pezão combina melhor em uma eleição para  a presidência da Associação de Açougueiros da Zona Portuária  da Cidade do Rio de Janeiro, a AAZPCRJ.  
Com todo respeito aos açougueiros da zona em questão e que não se sintam ofendidos com a comparação com Pezão.
Mesmo com toda a máquina do governo estadual a seu favor, espera-se , para o bem do estado do Rio de Janeiro, que Pezão não passe sequer para um segundo turno e fique pelo caminho.
Seria o primeiro passo para extirpar o PMDB do Rio de janeiro.
O segundo, claro, seria nas eleições de 2016 para a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro.
Certamente o prefeito arrogante apresentará um de seus secretários histéricos e falantes como possível candidato a sua sucessão .
Seria mais um desastre para a cidade.
Com grandes chances de vitória no governo estadual, espera-se que o PT trabalhe e apresente um candidato forte para cidade do Rio em 2016

sexta-feira, 7 de março de 2014

Democratas de Fachada. Jornalismo Agonizante

Publicado em 06/03/2014

Miro: quem não mostra o DARF vai para a Papuda ?

“Empresários e os ricaços, os principais sonegadores, preferem criticar o “impostômetro” – até como forma de ocultar o criminoso “sonegômetro”



O Conversa Afiada republica artigo de Miro Borges, extraído do seu blog:

Os sonegadores irão para a Papuda?



Por Altamiro Borges

Estudo do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda (Sinprofaz) divulgado na semana passada revelou que a sonegação de impostos em 2013 atingiu a soma de R$ 415 bilhões. Ainda segundo a pesquisa, todos os tributos não pagos, inscritos na Dívida Ativa da União, ultrapassaram R$ 1 trilhão e 300 milhões. Como esta grana, o Brasil teria condições de enfrentar os graves problemas nas áreas da saúde, educação e mobilidade urbana, entre outros. Mas os empresários e os ricaços, os principais sonegadores, preferem criticar o “impostômetro” – até como forma de ocultar o criminoso “sonegômetro”. Eles sabem que nunca irão para o presídio da Papuda nem serão alvos da escandalização da mídia – até porque a Rede Globo ainda não mostrou o Darf do pagamento do seu calote.

A sonegação de R$ 415 bilhões somente no ano passado corresponde aproximadamente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas pelo país. O valor supera, com folga, os orçamentos federais de 2014 para as pastas da educação, saúde e desenvolvimento social – somados. Para uma simples comparação, o programa Bolsa Família investe R$ 24 bilhões ao ano para atender 14 milhões de famílias. O que foi sonegado somente em 2013 pelos ricaços equivale, portanto, a 17 anos deste programa do governo federal. Segundo Heráclio Mendes de Camargo Neto, presidente do Sinprofaz, os altos valores “são sonegados pelos muitos ricos e por pessoas jurídicas (empresas), com mecanismos sofisticados de lavagem de dinheiro e caixa dois”.

O estudo do sindicato poderia servir como base para enviar à cadeia centenas de sonegadores bilionários – alguns deles, provavelmente presentes no último ranking dos ricaços da Forbes. Ele também serve para alimentar o debate sobre a urgência da reforma tributária no Brasil. Como aponta o Sinprofaz, que paga impostos no país é o trabalhador. Os ricaços sonegam e ainda são beneficiados por um sistema injusto, baseado em impostos regressivos e indiretos. Quem ganha mais, paga menos; e vice-versa. “Mesmo que você seja isento do Imposto de Renda, vai gastar cerca de 49% do salário em tributos, mas quase tudo no supermercado ou na farmácia”, explica Camargo Neto à reportagem da Rede Brasil Atual.

Além disso, quanto mais o contribuinte tem a declarar, maiores são as chances de abater os valores. “Os mais ricos podem abater certos gastos no Imposto de Renda. Em saúde, por exemplo, se você tem um plano privado um pouco melhor, você pode declará-lo e vai ter abatimento no cálculo final do imposto. Esta é uma característica injusta do nosso sistema. Os mais pobres não conseguem ter esse favor”, completa o sindicalista. Já o trabalhador não tem como escapar da fúria do Leão. Quem tem salário a partir de R$ 2.400 é tributado automaticamente pelo Imposto de Renda Retido na Fonte. Apesar destas distorções, os empresários ainda tentam se apresentar como vítimas de uma carga tributária injusta. Sonegam e/ou pagam pouco e ainda se travestem de vítimas!

Em 2005, o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário e a Associação Comercial de São Paulo criaram o “impostômetro” e instalaram um painel eletrônico no Pátio do Colégio, no centro da capital paulista. Segundo a Rede Brasil Atual, na semana passada o placar registrava R$ 313 bilhões em impostos pagos. “Se nós conseguirmos cobrar essas grandes empresas e pessoas físicas muito ricas, o governo poderia desonerar a classe média e os mais pobres. Seria o mais justo. Se todos pagassem o que devem, nós poderíamos corrigir a tabela do Imposto de Renda e reduzir alíquotas sobre alimentos e produtos de primeira necessidade, que todo mundo usa”, conclui Camargo Neto, desmascarando os ricaços sonegadores – verdadeiros impostores!




Há 65 brasileiros com fortuna de mais de US$ 1 bilhão, segundo o tradicional ranking das pessoas mais ricas do mundo publicado pela revista “Forbes”. São 19 a mais do que no ano passado. Eike Batista ficou de fora da lista.

O brasileiro mais cheio de dinheiro continua sendo Jorge Paulo Lemann. No ranking mundial da revista, ele ocupa a 34º posição, com fortuna estimada em US$ 19,7 bilhões

O segundo mais rico do país é Joseph Safra, no 55º lugar no ranking mundial, com riqueza estimada em US$ 16 bilhões.

