sábado, 22 de outubro de 2016

Projetos de Poder em disputa. Popular X Religioso

Por que de repente Globo, Veja e quetais decidiram fechar com o Freixo
22 de outubro de 2016

Não se iludam os amigos descolados do PSoL e muito menos os mais raivosos. Globo, Veja e quetais não estão apoiando de forma descarada Marcelo Freixo para a prefeitura do Rio de Janeiro por conta dos seus belo par de olhos azuis e muito menos pelas imensas qualidades que ele tem.

O apoio da mídia a ele nesta reta final de segundo turno tem por objetivo segurar o projeto de poder da Record que, como já havia dito há algum tempo, aceitou ser sócia minoritária do golpe contra Dilma imaginando que iria ser aceita no banquete dos poderosos por ser parceira num momento tão especial da história.


Mas não vai rolar, bispo. Com as famíglias Marinho e Civita o buraco é mais embaixo. Bispos oriundos do porão social não serão aceitos na mesma mesa da Santa Ceia do poder. A Record e a Universal já chegaram longe demais.

A capa de Veja desta semana que circula no Rio de Janeiro é a parte mais escandalosa desta estratégia. A ser verdade o que o senador Crivella está dizendo, de que foi fichado pela polícia porque tentava, como engenheiro, entrar num terreno da Universal que havia sido invadido. E que ao ser impedido discutiu com um delegado que lhe deu ordem de prisão, não haveria motivo para a foto se tornar capa de uma publicação nacional, com edição especial para um estado, a apenas uma semana da eleição.

Na verdade, não só não há motivo, como se eu fosse o Freixo não utilizaria esta capa como peça de campanha.

Mas por que Veja deu a matéria? Por que a mídia fechou com Freixo?

Porque eles consideram, creiam, Crivella uma ameaça muito maior do que o deputado estadual do PSoL.

Para o centro do poder midiático, o governo Freixo será um desastre. E eles poderão demoli-lo facilmente porque não terá o apoio de nenhum veículo de comunicação, incluindo a Record.

Já no caso de Crivella, o bispo teria o apoio consagrado de quase todos os grupos evangélicos e a Record se tornaria sua TV oficial. Todo o tempo necessário seria utilizado pela emissora para canonizar a gestão do senador.

Ou seja, a decisão objetiva foi. Primeiro derrotamos o Crivella. Depois a gente cuida do Freixo.

E isso deveria levar alguém a anular seu voto ou deixar de votar no candidato do PSoL?

Evidente que não. Freixo é uma onda de esperança nesta tsunami conservadora das eleições de 2016.

E pelo ritmo das pesquisas e pelas péssimas notícias para Crivella, passa a ter chances reais de se tornar prefeito do Rio de Janeiro.

Mas se isso vier a acontecer, ele e seus principais assessores devem agendar uma conversa urgente com o editor do Tijolaço, Fernando Brito, e outros tantos que viveram o governo Brizola no Rio de Janeiro.

Os articuladores de Freixo devem estudar a fundo como o engenheiro enfrentou a Globo. Porque no dia seguinte da eleição, tudo o que está sendo feito agora para elegê-lo e derrotar Crivella, será multiplicado por 100 para desmoralizá-lo.

E Freixo é uma liderança muito importante para ser destruída pelos facínoras de sempre. Que hoje usam uma mão para ajudá-lo, mas ao mesmo temo já preparam a outra para empurrá-lo no dia seguinte da posse.

Fonte: Blog do Rovai
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Não é hoje que já venho percebendo matérias nos jornais do grupo Globo inclinadas a favor de Freixo. Aliás, a "virada socialista" de Globo aconteceu logo que terminou o primeiro turno.

Independente do "apoio" de Globo a candidatura de Freixo, que coloca o candidato do Psol com chances reais de vitória no dia 30, a queda de Crivella nas pesquisa de intenção de voto já era esperado.

Em eleições para prefeito e governador, Crivella tem as maiores chances de vencer se, e somente se, as eleições forem definidas no primeiro turno, onde um grande número de concorrentes dilui as atenções sobre o Missionário da Igreja Universal do Reino de Deus.

Quando acontece um segundo turno, e isso sempre acontece por aqui, Crivella e o outro candidato ficam expostos, e o Missionário inicia, então, seu natural processo de desabamento. Algo idêntico que acontece com Russomano em São Paulo. Quando a eleição ainda está um pouco distante, ambos aparecem como francos favoritos, disparados na liderança. Em outras palavras, quando estão calados e escondidos tem grandes chances.

Em um segundo turno não há como se esconder, e Crivella aparece para a opinião pública como ele de fato é, ou seja, um braço do projeto de Poder da Igreja Universal do Reino de Deus.

Assim sendo, a rejeição ao Missionário cresce exponencialmente , e como resultado a derrota, com consolo nos braços do Senhor.

Tem sido assim em eleições para os cargos de prefeito e governador, o que não significa que irá se repetir nessas eleições, porém, com o apoio dos "Marinhos socialistas" à candidatura de Freixo, é bem provável que Crivella , mais uma vez, fique sozinho pregando pelo caminho.

É certo , também, que uma vez eleito, Freixo irá enfrentar uma oposição selvagem por parte , principalmente, de Globo.

