quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Prisão para os torturadores

Relatório da Comissão da Verdade pede revisão da lei da anistia

Ichiro Guerra/PR












Após mais de dois anos de trabalho, relatório final da Comissão Nacional da Verdade aponta que as violações de direitos humanos foram sistemáticas durante o período da ditadura
10/12/2014
Da Redação

Instaurada em maio de 2012, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) publicou seu relatório final nesta quarta-feira (10), Dia Internacional dos direitos humanos. Entre outras revelações, o documento inclui entre os culpados pelos crimes de ocultação de cadáver, mortes, torturas e desaparecimentos forçados os cinco generais que presidiram o país entre 1964 a 1988, além de pedir pela revisão da lei de anistia aos torturadores.

Desde seu início, a Comissão entrevistou 1121 pessoas para apurar e esclarecer os crimes e violações de diretos humanos cometidos no período da ditadura civil-militar e adotou preceitos internacionais para delimitar as graves violações cometidas pelos agentes do Estado, a seu serviço ou com a conivência estatal, contra cidadãos brasileiros ou estrangeiros.

De acordo com o relatório, prisões sem base legal, tortura e as mortes dela decorrentes, violências sexuais, execuções e ocultações de cadáveres e desaparecimentos forçados foram praticadas de forma massiva e sistemática contra a população e são crime contra a humanidade.

Anistia viola as leis internacionais

O dia 28 de agosto de 1979 é conhecido como o Dia da Anistia, onde centenas de refugiados voltaram ao país, perdoados pelo regime militar. Acontece que esse perdão foi “geral e irrestrito” também para os agentes do Estado, o que faz os torturadores do regime ficarem sem qualquer tipo de punição até hoje.

O relatório final da comissão decidiu pedir a revisão da lei. Segundo o documento, a anistia não poderia incluir agentes públicos, pois os crimes cometidos por eles são “imprescritíveis e não passíveis de anistia” por uma lei interna.

Em abril de 2010 o Supremo Tribunal Federal rejeitou o pedido da Ordem dos Advogados do Brasil que pedia uma revisão da lei. O relator do processo, o então ministro Eros Grau, afirmou que não cabe ao Poder Judiciário rever o acordo que, na sua visão, foi político.

Movimentos pedem punição aos torturadores  


Dezenas de movimentos, ativistas, organizações e jornalistas assinaram nesta quarta-feira uma carta em que defendem as punições aos agentes públicos responsáveis pelas torturas e crimes cometidos pelo estado.

“A violência do Estado que perseguiu, torturou e matou centenas de militantes políticos é a mesma que hoje possui em sua estrutura os autos de resistência que é um dos instrumentos que tem justificado o extermínio da juventude pobre, em especial negra, nas periferias das grandes cidades”, diz.

Leia a carta na íntegra:

Nota Pública: Pela punição dos torturadores da Ditadura Militar


As organizações políticas se manifestam para expressar a importância do dia 10 de dezembro de 2014 que marca um esforço concentrado de 2 anos na luta por memória e verdade.

Autoridades, movimentos sociais e entidades de diretos humanos colaboraram nas investigações das violações cometidas pelo Estado brasileiro durante o período da ditadura militar.

Depois de observarmos o atraso ideológico de uma gente que sai às ruas pedindo intervenção militar, constatamos que vivemos em um período de polarização da luta social, e nos colocamos diametralmente opostos a estes sujeitos. Somos favoráveis ao aprofundamento radical da democracia em nosso país.

O relatório produzido pela Comissão Nacional da Verdade, assim como as recomendações ao Estado brasileiro, devem deflagrar um novo período de lutas aos movimentos sociais que atuam contra a impunidade com centralidade na luta pela Justiça.

Esse processo coloca em evidência a necessidade do Estado brasileiro, através da Presidência da República, executar a sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos que prevê a punição dos agentes de Estado responsáveis por crimes de tortura. Dessa forma, daria vazão à principal bandeira dos movimentos em luta pela justiça que é a superação da lei de anistia, possibilitando o fim da impunidade.

A dívida histórica do Estado brasileiro com a justiça ameaça a democracia sempre que o aparato repressivo atua com sua estrutura atrasada de uma polícia militarizada e com um método defasado que aterroriza a sociedade.

Existe uma relação intrínseca entre a impunidade dos torturadores, a violência policial e o sistema político vigente com o processo inacabado de democratização do país. A violência do Estado que perseguiu, torturou e matou centenas de militantes políticos é a mesma que hoje possui em sua estrutura os autos de resistência que é um dos instrumentos que tem justificado o extermínio da juventude pobre, em especial negra, nas periferias das grandes cidades.