Em seguida, aparece Marcel Herrmann Telles, sócio de Lemann. Ele é o 119º mais rico do mundo (US$ 10,2 bilhões).

Juntos em quarto, quinto e sexto lugares estão os irmãos Marinho, com US$ 9,1 bilhões.

Fonte: CONVERSA AFIADA
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Altamiro Borges: O Globo na liderança da guerra contra os mais pobres

publicado em 6 de março de 2014 às 13:44

O Globo prega arrocho dos salários

Por Altamiro Borges, em seu blog
Em pleno Carnaval, nesta terça-feira (4), o jornal O Globo publicou um editorial que mereceria a dura repulsa do sindicalismo brasileiro. Sem meias palavras, o diário patronal prega abertamente a volta política de arrocho praticada durante o triste reinado de FHC.
Com o título “Desindexação urgente”, ele critica o acordo firmado entre o ex-presidente Lula e as centrais sindicais de valorização do salário mínimo e afirma, na maior caradura, que esta política pode resultar na explosão da inflação no país.
E o velho fantasma inflacionário usado para atacar o rendimento dos trabalhadores, garantir os lucros exorbitantes dos empresários, facilitar o rentismo dos especuladores financeiros e – de quebra – ajudar o discurso oposicionista contra o governo Dilma Rousseff.
Segundo o jornal, a atual política de valorização do salário mínimo – que garante a reposição da inflação, mais ganho real equivalente à variação do PIB de dois anos antes – foi “fixada por decreto presidencial” e “é passível de injunções políticas”. Duas mentiras descaradas.
Esta política foi fruto de um acordo com as centrais sindicais, que representam muito mais a sociedade do que a bilionária famiglia Marinho, e tem regras bem definidas, sem qualquer risco de “injunções políticas”.
Com base nestas mentiras, O Globo até reconhece que a atual política “assegurou ganhos expressivos tanto para trabalhadores como para a grande maioria de aposentados e pensionistas da previdência social” e “tem impacto ainda sobre os salários que estão ligeiramente acima do piso”.
Mesmo assim, o jornal afirma que ela prejudica o Brasil. “Se por um lado tal regra de fato deu previsibilidade à política de valorização do mínimo, por outro instituiu um mecanismo de indexação que ignora a conjuntura. A variação do PIB de dois anos antes pode não ser compatível com a situação da economia no momento em que o ajuste é repassado ao salário mínimo”.
Para o jornalão patronal, a atual política de valorização do salário mínimo “ignora as condições da economia”, “não tem relação com a produtividade do trabalho” e “tira competitividade das cadeias produtivas (pela elevação dos custos)”.
Neste sentido, blefa O Globo, “em vez de se conseguir que haja um avanço da massa salarial, asfixia-se a galinha dos ovos de ouro”. O cinismo do diário é descomunal!
Com base nele, o jornal decreta: “Tal regra tem data para terminar: 2015. A indexação automática, e inflexível, não pode se perpetuar. Pela importância do salário mínimo no conjunto da economia brasileira, essa indexação se transformou em fonte de pressão sobre a inflação”.
O Globo nada diz sobre o impacto positivo da política de valorização do salário mínimo, que aqueceu o mercado interno e evitou que a crise capitalista mundial fosse ainda mais destrutiva no Brasil. Nada fala sobre os milhões de brasileiros que finalmente tiveram acesso ao consumo nem sobre os milhões de empregos criados como resultado desta política.
Se dependesse da famiglia Marinho, o Brasil não teria leis trabalhistas e nem assalariados – e voltaria à época da escravidão pura e simples!
PS do Viomundo: É por isso que eu, Azenha, tenho dito a meus amigos de esquerda, muitos dos quais criticam ferozmente o governo Dilma: o que quer que vocês façam, se houver segundo turno votem na Dilma. Há uma ofensiva mundial da direita e da extrema-direita para impor a austeridade neoliberal. Uma ofensiva para conquistar mão-de-obra barata, recursos naturais e novos mercados. Vide Ucrânia e Venezuela. A direita não se envergonha nem de se associar a neonazistas para obter seus objetivos imperiais. Na América Latina, “conquistar” o Brasil para o neoliberalismo puro sangue é o primeiro passo para desmontar a arquitetura de uma soberania regional ainda que limitada. Tempos bicudos, estes!
Fonte: VI O MUNDO
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Paulo Nogueira: O controle remoto com o qual a Globo influencia a Justiça. Em parceria com o governo federal

publicado em 7 de março de 2014 às 11:12

No Innovare, Ayres Britto continua ministro: só que, agora, é ministro da Globo sem intermediários. Em parceria com o governo federal

“Fico muito grato pela oportunidade de participar e apoiar o Instituto Innovare. As instituições evoluem através dos bons exemplos, da melhoria continua de suas práticas e da busca de um melhor padrão de qualidade. Não por acaso, esse é o mesmo princípio que adotamos na Globo. Uma sociedade com uma Justiça de melhor qualidade é uma sociedade mais digna e mais feliz.”


Roberto Irineu Marinho
 “O sonho de justiça ainda é um grande anseio da humanidade. O Prêmio Innovare revela que uma das grandes capacidades humanas é realizar os sonhos do povo.”


