sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Algumas coisas não mudam

 Um automóvel marca Gordini se envolveu em um acidente. Bateu em um poste , na calçada em frente a uma quitanda. Um homem que passava pelo local ficou levemente ferido. O dono do botequim, que fica ao lado da quitanda, resolveu telefonar e chamar uma assistência. Pessoas que estavam no entorno observavam o ocorrido. Formou-se uma aglomeração, ao som do rádio do botequim que tocava uma música de Rita Pavone. O homem ferido carregava um saco de compras, que caiu de sua mão , espalhando na calçada uma caixa de goiabada, uma garrafa de crush e outra de sustincal. Com a queda, mais devida ao susto do que ao impacto do Gordini, a japona que o homem vestia rasgou na altura do cotovelo. O choffer do Gordini, um senhor de meia idade, estava assustado mas foi logo socorrer o homem ferido. Ficou aliviado ao ver que não era nada grave e ainda se prontificou a dar uma ajuda financeira ao homem atingido, como uma forma de indenização pelo acidente. Pegou um talão de cheques, uma caneta e acertou uma quantia com a vítima . Ao começar a preencher o cheque sua caneta não tinha tinta. O dono da Quitanda, que tudo observava da  porta do estabelecimento apoiando um braço em um saco de feijão, logo providenciou um tinteiro para colocar tinta na caneta. Foi quando uma rádio patrulha que passava no local resolveu parar para averiguar. O choffer do Gordini interrompeu o preenchimento do cheque e junto com a vítima  e pessoas que ali estavam prestaram esclarecimentos aos dois policiais da joaninha. As mercadorias da vítima não foram danificadas e o dono da Quitanda logo providenciou um saco para acondicioná-las.

Naquele momento o rádio do botequim tocava uma música de Alternar Dutra. Um lotação que passava no local parou para observar, e as pessoas gritavam para seguir em frente. Foi quando o choffer do Gordini e os policiais da joaninha se afastaram e entraram em uma vila , do outro lado da rua, longe dos olhares de todos. A essa altura, a vítima sentou em uma mesa do botequim, pediu um leite batido e um ovo cozido. Minutos depois o choffer do Gordini e os policiais saíram da vila , todos os três sorrindo. Os policiais entraram na joaninha e saíram rápido do local. O mesmo fez o homem e seu automóvel  Gordini.

O tempo passa mas algumas coisas não mudam.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020


VOCÊ ASSISTE OU ESPIA ?


Você assiste ao Big Brother Brasil - BBB ? Se disse que assiste, você não assiste, você espia. Assistir e espiar produzem comportamentos diferentes em todos nós. Você não espia um telejornal, uma novela, um filme. São produtos, jornalístico e artísticos, em que você espera conteúdos com a participação de profissionais da imprensa e das artes cênicas, assim sendo você se organiza internamente para assistir. No caso do BBB são pessoas comuns, como você, em convívio por meses e isoladas dentro de uma casa, fazendo as mesmas coisas que você faz em sua casa, ainda que a produção crie gincanas e jogos para turbinar o ambiente. Pessoa em seu dia-a-dia, em uma casa com outros, disponibilizadas para que se possa espiá-las, em seus hábitos, opiniões, comportamentos e outros. Para muitas pessoas, poder espiar o outro sem ser visto ou incomodado é algo tentador, que pode ser excitante. Cabe ressaltar que as pessoas na casa não são profissionais em um programa, como são os profissionais de jornalismo, novelas e filmes. Dito isto, você espia a casa, você não assiste. Tanto é verdade que a produção nas chamadas o convida  a dar uma espiadinha. Você já foi convidado para dar uma espiadinha em um telejornal, ou novela, ou filme ? Certamente que não, se o fizesse iria descobrir coisas interessantes.  Você também sabe que para que uma atração, programa, seja exibido em uma emissora de TV privada é necessário que existam patrocinadores, empresas, que pagam a emissora de TV cotas para veicular suas marcas. Você deve conhecer os patrocinadores do BBB. Pois bem, com as cotas a emissora de TV paga prêmios aos participantes, cobre os custos de produção e ainda tem lucros generosos. No entanto, ao buscar os patrocinadores no mercado a emissora de TV, naturalmente, apresenta o produto, que pode ser uma novela, um campeonato de futebol, um telejornal, ou o BBB. E o que é o produto BBB ? É algo que se assista ? Não, não se assiste, se espia. Então o produto não são aquelas pessoas na casa, o produto a ser vendido é o ato de espiar. E quem espia é você. A razão reversa que domina atualmente o Brasil e o mundo, no caso de emissora de TV, vende o seu olhar e seus comentários aos patrocinadores, esse é o produto. E ainda todos ganham, a emissora de TV, as pessoas na casa, os patrocinadores. Já você, é vendido, é o programa, e não ganha nada. Não é  muito diferente dos entregadores por aplicativo, guardadas as devidas proporções, já que os entregadores ainda ganham um mínimo, enquanto estiverem com vida no trânsito das grandes cidades. Tudo isso é o capitalismo tardio que, de alguma forma, é retratado no filme vencedor do Oscar, Parasita. A razão reversa, que comercializa o olhar das pessoas e enaltece como empreendedores o trabalho precário e indigente, domina o Brasil em todas as áreas e Poderes. Está presente no conteúdo do jornalismo, nas decisões do Judiciário, nas votações do legislativo, nas ações do executivo, em algumas correntes religiosas e na área do entretenimento. Não por acaso o Brasil aparece no vergonhoso 2° lugar no ranking de países em que a população vive fora da realidade. E então, você assiste ou espia ?

