sábado, 7 de janeiro de 2017

A Decapitação é política de governo

Agressor de mulheres, “adorador da chacina” estaria lá dentro, se houvesse Justiça
POR FERNANDO BRITO · 06/01/2017


Depois do espancador de professores Fernando Francischini, do Paraná, a vez da mediocridade passa para um cidadão de nome Bruno Moreira Santos, mais conhecido como Bruno Júlio, Secretário Nacional de Juventude do Governo Temer.

Segundo Ilimar Franco, em O Globo, ele comemorou a decapitação de seres humanos em Roraima e Manaus.

“Tinha era que matar mais. Tinha que fazer uma chacina por semana.”

Bruno, que é filho do polêmico Cabo Júlio, do PMDB mineiro – é o seu currículo – não deve ter espelho em casa.

Ele foi denunciado em abril deste ano, na 1ª Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher, em Belo Horizonte pela companheira, a quem “puxou pelo cabelo e deu tapas em seu rosto”.

Mas não foi só isso, segundo o G1:

Em outro caso, registrado como lesão corporal, Bruno Santos é suspeito de agredir com socos, tapas, chutes e puxões de cabelo a mulher com quem tinha uma união estável em março de 2014. Na época, ela ainda relatou à polícia que foi ameaçada com uma faca porque o então companheiro não aceitava o fim do relacionamento.

Uma vez, vá lá que seja armação, mas duas? E três, então?

Em novembro de 2015, o secretário foi acusado de assédio sexual por uma funcionária. Na denúncia, a mulher contou que era ameaçada de demissão caso não saísse com ele. A vítima disse à polícia que era perturbada e constrangida pelo patrão com elogios e convites para acompanhá-lo em viagens. Segundo a polícia, ela entregou à delegada mensagens das ameaças enviadas por celular pelo secretário.

Cuidado, secretário. Quem acha que nada é razão para chacinar alguém o defenderia, se o senhor tivesse ido parar lá dentro por estas acusações.

Aqui, ninguém gostaria de vê-lo decapitado.

Já gente como o senhor acha que “tinha de fazer uma chacina por semana” e, aí, logo chegaria a sua vez.

Fonte: TIJOLAÇO
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O faxinismo em alta na sociedade brasileira: diferentes versões


Fonte: CARTA MAIOR
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Pelo que já tem sido noticiado, o garotão valentão aí da foto junto com o golpista já foi demitido do cargo. O presidente em exercício de presidência não gostou das declarações do garotão, e passou o facão no adorador de chacinas. O demitido, ou decapitado do cargo, ocupava a chefia da Secretaria para Assuntos da Juventude, com status de ministério. Perceba, caro leitor,que uma coisa dessas era responsável por formular e aplicar políticas para os jovens.

Será que o presidente em exercício da presidência não conhecia o garotão quando o indicou para o cargo, é a pergunta que se faz.

Claro que conhecia, assim como compartilha de suas ideias e das ideias dos demais membros de sua equipe de governo.

O que assusta, assim como as várias cabeças que ficaram separadas dos corpos no Amazonas e em Roraima, é o que existe nas cabeças governamentais separadas de um mínimo de civilidade.

A decapitação está presente no governo do golpe, e é política de governo principalmente para os jovens, ou seja literalmente como incentivo de práticas de violência física ou metaforicamente como genocídio do futuro dessa parcela da população.

Je suis Cedric

Fazendeiro em julgamento defende contrabando de migrantes: "sou um cidadão francês"

O réu, Cédric Herrou, 37, um fazendeiro de azeitonas, não negou que por meses permitiu a passagem de dezenas de migrantes pelas remotas montanhas do vale.

ADAM NOSSITER, NY TIMES


NICE, França — Às vezes era difícil dizer quem estava em julgamento, o contrabandista ou o estado.

O réu, Cédric Herrou, 37, um fazendeiro de azeitonas, não negou que por meses permitiu a passagem de dezenas de migrantes pelas remotas montanhas do vale onde vive. Ele faria de novo, sugeriu.

