terça-feira, 23 de junho de 2015

A Onça Galileu

Nogueira e o fiasco da Globo:
República não acabou

Revista dos Três Patetas agoniza nas mãos de quem é pago para matar.

Bonner chora ao noticiar a morte de Roberto Marinho

Conversa Afiada reproduz artigo de Paulo Nogueira, extraído do Diário do Centro Mundo:

O ESPETACULAR FIASCO DA CAPA DA ÉPOCA QUE PROMETIA O FIM DA REPÚBLICA



por Paulo Nogueira

Quando cheguei à Editora Globo como diretor editorial, em 2007, topei com uma coisa que jamais imaginara ver na carreira.

A Época era a campeã de reclamações no Procon por causa de uma promoção em que prometia – ia escrever dava, mas não era bem o caso – um dvd para quem a assinasse.

Emails de queixas transbordavam dos canais normais da editora – assinatura etc – e, sem resposta, acabavam chegando aos editores.

Foi uma das maiores trapalhadas que presenciei no jornalismo e no mundo corporativo como um todo.

A Globo simplesmente não conseguia entregar os dvds, por conta de um planejamento esdrúxula e uma logística ainda pior.

E em vez de leitores tínhamos, na revista, compradores de dvs. Nas pesquisas com leitores, era constrangedor constatar que eles não liam a revista: simplesmente a recebiam por causa do brinde.

Por trás da operação estava o bom, o competente Fred Kachar, hoje diretor geral da editora e responsável por administrar a agonia dos títulos da casa.

Bem, lembrei dos dvds não entregues por causa da edição da semana passada.

A Época prometia, desta vez, não dvds, mas uma coisa muito maior: o fim da República, por conta da prisão do dono da Odebrecht.

Ele supostamente contaria tudo e a República acabaria.

O pobre leitor da Época passou o final de semana contando para os amigos que a República chegaria ao fim na segunda. E eis que não acontece nada senão uma reação fortíssima da Odebrecht que bate, como jamais ocorrera até aqui, nos fundamentos da Lava Jato.

Antes, a revista não entregou os dvds. Agora, sonegou o fim da República.

Os leitores deveriam se dirigir, de novo, ao Procon.

A sonegação virou, merecidamente, piada na internet.

Mas o bonito foi ver a reação do editor da Época, o Kim Kataguiri do jornalismo, Diego Escosteguy.

No Twitter, onde passou a fazer militância antipetista em vez de jornalismo, ele se manifestou, depois do fiasco, como um Napoleão das notícias.

Se a República de fato houvesse caído, ele não poderia estar mais autocongratulatório do que está.

Postou uma foto de Lula na Odebrecht, como se isso fosse revelador. Você encontra foto de toda a elite política na Odebrecht, ou na companhia de seus donos.

Disse que pegou o apelido de Brahma para Lula. Ora, quem não tem apelido?

Vou dar uma informação a ele. Na Editora Abril, seus patrões, os irmãos Marinhos, eram chamados por Roberto Civita de Três Patetas.

Uma vez, na saída de uma reunião do Conselho Editorial da Globo, José Roberto Marinho correu até mim, incomodado, para me perguntar se era verdade que Roberto Civita os chamava de Três Patetas.

Escosteguy é um exemplo da miséria jornalística que tomou as grandes empresas de mídia na louca cavalgada para derrubar o PT.

Você ascende não pelo talento, mas pela disposição em promover um valetudo contra o PT. A competência exigida é apenas esta – o antipetismo incondicional.

A Época conseguiu, por exemplo, publicar uma pesquisa no começo do segundo turno de um certo Instituto Paraná de acordo com a qual Aécio já estava eleito, tamanha a diferença que estabelecera.

Os assinantes minguam, as vendas em bancas minguam. Mas isso não é problema para Escosteguy, assim como o Ibope pavoroso não é problema para Ali Kamel.

Deles não se espera qualidade e nem a audiência que só a qualidade traz.

São pagos para matar.

Se um dia perderem o emprego será por terem fracassado nisso – matar o PT.