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

O Paraíso é Aqui e Agora

Motivo do golpe:
A Bolívia estava bem, crescendo e dando certo. 
O neoliberalismo não admite experiências, modelos que não estejam revelados nas escrituras sagradas do capital fundamentalista. Assim compreendido, todas as modalidades de golpe são empregadas nos países da América Latina, dependendo, claro, das especificidades de cada país. Em comum, o alinhamento visceral dos grandes meios de comunicação com o credo neoliberal. Redações e jornalistas são templos e pastores encarregados de conduzir o rebanho ao raso pasto, de sofrimento infinito, porém necessário para alcançar o sucesso, ou um julgamento justo em outro endereço cósmico. Não produzindo os milagres desejados, o dispositivo midiático recebe o apoio do Poder Judiciário que então apresenta interpretação das escrituras segundo a vontade do Criador, que permanentemente comunica-se com alguns escolhidos. Ainda assim, os hereges e infiéis resistem e por vezes derrotam os Deuses .Quando isso acontece, o Criador, enfurecido com a audácia dos insignificantes, autoriza a força bruta, a violência extrema para restaurar o credo neoliberal e punir, como forma de castigo, os felizes e determinados infiéis que insistem em acreditar que o paraíso é para todas as pessoas e todas formas de vida. É exatamente o que acontece agora na Bolívia, a fúria incontida do Criador. Por outro lado, os povos da tão sofrida e violentada América Latina, em maioria, não mais aceitam o credo neoliberal, a Democracia Liberal, e resolvem lutar, com todas as forças e armas disponíveis, pelas urnas na Argentina e Colômbia, ou nas ruas do Chile, Equador, Venezuela. O Criador não tem o apoio da maioria das pessoas, e deixa claro, transparente, inequívoco que irá usar da força para impor seu credo. No entanto, as pessoas, gentes, negros, indígenas, humildes, pobres, explorados vão continuar lutando, resistindo, pois sabem que o paraíso é na Terra, aqui e agora.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

A Ditadura Escancarada

Impossível que a ficha ainda não tenha caído para a maioria.
Não se trata de gostar ou não de Lula .
Não se trata de gostar ou não do PT.
Nem mesmo em defender a Democracia, já que a maioria do brasileiro tolera regimes autoritários.
Um dia a ficha cairá, porque erros, absurdos, acertos não duram para sempre, e o pêndulo está sempre em movimento. Talvez quando chegar esse dia o preço a pagar seja alto, porém, ao mesmo tempo, minimizado por euforia da mudança, diluído por renovadas esperanças, saudado como nova era de bonança. Na esperança do novo, são raros os avanços e abundantes os retrocessos. Os dez anos de ouro do Brasil, 2003-2013, talvez tenham sido exceção. Tantos acertos e avanços que o brasileiro não suportou, escolheu o arbítrio, a seletividade, a prisão. O encarceramento de Lula ainda é saudado, aprovado, elogiado pela maioria do brasileiro que não suporta a idéia de ser livre, arquiteto de seu destino, construtor de futuros. É muita responsabilidade para um povo que necessita de tutor, de um chefe autoritário. O brasileiro não gosta de líderes, e também aceita passivamente a flexibilização da aplicação das leis e da justiça. Um dia, em algum momento do futuro, a ficha cairá .

sábado, 22 de dezembro de 2018

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

A Teoria da Besta

A tropicalização da “Teoria do Louco”
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O diplomata Ernesto Fraga Araújo, novo chanceler anunciado por Jair Bolsonaro, compõe lindamente com o restante do time da República das Caneladas.

Seguidor de Olavo de Carvalho, por este indicado ao cargo, Ernesto é dono de um blog chamado “Metapolítica 17: contra o globalismo”, em que expõe suas ideias.

Basicamente, são teorias da conspiração de extrema direita que não juntam lé com cré, alicerçadas nos ataques contra os globalistas, o bicho papão de todo idiota que se considera sabedor dos grandes mecanismos que movem o mundo.

Um aperitivo do pensamento ernestino:

“A esquerda se define, hoje, como a corrente política que quer fazer tudo para que as pessoas não nasçam. Aborto, criminalização do desejo do homem pela mulher, contestação do ‘patriarcado’ e da diferenciação entre os sexos, desmerecimento da reprodução, sexualização das crianças e dessexualização ou androginização dos adultos, demonização de qualquer defesa da família ou do direito à vida do feto como ‘fundamentalismo religioso’, desvalorização da capacidade gestativa da mulher, tudo isso aponta num único sentido: não nascer.”