Ao invés, quando perguntado por um juíz, “porque você faz isso tudo?” Herrou virou a mesa e questionou a humanidade da prática francesa de “caçar” e devolver africanos que chegam ilegalmente da Itália em busca de trabalho e uma vida melhor. Era “indigno”, ele disse.

“Têm pessoas morrendo do outro lado da estrada”, respondeu Herrou. “Não é direito. Têm crianças que não estão seguras. É de se enfurecer ver crianças, às 2 da manhã, completamente desidratadas.”

“Sou um cidadão francês”, Herrou declarou.

O julgamento, que começou na quarta-feira, não é qualquer um. Tem tido cobertura significante da mídia francesa por seu rico simbolismo e pelo modo que resume a ambigüidade da política francesa sobre o fluxo de migrantes na Europa e o dilema que eles representam.

A França, dentre as nações européias, se orgulha de seu humanitarismo esclarecido, fraternidade e solidariedade. E ainda assim, está lutando para reconciliar esses valores com as realidades de um mundo menor e mais globalizado, incluindo o medo do terrorismo.

As contradições estão sendo reveladas em tribunais, na política e em fazendas, nos calçadões de Paris e em estações de trens da Cote d’Azur até o porto de Calais, onde o governo demoliu um enorme campo de migrantes no outono.

Por um lado, políticos na eleição presidencial desse ano estão competindo para ver quem pega a estrada mais dura em relação à segurança das fronteiras do país. A maioria está prometendo uma repressão aos migrantes, com admissão reservada para casos específicos de perseguição política. Os ataques terroristas, incluindo o do último verão em Nice que matou 85 pessoas, exacerbaram o sentimento anti-migrante.

Mas nessas remotas montanhas dos vales, onde judeus fugindo dos nazistas e dos colaboradores de Vichy acharam refúgio durante a 2a Guerra Mundial, Herrou se tornou um herói por liderar um tipo de linha de trem subterrânea para contrabandear migrantes para o norte, muitos com destino à Inglaterra ou Alemanha. Seu trabalho rendeu admiração por sua resistência ao estado e por sua posição de solidariedade ao próximo.

Outros na região parecem concordar. Na praça do lado de fora do tribunal, centenas de simpatizantes se juntaram e gritavam, “somos todos filhos de imigrantes!”

Herrou recebeu uma recepção de herói enquanto descia as escadas acompanhado pelas câmeras de televisão.

Dentro, nem mesmo o promotor, Jean-Michel Prêtre, parecia querer o homem lá e chamou sua causa de “nobre”. Ele pediu por uma sentença de oito meses, mas rapidamente reafirmou que a mesma deveria ser suspensa, “é claro”.

Ainda assim, lei é lei.

“Ele demonstrou uma intenção manifesta de violar a lei”, disse Prêtre ao tribunal. “Podem criticar, mas a lei deve ser aplicada.”

O veredito, que será decidido por um painel de três juízes que ouviram o caso essa semana – não houve banca de jurados – está agendado para ser anunciado dia 10 de fevereiro.

A apelação por leniência foi tanto um reconhecimento de desconforto amplo com a lei, quanto um reconhecimento do crescimento do status de Herrou na região de Nice e no interior montanhoso, em Roya Valley.

Herrou foi eleito “Azuréen do Ano” (cidadão de Cote d’Azur do ano) mês passado pelos leitores do principal jornal local, Nice-Matin, para a fúria dos oficiais regionais.

“Sou Cédric”, lia uma das placas na multidão. “Vida longa ao justiceiro de Roya”, lia outra.

O tribunal, na quarta-feira, estava lotado de pessoas da montanha – os homens de barba e rabo de cavalo e as mulheres de roupas de pano – que vieram apoiar Herrou e que estavam convencidas de que a justiça está ao seu lado.

A noção de que Herrou está tentando sustentar o que ele vê como valores franceses básicos, ao invés de que está infringindo a lei, é a razão principal pela qual ele goza de um apoio popular considerável. O argumento formou a essência da estratégia de defesa de seu advogado.

Lembrem-se da última palavra do slogan da República Francesa, “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”, disse seu advogado Zia Oloumi, ao tribunal.