Luiz Fux
 O Prêmio Innovare, uma das mais bem conceituadas premiações da justiça brasileira, abrirá, no dia 10 de março, as inscrições para sua 11ª edição. Este ano, o tema para concorrer nas categorias Juiz, Tribunal, Ministério Público, Defensoria Pública e Advocacia será livre. Na categoria Prêmio Especial, o Innovare dará novamente oportunidade a profissionais graduados de qualquer área do conhecimento. Para concorrer, os interessados deverão encaminhar ao Instituto Innovare iniciativas que já estejam em prática. O tema nesta categoria será “Sistema Penitenciário Justo e Eficaz”. A data e o tema foram apresentados pela diretoria do Innovare aos membros do Conselho Superior do Instituto, em uma reunião na última terça-feira (18/02) no Rio de Janeiro. Participaram do encontro os membros da diretoria do Prêmio, Sérgio Renault, Pedro Freitas, Antonio Claudio Ferreira Netto, Carlos Araújo e a coordenadora Raquel Khichfy, além do presidente do Conselho, ministro Ayres Britto, de representantes das associações parceiras, como AMB, Conamp, Anadep, Ajufe, Conselho Federal da OAB, ANPR, Anamatra e o presidente das Organizações Globo, Dr. Roberto Irineu Marinho.

Do site do Instituto 
O controle remoto pelo qual a Globo comanda o Brasil

do Diário do Centro do Mundo, com adendo do Conversa Afiada
Roberto Marinho foi um gênio, há que reconhecer.
Mas um gênio do mal.
Sua maior obra foi montar um esquema inviolável de manipulação dos poderes no Brasil.
As emissoras afiliadas, entregues a políticos amigos, como Sarney e ACM, garantiram que no Congresso a Globo jamais seria questionada seriamente.
Já sem ele, a obra de controle foi estendida à Justiça pelo Instituto Innovare, do qual falei aqui outro dia.
Na fachada, o Innovare premia anualmente práticas inovadoras no judiciário em cerimônias às quais comparecem os juízes mais poderosos do país, notadamente os do Supremo.
A aproximação, neste processo, dos Marinhos com os juízes  é uma aberração do ponto de vista ético e uma agressão ao interesse público, dados os interesses econômicos da Globo.
Contar com juízes amigos é bom para a Globo e ruim para a sociedade.
Um dia Gilmar Mendes, por exemplo, terá que explicar por que concedeu habeas corpus a uma funcionária da Receita flagrada tentando fazer desaparecer os documentos da célebre sonegação – trapaça é a melhor palavra – da Globo na Copa de 2002.
Uma passagem anedótica do Innovare junta Roberto Irineu Marinho, presidente da Globo, e o juiz Cesar Asfor Rocha. Uma foto registra um abraço cordial entre ambos numa premiação. Rocha  presidia o STJ e era cotado para uma vaga no STF, na gestão Lula. Acontece que chegou a Lula uma história segundo a qual Rocha pegara uma propina para favorecer uma empresa  num julgamento.
O mais curioso é que Rocha acabou votando contra quem lhe deu “uma mala de dinheiro”, segundo gente próxima de Lula. Investigado ele não foi —  nem pela Globo, nem pela Polícia Federal, nem por ninguém. Mas, se manteve a alegada bolsa, perdeu a indicação. Rocha, sem problema nenhum com a Justiça depois da denúncia, acabaria decidindo voltar depois para a advocacia.
A melhor prática para a Justiça é absoluta distância da plutocracia para que possa decidir causas com isenção e honestidade. (Investigar juízes acusados de pegar uma mala de dinheiro também vai bem.)
O Innovare é a negação disso.
Que políticos frequentem barões da mídia é lamentável, mas comum mesmo em democracias avançadas como a Inglaterra.
Nos últimos 30 anos, na Inglaterra, Rupert Murdoch – o Roberto Marinho da mídia britânica — foi procurado e bajulado por líderes conservadores e trabalhistas, indistintamente. (Um deles, Tony Blair, acabou estendendo a proximidade para a jovem mulher chinesa de Murdoch, com a qual teve um caso que levaria ao divórcio de Murdoch.)
Mas se juízes frequentassem Murdoch uma fronteira seria transposta. Jamais aconteceu. O juiz Brian Leveson não poderia conduzir as discussões sobre novas regras para a mídia inglesa se privasse com Murdoch.
Isto é óbvio, mas o poder prolongado da Globo a deixou de guarda baixa quando se trata de preservar a própria reputação.
O Innovare é um escândalo em si. E uma inutilidade monumental em seu propósito de fachada: melhorar a Justiça brasileira.
São dez anos de atividade. Quem poderá dizer que a justiça brasileira melhorou alguma coisa com o Innovare?
A Globo tem nas mãos como que um controle remoto com o qual comanda as coisas que lhe são essenciais no Brasil.
Vale a pena ver este vídeo em que, no Senado, Roberto Requião mostra a busca frustrante que fez por informações a respeito da sonegação da Globo. A certa altura, ele pergunta se a Globo comanda o Senado, tais e tantas as dificuldades que encontrou. Requião fez uma pergunta retórica, porque ele sabe a resposta muito bem.
No futebol, um negócio de alguns bilhões por ano, a Globo teleguiou durante décadas os homens fortes da CBF, Havelange primeiro e depois Ricardo Teixeira.
‘Teleguiar” significou dar propinas, ou eufemisticamente, “comissões”. O Estadão mergulhou num caso que está na justiça suíça, relativo à Fifa. E escreveu numa reportagem: “Havelange recebeu propinas de uma empresa para garantir o contrato de transmissão do Mundial de 2002 para o mercado brasileiro.”
Quem transmitiu? E que jornal ou revista investigou o caso? A Veja não se gabava tanto de seu poder investigativo? Ou só vale para seus inimigos?
A mesma lógica de ocupação manipuladora a Globo promoveu em sua fonte de receita – a publicidade.
Nos últimos dez anos, a Globo perdeu um terço da audiência, em parte pela ruindade de sua programação, em parte pelo avanço da internet.
Mesmo assim, sua receita publicitária não parou de subir. Há uma aberração no Brasil: com 20% do bolo de audiência, medido pelo Ibope, a Globo tem 60% do dinheiro arrecadado com publicidade.
Ganhar mais publicidade com menos público é façanha para poucos.
O milagre, ou truque, se chama Bônus Por Volume, o infame BV. Basicamente, quanto mais uma agência veícula na Globo, mais recebe.
Meu amigo Jairo Leal, antigo presidente da Abril, me disse que muitas agências simplesmente quebrariam se não fosse o dinheiro do BV.
É claro que uma hora o anunciante vai se incomodar com o dinheiro excessivo posto numa emissora que perde, perde e ainda perde espectadores.
Mas até lá você – em boa parte graças ao BV – vai ver os Marinhos no topo dos bilionários do Brasil.
Fonte: VI O MUNDO
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Onde estão os ninjas, onde se enfiaram os ‘investigativos’?

