domingo, 14 de dezembro de 2014

Globo, Bolsonaro e seus machados de pedra

Globo ataca Lula e protege Bolsonaro

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Que a Globo mente, todo dia e a toda hora, isso a gente sabe.

Só que a sua suposta competência sempre foi a de fingir bem. Fingir que fala a verdade, fingir que faz jornalismo, e por aí vai.

Não é sempre, porém, que as mentiras da Globo ficam tão evidentes, tão escrachadas, tão ridículas, como aconteceu agora, com a notícia sobre o apartamento de Lula, o tal “triplex”.

A reportagem da Globo deveria ser guardada num vidro, como fazem com algumas cobras venenosas, porque nunca vi tanta peçonha no mesmo texto.

É um exemplo clássico de antijornalismo.

matéria era simplesmente uma mentira de cabo a rabo.

A mulher de Lula tem uma cota de apenas um terço do triplex, o imóvel ainda não foi entregue, e as condições são iguais para todos os outros participantes da cooperativa.

O mau caratismo é tão grande que a matéria ainda dá destaque ao fato da construtora do edifício ser a OAS, investigada na operação Lava Jato.

Ora, em primeiro lugar, a Lava Jato investiga todas as grandes construtoras do país, responsável por milhares e milhares de obras.

Em segundo lugar, a OAS é investigada em dezenas de processos, inclusive os que envolvem tucanos, como o trensalão.

Nunca na minha vida vi matéria na Globo sobre onde moram os tucanos.

Onde mora Aécio?

Não vou ficar desconstruindo um lixo com tal grau de toxicidade porque não tenho saúde para tanto.

Cada frase traz uma mentira, um veneno, uma distorção.

Essa é a Globo que, nos últimos dias, tem protegido o deputado Jair Bolsonaro.

O Jornal Nacional deu infinitos minutos para o processo de cassação de André Vargas, e nada sobre o crime cometido por Bolsonaro, ao dizer a uma deputada federal, Maria do Rosário, que “não a estupro porque você não merece”.

Fonte: Blogue do Miro
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Atualmente, as pessoas que assistem globo e a velha mídia, em sua maioria são pessoas do campo da direita, e também do centro, neste último caso com visão crítica.

Já se foi o tempo em que a velha mídia , globo principalmente, seduzia e enganava a maioria da população com seu pretenso equilíbrio nas informações.

O surgimento e a consolidação da internete nestes últimos vinte anos, mudou o panorama da comunicação e também da informação.

O leitor também mudou.

O que não mudou foi a velha mídia.

Tanto globo com outras velhas , decadentes e falidas mídias, ainda se apresentam com uma estética e uma linguagem  que tem pouco diferença dos conteúdos dos tempos em que não existiam a internete e as redes sociais.

O que tanto os críticos e analistas da imprensa reclamavam e, de certa forma também pediam - que a imprensa assumisse sua opção política - aconteceu pela evolução natural das  novas formas de produção de conteúdos com a internete, que ocupou espaços, abriu possibilidades reais e concretas para o contraditório, e expôs os antigos meios de comunicação.

No entanto, a velha mídia continua, até hoje, apresentando-se como se nada disso estivesse acontecendo, como se  as redes sociais e a internete não existissem, ou a sua existência não seria relevante no contexto cultural e informativo a ponto de afetar  as grandes mídias, como impressos , rádios e TV's.

Tal comportamento por parte da velha mídia não é totalmente fruto de ignorância ou  de desconhecimento da realidade, e sim uma forma de retardar , o quanto possível, algo que se apresenta diante dos olhos de maneira clara e sem possibilidade de retorno.

Parece que o surgimento do machado de ferro ainda não foi suficiente para globo deixar de usar o machado de pedra.

Dito isto, globo , ainda hoje, tenta se mostrar como neutra, no entanto a realidade escancara o contrário.

Proteger pessoas como Bolsonaro, um primata da idade da pedra, é ignorar o surgimento,  a eficácia e a produtividade do ferro.

Seus leitores , telespectadores e ouvintes, ao que parece, gostam desse conteúdo.

A História se faz assim, com conflitos, avanços e recuos, com os saudosistas agarrados ao passado, condicionados ao que não tem mais relevância ou eficácia, enquanto o novo ocupa e consolida os espaços , sem que não  existam grandes embates e conflitos, onde a insegurança , o medo pelo novo e a perda do passado seguro e conhecido, porém agora obsoleto, são os combustívies para todo  tipo de desespero que desemboca em , Bolsonaros e globos, por exemplo, com seus machados de pedra.

Tais características são recorrentes em momentos de grandes transformações sociais, como ocorre atualmente em todo o mundo.

sábado, 13 de dezembro de 2014

Na velha imprensa esportiva o orçamento estava em impedimento e o gol foi ilegal.

Sem Unimed, Fluminense aposta no Sócio Futebol para gerar receitas

Diretoria chegou a cogitar a possibilidade de estampar projeto de sócios na camisa antes de acertar o contrato de patrocínio com a Viton 44, anunciado na quinta por Peter Siemsen

Matheus Babo e Maurício Ferro - 13/12/2014 - 09:13 Rio de Janeiro (RJ)
Torcida - Fluminense x Goiás, Campeonato Brasileiro (Foto: Rossana Fraga/LANCE!Press)
Sem a presença da Unimed, o Fluminense conta com a associação em massa de seu torcedor como forma de gerar receita para 2015. Há, inclusive, uma mobilização nas redes sociais, com um evento que já possui mais de 2.500 confirmados, intitulado “Mutirão de associação ao Fluminense F.C.”.