“Eles dizem que Herrou é uma ameaça à República”, disse Oloumi aos juízes. “Ao contrário, eu creio que ele está defendendo seus valores”.

“Sabe, temos esse valor, fraternidade, e o dicionário é bem claro quanto à isso”, disse Oloumi. “Pensem sobre o impacto da sua decisão na aplicação prática da ideia de fraternidade”.

Herrou não estava provando nenhum ponto político, insistiu Oloumi. Estava meramente respondendo a uma crise humanitária em seu próprio quintal; o Roya Valley se tornou uma via alternativa para os migrantes.

Os juízes não responderam. Mas a leveza da sentença pedida por Prêtre sugeriu que os conceitos invocados por Oloumi surtiram efeito.

Os acusadores de Herrou pareciam surpreendidos por sua teimosia. Nem todos os migrantes pegos por Herrou estavam na beira da estrada. Ele encontrava muitos em campos de migrantes ao longo da fronteira da Itália em Ventimiglia, procurando especialmente por mulheres e crianças.

A juíza presidente, Laurie Duca, o lembrou que havia sido preso em agosto, perto de sua casa em Breil-sur-Roya, com uma van cheia de migrantes.

Na época, o promotor o soltou, sugerindo que as motivações humanitárias de Herrou o absolveram. Essa primeira detenção foi apenas um aviso.

“Depois de agosto, você disse saber que isso é ilegal”, apontou a juíza no tribunal. Herrou persistiu, descrevendo seu trabalho de contrabando de migrantes aos jornalistas no outono passado e até mesmo ocupando um campo de verão da ferrovia do estado em desuso quando sua própria residência ficou sobrecarregada.

Nesse ponto, no meio de outubro, as autoridades decidiram que já estavam cansadas dele. “Você estava lá, e era extremamente ativo”, disse a juíza. “Porque tanta mídia?”

Herrou respondeu, “é direito que a sociedade saiba de tudo isso”.

A juíza e o promotor sugeriram que dessa vez Herrou não ganharia o passe humanitário que já o havia beneficiado. O establishment político local está furioso com ele.

“No momento exato em que precisamos de controles mais rígidos, as ações ideológicas e premeditadas de Herrou são um grande risco”, escreveu Eric Ciotti, liderança de direita no Parlamento, no Nice-Matin.

Prêtre, o promotor, sugeriu que a persistência e a abertura de Herrou foram sua anulação.

“Herrou reconhece tudo”, Prêtre disse, surpreso. “Esse julgamento deriva de uma estrtatégia de comunicação por uma causa que eu respeito totalmente”.

E ainda assim, “isso foi o que ele disse à policia. Ele disse, “estou violando a lei”. Mas eu sou o promotor, preciso defender a lei”

Fonte: CARTA MAIOR
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Je suis Cedric











Certa vez em um tempo, não muito distante dos dias atuais, um homem que mantinha um blog de opinião passou a ser violentamente perseguido pela grande mídia e por parcela da sociedade do país em que vivia. Escrevia sobre política e sobre os costumes da sociedade. Seu blog ganhou visibilidade e consequentemente grande audiência, o que chamou a atenção dos grandes meios de comunicação. A imprensa, aliás, era um de seus assuntos prediletos nas suas crônicas. Com audiência em curva ascendente a grande mídia passou a persegui-lo e assim uma grande batalha de opiniões tomou conta da opinião pública. Foram anos de bate e rebate nos textos e em outras linguagens. Sendo incapaz de derrotar o homem no campo das ideias, a grande mídia resolveu apelar ainda mais e passou acusar o homem com um infinidade de crimes, todos inexistentes e fruto de frustrações por não conseguir derrotá-lo. No entanto, se apropriando de expressões usadas pelo homem em alguns de seus textos , um veículo de mídia conseguiu processá-lo levando-o aos tribunais com a acusação de ataque a honra e a credibilidade daquele veículo.Como durante os anos os ataques foram mútuos e a grande mídia ainda cometeu crimes como invasão do computador e interdição da correspondência daquele homem, dentre outros crimes não menos graves, o julgamento ganhou outros variáveis em seu contorno. Existia uma grande expectativa na sociedade se o homem seria condenado. O país praticamente parou e as apostas dispararam. Durante os dois dias de julgamento uma grande equipe de advogados da grande mídia não poupava o homem, que se defendia sozinho, sem advogados.
Ao final, a tão esperada sentença. O juiz condenou o homem por ataque a honra e a credibilidade daquele veículo de mídia, no entanto não seria detido mas deveria pagar uma multa de R$ 1,00 ( um real) pela honra da empresa.

