segunda-feira, 17 de março de 2014

A matéria de veja tem um odor insuportável

Os democratas de 64 estão de volta: derrotados na votação dos embargos no STF, eles agora conspiram contra a Justiça; em flagrante ilegalidade agem com sede de vingança para manter José Dirceu indefinidamente em regime fechado

Fonte: CARTA MAIOR

_________________________________________________________________________   Advogados ativistas publicam íntegra de entrevista à Veja

publicado em 15 de março de 2014 às 21:58
 

por Advogados Ativistas, no Facebook, sugerido pelo leitor André

A revista Veja entrou em contato com os Advogados Ativistas para que fosse concedida uma entrevista. Apesar de ter sido avisada que não falamos com este veículo de comunicação, a publicação insistiu e nos mandou algumas perguntas, deixando claro que a matéria sairá com ou sem as nossas respostas.
Os jornalistas que realizam um trabalho sério têm a nossa admiração e respeito, o que se traduz na ótima relação do grupo com eles. Porém, é intolerável que publicações mal intencionadas queiram, mais uma vez, desinformar, mentir e difamar aqueles que realizam trabalhos relevantes.
Portanto, achamos por bem responder publicamente as perguntas que nos foram enviadas, para que uma possível matéria que cite os Advogados Ativistas já tenha seu contraponto. Segue abaixo:
Veja: Como surgiram os Advogados Ativistas?
AA: Advogados Ativistas sempre existiram, apenas uma parte deles se uniu.
Veja: Há lideranças?
AA: Não.
Veja: Quais são as causas mais emblemáticas pelas quais o movimento já lutou desde junho de 2013?
AA: Principalmente a defesa da Democracia e da Constituição, as quais vêm sendo incessantemente violadas.
Veja: Quais são suas bandeiras?
AA: Não carregamos bandeiras.
Veja: O que é necessário fazer para participar?
AA: Não ser leitor da Veja é um bom começo.
Veja: Hoje há quantos advogados ativistas?
AA: O suficiente.
Veja: Os senhores atuam apenas em São Paulo ou em outras cidades brasileiras? Se sim, em quais?
AA: Através da internet somos capazes de levar informação para qualquer lugar.
Veja: Em redes sociais do grupo há publicações, como fotos de protestos em cidades como o Rio de Janeiro. Vocês viajam para atuar em causas fora da cidade?
AA: Advogados Ativistas possuem amigos em muitos lugares. Se for preciso viajar, viajaremos.
Veja: Como vocês se mantém?
AA: Somos advogados, ora.
Veja: Quanto tempo do dia se dedicam ao ativismo?
AA: Não o quanto gostaríamos, mas quando o fazemos a dedicação é total.
Veja: Pode definir o conceito de advocacia “pro bono”?
AA: É a advocacia gratuita para o bem do povo. Bastava jogar no Google, essa foi fácil.
Veja: Quais os obstáculos que enfrentam para garantir o direito de ampla defesa dos manifestantes?
AA: A Veja, por exemplo, é um dos obstáculos, pois criminaliza qualquer forma de pensamento diferente do seu.
Veja: Os senhores declararam que sofreram intimidação na OAB-SP no último protesto em São Paulo, de que forma isso aconteceu?
]AA: Sofremos intimidação de um grupo inexpressivo, o qual falou indevidamente em nome da classe. Como explicado pelo Presidente da Ordem, a atitude destes não reflete o pensamento da entidade. Assunto superado.
Veja: Advogados ativistas já deram declarações de que a OAB-SP não está cooperando com o trabalho de vocês e se portando de maneira governista. Como é a relação entre os senhores e a entidade? Os senhores publicaram um artigo afirmando que a entidade criminaliza a ação de vocês. De que maneira isso acontece?
AA: A política de relação com outros grupos ou entidades é discutida internamente. No entanto, informamos que o Presidente da OAB/SP, em conjunto com o Presidente da Comissão de Prerrogativas, apresentaram nota pública em defesa de nosso trabalho, disponibilizando, inclusive, amparo emergencial caso cada um de nós tivesse seu ofício prejudicado.
Veja: Os senhores já receberam honorário de algum cliente que atenderam nas manifestações?
AA: Nao visamos lucro algum, mas podemos começar a receber quando a Veja informar quem paga a tal “Bolsa Manifestação”.
Veja: Quais são as principais orientações do Manual do Manifestante? Por quais mudanças ele já passou desde a primeira versão?
AA: O Manual está disponível na página do Advogados Ativistas e é de fácil compreensão. Recomendamos a leitura.
Veja: Os senhores declararam que já sofreram ameaças de morte. Pode descrever em quais situações e como essas ameaças se deram?
AA: A investigação está em andamento. É um trabalho para a polícia.
Veja: Os senhores foram apontados como advogados de Humberto Caporalli e Fabricio Proteus, apontados pela policia como adeptos à tática black bloc. Qual a posição dos senhores sobre os black blocs?
AA: Não generalizamos estereótipos e tão pouco criamos inimigos fictícios, isso é trabalho da Veja.
Veja: Na confusão das manifestações e porta de delegacias, é possível distinguir os manifestantes adeptos e não adeptos da tática black blocs?
AA: Não entendemos no que se aplica ao grupo esta pergunta.
Veja: Os senhores prezam pelo direito de se manifestar e defendem todos sem restrições?
AA: Ao contrário do que algumas pessoas (e a Veja) pregam, de acordo com a Constituição todos tem Direito a Defesa. Veja só que coisa (com o perdão do trocadilho).
Veja: Já se recusaram a defender algum manifestante?
AA: Nunca, inclusive se algum repórter da Veja for preso em alguma manifestação pode nos contatar que iremos defendê-lo, já que o direito de defesa é para todos, mesmo que este veículo propague o contrário.
Fonte: VI O MUNDO
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Veja: Numa conversa entreouvida por um servidor…


 Por Redação março 17, 2014 10:27

A capa de Veja desta semana repete a fórmula que a levou a ser processada por Luis Gushiken e cujo resultado foi proferido na última semana, uma condenação de 100 mil reais à família do ex-deputado, que não poderá tirar proveito da vitória por ter falecido em setembro do ano passado.
Repete a fórmula que levou o desembargador Antonio Vilenilson, em voto seguido pelos demais desembargadores da Nona Câmara de Direito Privado do TJ-SP, a afirmar:
A Veja dá a entender que não eram fantasiosas as contas no exterior. E não oferece um único indício digno de confiança. Infere, da identidade dos acusadores e dos interesses em jogo, a verdade do conteúdo do documento. A falácia é de doer na retina.”
Veja repete a fórmula de assassinato de reputações e procede da mesma forma que quadrilheiros ao esquartejarem e queimarem vivos aqueles que estão do outro lado dos seus interesses.
Não importa o quanto aquilo possa afetar a família do alvo. Não importa o quanto de sofrimento aquilo cause ao atingido pela crueldade. Não importa nada.
Gushiken foi condenado por Veja e seus parceiros da mídia tradicional num processo onde foi absolvido pelo “magnânimo” relator Joaquim Barbosa por falta de provas. Mas os algozes não lhe reservaram nenhuma retratação.
Nesta semana Veja utiliza a mesma técnica do “numa conversa entreouvida” para acusar Genoíno de não se medicar com o objetivo de ter crises e se livrar do semi-aberto. E Zé Dirceu, pasmem, de comer peixadas e lanches do Mc Donalds.
Nenhuma prova, apenas conversas entreouvidas e supostos depoimentos de supostas fontes que não se identificam e não oferecem nada que possa comprovar o que dizem.
A revista acha que mata aos poucos seus alvos com este tipo de reportagem. E talvez tenha razão. Mas neste caso tem um objetivo bem claro, fazer com que Genoíno e Zé Dirceu fiquem mais tempo na cadeia, se possível numa de segurança máxima, e que ao saírem estejam totalmente derrotados tanto do ponto de vista físico quanto moral.
Veja deixou a muito tempo o jornalismo de lado. Mas a cada capa como a desta semana, não coloca em risco apenas a sua reputação. Ela incentiva uma geração de novos profissionais a se comportarem como bandidos midiáticos. Incentiva a acusação sem provas e autoriza o vale tudo em nome de objetivos empresariais ou pessoais.
Hoje, o tipo de jornalismo de Veja é uma das maiores ameaças ao jornalismo. É tão danoso quanto a censura. Porque ele traz no seu cerne a marca do ódio, da mentira e da crueldade. Quando o jornalismo que se preza deveria ao menos tentar respeitar a verdade factual e ser minimamente sério.
Fonte: REVISTA FÓRUM ______________________________________________________________________

Zé Dirceu comemora 68 anos.  Já a Veja …

Equipe do Blog do Zé publica homenagem. O detrito sólido de maré baixa, por sua vez, prefere agir como sempre.
O Conversa Afiada reproduz post do Blog do Dirceu:
#ParabénsZéDirceu68
Amigas e amigos do Zé Dirceu,

Neste domingo, 16 de março, é aniversário do Zé. Em muitos anos, pela primeira vez, ele não vai poder comemorar. Nem, nós, seus amigos, poderemos abraçá-lo, telefonar, mandar mensagens. Um dos líderes da geração de 68, que marcou a história do Brasil no movimento de resistência à ditadura e luta pela democracia, completará os seus 68 anos longe dos amigos e da família.