“O climatismo é basicamente uma tática globalista de instilar o medo para obter mais poder. O climatismo diz: “Você aí, você vai destruir o planeta. Sua única opção é me entregar tudo, me entregar a condução de sua vida e do seu pensamento, sua liberdade e seus direitos individuais. Eu direi se você pode andar de carro, se você pode acender a luz, se você pode ter filhos, em quem você pode votar, o que pode ser ensinado nas escolas. Somente assim salvaremos o planeta. Se você vier com questionamentos, com dados diferentes dos dados oficiais que eu controlo, eu te chamarei de climate denier e te jogarei na masmorra intelectual. Valeu?”
E por aí vai.

A nomeação de Ernesto ocorre na mesma semana em que Cuba mandou que os profissionais do Mais Médicos se retirassem, na esteira de uma chantagem estúpida de Bolsonaro que ele tentou transformar em preocupação humanitária.

Um amigo do DCM com experiência em relações internacionais acredita que Bolsonaro está usando, talvez sem querer, a “Teoria do Louco”.

A ideia é o sujeito se apresentar como imprevisível e disposto a qualquer coisa. Isso intimidaria o “inimigo”, que recuaria já que o outro é insano.

A “Teoria do Louco” prevê que o comportamento supostamente irracional seja deliberado, um fingimento, mas crível pelo outro lado. O “inimigo” acha que está lidando com um indivíduo mentalmente instável.

Em 1517, Maquiavel escreveu que às vezes é “muito sábio simular loucura”. Nixon deu corpo à coisa. Ele explicou o estratagema a seu chefe de gabinete, H. R. Haldeman.

“Quero que os norte vietnamitas acreditem que eu chegaria ao ponto de fazer qualquer coisa para acabar com a guerra”, disse.

“Iremos somente dizer algumas palavras, ‘pelo amor de Deus, vocês sabem que Nixon está obcecado com o comunismo. Não poderemos contê-lo quando ficar com raiva’”.

Especulou-se que Donald Trump seguiu essa trilha em suas escaramuças com a Coreia do Norte.

“Temos que ser imprevisíveis”, respondeu Trump ao Washington Post quando lhe foi perguntado sobre o que pretendia fazer em relação à expansão chinesa. “Somos muito previsíveis, e o previsível é ruim.”

Os EUA foram escorraçados do Vietnã. Trump trata a China com deferência. E eles têm 2 metros de altura.

Bolsonaro é um anão. A Teoria do Louco pressupõe que quem a pratica tem noção do que está fazendo.

No caso de Bolsonaro, é apenas truculência e imbecilidade sem plano B. Ele expulsa os “comunistas”, mas não sabe o que vai pôr no lugar.

A tropicalização bolsonarista desse estratagema dará em algo de que os historiadores vão falar muito num futuro próximo: a “Teoria da Besta”

Fonte: Blog do Miro
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terça-feira, 23 de outubro de 2018

Ditadura 2.0

Bolsonaro avisou: vem aí a ditadura.
Por Teresa Cruvinel
Por Fernando Brito · 23/10/2018





De Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil de hoje:

Depois deste final de semana, ninguém poderá alegar inocência no futuro, quando cair sobre nós a escuridão anunciada por Jair Bolsonaro e seu grupo, se confirmada sua eleição no domingo.

Eles mesmos nos avisaram de que haverá desprezo e talvez violência contra as instituições democráticas, de que o regime será tirânico, perseguindo adversários, mandando-os para o exílio ou para a prisão. O nome disso é ditadura.

Começando pela fala do deputado eleito Eduardo Bolsonaro, de que o STF poderia ser fechado por um soldado e um cabo, dispensado até o uso de um jipe.

Isso haveria caso o STF impugnasse a candidatura de seu pai, embora a matéria seja afeta ao TSE.

O ministro Celso de Mello, decano da corte, qualificou-a de “inconsequente e golpista” e o presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, afirmou em nota que atacar o Judiciário é atacar a democracia.

Palavras enérgicas mas insuficientes para o tamanho da afronta.

Como disse a senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, “o tempo dos tribunais deve ser o tempo de salvar a democracia”.

“Já adverti o garoto”, disse o pai.

A fala foi em julho mas não vem ao caso.

O que ela expressa é a ideologia do grupo que integra, que transpareceu também, neste final de semana revelador, em declarações do senador Magno Malta, fiel escudeiro do candidato: “O Brasil tem bandidos também nos tribunais superiores. O Supremo Tribunal Federal deste país, cada um tem o seu bandido de estimação”.

O repúdio enérgico de Mello e Toffoli é insuficientes porque Eduardo Bolsonaro incorreu em crime previsto pela Lei de Segurança Nacional, como lembrou o ministro Alexandre de Morais.

Caberia um pedido de abertura de inquérito, talvez pela Procuradoria Geral da República.

A LSN trata de crimes “contra o regime representativo e democrático, a Federação e o Estado de Direito”, além dos que atentem contra a integridade e a soberania nacionais, e contra a pessoa dos chefes de poderes.

