quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

O golpe em coma etílico

Um golpe que cai


Sem a resistência de uma frente ampla, capaz de repactuar a nação e o desenvolvimento, o golpe arrastará a sociedade para uma ressaca histórica desesperadora.

por: Saul Leblon


Por que o golpe se despedaça na sarjeta como um bêbado trôpego, sem que ninguém consiga recolocá-lo de pé e apesar da extrema boa vontade da mídia e do mercado com esse frango desossado que se amarrota sob o próprio peso?

Falta ao bêbado golpista algo que não se improvisa quando um ciclo de crescimento de uma nação se esgota e outro pede para ser construído: um projeto pactuado de futuro no qual a maioria da sociedade se enxergue e com o qual se identifique.

O oposto ocorre no Brasil agora --na verdade já ocorria desde 2012 quando se esgotou o fôlego contracíclico do Estado brasileiro e a desordem neoliberal no mundo não deu sinais de arrefecimento.

Se o PT demorou a perceber o esgotamento de uma era do capitalismo desregulado, e que os bons tempos de comercio mundial crescendo o dobro do PIB não voltariam mais, o golpe foi além.

Continuou a apostar na autossuficiente restauração de um neoliberalismo tardio, enquanto seus fundamentos estrebuchavam no plano mundial, em altos decibéis a partir da vitória de Donald Trump nos EUA

A aliança da mídia com a escória, o dinheiro e o judiciário tucanizado foi urdida para derrubar o PT .

O grande consenso dos derrotados em 2002, 2006, 2010 e 2014 teve notável eficácia nesse impulso.

A bem da verdade, contou com a ajuda de um alvo desgastado mas, sobretudo, mortalmente vulnerável por não ter se organizado para o embate de vida ou morte que viria, como veio e o derrotou sem resistência.

A derrota petista --'sem um tiro', como admitiu Lula-- revelou uma outra ilusão não menos desastrosa em seu algoz.

A propaganda midiática de que a restauração da confiança dos mercados no governo faria o resto embriagou os golpistas que agora tropeçam e desabam na sarjeta dos bêbados da história.

Os que assaltaram o poder num processo iniciado em 2 de dezembro de 2015, quando Eduardo Cunha, então presidente da Câmara, acolheu o pedido de impeachment contra Dilma Rousseff, não formavam mais que uma turba antipetista, antissocial e antinacional.

Não é pouco quando se trata de fazer estrago na democracia e revogar a vontade de 54 milhões de eleitores

Mas é insuficiente para compor uma nova espinha dorsal feita de respostas históricas articuladas e fortes o suficiente para estruturar um novo pacto de desenvolvimento.

A crença cega nas virtudes autossuficientes dos livres mercados ficou à espera de que os capitais afluíssem em massa e os investidores fizessem filas nas Bolsas e nos ministérios encarregados de concluir o serviço privatizante iniciado pelo PSDB nos anos 90.

Não aconteceu e não acontecerá: nenhum governo que rasteja e reprime sua gente com o furor insustentável será reerguido pelas mãos dos mercados.

Claramente um condomínio de oportunistas e oportunidades, desprovidos de um projeto de futuro dotado de força e consentimento para reordenar o destino da economia e da sociedade, a aventura golpista tropeça e rodopia como um joão-bobo no meio fio da desordem mundial e ao sabor dela.

Os interesses que se acomodavam no grande ônibus do antipetismo, uma vez concluída a fase alegre dos consensos, digladiam-se agora para decidir o rumo seguinte da viagem, quem vai dirigi-la, quem cobrará as passagens e quem sentará na janelinha.

Reina o furdunço enquanto a sociedade e a economia se dissolvem.

Em menos de cem dias, a autofagia dos apetites díspares derrubou uma Presidenta da República, um presidente da Câmara e colocou a cabeça do Presidente do Senado na linha da guilhotina. A fila pode andar com a cabeça do seu algoz, o ministro Marco Aurélio, caso prevaleça a vontade de seu companheiro de toga, Gilmar Mendes.

É interminável o corredor da morte num projeto que se tornou refém da capacidade de mobilização da extrema direita, dopada pela demência histórica dos justiceiros da Lava Jato.

O resto é o horror que se sucede na crônica dos dias que rugem.

Num Brasil que enfrenta uma queda de 30% na taxa de investimento, comparado o 3º trimestre de 2013 com o de 2016, há obras paralisadas por conta da Lava Jato que já custaram R$ 55 bilhões --o equivalente a tudo o que o governo conseguiu arrecadar com a anistia aos depósitos no exterior.
É só um dos sumidouros por onde a nação escorre.

