sexta-feira, 21 de outubro de 2016

O Fla-Flu obscuro



Clube levanta questionamentos sobre decisão do STJD
Confira nota oficial do Fluminense sobre a decisão do STJD


O Fluminense Football Club lamenta a decisão do presidente do STJD, que aceitou o pedido da procuradoria e reconsiderou o seu próprio despacho, que havia deferido o recebimento da ação de impugnação da partida entre Fluminense e Flamengo, realizada no último dia 13, em que claramente teve interferência externa (imagem televisiva) na decisão do árbitro Sandro Meira Ricci ao anular o gol do zagueiro Henrique.

O Fluminense fez o seu papel. Apresentou à Justiça Desportiva uma flagrante ilegalidade, que acarretou no cometimento do erro de direito. As provas de interferência externa estavam escancaradas na mídia. Iniciada pelos jogadores do Flamengo e, em seguida, pelo inspetor de arbitragem que invadiu o campo para informar à equipe de arbitragem que a televisão teria apontado impedimento no lance.

E, nesse sentido, foi a posição do presidente do STJD ao admitir a ação, na última segunda-feira (dia 17). Como explicar que, três dias depois, seja reconsiderada a sua própria decisão? Nada surgiu de novo. Rigorosamente nada. As provas eram as mesmas. Por que motivo houve essa mudança repentina?

Enfim, é triste ver a corte máxima desportiva do nosso país se apequenar, deixando de submeter ao julgamento do Pleno matéria tão relevante (interferência externa) do futebol brasileiro. Optou-se em agradar parte da opinião pública. Causa perplexidade que tribunal de tamanha relevância divorcie-se da legislação desportiva, da legalidade, das regras de futebol. Quiseram evitar que uma grande ferida fosse aberta no poder do futebol brasileiro. E esse poder do futebol brasileiro, mais uma vez, venceu.

Para encerrar, o Fluminense Football Club sugere que o presidente do STJD venha a público se manifestar e esclarecer sobre a sua inusitada e contraditória mudança de opinião. Com a palavra, o presidente do STJD.

Fonte: FLUMINENSE F.C.
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No Fla-Flu obscuro, o árbitro do jogo anulou o gol do Fluminense.
Recuou e validou o gol. Fez mais uma manobra e anulou o gol. Conversou, conversou e voltou a validar o gol, Passados mais de dez minutos de uma vai e vem, o arbitro, por fim, decidiu anular o gol. Ao término do jogo, como de praxe, escreveu a súmula do jogo, onde afirmou não ter ocorrido nenhuma anormalidade. Passados três dias do jogo, o árbitro mudou a súmula, reescreveu a súmula, afirmando que o jogo ficou interrompido por 13 minutos por conta de questionamentos dos jogadores dos dois times quanto ao gol, que foi, não foi e foi.

Após o jogo ,o Fluminense, sentindo-se prejudicado pelas trapalhadas, entrou com pedido de anulação do jogo na Justiça Desportiva. O pedido foi prontamente aceito pela Procuradoria, o que significaria que o jogo iria ser julgado no Supremo Tribunal de Justiça Desportiva, o STJD. Imediatamente após ao pedido ser aceito, a CBF, organizadora da competição, em sua página oficial na internete, retirou os três pontos que o Flamengo conquistou no campo de jogo, alegando que o resultado do jogo estava sob judice.

No dia seguinte, mais uma reviravolta. O STJD, que tinha concordado e aceito o pedido do Fluminense, dá uma cambalhota e diz que não mais aceita o pedido do Tricolor, isso sem que nenhum fato novo, de conhecimento público, claro, tenha influenciado a decisão do STJD. Na carona do STJD, a CBF, através de seu presidente que vive escondido para não ser preso, vem a público dizer que jogo se ganha no campo e que os três pontos que o Flamengo conquistou estão confirmados.

O Fluminense, perplexo, assim como todos os mortais que assistem ao jogo que nunca termina, questiona corretamente a decisão do STJD e pede para que o Procurador venha a público esclarecer mais uma reviravolta no jogos das viradas.

Para o torcedor que não assiste Globo Esporte e outras baboseiras da imprensa esportiva, sabe que outros interesses certamente exerceram pressão sobre o STJD para mudar de opinião e não levantar poeira sobre o que aconteceu, botando panos quentes, e deixando tudo como está, como se nada de grave tivesse acontecido naquele dia.

Tais interesses, de certa forma associados a práticas não ortodoxas, devem exercer grande poder sobre o futebol, a ponto de dar segurança para que o presidente da CBF que vive escondido para não ser preso, saia do esconderijo e se manifeste publicamente.

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