- É um trabalho constante que fazemos de associação. Há um engajamento maior da torcida agora neste período que a Unimed saiu, mas é algo que já fazemos há bastante tempo - afirmou Rodrigo Terra, diretor de marketing do Flu, em contato com o LANCE!Net.

Prova definitiva de que o aumento do número de sócios é levado a sério no clube e representa um dos objetivos da atual gestão, cogitou-se, inclusive, estampar o Sócio Futebol no uniforme, antes do acerto com a Viton 44. Nesta nova realidade financeira, até o presidente do Tricolor, Peter Siemsen, gravou um vídeo convocando a torcida para se associar.

- Sabemos que a notícia do fim da parceria com a Unimed mexe com todos nós por tudo que nos deu, mas é hora de olhar para o futuro. Associando-se ao Fluminense, você vai ajudar o clube, decidir o futuro dele e dar a capacidade financeira de investir cada vez mais nas divisões de base, contratações de bons jogadores, infraestrutura e, principalmente, na busca de novos títulos - afirmou o mandatário tricolor no vídeo.

Vale lembrar que, na próxima eleição, todos que se associaram até novembro deste ano poderão votar. Portanto, a votação não ficará restrita a um pequeno grupo, mas sim a todos os sócios (hoje pouco mais de 23 mil). Rodrigo Terra disse o que espera da torcida:

- Hoje o quadro social é uma das maiores fontes de receita. E vemos a importância do torcedor não só dentro do engajamento financeiro, mas também no aspecto político do clube e, claro, nas arquibancadas.

Fonte: LANCE
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Com o rompimento da longa parceria Fluminense - Unimed a velha imprensa esportiva descobriu que os clubes de futebol tem orçamentos anuais.

Como os campeonatos se encerraram e o futebol entrou em férias a velha imprensa esportiva passou a discutir  questões de orçamento, receita e gestão dos clubes.

Os programas esportivos do rádio, TV e matérias de jornais, tem dado grande espaço para opiniões e "análises" sobre gestão dos clubes, patrocínio  e marketing.

Obviamente, muitas asneiras tem surgido em meio as discussões e debates, o que já era de se esperar.

Na rádio CBN, onde o esporte é pretensamente tratado  para executivo e CEO de empresas, um jornalista disse que com a saída da Unimed  do Fluminense, seria impossível para o tricolor bancar o salário do jogador Fred - 950.000 reais - já que o valor anual do novo  patrocínio  é de l4 milhões de reais  e , assim sendo, segundo o jornalista que atende pelo nome de Guiote, todo o dinheiro do patrocínio iria para pagar o jogador.

No caso específico do tricolor  e também de todos os outros clubes, as receitas para o orçamento anual não tem origem apenas no patrocinador; aliás os valores pagos pelos patrocinadores nem são os mais significativos na composição da receita total dos clubes.

No caso do Fluminense, hoje o clube conta com um patrocinador, porém espera até o final de janeiro do próximo ano, mais três patrocinadores para o uniforme. 
Somados os quatro patrocinadores os valores podem chegar na casa de 28 milhões de reais ano.

Além disso o clube tem o patrocínio do fornecedor de material esportivo, que além de fornecer o material para o clube , paga ao clube anualmente a mesma quantia do novo patrocinador.

Outra fonte anual  de receita dos clubes , são as rendas  das partidas de futebol.

A fonte principal, vem das cotas de transmissão dos jogos pela TV.

No caso de jogadores com salarios astronômicos, os clubes buscam parcerias com investidores, caso a caso, em função das necessidades dos clubes.

Os clubes também faturam com a venda de produtos com a marca do clube. 
O torcedor mais atento, já notou que quase todo ano os clubes lançam uniformes novos.

E chegamos em mais uma receita anual dos clubes, que é o motivo da matéria acima do diário Lance.

No caso do Fluminense, o clube conta com 24.000 sócios torcedores, o que significa uma receita anual de algo em torno de 8,5 milhões de reais.

A campanha de sócio torcedor  do Fluminense já existe por alguns  anos, não surgiu agora como alguém pode imaginar lendo a matéria  acima, e tem sido bem sucedida.

A novidade, no meu entendimento, é que passou-se  a discutir na velha imprensa esportiva, mesmo de forma atabalhoada e delirante, questões de orçamento  e gestão dos clubes.

Tal discussão trouxe à tona a importância de um programa de sócio torcedor na formação da receita  anual de um clube.

Considerando que o valor mensal pago pelo torcedor  é de 30 reais,  um clube com 100 mil sócios torcedores terá uma receita anual de 36 milhões, valor acima dos valores pagos pelos patrocinadores masters dos clubes.

Essa "descoberta' pela velha imprensa, mesmo que tardia, é válida pois cria um clima positivo para que torcedores de todos os clubes se associem em benefício de seus clubes.