A história acima retrata mais ou menos o que acontece com o fazendeiro francês que movido pelos mais nobres sentimentos de igualdade, liberdade e fraternidade, ignorou as leis do país e ganhou o apoio da opinião pública francesa, constrangendo, inclusive, parcela do judiciário daquele país.

O comportamento de Cedric é inspirador para todo o mundo, pois trata-se de um ato de desobediência civil muito bem elaborado e que tem tocado as pessoas em diferentes países, mesmo com a pouca divulgação que a grande mídia - a mesma que recebeu R$1,00 de indenização por ter sua honra ofendida - tem dado ao caso.

Atos semelhantes tem acontecido em outros países, como o grupo de pessoas em Londres que resolveu levar moradores de rua para passar o dia de Natal em residências. Em São Paulo, enquanto o ridículo se veste de gari com apoio de midiáticos que tem medo do Lula, grupos de ciclistas distribuem livros para moradores de rua.

Há algo de novo no ar que começa, ainda que timidamente, a tocar as pessoas quanto ao fracasso do modelo econômico do mundo globalizado e que começa a atingir um estágio com ações afirmativas.
 
Que Cedric seja a inspiração para outras tantas ações de desobediência civil pelo mundo, se necessário for

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

É muita desonestidade. Ou seria acidente ?

Nova chacina mata 33 em prisão de Roraima. Novo “acidente”, Temer?

POR FERNANDO BRITO · 06/01/2017


Deu na Folha, agorinha:

A Seju (Secretaria de Justiça e Cidadania) de Roraima confirmou nesta sexta-feira (6) a morte de 33 detentos na Pamc (Penitenciária Agrícola de Monte Cristo), na zona rural de Boa Vista.

De acordo com a secretaria, a ação aconteceu por volta das 2h30, quando um grupo de apenados deixou as celas e iniciou a chacina.

A pasta informou que equipes do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e da Polícia Militar (PM) estão na unidade e que os presos já foram recolocados em suas celas.

Em outubro já tinha acontecido, na mesma penitenciária, outro motim, que acabou com dez mortos.

E agora, qual foi a “falta de aviso”. Qual foi o “acidente”? O que faltou para ter implantado um esquema rígido de segurança ao menos na Região Norte, onde parece estar concentrada a luta entre facções de presidiários.

Era o mínimo a fazer.

Mas Michel Temer preferiu ir ao dicionário para arranjar desculpas à asneira que disse.

Fonte: TIJOLAÇO
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Lobistas do massacre de Manaus tiveram financiamento de campanha e estão todos impunes; presos compravam regalias; veja
06 de janeiro de 2017 às 12h07


LOBISTAS DO MASSACRE

por Leandro Fortes, no Facebook

A Umanizzare Gestão Prisional Privada, empresa responsável pelo presídio privado onde ocorreu o recente massacre de presos, em Manaus, mantém um lobista de plantão no Congresso Nacional: o deputado Silas Câmara, do PSD do Amazonas.

Em 2014, ela doou 200 mil reais para a campanha a deputado federal de Silas.

Expoente da chamada “bancada da bala”, Silas foi um dos 43 parlamentares responsáveis, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, pela aprovação da admissibilidade da PEC 171/1993 — que prevê a redução da maioridade penal para 16 anos.

Ou seja, o nobre parlamentar trabalha para garantir carne fresca para os presídios privados da Umanizzare — ao todo, seis, no Amazonas, e dois, em Tocantins.

Também em 2014, a esposa de Silas, a bispa da Assembleia de Deus Antônia Lúcia Câmara (PSC-AC), candidata a deputada federal, recebeu 400 mil reais da Umanizzare.

