quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Fascistas em desespero

Alô, bolsonarista: ser comunista não é infração, colocar faixas sim.

Publicado por Mauro Donato
- 27 de setembro de 2018

Comunista, está chegando a sua hora”. Foto: Mauro Donato

Faixas instaladas pela zona sul da cidade estampam em tom ameaçador: “Comunista, está chegando sua hora!”

Acredito ser necessário fazer uma observação aos mentores da ilustre campanha, bem como aos instaladores: Votar em comunista ou mesmo ser adepto do comunismo não é crime. Não é nem mesmo infração. Pendurar faixas é.

O exemplo acima se enquadra em pelo menos dois artigos da lei 14223 (a famosa lei Cidade Limpa) que está em vigor desde janeiro de 2007. Pelo artigo 9 parágrafo IV: “É proibida a instalação de anúncios em postes de iluminação pública ou de rede de telefonia”; E pelo artigo 15 paragrafo único: “Não serão permitidos, nos imóveis edificados, públicos ou privados, a colocação de banners, faixas ou qualquer outro elemento, dentro ou fora do lote, visando chamar a atenção da população para ofertas, produtos ou informações que não aquelas estabelecidas nesta lei”.

E então, prefeito Bruno Covas, vai ficar olhando a lei ser violada? Também está na lei que compete à prefeitura fiscalizar, multar e remover as faixas.

Ninguém ‘assina’ as mensagens anticomunistas. É mais um daqueles casos que quer se passar por ‘sociedade civil’, como uma ‘indignação apartidária’. Sabe a conversa do MBL lá em 2014? Então, isso aí.

Mas o teor nitidamente beligerante e ameaçador oferece motivos de sobra para suspeitarmos de quem esses ‘anônimos’ são simpatizantes.

Para começar, um dado: pelo último Ibope, em São Paulo o coiso vence Haddad por 33 a 12 (diferença de 21 pontos enquanto no quadro geral do país a vantagem é de apenas 6 – e caindo).

O eleitor do inominável está majoritariamente situado entre os mais escolarizados e os mais ricos. Para contratar a confecção e instalação de faixas é preciso dinheiro, ta ok?

O capitão reformado é um franco difusor de desrespeito a todos e a tudo, leis inclusive. Bolsonaro é campeão em denúncias por instalar outdoors irregulares no Paraná, por exemplo.

E o ‘Faça o que eu digo, não faça o que eu faço’ é característica indissociável de seus seguidores, da elite, dos hipócritas de plantão.

A turma que ingere bebidas alcoólicas e depois sai dirigindo, que estaciona sobre a faixa de pedestre, que trafega sobre as faixas de ônibus e ciclovias, que em privado sonega impostos e em público reclama do peso destes. O coiso, admitamos, pelo menos é sincero. Já declarou em frente as câmeras: “Sonego tudo”.

A ética do cidadão de bem que não respeita nada é um espelho dupla-face das infinitas manifestações de desprezo pelas instituições democráticas de direito que o ‘mito’ já concedeu. Se ele diz – e faz – seus seguidores veneram-no.

Parecem ver nele a chance de finalmente poder assumir seus costumes imorais sem a ‘encheção de saco’ da turma dos direitos humanos, dos direitos todos enfim.

Essa turma que aplaudiu quando um PM agrediu uma militante do PSOL que estava panfletando santinhos em uma barca Rio-Niterói, mas que não se recrimina ao utilizar de meios ilícitos para obter e manter suas vantagens. Esse negócio de seguir lei é para a ralé.

É a turma da elite que se diz contra o aborto porque pode pagar clínicas clandestinas (para suas amantes idem) sem se preocupar com o efeito dessa proibição nas classes menos favorecidas. O pessoal que defende a criança nasça, ao mesmo tempo em que prega a redução da maioridade penal.

Uma galera que tem a revista Veja como oráculo, pois compactua com o ‘hábito’ de demitir seus funcionários sem pagar os 40% da multa do FGTS (sim, os donos da Abril, cuja fortuna é avaliada em R$ 10 bilhões pela revista Forbes, não apenas fizeram isso com os 800 funcionários que colocaram no olho da rua como não incluíram as verbas rescisórias no processo de recuperação judicial).