A campanha que o Fluminense vem fazendo para conseguir mais sócios, não só é excelente como deve estabelecer uma meta de 100 mil sócios  o mais rápido possível.

O momento é propício para atingir tal marca.

Cabe lembrar que o tricolor tem uma torcida de 14 milhões de torcedores e 100 mil sócios  representam apenas algo em torno de 0, 7 % de sua torcida.

A título de exemplo, o Porto, de Portugal, um dos clubes com maior número de sócios torcedores, tem 4% de sua torcida como associada.

Ainda, o sócio torcedor tem direito a voto nas eleições do clube e o  Fluminense vem estudando parcerias para que os sócios tenham desconto nas compras  em determinados estabelecimentos comerciais.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

O que virá ?

Wagner Iglecias: Que fim levaram os líderes latino-americanos dos anos 1990?

publicado em 12 de dezembro de 2014 às 16:15
MenemDeLaRua
Ex-presidentes argentinos Carlos Menem e Fernando de la Rua
Alberto_Fujimori_October_1998
Alberto Fujimori, ex-presidente do Peru
Carlos_Salinas
Carlos Salinas, ex-presidente do México
Que fim levaram os líderes latino-americanos dos anos 1990?
Daqui a dez anos se poderá avaliar o destino dos atuais presidentes, mas provavelmente entrarão para a história melhor que antecessores
Wagner Iglecias, no Opera Mundi, via e-mail 
A história da América Latina no século XX pode ser dividida, grosso modo, em décadas. Nos anos 1960 e 1970, por exemplo, o continente esteve imerso na lógica da Guerra Fria. Se, do lado de lá, na Cortina de Ferro, Moscou exercia fortíssima influência em países como Hungria, Polônia, Alemanha Oriental e Tchecoslováquia, do lado de cá, no “pateo trasero” dos EUA, Washington tinha grande peso sobre nações como Argentina, Brasil e Chile, que viviam sob ditaduras militares, ou México, Colômbia e Venezuela, que formalmente eram democracias.
Nos anos 1970, aliás, vários países latino-americanos experimentaram altos índices de crescimento, por conta da tomada de dinheiro barato nos mercados mundiais. Mas a festa acabou quando Ronald Reagan chegou ao poder nos EUA e o Fed subiu as taxas de juros para os títulos do Tesouro norte-americano. Ali, se enxugou a liquidez mundial e quebrou-se muitos países endividados, como os da nossa região.
A década de 1980 foi de desmanche das ditaduras, que perdiam apoio à medida que o fracasso econômico se acentuava. E foi também uma década de reconstrução das instituições democráticas e de gerenciamento da massa falida. José Sarney, no Brasil, e Raúl Alfonsin, na Argentina, foram dois claros exemplos de presidentes que tiveram de lidar com o duplo desafio de reconstruir a democracia e recolocar a economia nos eixos. Miguel de La Madrid, no México, também, ao menos no caso da economia. Num certo sentido foram todos eles líderes melancólicos, de uma época onde havia poucos motivos para se comemorar alguma coisa.
Arrebatadores mesmo foram os líderes que chegaram ao poder nos anos 1990. A onda ideológica neoliberal varria a periferia do mundo e a América Latina não ficou imune a ela. Pelo contrário, foi onde mais se aprofundou as experiências de privatização de empresas estatais, abertura comercial rápida e profunda e desregulamentação da economia. Tudo visando criar bons ambientes de negócio para investidores internacionais. Foi naquela época que gente como Carlos Menem (Argentina), Carlos Salinas de Gortari (México), Gonzalo Sanchez de Lozada (Bolívia), Alberto Fujimori (Peru), Carlos Andrés Pérez (Venezuela) e Fernando Henrique Cardoso (Brasil) elegeram-se a partir do sonho de retomada do crescimento e da equiparação das nossas sociedades com os padrões de vida do mundo desenvolvido. Doce ilusão.
O sucesso das medidas neoliberais da década de 1990 duraram isso mesmo, uma década. As medidas implantadas debelavam a inflação e atraíam capitais, de fato. Mas também produziram quebradeira de empresas, desemprego, recessão e em alguns casos reprimarização de nossas economias. Aprofundou-se o grau de dependência em relação aos países centrais. E a pobreza e a desigualdade aumentaram naquela década. Finalmente em 1998 Hugo Chávez foi eleito presidente na Venezuela e abriu a temporada de desmonte da grande frente neoliberal que comandava a América Latina até ali. Depois dele, diversos partidos de esquerda, em seus mais variados matizes, ganharam eleições e chegaram ao poder em Brasil, Argentina, Uruguai, Bolívia, Paraguai e Equador. E mais recentemente na Nicarágua, El Salvador e Costa Rica.
Mas por onde andariam, hoje, aqueles senhores que foram os ícones do sonho neoliberal que campeou na América Latina há quinze, vinte anos atrás? Aqueles que por um instante deram a impressão, a seus povos, de que Francis Fukuyama estava certo e de que, a partir da primazia da economia de mercado e da democracia liberal, havíamos finalmente chegado ao “Fim da História”?
Carlos Menem, que governou a Argentina entre 1989 e 1999, teve altos índices de popularidade enquanto conseguiu manter a paridade do peso com o dólar. Aproveitou-se dela para alterar a Constituição e concorrer à sua própria sucessão, algo proibido até então em seu país. Chegou a desdenhar do Mercosul e dizer que seu país gostaria de ter uma relação carnal com os EUA. No entanto encerrou seu governo de forma deprimente, com a Argentina mergulhada numa profunda crise econômica que acarretou sérias consequências políticas.
Outros dois dados de sua biografia política foram a anistia aos generais da ditadura (1976-1982) e a prisão por conta de acusação de tráfico internacional de armas. Tentou concorrer novamente à presidência em 2003, contra Néstor Kirchner, mas acabou desistindo da eleição por considerar que a vantagem obtida pelo adversário no 1º turno seria insuperável no turno final. Algum tempo mais tarde aliou-se a Cristina Kirchner e em 2011 foi eleito senador. Ano passado foi condenado pela Justiça argentina a sete anos de prisão por seu envolvimento no caso do tráfico de armas, mas conta com imunidade parlamentar e segue em liberdade.