No mesmo ano, a filha do casal, Gabriela Ramos Câmara (PTC-AC), então candidata a deputada estadual, recebeu 150 mil reais.

Então, apenas com a família Câmara, a Umanizzare investiu nada menos que 750 mil reais!

Detalhe: ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Silas Câmara a 8 ANOS DE PRISÃO por uso de documento falso e falsidade ideológica. Ele só não está em cana porque o crime prescreveu antes da condenação.

A bispa Antônia Lucia, mulher de Silas, eleita deputada federal em 2010, foi CASSADA, em 2011, também por falsidade ideológica, formação de caixa dois e compra de votos, no Acre.

Ela é do mesmo partido de Marco Feliciano e Jair Messias Bolsonaro.

É esse o nível dos políticos que estão por trás dos interesses do bilionário negócio de presídios privados, no Brasil.

E estão todos com as mãos sujas de sangue, impunemente, pelo menos até agora.

PS do Viomundo: A Umanizzare leva cerca de R$ 5.700,00 mensais por preso mantido no Compaj, o regime fechado de Manaus, que tinha três vezes mais detentos do que a capacidade. A empresa diz que não era responsável pela vigilância ou pela segurança, ou seja, a ela interessava ter a cadeia superlotada por motivos financeiros. O contrato foi fechado por 27 anos, mas pode ser esticado até 35! Mas, e o pessoal do Estado, supostamente responsável pela segurança? Ah, sim, representantes do Estado no complexo penitenciário faturam cobrando “facilidades” de todo tipo. Segundo agentes penitenciários, do acesso de aparelhos de ginástica e camas especiais a regalias como sex on demand e armas.

Fonte: VIOMUNDO
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Se a Família do Norte compra juízes e desembargadores a R$ 200 mil por prisão domiciliar, o que dizer das empreiteiras e corporações, hein STF?


Alexandre de Moraes: Vamos implantar até o final de 2017 rádio digital nas fronteiras para ter combate mais efetivo ao narcotráfico

O colapso carcerário é a face explícita da barbárie quando o Estado se omite ou se desobriga de suas atribuições, como prevê a PEC por 20 anos



Informações preliminares de Roraima que as vítimas tiveram o coração arrancado, foram decapitadas e que os mortos teriam ligação com PCC

Mais 30,Temer. E o único plano efetivo do golpe para os próximos 20 anos é arrochar o orçamento público para não taxar a riqueza da plutocracia



Mais um acidente?

Enquanto a prática da degola sacode o sistema carcerário do país, o ministro Alexandre Moraes tem como meta acabar com a maconha na América Latina



Fonte: CARTA MAIOR
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Acometido de uma insônia que insiste em se instalar já por alguns dias, resolvi ouvir, na rádio Nacional, o programa de Adelzon Alves que vai até as três horas da madrugada. O programa é um oásis de qualidade na programação das emissoras de rádio do Rio de Janeiro, inclusive da própria rádio Nacional e de outras emissoras públicas, já que as emissoras privadas são o lixo do lixo em termos de conteúdos.

No referido programa, além de uma programação musical de primeira, Adelzon apresenta as principais notícias dos jornais.

Uma das notícias, que não tenho certeza se foi do Jornal Folha de SP, dizia sobre a desonestidade das esquerdas ao avaliarem o horror na penitenciária de Manaus. Ainda segundo o Jornal, as esquerdas colocaram o foco na precariedade do sistema penitenciário e no governo Temer, omitindo, propositalmente, segundo o jornal, o alto índice de homicídios, talvez o maior do Brasil, do Estado do Amazonas.


Hoje, surge a informação de uma rebelião em uma penitenciária agrícola de Roraima, com 33 mortos. Seria Roraima o segundo maior estado com índice do homicídios do país ? Mais uma vez as esquerdas estariam sendo desonestas com seus leitores ?

Ou ainda, segundo o governo do golpe seria mais um acidente ?


Enquanto a velha mídia e o governo do golpe usam e abusam da desonestidade para enganar e omitir informações de seus leitores e da população, a realidade se faz presente e puxa o tapete de todos os desonestos.