A industrialização se dissolve, mas os formuladores do vale tudo se preparam para extinguir a exigência de conteúdo nacional na exploração das reservas do pre-sal --talvez o último impulso industrializante capaz de erguer uma ponte entre a defasagem tecnológico nacional e a quarta revolução industrial em curso no mundo...

A única forma de deter esse comboio irrefletido é opor ao desvario um projeto de repactuação negociada do desenvolvimento.

Em vez da lógica bêbada dos golpistas, uma frente única de sobriedade política e responsabilidade histórica para devolver aos brasileiros a experiência inestimável de reassumir o comando do seu destino e acreditar nele.

Sem isso, o golpe que cai arrastará o conjunto da sociedade para uma ressaca histórica desesperadora.

Fonte: CARTA MAIOR
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RAÇÃO DE UM JUIZ
Fonte: BRASIL DE FATO
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Definindo o Brasil 2016 em uma chamada:


Deficiente visual é preso por dirigir moto embriagado e sem CNH no sul de Minas

Fonte: João Luis Jr. ‏@joaoluisjr 1 de dez
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Há 12 horas

"Temer eleito homem do ano" 
   pela Revista IstoÉ


Fonte 
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Hitler foi homem do ano da time em 1938



Fonte: cynara menezes ‏@cynaramenezes
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O Brasil está cambaleante, tal qual a vida de um dos mentores do golpe que agora clama por glicose.

Sem rumo, sem passo, sem projeto e com a consciência turva, o governo do golpe , distante das necessidades da maioria da população, trata o povo com cana brava e violência.

Encastelados em uma ilha de fantasia no planalto central do país, os poderes da república talvez, mesmo sem saber, já estejam pela saideira. Ninguém naquele ambiente onde muito se fala, se discute, e nada se conversa de fato, pode restabelecer a sobriedade na República. Consciências alteradas, egos inflados e bexigas dilatadas, produzem cenas deprimentes levando país à um retrocesso gigantesco em apenas um ano, desde o início do processo de impeachment de Dilma, em dezembro de 2015.

Na mesa posta, onde o governo do golpe come no chão da mediocridade endinheirada, a esperança foi engarrafada, ordem e o progresso entopem copos e a democracia sai pela uretra da escória.

O que esperar depois da saideira quando um bando de alucinados definem o destino de uma nação, pergunta João, o garçon atônito.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Do canto gregoriano ao som de tiros de armas de fogo

A desmoralização do STF e do Senado é pinto perto da dissolução que lateja nas ruas: PM dentro de uma igreja no Rio alvejando atos antiarrocho



Fonte: CARTA MAIOR
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Estava lá, no centro da cidade, e presenciei um cenário de guerra urbana.

De um lado os policiais da Polícia Militar que protegiam o prédio da Assembléia Legislativa do Estado do RJ e ao mesmo tempo atacavam de forma violenta os manifestantes com bombas de efeito moral, spray de pimenta, tiros com balas de borracha e carros de combate.

Do outro lado os manifestantes que protestavam contra as medidas de arrocho do governo do estado, conhecidas como pacote de maldades e que seriam votadas pelos deputados, se defendiam com paus, pedras, fogos de artifício e barricadas com fogo.

Fogo, fumaça, barulho de explosões, pessoas feridas, muita gente com máscaras e outros tantos com os olhos irritados por conta do gás de pimenta. As explosões aconteciam de forma constante, em intervalos curtos de tempo, lembrando cenas de guerra tão comuns em filmes.

Os manifestantes, a maioria funcionários do Estado que ainda não receberam os salários de outubro e que junto com a população irão pagar a conta pelos erros dos governos, foram atacados e massacrados pela polícia do Estado que protegia a Casa do Povo, ou seja a Assembléia Legislativa.

A Igreja próxima ao prédio da Assembléia Legislativa, foi tomada por policiais como posicionamento estratégico para atirar nos manifestantes que lá estavam exigindo que o Estado cumpra seus compromissos, pague os salários para que os funcionários possam cumprir com seus compromissos.

Nem a Igreja o Estado respeitou. Um local de meditação e reflexão - que por diversas vezes frequentei na pequena Capela do andar térreo - ao som de tiros contra pessoas desarmadas.


O  que virá depois de tudo isso nesse país à deriva ?

O Brasil em um universo paralelo

Universos paralelos: A Teoria dos Muitos Mundos

De Lucas
-5 de março de 2015


Você é único? Em sua percepção do mundo, a resposta é simples e objetiva: você é diferente de todas as outras pessoas neste planeta. Mas o nosso universo é único?