Quem não se lembra dos descamisados amigos de lancha da filha de Roberto Jefferson, questionando “Quem não tem uma ação trabalhista”? Bom, eu não tenho, vale?

A polarização já se encontra em um patamar no qual a frase ‘sua hora vai chegar’ não tem dois sentidos. A probabilidade de caos após as eleições não é devaneio barato e esse tipo de ameaça pendurada em postes não pode ser menosprezada nem ignorada.

Lembremos Marielle Franco para entender do que essa turma é capaz, lembremos do ataque à organizadora do grupo Mulheres Contra Bolsonaro nesta terça-feira, dos relatos de quem vem sofrendo ameaças por postar o #elenão (a cantora Marília Mendonça divulgou no Twitter que sua mãe está sendo atacada).

E revoltemo-nos contra o filho do Bozo, que postou uma foto-recado em seu Instagram, de um homem com um saco plástico na cabeça, ensanguentado e tem a referida hashtag escrita no peito. Dá para brincar com gente assim?

O subtítulo da faixa (‘Não acredite nas pesquisas’) é estímulo para a revolta de uma parcela de abilolados que já desconfia das urnas, que não está aceitando a afirmação da Polícia Federal de que Adélio Bispo tenha agido sozinho.

Uma gente que, entre outras características, concorda com linchamentos, que anseia viver num primitivo estado no qual conflitos entre em cidadãos são resolvidos à bala. E não estamos falando de meia dúzia de pessoas. O coiso escancarou um armário do qual saíram milhões.

São os pais de família que saem com travestis e trans que ameaçam de morte uma delas que sugeriu desmascará-los. São os santos do pau-oco, os patrulheiros dos costumes alheios que não respeitam leis e, portanto, não vão respeitar o resultado das urnas (a não ser que sejam os vencedores).

Mexa-se, prefeito. Mande recolher esse material.

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Certamente a faixa deve ter sido  idéia de um cidadão de bem.
Um alucinado do bem, fascista do bem, criminoso do bem.
Alguém que antevê a derrota, o fim do sonho fascista, a faca como instrumento de cozinha.
Alguém que saiu do esgoto , das entranhas fétidas da sociedade, e que se desespera com o fato de ter que voltar para seu lugar.
O que é do esgoto, deve voltar para o esgoto.

Empate na liderança

Mais uma pesquisa dá empate técnico Bolsonaro/Haddad: 27% a 22%

Por Fernando Brito · 27/09/2018


A pesquisa do Instituto Brasilis, registrada no TSE (BR-00592/2018) e publicada pelo site Infomoney, é mais uma a apontar empate estatístico, dentro da margem de erro de 3,5%, entre o candidato da extrema direita, Jair Bolsonaro, e o da coligação petista, Fernando Haddad.

Mais importante: é mais uma que segue registrando ascensão do candidato petista e outra a mostrar estagnação ou perdas pequenas co ainda líder dos levantamentos.

Com outro dado muito significativo para quem ainda não se convenceu que o 2° turno é favorável a Fernando Haddad: a vantagem chega, nesta pesquisa, a oito pontos, acima mesmo de margem de erro grande, natural num levantamento telefônico com mil eleitores, estratificados por região, sexo e idade.

Vejas o números do 2° turno:



Fonte: TIJOLAÇO
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Mais uma pesquisa, é uma por dia.
Desta vez Haddad aparece tecnicamente empatado com o Coiso.
Haddad está com tendência de subida, enquanto o Coiso
aparece em queda. Em não acontecendo fato que produza um choque no eleitorado, Haddad já está no segundo turno.
Coiso, dependendo das manifestações de sábado, pode sofrer uma queda ainda maior. Sua presença no segundo turno ainda não está garantida.
Considere, ainda, que os três dias que antecedem o pleito, historicamente, produzem arrancadas e novidades.
Bom senso, canja de galinha e algum no bolso, não fazem mal à ninguém.

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Com a Força do Povo


É o povão, estúpidos!
Por Fernando Brito · 19/09/2018


Saíram os recortes da pesquisa Ibope de ontem.

A onda que vem do fundo do povo, por lá, está virando um tsunami.

Em uma semana, entre os eleitores de escolaridade mais baixa – sabe, aqueles que a elite achava que não iam nem saber falar o nome do Haddad – ele passou de 6% para 24% (até a 4ª série do ensino fundamental).