Se isso não bastasse, o ministro da justiça desfila com sua pavonice pelo país dando declarações de efeito sobre medidas governamentais que uma vez implementadas irão acabar com a entrada de drogas no país. Ora, isso é uma piada, Só existe uma maneira de nosso pavão da justiça acabar com a entrada de drogas no país. Essa maneira seria um acordo como narcotráfico internacional para produzir as drogas em território brasileiro.

Enquanto a desonestidade, a desinformação, o marqueting, a pavonice rolam soltas pelo país, a culpa por tudo isso é das esquerdas. Conta outra, mas conta uma mais leve e lúdica para ver se pego no sono.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Reducionismo atrasado

Já constatado por Da Vinci, cientistas descobrem 'novo' órgão

O mesentério era considerado uma ligação do aparelho digestivo

Leonardo da Vinci estava certo este tempo todo. No início do século 16, o artista, inventor e cientista italiano afirmou que o que ligava o abdômen ao intestino era um órgão, o mesentério. Agora, séculos depois da descoberta do gênio, cientistas comprovaram a teoria e classificaram um "novo" órgão no corpo humano.

O mesentério foi considerado um órgão até 1885 quando o médico Sir Frederick Treves mostrou estudos que afirmavam que o tecido era apenas um ligamento do aparelho digestivo, já que ele parecia ser fragmentado. No entanto, a classificação dessa parte do corpo foi mudada mais uma vez neste ano graças às pesquisas conduzidas pelo pesquisador da University Hospital Limerick, na Irlanda, J.

Calvin Coffeey.

Já constatado por Da Vinci, cientistas descobrem 'novo' órgão

A reclassificação foi publicada por meio de um artigo na renomada revista científica "The Lancet Gastroenterology & Hepatology" por Coffey e por outro pesquisador, Peter O'Leary.

Nele, os dois cientistas afirmam que "a descrição anatômica de 100 anos atrás era incorreta. Este órgão está longe de ser fragmentado; é uma estrutura simples, contínua e única".

O mesentério é uma dobra dupla do revestimento da cavidade abdominal, o peritônio, que faz a ligação entre a parede do abdômen e o intestino, permitindo que essa parte do aparelho digestivo se mantenha no lugar.

"Sem o mesentério, para manter o intestino conectado, ele seria 'colado' diretamente na parede do corpo. É improvável que o intestino poderia contrair e relaxar em todo o seu comprimento se [ele e a parede] estivessem diretamente em contato", disse Coffey.

O mesentério, então, "mantém o intestino em uma configuração particular, 'engatado', para que quando nós nos levantamos ou andamos ele não colapse na nossa pélvis e não funcione", explicou o pesquisador. Além de proporcionar sustentação e de ser uma ligação entre a parte superior e inferior do corpo, o "novo" órgão também permite que as vísceras sejam bem irrigadas pela corrente sanguínea.

No entanto, as funções exatas do mesentério ou outras que ainda não foram descobertas, ainda serão objeto de muito estudo pelos cientistas. E as pesquisas que serão feitas a respeito poderão ajudar não apenas a conhecer mais o órgão como também descobrir que doenças o afetam.

Sobre isso, com os estudos sobre o mesentério também será possível entender o funcionamento de doenças em todo o sistema digestivo e repensar os tratamentos atuais que são dados a elas.

Será possível, por exemplo, encontrar técnicas cirúrgicas menos intrusivas e perigosas que resultarão em uma recuperação mais rápida e saudável de um paciente. (ANSA)

Fonte: JORNAL DO BRASIL
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Mais uma parte, um órgão, do corpo humano é "descoberta".
Apesar do conhecimento de todas as partes os cientistas ainda não compreendem o corpo como um todo.
Por uma razão simples; o todo é bem maior que a soma de todas as partes, e não pode ser compreendido apenas somando as partes.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Racistas

Racismo de Alexandre Garcia na Globo gera críticas na internet

04/01/2017 Redação


Alexandre Garcia recebe enxurrada de críticas após comentário racista exibido em telejornal da Globo.