Carlos Andrés Pérez, homem forte da Venezuela entre 1989 e 1993, havia sido presidente daquele país na década de 1970. Na época fez um governo nacional-desenvolvimentista, criando inclusive a PDVSA, a Petrobrás venezuelana. Reelegeu-se presidente no fim dos anos 1980 com um discurso voltado ao social mas assim que tomou posse abraçou a agenda do FMI (Fundo Monetário Internacional). Sua guinada à direita, com um pacote de medidas econômicas altamente impopulares, originou o Caracazo, em fevereiro de 1989. Evento traumático da história venezuelana, no qual milhares de manifestantes foram massacrados por forças oficiais. Em 1993 Andrés Pérez acabou sofrendo processo de impeachment por corrupção. Ainda elegeu-se senador no fim daquela década, e depois autoexilou-se na República Dominicana e na sequência em Miami, onde veio a falecer em 2010.
Gonzalo Sanchez de Lozada, o Goni, governou a Bolívia entre 1993 e 1997. Chegou ao poder aliado a pequenos grupos de esquerda e movimentos indigenistas. No entanto, implantou um duríssimo plano de ajuste econômico destinado a acabar com a hiperinflação e privatizou diversas empresas públicas. As consequências sobre as condições de vida dos mais pobres foram terríveis. Conseguiu ainda voltar ao poder entre agosto de 2002 e outubro de 2003, período em que propôs novo ajuste, com fortes perdas salariais aos trabalhadores, bem como o plano de exportação de gás boliviano aos EUA através de um porto no Chile. Acabou deposto por conta de imensa mobilização popular e fugiu para os EUA. Mora atualmente em Miami. Em 2012, Lozada sofreu pedido de extradição aos EUA feito pela Justiça boliviana, para que responda em seu país pelos atos de repressão que resultaram na morte de 60 pessoas na época de sua deposição. O pedido foi rejeitado por Washington, mas a Justiça boliviana reapresentou o pedido agora em 2014.
Alberto Fujimori foi eleito presidente do Peru em 1990, e governou até 2000. Em 1992, apoiado pelas Forças Armadas, patrocinou uma espécie de autogolpe, fechando o Congresso, a Suprema Corte e o Ministério Público. Adotou todo o receituário neoliberal, desregulamentando a economia peruana radicalmente e criando condições para a atração de investimentos estrangeiros. No entanto, viu explodirem a inflação e o desemprego. Durante seu governo, promoveu uma intensa guerra contra os movimentos guerrilheiros de esquerda, com destaque para o desmantelamento do Sendero Luminoso.
Em 2000, durante uma viagem oficial à Ásia, renunciou à presidência e pediu asilo político ao Japão, país onde muitos peruanos desconfiam que ele teria nascido. Acabou sendo condenado em 2009 pela Justiça peruana a 25 anos de prisão pelos crimes como enriquecimento ilícito, corrupção, evasão de divisas, sequestro e genocídio. Deixou o Japão e após breve refúgio no Chile, foi extraditado ao Peru, onde cumpre pena. Apesar da infraestrutura privilegiada de seu cárcere, Fujimori recentemente solicitou à Justiça do país o cumprimento do restante da pena em casa, alegando questões humanitárias. O pedido foi rejeitado.
Carlos Salinas de Gortari chegou ao poder no México em 1989, após uma eleição marcada por denúncias de fraude e na qual ganhou por pequena margem de um adversário esquerdista. Implantou um radical programa de corte neoliberal, com destaque para a privatização de inúmeras empresas estatais, de setores variados como telefonia, bancos, telecomunicações, seguradoras, transporte aéreo e hotelaria. Foi de Salinas a iniciativa de procurar os EUA e o Canadá para a criação do NAFTA (Tratado de Livre Comércio da América do Norte), assinado em 1994. Suas medidas na economia deram ao México índices de crescimento que não se via há décadas, associados a uma queda radical da inflação. O país chegou inclusive a ser aceito na OCDE, clube dos países mais ricos do mundo à época, e era tratado como modelo pelomainstream econômico mundial. No entanto, sua política cambial e sua política fiscal resultaram tão desastrosas que desorganizaram as contas públicas do país, a ponto de ocasionar a Crise Tequila. Ali o México faliu, dando o pontapé inicial a uma série de graves crises econômicas na segunda metade dos anos 1990, como no Leste Asiático, na Rússia, na Turquia e na Argentina, entre outros países. Um mês após encerrar seu mandato, e tendo Raul, seu irmão, preso por denúncias de corrupção, Salinas de Gortari deixou o México rumo aos EUA e algum tempo depois se soube que havia se autoexilado na Irlanda, país que não possuía tratado de extradição com o México. Em 2004 Enrique, outro irmão seu, foi encontrado morto em condições nunca totalmente esclarecidas. Retornou há alguns anos ao México e é aliado do atual presidente Peña Nieto, que reconduziu o Partido Revolucionário Institucional (PRI) ao poder após doze anos na oposição.
Outros líderes políticos latino-americanos da década de 1990 também adotaram o receituário neoliberal e também fracassaram. É o caso, por exemplo, dos ex-presidentes Abdalá Bucaram, que governou o Equador entre 1996 e 1997, e Jamil Mahuad, que presidiu aquele país entre 1998 e 2000. Foi ele, Mahuad, que extinguiu o sucre, moeda nacional do Equador, e adotou o dólar como moeda oficial. Vive hoje exilado nos EUA, enquanto Bucaram está exilado no Panamá.
Daqui a dez anos se poderá avaliar o destino político, pós-poder, dos atuais líderes latino-americanos. Hugo Chávez, ainda que contestado pelos setores médios e ricos da população de seu país, faleceu como um herói nacional na Venezuela. Cristina, por sua vez, também enfrenta oposição na sociedade argentina, mas Lula terminou seu mandato como o presidente mais popular da História do Brasil. Mujica em alguns dias deixará a presidência do Uruguai também com altos índices de aprovação, e Evo Morales e Rafael Correa são presidentes eleitos e reeleitos com grande popularidade na Bolívia e no Equador, respectivamente. Muito provavelmente todos eles entrarão para a História em páginas bem mais gloriosas que seus antecessores da década de 1990.
Wagner Iglecias é doutor em Sociologia e professor do Programa de Pós-Graduação em Integração da América Latina da USP.

