sábado, 7 de janeiro de 2017

A Decapitação é política de governo

Agressor de mulheres, “adorador da chacina” estaria lá dentro, se houvesse Justiça
POR FERNANDO BRITO · 06/01/2017


Depois do espancador de professores Fernando Francischini, do Paraná, a vez da mediocridade passa para um cidadão de nome Bruno Moreira Santos, mais conhecido como Bruno Júlio, Secretário Nacional de Juventude do Governo Temer.

Segundo Ilimar Franco, em O Globo, ele comemorou a decapitação de seres humanos em Roraima e Manaus.

“Tinha era que matar mais. Tinha que fazer uma chacina por semana.”

Bruno, que é filho do polêmico Cabo Júlio, do PMDB mineiro – é o seu currículo – não deve ter espelho em casa.

Ele foi denunciado em abril deste ano, na 1ª Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher, em Belo Horizonte pela companheira, a quem “puxou pelo cabelo e deu tapas em seu rosto”.

Mas não foi só isso, segundo o G1:

Em outro caso, registrado como lesão corporal, Bruno Santos é suspeito de agredir com socos, tapas, chutes e puxões de cabelo a mulher com quem tinha uma união estável em março de 2014. Na época, ela ainda relatou à polícia que foi ameaçada com uma faca porque o então companheiro não aceitava o fim do relacionamento.

Uma vez, vá lá que seja armação, mas duas? E três, então?

Em novembro de 2015, o secretário foi acusado de assédio sexual por uma funcionária. Na denúncia, a mulher contou que era ameaçada de demissão caso não saísse com ele. A vítima disse à polícia que era perturbada e constrangida pelo patrão com elogios e convites para acompanhá-lo em viagens. Segundo a polícia, ela entregou à delegada mensagens das ameaças enviadas por celular pelo secretário.

Cuidado, secretário. Quem acha que nada é razão para chacinar alguém o defenderia, se o senhor tivesse ido parar lá dentro por estas acusações.

Aqui, ninguém gostaria de vê-lo decapitado.

Já gente como o senhor acha que “tinha de fazer uma chacina por semana” e, aí, logo chegaria a sua vez.

Fonte: TIJOLAÇO
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O faxinismo em alta na sociedade brasileira: diferentes versões


Fonte: CARTA MAIOR
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Pelo que já tem sido noticiado, o garotão valentão aí da foto junto com o golpista já foi demitido do cargo. O presidente em exercício de presidência não gostou das declarações do garotão, e passou o facão no adorador de chacinas. O demitido, ou decapitado do cargo, ocupava a chefia da Secretaria para Assuntos da Juventude, com status de ministério. Perceba, caro leitor,que uma coisa dessas era responsável por formular e aplicar políticas para os jovens.

Será que o presidente em exercício da presidência não conhecia o garotão quando o indicou para o cargo, é a pergunta que se faz.

Claro que conhecia, assim como compartilha de suas ideias e das ideias dos demais membros de sua equipe de governo.

O que assusta, assim como as várias cabeças que ficaram separadas dos corpos no Amazonas e em Roraima, é o que existe nas cabeças governamentais separadas de um mínimo de civilidade.

A decapitação está presente no governo do golpe, e é política de governo principalmente para os jovens, ou seja literalmente como incentivo de práticas de violência física ou metaforicamente como genocídio do futuro dessa parcela da população.

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