O deputado eleito blasfemou contra o Estado de Direito, segundo previsão da lei, ao “fazer, em público, propaganda de processos violentos ou ilegais para a alteração da ordem política ou social”. Fechar o Supremo é isso, e portanto, caberia uma ação. Mas o Judiciário, que ajudou a criar o monstro, agora lida com ele cheio de dedos, temendo ser devorado.

Foram também indicadoras da tirania que nos espera, se Bolsonaro for eleito, suas próprias declarações, em mensagem por vídeo aos apoiadores reunidos na avenida Paulista: “Vamos varrer do mapa esses bandidos vermelhos do país. Essa turma, se quiser ficar aqui, vai ter que se colocar sob a lei de todos nós. Ou vão para fora ou vão para a cadeia.”

Não duvidemos: os adversários serão perseguidos, forçados ao exílio ou a prisões arbitrárias.

Na mesma fala, ele falou de um Brasil “sem Folha de São Paulo”, em outro aviso macabro, este à imprensa livre que tanto contemporizou com ele. E proclamou que o ex-presidente Lula vai mofar na cadeia, explicitando a intenção de controlar o Judiciário, pois não cabe ao Executivo decidir sobre a execução da pena de nenhum preso.

Avisou ainda que o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias, será preso e fará companhia a Lula, juntamente com o atual candidato do partido, Fernando Haddad.

Bolsonaro aponta para o terror de Estado, com o governo decidindo quem prender, fora do devido processo legal, fora do Estado de Direito. Quem for capaz, que arranje outro nome para esta ditadura anunciada.

Não podem os democratas brasileiros comungar da resignação do ministro do STF Roberto Barroso, para quem “os países, como as pessoas, passam pelo que tem que passar, para amadurecerem e evoluírem”.

Isso equivale à teoria espírita do karma, que não pode ser aplicada às Nações.

O Brasil que venceu uma ditadura há de evitar o seu retorno, se os democratas saírem de seu imobilismo.

Fonte: TIJOLAÇO
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Trinta anos, praticamente, depois da primeira eleição presidencial após o fim da ditadura militar, o Brasil poderá viver outra ditadura, agora pelo voto direto. Inacreditável. O brasileiro, ao que parece, acredita que com um governo autoritário e violento os problemas do país serão resolvidos.
Ancorado por um voto fundamentalista evangélico, o candidato da "ordem" promete salvar seus fiéis seguidores da escravidão democrática, a que foram submetidos por décadas. Todos deverão ter as mesmas ideias, valores e pensamentos do presidente, disse o candidato, o novo Messias. Somos a maioria escolhida e aquele que não me amar, que deixe o país, disse para delírio dos fiéis.  Ao escolher o candidato da "ordem", o brasileiro diz ao mundo que necessita de um pai autoritário e castrador, talvez pelo fato de assim terem sido assim educados. Democracia e liberdade de opiniões, são insuportáveis para fundamentalistas.



quinta-feira, 4 de outubro de 2018

O Estado Terrorista

O bolsonarismo levaria o terror e além das redes
Por Fernando Brito · 04/10/2018

Imagine o generoso leitor e a otimista leitora que Jair Bolsonaro, eleito, vá respeitar as leis e os direitos do indivíduo e da sociedade.

Mantenha este senso crédulo e responda a si mesmo algumas perguntas.

As turmas de “bombados”, que já fazem sem poder, vão conter seu ímpeto de humilhar e até agredir quem eles acham “nocivos” socialmente? Ou seja, “esquerdopatas”, “viadinhos”, “sapatas”, “favelados” e “crioulos”, termos que eles criaram ou fizeram decair de gíria para a ofensa?

Os policiais, para quem se proclama a liberdade de matar sem sequer serem processados por isso – a tal “excludente de ilicitude” – vão desperdiçar a chance de mais poder sobre a vida ou a morte de quem quiserem?

As milícias paramilitares, que já atuam em diversos locais do país, idem?

Os milhares de armas que seriam compradas – e o capitão sinalizou que até pistolas e fuzis serão liberadas – vão ficar silenciosas ou só irão disparar em casos de grave ameaça à vida?

Você, que já evita hoje qualquer discussão por receio de que a outra pessoa seja violenta ou tenha uma arma, como se sentirá quando elas forem multiplicadas? Ou, por ter uma consigo, vai reagir quando um quarteto de assaltantes vier de roubar, de armas na mão?

Nada disso é sequer improvável, com a sinalização política de um presidente que se elege com os verbos “castrar”, “atirar”, “torturar” e “matar”.

Ele, em parte, talvez seja contido pela falta de apoio parlamentar ou pela legislação, o pelo Judiciário, embora a tendência seja a de que, amenizando as palavras, seus absurdos, especialmente os de venda de patrimônio público e de retirada de direitos sociais sejam acolhidos.

Mas não haverá ninguém que possa recolher a matilha que se soltará com o “agora pode” espalhado por uma vitória sua, o que ainda é apenas remoto.

Indague isso das pessoas que acham que Bolsonaro é uma inofensiva “limpeza na política”.