Fonte: CONVERSA AFIADA

____________________________

A grande mídia só pensa naquilo – pegar Lula

Por Alberto Dines em 23/06/2015 na edição 856

A 14 ª fase da Operação Lava Jato deveria chamar-se Operação Apocalipse, mas o comando da força-tarefa preferiu a citação latina, mais edificante, Erga Omnes, “contra todos” – perante a lei não há privilégios.

Mas a imprensa – sobretudo a hebdomadária – sempre agarrada à possibilidade de grandes emoções e trepidações, preferiu enxergar na prisão dos presidentes da Odebrecht e Andrade Gutierrez (as duas maiores empreiteiras do país com obras nos quatro cantos do mundo), uma espécie de fim do mundo.

Na capa da Veja a seguinte chamada:

>> “A Queda do Príncipe dos Empreiteiros – A prisão de Marcelo Odebrecht leva a investigação do escândalo da Petrobrás ao patamar mais alto do poder na era Lula”

Na capa da concorrente, Época, o mesmo Marcelo Odebrecht em foto sombria, preto & branco, clima cataclísmico:

>>; “Ele ameaça derrubar a República – A força-tarefa prende Marcelo Odebrecht, uma empresa que explodiu em faturamento na era Lula”

Carta Capital, que fecha às quintas-feiras, evidentemente não conseguiu noticiar uma fato que ocorreu horas depois, na manhã da sexta-feira. Lástima: seria interessante comparar a sua entonação com as dos outros semanários. Certamente seria mais contida, menos histérica, sem aquela aposta de fim dos tempos.

Na apresentação de Veja, a ilusão de que a Polícia Federal está a um passo de prender o ex-presidente Lula. Na de Época, o suposto desafio dos Odebrecht ao governo: “Terão de construir três celas” (uma para o pai e antecessor de Marcelo, Emílio, outra para Lula e a terceira para Dilma).

Sem fôlego

Este é o estado do nosso jornalismo contemporâneo escancarado, sem inibições, por duas das maiores empresas de mídia brasileiras (Grupo Globo e Abril): no lugar de fatos e respectivas implicações, fantasias e inferências. Em vez de evidências e comprovações, conjecturas delirantes. A grande mídia quer porque quer pegar o ex-presidente Lula e não perde uma oportunidade para fomentar a imaginação dos seus leitores.

O governo Dilma não pode estar por trás do cerco da força-tarefa às grandes empreiteiras como as reportagens tentam evidenciar, a não ser que estivesse dominado por um surto suicida. Ao contrário, o governo prefere que as investigações fiquem circunscritas à esfera da Petrobras de modo que as empreiteiras possam continuar operando em outros projetos e obras sem engrossar a crise econômica.


A Operação Lava Jato está em curso há cerca de 460 dias e os nossos jornalistas investigativos ainda não conseguiram perceber que, desta vez, as investigações que contam e produzem resultados são as empreendidas pelo Estado, alheias ao voluntarismo dos grupos de mídia.
A imprensa está a reboque dos eventos, sem fôlego sequer para produzir balanços; e assim ficará, exangue e inapetente, enquanto seus paradigmas e doutrinas continuarem ditados pelas redes sociais.

Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
___________________________________________________________


É alarmante o estágio atual do jornalismo brasileiro.

Um vale tudo escancarado para derrubar Lula e o PT.


Hoje, no jornal O Globo, o colunista Merval afirma , referindo-se ao PT, 'que a vaca está indo para o brejo'.


Talvez pelas enchentes de mentiras produzidas pela velha mídia que estejam alagando os pastos das elites e de parcela da classe média.


De fato, com um high Society cada vez mais decadente tem muito gado indo para o brejo, no entanto , Lula e o PT estão longe desse brejo fantasioso, idealizado, desejado ardentemente, obsessivo.


A perseguição insana contra Lula e o PT pode ser comparada a perseguição que a onça Galileu, da Turma do Pererê, sofre do fazendeiro, que faz de tudo de matar o bicho.