No Pragmatismo Político

Professores e alunos repudiam comentário racista exibido na Globo

Comunidade acadêmica e alunos e professores de escola pública repudiam comentário racista de Alexandre Garcia, exibido na Globo-DF. Jornalista afirmou que os cotistas que entram na Universidade de Brasília (UnB) não possuem méritos e estão lá por "pistolão", muito embora estudos comprovem que os cotistas vêm tendo desempenho melhor do que os não cotistas.

Um comentário do jornalista Alexandre Garcia, ex-porta-voz da ditadura militar, num noticiário local da Globo em Brasília provocou imensa revolta entre alunos e professores da rede pública, bem como na comunidade acadêmica.
Garcia afirmou que os alunos cotistas da Universidade de Brasília entrariam pelas costas na universidade pública, sem ter, na sua avaliação, mérito para estudar nas instituições federais de ensino superior. Estariam lá por “pistolão”, segundo disse o jornalista.

No entanto, diversos estudos do Ministério da Educação já comprovam que os alunos cotistas vêm tendo desempenho acadêmico superior ao de não-cotistas.

“Temos que pensar na qualidade do ensino. Aqui no Brasil ele é todo assim por pistolão, empurrãozinho, ajuda. A tradução disso é cota. Aí põe lá um monte de gente… só 67%, você viu aí, passaram por mérito. Estão aprendendo como é a vida, a concorrência, sem nenhuma humilhação de receber empurrãozinho. O mérito é a base”, disse o jornalista.

No passado, Garcia já havia causado polêmica, ao dizer que o Brasil não era racista até inventarem a Lei de Cotas (relembre aqui). Ele seguia o raciocínio de Ali Kamel, diretor de jornalismo da Globo, que escreveu o livro “Não somos racistas”, para tentar evitar que o Brasil adotasse políticas de ação afirmativa, que existem nos Estados Unidos há mais de 50 anos.

Pela tese de Garcia, atrizes da própria Globo, como Thais Araújo e Sheron Menezzes, só sofreram ataques racistas recentemente porque “inventaram” a Lei de Cotas.

O comentário de Garcia provocou indignação e revolta na professora Flávia Helen, que atua na rede pública do Distrito Federal e prepara alunos para o vestibular.

Fonte: O CAFEZINHO
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Alexandre Garcia, de alguma forma, sempre em suas intervenções representa o pensamento e os valores do Grupo Globo. No passado, Garcia foi porta voz do último governo da ditadura militar do General Figueiredo. Ainda, por questões estéticas e de cunho sexual e pessoal, posou nu para uma revista gay.

Agora, o machão da Globo destila racismo e preconceito em um telejornal. Dizendo que a meritocracia é o caminho perfeito e justo para conquistar vagas nas universidades, Garcia esconde a realidade racista do país. Se um preto e um branco tem a mesma avaliação em um processo seletivo de empresas privadas, a vaga, na imensa maioria das vezes ficará com o branco. Se for uma mulher negra a melhor avaliada, a vaga ficará com o homem branco melhor colocado logo abaixo. Se forem duas mulheres, uma negra a e uma branca, a vaga ficará com a branca. Essa é a realidade do país, e em nada a meritocracia é respeitada. 
O sistema de cotas implantado por Lula está inserido no processo de ações afirmativas, permitindo a setores da sociedade historicamente marginalizados e desprovidos de oportunidades, a possibilidade de desfrutar dos mesmos direitos. Além disso, o sistema de cotas tem caráter civilizatório, e uma vez perdurando promoverá a justiça social , a democratização e a deselitização do acesso as universidades públicas e da prática profissional. Profissões como médicos, por exemplo, tem seus profissionais oriundos de classe média e classe alta basicamente todos brancos. Com as cotas, pobres, negros e índios podem estudar e o resultado tem sido excelente, com esses grupos se destacando em desempenho. Esse destaque é o verdadeiro mérito, que setores racistas das elites e da classe média, onde se situam Garcia e Globo, querem eliminar.

A defesa da meritocracia por Garcia é racismo enrustido.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Governo Vômito

Propaganda do governo vira antigoverno, porque não fala o óbvio

POR FERNANDO BRITO · 03/01/2017




Anuncia Lauro Jardim que o Planalto abriu licitação para a escolha de agências de publicidade que se dedicarão à inglória tarefa de cuidar da imagem de um governo em ruínas.