O conceito de múltiplas realidades – ou universos paralelos – complica esta resposta e desafia o que sabemos sobre o mundo e nós mesmos. Um modelo de potenciais múltiplos universos, chamado de teoria dos Muitos Mundos, pode soar tão estranho e irreal que ele deve estar em filmes de ficção científica e não na vida real. No entanto, não há nada que descarte essa ideia.

A origem da conjectura de universos paralelos está intimamente ligada com a introdução da ideia da mecânica quântica no início de 1900. A mecânica quântica, um ramo da física que estuda o mundo infinitesimal, prevê o comportamento de objetos nanoscópicos. Físicos tiveram dificuldades na montagem de um modelo matemático para o comportamento da matéria quântica porque parte dessa matéria apresenta sinais tanto de movimentos de partículas como de ondas.

Esta teoria da dualidade da matéria tem sido chamado de Princípio da Incerteza de Heisenberg (HUP), que afirma que o ato de observação perturba grandezas como a força e a posição, isto é, a partir do momento que observamos a propriedade de uma partícula, outra propriedade é logo mudada. Em relação à mecânica quântica, este efeito do observador pode impactar a forma – de partículas ou ondas – de objetos quânticos durante as medições.

Para esclarecer, existe uma analogia física clássica para isso. “Considere uma onda de uma determinada frequência. Matematicamente, essa frequência é exatamente definida para a função sinusoidal ideal, que se estende infinitamente para a frente e para trás no tempo. Uma onda no mundo real tem um começo e um fim; se você aplicar um Fourier integrante a ele, você tem uma gama de frequências, centrada na frequência ‘ideal’, que fica mais ampla conforme a duração da onda fica mais curta (isto é um fenômeno físico observável). Em última análise, uma ‘onda’ instantânea tem uma infinita gama de frequências. Agora substitua a onda com uma partícula quântica, que tem uma frequência que é proporcional à sua energia: você descobre que não pode definir (ou medir) com precisão arbitrária tanto a sua energia e instante de emissão! Este é o HUP (que não é apenas sobre a velocidade vs posição, mas todos os tipos de pares “conjugados” de quantidades físicas). “

Teorias quânticas futuras, como a interpretação de Copenhague de Niels Bohr, usam o HUP para afirmar que um objeto observado não retém a sua dupla natureza e só pode comportar-se em um estado.

Então, em 1954, um jovem estudante da Universidade de Princeton chamado Hugh Everett propôs uma suposição radical que diferia dos modelos populares da mecânica quântica. Everett não acreditava que a observação fizesse com que a matéria quântica parasse de se comportar em múltiplas formas. Em vez disso, ele argumentou que a observação da matéria quântica cria uma divisão no estado quântico do observador.

Isso poderia significar que o universo faz cópias de si mesmo para ter em conta todas as possibilidades. Cada vez que um fóton é medido, por exemplo, um cientista em um universo vai analisá-lo em forma de onda e o mesmo cientista em outro universo irá analisá-lo na forma de partículas. Cada um desses universos oferece uma realidade única e independente, que coexiste com outros universos paralelos.

Dando uma olhada nas implicações maiores, se a Teoria dos Muitos Mundos de Everett for verdadeira, ela tem muitas ramificações que transformam completamente as nossas percepções sobre a vida. Poderia haver um número infinito de universos paralelos e cópias infinitas de cada pessoa.

O número infinito de realidades alternativas sugere que ninguém pode alcançar realizações únicas. Cada pessoa – ou alguma versão de uma pessoa em um universo paralelo – faz ou vai fazer de tudo. Além disso, a Teoria implica que todo mundo é imortal. A velhice não será mais um assassino infalível, como algumas realidades alternativas poderiam ser tão científicas e tecnologicamente avançadas que elas desenvolveram um medicamento anti-envelhecimento. Se você morrer em um mundo, uma outra versão de você em outro mundo vai sobreviver.

A implicação mais preocupante de universos paralelos é que sua percepção do mundo nunca é absoluta. A nossa “realidade” em um momento exato em um universo paralelo será completamente diferente da de outro mundo; é apenas uma pequena invenção de uma verdade infinita e absoluta. Você pode acreditar que você está lendo este artigo neste momento, mas existem muitas cópias de vocês que não estão lendo. Na verdade, você é até mesmo o autor deste artigo em uma realidade bem distante.

