sábado, 1 de março de 2014

Bozo Marinho

Publicado em 28/02/2014

jornal da globo é uma piada. Perde para a Praça

Se fosse sério, tinha hora para começar


Saiu no Notícias da TV, de Daniel Castro:


Jornal da Globo perde para A Praça É Nossa e Roberto Cabrini



RESUMO: O Jornal da Globo foi derrotado pelo SBT e ficou em segundo lugar na Grande São Paulo nesta quinta (27). O telejornal de Christiane Pelajo e William Waack registrou 6,7 pontos, contra 8,8 do SBT. No confronto, a Globo perdeu para A Praça É Nossa (9,3 a 7,2) e Conexão Repórter, de Roberto Cabrini (7,9 a 5,9), que também derrotou o Cinema Nacional (5,7 a 5,5)
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Humor - PAPIRO

Um telejornal perder em audiência para o programa A Praça É nossa , do SBT, é motivo de piada.
Isso merece uma análise, jornalística e cômica.
O programa de humorismo do SBT tem em sua fórmula um humor que vem sendo praticado na TV desde os tempos do surgimento da televisão no Brasil.
A título de exemplo, lá pela década dos anos de 1960, em um programa da Praça, o apresentador, o saudoso Manoel da Nóbrega, contou uma piada que ao acordar no dia 25 de dezembro, logo após as festas do dia anterior, encontrou estacionado na porta de sua casa um caminhão com as  seguintes iniciais na frente do veículo: FNM
Feliz da vida, gritou para toda a vizinhança que tinha recebido de papai Noel um presente, já que, para o personagem de Nóbrega, FNM, significava , Feliz Natal, Manoel. 
Para a época, Nóbrega trazia para o público o surgimento e crescimento da indústria automobilística no país  e uma adoração ao automóvel que já ganhava contornos nítidos, logo um tema relevante  naquele momento.
Para o leitor mais novo, FNM, eram as iniciais da  Fábrica Nacional de Motores, que fabricava caminhões, no distrito de Xerém, no município de Duque de Caxias , no Rio de Janeiro, e todos os caminhões saíam da fábrica com as inciais na frente do veículo.
O que acontece, que ainda hoje, as piadas da Praça é Nossa continuam na década de 1960, assim como o formato do programa, mesmo que praças hoje em dia não tenham mais o mesmo apelo de encontros onde situações inusitadas aconteciam. Algumas, inclusive são cercadas e outras tantas foram privatizadas.
Por conta dessas características na programação do SBT, partiu de dentro da TV globo uma piada que SBT, significava Sistema Bozo de Televisão, isso lá pelos idos da década de 1980, em uma referêencia a grade do SBT como destinada à um público de pouca compreensão, talvez tal qual  a imagem acima.
Eis que hoje, na segunda década do primeiro século do terceiro milênio, A Praça É Nossa  não só continua no SBT como bate em audiência um programa da TV Globo que supostamente seria dirigido para um público  com um poder de compreensão elevado.
A luz dos fatos, o jornalismo na televisão chegou a um estágio de mediocridade, que somente os neobozos disponibilizam seus tempos para assistir as caras e bocas de seus apresentadores.
As pessoas mais lúcidas, mesmo que com estofos intelectuais limitados, entre escolher a ficção dissimulada e a ficção real, preferem ficar na mesma Praça.
Ao que parece o Bozo mudou de canal. 

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