Por outro lado, o Psol, dentre os fragmentos ósseos que compõe o universo de partidos políticos, tem sido um dos raros partidos que se propõe a pensar e agir fora dos padrões, o que , em tese, representa perigo ou oportunidade.

Perigo em ser um governo sem apoio das grandes mídias e com o potencial de sofrer todo tipo de sabotagem, já que o projeto do partido é diametralmente oposto ao governo do golpe, sabidamente apoiado pelas grandes mídias.

Oportunidade pelo fato do partido ter alcançado relativo sucesso exatamente por ser independente, aliando-se a uma parcela da opinião pública que tem dado sustentação ao Psol. Ainda no campo das oportunidades, um governo bem sucedido de Freixo na cidade do Rio de Janeiro pode ser comparado ao renascimento das esquerdas, uma trincheira de resistência ao golpe e à onda conservadora que assola o país, e, o mais importante, um exemplo para as eleições presidenciais, já mesmo em 2018.

Freixo terá que enfrentar as mídias aqui no Rio, ele sabe disso, e o melhor, o povo carioca também sabe, pois conhece e rejeita essas mídias de longa data.

A aliança de Freixo com a população para governar a cidade, como proposta de governo, pode ser algo inspirador e de grande potencial transformador para o Rio e para todo o país, e também, claro, uma musculatura de porte para enfrentar a oposição selvagem de Globo e similares.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Irmãos em férias

O Fla-Flu obscuro



Clube levanta questionamentos sobre decisão do STJD
Confira nota oficial do Fluminense sobre a decisão do STJD


O Fluminense Football Club lamenta a decisão do presidente do STJD, que aceitou o pedido da procuradoria e reconsiderou o seu próprio despacho, que havia deferido o recebimento da ação de impugnação da partida entre Fluminense e Flamengo, realizada no último dia 13, em que claramente teve interferência externa (imagem televisiva) na decisão do árbitro Sandro Meira Ricci ao anular o gol do zagueiro Henrique.

O Fluminense fez o seu papel. Apresentou à Justiça Desportiva uma flagrante ilegalidade, que acarretou no cometimento do erro de direito. As provas de interferência externa estavam escancaradas na mídia. Iniciada pelos jogadores do Flamengo e, em seguida, pelo inspetor de arbitragem que invadiu o campo para informar à equipe de arbitragem que a televisão teria apontado impedimento no lance.

E, nesse sentido, foi a posição do presidente do STJD ao admitir a ação, na última segunda-feira (dia 17). Como explicar que, três dias depois, seja reconsiderada a sua própria decisão? Nada surgiu de novo. Rigorosamente nada. As provas eram as mesmas. Por que motivo houve essa mudança repentina?

Enfim, é triste ver a corte máxima desportiva do nosso país se apequenar, deixando de submeter ao julgamento do Pleno matéria tão relevante (interferência externa) do futebol brasileiro. Optou-se em agradar parte da opinião pública. Causa perplexidade que tribunal de tamanha relevância divorcie-se da legislação desportiva, da legalidade, das regras de futebol. Quiseram evitar que uma grande ferida fosse aberta no poder do futebol brasileiro. E esse poder do futebol brasileiro, mais uma vez, venceu.

Para encerrar, o Fluminense Football Club sugere que o presidente do STJD venha a público se manifestar e esclarecer sobre a sua inusitada e contraditória mudança de opinião. Com a palavra, o presidente do STJD.

Fonte: FLUMINENSE F.C.
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No Fla-Flu obscuro, o árbitro do jogo anulou o gol do Fluminense.
Recuou e validou o gol. Fez mais uma manobra e anulou o gol. Conversou, conversou e voltou a validar o gol, Passados mais de dez minutos de uma vai e vem, o arbitro, por fim, decidiu anular o gol. Ao término do jogo, como de praxe, escreveu a súmula do jogo, onde afirmou não ter ocorrido nenhuma anormalidade. Passados três dias do jogo, o árbitro mudou a súmula, reescreveu a súmula, afirmando que o jogo ficou interrompido por 13 minutos por conta de questionamentos dos jogadores dos dois times quanto ao gol, que foi, não foi e foi.

Após o jogo ,o Fluminense, sentindo-se prejudicado pelas trapalhadas, entrou com pedido de anulação do jogo na Justiça Desportiva. O pedido foi prontamente aceito pela Procuradoria, o que significaria que o jogo iria ser julgado no Supremo Tribunal de Justiça Desportiva, o STJD. Imediatamente após ao pedido ser aceito, a CBF, organizadora da competição, em sua página oficial na internete, retirou os três pontos que o Flamengo conquistou no campo de jogo, alegando que o resultado do jogo estava sob judice.

No dia seguinte, mais uma reviravolta. O STJD, que tinha concordado e aceito o pedido do Fluminense, dá uma cambalhota e diz que não mais aceita o pedido do Tricolor, isso sem que nenhum fato novo, de conhecimento público, claro, tenha influenciado a decisão do STJD. Na carona do STJD, a CBF, através de seu presidente que vive escondido para não ser preso, vem a público dizer que jogo se ganha no campo e que os três pontos que o Flamengo conquistou estão confirmados.