Por Alberto Dines em 04/03/2014 na edição 788
Os do Globo estão oferecendo um show de investigação jornalística – na retomada do caso do Riocentro e na identificação dos responsáveis pelo assassinato do deputado Rubens Paiva nas dependências do DOI-Codi, no Rio de Janeiro.
Mas na apuração das responsabilidades pela morte do cinegrafista da Band Santiago Andrade atingido na cabeça, há três semanas, por um rojão durante violento protesto no Rio, algumas ausências e assiduidades chamaram a atenção.
A mídia ninja não deu o ar da sua graça tanto na identificação dos culpados pela tragédia como nos desdobramentos quando um dos responsáveis acusou partidos políticos de pagar diárias a manifestantes. A mídia ninja tem todos os atributos em matéria de agilidade, organização e compromissos públicos para antecipar-se à mídia tradicional. Não o fez, não se sentiu convocada, evaporou. Inclusive quando o Globo veiculou suspeições sobre o comportamento do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-Rio) o que gerou um tremendo e instrutivo debate público sobre o papel da imprensa (ver “Freixo outra vez”, “O dever de um jornal”, “A exaltação de um factoide”, “O dever de um jornal II”, “Jornalismo a serviço de quê?” e “Freixo e a violência”).
O que falta
Não foram os representantes do nobre segmento da reportagem investigativa que analisaram os vídeos realizados por cinegrafistas de diferentes emissoras, e com a ajuda do perito Nelson Massini identificaram prontamente os responsáveis pelo disparo do artefato. Os responsáveis pela façanha foram editores de imagem da TV Globo, profissionais que dispensam galardões, etiquetagem e categorias, empenhados apenas em fazer um bom trabalho.
Mas quem apareceu liderando as listas de votos de pesar e de protesto – sobrepondo-se mesmo à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e à secular Associação Brasilera de Imprensa (ABI) – foi a Abraji, Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, entidade que merece aplausos pelo trabalho na esfera de treinamento e motivação.
Mas a Abraji não dispõe de um corpo de repórteres investigativos; em outras palavras: não investiga, não promove a investigação. Seus associados são os repórteres que se consideram investigativos – todo repórter é, em princípio, investigativo – e trabalham para jornais, revistas, emissoras de rádio, TV, blogs, sites e portais.
Nossa sociedade carece de veículos jornalísticos – de qualquer porte –, eles é que têm a legitimidade e a obrigação de esquadrinhar, inquirir, perquirir, devassar, vigiar e fiscalizar o desempenho do poder público e privado.
A violência nas manifestações que tirou a vida de Santiago Andrade é um caso em aberto, quase esquecido. Também a violência do debate sobre a violência. Falta é investigação.
Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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editorial - PAPIRO