São muitas armações, como colocar um pequeno avião por controle remoto, um drone, para vigiar e  matar Galileu, ou ainda, criar uma grande obra de engenharia e forjar um acidente em que Galileu  morreria soterrado.


Assim como Lula, Galileu é do bem, não anda na contramão, e defende a justiça.


Quanto maior a perseguição, mais bem sucedido Galileu se torna, inclusive com reconhecimento mundial pelo seus feitos e talentos.


Tudo isso que acontece no Brasil em relação ao PT e Lula - só acontece no Brasil, já que no exterior Lula e o PT são referência pelos governos bem sucedidos - tem raízes profundas, já que  um governo de trabalhadores, com um torneiro mecânico na presidência da república, na visão das elites jamais poderia se tornar uma referência para o povo brasileiro.


Seria  algo revolucionário, paradigmático , contrariando o discurso secular das elites de que o povo brasileiro é incompetente, indolente, incapaz de traçar e trilhar os rumos de uma nação.


No entanto, esses 12 anos de governos do PT, foram , de certa forma, de profundas mudanças na vida do povo brasileiro, fato reconhecido  por líderes mundiais e organizações internacionais.


O torneiro mecânico, que hoje acumula  quase três dezenas de títulos Doutor  honoris causa, além de outras dezenas de títulos e comendas, fez e faz história.


Lula, hoje, reclama de que o PT perdeu a utopia, no entanto, isso  foi o preço pago pelo cumprimento da Carta ao Povo Brasileiro, divulgada ainda na campanha em 2002, como compromisso em não se afastar da arquitetura político e econômica mundial.


No entanto, o puxadinho construído por Lula promoveu uma revolução no país.


Para que isso acontecesse, os governos do PT tiveram que fazer o jogo da política enraizada  no país - construída pelas elites que querem acabar com o PT e que tão bem conhecem as práticas e porcentagens - e, talvez por ingenuidade, não esperavam que os maiores corruptos, bandidos e ladrões, iriam  denunciar o PT por crimes que tais ladrões praticam por séculos, em detrimento das necessidades do povo brasileiro.


É o que se observa no momento político do país.


Um bando alucinado, elites ,oposições e velha mídia, como profundos conhecedores , praticantes e beneficiários  do que existe de mais sujo na política brasileira, tentando de todas as formas através do conhecimento profundo dos crimes , incriminar Lula e o PT. 


Como conhecedores, em tudo fazem  para obter provas , mesmo forjadas se for o caso, que justifiquem seus desejos, suas obsessões, suas fantasias.


Imagine, caro leitor, um Ministério da Cultura que tenha políticas e programas voltados apenas para as pessoas do meio cultural, artistas de uma maneira geral .


Imagine, agora, um Ministério da Cultura que tenha políticas e programas  de cultura voltados para todo o povo brasileiro.


Pois bem, no primeiro caso está o Ministério das oposições, das elites e da velha mídia.

No segundo, o Ministério do PT.

Essa mudança de paradigma , tendo ministério da Cultura como metáfora,  foi o que aconteceu e acontece com os anos de governo do PT no tocante ao povo brasileiro e ao país.


E isso, as elites decadentes representadas pela velha mídia e oposições não toleram em hipótese alguma, pois veem o pais como uma propriedade de um pequeno grupo, do qual fazem parte.


Com a chegada do PT ao Poder em 2003, as elites acreditavam que em pouco tempo retirariam o PT do poder.


Tentaram , inicialmente de formas mais dissimuladas, no entanto não conseguiram.


Com a quarta vitória seguida do PT, essa elites firmaram um pacto de basta, chega e de tudo fazem, em um vale tudo escancarado que abandonou quaisquer resquícios daquilo que se entende por jornalismo, com o objetivo de impedir a quinta e provável vitória do PT em 2018, ano da Copa do mundo de Futebol da FIFA na Rússia, que terá transmissão exclusiva da TV Globo, Rússia que é mais um país  dos BRIC´s, também coisa de Lula e do PT.


Nenhum comentário:

Postar um comentário