O Fluminense, perplexo, assim como todos os mortais que assistem ao jogo que nunca termina, questiona corretamente a decisão do STJD e pede para que o Procurador venha a público esclarecer mais uma reviravolta no jogos das viradas.

Para o torcedor que não assiste Globo Esporte e outras baboseiras da imprensa esportiva, sabe que outros interesses certamente exerceram pressão sobre o STJD para mudar de opinião e não levantar poeira sobre o que aconteceu, botando panos quentes, e deixando tudo como está, como se nada de grave tivesse acontecido naquele dia.

Tais interesses, de certa forma associados a práticas não ortodoxas, devem exercer grande poder sobre o futebol, a ponto de dar segurança para que o presidente da CBF que vive escondido para não ser preso, saia do esconderijo e se manifeste publicamente.

A vergonha do golpe

AVENTURA GOLPISTA ISOLA A NAÇÃO



por LUIZ MÜLLER

No Japão, autoridades e empresários reclamaram dos prejuízos bilionários das suas empresas em consequência da Operação Lava Jato. Um dos exemplos, é a Kawasaki, maior fabricante de navios, trens e outros maquinários pesados do Japão, que declarou perdas de R$ 760 milhões com o Estaleiro Enseada, em sociedade com as empreiteiras Odebrecht, OAS e UTC. O Japão tem cerca de 700 empresas instaladas no Brasil, em diversas áreas, do setor elétrico à indústria naval. (Extrato do artigo do Fernando Rosa, que publico a seguir)

Por Fernando Rosa

O governo golpista ironizou as declarações de Mujica, Cristina Kirchner, Rafael Cortez, Evo Morales e Maduro, entre outros líderes latinos, em protesto ao ilegal afastamento da presidenta Dilma Rousseff. Em seguida, o ministro das Relações Exteriores, José Serra, arreganhou a dentadura imperial para os vizinhos, ameaçando implodir o Mercosul. A arrogância chegou ao ponto do Ministro da Justiça, Alexandre Moraes, ir cortar galhos de pé de maconha em território paraguaio.

Os golpistas acreditavam que a derrota da narrativa do golpe no exterior era coisa da mídia internacional iludida pela retórica petista, e apostavam que se desvaneceria com o passar do tempo. Nesta semana, no entanto, a realidade bateu forte na porta dos golpistas, durante a reunião do BRICS e, depois, no encontro com o governo do Japão. O resultado foi a desmoralização diplomática e política do Brasil em um dos fóruns mais importantes para a inserção mundial do país.

Na reunião do BRICS, o imolação dos golpistas foi pública, com requintes irônicos, como a foto em que todos, menos Temer, aparecem de mãos dadas. O mais grave, no entanto, é o fato de Putin ter realizado reuniões bilaterais com todos os líderes dos países e, novamente, menos com Temer. Um fiasco precedido da divulgação mentirosa de que Putin havia “se encantado” com a PEC 241, a ponto de pedir informações para adotá-la na Rússia.

No Japão, autoridades e empresários reclamaram dos prejuízos bilionários das suas empresas em consequência da Operação Lava Jato. Um dos exemplos, é a Kawasaki, maior fabricante de navios, trens e outros maquinários pesados do Japão, que declarou perdas de R$ 760 milhões com o Estaleiro Enseada, em sociedade com as empreiteiras Odebrecht, OAS e UTC. O Japão tem cerca de 700 empresas instaladas no Brasil, em diversas áreas, do setor elétrico à indústria naval.

A política externa do Brasil tem uma história que não pode ficar exposta a interlocutores sobre os quais pairam suspeitas sobre quem, quais interesses, de fato, eles representam. É natural a desconfiança dos países diante de porta-vozes de um golpe de Estado ao arrepio da Constituição e das eleições nacionais. Um fato agravado por suceder um período em que o país ampliou sua inserção mundial de forma multilateral, herança dos anos sessenta e setenta, em especial.

A tirar pelas imagens e simbologias políticas, mas principalmente pela frustração no terreno dos negócios, o país perderá muito se a aventura golpista não for interrompida. O alinhamento ideológico e geopolítico aos Estados Unidos só trará prejuízos para a economia, para empresários nacionais e para o país. Ainda mais neste momento em que o mundo depois de longos anos está saindo da ditadura imperialista do “mundo unipolar”.

É urgente impedir que interesses externos dividam a Pátria brasileira e comprometam o respeito e o protagonismo internacional do país. O Brasil é um dos países mais importantes na construção de um novo mundo multipolar, com paz e desenvolvimento. Os brasileiros precisam levantar a bandeira da Nação, com um projeto de desenvolvimento do tamanho da nossa história.


Fonte: A JUSTICEIRA  DE  ESQUERDA
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Governo do golpe envergonha os brasileiros.

É um vexame atrás de outro.

A comunidade internacional, ao que se revela pelos fatos, rejeita o golpe no Brasil.

Corporações apontam prejuízos com o golpe e o Brasil vai ficando meio que isolado, ali no canto, participando sem participar, tal qual uma estátua de duende para decoração do jardim da casa de 11 mil m² de propriedade do engomadinho que irá governar um lugar estranho conhecido pelo nome de São Paulo.