Alguns cientistas, como o matemático austríaco Hans Moravec, tentaram derrubar a possibilidade de universos paralelos. Moravec desenvolveu um experimento famoso chamado suicídio quântico, em 1987, que liga uma pessoa a uma arma fatal e uma máquina que determina o valor de rotação, ou momento angular, de prótons. A cada 10 segundos, o valor de rotação, ou quark, de um novo próton é gravado.

Com base nessa medida, a máquina fará com que a arma mate ou poupe a pessoa com uma chance de 50% para cada cenário. Se a teoria dos Muitos Mundos não for verdadeira, então a probabilidade de sobrevida do experimentador diminui após cada medição de quark até tornar-se essencialmente zero (uma fração elevada a um grande expoente é um valor muito pequeno). Por outro lado, a Teoria dos Muitos Mundos argumenta que o experimentador sempre tem 100% de chance de estar em algum universo paralelo e ele / ela encontrou a imortalidade quântica.

Quando a medição do quark é processada , existem duas possibilidades: a arma de fogo pode ou não disparar. Neste momento, a Teoria dos Muitos Mundos afirma que o estado quântico do observador se divide em dois para dar conta dos dois finais. A arma será descarregada em uma realidade, mas não descarregará na outra. Por razões morais, os cientistas não podem usar a experiência de Moravec para desmentir ou corroborar a existência de mundos paralelos. Em qualquer caso, a Teoria dos Muitos Mundos e suas implicações são absolutamente surpreendentes. [FromQuarksToQuasars]

Fonte:MISTÉRIOS DO MUNDO

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Por onde andará o Brasil neste momento ?

Será que Renan, Cunha, Temer, Gilmar, estão em outro mundo desconectados com o Brasil de hoje, aqui, agora ?

Considerando que os poderes da república e a velha mídia, já por alguns meses, discutem realidades distantes das necessidades da maioria da população brasileira, pode-se dizer que essa turma, esse bando alucinado, ingressou em um universo paralelo, um lugar estranho, onde dinheiro fala, chora, fica triste, dança, fica nervoso, ansisoso, deprimido, eufórico, violento.

Um universo repleto de idiossincrasias, onde a disputa pelo maior ego é feroz, violenta. Em meio a essa disputa, na platéia uma população de leões, zumbis e autômatos assiste perplexa o confronto que ganha contornos indeléveis, o que é extremamamente preocupante, de um grande circo institucional, agravado pelo fato de que as personalidades em luta não apresentam um mínimo de clareza de razão. Seus cérebros estão comprimidos, o que provoca reações alucinadas, características de um mundo selvagem.

Nesse mundo paralelo em que caiu o Brasil no momento, os atores principais expressam o que há de pior na vida proto humana. Esse deslocamento, por outro lado, também se faz sentir no mundo em que escrevo essas linhas, já que na Itália um comediante pode assumir o governo por um partido que tem o nome de cinco estrelas. Considere ainda , caro leitor, que um apresentador de reality show, hoje, é presidente de uma potência nuclear.

Respeitável leitor, o circo é mundial.

Enquanto isso, no meu mundo, que espero seja o mundo do caro leitor, a velha mídia, que parece ter vindo de um mundo paralelo bem menos evoluído, interage com o circo institucional do outro mundo criando mais confusão, incertezas e agitação na plateia de leões , zumbis e autômatos, que , já em processo acelerado de descontrole tomam as ruas das cidades para defender alucinados, ladrões , bandidos, corruptos e supostos defensores da justiça.

Se de fato vários mundos existem e o tempo pode ser considerado como camadas superpostas, um portal permitirá que se entre em mais um mundo e por lá se encontre Gilmar trabalhando como capataz, Temer como porteiro de casa noturna, Renam em um harém , Cunha em uma seita religiosa na selva e a grande mídia em uma feira de quinquilharias inúteis.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

O caminho é pela Democracia



Pelo lado da mídia de esquerda, li algumas opiniões sobre as manifestações da direita:
- as manifestações de ontem foram pífias; Luciana Oliveira no seu blog;
- as manifestações de ontem foram expressivas ;Tereza Cruvinel no blog do Miro ;
- país está pronto para eleições diretas;  Emir Sader -Carta Maior ,
- o povo não sai do sofá e nada vai acontecer ;Pedro Sanches - Carta Capital.
Em resumo, o Brasil, de alguma forma, está caótico.
Ontem , no Rio de Janeiro, o número de pessoas na manifestação foi expressivo. Teria sido para pedir o Fora Renan? Claro que não.
As pessoas foram pra rua, no Rio, influenciadas pelos escândalos de corrupção que levaram Sergio Cabral para cadeia. Nessa cadeia de influência, querem que envolvidos em corrupção sejam punidos, assim como Cabral e sua turma, e que a Lava Jato continue o serviço. Alguém foi contrário a PEC 55 que vai mexer com a vida de muitos que lá estavam ?  Claro que não. Na visão da maioria, é provável que o entendimento é  de que o país está um caos e somente uma intervenção de generais de farda ou de toga pode resolver a situação.  Por outro lado , cabe a pergunta:
Se está um caos, como parece que a maioria do povo percebe, porque não chamar o povo para escolher um novo presidente ?
Aí entra o exército da velha mídia, demonizando a política e os políticos e induzindo uma parcela da população a pensar que a única solução é um a intervenção. Nesse processo, confuso e repleto de detalhes ( PEC 55, entrega da Petrobás, privatização total do Banco do Brasil, reforma da previdência com prejuízo para o povo, necessidade de uma reforma política, limites na ação do Judiciário,desemprego em massa, golpe de estado patrocinado pelos EUA, democracia sendo atacada ),a violência explode e pode empurrar o país para uma guerra civil. A maioria do povo brasileiro, não diretamente envolvido nas manifestações, seja de esquerda ou de direita, talvez ainda não tenha se apropriado de todos os aspectos da crise por que o país passa, Isso se explica, pois a velha mídia confunde e não informa, propositalmente para gerar o quanto pior melhor.
A melhor saída são eleições diretas agora, já, para presidente, senadores e deputados federais, Esse movimento por diretas agora tem que levar multidões para as ruas, e não pode ser nem de esquerda e nem de direita.

Física Quântica e Consciência

Física Quântica e Consciência

Revista Sophia, Ano 14, Nº64, Nov/Dez 2016

Autor: Amit Goswani, Ph.D em física quântica, é referência mundial em estudos que buscam conciliar ciência e espiritualidade. Conferencista, pesquisador e professor emérito do departamento de Física da Universidade de Oregon, EUA, leciona regularmente no Ernest Holmes Institute e na Philosophical Research University, em Los Angeles.

Autor de inúmeros artigos científicos publicados em revistas de medicina, economia e psicologia, escreveu também várias obras que estabelecem a relação entre física quântica e espiritualidade, dentre as quais se destacam os best-sellers A Física da Alma, Criatividade Quântica e o revolucionário e seminal O Universo Autoconsciente


O pior legado da ciência atual, baseada no materialismo científico, é a diminuição sistemática da importância que damos à intuição na vida diária. Nos tempos antigos, a intuição era reconhecida como uma espécie de conversa com Deus, uma forma de comunicação com o Espírito Santo. As pessoas sabiam que a intuição era um vínculo com os arquétipos transcendentes da realidade, e procuravam reforçar esse vínculo. Foi assim que a civilização progrediu nas artes, explorando o arquétipo da beleza, nas tradições espirituais, com os arquétipos de totalidade, amor e bondade, e, mais recentemente, até mesmo na ciência, desenvolvendo o arquétipo da verdade.
Recentemente o escritor Bill O'Reilly deu entrevista a um jornalista de televisão a respeito de seu novo livro, Killing Jesus (Matando Jesus), e de outros livros de sua série "Matando". O jornalista perguntou de onde veio a ideia para o nome dessa série, e O'Reilly respondeu: "Do Espírito Santo".
A resposta se tornou objeto de zombaria em um outro programa de TV, o do apresentador Steven Colbert. Mas tenho certeza de que os espectadores da entrevista inicial não estavam se divertindo. Para a maioria deles, O'Reilly estava apenas relatando um fato. Para a plateia liberal de Colbert, porém, a declaração pareceu uma piada, porque os liberais, sob a égide do materialismo científico, não aceitam conceitos como o Espírito Santo e não admitem que uma experiência assim seja possível. Desse modo enfraquecem a importância da intuição.
No entanto, a intuição é o portal para a criatividade, tanto em termos de exploração externa quanto de transformação interior. Quando a intuição é subestimada, a própria civilização deixa de progredir.
A neurofisiologia estabeleceu que a intuição deu a nós, humanos, circuitos cerebrais de emoções negativas: ira, luxúria, ciúme, competitividade, inveja, etc. Como as pessoas comuns lidam com essas emoções negativas?   A cultura norte-americana não encoraja a expressão dessas emoções em público; sendo assim , as pessoas tentam suprimi-las, dando-lhes nomes de patologias cardíaca, câncer, etc. Além disso, elas agravam a negatividade geral de suas vidas com fastfood, sexo casual , comportamentos narcisistas, etc.
Muitos autores argumentam que as doenças crônicas da mente e do corpo são muito mais presentes hoje em dia  do que já foram anteriormente. Sem dúvida existe mais estresse na vida moderna, mas não acredito que esse seja o fator mais importante. Nós simplesmente não damos ouvido à voz da nossa intuição e seguimos adiante. Somos obrigados a buscar auxílio médico para obter orientações de cura.
Podemos dizer, em favos dos médicos, que muitos deles adotaram hoje uma posição que se populariza rapidamente: prescrevem mudanças no estilo de vida, menos ênfase no prazer e mais ênfase em atividades como meditação, yoga, tai chi e artes marciais. A medicina não professa mais uma completa adesão ao materialismo científico, e isso é bom. No entanto, você não tem necessariamente que mudar seu estilo de vida quando alguém lhe diz para fazê-lo.
Os liberais não estão totalmente sem razão ao reagir negativamente a conceitos como Deus ou o Espírito Santo. Sob uma religião "pop" - por exemplo, sob o Cristianismo popularizado na TV norte-americana, Deus ou o Espírito Santo são concebidos como entidades separadas do ser humano. Isso é chamado de filosofia dualista. Nessa era científica, porque alguém deveria dar atenção a ideias imateriais, mesmo se tais existissem ?
Não precisamos ficar num impasse entre a cruz e espada. As religiões orientais, como o Hinduísmo, o Taoísmo e o Budismo, concebem Deus como um estado excepcional de consciência e o 
Espírito Santo como um eu profundo além do ego. Os ensinamentos budistas  tem uma sutileza que a princípio pode confundir. Eles chamam esse  eu profundo  de "não eu", mas o que eles querem dizer é "não eu egoico". Portanto, essas entidades não estão separadas de você; elas apenas não são comumente acessíveis.
Para um ocidental, aderir a uma religião oriental é difícil - tudo parece estranho. No entanto, pessoas informadas no Ocidente há muito reconheceram que o Cristianismo Esotérico possui a mesmo mensagem que as religiões orientais. Esses conceitos não são verdadeiramente estranhos. Infelizmente, esse não é o conhecimento comum. Dificilmente se pode esperar que cientistas e personalidades de televisão como Steven Colbert tenham ouvido falar em Cristianismo Esotérico.
Então o que fazer? A boa notícia é que nós podemos nos voltar para a física quântica. Ela dá sustentação científica, tanto teórica como experimental,  para as mensagens das religiões orientais e do Cristianismo Esotérico.
A visão de mundo quântica - a de que a realidade está estabelecida na consciência - cresceu a partir de três descobertas radicais. Uma é a complementariedade onda-partícula. Todos os objetos de nossa experiência são:
a) ondas de possibilidades movendo-se num domínio de potencialidade fora do espaço-tempo;
b) partículas de realidade no espaço-tempo.
O que distingue o domínio de potencialidade do domínio comum de espaço-tempo? A segunda descoberta, a comunicação não local, a comunicação sem sinais.
Tudo isso foi experimentalmente verificado. Mas os acadêmicos escondem o fato e os profissionais da mídia não se dão ao trabalho de compreender. No entanto, os dados estão disponíveis para qualquer pessoa consultar. Meu livro God is not Dead traz uma introdução e diversas referências à literatura científica.
A terceira descoberta arrasadora é que o movimento não é apenas contínuo, como pensou Newton e como acreditavam todos os cientistas que vieram depois dele. Existe um envolvimento descontínuo na física quântica. Quando um elétron salta de uma órbita atômica para outra, ele não atravessa o espaço intermediário. Ele está aqui e então está lá - um salto que o físico Niels Bohr chamou de salto quântico.
Da mesma forma, não há dúvida de que a consciência, como terreno da existência, é um salto quântico daqui à eternidade. É bastante fácil deduzir por que tem que ser assim; chamamos isso de resolver o paradoxo da medida quântica.
O que é a medida quântica, e onde está o paradoxo ? Um objeto é uma onda de potencialidade: quanto nós a medimos ou a observamos, ela se torna uma partícula de realidade. Mas uma medida é apenas uma interação, e é aí que está a armadilha. Existe um teorema matemático, o Teorema de Von Neumann, que diz que nenhuma interação material pode converter potencialidade em realidade. Aí está o paradoxo.
Segundo o materialismo científico, toda interação é interação material. Sendo assim , se o materialismo científico é verdadeiro, então as possibilidades quânticas jamais poderiam ser convertidas em eventos reais de nossa experiência. Mas nós de fato observamos objetos quânticos, embora como partículas; as ondas de possibilidade são convertidas em eventos de realidade. É uma contradição, um paradoxo de lógica. O que converte possibilidade em realidade ? O agente precisa ser não material. Uma vez que a mudança de possibilidade  para a realidade é uma mudança em nosso conhecimento a respeito do objeto, ela tem que ser consciência, o agente de nosso conhecimento.
Pensemos um pouco mais a respeito. A consciência que converte a possibilidade em realidade ( ao escolher uma faceta do objeto multifacetado de potencialidade quântica), no final das contas, tem que ser você, quando você é o observador. De outro modo seria dualismo, e isso seria facilmente refutado. Um agente dualista teria que interagir com a matéria com um sinal, mas essa interação com entidades não materiais é rejeitada pelo simples peso de dados experimentais, segundo os quais a energia jamais deixa ou penetra o mundo da matéria.
É preciso encarar o fato de que a consciência tem que ser não local e não dual - e você está nela. Como pode ser ? Ora, agora é a sua vez de dar um salto quântico! E se você valorizar a intuição, fica fácil. Mais cedo ou mais tarde a sua intuição concordará com esse argumento e chegará a uma certeza pessoal.
Sem intuição, não conseguimos compreender a física quântica. Por sua vez, a física quântica valida a intuição. Sim; a física quântica valida o Espírito Santo.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Sociedade dos Poetas Mortos

Resumo do filme “Sociedade dos Poetas Mortos”

Sociedade dos Poetas Mortos (Dead Poets Society) é um filme americano de 1989, com direção de Peter Weir. Robin Williams se destaca no papel do professor John Keating com uma excelente interpretação.

O filme trata da relação educador-aluno tendo como fundo o ensino em uma sociedade autoritária, tanto na família como na escola. O drama se desenrola em meados de 1959, em uma tradicional escola preparatória, só para rapazes, chamada Academia Welton.

No início do filme, o diretor da Academia discursa e dá ênfase aos princípios que regem aquela instituição: tradição, honra, disciplina e excelência. Era uma época em que os filhos seguiam carreiras impostas pelos pais e as expressões artísticas não tinham espaço.

O professor de poesia, John Keating, é ex-aluno da Academia e traz uma nova forma de ensinar. Keating se contrapõe ao sistema de ensino da época e introduz seu ideal pedagógico. Seus métodos são inusitados, mas levam os alunos a pensarem por si próprios, a terem uma visão crítica, a exporem seus sentimentos escrevendo poemas. O professor Keating, que na primeira aula informa que gostaria de ser chamado de Ó Capitão! Meu Capitão! (Ó Captain! My Captain!) em alusão a um poema de Walt Whitman[1], tenta demover seus alunos da passividade criada pelo sistema de autoritarismo, que não permite que eles reflitam sobre suas vidas e seus desejos. O professor os instiga com reflexões sobre o papel de cada um em sua existência, sobre a fragilidade da vida, sobre a temporalidade. Ele se utiliza de uma expressão em latim para se referir ao estado de alma que todos deveriam ter “Carpe Diem” – aproveite a vida.

Alguns de seus alunos começam a viver o ideário Carpe Diem e descobrem que na época que Keating estudara na Academia, ele fez parte da Sociedade dos Poetas Mortos, onde seus membros se reuniam para declamar suas poesias e expressar suas ideias. Esse grupo de alunos do professor Keating resolve recriar a Sociedade nos mesmos moldes do passado, e seus encontros noturnos são em uma caverna nas redondezas da Academia.

Keating quer que aqueles adolescentes, com excesso de atividades e pesadas cargas em seus ombros, alimentem sonhos e fantasias, que tenham mais do que a formação para se tornarem médicos, engenheiros, advogados ou outra carreira tradicional. Com o ressurgimento da Sociedade dos Poetas Mortos, os alunos envolvidos vivem uma verdadeira revolução em suas existências, encontram novos interesses e vocações e a juventude floresce em cada um com toda energia, fazendo com que eles deixem a letargia em que viviam.

Em suas aulas, o professor Keating os faz refletir sobre o que torna nossas existências valiosas: aquilo que está relacionado com o espírito, com o prazer, com a alegria. Só através da poesia e da literatura vamos encontrar eco para essas reflexões.

O idealismo do professor, seu encantamento pela vida, seu amor à profissão de educador encontra nos alunos terreno fértil para a transformação. Contudo, toda essa pureza de princípios entra em choque com o conservadorismo da escola e da família. Isso se dá de forma tão opressora, que leva a dissolução da Sociedade dos Poetas Mortos, a desentendimentos entre o grupo, ao suicídio do aluno Neil e, culmina com a demissão do professor, acusado de ser o responsável pela morte do rapaz, atribuído aos seus métodos de ensino que incitavam os alunos a cometerem atos de rebeldia.