Liderança é algo que nenhum líder afirma em ter, seja o líder um cidadão ou uma corporação.
Líderes são naturalmente reconhecidos como tal, não necessitam de discursos próprios para confirmar sua condição.
Globo delira, e agoniza na decadência em que se encontra.
Apesar da liderança, em números, do império dos Marinhos , é fato que que a capacidade de globo em influenciar pessoas caiu drasticamente com o advento da internete. 
Fato que leva os saudosistas à uma briga diária com a realidade.
A Mídia ninja parece ser a bola da vez para os melancólicos e saudosos de um tempo de jornalismo romântico. 
É cobrada a todo instante pelo que não faz, pelo que se omite e pelo que poderia fazer. 
Sinais de inconformismo com os novos tempos.
Relevante seria a cobrança por um jornalismo plural, menos partidarizado e que colocasse em cena os fatos com um mínimo de isenção. 
Não é que ocorre. 
Isso também é fato.
O  chamado jornalismo investigativo , hoje, se produz nas salas das redações e, mesmo assim deixa muito a desejar.
Os casos da ação penal 470, o chamado mensalão, e a roubalheira no sistema de transportes sobre trilhos no estado de São Paulo, são emblemáticos.
Seletividade nas investigações, arranjos de linguagem específicos para cada caso, além,  claro, de uma espetacularização midiática apropriada aos interesses partidários das mídias para cada assunto em questão.
O jornalismo passou longe das notícias, dos fatos , da realidade.
Isso também é fato.
Cabe lembrar que a internete mudou a maneira de divulgação de informações, principalmente no tocante a velocidade.
Qualquer arranjo ou manipulação é imediatamente bombardeada na internete. 
Tanto que é verdade que toda a velha mídia apoiou de forma ostensiva os candidatos do PSDB nas eleições de 2002, 06 e 10 e, mesmo assim, não obteve sucesso, ou seja, não alterou a percepção do eleitor. 
Seria a intenete a responsável  por blindar os efeitos nocivos do jornalismo  da velha mídia sobre a população ? 
Em parte sim, porém há muito mais para investigar. 
Cabe ainda ressaltar que a internete não substitui o jornalismo, ela agrega algo mais no debate sobre os temas de relevância e , em alguns casos, chega a pautar tais temas mesmo sem o "consentimento" dos "lideres" do mercado de notícias. 
Isso também é fato.
Proliferam na internete excelentes sites de debate, opinião e informação, e certamente, esse é a maior "problema" para aqueles que se imaginavam detentores do monopólio de opiniões. 
Tanto é assim, que com uma frequência até certo ponto espantosa, vozes de globo ecoam na defesa de um tempo de jornalismo que não mais existe.
A questão que se impõe não é sobre os blogues e portais da internete que fazem sucesso com seus conteúdos, mas sim sobre como o jornalismo tradicional convive com essa nova realidade. Avaliando as vozes de globo e do Observatório da Imprensa, percebe-se uma dificuldade clara com essa convivência, seja por incapacidade de conhecer o momento atual de mídias, seja por romantismo, seja por delírio autoritário, ou mesmo por esquecimento de tomar a medicação diária por parte de alguns analistas de mídias.
A clareza de opiniões é reveladora em si.
Essa é uma outra questão que se impõe no momento. 
O advento da internete trouxe a possibilidade de um amplo debate sobre os mais diferentes temas , o que, na visão do PAPIRO, tem produzido um efeito contrário no processo democrático. 
Em parte pela, aí sim, liderança, entenda-se poder econômico, dos principais grupos de mídia, que conduzem os debates para uma disputa, onde a razão é violentada e , com isso acarretando comportamentos violentos  e mesmo fascistas. 
Ao aprofundar diferentes temas de debates, se vê uma rejeição pelas opiniões contrárias quando se atinge um ponto de conceituação sólida sobre um tema.
Os democratas não são tão democratas assim.
O que emerge, é que a democracia para muitos, é apenas um discurso, o que de fato se verifica pelos caminhos que mundo vem tomando.
A liberdade de expressão e opinião provocada pela internete trouxe a tona a fragilidade do discurso democrático.
Um paradoxo assustador.
Nesse contexto O PAPIRO pergunta: 
Cadê o DARF, rede globo ? 
Pergunta fruto de investigação de blogues que apresentaram a farsa e os crimes de grupos de mídia. 
Isso não é notícia dos jornais. 
Jornais que quase ninguém mais lê.
O PAPIRO se alinha com blogues e portais  que com opiniões, análises e  informações relevantes ajudam a construir uma ponte para o horizonte.






quarta-feira, 5 de março de 2014

Estandarte de ouro

O Conversa Afiada republica post de Miguel do Rosário no Tijolaço:

Enquanto isso, no Carnaval…



Uma gentil leitora do blog nos manda fotos do Carnaval de Recife, do bloco Pinto da Madrugada, um dos mais tradicionais do Nordeste.







 
 Fonte: CONVERSA AFIADA
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Trombone alvorada weril 
       crítica - PAPIRO

Esse é o verdadeiro estandarte de ouro. 
O ouro roubado.
O ouro sonegado.
O bloco Pinto da Madrugada perguntou sobre o ouro.
Cadê o Darf, globo ?
Os verdadeiros ladrões e sonegadores estão por aí, soltos, livres, roubando um pouco mais aqui e acolá.
Perseguindo inocentes e trabalhadores.
Inconformados com a democracia, onde todos podem se expressar.
Inconformados com as escolhas da maioria.
O suposto conformismo com a democracia vai até a página em que eles não conseguem mais vencer nas urnas.
A partir dalí é o vale tudo, o golpe , com as famílias manipuladas.
Cadê o Darf, globo ? 
Cadê o equilíbrio, SBT ?
Foi para isso que você recebeu uma concessão pública , Abravanel ?
Há um histerismo explícito por violência na velha mídia que se acentuou após a derrota no julgamento do STF.
A copa é a oportunidade.
O caos é o desejo.
Cadê o Darf, globo ?
É muito dinheiro sonegado, roubado, embolsado, desviado das necessidades do povo.
Cadê o equilíbrio perfumado , Abravanel ? 
O pinto da madrugada cantou, nas ruas do Recife.
 

segunda-feira, 3 de março de 2014

Guerra de Classes


seg, 03/03/2014 - 5:05
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21/02/2014
PIB DA ARGENTINA CRESCEU 4,9% EM 2013

Mais de 2,5 vezes o que cresceram os EUA (1,9%) e 12 vezes o crescimento da Alemanha (0,4%)
A economia argentina acumulou um crescimento de 4,9% em 2013, informou nesta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).
A Argentina teve um aumento da atividade sustentada a um ritmo de 8% em média desde 2003 até 2011.
Diminuiu o ritmo em 2012, quando cresceu 1,9%.
No ano passado, porém, a Argentina mostrou uma recuperação, com uma forte expansão no segundo trimestre quando acumulou um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) de 8,3%, fechando o ano de 2013 com crescimento próximo aos 5%.
Para 2014, o governo argentino prevê um crescimento de 6,2%, segundo o orçamento aprovado pelo Congresso.
Detalhe
De acordo com dados divulgados na quinta-feira (27/02) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2013 o PIB do Brasil somou R$ 4,84 trilhões, com alta de 2,3%.
Portanto, embora em patamar inferior ao ritmo de crescimento da Argentina, a Economia Brasileira, assim como a de Los Hermanos, cresceu mais que a dos Estados Unidos, a do Reino Unido da Grã-Bretanha e a da África do Sul, que cresceram 1,9%, além de superar a alta do PIB do Japão (1,6%), do México (1,1%), da Alemanha (0,4%), da França (0,3%) e da Bélgica (0,2%).
Ademais, países como a Espanha e a Itália tiveram quedas no Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, com índices de retração de -1,2% e -1,9%, respectivamente.
O PIB da Zona do Euro também caiu, declinando 0,4%.
Alguém leu ou ouviu estas notícias, assim divulgadas, pelos meios de comunicação das Organizações Globo?
Fonte: FRANCO ATIRADOR
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        opinião - PAPIRO 