No entanto, no território do golpe a velha mídia produz uma realidade delirante, empurrando para a população, ou tentando fazê-lo, um otimismo juvenil quanto ao sucesso da odisseia golpista.

A opção golpista de se alinhar com os EUA, para delírio do 1% e também dos vira-latas da Av. Paulista, irá jogar o país em um profundo retrocesso, com aumento da pobreza, da insegurança, da violência, do desemprego, do desespero, tendo como consequência, a curto prazo, a disseminação coletiva de contornos depressivos que irão afetar a saúde da maioria das pessoas, principalmente no que tange ao desejo sexual. Em outras palavras, o golpe é broxante.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Um dia...

Um dia...

Fonte: BRASIL DE FATO

Mulheres argentinas realizam primeira greve nacional contra a violência de gênero
Após casos de violência sexual, mulheres de todo o país convocam manifestações sob a hashtag #NosotrasParamos


Laura Salomé Canteros e Camila Parodi
Buenos Aires I Marcha.org.ar* , 19 de Outubro de 2016 às 11:08
Atos acontecem em um contexto de feminização da pobreza, que se consolida como novo paradigma e realidade no mundo / Reprodução/Marcha.org.ar

Nesta quarta-feira (19), os movimentos feministas da Argentina convocam a primeira greve nacional de mulheres, uma reação que se repetirá em vários países da América Latina e do mundo. Para as organizadoras, a luta representa as vozes de quem se organiza para reivindicar o reconhecimento do direito a viver dignamente e sem violências.

A convocatória da greve sinaliza um grito de irmandade entre as mulheres que partem da profunda comoção diante da onda de violência de gênero que chocou o país e o mundo. Na última semana, foram sete os casos de feminicídio, entre eles o de Lucía Pérez, de 16 anos, que foi drogada, estuprada e empalada na cidade costeira de Mar del Plata. Esse caso foi o fator final que desencadeou para uma ação inédita na Argentina.

A partir das 13h (14h, no horário de Brasília), mulheres, lésbicas, trans e travestis, em seus trabalhos, lugares de estudo e lares, encerram todas as suas atividades e saem às ruas para fazer barulho e demonstrar à sociedade quanto poder tem a união entre as mulheres. Às 17h (18h, em Brasília), se somam em ao menos 50 cidades do país mais manifestações de mulheres, convocadas por campanhas, grupos de mulheres, sindicatos, organizações sociais e partidos políticos.

Na capital do país, Buenos Aires, ocorrem diversas atividades, como uma paralisação na Avenida 9 de Julho e, aproximadamente às 19h, milhares de mulheres marcham do Obelisco até a Praça de Maio.

As ações também ocorrem em sequência à repressão policial contra as mais de 70 mil participantes do 31° Encontro Nacional de Mulheres, ocorrida no último 9 de outubro, em Rosário, na província argentina de Santa Fé.

Confira a versão em áudio da nota (para baixar o arquivo, clique na seta à esquerda do botão compartilhar):

“Por que paramos e por que nos mobilizamos?”

A greve surgiu como medida de resistência coletiva. Nem grupo vulnerável nem vítimas, nós mulheres somos metade da sociedade e de sua força produtiva. Por isso, em épocas de demissões e feminização da pobreza, de repressão política e criminalização das decisões pessoais, a violência estrutural sobre as mulheres se torna insuportável. As demandas do movimento feminista se convertem em urgentes e se agitam, de forma potente, nas praças e ruas.

“Paralisar é ativo, é uma decisão que se mostra, que se educa”, afirmam as militantes de “Nenhuma a menos” (em espanhol, “Ni una menos”), um dos coletivos que convocam à primeira greve nacional de mulheres da Argentina. “Paralisar nos permite explicar porque estamos fazendo isso e conversar entre nós, mulheres, enquanto essa ação. Paralisar é reconhecer nossa força”, acrescentam.

“Se a partir da direção [sindical] não se convoca a paralisar e, no lugar disso, usar uma faixa negra como simbolismo, nós convocamos à marcha”, afirmaram as mulheres ferroviárias independentes da Linha Bordô, as quais decidiram paralisar “de toda maneira”. “Nos mobilizamos, fazemos barulho e interrompemos as tarefas, porque nos dói cada mulher morta, cada estupro. Marchamos por cada uma das companheiras que nos faltam e, só por esse fato, de sermos mulheres”.

Silvia León, secretária de Organização da Associação de Trabalhadores do Estado (ATE), afirmou que convocam à paralisação. “Como mulheres de (ATE) não duvidamos em nos somarmos a essa iniciativa e participando da reunião com os grêmios, na qual, com a força e discussão das mulheres, conquistamos que imediatamente fosse aprovada, em nível nacional, a convocatória à paralisação das 13 às 14h”.

León informou que “diante da convocatória que circulou esta semana em decorrência dos recentes assassinatos de mulheres – e não por acaso quando 80 mil mulheres nos reunimos em Rosário”, decidiram enquanto organização sindical “ser parte das iniciativas que as organizações de mulheres promovemos, assim como sustentamos o compromisso frente a exigência dos governos para quem tenham resposta imediata e orçamento para enfrentar essa situação a partir da organização. Por isso, este 19 de outubro paralisamos ativamente em todas as províncias e nos convocamos a mobilizar”, disse.