As cenas finais do filme mostra a classe do professor Keating, cujo o estudo de poesia passa a ser ministrado pelo diretor da Academia. O diretor é surpreendido na sua primeira aula com uma manifestação dos alunos a favor de Keating, quando este aparece na sala para pegar seus pertences e ir embora. É ao som de “O Capitão! Meu Capitão!“, com todos os alunos da classe em pé em cima de suas carteiras, que Keating se despede e agradece ao apoio.
È importante notar o quanto o papel do educador impacta a vida dos jovens e que em suas mãos está a tarefa de formar cidadãos responsáveis por seus atos, críticos, mas também criativos, sonhadores; de preparar os jovens para um mundo em constante transformação, ajudando-os a quebrar paradigmas.

A obra nos faz refletir também sobre o sistema de ensino atual que ainda apresenta muitas semelhanças com a escola tradicionalista do filme: os valores sociais, o método de ensino com fórmulas já prontas, o direcionamento do estudo voltado a formar os alunos para entrarem em faculdades de primeira linha.
Fica a questão: será que um professor como John Keating encontraria portas abertas nas atuais escolas públicas ou particulares ? Acho muito difícil.

Fonte: PEDAGOGIA COM MATURIDADE
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Refrigerante cancerígeno

A Coca-Cola no Brasil possui nove vezes mais substância cancerígena

Bebida vendida no Brasil é a que possui maior concentração de substância possivelmente cancerígena. São nove vezes o limite estabelecido na Califórnia

Idec (via Outras Palavras) 18.06.2015


Brasil é o país que possui maior concentração de substância possivelmente cancerígena na Coca-Cola, nove vezes o limite estabelecido pelo governo da Califórnia (EUA)

A Coca-Cola comercializada no Brasil contém a maior concentração da substância 4-MI (4-metil-imidazol), presente no corante Caramelo IV, classificado como possivelmente cancerígeno. O resultado é de um teste do CSPI (Centro de Ciência no Interesse Público, em tradução livre), da capital norte-americana, Washington D.C. Eles avaliaram também a quantidade da substância nas latas de Coca-Cola vendidas no Canadá, Emirados Árabe, México, Reino Unido e nos Estados Unidos.

Um estudo feito pelo Programa Nacional de Toxicologia do Governo dos Estados Unidos já havia apontado efeitos carcinogênicos do 4-MI em ratos, e fez com que a Iarc (Agência Internacional para Pesquisa em Câncer), da OMS (Organização Mundial da Saúde), incluísse o 4-MI na lista de substâncias possivelmente cancerígenas.

Concentrações
O Idec fez um pesquisa sobre os refrigerantes e energéticos que possuem o corante Caramelo IV em sua fórmula. O levantamento verificou que a regulação brasileira sobre o tema é falha e que os fabricantes de refrigerantes e bebidas energéticas não estão dispostos a informar ao consumidor a quantidade da substância tóxica em seus produtos.

Diante dos estudos que apontam para o perigo desse aditivo, o Instituto questionou se as empresas parariam de utilizá-lo. Na ocasião, o Idec enviou cartas à diversas empresas e à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) questionando-os sobre a periculosidade do Caramelo IV e sua associação com o câncer.

De acordo com o CSPI, o refrigerante vendido no Brasil contém 263 mcg (microgramas) de 4-MI em 350 ml, cerca de 267mcg/355ml. Essa é uma concentração muito grande quando comparada com a segunda maior, vendida no Quênia, com 170 cmg/355ml. Confira os demais resultados na tabela abaixo:

A Coca-Cola do Brasil traz nove vezes o limite diário de 4-MI estabelecido pelo governo da Califórnia, que estipulou a necessidade de uma advertência nos alimentos que contiverem mais que 29 mcg da substância. Além dessa quantidade diária, o risco de câncer seria maior do que um caso em 100 mil pessoas.

Os limites atuais para a quantidade de Caramelo IV nos alimentos, estabelecidos pelo Jecfa (um comitê de especialistas em aditivos alimentares da FAO/OMS), são baseados em estudos da década de 1980. Além disso, aqueles estudos foram gerados pela International Technical Caramel Association. Com os estudos que agora vem à tona, espera-se que os limites e a legislação atuais, tanto internacional como nacional, sejam alterados.

Fonte: CARTA MAIOR