Na velha mídia nada disso aparece.
Aliás, no momento, a velha mídia tem outras prioridades. Deu um show de energia geriátrica no desfile da Beija-Flor. A velha guarda das escolas pareciam  até escolas mirins, perto da turma da globo que homenageou o Boni.
Quando o carnaval passar, o mantra midiático voltará com força.
Já podemos imaginar as demonizações com Putin por conta da decisão tomada no conflito da Ucrânia.
As lamentações pela decisão do STF em não aceitar o crime de quadrilha.
O blá, blá, blá da moda do conservadorismo golpista brasileiro, que diz respeito a demonização da democracia e pedidos explícitos de golpe de estado e assassinatos de líderes do governo.
O incentivo ao golpe de estado na Venezuela, com divulgação de imagens , cuidadosamente editadas, para demonstrar o "caos" do governo de Maduro.
Críticas e perseguição ao programa 'Mais Médicos' do governo federal.
O apagão elétrico que está na espreita para demonstrar " a incompetência do governo"
E claro, a copa do mundo, as eleições, o friboi, o maneco,  etc...
Enquanto isso a realidade corre por aí, sendo golpeada sistematicamente, porém resiste e, ao que tudo indica insiste em fazer valer a razão.
A briga já tem contorno global, ou melhor, mundial.


domingo, 2 de março de 2014

O Samba da velha mídia doida

Publicado em 01/03/2014

A resposta que a Veja e a Globo merecem

Professora se recusa a dar entrevista ao detrito sólido. O Plim-Plim deu …
Como se sabe, o Ministro Plim-Plim deu aquela histórica entrevista ao detrito sólido, e torpe, em que lava as mãos em relação ao Dirceu.

Na mesma entrevista, disse sobre a Ley de Medios o que a Globo Overseas gosta de ouvir.

O ministro Plim-Plim, segundo o Mino Carta – ou será Trim-Trim ? – poderia aprender com a professora Silvia Viana, segundo o navegante Peixoto:


Peixoto-Pres.Prudente/SP

“Veja” isso, um verdadeiro tapa na cara do pessoal da Veja:
A socióloga Sílvia Viana é doutora pela USP e autora do livro “Rituais de sofrimento”. Procurada pela Veja para conceder uma entrevista sobre o BBB 14, ela negou o pedido. Mas não foi um simples não, foi uma aula, curta e rápida, do que é a “coisa feita em papel couché”.

Leia abaixo sua resposta à solicitação de Veja enviada por e-mail ao jornalista encarregado da tarefa de convidá-la.

“Respondo seu e-mail pelo respeito que tenho por sua profissão, bem como pela compreensão das condições precárias às quais o trabalho do jornalista está submetido. Contudo, considero a ‘Veja’ uma revista muito mais que tendenciosa, considero-a torpe. Trata-se de uma publicação que estimula o reacionarismo ressentido, paranoico e feroz que temos visto se alastrar pela sociedade; uma revista que aplaude o estado de exceção permanente, cada vez mais escancarado em nossa “democracia”; uma revista que mente, distorce, inverte, omite, acusa, julga, condena e pune quem não compartilha de suas infâmias – e faz tudo isso descaradamente; por fim, uma revista que desestimula o próprio pensamento ao ignorar a argumentação, baseando suas suposições delirantes em meras ofensas.

Sendo assim, qualquer forma de participação nessa publicação significa a eliminação do debate (nesse caso, nem se poderia falar em empobrecimento do debate, pois na ‘Veja’ a linguagem nasce morta) – e isso ainda que a revista respeitasse a integridade das palavras de seus entrevistados e opositores, coisa que não faz, exceto quando tais palavras já tem a forma do vírus.

Dito isso, minha resposta é: Preferiria não.

Atenciosamente, Sílvia Viana”
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Saul Leblon: Mídia deveria regurgitar as florestas de celulose que usou para falar em “quadrilha”

publicado em 28 de fevereiro de 2014 às 14:33
Luís Roberto Barroso: Considero, com todas as vênias de quem pense diferentemente, que houve uma exacerbação nas penas aplicadas de quadrilha ou bando. A causa da discrepância foi o impulso de superar a prescrição do crime de quadrilha e até de se modificar o regime inicial de cumprimento das penas.
Joaquim Barbosa (a partir de 48 minutos): Agora V. Exa. me chega aqui com a fórmula prontinha. [...] A fórmula já é pronta. Eu indago se V. Exa. já a tinha antes de chegar a esse tribunal. Parece que sim. A sua decisão não é técnica, é política.
Luís Roberto Barroso: O esforço para depreciar quem pensa diferentemente é um déficit civilizatório.
Joaquim Barbosa: O que foi o voto de V. Exa. se não um rebate ao acórdão do STF?