“E você perguntará por que paramos”, interpelou Valeria Resches, integrante da Campanha Nacional pelo Direito ao Aborto Legal, Seguro e Gratuito, a partir de postagem nas redes sociais; “paralisamos porque sem aborto legal não existe nenhuma a menos. Porque nos reconhecemos em cada uma e em todas, porque somos feministas. Paralisamos porque a paixão não se ensina e porque sabemos como fazê-lo”.

Também há tempo para refletir sobre as violências cotidianas. “Para combater a violência cotidiana, as ferroviárias nos juntamos. Nos organizamos. Entendemos que somos companheiras e não competidoras. Compartilhamos entre nós as vivências injustas que não víamos como tal até que começamos a nos juntar. Exigimos paridade trabalhista e sindical. Nos solidarizamos e nos acompanhamos”, acrescentaram as ferroviárias.

Sem as mulheres, não há paz nem país

Em solidariedade com a organização da resistência e a demonstração do poder de mobilização das mulheres e do feminismo na Argentina, ocorrem diversas atividades em diferentes cidades e países da América Latina e do mundo, como uma espécie de “Internacional Feminista”. A partir do grito de raiva e indignação iniciado no sul do continente, distintas organizações, coletivos e movimentos de mulheres começaram a convocar para a paralisação. Mulheres organizadas no Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru, Chile, Venezuela, Colômbia, México, Honduras, Guatemala, entre outros.

“A guerra na Colômbia vem sendo um instrumento para manter as mulheres submissas na pobreza, à exploração e à marginalização; que tem sido uma desculpa para manter a discriminação histórica e utilizar nossos corpos como um troféu dos guerreiros”, afirmou Paola Salgado Piedrahita, do Capítulo Argentino do Congresso dos Povos da Colômbia, diante da realização do #NosotrasParamos.

“Hoje paramos para visibilizar nossas resistências ao terrorismo de Estado, à guerra suja que atravessa a todos os nossos territórios, nossos corpos, e à violência cotidiana que nos extermina e nos exclui”, apontou Piedrahita. “Na Colômbia e em todo o continente, nós mulheres exigimos dos Estados e da sociedade que pare a guerra contra nós. A paz sim as mulheres não vai por esse caminho, vamos por “nenhuma a menos” latino-americano, que à viva voz encoraje a consigna: de noite ou de dia, nuas ou vestidas, na guerra ou na paz, que respeitem nossas vidas”.

Em Honduras, onde em um ato simbólico se mobilizarão a partir do Museu de Identidade Nacional até o Parque Central de Tegucigalpa e no Parque Central de San Pedro Sula, Karen Mejía afirmou que “a violência contra as mulheres é uma realidade regional que vivemos as hondurenhas de maneira concreta”. E também disse que é necessário “deixar uma mensagem de que não haverá agressão sem resposta, a autodefesa, a digna raiva, e que viemos da diversidade, a alegria já que somos a sustentação reprodutiva da vida”.

Na Bolívia, distintas convocatórias atravessam suas geografias, de Sucre até La Paz, de Cochabamba até Santa Cruz, as mulheres paralisam e se mobilizam exigindo o fim das violências. Aí o Aquelarre Feminista compartilhou sua convocatória com Marcha, “a raiva se faz força e rebeldia”, manifestaram suas integrantes. “Dia a dia as mulheres somos humilhadas, insultadas, golpeadas, violentadas, assassinadas, isso é o patriarcado, ainda que nos digam que estamos loucas e que exageramos com nossas demandas, porque os mais de 30 feminicídios que ocorreram em Bolívia, as mais de 16 denúncias de estupros a meninas, meninos e mulheres por dia, nos dizem que algo aqui está mal, muito mal”.

Nesse contexto, explicaram as Aquelarre, “enquanto a polícia em Rosário, reprimia as mais de 100 mil mulheres que protestavam nas ruas contra os feminicídios e a violência machista na Argentina; enquanto em Mar del Plata estupravam, empalavam e matavam à Lucía Pérez, uma menina de 16 anos; aqui na Bolívia, encabeçados por padres, freiras e um grupelho fundamentalista, hipócrita e adormecido, com rezas e insultos lesbofóbicos e discriminatórios apagavam o mural de Mulheres Criando que denunciavam contundentemente a violência patriarcal, estatal, eclesiástica e extrativista; enquanto isso, Nilvia Rodríguez, Viviana Reque, María José Mendoza, com seu bebé de oito meses, Karen, e muitas mais eram cruelmente assassinadas”. Elas também convocam à greve internacional de mulheres, a partir das 17h, em Cochabamba e La Paz.

“A raiva é a pólvora, a organização a faísca”, disse a Assembleia de Mexicanxs na Argentina e, por isso, afirmam que a “América Latina se acende contra os feminicídios, do Rio de la Plata até o Rio Bravo, por toda nossa Abya Yala gritamos: não mais assassinadas pelo patriarcado, a heteronormatividade e o capitalismo”.