Fonte: VIOMUNDO

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1 - Final dos anos da década de 1940  e década de 1950 :

Término da segunda guerra mundial e divisão do mundo em dois blocos, comunistas e capitalistas.  União Soviética exerce pressão e influência sobre os países do leste europeu e os EUA exerce influência sobre os países da América Latina.


2  - Décadas de 1960 e de 1970:

Países da América Latina influenciados pelos EUA, em sua maioria, abandonam a democracia e instalam ditaduras militares.


3 - Década de 1980:

Já com o neoliberalismo e a globalização econômica sendo costurados e implementados por EUA e Inglaterra, as ditaduras da América Latina passam por um processo de transição para   uma democracia em ambiente neoliberal e globalizado, enquanto o lado comunista , liderado pela União Soviética desmorona.

4 - Década de 1990

Com o lado dos EUA - capitalismo - declarado vencedor, os países aderem ao Consenso de Washington, em total apoio e implementação do ideário neoliberal, tanto na América Latina como no leste europeu.

5 - Década de 2000
O neoliberalismo e a globalização econômica acentuam a exclusão social e aumentam a pobreza, fazendo surgir na América Latina, principalmente, governos ainda que inseridos na lógica da globalização neoliberal , mas com forte inclinação para  construções de estados de bem estar social e mesmo do socialismo. Sociedade civil organizada, no mundo, contesta a globalização neoliberal e seus efeitos nefastos para vida dos povos.


6 - Década de 2010:

A crise econômica mundial que teve início na década de 2000, ainda se faz presente na entrada da segunda metade da década de 2010.  A globalização neoliberal, e a crise econômica vigente, revelaram os limites da democracia para todos os países e, também revelaram o poder totalitário da globalização neoliberal.


2015 - O que virá ?
A democracia plena e participativa ou novos arranjos para conter ainda mais a democracia de fachada atual  ?

Rock careta

EUA se infiltraram em cenário musical cubano para incentivar oposição a governo entre jovens

Flickr/ Oriana Eliçabe
Operação realizada pela Usaid usou artistas como o grupo Los Aldeanos e cantor pop Juanes com intuito de desencadear movimento juvenil contra irmãos Castro
12/12/2014
Por mais de dois anos, a Usaid (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) se infiltrou secretamente no cenário hip-hop underground de Cuba, recrutando rappers para desencadear um movimento de jovens contra o governo, de acordo com documentos obtidos pela AP (Associated Press) e divulgados nesta quinta-feira (11/12).

De acordo com os arquivos, a ideia era usar músicos cubanos "para romper o bloqueio de informação" e construir uma rede de jovens que procurassem uma "mudança social" em relação à liderança dos irmãos Castro, no poder desde 1959.
No entanto, a operação foi classificada como amadora e foi mal sucedida. O programa secreto dos EUA também envolveu a empresa Creative Associates International, com base em Washington, DC, que pagou milhões de dólares para minar o governo comunista de Cuba.