Um cheiro de cinzas no ar

Fica difícil afastar a percepção de que o carnaval conservador saltou para a dispersão sem passar pela apoteose. O cheiro de cinzas no ar é inconfundível.

por Saul Leblon, na Carta Maior

Como parte interessada, a mídia jamais reconhecerá no fato o seu alcance: mas talvez o Brasil tenha assistido nesta 5ª feira a uma das mais duras derrotas já sofridas pelo conservadorismo desde a redemocratização.
Quem perdeu não foi a ética, a lisura na coisa pública ou a justiça, como querem os derrotados.
A resistência conservadora a uma reforma política, que ao menos dificultasse o financiamento privado das campanhas eleitorais, evidencia que a pauta subjacente ao julgamento da AP 470 tem pouco a ver com o manual das virtudes alardeadas.
O que estava em jogo era ferir de morte o campo progressista.
Não apenas os seus protagonistas e lideranças.
Mas sobretudo, uma agenda de resiliência  histórica infatigável, com a qual eles seriam identificados.
Ela foi golpeada impiedosamente em 54 e renasceu com um único tiro; foi golpeada em 1960 e renasceu em 1962; foi golpeada em 1964, renasceu em 1988; foi golpeada em 1989, renasceu em 2003; foi golpeada em 2005 e renasceu em 2006, em 2010…
O  que se pretendia desta vez, repita-se, não era exemplar cabeças coroadas do petismo, mas um propósito algo difuso, e todavia persistente, de colocar a luta pelo desenvolvimento como uma responsabilidade intransferível da democracia e do Estado brasileiro.
A derrota conservadora é  superlativa nesse sentido, a exemplo dos recursos por ela mobilizados — sabidamente nada  modestos.
Seu dispositivo midiático lidera a lista dos mais esfarrapados egressos da refrega histórica.
Se os bonitos manuais de redação valessem, o  desfecho da AP 470  obrigaria a mídia ‘isenta’ a regurgitar as florestas inteiras de celulose que consumiu com o objetivo de espetar no PT o epíteto eleitoral de ‘quadrilha’.
Demandaria uma lavagem de autocrítica.
Que ela não fará.
Tampouco reconhecerá que ao derrubar a acusação de quadrilha, os juízes que julgam com base nos autos desautorizariam implicitamente o uso indevido da teoria  do  domínio do fato, que amarrou toda uma narrativa largamente desprovida de provas.
Se não houve quadrilha, fica claro o propósito político prévio  de emoldurar a  cabeça  do ex-ministro José Dirceu no centro de uma bandeja eleitoral, cuja guarnição incluiria nomes ilustres do PT, arrolados ou não  na AP 470.
O banquete longamente preparado  será degustado de qualquer forma agora.
Mas fica difícil  afastar  a percepção de que o carnaval conservador saltou  direto da concentração para  a dispersão sem passar pela apoteose.
Aqui e ali, haverá quem arrote  peru nos camarotes e colunas da indignação seletiva.
O cheiro de cinzas, porém, é inconfundível e contaminará por muito tempo o ambiente político e econômico do conservadorismo.
O  que se pretendia, repita-se, não era apenas criminalizar fulano ou sicrano, mas a tentativa em curso de enfraquecer o enredo que os mercados impuseram ao país de forma estrita e abrangente no ciclo tucano dos anos 90.
Inclua-se aí a captura do Estado para sintonizar o país à modernidade de um capitalismo ancorado na subordinação irrestrita da economia, e na rendição incondicional da sociedade, à supremacia das finanças desreguladas.
O Brasil está longe de ter subvertido essa lógica.
Mas não por acaso, a cada três palavras que a ortodoxia pronuncia hoje, uma é para condenar as ameaças e tentativas de avanços nessa direção.
O jogral é conhecido: “tudo o que não é mercado é populismo; tudo o que não é mercado é corrupção; tudo o que não é mercado é inflacionário, é ineficiência, atraso e gastança”.
O eco desse martelete percorreu cada sessão do mais longo julgamento da história brasileira.

Assim como ele, a condenação da política pelas togas coléricas reverberava a contrapartida de um anátema econômico de igual veemência,  insistentemente  lembrado pelos analistas e consultores: “o Brasil não sabe crescer, o Brasil não vai crescer, o Brasil não pode crescer — a menos que retome  e conclua  as ‘reformas’”.
O eufemismo cifrado designa o assalto aos direitos trabalhistas; o desmonte das políticas sociais; a deflagração de um novo ciclo de   privatizações e a renúncia irrestrita a políticas e tarifas de indução ao crescimento.
Não é possível equilibrar-se na posição vertical em cima de um palanque abraçado a essa agenda, que a operosa Casa das Garças turbina para Aécio — ou Campos, tanto faz.
Daí o empenho meticuloso dos punhais midiáticos em escalpelar os réus da AP 470.

Que legitimidade poderia ter um projeto alternativo de desenvolvimento identificado com uma  ‘quadrilha’ infiltrada no Estado brasileiro?
Foi essa indução que saiu  seriamente chamuscada da sessão do STF na tarde desta 5ª feira.
Os interesses econômicos e financeiros que a desfrutariam continuam vivos.
Que o diga a taxa de juro devolvida esta semana ao degrau de 10,75% , de onde a Presidenta Dilma a recebeu e do qual tentou rebaixá-la, sob  fogo cerrado da república rentista e do seu jornalismo especializado.
Sem desarmar a bomba de sucção financeira essas tentativas  tropeçarão ciclicamente  em si mesmas.
Os quase 6% que o  Estado brasileiro destina ao rentismo anualmente, na forma de juros da dívida pública, dificultam sobremaneira desarmar o círculo vicioso do endividamento, do qual eles são causa e decorrência. 