Segundo a nota de O Globo, o tema proposto às agências é a crise, a recessão, a retomada da economia? Não…São os, acredite, Direitos Humanos, a proteção a LGBT, idosos e crianças e a pregação da igualdade racial e de gênero.

Embora estes temas sejam apenas para que se realize o exercício de comunicação, não necessariamente para serem as campanhas “para valer” é mais um curiosidade do Governo Temer: desagradar quem o apoia e ser debochado por quem o detesta.

Afinal este é um governo de homens, de brancos, conservador e, de quebra, ainda está propondo tesourar a aposentadoria rural, os benefícios a idosos e a crianças com deficiência e outras maldades contidas na reforma da Previdência.

Num momento de crise, o discurso correto para a comunicação seria o da austeridade, da busca de alternativas para crescer, da restauração da confiança.

Mas quando se perde o foco, a comunicação “despinguela” também e fica querendo ser o que é só uma microscópica parte dela: uma ideia supostamente genial.

Propaganda “vende” desejo e benefício, não originalidade. Do contrário, cai no ridículo.

Postei lá em cima dois dos “memes” de Facebook que, desde ontem, circulam nas redes sobre a campanha do Ministério dos Transportes com o tema “gente boa também mata”, em tese para mostrar que o uso de celular ao volante é perigosíssimo.

Lógico que todo mundo que se acha “gente boa” sentiu-se agredido.

E mais lógico ainda que o “gente boa” tinha de se virar contra Michel Temer.

Como tenho dito aqui, o problema da publicidade do Governo Michel Temer é que ela se volta para fazer a imagem “dele”.

Porque Temer se acha o “ó do borogodó”, no seu narcisismo.

Tem dúvidas?

Pois então olhe esta matéria da Folha, em agosto de 2015, onde Temer diz que o país precisa de “alguém que tenha a capacidade de reunificar a todos”.

A autorreferência é tão óbvia quanto imodesta: “este cara sou eu”…

Então procura ser o que não é, por estar convencido que vai ser.

Sr. Temer, a faixa presidencial lhe caiu ao colo sem que o senhor tenha feito nada que não saiba fazer: articular, conspirar e trair.

Já a popularidade não virá assim, por obra da hipocrisia. E seus marqueteiros parecem desconhecer o que James Carville disse na campanha de Bill Clinton e que o senhor não entende, parece:

-É a economia, estúpido.


Fonte: TIJOLAÇO
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Desde o início o governo Temer tem se caracterizado pela nulidade.

Na economia, nas questões ambientais, na segurança pública, nos direitos humanos e, também, na comunicação.

O presidente golpista quando aparece em cena assusta, e quando fala aterroriza. Com assertividade zero, Temer é o avesso de uma comunicação eficaz. Narcisista e arrogante (o peito estufado significa arrogância e também ajuda a esconder a barriga ) não tem a menor capacidade de convencimento. Com apenas 8% de aprovação não deveria estar mais estar no cargo. Em regimes democráticos ninguém se sustenta com aprovação tão baixa, aprovação, aliás, que deve ter origem na estética da primeira dama. Não há outra explicação para que 8% dos brasileiros apoiem o governo.

Se isso não bastasse, já que não é pouca coisa, o governo lança uma campanha publicitária que é o retrato da família presidencial, trocando , apenas, o rato pelo cachorro.

E ainda agride a maioria da sociedade que são pessoas de bem que se sentiram atingidas pela peça publicitária.

Quanto a agência que produziu a peça, de alguma forma é o retrato do Brasil atual de 2017, com o horror de Manaus, o assassinato de Campinas, o jornalismo e entretenimento da grande mídia, a lava jato com seus juízes e procuradores alucinados, a aliança entre Bolsonaro e Malafaia, a filha do ministro do STF e outras coisas estranhas

Haja estômago !




segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Pedagogia da opressão

Pedagogia da opressão: Folha dá página inteira com discurso de Dória Jr., uma peça diversionista que não diz nada sobre brutais problemas de SP.



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Fonte: Blog do Miro
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