O sistema político que sustentou a ditadura militar de 64 a 85 deu lugar a um modelo que bloqueia a participação social e não tem condições de operar as reformas necessárias para o país. Daí vem a necessidade de se fazer uma profunda reforma do sistema político que só acontecerá com pressão social por meio de uma Constituinte Exclusiva e Soberana.

A execução da sentença da CIDH é o próximo passo na luta pela justiça, que viabilizará a punição dos torturadores e o fim da impunidade que assombra nosso presente de lutas pela emancipação nacional. 
Fonte: BRASIL DE FATO
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Que se inicie uma grande mobilização nacional 

para que a lei da anistia seja revista e os culpados

pelos crimes bárbaros durante a ditadura militar

sejam detidos, julgados  e, uma vez culpados, 

condenados a prisão.

Globonaro

Jornal Nacional esconde Bolsonaro

Por Rogério Tomaz Jr., no blog Conexão Brasília-Maranhão:

Que Jair Bolsonaro tem seus defensores e fãs, ninguém questiona. Basta que a população tenha 10% de fanáticos fundamentalistas para que seres como ele, Marco Feliciano et caterva sigam exercendo mandatos parlamentares.

Daí a ser protegido pelo jornalismo da maior emissora do País são outros mil e quinhentos motivos para criticar a Rede Globo.

Nesta terça-feira (9), véspera do Dia Mundial dos Direitos Humanos, o fascista com broche de deputado voltou a soltar sua língua para destilar o ódio medieval. Afirmou, em plena tribuna da Câmara, que não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RS) – que acabara de fazer um pronunciamento – porque ela “não merece”. Quem quiser conferir, o vídeo com a agressão está aqui:

O fato gerou revolta e protestos que dominaram o debate na Internet durante o resto do dia. A repercussão na imprensa foi proporcional à gravidade da ofensa, que não é inédita na carreira de Bolsonaro.

O mais surpreendente, entretanto, é o fato de o principal telejornal da Rede Globo, que alcança em média 70 milhões de pessoas por noite, ter simplesmente IGNORADO o episódio, decisão editorial que equivale a um ato de CENSURA, sobretudo quando se olha a grade do JN desta noite: uma reportagem sobre o número crescente de viúvos e divorciados, por exemplo, ocupou TRÊS MINUTOS e cinco segundos do programa, mais de 10% do seu total.

Já o novo ataque de Bolsonaro não mereceu sequer uma nota dos apresentadores… merece ser ignorado pelos milhões de telespectadores do telejornal.

Fonte:Blog do Miro
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É do conhecimento de todos que a rede globo apoiou o golpe militar de 1964 e, também, a sangrenta e violenta ditadura militar que se seguiu ao golpe.

Também todos sabem, que a rede globo, nasceu, cresceu e se desenvolveu com o apoio que recebeu dos militares durante o período da ditadura militar.

Bolsonaro é uma das poucas espécimes vivas do período da ditadura militar que ainda se encontra em uma forma de atividade com visibilidade.

Os demais militares, quando não estão vestidos com pijamas, reúnem-se com frequência nos clubes militares para recordar " dos velhos e bons tempos" em que cortavam corpos e jogavam os pedaços no mar para alimentar sardinhas, como uma besta fera dessas certa vez se pronunciou quanto ao que faziam com os presos políticos.

Quanto a rede globo, ainda não foi explicado de forma clara se a empresa dos Marinhos também apoiou explicitamente os militares nos crimes de tortura, já que é sabido que vários empresários apoiavam a formação de "técnicos" para os centros de tortura, como também a criação desses centros.

Esconder Bolsonaro , como fez agora a TV globo, não é novidade, aliás é algo coerente com a história da grupo globo.

O militar de langerie

PT repudia ataque de Bolsonaro a Maria do Rosário: Barbárie

publicado em 9 de dezembro de 2014 às 20:27
Maria-do-RosárioJair-Bolsonaro
da Assessoria da Liderança do PT na Câmara dos Deputados, via e-mail
NOTA DE REPUDIO DA BANCADA DO PARTIDO DOS TRABALHADORES AO DEPUTADO JAIR BOLSONARO
O Deputado Jair Bolsonaro é representante, aqui neste Parlamento, de um outro estágio civilizatório: um que a sociedade brasileira felizmente superou, mas que não está enterrado porque tem nesse senhor sua cria, a destilar a grosseria, o ódio, o desrespeito  e a violência próprios dos tempos de barbárie.
Hoje este senhor cometeu mais um ato torpe ao declarar que “não estuprava a deputada Maria do Rosário porque ela não merece”, deixando assim transparecer como lhe é admissível a ideia de assumir o papel de estuprador condicionando, porém, sua agressão ao “merecimento” da vítima, assim demonstrando a covardia que é tão típica dos estupradores.
A dignidade da pessoa humana, que é relembrada, comemorada e reivindicada nesta semana do Dia Internacional dos Direitos Humanos, é um valor estranho a esse senhor: tudo o que está em sua mente e em sua boca é maldade e depravação, marcas indeléveis do regime de usurpadores e torturadores que ele tanto defende.
Num exercício de paranoia conspiracionista, os malfeitos desse tempo de horror ele quer projetar no nosso governo, que ao contrário de tudo o que ele representa, é democrático e vitorioso. Nossa Constituição prevê   punição para práticas discriminatórias que atentem contra os direitos e liberdade fundamentais. O artigo 1º, da Carta Magna fundamenta-se, entre outros valores, na cidadania e na dignidade da pessoa humana e no pluralismo político.
Diante disso, a Bancada do PT decidiu tomar todas as medidas judiciais e regimentais contra o deputado Jair Bolsonaro. A barbárie cometida hoje no plenário da Câmara ofende a cidadania brasileira e as consciências das pessoas que lutam por uma sociedade civilizada, tolerante e democrática. No âmbito do Parlamento e do Judiciário, todas as iniciativas serão tomadas por nós, parlamentares da Bancada do PT, já que as declarações – ameaças – de Bolsonaro demonstram total desrespeito à condição de representante do povo deste país.
Cara companheira deputada Maria do Rosário, temos orgulho do seu caráter e do seu compromisso com a dignidade humana. Não se deixe abater por este ataque vil e conte sempre conosco.
Dep. VICENTINHO – PT/SP
Líder da Bancada na Câmara

Fonte: VIOMUNDO
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Hoje, no dia em que é apresentado o Relatório da Comissão da Verdade, que apurou violações contra os direitos humanos no período da ditadura militar, o Deputado Bolsonaro, militar do exército Brasileiro, não apenas agride uma parlamentar como faz apologia ao estupro.

Bolsonaro é a imagem, o retrato perfeito das Forças Armadas do país que em nada contribuíram para os trabalhos da Comissão da Verdade.

Bolsonaro foi doutrinado ao longo de sua carreira militar para matar e torturar, motivo pelo qual não sabe conviver em regimes democráticos.


Não é primeira vez que Bolsonaro produz declarações como essa, talvez esquecendo-se que a ditadura militar - que o militar deputado tanto defende - não mais existe.

Bolsonaro, como militar anacrônico ,não pode participar de um congresso nacional, já que devido a sua formação só ouve ou acata opiniões - que para o deputado são ordens - de pessoas que sejam hierarquicamente superiores. 

É um autômato, desprovido da capacidade de análise, pois para quem tem apenas uma arma na mão , tudo se resolve com um tiro.

Um beócio, que agride  quase sempre as mulheres, talvez por detestá-las e, ao fazê-lo revela um tipo de machismo violento, que por outro lado quase sempre revela um perfil de homossexualismo.

Diante das câmeras e nas tribunas, Bolsonaro se apresenta com um feroz defensor de todo tipo de violência.

É provável que em sua intimidade, o militar goste de usar langerie.





Velha mídia também mata

Moradores podem ter sido contaminados por consumirem água com agrotóxico, no RS

9 de dezembro de 2014

Por Maura Silva
Da Página do MST

Na semana passada, dez pessoas foram internadas após ingerirem água de um riacho em Lajeadinho, Cacique Doble, no norte do Rio Grande do Sul. 

Investigações preliminares dão conta de que a água utilizada para consumo pelos moradores da região estaria contaminada pelo “agente laranja” 2,4 D (2,4-Diclorofenoxiacético), um agrotóxico altamente nocivo para a saúde humana. 

Conforme relatos das vítimas, após consumirem a água, os moradores sentiram falta de ar, sensação de sufocamento, feridas, coceiras, dor de cabeça, náuseas, vômitos, diarréia e até desmaios.

Entre as pessoas contaminadas, está um bebê com 40 dias e um menino de 6 anos. Segundo os atingidos, a água da nascente e do riacho ficaram esbranquiçadas como se estivessem com excesso de cloro, só que com um cheiro forte e insuportável.

Alexandra Bastos, médica responsável pelos atendimentos, afirma que os sintomas apresentados não indicam intoxicação pelo ar, o que corrobora com a tese da água contaminada. 

O Ministério Público do Rio Grande do Sul apreendeu o trator e o pulverizador utilizados na aplicação do produto para análise. 

Os pacientes seguem em observação aguardando os resultados dos exames de sangue para comprovação da intoxicação. 

Debate

O deputado estadual Edegar Pretto (PT-RS) acompanha o caso, e diz que uma contaminação causada pela água pode ter graves conseqüências à saúde da população da região. 

Para ele, o uso desse tipo de agrotóxico é inaceitável, sendo preciso legislações mais severas que sejam capazes de punir os responsáveis.

“O uso dos agrotóxicos só traz malefícios à saúde humana. O veneno mata a biodiversidade, mata os nutrientes e empobrece o solo. No Brasil, a cada ano, 500 mil pessoas são acometidas por câncer, grande parte originária dos venenos dos alimentos”, relata. 

Para Pretto, é preciso leis capazes de punir severamente os responsáveis e acabar com o fim da cultura dos agrotóxicos na agricultura brasileira.

Na última semana, o deputado protocolou na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul dois projetos de lei para impedir o uso abusivo de agrotóxicos no estado. 

Um proíbe a pulverização aérea de lavouras em todo o território gaúcho. O outro proíbe a fabricação, comercialização e uso de produtos que contenham em sua fórmula a substância 2,4-D.

Para ele, sem a pressão popular pouca coisa será feita pelo novo Congresso Nacional que assume o poder em 2015.

“Os projetos foram protocolados, mas, devido ao final do ano, os tramites serão arrastados. A votação desses pedidos depende da pressão das ruas, do povo e dos movimentos sociais. Caso contrário, com a bancada ruralista eleita recentemente, pouco ou nada será feito para barrarmos o uso dos agrotóxicos”.

País de origem

O deputado também falou sobre as duas recentes decisões liminares concedidas pelo Tribunal de Justiça gaúcho à indústria do agronegócio. 

Conforme estabelece a Lei 7.747/82, só deveriam ser admitidos no Rio Grande do Sul a distribuição e comercialização de agrotóxicos e biocidas já registrados no órgão federal competente, e caso os produtos sejam importados, eles devem ter uso autorizado no seu país de origem.

Essa decisão foi derrubada pelo TJ que autorizou o uso e a comercialização dos pesticidas fabricados pelas empresas Helm e Syngenta, duas das maiores empresas de agrotóxicos do mundo. 

“O Rio Grande do Sul é o único estado do país em que temos essa legislação, não podemos permitir que esse tipo de concessão aconteça. Nosso papel é fortalecer a agricultura familiar. Os interesses econômicos de poucos não podem predominar sobre os interesses da maioria da população”, acredita. 

Segundo o TJ, a Fundação Estadual de Proteção ao Meio Ambiente (Fepam) não teria competência legal para impedir a comercialização de produtos liberados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por isso a liberação foi concedida.
 Fonte: MST
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Milhares de pessoas morrem no Brasil, por ano, vítimas do consumo de agrotóxicos.
Seja através dos alimentos que são consumidos e a maioria está contaminada com agrotóxicos,  seja através do contato e manuseio desses produtos na agricultura.
É um número significativo,porém, nada, ou quase nada, é falado na velha mídia.
Nenhuma campanha sistemática da mídia para prevenir as pessoas do risco de morte 
que representam os agrotóxicos.
No entanto, as campanhas contra o tabagismo, justas a bem da verdade, são constantes e ostensivas.
Tabagismo mata, porém, agrotóxicos, poluição do ar, alimentação inadequada que leva a obesidade, radioatividade, alimentos hiperindustrializados, vida sedentária, trânsito nos grandes centros urbanos, excesso de medicamentos fruto de auto medicação, e outros mais, matam tanto ou mais que o tabagismo e, no entanto, não são alvo de campanhas sistemáticas e ostensivas na grande mídia.  
Ao contrário, os medicamentos são veiculados diariamente nas mídias através de peças publicitarias para TV e  propagandas de todas as formas - inclusive com a presença de artistas  e apresentadores de programas de auditório - a energia nuclear e os enormes riscos decorrentes dessa modalidade de geração de  energia são omitidos pela velha mídia, a vida sedentária é de certa forma incentivada através de um estilo de vida em que se ganha dinheiro  sem trabalhar em apostas no mercado de capitais, os alimentos hiperindustrializados são apresentados diariamente através da publicidade como alimentos necessários a nutrição- inclusive de crianças - quando sabemos que tais alimentos são nocivos a saúde pelo uso excessivo de produtos químicos, os males do uso dos agrotóxicos para a s pessoas são ignorados e omitidos pelas velha mídia , a poluição do ar é a causa de milhares de mortes nos grandes centros urbanos e no entanto a velha mídia incentiva cada vez mais o uso do transporte individual que tem forte propaganda nas tv's e, que devido ao fetiche do automóvel, faz do trânsito a causa de milhares de mortes.
Dito isto, o que emerge é que a velha mídia, apesar das aparências , discursos  e alguns programas em prol da saúde e da qualidade de vida das pessoas, não tem o menor comprometimento com a vida, com a saúde das pessoas e com a qualidade de vida nas cidades. 
Cuidado com os profissionais da saúde - médicos, nutricionistas e outros - que diariamente participam de programas de TV dando sugestões para uma vida saudável.
Para a velha mídia, o que conta , são os interesses comerciais e políticos e,  de vez em quando, escolher algo como sendo o  vilão da saúde humana e fazer barulho para justificar seu compromisso com o interesse público.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

O Baile dos Mortos Vivos

ANTEÃO DOS JORNALISTAS

Os caídos lutaram por liberdades que jamais desfrutaram

Por Alberto Dines em 09/12/2014 na edição 828
Não agravar tensões, desativar impasses, proteger a República, consolidar o Estado de Direito – estas devem ter sido as razões que levaram a imprensa a se comportar de forma tão comedida nas vésperas do Dia Internacional dos Direitos Humanos, quando a Comissão Nacional da Verdade (CNV) entregar o relatório sobre as violências cometidas pela ditadura militar contra aqueles que a ela resistiram.
Sabiamente, o coordenador da CNV, Pedro Dallari, foi liberando informações de forma gradual de modo a evitar grandes comoções no dia da entrega do relatório à presidente Dilma Rousseff. A mídia não aproveitou – ou aproveitou pouco – o acervo de revelações e a mina de brutalidades. O sinal verde só foi aceso no fim de semana anterior. E como sempre acontece pode ser logo apagado. Para economizar energia e aliviar culpas.
O zelo da mídia em não provocar o ressentimento castrense tem algo de hipócrita: para preservar a governabilidade e evitar sacolejos institucionais, mais prudente seria encerrar definitivamente a disputa eleitoral e tirar de circulação as provocações sobre impeachments.
Para proteger a República nada mais eficaz do que manter os seus ritos, e para evitar a repetição das barbaridades nada melhor do que conhecê-las integralmente. A Anistia não foi pactuada como uma Lei do Silêncio; a busca da verdade – mesmo sem a complementação processual – foi a alternativa encontrada nos anos 1970 para apressar a redemocratização e evitar o revanchismo.
Histórias e memórias
Torturadores, estupradores, assassinos e seus mandantes certamente escaparão de castigos e penas por força do pacto que os perdoou antes mesmo de conhecida plenamente a extensão de seus crimes. Em compensação, deveriam carregar para sempre o relato dos horrores que praticaram. Esta parte do pacto é de responsabilidade da sociedade e daqueles que falam em seu nome. A imprensa calou durante 17 dos 21 anos de ditadura, agora precisa soltar a voz para nunca mais perdê-la.
Porém, se o for relato for brando, resignado, cerimonioso, e se a busca da verdade não encontrar uma reverberação equivalente às monstruosidades perpetradas, estaremos sendo duplamente furtados – perdemos o direito de julgar carrascos e de honrar suas vítimas.
A imprensa brasileira não aparece muito bem no filme sobre o golpe e a ditadura. Mas tem condições de reabilitar-se de alguma forma se a busca for perseverada e as verdades perenizadas com devoção.
Os 25 jornalistas caídos na luta contra a ditadura militar merecem a solidariedade dos companheiros. Merecem também a gratidão das entidades, empresas e corporações pelo supremo sacrifício de trocar suas vidas por liberdades que nunca haviam desfrutado.
O panteão aos jornalistas caídos não carece de bronze nem de mármores. Basta recuperar suas palavras, histórias e lembrar suas dignidades.
Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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A entrega do Relatório Final da Comissão da Verdade sobre as barbaridades cometidas durante o período da ditadura militar - principalmente - vai acontecer nesta semana.
Certamente não é um evento de agrado da velha mídia brasileira , assim como o conteúdo do relatório é algo que a velha mídia não gostaria de apresentar, menos ainda comentar e discutir.
O presidente da Comissão, ao longo do longo período de apuração das barbaridades, disponibilizou de forma homeopática, algumas informações que estarão no relatório final. 
A velha mídia pouco se interessou pelas informações conta gotas e deu destaque discreto, já o juiz Moro envolvido na operação lava-jato, também disponibiliza informações  aqui e ali sobre as investigações em curso que são amplamente divulgadas e repercutidas pela velha mídia. É uma questão de pauta, de relevância, dirão os jornalistas  em meio a mediocridade midiática caída que reina no país.
É bem provável  que a maioria da população brasileira não tenha o conhecimento adequado sobre os trabalhos da Comissão da Verdade, e uma outra parte talvez nem saiba que tal Comissão existe. O jornalismo brasileiro tem suas prioridades e também tem lado.
O momento  atual, este final de ano seco e escaldante, pode ser considerado péssimo para a velha mídia ,  isso em todos os aspectos. Os negócios das empresas de jornalismo vão de mal a pior, com demissões em jornais,  em emissoras de rádio e de TV, queda na venda de exemplares impressos,  queda acentuada nos índices de audiência das emissoras de TV , fuga da publicidade da TV para a internete, além de emissoras falidas. 
Se tudo isso não bastasse como definição de inferno, neste calor escaldante  e seco nas porta do verão, a velha mídia apostou todas as suas fichas nas eleições passadas acreditando que poderia retomar o poder, através de seu candidato, o cambaleante aviador Aécio Neves. Perdeu, e caiu ainda mais em seu longo e doloroso processo de queda e irrelevância.
Com mais uma vitória nas eleições do projeto social democrata liderado pelo PT, a velha mídia passou a viver longos pesadelos e , o resultado dessa terrível  agonia desembocou no que o país assiste neste período pós-eleição, ou seja, uma gritaria alucinada com todo tipo de notícias sem fundamentos, um flerte indecente pela volta de regimes autoritários, e delírios oníricos de pedidos de impeachment da presidente legalmente eleita pela maioria de votos. 
Justo após a eleição que deu mais quatro anos para o projeto social democrata liderado pelo PT e  a proximidade  da  entrega do Relatório da Comissão da Verdade sobre os crimes praticados durante o período da ditadura militar, aliados a possibilidade real e concreta que no próximo governo Dilma aconteça uma reformulação nas regras que regem os meios de comunicação, o que se vê na velha mídia nestes dias são ações em prol de tudo que se oponha a democracia e  a liberdade de expressão, até mesmo com apoio a protestos que pedem a volta da ditadura militar. Nada disso é por acaso.
Curiosamente, figuras da política nacional conhecidamente como exceções em função de suas posições, como o militar Bolsonaro, ganham grande destaque nestes dias nos meios de comunicação, sendo inclusive apresentado como candidato a presidência da república em 2018.
Que a velha mídia e militares estejam preocupados com o conteúdo do Relatório da Comissão  da Verdade, isso não é novidade, já que  grandes grupos de mídia apoiaram explicitamente todo tipo de barbárie cometida durante a ditadura militar. Por outro lado o conteúdo que se aproxima certamente já está causando apreensão e desconforto nos selvagens ainda vivos, sejam das tintas ou das armas.
Que a velha mídia esteja preocupada com um novo marco para as comunicações - democratização dos meios de comunicação - que deve ser debatido e aprovado no próximo governo Dilma, isso também é visível. Cabe ressaltar que tal processo de democratização não pode mais sofrer atrasos ou retrocessos.
Que a velha mídia e as oposições políticas entraram em surto por não  aceitarem a quarta derrota seguida para o projeto social democrata liderado pelo PT, isso é escancarado para todos, tendo em vista o apoio explícito que velha mídia e oposições disponibilizam à grupos de alucinados  em protestos , principalmente no reduto brasileiro  da seca, ou seja a cidade de São Paulo.
Que a a velha mídia , oposições, militares assustados, alucinados de São Paulo, magistrados desequilibrados e outros afins, unidos ou não, alinhados ou não, estejam , por diferentes motivos porém unidos em um objetivo interessados em desestabilizar o país e até mesmo promover um golpe de estado , isso é fato neste dezembro seco e escaldante - o inferno dos derrotados - onde os caídos e mortos vivos organizam a grande festa da não democracia, o grande baile dos derrotados, onde o sangue da democracia deverá ser sugado até a última gota.
Assim como no filme A Dança dos Vampiros, de Roman Polanski, os mortos - velha mídia , oposições, alucinados de SP, militares  de pijama, magistrados desequilibrados - todos se levantam, com grande esforço porém com disposição para a grande festa. 

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

O Milagre da Bunda

Band extingue 4 programas. É a crise!

Por Altamiro Borges

A explosão da internet e a perda contínua de credibilidade, entre outros fatores, têm agravado a crise do modelo de negócios da mídia tradicional. Na semana passada, o Grupo Bandeirantes anunciou que extinguirá quatro programas a partir de 31 de dezembro. O principal é o Tá Na Tela, apresentado por Luiz Bacci, que está no ar há apenas quatro meses e foi o maior investimento da emissora neste semestre. Também deixarão de ser veiculados o Polícia 24H, o Sabe ou Não Sabe e o Zoo. Ainda não há informações seguras se a extinção dos programas resultará em mais demissões na Band.

Segundo relato de Daniel Castro, do site especializado "Notícias da TV", o anúncio do fim dos quatro programas gerou um clina de terror na emissora. "Bacci foi informado das mudanças em reunião na tarde desta sexta-feira (5). O jornalista, que deixou a Record em maio deste ano, ficou arrasado com a notícia. No ar desde agosto, o Tá Na Tela aumentou a audiência da Band em seu horário em 50%, de 2 para 3 pontos. ONotícias da TV apurou que a extinção dos programas é consequência de um corte de R$ 25 milhões no orçamento de produção para 2015. O corte orçamentário, por sua vez, decorre da previsão de retração nos investimentos publicitários".

Outras emissoras de televisão também enfrentam turbulências. Em novembro circulou o boato de que a Record demitiria cerca de 800 profissionais. O corte representa quase 20% dos 4.300 funcionários da emissora em São Paulo e do RecNov, a central de estúdios no Rio de Janeiro. A empresa não confirmou a informação, mas antecipou que está prevista uma redução de 20% nos investimentos da emissora em 2015 - também em decorrência da perda de publicidade. Na semana passada, a TV Cultura - detonada pelos tucanos que comandam a tevê pública - também anunciou a extinção de programas e o "fantasma do desemprego" voltou a rondar a emissora. Já a RedeTV está falida!

A crise destas emissoras reforça o monopólio da Rede Globo, que tem mais gordura para queimar e conta com vários mecanismos - inclusive ilícitos, como o Bônus de Volume (BV) - para se proteger. Mas mesmo o império global sente os impactos no seu modelo de negócios. A queda de audiência afugenta os anunciantes, que investem mais em publicidade nos meios digitais. A velha tese de que a explosão da internet só atingiria a mídia impressa - com a falência de centenas de jornais e revistas - vai se mostrando furada. Neste caso, não é uma marolinha, mas sim um tsunami!

Fonte: Blog do Miro
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O cerol vai passar direto nas emissoras de TV.

Já se percebe um troca -troca nas emissoras, tanto de profissionais, como extinção ou mudança nos programas das grades.

A falida Rede TV trocou , para pior, o formato de seu telejornal local aqui do Rio de Janeiro.

Antes da mudança até que o conteúdo não era sofrível.

Com a mudança o telejornal ficou parecido com os programas de mundo cão de final de tarde. 
Um horror.

A Bandeirantes vai acabar com um monte de porcaria.

Seria ótimo se no lugar desses programas não entrassem os programas religiosos, que certamente irão alugar esses horários agora vagos.

Se a propaganda foge da TV  para a internete, as igrejas evangélicas compram  cada vez mais os horários nas emissoras  e a TV vai ficando cada vez pior do que está, em um processo irreversível de agonia contínua, onde as mensagens do Senhor predominam na telinha chamando a humanidade perdida para a salvação.

Interessante que o mesmo processo  aconteceu com as salas de cinema,hoje a maioria sendo transformada em Igrejas evangélicas.

Em breve, em um futuro bem  próximo, Ricardo Boechat apresentará o jornal da band com uma bíblia na mão.

Já TV globo tenta se livrar do abandono, com cada vez mais programas de putaria, com muita bunda grande - dirigidas por diretores bundões -   e sacanagem rolando direto.

A TV aberta entre o sagrado e o profano.
Linda foto de Jesus com Mensagem






Férias no Futebol




Encerrado o campeonato brasileiro de futebol, as projeções matemáticas do PAPIRO quanto ao desempenho do time do Fluminense na competição se revelaram com precisão.

Leia abaixo excerto de um artigo deste blogue publicado em 4 de setembro de 2014:

Nas nove rodadas do campeonato brasileiro antes da copa do mundo, o time somou 15 pontos ganhos, o mesmo número de pontos  que o time somou  nas nove rodadas depois da paralisação da copa.
Nos últimos treze jogos que o time jogou  depois da copa do mundo ( 9 do brasileiro, 2 da copa do Brasil e 2 da sul americana) o time teve 6 vitórias 2 empates e 5 derrotas, um  aproveitamento de 51%.
Ganhou 6 jogos e deixou de ganhar 7. 
É pouco para o elenco que tem.

Os treze jogos depois da copa são uma amostra significativa para avaliar o comportamento do time e projetar o desempenho da equipe nos 20 jogos restantes do campeonato brasileiro.
Mantendo um aproveitamento de 51%, o time terminará o campeonato brasileiro  na faixa de 60 pontos ganhos, o que dificilmente o colocaria na última vaga, a vaga para disputar a libertadores.
Os números estão aí, só não vê quem não quer.

A campanha do Fluminense no campeonato brasileiro, caminha para uma campanha de time coadjuvante na competição. 
Muito pouco para o elenco que tem e pelos salários que paga .


O Fluminense terminou o campeonato na 6ª posição, alcançando 61 pontos ganhos, algo que o PAPIRO projetou com 20 rodadas de antecedência para o final da competição.

A  6ª colocação  foi obtida no critério de desempate com o Grêmio, que também terminou com 61 pontos.

O Fluminense teve 7 gols  a mais que o Grêmio no saldo de gols, o que colocou  a equipe gaúcha na 7ª colocação, isso na última rodada do campeonato no dia 7 de dezembro e com  61 pontos
( 6+1=7 )

A propósito, o técnico do Grêmio é o Felipão.

Com  a  6ª colocação o Fluminense se classificou para a Copa do Brasil-15 a partir das oitavas de final .

Cabe lembrar que este ano - 2014 - o Fluminense foi eliminado da Copa do Brasil na fase anterior as oitavas, algo que em 2015 certamente não acontecerá, para alegria do torcedor tricolor.

Isto posto,o Fluminense passará a jogar a Copa do Brasil, somente após o término do campeonato carioca de 2015, algo que não acontecerá com seus concorrentes ao título dos 450 anos da cidade maravilha, Flamengo, Vasco, Botafogo, Madureira e mais  um time do estado que disputará a Copa do Brasil.

Cabe lembrar que antes da fase das oitavas, a Copa do Brasil tem ainda três fases, sendo que as duas primeiras o time visitante pode eliminar o segundo jogo- caso vença por dois ou mais gols de diferença -

Na terceira fase obrigatoriamente o time tem que fazer dois jogos.

Todos os times do Rio que estão na Copa do Brasil-15, com exceção do Fluminense, disputarão as fases anteriores as oitavas, caso avancem em todas.

Isso significa que essas equipe terão longas viagens, já que os jogos das duas primeiras fases são contra times do interior do país, em locais, como, Cruzeiro do Sul,  Boa Vista, Chuí, Senna Madureira, Letícia, Oiapoque, Jí-paraná, Lucas do Rio Verde, Jijoca , Bacabal e outras cidades bem distantes do Rio de Janeiro.

Já o Fluminense, que tanto reclamou do cansaço neste ano, jogará todo o Carioca sem disputar nenhuma outra competição em paralelo e a viagem mais longa para os cansados, estafados e desgastados  jogadores do tricolor, será para Macaé ou Volta Redonda, algo, que mesmo assim, exigirá dias para recuperação  dos sensíveis atletas.

Além disso, no campeonato brasileiro-15, que o tricolor disputará em paralelo com a Copa do Brasil-15, também será um dos mais tranquilos para os times do Rio no tocante aos deslocamentos, já que as viagens mais longas serão para Recife e Chapecó.

As demais são viagens de no máximo 90 minutos embarcados.

Adicione a tudo isso o fato que o Fluminense disputará apenas três competições no ano - uma local e duas nacionais - fazendo um mínimo de 55 jogos e um máximo de 65 jogos na temporada, o que é um número razoável para os sempre cansados atletas do tricolor.

Dito  isto, o Fluminense tem a obrigação de conquistar o Carioca e pelo menos uma competição nacional.

A cobrança será enorme.


PS.  também nas projeções matemáticas sobre os pontos necessários  para fugir do rebaixamento nesta ano, o PAPIRO foi o que mais se aproximou dos resultados, pois afirmou que 42 pontos seriam necessários para se livrar do rebaixamento. Os  sites "especializados" nas projeções matemáticas apresentavam 46 pontos.