Em pelo menos seis ocasiões, as autoridades cubanas detiveram ou interrogaram pessoas envolvidas no programa, confiscando também equipamentos de informática. Segundo investigação da agência de notícias norte-americana, em muitas ocasiões os músicos cubanos não tinham ideia de que eles haviam sido apanhados para uma operação clandestina dos EUA.

Os documentos acessados pela AP contêm milhares de páginas que incluem contratos, e-mails, chats preservados, orçamentos, relatórios de despesas, pontos de energia, fotografias e passaportes. Além disso, os arquivos também trazem à tona o projeto do Twitter cubano, outra operação revelada em abril deste ano pela Associated Press.

"As alegações de que o nosso trabalho é secreto ou dissimulado são simplesmente falsas", declarou a Usaid em um comunicado na quarta-feira (10/12). Segundo a agência governamental, seus programas foram destinados a “reforçar a sociedade civil", em lugares onde “muitas vezes o engajamento cívico é suprimido e onde as pessoas são perseguidas, presas, submetidas a danos físicos ou a consequências piores". Já a Creative Associates preferiu não comentar o caso.
Histórico da operação

A princípio, a operação hip-hop foi executada em Cuba pelo sérvio Rajko Bozic. O projeto foi inspirado nos concertos de protesto do movimento estudantil que ajudou a minar o ex-presidente sérvio Slobodan Milosevic em 2000.

Na ilha caribenha, a proposta era recrutar dezenas de músicos cubanos para projetos disfarçados de iniciativas culturais, mas realmente destinados a fomentar um movimento de fãs que desafiassem o governo de Raúl Castro. Rajko Bozic, então, focou em Los Aldeanos, um grupo de hip-hop frustrado com a pressão oficial e amplamente respeitado pela juventude cubana por suas letras contundentes.

Por sua vez, a Creative Associates usou uma empresa de fachada no Panamá e um banco no Lichtenstein para ocultar o rastro do dinheiro de Cuba, onde milhares de dólares foram usados para financiar um programa de TV estrelado por Los Aldeanos.
Em setembro de 2009, o cantor pop colombiano Juanes anunciou show em Havana. Na ocasião, empresários da Creative tentaram persuadir o artista para deixar Los Aldeanos tocarem juntos. A empreitada não deu certo, mas Juanes chegou a agradecer publicamente os rappers após o concerto e foi fotografado com o grupo. O episódio gerou maior popularidade de Los Aldeanos na ilha.

Em um comunicado encaminhado ontem à AP, um porta-voz Juanes, John Reilly, disse que o concerto não teve agenda política e que "Juanes e os outros artistas da organização não têm qualquer conhecimento" da operação norte-americana.

Em agosto de 2010, Los Aldeanos subiu ao palco no Rotilla, um dos maiores festivais de música independente das autoridades cubanas. Diante de uma multidão de cerca de 15 mil pessoas, eles dilaceraram funcionários do governo pelo nome e provocaram a polícia. Após esse episódio, Rotilla passou a ser organizado pelo governo cubano e os integrantes de Los Aldeanos acabaram se mudando para o sul da Flórida, reclamando que era impossível continuar a trabalhar na ilha.
Fonte: BRASIL DE FATO
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Não conheço em profundidade, atual e histórica, os conteúdos  das letras de movimentos musicais  hip hop e funk aqui do Brasil.
Sei, apenas, que Lobão, Roger ( ultraje a rigor ) e Paulo Ricardo ( RPM ), todos oriundos do movimento rock que surgiu no início da década  de 1980, hoje apoiam explicitamente iniciativas de impeachment do governo Dilma e mesmo intervenção militar com volta da ditadura. 
Além dos citados, o pessoal dos Titãs também tem profundas ligações com o grupo globo.

ALBA

Alba, inclusão e bem-estar humano são sua marca


Há 10 anos de sua fundação, a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) mostra resultados concretos em matéria de inclusão e bem-estar humano, destacou nesta quinta-feira (11) o embaixador alternado de Cuba nas Nações Unidas, Oscar León.


                                    Emblema da Alba
Em entrevista à Prensa Latina, o diplomata disse que essas têm sido as prioridades do bloco integracionista de nove países desde seu nascimento, no dia 14 de dezembro de 2004, por iniciativa dos líderes das Revoluções Cubana e Venezuelana, Fidel Castro e Hugo Chávez, respectivamente.

Trata-se de uma maneira de tornar realidade o acesso à educação, saúde e aos direitos humanos por todas as pessoas, incluindo os setores mais vulneráveis, algo que com tanta força se proclama na ONU, ainda que às vezes com muita hipocrisia, advertiu.

De acordo com León, destacam-se os mais de 3,5 milhões de beneficiados pela Operação Milagre, a qual permite a recuperação ou melhorar da visão gratuitamente a latino-americanos e caribenhos impossibilitados de pagar os altos custos das intervenções cirúrgicas.

Como fruto dos processos de unidade regional vinculados à Aliança também há as milhões de pessoas que aprenderam a ler e escrever a partir do método Sim, Eu Posso, criado por especialistas cubanos e reconhecido pela Unesco, agregou.

Nesse contexto, Venezuela (2005), Bolívia (2008) e Nicarágua (2009) declararam-se territórios livres de analfabetismo.

León destacou também o Petrocaribe, um mecanismo para a cooperação energética baseado na solidariedade.

Os benefícios de todos estes programas e ações vão para além dos membros da Alba (Antígua e Barbuda, Bolívia, Cuba, Dominica, Equador, Nicarágua, Santa Luzia, São Vicente e as Granadinas e Venezuela), afirmou.

A respeito, recordou a postura da organização diante da epidemia de ebola que aflige a África Ocidental, onde milhares de pessoas perderam a vida.

A Alba respondeu ao pedido de ajuda lançado pelas Nações Unidas para assistir aos países atingidos, e adotou medidas destinadas a preparar a região face à ameaça global representada pelo vírus, em uma cúpula extraordinária que Havana acolheu em outubro passado, expôs.

Segundo o embaixador cubano, o bloco integracionista latino-americano e caribenho celebra sua década de existência centrado na busca permanente da inclusão social e no bem-estar humano.

Tudo isto a partir da unidade de seus membros, no empenho de tornar realidade os sonhos de próceres como Simón Bolívar e José Martí, sublinhou.




Alba deve ser referência para a Europa, afirma intelectual italiano


O livro De Sur a Sur, la Estrategia del Caracol, de Luciano Vasapollo, propõe uma proposta considerada por seu autor como provocativa: o futuro da Europa passa hoje por olhar para os povos latino-americanos.



 


"Se a Europa quer mudar deve ir aos países da Aliança Bolivariana dos Povos da Nossa América (Alba)", disse na apresentação de sua obra, em Madri, o economista italiano, professor na Universidade La Sapienza de Roma.

O ato, que contou com a presença de embaixadores e outros diplomatas dos países da Alba na Espanha, foi também incluído na comemoração do décimo aniversário dessa aliança regional.

O livro, apresentado na embaixada de Cuba na Espanha, constrói a proposta de uma Alba euro-afro-mediterrânea, a partir da pesquisa sobre os processos em marcha na América Latina, que o estudioso considera uma transformação radical do modelo capitalista.

Vasapollo acredita que a aliança latino-americana não tem formas perfeitas, mas desenvolve projetos dinâmicos.

"Os países da Alba constroem seu futuro com a estratégia do caracol: com lentidão mas sempre avançando", apontou o intelectual, para quem esse processo é "um exemplo para a construção no Mediterrâneo de um modelo de cooperação e desenvolvimento solidário".

Na opinião de Vasapollo, a Europa constrói a riqueza dos países do norte com a destruição do sul (Itália, Espanha, Grécia e Portugal), em cumprimento dos ditados da Troika (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Europeu).

"O sul da Europa vive a crise do capitalismo de maneira tremenda e a solução é romper com a União Europeia e não fazer compromissos com a oligarquia", afirmou o intelectual italiano na apresentação de seu livro, que atraiu um numeroso público em Madri.


Fonte: VERMELHO
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Dez anos de existência e sucesso da ALBA.

Para quem acreditava que era apenas um sonho com data de validade, errou.
Assim como também erraram aqueles que acreditavam que o movimento de integração latino americano e caribenho, iniciado em 1998, tinha vida curta.

Bem maior do que a ALBA é o seu próprio conceito, que já começa a ganhar adeptos na Europa.

Inadmissível que com dez anos de sucesso, o Brasil ainda não tenha formalizado sua adesão ao grupo.

Enquanto a ALBA comemora  seu sucesso, outros blocos caminham para a irrelevância ou mesmo para grandes contestações por parte das populações de países envolvidos.

É o caso do NAFTA, hoje associado ao desespero de povos, narcotráfico , crime organizado, racismo, práticas de tortura, estados terroristas, entre outros.

Se não bastasse tudo isso, o que não é pouco, o NAFTA é um bloco de integração  que constrói muros entre países de maneira a evitar a ...integração e livre trânsito de pessoas dos países membros.

Por outro lado, NAFTA e mesmo a cambaleante União Européia, são referências, ao menos em citações positivas, nos veículos da velhinha e, não por acaso, também decadente mídia.

Asilos e casas geriátricas são locais de convivência de velhinhos.

A propósito, a maioria das pessoas não tem conhecimento sobre a existência da ALBA, por uma razão muito simples:

O bloco, apesar de ignorado pelos asilos privados, também cuida dos velhinhos desprotegidos.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Tucano de bico burro

Pra que água do rio? Toma uma Perrier!

11 de dezembro de 2014 | 10:13 Autor: Fernando Brito
veta
Incrível.
Em plena crise hídrica – nem o temporal de ontem conseguiu fazer subir o nível dos reservatórios – os tucanos de São Paulo e o restante da base de Geraldo Alckmin aprovam uma lei que reduz ainda mais o tamanho das áreas de mata ciliar em torno de rios no Estado.
Inconstitucional, porque fere a lei federal (lembra do “Veta, Dilma” do Código Florestal, que a Dilma vetou?) que determina 30 metros como faixa mínima, enquanto a lei paulista baixa até para simples 5 metros.
Pior, ainda permite que 50% disso seja de eucaliptos, o que qualquer um sabe que é um “seca-chão” e um “mata-fauna e flora”, porque não permite o brotamento de outras espécies, atacando a outra finalidade da mata ciliar, que é fornecer um “corredor” de trânsito para as espécies animais ribeirinhas.
Diz a Folha que a Associação de Produtores de Cana apoia a nova lei.
“O ambiente puxa para lá, e a gente puxa para cá. Se essas regras foram as que conseguimos no Código Florestal, é o que queremos para São Paulo”, diz Eduardo Romão, presidente da associação.
É isso aí.
Se não tem água, abre uma Perrier.