É isso mesmo: quadruplicou, em uma semana, suas intenções de voto. No restante do ciclo (5ª a 8ª séries), pulou de 9% para 23%!

Igual no povão de caixa baixa mas de cabeça erguida: entre os eleitores com renda de até um salário mínimo, passou de 10% para 27% das intenções de voto. E entre os de um a dois, saltou de 8% para 17%.

No Nordeste, diria Lula, é “o espetáculo do crescimento”: Haddad avançou de 13% para 31% em apenas sete dias.

Para um velho brizolista lembra os tempos em que, aqui, sabíamos que iam entrar em cena os votos da Zona Oeste – Campo Grande, Bangu, Santa Cruz…- e iriam varrer o elitismo da Zona Sul.

Há uns dez dias, disse a um bom amigo petista, apavorado com o “será que vai dar tempo?” para a transferência dos votos: confie no povo!

Aí está: passou-se só uma semana desde que Haddad pôde se formalizar como o candidato do Lula e temos um dos mais fantásticos processos de transferência de votos já vividos no Brasil.

A sabedoria do povão não vem das “tretas” da classe média e das elites com seus sempre complicados raciocínios. Nem dos espertalhões que, pela mídia, acham que vão torna-lo um dócil rebanho.

Vem da vida, das experiências, de saber que são os seus e que são os “deles”.

Viva o povo brasileiro!

Fonte: TIJOLAÇO
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segunda-feira, 9 de julho de 2018

Moro, o Napoleão do hospício golpista e a democracia de várzea

domingo, 8 de julho de 2018

Moro, o Napoleão do hospício




Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

É de Alexandre Vasilenskas, sagaz militante do PCB, a melhor definição para o mal que acomete Sérgio Moro: síndrome de Napoleão de hospício.

Moro cometeu mais um grave crime hoje ao impedir que fosse cumprida a ordem de soltura de Lula, expedida pelo desembargador Rogério Fraveto.

Como sabe que terá a proteção da Globo e demais integrantes da máfia midiática, Moro não coloca freio algum nos seus delírios de grandeza e, tal qual um Napoleão de hospício, age como o imperador que não tem competência legal para ser.

O louco é que, para milhões de brasileiros, o homem que está preso sem provas é o bandido, enquanto o juiz que age fora da lei é o herói. Eis o nível de distorção da realidade proporcionado pela concentração dos meios de comunicação nas mãos de algumas famílias ricas e conservadoras. Na verdade é mais que uma distorção, é a completa inversão da realidade.

De qualquer forma, o dia de hoje é mais um que vai entrar para a história desse período bizarro pelo qual passamos.

Moro acabou ganhando a contenda com a entrada em campo do desembargador João Gebran Neto, relator do processo que saiu das suas férias para salvar a narrativa global/lavajateira, ordenando a manutenção da prisão de Lula.

O preço a pagar, entretanto, foi alto: a nova travessura do nosso Napoleão deslumbrado é mais um furo monumental no enredo de ficção montado para dar ares de legalidade a essa perseguição insana ao político mais popular do país e ao seu partido.

A credibilidade do golpe derrete como um queijo no microondas.

Fonte: Blog do Miro
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Moro, o Napoleão do hospício golpista, mordeu a isca.

Alucinado, comportando-se como proprietário de Lula, revelou que o objetivo é manter Lula preso até que aconteça a eleição.

Na esteira da dissonância do Juiz, também caminharam outros magistrados não menos alucinados e, claro, o histerismo do Grupo Globo ditando normas e regras para manter Lula preso.

Tudo isso, e não foi pouco, aconteceu em um domingo, dia dos mais deploráveis nas grades de programação das emissoras de TV.

O PT foi competente e expôs toda a farsa da condenação de Lula, obrigando os aliados do golpe à irracionalidade escancarada para manter Lula na prisão.

O verde amarelo do golpe levou mais um gol, foi ao chão, reclamou, gritou e ainda invadiu o campo, arma em punho, para evitar a vitória da Democracia.

Arnaldo aprovou.

Democracia de várzea.

