quinta-feira, 22 de maio de 2014

Sobre antas e velha mídia

Rejeição à Copa simboliza divisão política no país

O comentário no “Jornal da CBN” analisa a pesquisa Datafolha a respeito da opinião dos paulistanos sobre protestos e Copa. O apoio a protestos vem caindo desde junho do ano passado, quando marca era de 89%. Hoje, 52% são favoráveis às manifestações _44% contra. Em relação à Copa, o racha se mostra mais nítido, com empate técnico: 45% a favor e 43% contra. Esses números simbolizam divisão política no país, sinalizando um intenso debate eleitoral no qual os fatores Copa e protestos terão peso.
Fonte : Portal IG
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Trombone alvorada weril

Ao que parece a velha imprensa perdeu o rumo.
Entrou em rota do colisão com a realidade.
Está excitadíssima  com a realidade que veicula e acredita que essa realidade é compartilhada pela população.
Em cada teclado da velha mídia, um surto se manifesta .
Hoje todos os arautos da fantasia se debruçam sobre uma pesquisa do Data folha a cerca da copa do mundo e protestos.
É de fato uma pesquisa com todo o rigor científico  que baliza os conceitos de estatística, probabilidade, tamanho da amostra, representatividade da amostra, etc ? 
Ou seria apenas uma dessas sondagens de opinião, tão comuns nos sites e blogues ?
Nada foi dito sobre isso.
A tal pesquisa, amplamente analisada e divulgada pela velha mídia, mereceu, do portal IG, um comentário sobre o jornal da CBN ( organizações globo) que analisou "os dados científicos produzidos".
Qual a finalidade de se fazer uma pesquisa de opinião onde se pergunta se a pessoa é a favor ou não da realização da copa do mundo, considerando que a copa terá início em três semanas ?
A realização da copa do mundo no Brasil foi decidida em 2007. 
De lá pra cá o país vem cumprindo os contratos assumidos para a realização do evento, logo, não faz o menor sentido perguntar se uma pessoa é a favor ou contra a realização da copa.
Esse debate deveria ser realizado em 2007, porém a velha imprensa, na época, não demonstrou nenhum interesse em fazê-lo.
O portal IG ainda informa, através de seu blogueiro, que o país está politicamente dividido devido aos fatores da copa  e protestos decorrentes, caracterizando um debate eleitoral.
Desejo ou realidade ?
Se a tal pesquisa  deriva, ou tem finalidade, para um debate eleitoral como afirma o blogueiro de IG, a mesma deveria ser registrada no TRE, com o questionário, tamanho de amostra, etc...
Ainda cita que há um "racha nacional" ( racha pra mim é aquela pelada de fim de semana) quanto a aprovação ou não da realização de protestos durante a evento.
O caro e atento leitor sabe que a velha mídia vive desejosa de que o país entre em uma divisão política violenta, assim como na Venezuela.
Se a divisão não acontece, na realidade, a velha mídia cria uma realidade, como no caso da pesquisa do Datafolha.
O importante é caracterizar uma divisão, mesmo que a base para definir tal divisão seja uma sondagem de opinião a cerca de realização de protestos durante a copa.
Tudo isso acontece  justo hoje quando será divulgada uma pesquisa de intenção de voto para presidência da república, feita pelo IBOPE, que  aponta um crescimento da candidata Dilma  e vitória da mesma em primeiro turno.

Pesquisa Globope vaza e dá vitória de Dilma em primeiro turno

247 - Os números da pesquisa Ibope, que será divulgada nesta noite, acabam de vazar. Os dados, extraoficiais, foram divulgados pela coluna Radar, e apontam vitória da presidente Dilma Rousseff em primeiro turno. 
A lógica da velha mídia é a seguinte:
" sondagem de opinião do Datafolha indica que a população brasileira está dividia quanto a realização ou não de protestos sobre a copa e durante o evento, logo o país está politicamente dividido"

Aquela anta um dia irá morrer.
O blogueiro do IG um dia irá morrer.
 Logo, o blogueiro do IG é uma anta.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Alienação e anti-jornalismo

Anti-Copa e o anti-jornalismo

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Só é possível entender a importância atribuída pelos meios de comunicação aos protestos anti-Copa, ontem, como parte do esforço para colocar o governo Dilma na defensiva quando faltam cinco meses para a eleição presidencial. É isso e só isso.

Na maioria dos protestos realizados do país, havia menos gente do que no Palácio do Planalto, às 15 horas da tarde de ontem, quando o governo, entidades patronais e as centrais sindicais – inclusive a Força Sindical – assinaram um acordo pelo trabalho decente durante da Copa do Mundo. A luta pelo "trabalho decente" é uma campanha da Organização Internacional do Trabalho e o evento ocorreu nessa perspectiva.