Fonte: TIJOLAÇO
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Rios , lagos, lagoas em um passado distante eram protegidas.

A legislação federal antiga estipulava uma distância de 60 metros mínima das margens, para qualquer tipo de edificação.
Com o tempo essa distância caiu pela metade, para 30 metros.

Agora, os "brilhantes" tucanos de São Paulo querem reduzir ainda mais, ao mínimo, a distância das margens para as edificações.

Isso significa acabar com as matas ciliares , com a fauna desses locais e em seguida com o ecossistema, ou seja, com a água.

Outro problema grave, é o uso da agropecuária, já que os animais destroem toda a mata ciliar e ainda poluem os rios , lagos, lagoas  e o lençol freático com uma quantidade gigantesca de fezes e urina.

Com a diminuição das matas ciliares o assoreamento desses ecossistemas- fluviais e lacustres - aumenta, estrangulando rios e diminuindo o espelho d'água dos lagos e lagoas, além claro, de eliminar  a fauna.

Seria interessante que os parlamentares de São Paulo tivessem algumas aulas sobre Limnologia.

Fezes maquiadas


O novo recorde de Sheherazade: 

usar boato de humorista para defender o amigo Bolsonaro



Postado em 10 dez 2014
Maria do Rosário falou sem pensar, segundo Sheherazade






Maria do Rosário fala sem pensar, segundo Sheherazade

Desde que suas opiniões foram para a Sibéria do SBT, Rachel Sheherazade tem dado suas cacetadas na Jovem Pan. Se na TV de Silvio Santos ela já não tinha muito compromisso com os fatos, no rádio Rachel vem se revelando uma mistura ensandecida de Arnaldo Jabor, Didi Mocó e Mussolini.
Ao sair em defesa de seu amigo Jair Bolsonaro — como ela, um guardião dos valores da família –, Rachel conseguiu, primeiro, mentir e, depois, repercutir um boato fabricado por um site de um comediante.
Em sua coluna, Rachel reproduziu o entrevero dos dois deputados em 2003 no Salão Verde da Câmara.
“Enquanto Bolsonaro defendia, numa entrevista, a redução da maioridade penal, Rosário se intrometeu na conversa e, referindo-se à violência praticada por menores de idade inimputáveis, a petista provocou:
- O senhor é responsável por essas mortes todas, esses estupros, essa violência.
Bolsonaro pergunta, no vídeo: 
- Eu sou estuprador agora?!
Rosário responde:
- É, o senhor é estuprador.”
vídeo do YouTube está disponível. A frase de Rosário não existe. Sheherazade ouviu porque era o que queria ouvir.
Em seguida, lembrou um outro episódio. A então secretária nacional dos direitos humanos “incitou à violência, dizendo: ‘Quem cometer um crime contra um gay merece a pena de morte.’
“Mas, ao saber que os assassinos eram menores de idade, e que não poderiam ser punidos por seus crimes, Rosário, ferrenha opositora da redução da maioridade penal, desconversou, saiu pela tangente, fingiu atender a um telefonema, e deixou os jornalistas sem resposta.”
A história toda é fruto da imaginação de um humorista chamado Joselito Muller, que a publicou em seu blog. Foi reproduzida, como verdadeira, pelos suspeitos de sempre, incluindo o velho Bolsonaro. Maria do Rosário fez um desmentido em suas contas na redes sociais. O e-farsas explicou a palhaçada em março.
Era presumível que Sheherazade desse cobertura a um boçal que joga no mesmo time que ela. Mas, ao juntar seu fanatismo com a inabilidade em apurar direito uma notícia, ela atingiu um novo padrão de desonestidade intelectual — que já era bem alto.
Em circunstâncias normais, ela iria, na melhor das hipóteses, para uma nova geladeira. No mínimo, faria uma retratação. Como ela mente e distorce para o lado certo, porém, deve estar sendo, a essa altura, cumprimentada por combater com coragem a ditadura bolivariana que protege gente como Rosário e persegue faróis da liberdade como Jair Bolsonaro e Rachel Sheherazade.

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Esses jornalistas da velha mídia, Sheherazade, Jabor, Reinaldo Azevedo, Willian Waack e outros, muitos outros da mesma cepa, se apresentam em suas inserções, por vozes ou textos, sempre como detentores da verdade, promulgadores da sentença final.

Deixam para seus incautos seguidores a idéia  de esgotamento do assunto ao qual se referem, tamanha é a confiança e assertividade que apresentam, ou tentam apresentar, em suas opiniões.

No entanto, diante de uma análise fria, tudo o que dizem e escrevem sempre cai por terra.

De assertivos que desejam ser , não passam daquilo que realmente são:
fezes maquiadas.