A partir da greve convocada pelo movimento de mulheres na Argentina, a Assembleia encarna essa luta e expressa sua solidariedade, “tecendo as resistências coletivas, as mulheres no México se somam em uma greve simultânea”. “O feminismo é uma necessidade vital”, afirmam as mexicanas, que finalizam dizendo que “as mulheres não somos matáveis, não somos descartáveis, não somos violentáveis. Nós não vamos deixar mais nos assassinarem nem desaparecerem”, porque “diante da violência, a organização e a autodefesa”.

*Marcha.org.br é um veículo de comunicação e popular da Argentina 

Fonte: BRASIL DE FATO
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Em um mundo que caminha célere em direção a barbárie, um movimento mundial das mulheres parece ser algo realmente revolucionário, inovador e inspirador, que pode , de fato, alterar as regras do jogo em direção a um mundo civilizado.

Corruptos assumidos

The Intercept: "Sim, somos corruptos". Políticos golpistas admitem que quem manda é o dinheiro em Brasília. Onde estão os paneleiros e as camisas da CBF agora?



"A influência do poder financeiro no jogo político-partidário talvez seja a grande pedra no sapato da democracia. O que esperam empreiteiras, bancos e grandes empresas que fazem suntuosas doações para todos os partidos, sem distinção ideológica? Apesar da resposta institucional ser o “fortalecimento da democracia”, a verdade é que os financiadores pretendem manter os políticos sob suas rédeas."


Artigo de João Filho, publicado no The Intercept Brasil de Glenn Greenwald:

O BRASIL É famoso pelas leis que pegam e pelas que não pegam. O Código de Ética da Câmara, por exemplo,considera quebra de decoro quando um deputado relata “matéria submetida à apreciação da Câmara, de interesse específico de pessoa física ou jurídica que tenha contribuído para o financiamento de sua campanha eleitoral”. A irregularidade poderia ser punida com cassação de mandato – mas parece que a regra não pegou.
A influência do poder financeiro no jogo político-partidário talvez seja a grande pedra no sapato da democracia. O que esperam empreiteiras, bancos e grandes empresas que fazem suntuosas doações para todos os partidos, sem distinção ideológica? Apesar da resposta institucional ser o “fortalecimento da democracia”, a verdade é que os financiadores pretendem manter os políticos sob suas rédeas.

Foto: Pedro França/Agência Senado

Manifestação do grupo Coalizão pela Reforma Política Democrática – Eleições Limpas, movimento apartidário que defende a democracia direta, faz uma instalação em frente ao prédio do Congresso Nacional, com duzentos sacos de dinheiro simbolizando o financiamento empresarial de campanhas eleitorais.

Fonte: A JUSTICEIRA DE ESQUERDA
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As sujeiras da imprensa esportiva




Nota sobre enquete publicada no Globoesporte.
Fluminense coloca pingos nos is sobre os verdadeiros escândalos do futebol. 
Ao contrário do que tentam distorcer, o Flu não esteve envolvido em episódios lamentáveis

O Portal GloboEsporte.com, quando coloca uma enquete lamentável, produzida de maneira jocosa, sem contextualização dos fatos, demonstra que não respeita as leis do futebol brasileiro e pior, não faz uma reflexão séria sobre os verdadeiros problemas que afetam a maior paixão nacional. Após a exibição da leitura labial do que ocorreu nos 13 minutos de paralisação do Fla-Flu do dia 13/10/2016, exibida domingo passado no programa Esporte Espetacular da TV Globo, esperávamos mais comprometimento com a informação, mas para uns, a chacota é o único foco. Pena que certos veículos parecem ter muito mais torcedores do que jornalistas. O azar deles é que sempre quando o Fluminense Football Club tem convicção de seus direitos, jamais aceitará calado e baixará a guarda. De todo modo, já que a preguiça (ou seria falta de vontade?) impede uma apuração histórica mais criteriosa, sem entrar em detalhes, vamos enumerar algumas situações vergonhosas do esporte bretão que costumam ser varridas para debaixo do tapete:

Escândalo das Papeletas Amarelas - O episódio de um suposto suborno do Flamengo aos árbitros do Campeonato Carioca nunca foi esclarecido e os resultados do Estadual de 1986, ano em que o Fluminense poderia ser tetracampeão, foram mantidos
.
Caso Ivens Mendes - Houve o vazamento de áudios dos presidentes de Atlético-PR e Corinthians que insinuavam o benefício dos clubes em arbitragens. Na Itália, em situação semelhante, a Juventus foi rebaixada para a Série B e perdeu dois títulos nacionais. Já no Brasil, nenhum clube foi punido. A decisão foi ampliar o número de participantes do Campeonato Brasileiro de 1997, não valendo os critérios de descenso do ano anterior, repetindo o que houve em 1993, quando o Grêmio, por exemplo, foi beneficiado.

Caso Sandro Hiroshi - O Campeonato Brasileiro de 1999 transcorria normalmente. Internacional e Botafogo disputavam rodada a rodada quem cairia para a Série B. Até que houve a denúncia de uma suposta escalação irregular do atleta Sandro Hiroshi, do São Paulo, e os clubes grandes ameaçados de rebaixamento foram os únicos a conquistar os pontos no STJD. Se valessem apenas os pontos conquistados dentro de campo, o Gama permaneceria na Série A e inconformado com isso, o clube brasiliense levou o caso para a Justiça Comum. A tarefa de organizar o Campeonato Brasileiro de 2000 passou então para o Clube dos 13. Assim, nasceu a Copa João Havelange, que teve 116 participantes.

Máfia do Apito - Em outubro de 2005, a revista Veja tornou público que um grupo de investidores havia negociado com o árbitro Edílson Pereira de Carvalho para garantir resultados apostados em sites. Os 11 jogos apitados pelo juiz no Campeonato Brasileiro foram anulados pelo STJD. Se os resultados das partidas fossem mantidos, o Internacional seria campeão, mas com os novos jogos, o Corinthians conquistou a taça, por ter um ponto a mais.

Estádio - Diferentemente de certos clubes, que ganham o patrimônio já pronto do Governo, o Fluminense, utilizando somente de seus próprios recursos, construiu o Estádio das Laranjeiras em 1919 para sediar o Campeonato Sul-Americano de Seleções.

Campeonato Paulista de 2001 - O Santos tentou anular a derrota na semifinal do Campeonato Paulista para o Corinthians por uso de ponto eletrônico dos jogadores adversários

Campeonato Brasileiro de 2003 - O Paysandu foi punido pelo uso de atletas irregulares. Corinthians e Ponte Preta ganharam os pontos do jogo, mesmo sem ter vencido em campo.

Campeonato Brasileiro de 2012 - O Palmeiras ingressou no STJD em 2012 pedindo anulação da derrota para o Inter em razão de um gol com a mão feito pelo atacante Barcos.

Campeonato Carioca de 2013 - O Flamengo tentou anular o empate com o Duque de Caxias pelo Campeonato Carioca alegando interferência externa.

Também em 2013, o Vasco perdeu por 5 a 1 para o Atlético Paranaense e foi rebaixado. O jogo teve confusão entre torcida e o cruzmaltino pediu os pontos do jogo no tribunal.

Fonte: FLUMINENSE F.C.
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O dia em que a imprensa esportiva aprender a fazer jornalismo, estará ajudando o futebol brasileiro a evoluir.

Na década de 1960, o Botafogo formou equipes que entraram para sempre na história do futebol brasileiro. Precisamente na segunda metade daqueles anos, o Botafogo de Carlos Roberto, Gerson, Rogério, Roberto, Jairzinho e Paulo Cesar, dentre outros, era quase que imbatível. Bicampeão carioca nos anos de 1967 e 1968, o clube tentava o tricampeonato no ano de 1969. Sua torcida crescia em número e, consequentemente, em barulho. Os botafoguenses, devo admitir, eram insuportáveis, no bom sentido, naqueles anos de grandes transformações sociais, no Brasil, como em todo o mundo.

O campeonato carioca de 1969 estava cercado de grande expectativa, pelo suposto tri, que mesmo para as demais torcidas do Rio seria difícil de ser evitado. Exceção para Nelson Rodrigues, que em suas crônicas pregava diariamente a humildade dos tricolores, que em assim se comportando poderiam alcançar o título, não do tri, mas do Tricolor, como de fato aconteceu. Com as sandálias da humildade de Nelson, o Fluminense disputou o carioca.

Vasco e Flamengo, clubes de maiores torcidas do Rio de Janeiro, e assim sendo de grande interesse para a imprensa, viviam uma década de poucas conquistas e apresentavam, quase todos os anos, equipes que eram motivo de piada. O Flamengo ainda conquistou os cariocas de 1963 e 1965, enquanto o Vasco, faturou , apenas o último torneio Rio-São Paulo no formato antigo, no ano de 1966, empatado com Santos, Corinthians e Botafogo, um ocaso em preto e branco.

O Botafogo, time da moda, com sua torcida "insuportável" despertava inveja nas demais torcidas, o que, de alguma forma, passou a fazer parte do conteúdo jornalístico esportivo daqueles anos. O principal jornal de esportes, o Jornal dos Sports, aos poucos foi abraçando a causa contra o Botafogo, de maneira que a torcida do Botafogo passava a levar para os estádio faixas e cartazes em que pediam para que os botafoguenses repudiassem o Jornal dos Sports. O clima de perseguição tinha contaminado a imprensa.

Já pelo final do campeonato, uma rodada dupla no Maraca, em dia de meio de semana, a noite, reuniu os times de Botafogo, Flamengo, Vasco e mais um time pequeno da cidade. Em pleno Maraca lotado, três grandes torcidas dividindo espaço nas arquibancadas. Era uma tragédia anunciada. O Botafogo perdeu o jogo, e com isso ficou fora da disputa do título, o gerou uma onda de alegria e raiva no estádio. As torcidas do Vasco e do Flamengo, encurralaram a torcida do Botafogo, no pequeno espaço que lhe foi reservado, e promoveram um massacre, uma covardia raras vezes vista em um estádio de futebol. O clima existia, e com ajuda da imprensa. O massacre foi motivo de teses e análises anos depois, e muitos historiadores do futebol admitem, de bom grado, que aquele dia teria sido o marco zero de um longo processo de decadência do Botafogo que durou 20 anos.