É o labirinto do agiota: juro sobre juro leva a mais juro. E mais alto.
Dessa encruzilhada se esboça a disputa entre  dois projetos distintos de desenvolvimento.
A colisão entre as duas dinâmicas fica mais evidente quando a taxa de crescimento declina ou ocorrem mudanças de ciclo na economia mundial, estreitando adicionalmente a margem de manobra do Estado e das contas externas.
É o que a América Latina, ou quase toda ela, experimenta  nesse momento.
A campanha eleitoral deste ano prestaria inestimável serviço ao discernimento da sociedade se desnudasse esse conflito objetivo, subjacente à  guerra travada diante dos holofotes no julgamento da AP 470.
O conservadorismo foi derrotado. Mas não perdeu seus arsenais.
Eles só serão desarmados pela força e o consentimento  reunidos das grandes mobilizações democráticas.
As eleições de outubro poderiam funcionar como essa grande praça da apoteose.
A ver.
Fonte: VI O MUNDO
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Publicado em 01/03/2014

jornal da globo desmente jornal nacional !

Será que o William Traaack tem uma emissora própria ?
Como se sabe, o jornal da globo do William Traaack, segundo amiga navegante Benedita, é tão bom, mas tão bom que virou piada.

E, agora, segundo a aguda observação do Stanley Burburinho (quem será ele ?), percebe-se que o William Traaack desacredita o jornal nacional.

Será a Casa da Mãe Joana ?

Ou naquela hora da madrugada o Traaack manda na emissora ?

1 – Manchete do Jornal da Globo: Economia cresce 2,3% e fica abaixo do esperado pelos economistas


http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2014/02/economia-cresce-23-e-fica-abaixo-do-esperado-pelos-economistas.html


2 – Jornal Nacional: PIB do Brasil cresce mais do que o esperado pelos economistas em 2013

 Fonte: CONVERSA AFIADA
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opinião - PAPIRO

É o crepúsculo da velha mídia
É cada vez maior o número de pessoas que se recusa a dar entrevistas ou mesmo participar de algum programa ou evento onde a velha imprensa estiver envolvida.
Quando o assunto é jornalismo, A Praça é Nossa é o melhor informativo.
Em globo , os telejornais batem cabeça e sequer sabem o que publicam.
Não, caro PHA, a globo não é a casa da mãe Joana. 
Caso fosse , seria um lugar de cultura e música de excelente qualidade, como foi o espaço homônimo no bairro de São Cristóvão., na cidade maravilha.
Globo é a casa da globo. 
Decadente, careta e apelativa.
Não é a única. 
A tv bandeirantes faz de tudo para se igualar  a globo  . 
Emociona a todos os mortais a  maneira como se esforçam para que um dia sejam uma globo.
Há uma disputa sensacional e espetacular para ver qual jornalismo de tv é o mais cômico.

sábado, 1 de março de 2014

Bozo Marinho

Publicado em 28/02/2014

jornal da globo é uma piada. Perde para a Praça

Se fosse sério, tinha hora para começar


Saiu no Notícias da TV, de Daniel Castro:


Jornal da Globo perde para A Praça É Nossa e Roberto Cabrini



RESUMO: O Jornal da Globo foi derrotado pelo SBT e ficou em segundo lugar na Grande São Paulo nesta quinta (27). O telejornal de Christiane Pelajo e William Waack registrou 6,7 pontos, contra 8,8 do SBT. No confronto, a Globo perdeu para A Praça É Nossa (9,3 a 7,2) e Conexão Repórter, de Roberto Cabrini (7,9 a 5,9), que também derrotou o Cinema Nacional (5,7 a 5,5)
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Humor - PAPIRO

Um telejornal perder em audiência para o programa A Praça É nossa , do SBT, é motivo de piada.
Isso merece uma análise, jornalística e cômica.
O programa de humorismo do SBT tem em sua fórmula um humor que vem sendo praticado na TV desde os tempos do surgimento da televisão no Brasil.
A título de exemplo, lá pela década dos anos de 1960, em um programa da Praça, o apresentador, o saudoso Manoel da Nóbrega, contou uma piada que ao acordar no dia 25 de dezembro, logo após as festas do dia anterior, encontrou estacionado na porta de sua casa um caminhão com as  seguintes iniciais na frente do veículo: FNM
Feliz da vida, gritou para toda a vizinhança que tinha recebido de papai Noel um presente, já que, para o personagem de Nóbrega, FNM, significava , Feliz Natal, Manoel. 
Para a época, Nóbrega trazia para o público o surgimento e crescimento da indústria automobilística no país  e uma adoração ao automóvel que já ganhava contornos nítidos, logo um tema relevante  naquele momento.
Para o leitor mais novo, FNM, eram as iniciais da  Fábrica Nacional de Motores, que fabricava caminhões, no distrito de Xerém, no município de Duque de Caxias , no Rio de Janeiro, e todos os caminhões saíam da fábrica com as inciais na frente do veículo.
O que acontece, que ainda hoje, as piadas da Praça é Nossa continuam na década de 1960, assim como o formato do programa, mesmo que praças hoje em dia não tenham mais o mesmo apelo de encontros onde situações inusitadas aconteciam. Algumas, inclusive são cercadas e outras tantas foram privatizadas.
Por conta dessas características na programação do SBT, partiu de dentro da TV globo uma piada que SBT, significava Sistema Bozo de Televisão, isso lá pelos idos da década de 1980, em uma referêencia a grade do SBT como destinada à um público de pouca compreensão, talvez tal qual  a imagem acima.
Eis que hoje, na segunda década do primeiro século do terceiro milênio, A Praça É Nossa  não só continua no SBT como bate em audiência um programa da TV Globo que supostamente seria dirigido para um público  com um poder de compreensão elevado.
A luz dos fatos, o jornalismo na televisão chegou a um estágio de mediocridade, que somente os neobozos disponibilizam seus tempos para assistir as caras e bocas de seus apresentadores.
As pessoas mais lúcidas, mesmo que com estofos intelectuais limitados, entre escolher a ficção dissimulada e a ficção real, preferem ficar na mesma Praça.
Ao que parece o Bozo mudou de canal.