Como todos sabem ele está preso injustamente, condenado que foi num julgamento de exceção. Duplamente condenado, pois embora tenha direito legal ao regime semiaberto, desde 15 de novembro de 2013, portanto há 120 dias em 15 de março, continua a ser mantido em regime fechado, numa perpetuação das arbitrariedades contra ele cometidas.

Mas dia 16 de março é dia de comemorar, mesmo que virtualmente. Assim, os amigos que quiserem se manifestar, mandem aqui suas mensagens, na parte dos comentários. Aos que quiserem compartilhar suas mensagens nas redes sociais, pedimos que nos copiem.

Vamos compilar todas as manifestações e encaminhar, por meio do advogado, para o Zé. Sabemos que ele ficará muito feliz, como se estivesse abraçando a cada um. Ele sempre gostou de comemorar seu aniversário.

Não é porque está injustamente preso que este ano vai ser diferente.

Nós, seus amigos, estamos aqui para garantir uma grande comemoração. Afinal, os bons amigos, especialmente os guerreiros como o Zé, merecem sempre o nosso brinde.

Amigos do Zé Dirceu


Em tempo:
no Tijolaço, Fernando Brito faz interessante análise da edição do detrito sólido de maré baixa com fotos de Dirceu:

Joaquim Barbosa é responsável pelos crimes da Veja

O que a revista Veja faz, esta semana, não tem outro nome senão o de crime.

Publicar fotos tiradas clandestinamente por servidores do presídio, possivelmente pagas a peso de ouro,  para dar credibilidade a uma história de privilégios supostamente gozados por José Dirceu na prisão, sem um prova sequer, equivale a se publicar que a redação da revista da Abril é sede de bacanais, regadas a champagne,  com mulheres agenciadas por Carlinhos Cachoeira, com base em informações de um contínuo que pediu para não ser identificado.

Obvio que é pura invenção esta cena, mas o que impede, com o ódio que a revista tem a Dirceu e com um histórico de roubar imagens de câmara de segurança de um hotel  para bisbilhotar quem falava ou deixava de falar com o ex-ministro, antes de sua condenação, que a revista invente o que quiser sobre sua vida na Papuda?

A ética?

Ora, por favor, vamos evitar as piadas, não é?

Mas é preciso dizer o que é a verdade.

A Veja age como uma mosca varejeira na situação que foi criada pelo absurdo que está sendo promovido pelo Sr. Joaquim Barbosa, ao deixar durante cinco meses um condenado ao regime semi-aberto em clausura absoluta, usando de mil formas para evitar que ele exerça a pena da maneira que a lei e o tribunal determinaram: trabalhar durante o dia e recolher-se ao presídio à noite.

E o que está sendo “motivo” desta procrastinação são justamente “reporcagens” como estas, baseadas – se é que são – em fontes anônimas.

Joaquim Barbosa fez o que pôde para tornar adequada às suas vontades a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, agora entregue a um juiz filho de um deputado do PSDB.

Em relação a Dirceu, revogou a decisão tomada pelo presidente interino do STF, Ricardo Lewandowski, que mandava traitar a análise do pedido de autorização de trabalho do ex-ministro.

Pior, confessou, de público, ter conduzido a dosimetria da pena atribuída a ele e a outros réus com o fim de evitar que ficassem em regime semi-aberto.

Joaquim Barbosa, a esta altura, não apenas deixa de agir com o equilíbrio de um juiz, mas se assemelha àquela postura descrita por Roberto Jefferson diante do mesmo Dirceu, de quem disse despertar “os seus instintos mais primitivos”.
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Trombone alvorada weril 
         crítica - PAPIRO
 
A primeira edição foi em um 11 de setembro com uma matéria sobre o grande duelo no mundo comunista.
Nascia o jornalismo terrorista de veja.
A primeira edição foi no ano de 1968.
Ano de 1968 que teve o movimento estudantil no Brasil e José Dirceu com um líder do movimento.
José Dirceu que este mês, no dia16, completa 68 anos.
No aniversário de Dirceu, veja publica "reportagem" baseada em ciclano que ouviu de fulano que por sua vez ouviu uma conversa, não sabe bem onde, sobre as "regalias" de Dirceu na penitenciária.
Jornalismo ?
Não existe jornalismo em veja.
Perseguiçoes explícitas conduzidas por uma quadrilha jurídico-midiática.
Quadrilha que se apresenta como defensores da democracia.
Assim como fizeram muitos veículos de mídia ao apoiarem o golpe militar de 1964.
O mundo comunista , que levou marinhos a crises de pânico e histerismo, não mais existe.
Hoje, a velha imprensa brasileira que defende a democracia, apoia o governo golpista e neonazista da Ucrânia.
Ucrânia que fez parte do mundo comunista, mas hoje tem mc donald's.
Mc donald's, que teria sido a origem  das regalias gastronômicas de Dirceu.
Veja entende os paupérrimos sanduíches americanos da rede de lanchonetes como alimentação de alto nível.
Paupérrimo o jornalismo da velha mídia.
Velha mídia que agoniza em meio ao um mar de irrelevância.
Mar que é a origem da suposta peixada de Dirceu, alimentação condenável para um detento
Mar que pode ter sido o destino final, e trágico , do avião malaio.
Avião, que passados oito dias de seu sumiço, mostrou que controles em excesso podem ter um efeito contrário ao desejado, ou seja, a falta de controle.
Falta de controle e de regras claras que permite a hegemonia no pais de  um jornalismo de bandidos, como o jornalismo de veja, globo, folha, estado, ...
Bandidos que talvez tenham sequestrado o avião malaio.
Suposto sequestro que pode estar associado a um ato terrorista.
Ato terrorista  e aviões, uma lembrança inevitável.
11 de setembro de 2001
11 de setembro de 1968. 
Foice para cortar a realidade e martelo para pregar mentiras.


Capa da primeira edição da Revista Veja, lançada em 11 de setembro de 1968

sábado, 15 de março de 2014

Chutaços


           humor  -  PAPIRO 

 

O PAPIRO disponibiliza abaixo para seus leitores a antológica peça de humor redigida e publicada por Ali Kamel , em agosto de 2007.

 

Como o leitor pode perceber, o jornalismo de globo baseia-se em hipóteses, ou seja, chutes.

 

E de fato assim ocorreu nas eleições de 2010 quando um suposto  petardo violentísssimo atingiu a cabeça do candidato Serra.

 

Passados quase sete anos da publicação da grandiosa obra de Kamel, o jornalismo de globo afundou em credibilidade, teve queda sistemática de audiência e  redução significativa de vendas de impressos.


A "obra" é motivo de estudos no meio acadêmico, pois trata-se de mais uma hipótese.

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Jornalismo no Brasil: A teoria do “testando hipóteses”

publicado em 12 de março de 2014 às 23:31

Poderia ser pior: poderia ser de bico

A GRANDE IMPRENSA (A TEORIA DO “TESTANDO HIPÓTESES”)
Recuperado do Viomundo antigo
Atualizado em 24 de Fevereiro de 2010 às 19:15 | Publicado em 24 de Fevereiro de 2010 às 19:12

A grande imprensa
Ali Kamel (*)

em O Globo, 07/08/2007
A grande imprensa está sob ataque. Não do público, que continua considerando o jornalismo que aqui se produz como algo de extrema confiabilidade, conforme atestam pesquisas de opinião recentes. Os ataques vêm de setores autoritários e antidemocráticos, que diante do noticiário, sentem-se ameaçados. Esses setores consideram que só é notícia aquilo que, em nenhuma hipótese, atrapalha os seus planos de poder. Não importa que alguns acontecimentos lhes sejam embaraçosos; importa que ou não sejam noticiados ou sejam levados ao público de tal forma que o efeito, para eles, seja positivo ou neutro. Já disse uma vez: isso não seria jornalismo, mas propaganda.
Evidentemente, em seus ataques eles não deixam transparecer essa verdade. Tão logo surge um evento que eles consideram desvantajoso, começam a gritar, dizendo que não é o evento que lhes faz mal, mas a cobertura da grande imprensa.
Costumam seguir o seguinte padrão: mentem, atribuem à grande imprensa coisas que ela não fez e denunciam conspirações que não existem. Sempre num tom indignado, dourando a grita com defesas “apaixonadas” da liberdade de expressão e do que chamam de democratização da mídia. Um disfarce. Às vezes, publicam livros, financiados por partidos, com estudos pseudocientíficos como os que tentam demonstrar que, em 2006, os jornais penderam pesadamente a favor de Alckmin e contra Lula, no noticiário eleitoral.
Tais estudos se esquecem apenas de contar que todo o noticiário sobre o mensalão e outros escândalos foi considerado prova de desequilíbrio contra Lula. Ora, se é assim, qual seria a alternativa para que o estudo apontasse equilíbrio? Não noticiar os escândalos? Mas isso sim seria perder o equilíbrio e a isenção.
É uma tautologia, mas, na atual conjuntura, vale dizer: o jornalismo só é livre e independente quando não depende de nenhuma fonte exclusiva de financiamento. Quanto mais variadas forem as fontes de recursos que sustentam um jornal, uma revista, um portal de internet ou uma emissora de rádio e televisão, mais livres e independentes serão esses veículos. O leitor pode fazer o teste. Veja os anunciantes da grande imprensa e verifique: a variedade é tanta que o veículo não depende, nem de longe, de ninguém isoladamente para sobreviver. E por isso é livre. E por isso é independente. O leitor poderá fazer outro teste. Procure algum veículo que se diga livre e independente e ao mesmo tempo se dedique costumeiramente a atacar a grande imprensa e a defender este ou qualquer governo. Veja os anunciantes. Eles são poucos e a concentração, grande. Quase sempre, será propaganda governamental. Se o veículo for um portal de internet, verifique quem são os controladores: fundos de pensão de órgãos do governo.
Portanto, livre mesmo, só a grande imprensa. Só ela tem os meios para investir em recursos humanos e tecnológicos capazes de torná-la apta a noticiar os fatos com rapidez, correção, isenção e pluralismo, sem jamais se preocupar se o que é noticiado vai ser bom ou ruim para este ou aquele cliente, para este ou aquele governo. A grande imprensa sabe que o seu compromisso é com o público, que lhe dá a audiência que lhe traz a publicidade. A grande imprensa sabe que o público exige informação de qualidade e que não pode ser enganado. O grande público é o que faz as suas escolhas cotidianas de acordo com o que é melhor para si, é o mesmo que tem discernimento para votar, para eleger seus governantes. Consumidores exigentes, grande público e cidadãos conscientes não são três entidades distintas, mas uma única realidade.
Na cobertura da tragédia da TAM, a grande imprensa se portou como devia. Não é pitonisa, como não é adivinha, desde o primeiro instante foi, honestamente, testando hipóteses, montando um quebra-cabeça que está longe do fim. A nação viveu um descalabro aéreo nos últimos dez meses? Então é necessário testar qual o impacto dessa desordem no acidente (e, hoje, ouve-se o ministro da Defesa dizer que a prioridade não é mais o conforto ou a ausência de filas, mas a segurança, uma admissão cabal de que, antes não era assim). A pista de Congonhas estava escorregadia (a ponto de, no dia anterior ao desastre, uma aeronave deslizar até um canteiro e outra quase se espatifar no fim da pista)? Então é preciso verificar se a pista foi fundamental no desastre. Chegam informações de que a manutenção da TAM é falha? Então é preciso saber como estava o avião acidentado (e descobrir que ele voava com o reverso pinado). A análise da caixa-preta ficou pronta? Então é preciso tentar revelar o seu conteúdo e mostrar que uma falha do piloto pode ter sido a causa do acidente. É a grande imprensa que noticia tudo isso, passo a passo, tendo apenas em mente informar o grande público, sem pensar no impacto negativo ou positivo que isso terá para o governo ou para a companhia aérea.
É assim aqui, é assim em todas as democracias. Quando do furacão Katrina, a imprensa americana, num continuum, testou muitas hipóteses: noticiou que aquela era uma tragédia anunciada, mostrou que houve cortes federais para obras urgentes nos diques que se romperam, denunciou a inépcia do governo no socorro imediato às vítimas. E a única coisa que o governo fez foi se defender, com dados e argumentos. O público pôde julgar quem estava com a razão. Ninguém ouviu de aliados de Bush que a mídia queria derrubá-lo, provocar o seu impeachment, desestabilizar o seu governo.
Já aqui, temos de conviver com essas bazófias. Porque aqui, ao contrário de lá, há quem queira que a informação esteja a reboque de projetos de poder

Fonte: VI O MUNDO
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quinta-feira, 13 de março de 2014

Sobre águas, chuvas e energias


                                                    editorial - PAPIRO


A energia para produzir mentiras e manipular as informações é inesgotável na velha mídia.
Todos os dias, a toda hora, uma nova notícia alertando para um suposto caos a espreita tenta promover o pânico, o desespero e  a falta de esperança em dias melhores.
Hoje, 13.03.14, a energia de criação de novas realidades se volta para a energia elétrica, essencial para o funcionamento da vida de um país, de uma cidade, de um bairro, de um açougue.
Chuvas, água, energia elétrica , ciclo hidrológico, fazem parte da sopa de letrinhas que conduz o noticiário da velha mídia para a tragédia que assola o país.
Tragédias podem ocorrer, por conta de águas, chuva e energia, porém não são retratadas com realismo na velha imprensa.
O caso da cidade São Paulo é uma tragédia anunciada.
Tudo por que os governos do estado de São Paulo não deram a devida atenção para o grave problema de abastecimento de água da cidade.
O sistema Cantareira, que abastece a cidade de São Paulo encontra-se em um nível crítico, não apenas pelo percentual disponível do recurso hídrico, mas pelo uso indevido, o que pode levar anos para que o sistema volte ao equilíbrio, no tocante ao abastecimento da cidade.
Um racionamento da água para os paulistanos é uma realidade com probabilidade elevada.
Sabendo do problema , há pelo menos cinco anos,  os governos estaduais de SP deveriam ter investido em soluções de captação do recurso por outras fontes, como por exemplo a construção de tubovias para coletar água de grandes aqüíferos  até a cidade de São Paulo. 
Nada disso foi feito.
O caos bate à porta dos paulistanos.
Como estamos em ano de eleições, o governador não toma as medidas de racionamento da água na cidade, pois tais medidas certamente comprometeriam de vez, a sua sonhada releição.
A águas que faltam em São Paulo, e que podem comprometer o consumo do recurso pelos paulistanos, também faltam no país devido a timidez das chuvas neste período.
No cenário nacional, a preocupação se concentra na geração de energia elétrica, já que a matriz energética brasileira tem um percentual predominante na geração de energia hidrelétrica.
Entretanto, tal preocupação se encontra em um nível de probabilidade baixa em ocorrer um racionamento de energia elétrica para os brasileiros. 
Por um lado o racionamento de água para os paulistanos com probabilidade alta.
Por outro lado um racionamento de energia para os brasileiros, com probabilidade baixa.
Esse é um excerto da realidade.
Já os jornais Folha de SP e globo deram destaque hoje, em primeira página, na probabilidade baixa de um racionamento de energia elétrica no país. 
E não foi um destaque qualquer. 
Foi muito estardalhaço para a probabilidade de a moeda cair de pé, em um jogo de cara ou coroa, por exemplo.
Folha se superou. 
Chegou a sugerir que o governo Dilma desse início a um racionamento de energia elétrica, isso como motivo de precaução.
Precaução desnecessária pois as chances de chuvas ainda são grandes.
Chuvas que não resolveriam a matriz de captação de água para consumo de São Paulo. 
Matriz que deveria ser diversificada com outras fontes de captação.
Já a matriz energética brasileira vai se diversificando, mesmo com fontes sazonais como a eólica.
Em meio as chuvas, águas , energia e ciclos hidrológicos, a velha mídia assassinou a lógica hídrica nacional, ao destacar a exceção com sendo a realidade.
No jornalismo da velha mídia, de fato, a realidade é exceção.





quarta-feira, 12 de março de 2014

Barbárie com nome de jornalismo

Líder do PCdoB entra com ação na PGR contra jornalista e SBT 


A líder do PCdoB na Câmara, deputada Jandira Feghali (RJ), entrou com representação, junto à Procurador-Geral da República (PGR), nesta terça-feira (11), contra a jornalista do Sistema Brasileiro de Televisão, Rachel Scherazade e contra o próprio SBT, pelo crime de apologia e incitamento ao crime, à tortura e ao linchamento, tipificado no art. 287 de nosso Código Penal brasileiro. 


“É público e notório que a jornalista do SBT, Rachel Scherazade, no episódio do jovem negro que foi amarrado nu a um poste, defendeu publicamente, no programa de televisão que apresenta, a ação dos agressores, que, sem provas ou indícios de crime, humilharam e torturaram aquele jovem, argumentando que tal atitude seria justificada, por terem os cidadãos de bem de tomar a justiça em suas próprias mãos, uma vez que o Estado não cumpriria sua função de propiciar segurança”, diz a parlamentar ao apresentar a ação.

Ela pede que seja instaurado inquérito sobre os fatos relatados, acompanhando decisão unânime da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que reconheceu a possibilidade de investigação criminal por parte do Ministério Público.

E propõe que seja solicitada ao SBT a gravação do programa onde foi veiculada a apologia do crime, como prova, além de requerer ainda que, “no uso de suas atribuições constitucionais de custos legis do ordenamento jurídico brasileiro, oficie à Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), requerendo a suspensão do repasse de verbas oficiais ao Sistema Brasileiro de Comunicações enquanto perdurar o inquérito e a respectiva persecução penal”.

Segundo a parlamentar, caso o julgamento conclua pela condenação, a Secom deve aplicar pena administrativa de vedação dos repasses, bem como a análise da própria concessão, por inidoneidade daquela empresa concessionária de serviço público.

Segundo o Código Penal, em seu artigo 287, é crime “fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime: Pena – detenção de 3 (três) a 6 (seis) meses, ou multa.”

Na ação, Jandira destaca que “o SBT não pode alegar que era uma opinião privada da jornalista, pois, se assim fosse, estaria obrigado a dar a ela algum tipo de punição, pela prática de crime utilizando o veículo de comunicação pelo qual é responsável, o que não fez”.

E que “sendo o SBT concessionário de um serviço público, muito mais grave se afigura essa apologia ao crime, podendo ensejar inclusive a cassação sua concessão, pois o Estado não pode admitir que seja cometido um delito em um veículo que foi licenciado por ele”.
Fonte: VERMELHO
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        opinião - PAPIRO


É o que se espera de parlamentares e partidos comprometidos com a democracia e civilidade.
Não é de hoje que a chamada grande mídia vem cometendo atrocidades e violências em nome do jornalismo e da liberdade de expressão. 
SBT, GLOBO e BANDEIRANTES não passam uma semana sem fazer apologias a toda sorte de crimes e de violência.
O jornalismo partidarizado da velha mídia, ganha cores mais nítidas com a proximidade das eleições de outubro , e o vale tudo para derrotar o PT explode em insanidades  através de telejornais, jornais de rádio e impressos.
A violência é o  produto, é o fim e é o meio para todas as ações de mídia com fins eleitorais.
Uma punição exemplar por parte da PGR ao SBT traria ares de civilidade para a velha mídia.

É melhor trocar de açougue

Rio enfrenta caos no transporte público, dizem especialistas



Jornal do Brasil

Após o descarrilamento de um trem da concessionária SuperVia, na manhã desta segunda-feira (10), que deixou sete passageiros feridos, os transportes públicos da cidade voltaram a apresentar falhas na manhã desta terça (11). Na estação Central do Brasil, a concessionária detectou problemas em duas composições, o que causou reflexos em todo o ramal Saracuruna, com atrasos de aproximadamente uma hora. Já nas barcas, na estação Charitas, na região metropolitana do Rio, dois catamarãs foram retirados de circulação após sugarem lixo da Baía de Guanabara.


Em contrapartida, a Agetransp (agência reguladora) divulgou diversas notas em seu site, informando que já foram abertos boletins de ocorrência para apurar a causa de tais acidentes. A questão é saber se a agência irá, de fato, levar esses processos adiante ou se eles serão deixados de lado, como os outros 150 que desde 2009 não foram concluídos.
Procurada pelo Jornal do Brasil, a Agetransp afirmou que, desde que o novo conselho diretor foi empossado, no dia 2 de janeiro de 2014, “medidas vêm sendo adotadas para dar maior celeridade e eficiência aos procedimentos”. Entre eles, “a criação de um grupo de trabalho (força-tarefa) para sanear todos os processos pendentes de julgamento”, como diz a nota.
Contudo, vale ressaltar, que os cinco novos membros do conselho diretório da agência foram indicados pelo governador Sérgio Cabral, como confirma o texto. Entre eles está Cesar Mastrangelo, atual conselheiro presidente do órgão e antigo vice-presidente de Relações Institucionais do Metrô Rio. Outro nomeado foi Arthur Vieira Bastos, chefe de gabinete do secretário estadual da Casa Civil, Régis Fichtner e primeiro-tesoureiro do PMDB no Rio. Atribuições que indicam que ele teve contato direto com as grandes construtoras e empresas que financiaram campanhas eleitorais do governador, e que também fazem as grandes obras no setor de transporte.
Analisando a situação, podemos dizer que o presidente do conselho da Agetransp está “fiscalizando o seu antigo trabalho”, enquanto o órgão, de uma forma geral, fiscaliza os transportes públicos de seus companheiros políticos, visto que estão todos “juntos e misturados” no setor de transportes e endossados pelo governador.



Descarrilamento na Estação Deodoro deixa sete feridos
Descarrilamento na Estação Deodoro deixa sete feridos
Ainda de acordo com um levantamento da Agetransp, desse total de processos, cerca de 60% referem-se ao transporte ferroviário, 25% ao aquaviário e 15% ao metroviário. A ouvidoria da Agetransp informou também que recebe, em média, 500 reclamações mensais. Cerca de 40% são sobre trens, 30% sobre barcas e 20% sobre o metrô.
Para Alexandre Rojas, engenheiro de Transportes Urbanos e Mobilidade da Uerj, o ator que mais influiu na precariedade do transporte foi o estado. “Desde os anos 90, quando houve uma má privatização do setor, o estado não investe no transporte, chegando a essa situação de caos que vivenciamos hoje”, disse. Sobre os trens estarem no topo das reclamações dos passageiros, o especialista explica que este não é um problema atual.
“O problema nos trens está ai há muitos anos, desde a privatização mal feita em vista da ganância do estado que quase levou a concessionária à falência. Com o apoio da Odebrecht, o estado começou a ter uma nova postura de recuperação da rede, que ficou 80 anos sem investimento pesado. Os trens são grandes transportes da Baixada para o Centro da cidade, mas só vão conseguir atender, minimamente, a sua demanda daqui a 6 ou 8 meses, quando chegarem e forem instalados os novos trens”, garantiu Rojas.
Sobre as constantes intervenções no trânsito do Rio, o engenheiro de transportes afirmou que faltou planejamento do estado, pois cabia a ele investir em transporte público, visto que os automóveis teriam uma circulação limitada. “Os transportes no Rio de Janeiro já estavam quase à beira do colapso antes das obras da Copa e das Olimpíadas. Quando começaram a fazer as intervenções, o estado estava ciente da encrenca que iria ocorrer e não tomou as providências necessárias. E quando tomaram, já não havia muito a ser feito, pois  o setor já estava à beira do colapso. Não basta aumentar a frota de ônibus, até porque o engarrafamento não permite tal feito, é necessário aumentar os trens, as barcas e os metrôs, mas isso só deve ocorrer, de forma efetiva, daqui a 1, 2 ou 3 anos”, afirmou o especialista.
A respeito do conselho diretor da agência reguladora ser indicado pelo governador e atribuir “ações entre amigos”, Alexandre Rojas se mostrou contrário a tais atitudes. “A Agetransp não cumpriu o seu papel de agir de forma autônoma em defesa do povo. A expectativa era que ela não fosse um órgão, nem de governo e nem de partido, mas um órgão do povo”, exclamou.
Já para a professora da Escola Politécnica da UFRJ e engenheira de Transportes, Eva Vider, afirma que o maior problema no setor é a falta de integração entre os meios. “A maior deficiência, do ponto de vista da mobilidade urbana do Rio de Janeiro, é a ausência de uma rede metropolitana integrada de transportes. Nós temos algumas integrações ali e aqui, em alguns modos de transporte, mas integrações essas que não são operacionais, uma vez que a quantidade de meios de transportes não atende a demanda da cidade. O sistema tem que passar por uma revisão desse conceito de rede”, disse.
Para Vider, outro ponto ainda não mencionado em consequência das obras de intervenção na cidade, é o aumento do tempo na passagem tarifária, ou seja, o aumento no prazo do bilhete único para pagar uma única condução entre as baldeações. “O governo, por sua vez, está muito preocupado em pedir que a população não saia de casa, devido ao caos no trânsito, por conta das obras. Em vez disso, ele [governo] deveria se preocupar em aumentar o tempo da passagem tarifária, pois têm pessoas que estão demorando mais de uma hora entre uma baldeação e outra e perdendo o desconto de uma passagem no bilhete único. O correto seria transferir automaticamente essa uma hora a mais no trânsito direto para o bilhete único”, explicou a especialista.
A engenheira de transportes alerta que a cidade está enfrentando intervenções que deveriam ter sido feitas há décadas atrás, e que por falta de investimento do governo, estão sendo feitas todas ao mesmo tempo, por conta dos grandes eventos esportivos sediados. “Não há cidade que consiga suportar as interrupções nas vias e a falta de planejamento para fazer tais intervenções. Já que a cidade não está suportando a circulação de automóveis, por conta das obras, era necessário investir em transporte público, mas isso não ocorreu”, afirmou.
Fonte: JORNAL DO BRASIL
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A crise nas UPPs
 
 
[Programa conduzido por Sylvia Debossan Moretzsohn]
 
 
Olá, ouvintes, aqui é Sylvia Debossan Moretzsohn, do Observatório da Imprensa. A 
 
crise das UPPs é o nosso tema de hoje. Crise das UPPs e também do jornalismo, a 
 
julgar pela manchete do Globo desta quarta-feira, que anuncia um ataque a policiais 
 
na Rocinha. Só esquece de dizer que essa agressão ocorreu no dia 25 de dezembro, 
 
portanto há quase três meses. Essa informação só aparece no texto da página interna.
 
Que interesses estarão por trás de uma atitude dessas, que subverte completamente as 
 
normas elementares do jornalismo e confunde deliberadamente o leitor?
 
O vídeo que mostra a agressão foi captado por uma câmera de segurança e exibido 
 
no Jornal Nacional desta terça-feira. Foi apenas o mais recente capítulo de uma série 
 
de reportagens sobre os problemas que as Unidades de Polícia Pacificadora vêm 
 
enfrentando. Na semana passada, dois policiais foram mortos no Complexo do Alemão. 
 
Em dois meses, já são três assassinatos semelhantes, na mesma região. 
 
Diante disso, o secretário de segurança, José Mariano Beltrame, chegou a anunciar a 
 
possibilidade de apelar às Forças Armadas e à Polícia Federal para uma nova ocupação 
 
desse conjunto de favelas, onde tem ocorrido a maioria dos conflitos. 
 
Mas nem assim a imprensa aceita falar em crise. Pelo contrário, O Globo abriu espaço 
 
para artigos que defendem a necessidade de apoio ao projeto e alertam para o perigo de 
 
desvalorização da polícia, especialmente num ano eleitoral. Como se a “pacificação” 
 
não fosse um trunfo a ser utilizado pelos candidatos favoráveis ao atual governo.
 
Em seu editorial desta terça-feira, inclusive, O Globo estimula a polícia a uma resposta 
 
dura, “até desproporcional”, aos ataques sofridos pelos agentes de segurança. 
 
Resposta desproporcional é normalmente o que o Estado costuma dar. Aliás, não foi 
 
diferente no episódio que vitimou a soldado Alda Rafael Castilho, em 2 de fevereiro, 
 
também na região do Alemão: foram seis mortos em contrapartida, todos de jovens, 
 
alguns sem passagem pela polícia. No dia seguinte, o jornal ouviu um legista que 
 
levantou a hipótese de que alguns dos mortos tenham sido executados.
 
Mas desproporção pouca é bobagem: em 2007, nos tempos anteriores à UPP, o 
 
assassinato de dois soldados foi o pretexto para o cerco ao Complexo do Alemão. A 
 
operação durou três meses e resultou em 44 mortos, 19 num só dia.
 
 
A questão de fundo é a legalização das drogas
 
Todo mundo se lembra das reportagens que trombeteavam a “retomada do território” 
 
nos morros do Alemão e da Rocinha, onde ocorriam os principais conflitos entre 
 
facções de traficantes, e entre traficantes e policiais. 
 
Conflitos nunca deixaram de ocorrer, mas eram minimizados pela imprensa, que 
 
procurava vender uma imagem positiva das UPPs. Os veículos das Organizações Globo, 
 
em geral, atuaram e continuam atuando como porta-vozes desse projeto.
 
Mas a situação foi piorando desde o ano passado. Em maio, um tiroteio retardou 
 
a corrida batizada de “Desafio da Paz”, no Alemão. Em junho, a sede do grupo 
 
Afroreggae foi incendiada. No Pavão-Pavãozinho, em Ipanema, e na Rocinha, tiroteios 
 
voltaram a ser frequentes. Mas em todas essas ocasiões o noticiário sustenta a versão 
 
da fonte oficial: se isso está acontecendo, é sinal de desespero dos traficantes diante 
 
do sucesso das UPPs. Ou seja, quanto mais mortes ocorrerem, mais correta estará essa 
 
política. 
 
Mas como é possível dizer que existe resistência dos traficantes, se eles supostamente 
 
fugiram com a chegada das UPPs?
 
Nesse meio tempo, desapareceu o pedreiro Amarildo, mas esse caso vem sendo tratado 
 
como um desvio de rota. Na época, o secretário Beltrame disse que esse episódio não 
 
arranhava a imagem das UPPs. 
 
É claro: nada arranha a imagem das UPPs, tão bem cuidadas por essa agência de 
 
propaganda mal disfarçada de jornalismo, e que deu o ar de sua graça novamente agora, 
 
quando o Globo “atualiza”, entre aspas, um fato ocorrido no Natal do ano passado. Qual 
 
o objetivo? Seria ajudar a criar um clima favorável ao endurecimento da repressão na 
 
favela?
 
Desde 2012, foram dez policiais mortos em áreas supostamente pacificadas. Na raiz 
 
dessa espiral de violência está a ilegalidade do comércio de drogas. Semana passada, 
 
no Globo, a socióloga Julita Lemgruber citou a legalização como saída para o impasse. 
 
Mas, infelizmente, a declaração ficou no pé da reportagem.
Fonte: OBSERVARÓRIO DA IMPRENSA
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Trombone alvorada weril
 crítica - PAPIRO

Patrão, o trem atrasou mais uma vez.
Quebrou , tive que descer e ainda fiquei atolado em uma montanha de lixo.
Consegui me livrar do lixo e resolvi pegar um ônibus.
Demorou meia hora prá um ônibus chegar, e estava lotado. 
Mesmo assim consegui entrar e ainda tive que ouvir reclamações de outros passageiros sobre o fedor de lixo que tomou conta de  minha roupa.
Ainda teve um enorme engarrafamento, por conta de obra em tudo que é lugar da cidade.
Fiquei sabendo que até mesmo as barcas tiveram atraso e problemas , por conta do lixo nas águas da baía.

O sistema de transportes do Rio de Janeiro é um sofrimento para o usuário, enquanto a mobilidade urbana é um caos para todos.
Os problemas com trens , ônibus, metrô e barcas se repetem e o governador resolveu agilizar a agência reguladora colocando amigos para avaliar e resolver os problemas.
O Rio de Janeiro não pode mais ficar nas mâos do PMDB, seja no governo estadual e na capital.
Os governantes pedem paciência à população e apelam ao espírito solidário do carioca , com transporte solidário ( carona) e mesmo caminhadas para deslocamentos.
O carioca atendeu ao pedido , foi para às ruas em passeatas contra os governos municipal e estadual e ainda apoiou de carona a greve dos garis.
A greve dos garis abriu um precedente para que outras categorias pressionem os fracos governos do estado e da capital.
O cenário de caos vai se desenhando com mais nitidez.
O PMDB do Rio , interessado em melar a candidatura forte do PT ao governo do estado, afunda cada vez mais em sua incompetência.
Na carona proposta pelo prefeito, a imprensa carioca , principalmente globo, se posicionou ao lado dos governantes locais e já partiu para os ataques com maniulações grosseiras sobre o PT. 
O jornal nacional de ontem, insinuou que o PT está ligado ao tráfico de drogas, apresentando um traficante pé de chinelo como ligado ao PT.
Quanto ao caos na cidade olímpica, nada a declarar no jornalismo "conceituadísssiomo, higiênico e isento" de globo.
Quanto ao tráfico de drogas, já que o de pessoas em trânsito está uma droga, vale lembrar que mesmo nas comunidades "pacificadas" ele se faz presente, com conflitos e mortes.
É sabido que as UPP's não tinham como finalidade acabar com o tráfico e comércio de drogas, mas sim com o conflito constante nas comunidades pela disputa por pontos de distribuição e vendas, criando um clima de relativa civilidade para os grandes eventos que ocorrerão no cidade.
Ao que parece a relativa civilidade não está funcionado como desejado, já que o secretário de segurança pública do estado levantou a hipótese de usar as tropas do exército em uma das comunidades "pacificadas".
O último descarrilamento de trem, na segunda-feira passada, foi na estação de Deodoro.
É a falência da polícia do Rio de Janeiro.

Patrão, essa carne num tá com uma cara boa, não. 
Não vai dar prá fazer churrasco.
É melhor trocar de açougue. 

sábado, 8 de março de 2014

Vá com Paes, Cabral

O que Eduardo Paes pensa que o ouvido da população é?



Jornal do Brasil

Sobre o vídeo em que foi flagrando atirando lixo durante solenidade na Zona Oeste, a prefeitura respondeu:



"Eduardo Paes não joga lixo no chão, hábito vem sendo combatido pela prefeitura. O vídeo em questão, efetivamente, não mostra Paes jogando ao chão um pedaço de fruta. Mas ele acredita que, conforme o próprio vídeo indica, tenha lançado o resto de fruta na direção de uma lixeira mais afastada, ou para que um de seus assessores fizesse o descarte em local adequado. Na dúvida, já que o prefeito não se lembra do ocorrido, determinou que a Comlurb emita uma multa a ele próprio, e pede desculpas por um eventual equívoco."
Sobre as empresas que seus familiares têm no Panamá, Eduardo Paes respondeu:
"Meu pai é um advogado bem-sucedido que trabalha com direito internacional há muito tempo. A legislação brasileira não proíbe a participação em empresas no exterior, desde que sejam registradas no Banco Central e declaradas à Receita Federal. E foi isso que o meu pai fez."
O ouvido da população do Rio de Janeiro deve ser um urinol para o prefeito Eduardo Paes, para que ele urine à vontade.
A declaração sob as empresas no Panamá varava a sinceridade e a honestidade que o homem público tem a obrigação de ter ao se dirigir à população do Rio.
Esquece este senhor que os eleitores cometem equívocos elegendo muitas vezes quem não merece. Pois para estes líderes, a mentira, o cinismo e a hipocrisia são fundamentais para fugir das malhas da Justiça.
Mas um homem público, duas vezes eleito, deve respeitar a humildade do desfavorecido do conhecimento da educação ou da normalidade patológica. E não deve desrespeitar a população que faz a opinião pública talvez do país.
>> Informe JB - Envolvimento político: chefe da polícia, pode. Gari, não
Basta de hipocrisia. Não são os líderes políticos que  começam as greves, que já são inúmeras no Rio. Houve a dos bombeiros, dos professores, do pessoal de saúde, entre tantas outras categorias insatisfeitas. E se for verdade que são estes senhores que comandam, já chegou a hora dos que sofrem com essas greves atentarem para a reflexão: quando um não quer, dois não brigam. Pois quem não quer brigar? E quem está do outro lado, querendo briga? Outro "um"? Ou são muitos?
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Sem mais espaço para dar ao PMDB

Presidente do PT avisa que aliados não terão outro ministério e que candidatura de Lindberg é inegociável

O Dia
Brasília - O presidente nacional do PT, Rui Falcão, subiu nesta sexta-feira o tom com os aliados do PMDB — menos de 24 horas depois de se reunir com a presidenta Dilma Rousseff e o ex-residente Lula. Ele avisou que, apesar da pressão dos peemedebistas, não há no governo nenhuma intenção de aumentar a participação do partido no ministério.

Além disso, o presidente petista mandou um recado ao PMDB do Rio e avisou que não existe possibilidade de negociar a retirada da candidatura do senador Lindberg Farias ao governo do estado para apoiar o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). Falcão disse que, no Rio, o PT nunca teve um candidato tão forte, com tantas propostas e com a energia de Lindberg Farias.

“A candidatura será mantida contra todas as pressões que se fizerem”, afirmou Falcão. O recado do petista tem como destinatários o presidente regional do PMDB no Rio, Jorge Picciani, e o líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que também é do Rio.


Rui Falcão deixou claro que o PT não vai ceder às pressões de parte do PMDB e que a estratégia será isolar os que tentam quebrar a aliança
Foto:  Efe

O primeiro ameaça levar seu partido a apoiar a candidatura de Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República, enquanto Cunha articula um bloco parlamentar para votar contra o governo no Congresso, caso Dilma não aumente a participação de seu partido no primeiro escalão.
A crise entre os dois principais partidos de sustentação do governo Dilma será discutida no fim de semana em encontro com, além da própria presidenta, o ex-presidente Lula, o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), e o presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO).
Ontem, após conversar com Lula, Raupp afirmou estar confiante num acordo.
“Ficou combinado que Lula segura de lá, e eu seguro de cá”, disse o senador, que hoje se reunirá com Temer para acertar os detalhes da conversa que terão na tarde de domingo com a presidenta Dilma no Palácio Alvorada, O objetivo do governo é cobrar de Raupp e de Temer compromisso com a manutenção da aliança em torno da reeleição de Dilma.

Além disso, no contato com os dois dirigentes peemedebistas, Dilma e Lula vão cobrar uma postura mais dura contra a ala rebelde liderada pelo deputado Eduardo Cunha. O objetivo é deixar o parlamentar e os peemedebistas próximos a ele isolados.

Lula pode voltar. Em 2018

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, brincou ontem ao ser perguntado se a solução para a crise entre PT e PMDB poderia ser a volta de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência. Ele admitiu que Lula pode voltar, mas só em 2018. “Nossa prioridade agora é reeleger a presidenta Dilma”, disse ele.
Falcão ironizou a possibilidade de Dilma ter como adversário na disputa presidencial o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa. “Como político, é um bom magistrado; como magistrado, bom político”, afirmou Falcão, que alegou que o PT não escolhe adversários.
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Trombone alvorada weril
  crítica - PAPIRO

Vá com Paes, Cabral.
Cabral finalmente vai deixar o governo do estado do Rio de Janeiro.
Um alívio para os fluminenses.
Já os cariocas terão que aturar Paes até o final de 2016.
O play boy festeiro e o tucano enrustido arrogante.
Ambos pendurados na sigla do PMDB , mas bem parecidos enquanto políticos. 
Cabral começou sua carreira política no PSDB, pssando depois para o PMDB. Carreira sim, pois o festeiro desde a idade adolescente já ocupava cargo de vereador, sempre com uma plataforma de defesa dos cidadãos da terceira idade. Nunca trabalhou.
Paes iniciou sua carreira no PV, passou para o PFL de Cesar Maia, foi para o PSDB e hoje está no PMDB. Versátil o arrogante. 
Nas eleições deste ano para o governo do estado do Rio de Janeiro, o PT tem, com certeza, o melhor candidato entre todos os candidatos que disputam o cargo de governador. 
Jovem , dinâmico, competente e com propostas de renovação até mesmo no PT, Lindbergh é o nome certo para o governo do Rio.
Cabral, entretanto , quer empurrar para a população a candidatura de seu vice, Pezão, que seria a continuação do que está aí e é rejeitado pelo povo. 
A expressão de Pezão combina melhor em uma eleição para  a presidência da Associação de Açougueiros da Zona Portuária  da Cidade do Rio de Janeiro, a AAZPCRJ.  
Com todo respeito aos açougueiros da zona em questão e que não se sintam ofendidos com a comparação com Pezão.
Mesmo com toda a máquina do governo estadual a seu favor, espera-se , para o bem do estado do Rio de Janeiro, que Pezão não passe sequer para um segundo turno e fique pelo caminho.
Seria o primeiro passo para extirpar o PMDB do Rio de janeiro.
O segundo, claro, seria nas eleições de 2016 para a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro.
Certamente o prefeito arrogante apresentará um de seus secretários histéricos e falantes como possível candidato a sua sucessão .
Seria mais um desastre para a cidade.
Com grandes chances de vitória no governo estadual, espera-se que o PT trabalhe e apresente um candidato forte para cidade do Rio em 2016

sexta-feira, 7 de março de 2014

Democratas de Fachada. Jornalismo Agonizante

Publicado em 06/03/2014

Miro: quem não mostra o DARF vai para a Papuda ?

“Empresários e os ricaços, os principais sonegadores, preferem criticar o “impostômetro” – até como forma de ocultar o criminoso “sonegômetro”



O Conversa Afiada republica artigo de Miro Borges, extraído do seu blog:

Os sonegadores irão para a Papuda?



Por Altamiro Borges

Estudo do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda (Sinprofaz) divulgado na semana passada revelou que a sonegação de impostos em 2013 atingiu a soma de R$ 415 bilhões. Ainda segundo a pesquisa, todos os tributos não pagos, inscritos na Dívida Ativa da União, ultrapassaram R$ 1 trilhão e 300 milhões. Como esta grana, o Brasil teria condições de enfrentar os graves problemas nas áreas da saúde, educação e mobilidade urbana, entre outros. Mas os empresários e os ricaços, os principais sonegadores, preferem criticar o “impostômetro” – até como forma de ocultar o criminoso “sonegômetro”. Eles sabem que nunca irão para o presídio da Papuda nem serão alvos da escandalização da mídia – até porque a Rede Globo ainda não mostrou o Darf do pagamento do seu calote.

A sonegação de R$ 415 bilhões somente no ano passado corresponde aproximadamente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas pelo país. O valor supera, com folga, os orçamentos federais de 2014 para as pastas da educação, saúde e desenvolvimento social – somados. Para uma simples comparação, o programa Bolsa Família investe R$ 24 bilhões ao ano para atender 14 milhões de famílias. O que foi sonegado somente em 2013 pelos ricaços equivale, portanto, a 17 anos deste programa do governo federal. Segundo Heráclio Mendes de Camargo Neto, presidente do Sinprofaz, os altos valores “são sonegados pelos muitos ricos e por pessoas jurídicas (empresas), com mecanismos sofisticados de lavagem de dinheiro e caixa dois”.

O estudo do sindicato poderia servir como base para enviar à cadeia centenas de sonegadores bilionários – alguns deles, provavelmente presentes no último ranking dos ricaços da Forbes. Ele também serve para alimentar o debate sobre a urgência da reforma tributária no Brasil. Como aponta o Sinprofaz, que paga impostos no país é o trabalhador. Os ricaços sonegam e ainda são beneficiados por um sistema injusto, baseado em impostos regressivos e indiretos. Quem ganha mais, paga menos; e vice-versa. “Mesmo que você seja isento do Imposto de Renda, vai gastar cerca de 49% do salário em tributos, mas quase tudo no supermercado ou na farmácia”, explica Camargo Neto à reportagem da Rede Brasil Atual.

Além disso, quanto mais o contribuinte tem a declarar, maiores são as chances de abater os valores. “Os mais ricos podem abater certos gastos no Imposto de Renda. Em saúde, por exemplo, se você tem um plano privado um pouco melhor, você pode declará-lo e vai ter abatimento no cálculo final do imposto. Esta é uma característica injusta do nosso sistema. Os mais pobres não conseguem ter esse favor”, completa o sindicalista. Já o trabalhador não tem como escapar da fúria do Leão. Quem tem salário a partir de R$ 2.400 é tributado automaticamente pelo Imposto de Renda Retido na Fonte. Apesar destas distorções, os empresários ainda tentam se apresentar como vítimas de uma carga tributária injusta. Sonegam e/ou pagam pouco e ainda se travestem de vítimas!

Em 2005, o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário e a Associação Comercial de São Paulo criaram o “impostômetro” e instalaram um painel eletrônico no Pátio do Colégio, no centro da capital paulista. Segundo a Rede Brasil Atual, na semana passada o placar registrava R$ 313 bilhões em impostos pagos. “Se nós conseguirmos cobrar essas grandes empresas e pessoas físicas muito ricas, o governo poderia desonerar a classe média e os mais pobres. Seria o mais justo. Se todos pagassem o que devem, nós poderíamos corrigir a tabela do Imposto de Renda e reduzir alíquotas sobre alimentos e produtos de primeira necessidade, que todo mundo usa”, conclui Camargo Neto, desmascarando os ricaços sonegadores – verdadeiros impostores!




Há 65 brasileiros com fortuna de mais de US$ 1 bilhão, segundo o tradicional ranking das pessoas mais ricas do mundo publicado pela revista “Forbes”. São 19 a mais do que no ano passado. Eike Batista ficou de fora da lista.

O brasileiro mais cheio de dinheiro continua sendo Jorge Paulo Lemann. No ranking mundial da revista, ele ocupa a 34º posição, com fortuna estimada em US$ 19,7 bilhões

O segundo mais rico do país é Joseph Safra, no 55º lugar no ranking mundial, com riqueza estimada em US$ 16 bilhões.

Em seguida, aparece Marcel Herrmann Telles, sócio de Lemann. Ele é o 119º mais rico do mundo (US$ 10,2 bilhões).

Juntos em quarto, quinto e sexto lugares estão os irmãos Marinho, com US$ 9,1 bilhões.

Fonte: CONVERSA AFIADA
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Altamiro Borges: O Globo na liderança da guerra contra os mais pobres

publicado em 6 de março de 2014 às 13:44

O Globo prega arrocho dos salários

Por Altamiro Borges, em seu blog
Em pleno Carnaval, nesta terça-feira (4), o jornal O Globo publicou um editorial que mereceria a dura repulsa do sindicalismo brasileiro. Sem meias palavras, o diário patronal prega abertamente a volta política de arrocho praticada durante o triste reinado de FHC.
Com o título “Desindexação urgente”, ele critica o acordo firmado entre o ex-presidente Lula e as centrais sindicais de valorização do salário mínimo e afirma, na maior caradura, que esta política pode resultar na explosão da inflação no país.
E o velho fantasma inflacionário usado para atacar o rendimento dos trabalhadores, garantir os lucros exorbitantes dos empresários, facilitar o rentismo dos especuladores financeiros e – de quebra – ajudar o discurso oposicionista contra o governo Dilma Rousseff.
Segundo o jornal, a atual política de valorização do salário mínimo – que garante a reposição da inflação, mais ganho real equivalente à variação do PIB de dois anos antes – foi “fixada por decreto presidencial” e “é passível de injunções políticas”. Duas mentiras descaradas.
Esta política foi fruto de um acordo com as centrais sindicais, que representam muito mais a sociedade do que a bilionária famiglia Marinho, e tem regras bem definidas, sem qualquer risco de “injunções políticas”.
Com base nestas mentiras, O Globo até reconhece que a atual política “assegurou ganhos expressivos tanto para trabalhadores como para a grande maioria de aposentados e pensionistas da previdência social” e “tem impacto ainda sobre os salários que estão ligeiramente acima do piso”.
Mesmo assim, o jornal afirma que ela prejudica o Brasil. “Se por um lado tal regra de fato deu previsibilidade à política de valorização do mínimo, por outro instituiu um mecanismo de indexação que ignora a conjuntura. A variação do PIB de dois anos antes pode não ser compatível com a situação da economia no momento em que o ajuste é repassado ao salário mínimo”.
Para o jornalão patronal, a atual política de valorização do salário mínimo “ignora as condições da economia”, “não tem relação com a produtividade do trabalho” e “tira competitividade das cadeias produtivas (pela elevação dos custos)”.
Neste sentido, blefa O Globo, “em vez de se conseguir que haja um avanço da massa salarial, asfixia-se a galinha dos ovos de ouro”. O cinismo do diário é descomunal!
Com base nele, o jornal decreta: “Tal regra tem data para terminar: 2015. A indexação automática, e inflexível, não pode se perpetuar. Pela importância do salário mínimo no conjunto da economia brasileira, essa indexação se transformou em fonte de pressão sobre a inflação”.
O Globo nada diz sobre o impacto positivo da política de valorização do salário mínimo, que aqueceu o mercado interno e evitou que a crise capitalista mundial fosse ainda mais destrutiva no Brasil. Nada fala sobre os milhões de brasileiros que finalmente tiveram acesso ao consumo nem sobre os milhões de empregos criados como resultado desta política.
Se dependesse da famiglia Marinho, o Brasil não teria leis trabalhistas e nem assalariados – e voltaria à época da escravidão pura e simples!
PS do Viomundo: É por isso que eu, Azenha, tenho dito a meus amigos de esquerda, muitos dos quais criticam ferozmente o governo Dilma: o que quer que vocês façam, se houver segundo turno votem na Dilma. Há uma ofensiva mundial da direita e da extrema-direita para impor a austeridade neoliberal. Uma ofensiva para conquistar mão-de-obra barata, recursos naturais e novos mercados. Vide Ucrânia e Venezuela. A direita não se envergonha nem de se associar a neonazistas para obter seus objetivos imperiais. Na América Latina, “conquistar” o Brasil para o neoliberalismo puro sangue é o primeiro passo para desmontar a arquitetura de uma soberania regional ainda que limitada. Tempos bicudos, estes!
Fonte: VI O MUNDO
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Paulo Nogueira: O controle remoto com o qual a Globo influencia a Justiça. Em parceria com o governo federal

publicado em 7 de março de 2014 às 11:12

No Innovare, Ayres Britto continua ministro: só que, agora, é ministro da Globo sem intermediários. Em parceria com o governo federal

“Fico muito grato pela oportunidade de participar e apoiar o Instituto Innovare. As instituições evoluem através dos bons exemplos, da melhoria continua de suas práticas e da busca de um melhor padrão de qualidade. Não por acaso, esse é o mesmo princípio que adotamos na Globo. Uma sociedade com uma Justiça de melhor qualidade é uma sociedade mais digna e mais feliz.”


Roberto Irineu Marinho
 “O sonho de justiça ainda é um grande anseio da humanidade. O Prêmio Innovare revela que uma das grandes capacidades humanas é realizar os sonhos do povo.”


Luiz Fux
 O Prêmio Innovare, uma das mais bem conceituadas premiações da justiça brasileira, abrirá, no dia 10 de março, as inscrições para sua 11ª edição. Este ano, o tema para concorrer nas categorias Juiz, Tribunal, Ministério Público, Defensoria Pública e Advocacia será livre. Na categoria Prêmio Especial, o Innovare dará novamente oportunidade a profissionais graduados de qualquer área do conhecimento. Para concorrer, os interessados deverão encaminhar ao Instituto Innovare iniciativas que já estejam em prática. O tema nesta categoria será “Sistema Penitenciário Justo e Eficaz”. A data e o tema foram apresentados pela diretoria do Innovare aos membros do Conselho Superior do Instituto, em uma reunião na última terça-feira (18/02) no Rio de Janeiro. Participaram do encontro os membros da diretoria do Prêmio, Sérgio Renault, Pedro Freitas, Antonio Claudio Ferreira Netto, Carlos Araújo e a coordenadora Raquel Khichfy, além do presidente do Conselho, ministro Ayres Britto, de representantes das associações parceiras, como AMB, Conamp, Anadep, Ajufe, Conselho Federal da OAB, ANPR, Anamatra e o presidente das Organizações Globo, Dr. Roberto Irineu Marinho.

Do site do Instituto 
O controle remoto pelo qual a Globo comanda o Brasil

do Diário do Centro do Mundo, com adendo do Conversa Afiada
Roberto Marinho foi um gênio, há que reconhecer.
Mas um gênio do mal.
Sua maior obra foi montar um esquema inviolável de manipulação dos poderes no Brasil.
As emissoras afiliadas, entregues a políticos amigos, como Sarney e ACM, garantiram que no Congresso a Globo jamais seria questionada seriamente.
Já sem ele, a obra de controle foi estendida à Justiça pelo Instituto Innovare, do qual falei aqui outro dia.
Na fachada, o Innovare premia anualmente práticas inovadoras no judiciário em cerimônias às quais comparecem os juízes mais poderosos do país, notadamente os do Supremo.
A aproximação, neste processo, dos Marinhos com os juízes  é uma aberração do ponto de vista ético e uma agressão ao interesse público, dados os interesses econômicos da Globo.
Contar com juízes amigos é bom para a Globo e ruim para a sociedade.
Um dia Gilmar Mendes, por exemplo, terá que explicar por que concedeu habeas corpus a uma funcionária da Receita flagrada tentando fazer desaparecer os documentos da célebre sonegação – trapaça é a melhor palavra – da Globo na Copa de 2002.
Uma passagem anedótica do Innovare junta Roberto Irineu Marinho, presidente da Globo, e o juiz Cesar Asfor Rocha. Uma foto registra um abraço cordial entre ambos numa premiação. Rocha  presidia o STJ e era cotado para uma vaga no STF, na gestão Lula. Acontece que chegou a Lula uma história segundo a qual Rocha pegara uma propina para favorecer uma empresa  num julgamento.
O mais curioso é que Rocha acabou votando contra quem lhe deu “uma mala de dinheiro”, segundo gente próxima de Lula. Investigado ele não foi —  nem pela Globo, nem pela Polícia Federal, nem por ninguém. Mas, se manteve a alegada bolsa, perdeu a indicação. Rocha, sem problema nenhum com a Justiça depois da denúncia, acabaria decidindo voltar depois para a advocacia.
A melhor prática para a Justiça é absoluta distância da plutocracia para que possa decidir causas com isenção e honestidade. (Investigar juízes acusados de pegar uma mala de dinheiro também vai bem.)
O Innovare é a negação disso.
Que políticos frequentem barões da mídia é lamentável, mas comum mesmo em democracias avançadas como a Inglaterra.
Nos últimos 30 anos, na Inglaterra, Rupert Murdoch – o Roberto Marinho da mídia britânica — foi procurado e bajulado por líderes conservadores e trabalhistas, indistintamente. (Um deles, Tony Blair, acabou estendendo a proximidade para a jovem mulher chinesa de Murdoch, com a qual teve um caso que levaria ao divórcio de Murdoch.)
Mas se juízes frequentassem Murdoch uma fronteira seria transposta. Jamais aconteceu. O juiz Brian Leveson não poderia conduzir as discussões sobre novas regras para a mídia inglesa se privasse com Murdoch.
Isto é óbvio, mas o poder prolongado da Globo a deixou de guarda baixa quando se trata de preservar a própria reputação.
O Innovare é um escândalo em si. E uma inutilidade monumental em seu propósito de fachada: melhorar a Justiça brasileira.
São dez anos de atividade. Quem poderá dizer que a justiça brasileira melhorou alguma coisa com o Innovare?
A Globo tem nas mãos como que um controle remoto com o qual comanda as coisas que lhe são essenciais no Brasil.
Vale a pena ver este vídeo em que, no Senado, Roberto Requião mostra a busca frustrante que fez por informações a respeito da sonegação da Globo. A certa altura, ele pergunta se a Globo comanda o Senado, tais e tantas as dificuldades que encontrou. Requião fez uma pergunta retórica, porque ele sabe a resposta muito bem.
No futebol, um negócio de alguns bilhões por ano, a Globo teleguiou durante décadas os homens fortes da CBF, Havelange primeiro e depois Ricardo Teixeira.
‘Teleguiar” significou dar propinas, ou eufemisticamente, “comissões”. O Estadão mergulhou num caso que está na justiça suíça, relativo à Fifa. E escreveu numa reportagem: “Havelange recebeu propinas de uma empresa para garantir o contrato de transmissão do Mundial de 2002 para o mercado brasileiro.”
Quem transmitiu? E que jornal ou revista investigou o caso? A Veja não se gabava tanto de seu poder investigativo? Ou só vale para seus inimigos?
A mesma lógica de ocupação manipuladora a Globo promoveu em sua fonte de receita – a publicidade.
Nos últimos dez anos, a Globo perdeu um terço da audiência, em parte pela ruindade de sua programação, em parte pelo avanço da internet.
Mesmo assim, sua receita publicitária não parou de subir. Há uma aberração no Brasil: com 20% do bolo de audiência, medido pelo Ibope, a Globo tem 60% do dinheiro arrecadado com publicidade.
Ganhar mais publicidade com menos público é façanha para poucos.
O milagre, ou truque, se chama Bônus Por Volume, o infame BV. Basicamente, quanto mais uma agência veícula na Globo, mais recebe.
Meu amigo Jairo Leal, antigo presidente da Abril, me disse que muitas agências simplesmente quebrariam se não fosse o dinheiro do BV.
É claro que uma hora o anunciante vai se incomodar com o dinheiro excessivo posto numa emissora que perde, perde e ainda perde espectadores.
Mas até lá você – em boa parte graças ao BV – vai ver os Marinhos no topo dos bilionários do Brasil.
Fonte: VI O MUNDO
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Onde estão os ninjas, onde se enfiaram os ‘investigativos’?

Por Alberto Dines em 04/03/2014 na edição 788
Os do Globo estão oferecendo um show de investigação jornalística – na retomada do caso do Riocentro e na identificação dos responsáveis pelo assassinato do deputado Rubens Paiva nas dependências do DOI-Codi, no Rio de Janeiro.
Mas na apuração das responsabilidades pela morte do cinegrafista da Band Santiago Andrade atingido na cabeça, há três semanas, por um rojão durante violento protesto no Rio, algumas ausências e assiduidades chamaram a atenção.
A mídia ninja não deu o ar da sua graça tanto na identificação dos culpados pela tragédia como nos desdobramentos quando um dos responsáveis acusou partidos políticos de pagar diárias a manifestantes. A mídia ninja tem todos os atributos em matéria de agilidade, organização e compromissos públicos para antecipar-se à mídia tradicional. Não o fez, não se sentiu convocada, evaporou. Inclusive quando o Globo veiculou suspeições sobre o comportamento do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-Rio) o que gerou um tremendo e instrutivo debate público sobre o papel da imprensa (ver “Freixo outra vez”, “O dever de um jornal”, “A exaltação de um factoide”, “O dever de um jornal II”, “Jornalismo a serviço de quê?” e “Freixo e a violência”).
O que falta
Não foram os representantes do nobre segmento da reportagem investigativa que analisaram os vídeos realizados por cinegrafistas de diferentes emissoras, e com a ajuda do perito Nelson Massini identificaram prontamente os responsáveis pelo disparo do artefato. Os responsáveis pela façanha foram editores de imagem da TV Globo, profissionais que dispensam galardões, etiquetagem e categorias, empenhados apenas em fazer um bom trabalho.
Mas quem apareceu liderando as listas de votos de pesar e de protesto – sobrepondo-se mesmo à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e à secular Associação Brasilera de Imprensa (ABI) – foi a Abraji, Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, entidade que merece aplausos pelo trabalho na esfera de treinamento e motivação.
Mas a Abraji não dispõe de um corpo de repórteres investigativos; em outras palavras: não investiga, não promove a investigação. Seus associados são os repórteres que se consideram investigativos – todo repórter é, em princípio, investigativo – e trabalham para jornais, revistas, emissoras de rádio, TV, blogs, sites e portais.
Nossa sociedade carece de veículos jornalísticos – de qualquer porte –, eles é que têm a legitimidade e a obrigação de esquadrinhar, inquirir, perquirir, devassar, vigiar e fiscalizar o desempenho do poder público e privado.
A violência nas manifestações que tirou a vida de Santiago Andrade é um caso em aberto, quase esquecido. Também a violência do debate sobre a violência. Falta é investigação.
Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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editorial - PAPIRO

Liderança é algo que nenhum líder afirma em ter, seja o líder um cidadão ou uma corporação.
Líderes são naturalmente reconhecidos como tal, não necessitam de discursos próprios para confirmar sua condição.
Globo delira, e agoniza na decadência em que se encontra.
Apesar da liderança, em números, do império dos Marinhos , é fato que que a capacidade de globo em influenciar pessoas caiu drasticamente com o advento da internete. 
Fato que leva os saudosistas à uma briga diária com a realidade.
A Mídia ninja parece ser a bola da vez para os melancólicos e saudosos de um tempo de jornalismo romântico. 
É cobrada a todo instante pelo que não faz, pelo que se omite e pelo que poderia fazer. 
Sinais de inconformismo com os novos tempos.
Relevante seria a cobrança por um jornalismo plural, menos partidarizado e que colocasse em cena os fatos com um mínimo de isenção. 
Não é que ocorre. 
Isso também é fato.
O  chamado jornalismo investigativo , hoje, se produz nas salas das redações e, mesmo assim deixa muito a desejar.
Os casos da ação penal 470, o chamado mensalão, e a roubalheira no sistema de transportes sobre trilhos no estado de São Paulo, são emblemáticos.
Seletividade nas investigações, arranjos de linguagem específicos para cada caso, além,  claro, de uma espetacularização midiática apropriada aos interesses partidários das mídias para cada assunto em questão.
O jornalismo passou longe das notícias, dos fatos , da realidade.
Isso também é fato.
Cabe lembrar que a internete mudou a maneira de divulgação de informações, principalmente no tocante a velocidade.
Qualquer arranjo ou manipulação é imediatamente bombardeada na internete. 
Tanto que é verdade que toda a velha mídia apoiou de forma ostensiva os candidatos do PSDB nas eleições de 2002, 06 e 10 e, mesmo assim, não obteve sucesso, ou seja, não alterou a percepção do eleitor. 
Seria a intenete a responsável  por blindar os efeitos nocivos do jornalismo  da velha mídia sobre a população ? 
Em parte sim, porém há muito mais para investigar. 
Cabe ainda ressaltar que a internete não substitui o jornalismo, ela agrega algo mais no debate sobre os temas de relevância e , em alguns casos, chega a pautar tais temas mesmo sem o "consentimento" dos "lideres" do mercado de notícias. 
Isso também é fato.
Proliferam na internete excelentes sites de debate, opinião e informação, e certamente, esse é a maior "problema" para aqueles que se imaginavam detentores do monopólio de opiniões. 
Tanto é assim, que com uma frequência até certo ponto espantosa, vozes de globo ecoam na defesa de um tempo de jornalismo que não mais existe.
A questão que se impõe não é sobre os blogues e portais da internete que fazem sucesso com seus conteúdos, mas sim sobre como o jornalismo tradicional convive com essa nova realidade. Avaliando as vozes de globo e do Observatório da Imprensa, percebe-se uma dificuldade clara com essa convivência, seja por incapacidade de conhecer o momento atual de mídias, seja por romantismo, seja por delírio autoritário, ou mesmo por esquecimento de tomar a medicação diária por parte de alguns analistas de mídias.
A clareza de opiniões é reveladora em si.
Essa é uma outra questão que se impõe no momento. 
O advento da internete trouxe a possibilidade de um amplo debate sobre os mais diferentes temas , o que, na visão do PAPIRO, tem produzido um efeito contrário no processo democrático. 
Em parte pela, aí sim, liderança, entenda-se poder econômico, dos principais grupos de mídia, que conduzem os debates para uma disputa, onde a razão é violentada e , com isso acarretando comportamentos violentos  e mesmo fascistas. 
Ao aprofundar diferentes temas de debates, se vê uma rejeição pelas opiniões contrárias quando se atinge um ponto de conceituação sólida sobre um tema.
Os democratas não são tão democratas assim.
O que emerge, é que a democracia para muitos, é apenas um discurso, o que de fato se verifica pelos caminhos que mundo vem tomando.
A liberdade de expressão e opinião provocada pela internete trouxe a tona a fragilidade do discurso democrático.
Um paradoxo assustador.
Nesse contexto O PAPIRO pergunta: 
Cadê o DARF, rede globo ? 
Pergunta fruto de investigação de blogues que apresentaram a farsa e os crimes de grupos de mídia. 
Isso não é notícia dos jornais. 
Jornais que quase ninguém mais lê.
O PAPIRO se alinha com blogues e portais  que com opiniões, análises e  informações relevantes ajudam a construir uma ponte para o horizonte.