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Operação Condor de Toga

Juízes substituíram militares na nova onda de dominação na América Latina

POR FERNANDO BRITO · 03/07/2018



A ordem de prisão contra o ex-presidente Rafael Correa, do Equador, é o novo capítulo das farsas judiciais que são uma versão “reciclada” da onda de golpes militares com que, nos anos 60 e 70, a direita conseguiu reempalmar o poder numa América Latina que já não podia ser contida por governos oligárquicos.

O motivo, claro, oscila entre o fantástico e o pueril. Seria uma ordem de “sequestro” dada por Correa contra um opositor, apontado como “mentor intelectual” de uma rocambolesca tentativa (frustrada) de um equatoriano que fazia parte do círculo do ex-presidente colombiano – e arqui-inimigo de Correa – Álvaro Uribe.

Evidente que não tem lógica pensar que um presidente com prestígio político para reeleger-se, vencer plebiscitos e eleger seu sucessor – embora este já se tenha bandeado de lado – iria meter-se numa aventura com áreas de pastelão policial.

Como é absurdo que Correa, tendo se apresentado no consulado equatoriano na Bélgica, onde está, para cumprir a ordem judicial de apresentar-se às autoridades, ser considerado “foragido” e ter a prisão pedida à Interpol.

Mas tem toda a lógica observar como o Poder Judiciário, em toda América do Sul, está sendo transformado no instrumento de destruição das lideranças que, eleitas, se forjaram como ferramentas de afirmação de suas nações.

Exatamente, como foram há 40 anos, as ditaduras militares no continente.

Cristina Kirchner, Lula, agora Correa, não são enfrentados na política e nas urnas, mas no juízo dos tribunais, habitados pela mesma elite que jamais se conformou com a inclusão das massas na existência nacional.

No nosso caso, em aceitar que o Brasil tem 210 milhões de habitantes, não 50 ou 60 milhões que “existem”.

Alguém, no Facebook, falou em “Plano Condor 2.0” referindo-se às ações militares e policiais para exterminar as lideranças progressistas da América Latina, e não sem razão.

Afinal, porém, só conseguirão, como aquelas, retardar o tempo, jamais fazê-lo parar ou retroceder.

Fonte: TIJOLAÇO
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Voltamos

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O PAPIRO voltou. 
Depois de três longos meses ausente, devido a obras em suas instalações, voltamos.
Poesia, humor , militância política, arte e cultura.
Nesses tempos sombrios em que o mundo mergulha em um retrocesso, o Brasil se destaca e mergulha ainda mais fundo. 
Com a copa do mundo distraindo uma distraída população, o Brasil está sendo vendido, entregue, esfacelado. 
Nuestra America retorna ao seu status de quintal dos EUA, com uma nova roupagem da sinistra Operação Condor, dos anos da década de 1960 e 1970.  A diferença , agora, é que não temos tropas nas ruas, mas os golpes de estado voltaram sobre a rubrica  de uma suposta justiça. Um Judiciário acima das leis, do bem e do mal, que tem por objetivo encarcerar as principais lideranças de esquerda e de centro esquerda da América do Sul. 
A Democracia do mundo próspero e civilizado, como fazem questão de repetir os arautos do neoliberalismo, não permite o contraditório, não permite ideias e ideologias diferentes. 
Vivemos a pior de todas as ditaduras, dissimulada, cínica, com amplo apoio dos grandes meios de comunicação. 
No entanto, ainda que de maneira tardia, a população lentamente vai tomando consciência da realidade. 
Depois da copa.

sexta-feira, 13 de abril de 2018

A roda da História

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A história sempre se repete, de 30 em 30 anos, um pouco mais , um pouco menos. Em 1960 Janio Quadros foi eleito presidente, renunciou em 1961, com oito meses de governo. Uma grande articulação das elites retrógradas do país tentou impedir que o vice João Goulart assumisse. Em 1989, primeira eleição para presidente depois daquela de 1960, uma articulação das mesmas elites do atraso, impediu que Lula vencesse o pleito. O presidente eleito, Fernando Collor, sofreu impeachment com pouco mais de dois anos de governo. Em 2018, este ano, as mesmas elites anti povo prenderam Lula, candidato favorito para vencer as eleições. Como ocorreu em outros anos, as ações das elites desembocam em mudanças, rupturas. Que mudanças virão? Uma incógnita. No entanto, o campo popular e progressista tem o dever de não esperar o resultado e assumir o controle, direção e acionamento da roda da História.