Você pode achar burocrático. Mas veja as consequências práticas.

No final do dia, em Brasília, grandes redes de alimentação e hotéis – estamos falando de Mac Donalds e Habibs, Accor, por exemplo – haviam firmado um acordo que, soube depois, era inédito no mundo.

Um total de 1600 empresas (o plano é chegar a 6000 nas próximas semanas), que empregam alguns dezenas de milhares de trabalhadores, firmou um compromisso para a Copa. Reforçar direitos trabalhistas, criar formas legais de evitar que trabalho temporário seja sinônimo de trabalho precário e impedir o avanço da exploração sexual de crianças e adolescentes, tão comum em situação desse tipo.

Sabe a preocupação social? Sabe aquele esforço para impedir que a Copa transforme o país num grande bordel? Pois é.

Você pode até achar que tudo isso é café pequeno diante das imensas causas e carências do país. É mesmo. Também pode se perguntar para que falar de iniciativas modestas, limitadas, quando a rua arde em chamas de pneus revolucionários.

São, definitivamente, iniciativas menos que reformistas, para falar em linguagem conhecida. Populistas, para usar um termo típico de quem não tem voto nem consegue comunicar-se com o povo. Eleitoreiras, é claro. Mas eu acho que os fatos de ontem ensinam muita coisa sobre o Brasil de hoje.

A menos que se acredite que em 2014 o Brasil se encontra às portas de uma revolução, numa situação que coloca questões econômicas como a expropriação dos meios privados de produção e criação de uma república de conselhos operários e populares, convém admitir que nossos meios de comunicação resolveram construir um embuste político em torno dos protestos e apresentar manifestações de rua fracassadas como se fosse um dado politicamente relevante, digno de muita atenção.

Não seja Ney Matogrosso: conheça os dados. Entre no debate real.

Veja quem defende, a portas fechadas, as “medidas impopulares”. Quem já se rendeu ao capital financeiro e quer entregar o Banco Central – isto é, a moeda dos brasileiros – aos mercados, para que possam jogar com ela, especular, comprar e vender. Não acredite na lorota de austeridade, de defesa da moeda acima da política e dos interesses sociais em eterno conflito. O que se quer é mais cassino em vez de mais salário mínimo. (Quase rimou...)

No cassino está o filé – que é sempre para poucos. E quando alguém falar no exemplo dos países desenvolvidos, recorde: no mármore da entrada do FED, o BC americano, está escrito que a instituição tem dois compromissos – defender a moeda do país e o emprego dos cidadãos. Lá, no coração do capitalismo, o BC tem essa função – ou missão, como dizem os RHs de hoje em dia. Toda luta pela independência do Fed consiste em lutar para revogar o compromisso com a defesa do emprego.

Numa conjuntura pré-eleitoral todo cuidado é pouco. Cada rua interrompida, cada pedrada, cada confronto desnecessário com a polícia e cada pequena labareda representa um desgaste das instituições políticas construídas democraticamente no fim da ditadura militar. O que se pretende é atingir um governo que toma medidas parciais mas concretas em defesa da maioria e favorecer uma restauração conservadora. O capítulo final do embuste -- por isso é embuste -- é este. Criar uma imagem, um borrão, um ruído, que embaralhe o debate da eleição.

No país real de 2014, as alternativas são duas. E todos sabem quais são. E é por causa delas que a revolta policial do Recife, ontem, recebeu o tratamento de um episódio menor e passageiros, não é mesmo?

Ocorrem protestos relevantes que, curiosamente, não foram divulgados nem explicados. Na região Sudeste de São Paulo, ontem, os trabalhadores cruzaram os braços em seis empresas. Mais tarde, avançaram por uma das pistas da Via Anchieta e fizeram uma passeata por  meia hora. Olha a falta de charme radical-televisivo dessa turma. Olha o tédio concreto de suas reinvindicações. A monotonia. Não vai ter vidro quebrado?

Certíssimo.

Ligados a indústria de auto-peças, os trabalhadores querem a manutenção do IPI que ajuda a vender automóveis, até hoje o setor da indústria que possui a cauda mais longa na produção de empregos diretos e indiretos. No país real, onde vive a maioria dos brasileiros, uma das prioridades é e sempre foi esta: emprego, que permite pagar a conta do fim do mês.

A reivindicação dos metalúrgicos não era improvisada. E nada tem a ver com anti-Copa, movimento que ignoram porque gostam de futebol, não querem perder a oportunidade de torcer pela seleção brasileira em seu próprio país. Também admitem que os empregos que a Copa criou ajudaram no orçamento de amigos, parentes e vizinhos.

Os sindicatos querem sentar com os empresários e o governo para discutir medidas que a CUT e a Força Sindical trouxeram da Alemanha, onde estiveram recentemente. Naquele país, onde trabalhadores, empresas e governo repartem custos que ajudam a manter o emprego mesmo nas situações em que a economia esfria – esse tipo de pacto é um dos motivos que explica a vitória eleitoral de Angela Merkel, que não aplica contra seu povo a política de austeridade que exige dos países mais fracos da União Europeia.

No mundo real, vivemos a época do capitalismo rastejante, como definiu um dos dirigentes políticos de minha juventude. Cada emprego é uma epopeia, todo benefício social é um suadouro, garantir um horizonte de segurança para a família é uma utopia.

O que nossos conservadores mais reacionários pretendem é um confronto com todas as armas - inclusive o embuste - com um governo que, com todos os limites, falhas e alguns erros clamorosos, tem conseguido aliviar o sofrimento dos mais pobres.

Numa fase da história em que a desigualdade se amplia na maioria dos países, gerando uma situação social e econômica que bons estudiosos indicam como caminho seguro para novas catástrofes, o Brasil conseguiu avançar na direção contrária. O plano era fazer o país virar uma Grécia. Virou... o Brasil.

Vamos lembrar de 1964. Num país polarizado, com um governo que havia chegado no limite possível, a revolta dos sargentos, e dos cabos, a radicalização dos camponeses, a campanha sistemática de denuncia dos políticos e do Congresso envolvia causas justas e corretas – mas seu efeito real foi abrir caminho para o golpe de Estado e uma derrota de 20 anos.

Lembrem de 1933, na Alemanha. Convencido de que havia chegado a hora do assalto ao poder, o Partido Comunista Alemão, orientado por Josef Stalin, estimulou uma política sectária de denúncia da social-democracia. Rompeu a unidade dos trabalhadores e passou a acusar os social-democratas de social-fascistas. O saldo foi Hitler – uma derrota que só seria revertida pela II Guerra Mundial.

A historia mudou bastante, de lá para cá. Mas convém entender que algumas lições permanecem.
Fonte: Blog do Miro
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A agenda alienante da imprensa

Por Carlos Castilho em 20/05/2014
Se alguém parar um minuto para pensar, se dará conta que a agenda de temas que a imprensa nos impõe é paranoica e desvinculada da realidade em que vivemos. Somos levados a discutir sobre temas que não têm impacto direto sobre o nosso quotidiano enquanto aqueles que realmente importam são mencionados superficialmente ou simplesmente esquecidos.
Pior do que isso, nós jornalistas induzimos o público a depender de decisões superiores quando boa parte dos problemas diários podem ser resolvidos, coletiva e colaborativamente, pelos próprios interessados. Alimentar a dependência é uma forma de subordinar as pessoas e ao mesmo tempo nutrir a onipotência de governantes.
Quem se preocupa em ir um pouco além das manchetes de jornais e revistas verá que os grandes problemas da população não são a CPI da Petrobras, se o José Dirceu vai ou não poder trabalhar fora da cadeia, se a presidente Dilma Rousseff sobe ou desce nas pesquisas etc., etc. O que nos tira o sono é o espectro da falta d’água, de uma previsível crise no abastecimento de energia elétrica, o quebra-cabeças da mobilidade urbana e o que fazer para termos direito aos serviços pelos quais pagamos impostos.
Esses são apenas alguns dos assuntos sobre os quais já deveríamos estar pensando, mas movidos por uma agenda noticiosa que leva em conta apenas o que é importante para os governantes de turno e os grandes empresários, acabamos deixando para depois, na expectativa de que os políticos e empreendedores operem o milagre impossível de resolver todos os nossos problemas. Trocamos a nossa omissão por votos na esperança de que eles tragam a solução que nunca vem.
Se a nossa imprensa quisesse, já teria como colocar o debate sobre a questão da energia tomando, por exemplo, o caso da Alemanha, onde 87% da produção de energia renovável estão nas mãos de indivíduos ou movimentos comunitários. Os especialistas em energia estão cansados de saber que o modelo concentrado em poucas megausinas não tem mais como crescer e que a descentralização é a única forma de criar sistemas sustentáveis que, operando em rede, podem resolver rapidamente eventuais falhas de unidades isoladas.
Megacidades como São Paulo já são inadministráveis porque a gestão municipal está toda concentrada na prefeitura, cujo orçamento e efetivo humano estão muito aquém das necessidades da população. