quarta-feira, 25 de março de 2015

Curta PAPIRO. 25.03.2015



Curtas

1- O Brilho do Sucesso
A pedra angular do ciclo petista é preservada: 
Dilma anuncia medida provisória que prolonga até 2019 a atual política de valorização do salário mínimo. 
Conservadorismo em peso e a e classe média tucana não engolem o símbolo mais reluzente da era petista que propiciou um ganho real de 70% ao piso do mercado de trabalho, irradiando efeitos positivos em todo o edifício salarial brasileiro.
Fonte: CARTA MAIOR


 2 - Em Defesa do Brasil
240 parlamentares lançam a Frente em Defesa da Petrobras; denunciados José Serra e a venda de ações a preço de banana em NY

Participe da campanha compartilhando informações. 
O post 240 parlamentares lançam a Frente em Defesa da Petrobras; denunciados José Serra e a venda de ações a preço de banana em NY.
Fonte: VIOMUNDO

3 - Jornalismo de Manipulação e Mentira
Erro da Reuters gera mobilização de internautas contra blindagem da mídia tradicionalEm segundo lugar nos “trending topics” do Twitter, a hashtag #PodemosTirarSeAcharMelhor ironiza a gafe da agência de notícias, que publicou uma entrevista com FHC contendo uma sugestão para que se tire a parte que menciona que o esquema de pagamento de propina na Petrobras acontecia também durante o governo tucano.
Fonte: BRASIL DE FATO

4 - Globo e IBOPE Afogados nas Margens de Erros 
Desculpe a nossa falha: 
Ibope “corrige” pesquisa e dá mais cinco pontos ao Jornal Nacional
















Fonte: TIJOLAÇO


5 - Agripino 1 milhão. O Ético












Digamos que Rui Falcão fosse acusado por um empresário de achacar R$ 1 milhão.
A gloriosa 'Folha de SP' daria isso na manchete? 
Pois a acusação, real, foi feita contra o presidente dos Demos, o impoluto Agripino Maia. 
A Folha deu na pág. 7, com título suave, sem entrevistar o acusador, só o acusado
Fonte: CARTA MAIOR


6 -  Luxa está certo. Um Ditador no Comando da FFERJ
Com problemas para montar Fla, Luxa alfineta Federação: 'Atrapalha o futebol'
Técnico comentou sobre a influência da Ferj no regulamento do Campeonato Carioca.
Fonte: LANCE

terça-feira, 24 de março de 2015

Bosta na Globo


Como dar um basta no jornalismo lixo da TV Globo?

A Rede Globo perdeu qualquer tipo de responsabilidade jornalística na difusão de seu conteúdo. 
A Globo é hoje o império da liberdade sem limites.

J. Carlos de Assis






Não me proponho contribuir para a quebra da Globo. Seria um desperdício de tecnologia em audiovisual acumulada durante décadas, a qual se tornou um patrimônio nacional de valor incalculável. Quando o senador Crivella agendou uma conversa com João Roberto Marinho na última campanha eleitoral, sugeri a ele que deveria dizer que, se eleito, se comprometeria a lutar pela consolidação do Rio como capital audiovisual da América Latina e um dos principais centros de produção de arte audiovisual do mundo. O líder seria a Globo, naturalmente, não a Record, cuja base audiovisual é São Paulo.

Acontece que os programas de boa qualidade formal da Globo, como as novelas, casos especiais, Globo Repórter, Fátima Bernardes, The Voice (não sei por que não “A Voz”) e SuperStar funcionam como uma espécie de rede física de esgoto pelo qual flui o material de má qualidade, a saber, o Jornal Nacional e, principalmente, o Jornal da Globo. Vai também junto desse lixo esse monumento à imbecilidade globalizada, o BBB Brasil, que disputa com Faustão o campeonato da idiotice, salvo apenas, no caso de Faustão, pela Dança dos Famosos, para os que tem estômago para tolerar as piadas de mau gosto do apresentador.

O lamentável é que os outros canais, como Record, Bandeirantes e SBT, não se aproveitam das falhas estruturais da Globo para lhe ocuparem o espaço jornalístico. Na Band o jornalismo é tão pobre que as notícias dos principais Estados são veiculadas por rádio, sem acompanhamento de imagem. A Record tem a sorte de ter em seus quadros um dos maiores jornalistas do Brasil, Paulo Henrique Amorim, mas também nela falta infraestrutura para o noticiário em geral. Com isso, a Globo nada de braçadas, fixando o padrão de mediocridade que move a maior parte do jornalismo de televisão.

Como colunista do Globo, privei durante quase um ano da intimidade de Roberto Marinho, o que me possibilitou conhecer bem algumas de suas facetas. Era um homem simples, sem ideologia, voltado quase exclusivamente para o jornal, não a tevê. É que, de jornal, ele acreditava entender bem – entrou na tipografia e acabou dono -, enquanto a televisão não lhe era familiar, e deixava entregue a José Bonifácio, o Boni, e Walter Clark. Boni e Clark puderam dar uma direção profissional à televisão, sem interferência do dono, enquanto o jornal era estritamente vigiado por ele.

Talvez viesse daí a mediocridade do Globo quando comparado com o Jornal do Brasil, por exemplo. Entretanto, mesmo que não fosse um luminar do jornalismo, Roberto Marinho tinha o espírito da notícia. Lamentou várias vezes não ter podido dar o furo do Plano Cruzado porque Sarney lhe pedira reserva. (O curioso nesse episódio é que Sarney não se deu conta de que estava passando informação privilegiada para o maior grupo de comunicação do país num momento crucial da vida econômica brasileira. Na verdade, Sarney temia tanto o grupo Globo que não pensou duas vezes antes de lhe entregar uma ficha valiosa que não foi usada.)

O espírito jornalístico de Roberto Marinho não foi transmitido à prole. No caso da televisão, foi totalmente desvirtuado. Como jornal perdeu espaço no mundo da comunicação, a penetração da tevê tornou-se uma arma mortal de difusão ideológica. No Jornal Nacional ela vinha sendo usada com alguma moderação porque os editores, William Bonner à frente, calculavam que os telespectadores são sobretudo de classe média baixa. A partir da última eleição, contudo, com o sistema Globo assumindo papel de militante pró-Aécio, a manipulação ideológica também do noticiário televisivo no horário nobre tornou-se aberta.

Como já escrevi anteriormente, o sistema de três feudos e várias satrapias jornalísticas do Globo não tem hoje nenhum controle político. É o campo da liberdade sem limites dos âncoras e apresentadores, no qual atua a lei da selva. Um ensaio iluminado de Norberto Bobbio ensina que os luminares do alvorecer da Idade Moderna não esclareceram bem o que entendiam por liberdade. Alguns, como Locke e Montesquieu, viam a liberdade como o não limite; outros, como Rousseau e Hobbes, como prerrogativa de estabelecer os próprios limites. Os primeiros inspiraram o liberalismo econômico. Os segundos, a democracia.

A tevê Globo é hoje o império da liberdade sem limites, do liberalismo econômico que gerou nas quatro últimas décadas o neoliberalismo. Antes, por contraditório que possa parecer, Roberto Marinho lhe dava um caráter democrático. Um dia, na minha época no Globo, entrei na sala dele e lhe expus o que sabia dos rumores de corrupção do Governo Collor. “O que acha que eu devo fazer?”, perguntou ele a mim, que tinha pouco mais de metade de sua idade. “Ponha na televisão”, sugeri. Ele ficou em silêncio alguns segundos para comentar, encerrando a conversa: “É muita responsabilidade...”

É essa responsabilidade que a Globo perdeu sob a influência nefasta do grupo Veja. Destruidora do Governo Collor, sem provas – a entrevista que publicou com o irmão de Collor foi um monumento à irresponsabilidade jornalística -, Veja começou a articular suas “revelações” de escândalos, oriundas de espionagem paga, com o noticiário do Jornal Nacional e o Jornal da Globo. Duplamente irresponsáveis, esses dois sistemas de empulhação jornalística estão destruindo o Brasil com intrigas, e contribuindo para a degradação de todas as instituições brasileiras, Executivo, Legislativo e Judiciário. Chegou o momento do basta.

Para destruir Veja, o que se justifica como profilaxia da imprensa brasileira, é muito fácil: basta parar de comprá-la e cancelar as assinaturas. Caso sinta necessidade de revista, compre a Carta Capital como alternativa, com uma linha mais imparcial.

No caso da tevê também é fácil. Como queremos preservar as novelas e punir o jornalismo-lixo, vamos fazer o seguinte: no horário do Jornal Nacional e do Jornal da Globo - depois da novela, num caso, e do BBB, do outro -, vamos desligar a televisão ou mudar de canal. Todos os anunciantes da Globo saberão pelas pesquisas que, naquele horário, os aparelhos ou estarão desligados ou ligados em outro canal. (Sugiro que alguém mais competente que eu em matéria de internet arranje um jeito de tornar essa convocação nacional através das redes sociais, começando numa data marcada com antecedência e combinando novas datas até que se torne conhecida alguma providência do sistema Globo em reestruturar profissionalmente seus jornais!)


*Jornalista, economista e professor, doutor pela Coppe/UFRJ, autor de mais de vinte livros sobre Economia Política, sendo o último “A Razão de Deus”, pela Civilização Brasileira.


Fonte: CARTA MAIOR
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Jornal Nacional mergulha, bate em 18,6 pontos, perde de novelas e confirma que a Globo chega aos 50 anos em crise

publicado em 23 de março de 2015 às 22:38
Globocoxinha
por Luiz Carlos Azenha
Trabalhei na Globo em duas fases de minha carreira. Na TV Bauru, nos anos 80, quando passei longas temporadas em São Paulo cobrindo as férias de colegas. Não existia medição instantânea de audiência então, mas costumávamos aferir isso andando nas ruas: dava para ouvir o eco do Jornal Nacional sintonizado praticamente em todas as casas. As pessoas acertavam o relógio pelo início do JN.
Voltei à Globo no final dos anos 90. O Globo Repórter, que hoje fica na casa dos 20 pontos, ainda ficava por perto dos 35. Certa vez, fui o repórter de um programa que se tornou fenômeno: 44 pontos de pico! Teve até festa…
Jornal Nacional ficava entre os 30 e os 40 pontos, o que ainda assim é uma enormidade. Era possível ouvir o eco doJN nas ruas, mas apenas em cidades do interior.
Hoje, tomei um susto. Acompanhando a medição minuto a minuto, através de um colega, o Jornal Nacional bateu em 18,6! Perdeu, na soma, para as novelas da Record e do SBT!
Isso não significa que a Globo vai falir. Não ainda. É que a emissora compensa o que eventualmente perde na TV aberta com o que fatura em todas as suas outras atividades, do pay-per-view à TV a cabo. Mas, do ponto-de-vista de hegemonia informativa, é o começo do fim.
Quem está derrotando a Globo? Uma soma de internet no celular + You Tube + Netflix + TV a cabo + ascensão social daqueles que não tem na TV sua única diversão.
O certo é que a emissora chega aos 50 anos enfrentando não só uma crise de audiência, mas também de credibilidade.
O que antes era coisa de acadêmico, agora se tornou voz corrente para milhões e milhões de brasileiros: a Globo faz política e é o partido mais poderoso da oposição.
Isso ficou claro no dia 15 de março, quando a Globo bateu os bumbos da cobertura de manhã, em todo o Brasil, com o objetivo de arrastar gente para a manifestação de São Paulo, à tarde. Muitos foram à Paulista como se tratasse de um “acontecimento” global, para garantir a selfie.
O advento das redes sociais, por outro lado, criou massa crítica de telespectadores capazes de identificar as omissões, distorções ou mentiras da Globo.
A emissora fala, mas também ouve. Cada vez mais.
Enquanto você lê isso, dois atos estão sendo organizados por internautas contra a Globo, aparentemente de forma espontânea, sem a participação de partidos, sindicatos ou movimentos sociais.
Mesmo que isso não aconteça, eles entenderam perfeitamente a mensagem: tudo o que queremos, os que militamos pela democratização dos meios, é o cumprimento da Constituição!
A ironia é que mesmo que o JN der cobertura aos dois eventos mencionados acima, os participantes não vão perder o sono se não sairem na telinha. É gente jovem, que não assiste TV e se liga mesmo é nas redes sociais. Sinal dos tempos.
PS do Viomundo: Ricardo Feltrin, no UOL, informa que dez anos atrás a média do JN era de 35 pontos; na segunda-feira passada a média foi de 29!

Fonte: VIOMUNDO
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Cinquenta anos é um tempo de vida em que se conta quem é, a história da vida.

Isso se dá pelo próprio - pessoa ou organização - ou por  terceiros.

No caso de globo, o povo brasileiro resolveu contar a história da emissora, e também de todo o grupo.

O resultado tem sido devastador.

Com evidências inquestionáveis de sua ação política, principalmente, globo tende a perder mais e mais da audiência de um consumidor que não necessariamente rejeita a mediocridade, mas, no entanto, não é estúpido  a ponto de acreditar nas mentiras diárias do jornalismo apresentado nos veículos do grupo globo.

Sou brega mas não sou burro, assim se definem muitos dos novos consumidores de jornalismo e de entretenimento.

De uma maneira geral, o conteúdo das grades de programação das emissoras do grupo globo, pode ser resumido como uma combinação entre sexo, violência e proselitismo político, independente se jornalismo, entretenimento e novelas.

Com a queda nos índices de audiência cada vez mais acentuada, aumentam as cenas de sexo e exploração da sensualidade, além da violência.

Em alguns caso o sexo e a violência acontecem ao mesmo tempo.

A obsessão na TV globo por meninas na flor da idade, é uma constante em todos os programas da emissora, a aponto de obrigar a atriz Bruna Marquezine que tão logo tinha completado 18 anos de idade, a fazer uma cena nua em uma novela.
                        
Talvez para deleite dos diretores, que se apreciam uma jovem de 18 anos de idade, legalmente adulta, também devem apreciar meninas com 15 ou 16 anos de idade, já que as diferenças no corpo físico entre a faixas etárias não são muito significativas.

Dentro da lei, porém com a moral no esgoto.

O apelo ao sexo e a violência tem sido uma constante na emissora nesses tempos de queda, o que  também deve estar cansando o telespectador.

No esgoto que atende como Big Brother Brasil - e que é amplamente coberto por outras emissoras e jornais, estranhamente - o fio condutor é a exposição da sensualidade e o sexo entre participantes, que sempre que acontece ganha grande destaque , como sendo "algo fantástico", para delírio dos voyeurs.

Não é de se estranhar que em novelas, até mesmo para adolescentes como a novela Malhação, as cenas de sexo e de exposição da sensualidade, estejam sempre presentes.

O Big Brother Brasil,  por ser o sexo esperado e certo a margem de qualquer conteúdo artístico,   diz muito sobre os valores que predominam na direção da emissora, e que, de forma direta, se reproduz em maior ou menor intensidade, em todos os programas de entretenimento da emissora. 

Nas novelas, os personagens principais das tramas se repetem por décadas, e sempre são ladrões, corruptos, pessoas sem caracter além, claro, das cenas de crueldade e violência.

Na sociedade fictícia de globo - ou sociedade que globo deseja construir no pais -  não há espaço para pessoas de bom caracter, ou mesmo tramas  que tenham como fio condutor a educação, a cultura, as artes, ou mesmo temas históricos.

Tudo gira em torno da pós modernidade, competitiva, predatória , individualista , corrupta, vingativa e violenta.

A sociedade que globo deseja construir no Brasil é idêntica, em valores, a sociedade desejada pelo Tea Party American, o ícone do reacionarismo e da violência dos EUA.

Quanto ao jornalismo, é certo que atualmente , e desde o início do primeiro governo do PT, optou por uma campanha sistemática contra os governos do PT.

Foi uma aposta ariscada que ao longo desses doze anos evidenciou uma soberba por parte da direção da emissora, que acreditava que poderia dominar e controlar os corações e mentes da população ao seu bel prazer.

Não foi o que aconteceu, apesar de algumas vitórias pontuais da emissora na condução das opiniões, o que se vê, claramente, é um grande movimento de rejeição da emissora, com desdobramentos para as outras emissoras de TV privadas.

O jornalismo de globo se ainda não foi totalmente extinto, está em vias aceleradas de extinção.

Sua queda ainda não estancou e se agravará ainda mais nos próximos meses e anos , até que se estabilize em percentuais de diluição.

A estética de globo, seja nos jornais impressos, revistas, emissoras de rádio e emissoras de TV é o oposto da estética dos governos que governam o pais nestes últimos doze anos, o que em parte e de forma também significativa, contribuiu para acentuar as diferenças e marcar posições, algo que a maioria das  empresas do grupo globo jamais tinha vivenciado.

Esse período dos governos do PT  que coincidiu com a ascensão das redes sociais, pode ser a causa ,  não a única, para a queda irreversível do grupo globo.

Estáticos e cristalizados em uma abordagem que não sofria qualquer tipo de questionamento, as empresas do grupo globo perderam a posição de referencial , para um governo dos trabalhadores que já dura mais de uma década e, também, para a agilidade e inovação que se manifestam nas redes sociais.

Com as posições demarcadas, globo, na vitrine, deixou de atrair muitos fregueses já que a maioria da população não se vê, não se identifica com os programa da grade da emissora.

Como durante muitos anos globo foi referência inclusive para outras emissoras, tanto de rádio quanto de TV , esse universo de mídias de rádio, jornal e TV que copiava globo,hoje, também despenca nos índices de audiência.

Tudo isso se deve a ascensão das redes sociais, as posições bem demarcadas pelos governos do PT - que são populares e antagônicas ao universo da velha mídia -  e ao baixo nível e fragilidade dos conteúdos oferecidos pelas emissoras e veículos da velha mídia.

Se todo esse terremoto não bastasse, movimentos sociais organizam grandes manifestações pela regulamentação dos meios de comunicação para os próximos dias, sendo que algumas manifestações estão sendo marcadas para acontecerem em frente as instalações de globo em diversas cidades do pais.

Mais uma vez, como já ocorreu em outras ocasiões, as instalações da emissora correm o risco de ficarem cobertas de bosta, o que é bem apropriado.

segunda-feira, 23 de março de 2015

A vaidade comanda a reciclagem cromática

Altamiro Borges: Atrás do eleitorado azul, Marta agora é antipetista

publicado em 23 de março de 2015 às 12:02
marta
O suicídio político de Marta Suplicy

Por Altamiro Borges, em seu blog

Na festa dos seus 70 anos de idade, na sexta-feira (20), a senadora Marta Suplicy aproveitou para se reunir com “sua nova turma da política” – como estampou no título o jornal Estadão. De fato, a ex-petista mudou de lado e anunciou a sua filiação ao PSB, do vice-governador Marcio França – o mais tucano da pragmática sigla “socialista”.

Não é para menos que ela tem sido tão paparicada pela mídia – a mesma que a satanizou durante sua gestão da prefeitura de São Paulo e ajudou a criar o estigma de “Martaxa”. A festança de aniversário, porém, não deve render maiores frutos. Na sua ambição pessoal, Marta Suplicy caminha para se tornar mais um instrumento da direita e tende ao suicídio político.

Segundo a eufórica matéria do Estadão – assinada, entre outros, por Eliane Cantanhêde, a da “massa cheirosa” tucana – a festança foi animada.

“A ausência mais notada foi justamente a de ex-companheiros petistas… Além da cúpula do PSB, passaram pelo salão de festas do prédio onde mora o empresário Márcio Toledo, namorado da senadora, líderes de PMDB, PPS, Pros, PDT, PTB, DEM, PP e de outras legendas menores. São potenciais aliados em eventual candidatura de Marta à prefeitura de São Paulo em 2016, o próximo passo que se prevê da ex-ministra após deixar o PT, possivelmente em abril. O PSDB faltou, embora Marta tenha convidado o governador Geraldo Alckmin e todo seu secretariado”.

Já a Folha tucana, também bastante empolgada, registra neste domingo (22) que os “convidados de Marta deram prazo a Dilma” para se safar da atual crise.

“A presidente Dilma Rousseff tem 20 dias para romper o isolamento político, reestruturar o seu governo e apontar caminhos para sair da crise econômica. Caso contrário, será difícil manter a governabilidade e evitar a escalada da insatisfação popular. O diagnóstico e o ultimato foram repetidos, com pouca variação, durante a concorrida festa de 70 anos de Marta Suplicy, na sexta, em São Paulo. Além da comemoração, o evento teve um clima de ‘cerimônia do adeus’ da senadora depois de 35 anos no PT”, registra a jornalista Vera Magalhães, que completa:
“Na festa, o novo caminho de Marta ficou claro pela presença maciça do comando do PSB, sigla à qual ela se filiará… O ingresso num partido de oposição a Dilma e próximo ao PSDB-SP levou Marta a se aproximar dos tucanos. O governador Geraldo Alckmin foi convidado, mas pediu ao vice que o representasse. Marta sabe que terá de se reinserir no eleitorado ‘azul’ da cidade, ironicamente aquele composto pela classe social a que ela mesma sempre pertenceu e que era predominante na festa… Entre os convidados, as críticas a Dilma rivalizavam com queixas dirigidas ao prefeito Fernando Haddad. Marta não hesitava em fazer suas próprias: ‘O governo dele é de uma incompetência total’”.

Pelos relatos eufóricos da festança, a ex-petista decidiu agora destilar todo o veneno contra o seu ex-partido. Enquanto foi ministra da Cultura de Dilma Rousseff, ela evitava explicitar divergências e sempre adotou uma postura servil. Mas ao deixar a Esplanada dos Ministérios, Marta Suplicy parece que mudou de atitude para fazer valer, a qualquer custo, o seu projeto político pessoal.

Em discursos e artigos, ela agora é só magoas e intrigas. Ela cospe no prato em que comeu e veste o figurino, raivoso, de histórica militante antipetista – como o objetivo de atrair o “eleitorado azul” de São Paulo. A tendência, porém, é que seja abandonada pelo “eleitorado vermelho” e não consiga enganar a elite paulistana, que sempre a detestou! A própria mídia, agora tão cordial, vai tratá-la em breve como produto descartável!

PS do Viomundo: Já nós achamos que a trairagem pode render a Marta o cargo de prefeita de São Paulo.

Fonte: VIOMUNDO
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O projeto de Marta não tem nada de político ou  de ideológico.

Seu projeto é pessoal, alimentado por aquilo que Marta em seus 35 anos de PT disse sempre combater na política, ou seja, a vaidade.

Sem espaço no PT para voos maiores, e enquanto quadro do PT não passava de mais de 30% de votos para o cargo de prefeita de São Paulo, Marta tenta com sua reciclagem cromática  uma sobrevida  para seu projeto pessoal.

Talvez, agora, com o apoio que terá por parte da velha mídia ,Marta espera conquistar a prefeitura de São Paulo em 2016.

Uma tarefa difícil, devido a forte identidade que mantinha com o PT e que está profundamente registrada no imaginário do eleitor  conservador e anti petista da cidade de São Paulo.

Considere ainda o ótimo trabalho que  Fernando Haddad realiza a frente da prefeitura de São Paulo.

A penúltima cartada de Marta, que caso não consiga vencer as eleições de 2016 ainda terá  mais uma chance de se mudar , novamente, para outro partido  ,no caso o PP de Paulo Maluf, e de braços dados com seu possível novo aliado tentar mais uma vez.

No entanto, antes que todas as previsões se realizem, Marta deve devolver o mandato para  o PT.

Seus novos aliados éticos da direita irão apreciar  em muito seu gesto.

Selvagens, gordos, gulosos, moderninhos ,chiques e éticos. HSBC lotado

Publicado em 23/03/2015

Maitê no trend topics.
É o horário nobre do Twitter !

Quem mais que você conheça é contra o Bolsa, amigo navegante ?

O nome de Maitê Proença aparece no Trend Topics do Twitter nesta segunda-feira (23). A atriz da Rede Globo é um dos assuntos mais comentados das redes sociais após o anúncio dos globais com conta no banco HSBC da Suíça entre 2006 e 2007.

Vale lembrar que, antes de aparecer na lista, Maitê Proença já protagonizou episódios polêmicos.

Na campanha presidencial de 2010, a atriz repetiu o papel do medo, já utilizado por Regina Duarte em 2002, e pediu que “machos selvagens nos salvassem da Dilma”.

Depois, bradou contra o Bolsa Família, mesmo como beneficiária de uma pensão mensal de R$ 13 mil, que recebe por ser filha solteira do procurador da Justiça Eduardo Gallo, que morreu em 1989.

Além de Maitê, outros globais foram citados como correntistas do HSBC nos anos de 2006 e 2007. O apresentador Jô Soares teve quatro contas numeradas. A mesma lista traz os nomes dos atores Claudia Raia, Edson Celulari, Marília Pêra e Francisco Cuoco.

Antes já haviam sido citadas outras personalidades, como o apresentador Ratinho. Quem também mereceu destaque nas listas divulgadas foi Armínio Fraga, que seria o ministro da Fazenda caso Aécio Neves fosse eleito presidente nas eleições presidenciais de 2014.


João de Andrade Neto, editor do Conversa Afiada
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Maitê Proença, a dos “machos selvagens”, tinha 585 mil dólares no HSBC da Suiça em 2006

publicado em 23 de março de 2015 às 11:09
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Da Redação

Maitê Proença é uma atriz politizada. Recentemente, postou para seus 55 mil seguidores no Instagram uma foto ironizando aqueles que disseram que só a elite branca tinha saído para protestar e pedir o impeachment de Dilma.

Maitê Proença, na verdade, é anti-Dilma muito antes da campanha do terceiro turno.
Lá atrás, numa entrevista, disse esperar que a discriminação atiçasse os “machos selvagens” para que estes evitassem a vitória de Dilma Rousseff.
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Pois não é que, segundo Fernando Rodrigues, ela aparece na lista do HSBC com U$ 585.241,00 depositados na Suiça?

Cabe à atriz, que certamente está farta da corrupção, esclarecer se declarou o valor à Receita Federal ou se usou o subterfúgio para sonegar impostos no Brasil.

Quem sabe tenha chance de fazê-lo na CPI do HSBC…



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Fonte: VIOMUNDO
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Maitê Proença é uma crítica ferrenha do bolsa -família.
Entende-se, prefere o bolsa - HSBC em benefício próprio. 
Uma bolsa selvagem, violenta e feroz, com certeza.

Marília Pera foi eleitora  e defensora de Collor em 1989 e, assim como a família Celulari-Raia, são eleitores do PSDB e críticos da ... corrupção.

Andrucha Waddington é marido de Fernanda Torres, a "moderninha" que escreve semanalmente  no jornal Folha de SP.

Jô Soares, quem diria, hein gordo ?
Tubo bem, sua conta aparece zerada. 
Imagino que tenha retirado todo o dinheiro para comprar e comer toneladas de chocolates. 
Essa é pelo menos uma vantagem de ser gordo.
E ainda tem uma parceria com Ilhas Virgens.
Dessa ilhas, globo entende de tudo.

domingo, 22 de março de 2015

Sem panelas não é notícia

30 mil professores nas ruas de Sampa. 

Não sai na mídia.

22 de março de 2015 | 11:57 Autor: Miguel do Rosário
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Algumas ruas do centro de São Paulo, na manhã de sábado, ficaram lotadas de professores protestando contra as condições de trabalho em São Paulo.
Segundo os organizadores, mais de 30 mil grevistas ocuparam a avenida.
Isso não sai na mídia.
Nem aparece a PM para aumentar o número em cinco vezes.
A manifestação dos professores não foi convocada, nas redes sociais, por celebridades da Globo.
As redes de TV não interromperam a sua grade a todo momento para convocar mais gente a engrossar a marcha.
Vida que segue.
Fonte: TIJOLAÇO
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Um número significativo da manifestantes, mas como é pela melhoria da educação pública, globo não prioriza.

Talvez porque não tinham panelas.

Aliás, a manchete de globo hoje , domingo ,diz que 70% dos prefeitos do Rio de Janeiro estão sendo investigados por corrupção.

Depois que surgiram as denúncias envolvendo Aécio Neves, o governo de FHC e o PSDB em esquemas de corrupção, globo não mais apresenta manchetes sobre a lava jato.

Ontem a manchete foi sobre o trabalho de investigação do governo federal no combate a corrupção, e hoje, coloca todo o mundo político como corrupto.

Relativizar para diluir, já que seus protegidos do PSDB apareceram na linha de frente dos grandes corruptos.

Por outro lado, isso também pode sinalizar que globo deve estar envolvida  até o pescoço no Suiçalão.

Em outras palavras, sou corrupto, mas sou igual a todo mundo, no entanto tenho panelas de luxo.

Imagino as cabeças, naturalmente confusas, dos paneleiros da paulista.

A TV globo, sofre e com isso quer transformar o país e a política em uma Disneylândia.

Veja o que diz o PT sobre a regulamentação da mídia:

PT insiste, Dilma: 

quer a Ley de Medios !

Falcão: “Está na Constituição: os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio”

De Maria José Batista, no twitter

Em seu perfil no twitter, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, retomou o assunto da regulamentação dos meios de comunicação no Brasil.

“Novamente: democratizar a mídia não tem a ver com limitar a liberdade de imprensa. É melhor ter seis ou 100 canais abertos na TV? 100, né?”, publicou Falcão na última sexta-feira (20).

“Está na Constituição Federal: os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio”, escreveu.

Desde a campanha para a reeleição da Presidenta Dilma Rousseff, Falcão tem enfatizado a necessidade de regular o setor. Passada a eleição, o presidente da sigla apontou a regulamentação como uma das prioridades para o segundo mandato da petista.

“O PT defende e sempre defenderá a plena liberdade de imprensa. O Governo deve investir em comunicação, pois essa é uma área estratégica para qualquer nação. Quebrar o monopólio da mídia não significa cercear liberdade, significa democratizar”, esclareceu Rui nas redes sociais.

Alison Matos, editor do Conversa Afiada
Fonte: CONVERSA AFIADA

O Rock da Direita Branca, Rica e Doidinha

Um (novo) dia na vida do Perfeito Idiota Brasileiro


Postado em 21 mar 2015
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Algum tempo atrás escrevi sobre o PIB. O Perfeito Idiota Brasileiro.

Ele ia para o trabalho ouvindo a CBN e antes de dormir via o Jornal da Globo. Nos intervalos, lia Merval, Reinaldo Azevedo e Villa. Tinha por ídolo Joaquim Barbosa.

E agora, nestes trepidantes dias de 2015, o que faz o nosso PIB?

Bem, as leituras se ampliaram, dada a oferta de colunistas dedicados a pessoas como ele.

Agora, pela manhã, a caminho do serviço, ele alterna a CBN com a Jovem Pan. Gosta de ouvir Sheherazade. Que sua mulher jamais saiba, mas às vezes tem sonhos eróticos com Sheherazade.

Aquela voz, aqueles cabelos. Será que ela faria um daqueles comentários durante o sexo? …

Na Jovem Pan o PIB também aprecia os comentários de Marco Antônio Villa.

Um cabeça.

Numa entrevista com Haddad, Villa massacrou-o. Provou que o futuro pertence aos carros, e não às bicicletas.

Londres, Paris, Nova York, Copenhague, Amsterdã, todas elas estão na contramão da história. Investem em ciclovias
.
“Villa poderia dar consultoria a elas”, pensou PIB depois de ouvir Villa enquadrar Haddad.

Também aumentou o número de gênios que ajudam PIB a formar sua opinião. Ele agora sempre passa os olhos pelo blog de Constantino, da Veja.

A expressão “esquerda caviar” é uma inspiração divina, pensa PIB. Para ele, um sinal dos problemas atuais da humanidade é que o mundo dá atenção a economistas como Piketty e ignora sábios como Constantino.

PIB leu que Constantino, a bordo de uma bolsa-esposa, foi para Miami. “É a chance de os americanos descobrirem seu talento”, deduz PIB.

Rapidamente, prevê PIB, o livro de Constantino sobre a esquerda caviar será traduzido em inglês. Piketty será reduzido a nada, na comparação.

Caviar Left.

Com a publicação do livro, Constantino chamará a atenção da presidência americana. Poderá ser um conselheiro econômico da Casa Branca.

Por que não um Nobel?

Na verdade o Brasil já merecia um Nobel faz tempo por realizações literárias. Como os suecos puderam ignorar o livro de Ali Kamel que diz que não somos racistas?

E além do mais é um livro fininho …

O debate sobre o racismo contemporâneo foi reescrito ali. Os brancos é que são vítimas de preconceito no Brasil. Os brancos e os héteros.

Até quando vamos ter que suportar a ditadura gayzista?

Nas noites de segunda, Roda Viva é obrigatório. Augusto Nunes, o Brad Pitt de Taquaritinga, é maravilhoso.

Faz perguntas sensacionais. Perguntou a Lobão, por exemplo, o que ele achava da Dilma. Como alguém pode fazer uma pergunta tão profunda e tão surpreendente?

PIB ri também com os artigos de Augusto Nunes da Veja. Compartilha todos. Finalmente alguém para falar das bebedeiras de Lula, pensou PIB.

Claro que, para falar naquele tom, Augusto Nunes tem que ser um homem que jamais passou do primeiro copo de cerveja.

Em Taquaritinga os pais devem ser muito rigorosos ao ensinar a seus filhos os males da bebida …

PIB ouviu falar também de um novo site, o Antagonista. O editor é tão modesto que, quando trabalhava na Veja, transformou uma edição especial sobre seu romance numa simples reportagem de meia dúzia de páginas.

Poderia ter colocado seu livro na primeira posição dos mais vendidos, mas preferiu pô-lo, singelamente, apenas entre os dez mais.

Tenho que ler … O nome é brilhante. Antagonistas por causa de antas. O outro editor escreveu um livro sobre antas, e então uma coisa puxou a outra. Não ficou nenhuma ponta solta.

Todas as noites, uma passagem por Gentilli é obrigatória.

Nasceu para fazer rir.

PIB gostava, particularmente, da maneira como Gentilli lidou com um negro que reclamou de piadas racistas. Ofereceu bananas.

Como ele pode ter tanta inspiração?

O respeito de PIB pela Justiça brasileira cresceu ainda mais depois que um juiz considerou que não havia racismo nas bananas oferecidas por Gentilli.

Temos que acabar com a ditadura do politicamente correto.

Nas últimas semanas, a vida de PIB tem sido particularmente agitada. No dia 15 de março, vestiu a camisa da seleção e foi para a Paulista.

Um pouco de vaidade não faz mal a ninguém, e então PIB pintou o rosto de verde e amarelo.

Boas chances de chamar a atenção da imprensa. Só que não havia imprensa. Alguém falou que os jornalistas estavam com medo de apanhar, mas PIB não acreditou.

Viu vários filmes em que jornalistas cobriam guerra como se cobrissem concursos de receitas de pudim.

Herois.

Quis ser original na placa que carregaria. E então escreveu: “Fora Foro de São Paulo.” Não tinha a menor ideia sobre o que era o Foro de São Paulo, mas Constantino falava disso o tempo todo, e então sua frase era oportuna.

PIB cantou o hino na Paulista. Quer dizer, fez que cantou. Ninguém é perfeito, e PIB fazia tempo que esquecera a letra.

Voltou para casa cheio de amor pelo Brasil e pelos colunistas que o faziam ser quem era, um PIB.

Estava cansado à noite, mas ainda tinha pela frente as panelas. Jamais imaginara que bater panelas pudesse ser tão excitante
.
Hmmm … o que é isso?

Isso era uma ereção cívica.

PIB, depois de muito tempo, solicitou a mulher à noite para algo além de um prato de comida.

Na cama, consumado o sexo, PIB se sentiu o rei do mundo. E gritou isso, não em português, que seria muito clichê, mas em inglês, como em Titanic.

Sua mulher não entendeu nada, mas fazia tempo que ela desistira de compreender o marido.

Nem banho ele foi tomar.

Dormiu direto, aquele sono límpido, majestoso, inviolável típico do Perfeito Idiota Brasileiro.

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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O perfeito idiota brasileiro. 

E eles são muitos, o que é normal, já que idiotas também fazem parte da complexidade da sociedade com todas as suas tribos, idéias, valores e marcas de refrigerantes.

Sim, no caso dos idiotas as marcas de refrigerantes tem o mesmo peso de valores e idéias.

Eles sempre existiram, desde tempos imemoriais, no entanto, nesses anos em que o modelo hegemônico do capitalismo emite sinais de agonia, eles saíram de suas casas, e perderam a vergonha de expor  seus repertórios de idéias e percepções.

Quando isso aconteceu, e acontece agora, ai o crioulo pirou de vez , ou melhor , o idiota branco e chique pirou de vez.
  
Sérgio Porto, o Stanislau, jamais poderia imaginar que tamanha inversão ocorreria  passados meio século de seu samba.

Enquanto os pobres e supostamente iletrados  que motivaram Stanislau  há meio século , hoje não são mais  pobres, estudam, trabalham e dirigem o Brasil, já  os ricos e chiques de outrora , hoje, são mais ricos e  representam perfeitamente a confusão mental daquele crioulo no momento de compor o samba.
O rock do branco rico,  doido e idiota, hoje, é o sucesso às avessas, enquanto o pobre e negro , hoje, sobe na escala social  e o sambista é membro da Academia Brasileira de Artes , recebe comendas e a cultura popular brasileira é reverenciada em todo mundo.

Na avaliação da  humana natureza  do brasileiro, o vira latas de Nelson Rodrigues está mais atual e presente do que nunca, com a atual performance  de parcela da classe média e branca da sociedade, enquanto o sambista de Sérgio Porto não mais existe.

Em tempos de um capitalismo hegemônico, as máscaras perderam sua utilidade, e o lado que supostamente triunfou ao final da guerra fria, não mais necessitou de representações de civilidade  e de democracia,  mostrando sua verdadeira natureza.

Enquanto o capitalismo neoliberal  ainda crescia  e se turbinava, como no caso da década de 1990, as demonstrações de defesa do sistema, que assistimos hoje, não eram tão explícitas, já que ainda existiam resquícios de pudor e esperança por parte dos ardentes defensores do sistema.

No entanto, com a crise do capitalismo  de 2008, que perdura ainda hoje e não se sabe quando  e como vai terminar, as elites brancas e parcela branca da classe média, incitadas pela velha mídia mundial, resolveram sair as ruas em todo mundo, demonstrando e defendendo uma agenda que, em tese e na prática, é totalmente contrária a tudo aquilo que serviu de sustentação e base para defesa do sistema do capitalismo nos tempos da guerra fria, ou seja, a defesa dos valores democráticos como o principal pilar.

No tempo de Sérgio Porto, la´pelos anos da década de 1960,  a cultura se manifestava através de todas as manifestações artísticas da própria cultura popular, o que fazia da classe média brasileira um pólo referencial de cultura e comportamento.

Nos dias atuais, essa cultura não mais se manifesta  através da cultura popular, estando mais restrita aos mais  letrados e acadêmicos .

Enquanto isso, a cultura popular, que se manifesta atualmente foi encampada por um movimento mundial de superficialidade, vulgaridade, consumo rápido, e descarte para aquisição de outra coisa similar.

Nesse meio, imersos e contaminados por esse caldo, chegaram as ruas os perfeitos idiotas brasileiros, o crioulo as avessas, uma classe média   branca  e rica totalmente analfabeta em política e analfabeta cultural, que valoriza como índices referencias, aquilo que o caro leitor leu no ótimo texto acima do DCM .

Cartazes com 'fora Paulo freire', 'fora Foro de São Paulo' ou ainda pedindo a volta da ditadura militar podem muito bem ser comparados, em contexto e significado cultural  a seguinte passagem do samba do Stanislau:
' Joaquim José, que também é, da  Silva Xavier, queria ser dono do mundo e se elegeu Pedro II'

Os paneleiros da Paulista, também assistem  as bobagens proferidas diariamente pelo bobalhão do Pedro Bial, que em alegoria , pode ser comparado como sendo um dos mais perfeitos  crioulos  do Stanislau na atualidade.

O que estamos a assistir , não apenas no Brasil como em  todo mundo, ou seja, essa evasão de mediocridade explícita e doida, promovida pelos setores mais endinheirados da sociedade, nada mais é -  me arrisco a prever - que uma defesa desesperada  de algo indefensável, sem mais de presente e sem qualquer chance futuro.

Novas idéias que contemplam formas de organização social ,formas de produção e distribuição de bens, formas de consumo e estilos de vida, florescem como um sistema subjacente ao sistema agonizante e, para impedir esse avanço e até mesmo para impedir que um dia venha a se tornar dominante, o sistema atual agonizante incentiva todo tipo de violência e irracionalidade em defesa do indefensável e, para isso, conta com o apoio inestimável do branco rico e doido, que com seu rock tenta impor elementos de uma cultura de 140 caracteres.

A irracionalidade e a violência são os últimos recursos dos desesperados quando seus argumentos são estilhaçados.