O Fluminense, que não tinha nada a ver com a história, assumiu a liderança da competição e com as sandálias do Nelson conquistou o título. No entanto, naquele campeonato um acontecimento marcou a história do clube das três cores que traduzem tradição. O Tricolor tinha o artilheiro da competição , Flávio, O Minuano, e na mística tricolor sempre que o clube tem um artilheiro fatura o título. Flávio, em um jogo contra o Vasco pelo segundo turno, ainda no início, foi expulso, o que ficaria automaticamente suspenso do próximo jogo, contra o America, que naqueles anos era grande e dava trabalho.

O Fluminense, para surpresa de todos, entrou com uma liminar na Justiça comum que garantia a participação do Minuano. Flavio entrou em campo, jogou, e ainda, aos quarenta minutos do segundo tempo fez o gol que garantiu a vitória tricolor por 2 x 1. Uma tremenda discussão tomou conta da cidade. Antes pela especulação se iria ou não jogar e depois pelo fato de ter entrado em campo e ainda ter sido decisivo na vitória do Fluminense. Todo mundo opinava e ninguém entendia nada. Muitos, principalmente da imprensa ávida por índices de audiência, diziam que o Fluminense iria perder os pontos do jogo, que, caso acontecesse, beneficiaria o cambaleante Flamengo que ainda nutria alguma chance pelo título. O assunto futebol deu lugar ao jurídico, o que fez com que o sempre antenado radialista Washington Rodrigues, o Apolinho, na época na rádio Globo, criasse o termo Tapetão. Naqueles anos de ame-o ou deixe-o, Brasil Grande, e outras bobagens mais, o país vivia uma febre de construção de grandes estádios de futebol, que ganhavam o nome sempre terminando em ão. Era mineirão, batistão, castelão, e até em Arraial do Cabo, na época distrito de Cabo Frio e com no máximo cinco mil habitantes, foi inaugurado um estádio com o nome de Barcelão. Apolinho, cirúrgico e mestre em criar termos e expressões bem-humoradas - fruto da faculdade bairro do Engenho Novo onde cresceu - criou o termo Tapetão, para se referir ao "estádio" , com salões e tapetes, onde seriam decididas as partidas de futebol. O tapetão caiu no gosto popular e, naturalmente, o Fluminense ficou associado ao termo, devido a sua ousadia em escalar Flavio. Hoje, é muito comum na Justiça Desportiva o chamado efeito suspensivo, que garante que um jogador suspenso possa atuar. Ousadia ou enxergar a frente ?

Se o Fluminense ficou marcado pelo caso Flavio, o que é verdadeiro, não são verdadeiras as demais acusações que recaem sobre o clube, como apresentado pelo Globo Esporte, do Grupo Globo, e muito bem questionado e esclarecido na nota do Clube.

Que torcedores se utilizem de fatos , que a maioria desconhece, para efeito de gozações e brincadeira ligadas ao futebol, pode-se até admitir. No entanto, quando tais "informações" são apresentadas pela imprensa especializada, está se fazendo um desserviço ao futebol e a informação. Nesses casos as partes atingidas devem se manifestar e exigir o mínimo de profissionalismo da imprensa.

Ainda sobre sujeira , polêmicas e jornalismo de esgoto praticado pela imprensa esportiva, cabe recordar o caso de interferência externa em um jogo de futebol, quando a TV Globo, como de costume, deu um péssimo exemplo. Leia um excerto retirado do google, abaixo:

Como temos falado bastante de arbitragem por aqui, vamos recordar um momento histórico de J. R. Wright, um dos reis da polêmica do apito brasileiro. A matéria exibida em 2003 pelo Esporte Espetacular fala sobre a final entre Vasco x Flamengo pela Taça Guanabara de 1982. 2 jornalistas tiveram a idéia de colocar um microfone sem fio no Árbitro José Roberto Wright para registrar a dura vida do árbitro dentro das 4 linhas. Na época,esta reportagem causou uma grande polêmica em torno do Árbitro,da Rede Globo e do Flamengo,que chegou a cobrar como indenização à Rede Globo uma quantia de Cr$ 4,245 milhões. Pra variar, o Vasco foi roubado e Geovani pressionado o jogo todo pelo árbitro. Não é a toa que para a torcida vascaína, o juiz, que se diz tricolor, é conhecido como José Roberto Rato.

Além de pedir uma indenização à TV Globo, cogitou-se a anulação da partida. J.R. Wright, depois que engavetou o apito, passou a trabalhar na...Tv Globo, como comentarista de arbitragens.

Como pode constatar o caro leitor, as sujeiras da imprensa não são poucas e em nada contribuem para a evolução do futebol no Brasil.

Aos "profissionais" da imprensa esportiva, esse texto do PAPIRO, pode ser útil como um exemplo, uma evidência objetiva de um bom jornalismo, com fartos fatos e dados sobre um pouco, um corte, das polêmicas envolvendo os clubes com decisões judiciais.

O estágio atual da imprensa esportiva no Brasil pode ser comparado a um clube que busca qualificação para disputar a série D do campeonato brasileiro.

Globo e trapaça, é de longe que a gente conhece essa raça.