Fonte: TIJOLAÇO
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Uma possível vitória de Bolsonaro e o Brasil iria inaugurar um novo regime.
Longe, mais muito longe de ser comunista. Menos ainda socialista.
Democracia social também não se aplica.
A melhor definição seria uma ditadura de mercado com terrorismo de Estado. Sim, caro leitor, o Brasil teria um Estado Terrorista.
O pior dos mundos para a imensa maioria da população.

A doença, a faca e a eleição

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A DOENÇA,  A FACA E A ELEIÇÃO

Essa tese é poderosíssima. Não vou dizer que ele é fascista. Nem que roubou o cofre da ex-mulher. Também nada vou escrever sobre seu DNA racista, homofóbico, misógino. Menos ainda que é contrário aos valores democráticos e civilizacionais. Vou deixar de lado a constatação de que é corrupto, já que seu patrimônio é incompatível com seus rendimentos. Hoje, não vou falar sobre constatações, verdades absolutas, vou abordar uma tese, a meu ver, poderosíssima. É sabido por todos que doenças de presidentes, chefes de Estado e políticos, aliados do Sistema, são ocultadas da população . Quando é o contrário são expostas ao extremo, como foram as doenças de Lula e Dilma, anos atrás. O episódio da facada, é repleto de erros e incongruências. Não houve sangue, médicos em procedimento cirúrgico de forma incompatível com os protocolos ( sem luvas, o que acarreta infecção no paciente e as mãos dos médicos deveriam estar sujas do sangue do paciente, em se tratando de uma abordagem na cavidade abdominal, supostamente cheia de sangue devido ao dito ferimento com objeto cortante ), um ferimento supostamente grave que exigiu intervenção cirúrgica complexa, e mesmo assim o paciente com 12 horas após a cirurgia é transferido de helicóptero e demonstrando sentir-se bem disposto, quando no novo hospital aparece sentado e com boa aparência, recebe inúmeras visitas de aliados políticos e de raríssimos familiares, não demonstra o abatimento ou perda de peso ( comuns em cirurgias com tal complexidade ) , grava vídeos de conteúdo político, até que todos são informados sobre a necessidade de uma nova cirurgia. Após a nova cirurgia, aí sim, o candidato revelou-se abatido e com perda de peso, o que é normal. Tudo inclina que o episódio da faca foi uma farsa eleitoral, e que o candidato já estava doente e também sabia que necessitaria de cirurgia urgente. A doença, ao que autoriza mentes atentas a especular, pode ser algo grave que inclusive comprometa o exercício da governabilidade pelo candidato, caso se eleja. Quanto a isso, não são trapalhadas ingênuas as declarações do vice do candidato, todas direcionadas ao Sistema, algo como um compromisso do vice ( em caso de assumir a presidência) em seguir o ideário neoliberal radical implementado após o golpe de Estado de 2016. Cabe lembrar que pouco ou nada se sabe sobre os médicos e prontuários envolvidos nesse caso, o que não ocorreu com Lula e Dilma, por exemplo. Quanto a farsa , esconder de debates um candidato incapaz de articular e expressar com clareza e conteúdo qualquer tema, e ainda apresenta- lo como vítima, pode ser uma estratégia de garantir um candidato do Sistema com chances reais de vitória. Ao longo da História são inúmeros os casos de doenças graves de políticos, inclusive presidentes e candidatos, que não foram informados ou foram informados de maneira que interessasse o Poder. Corre-se o risco, caso o candidato se eleja, de o país ser governado por um grupo de generais, que podem implementar políticas e práticas, até então, desconhecidas da maioria da população. E tudo isso acontecendo em um ambiente supostamente de eleições livres e de democráticas. Como disse, no início, é apenas uma tese, porém, com lastro histórico em semelhanças , e lastro quanto ao presente, no tocante a preservar e ainda radicalizar na implementação do ideário econômico implementado a partir de 2016, o que para a imensa maioria da população, seria uma tragédia.

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Deu no Monde

A Farra das Pesquisas

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A  FARRA  DAS  PESQUISAS

É uma pesquisa de intenção de votos por dia, as vezes duas ou mais.
Tem sido assim desde que a campanha eleitoral pegou , e o eleitor fica atordoado com tantos números, gráficos, índices de confianças, margens de erros, etc...
O Brasil é um dos poucos países do mundo onde o resultado das pesquisas de intenção de votos tem mais valor do que as propostas de governo dos candidatos. Nessa eleição o debate gira em torno de malandragem, indolência, higiene, fraquejada, comer gente, facada, insanidade mental, ursal e outras bobagens mais.
As propostas de governo dos candidatos nem em segundo plano aparecem, e são , de fato, o que mais importam, pois influenciarão a vida de todos.
A cultura das pesquisas vem de longa data, e deve-se ao domínio dos grandes meios de comunicação, principalmente o Grupo Globo, que as usa como uma disputa de torcida de time de futebol, em processo de infantilização do eleitor no debate político. Chega-se ao ponto de colocar resultado de pesquisa como manchete principal de jornal impresso, como fez hoje o jornal O Globo, algo raro na imprensa mundial.
O objetivo de tantas pesquisas é de conduzir e alterar a percepção do eleitor, fazendo dos resultados das pesquisas o fio condutor para que o eleitor escolha seu candidato.
Alguns institutos que publicam pesquisas com frequência:
Datafolha, Ibope, Vox Populi, MDA, Instituto Paraná, Sensus, Big data, BTG e outros mais. São muitas as ocasiões em que as pesquisas de campo no mesmo dia, por diferentes institutos, apresentam resultados bem diferentes. No caso das mídias, principalmente as emissoras de TV, só é apresentado o resultado de um ou no máximo dois institutos de pesquisa, quase sempre pesquisas contratadas pela mesma emissora. Assim sendo, uma pesquisa de emissora concorrente, ou uma outra qualquer, é omitida pelas emissoras de TV, ou seja, não existe.
A percepção do eleitor fica comprometida, pois é induzido a escolher em função de números e gráficos, alterando propositalmente o humor dos grupos em disputa.
Para um país onde a maioria da população sofre de grave dissonância cognitiva, ou seja,  ou não compreende ou compreende de forma incorreta a realidade, a farra das pesquisas joga uma legião de pessoas em uma arena esportiva, com todos os riscos e desdobramentos das brigas de torcidas de times de futebol.
Corrigir essa distorção só será possível com a regulação econômica dos meios de comunicação do país, acabando com a concentração de poder que existe para poucos grupos de mídia.
Até o dia das eleições, domingo próximo, o eleitor terá mais de uma pesquisa por dia, e nada daquilo que fato interessa, ou seja, as propostas de governo dos candidatos.
A margem de erro desta análise é de 1, 5 ponto percentual para mais ou para menos, com um NQA ( nível de qualidade aceitável ) , ou margem de erro, de 97 %. Os dados foram coletados ao longo da história política eleitoral brasileira, como todo um repertório de armações e práticas criminosas produzidas pelos grandes veículos de mídia , e de furos, erros, mancadas e previsões delirantes dos institutos de pesquisa.

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

A ascensão do cristofascismo

'Propostas de Bolsonaro vão contra a Bíblia e Jesus', afirma pastor anglicano

Para o reverendo Arthur Cavalcante, o candidato do PSL representa uma ameaça ao Estado laico

Juca Guimarães
Brasil de Fato | São Paulo (SP),28 de Setembro de 2018 às 11:09
"A gente não vê isso [discurso de Bolsonaro] dentro do evangelho de Jesus", diz.
Foto: Juca Guimarães/Brasil de Fato

O plano de governo de Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL), traz citações bíblicas e slogans de cunho religioso na tentativa de criar um vínculo com o povo cristão.

O mestre em Ciência da Religião Arthur Cavalcante avalia que a campanha de extrema-direita do PSL entra na disputa narrativa da Bíblia para justificar uma posição reacionária.

Durante uma carreata em Campina Grande (PB), em 2017, Bolsonaro negou que o Estado brasileiro seja laico. “Deus acima de tudo! Não tem essa historinha de Estado laico não. O Estado é cristão e a minoria, que for contra, que se mude. As minorias têm que se curvar para as maiorias”, afirmou o presidenciável na oportunidade.

O Brasil de Fato conversou com o reverendo Arthur Cavalcante, da Paróquia da Santíssima Trindade, que pertence à Igreja Anglicana do Brasil, em São Paulo.

"O que a gente está encontrando são grupos reacionários e não conservadores. O conservador sempre vai ver a questão da Bíblia da mesma forma como foi lida há muito tempo. Mas, ele jamais vai negar o seu direito de pensar diferente. Ele nunca vai dizer que você não tem o direito de pensar. O reacionário não. Ele precisa eliminar. A única verdade é a dele e não a sua. E você tem que se converter à verdade dele", analisa.

Na opinião do reverendo, o comportamento de Jair Bolsonaro é contrário ao que Jesus pregava e o que diz a Bíblia.

Fonte: BRASIL DE FATO
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As propostas de Bolsonaro, de fato, são contrárias a Bíblia e aos ensinamentos de Jesus. No entanto, uma grande parcela de cristãos, principalmente evangélicos, já vem com esse comportamento bem antes de Bolsonaro.
Algumas Igrejas Evangélicas, e não são poucas, ao longo de um tempo, incutiram em seus rebanhos uma espécie de Cristofascismo, o Evangelho alinhado com a realidade política e econômica do mundo atual. Hoje, com a visibilidade das eleições, o assunto está em pauta, porém, nada, ou muito pouco, foi alertado e debatido em anos e mesmo décadas anteriores. Não creio que os cristãos que declaram seus votos em Bolsonaro venham a rever suas posições  por conta do debate atual, pois compreendo o Cristofascismo como praticamente consolidado para essas pessoas. De alguma forma suas mentes já foram formatadas, e qualquer mudança seria muito difícil. A mudança de intenção de voto pode ocorrer por outros motivos, como denúncias sobre a vida de Bolsonaro que hoje surgiram na revista Veja, mas jamais por seram cristofascistas, algo, aliás, que os agrada. Os religiosos que hoje criticam o Cristofascismo, infelizmente nada fizeram para combatê-lo quando de seu surgimento e crescimento.

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Fascistas em desespero

Alô, bolsonarista: ser comunista não é infração, colocar faixas sim.

Publicado por Mauro Donato
- 27 de setembro de 2018

Comunista, está chegando a sua hora”. Foto: Mauro Donato

Faixas instaladas pela zona sul da cidade estampam em tom ameaçador: “Comunista, está chegando sua hora!”

Acredito ser necessário fazer uma observação aos mentores da ilustre campanha, bem como aos instaladores: Votar em comunista ou mesmo ser adepto do comunismo não é crime. Não é nem mesmo infração. Pendurar faixas é.

O exemplo acima se enquadra em pelo menos dois artigos da lei 14223 (a famosa lei Cidade Limpa) que está em vigor desde janeiro de 2007. Pelo artigo 9 parágrafo IV: “É proibida a instalação de anúncios em postes de iluminação pública ou de rede de telefonia”; E pelo artigo 15 paragrafo único: “Não serão permitidos, nos imóveis edificados, públicos ou privados, a colocação de banners, faixas ou qualquer outro elemento, dentro ou fora do lote, visando chamar a atenção da população para ofertas, produtos ou informações que não aquelas estabelecidas nesta lei”.

E então, prefeito Bruno Covas, vai ficar olhando a lei ser violada? Também está na lei que compete à prefeitura fiscalizar, multar e remover as faixas.

Ninguém ‘assina’ as mensagens anticomunistas. É mais um daqueles casos que quer se passar por ‘sociedade civil’, como uma ‘indignação apartidária’. Sabe a conversa do MBL lá em 2014? Então, isso aí.

Mas o teor nitidamente beligerante e ameaçador oferece motivos de sobra para suspeitarmos de quem esses ‘anônimos’ são simpatizantes.

Para começar, um dado: pelo último Ibope, em São Paulo o coiso vence Haddad por 33 a 12 (diferença de 21 pontos enquanto no quadro geral do país a vantagem é de apenas 6 – e caindo).

O eleitor do inominável está majoritariamente situado entre os mais escolarizados e os mais ricos. Para contratar a confecção e instalação de faixas é preciso dinheiro, ta ok?

O capitão reformado é um franco difusor de desrespeito a todos e a tudo, leis inclusive. Bolsonaro é campeão em denúncias por instalar outdoors irregulares no Paraná, por exemplo.

E o ‘Faça o que eu digo, não faça o que eu faço’ é característica indissociável de seus seguidores, da elite, dos hipócritas de plantão.

A turma que ingere bebidas alcoólicas e depois sai dirigindo, que estaciona sobre a faixa de pedestre, que trafega sobre as faixas de ônibus e ciclovias, que em privado sonega impostos e em público reclama do peso destes. O coiso, admitamos, pelo menos é sincero. Já declarou em frente as câmeras: “Sonego tudo”.

A ética do cidadão de bem que não respeita nada é um espelho dupla-face das infinitas manifestações de desprezo pelas instituições democráticas de direito que o ‘mito’ já concedeu. Se ele diz – e faz – seus seguidores veneram-no.

Parecem ver nele a chance de finalmente poder assumir seus costumes imorais sem a ‘encheção de saco’ da turma dos direitos humanos, dos direitos todos enfim.

Essa turma que aplaudiu quando um PM agrediu uma militante do PSOL que estava panfletando santinhos em uma barca Rio-Niterói, mas que não se recrimina ao utilizar de meios ilícitos para obter e manter suas vantagens. Esse negócio de seguir lei é para a ralé.

É a turma da elite que se diz contra o aborto porque pode pagar clínicas clandestinas (para suas amantes idem) sem se preocupar com o efeito dessa proibição nas classes menos favorecidas. O pessoal que defende a criança nasça, ao mesmo tempo em que prega a redução da maioridade penal.

Uma galera que tem a revista Veja como oráculo, pois compactua com o ‘hábito’ de demitir seus funcionários sem pagar os 40% da multa do FGTS (sim, os donos da Abril, cuja fortuna é avaliada em R$ 10 bilhões pela revista Forbes, não apenas fizeram isso com os 800 funcionários que colocaram no olho da rua como não incluíram as verbas rescisórias no processo de recuperação judicial).

Quem não se lembra dos descamisados amigos de lancha da filha de Roberto Jefferson, questionando “Quem não tem uma ação trabalhista”? Bom, eu não tenho, vale?

A polarização já se encontra em um patamar no qual a frase ‘sua hora vai chegar’ não tem dois sentidos. A probabilidade de caos após as eleições não é devaneio barato e esse tipo de ameaça pendurada em postes não pode ser menosprezada nem ignorada.

Lembremos Marielle Franco para entender do que essa turma é capaz, lembremos do ataque à organizadora do grupo Mulheres Contra Bolsonaro nesta terça-feira, dos relatos de quem vem sofrendo ameaças por postar o #elenão (a cantora Marília Mendonça divulgou no Twitter que sua mãe está sendo atacada).

E revoltemo-nos contra o filho do Bozo, que postou uma foto-recado em seu Instagram, de um homem com um saco plástico na cabeça, ensanguentado e tem a referida hashtag escrita no peito. Dá para brincar com gente assim?

O subtítulo da faixa (‘Não acredite nas pesquisas’) é estímulo para a revolta de uma parcela de abilolados que já desconfia das urnas, que não está aceitando a afirmação da Polícia Federal de que Adélio Bispo tenha agido sozinho.

Uma gente que, entre outras características, concorda com linchamentos, que anseia viver num primitivo estado no qual conflitos entre em cidadãos são resolvidos à bala. E não estamos falando de meia dúzia de pessoas. O coiso escancarou um armário do qual saíram milhões.

São os pais de família que saem com travestis e trans que ameaçam de morte uma delas que sugeriu desmascará-los. São os santos do pau-oco, os patrulheiros dos costumes alheios que não respeitam leis e, portanto, não vão respeitar o resultado das urnas (a não ser que sejam os vencedores).

Mexa-se, prefeito. Mande recolher esse material.

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Certamente a faixa deve ter sido  idéia de um cidadão de bem.
Um alucinado do bem, fascista do bem, criminoso do bem.
Alguém que antevê a derrota, o fim do sonho fascista, a faca como instrumento de cozinha.
Alguém que saiu do esgoto , das entranhas fétidas da sociedade, e que se desespera com o fato de ter que voltar para seu lugar.
O que é do esgoto, deve voltar para o esgoto.

Empate na liderança

Mais uma pesquisa dá empate técnico Bolsonaro/Haddad: 27% a 22%

Por Fernando Brito · 27/09/2018


A pesquisa do Instituto Brasilis, registrada no TSE (BR-00592/2018) e publicada pelo site Infomoney, é mais uma a apontar empate estatístico, dentro da margem de erro de 3,5%, entre o candidato da extrema direita, Jair Bolsonaro, e o da coligação petista, Fernando Haddad.

Mais importante: é mais uma que segue registrando ascensão do candidato petista e outra a mostrar estagnação ou perdas pequenas co ainda líder dos levantamentos.

Com outro dado muito significativo para quem ainda não se convenceu que o 2° turno é favorável a Fernando Haddad: a vantagem chega, nesta pesquisa, a oito pontos, acima mesmo de margem de erro grande, natural num levantamento telefônico com mil eleitores, estratificados por região, sexo e idade.

Vejas o números do 2° turno:



Fonte: TIJOLAÇO
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Mais uma pesquisa, é uma por dia.
Desta vez Haddad aparece tecnicamente empatado com o Coiso.
Haddad está com tendência de subida, enquanto o Coiso
aparece em queda. Em não acontecendo fato que produza um choque no eleitorado, Haddad já está no segundo turno.
Coiso, dependendo das manifestações de sábado, pode sofrer uma queda ainda maior. Sua presença no segundo turno ainda não está garantida.
Considere, ainda, que os três dias que antecedem o pleito, historicamente, produzem arrancadas e novidades.
Bom senso, canja de galinha e algum no bolso, não fazem mal à ninguém.

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Com a Força do Povo


É o povão, estúpidos!
Por Fernando Brito · 19/09/2018


Saíram os recortes da pesquisa Ibope de ontem.

A onda que vem do fundo do povo, por lá, está virando um tsunami.

Em uma semana, entre os eleitores de escolaridade mais baixa – sabe, aqueles que a elite achava que não iam nem saber falar o nome do Haddad – ele passou de 6% para 24% (até a 4ª série do ensino fundamental).


É isso mesmo: quadruplicou, em uma semana, suas intenções de voto. No restante do ciclo (5ª a 8ª séries), pulou de 9% para 23%!

Igual no povão de caixa baixa mas de cabeça erguida: entre os eleitores com renda de até um salário mínimo, passou de 10% para 27% das intenções de voto. E entre os de um a dois, saltou de 8% para 17%.

No Nordeste, diria Lula, é “o espetáculo do crescimento”: Haddad avançou de 13% para 31% em apenas sete dias.

Para um velho brizolista lembra os tempos em que, aqui, sabíamos que iam entrar em cena os votos da Zona Oeste – Campo Grande, Bangu, Santa Cruz…- e iriam varrer o elitismo da Zona Sul.

Há uns dez dias, disse a um bom amigo petista, apavorado com o “será que vai dar tempo?” para a transferência dos votos: confie no povo!

Aí está: passou-se só uma semana desde que Haddad pôde se formalizar como o candidato do Lula e temos um dos mais fantásticos processos de transferência de votos já vividos no Brasil.

A sabedoria do povão não vem das “tretas” da classe média e das elites com seus sempre complicados raciocínios. Nem dos espertalhões que, pela mídia, acham que vão torna-lo um dócil rebanho.

Vem da vida, das experiências, de saber que são os seus e que são os “deles”.

Viva o povo brasileiro!

Fonte: TIJOLAÇO
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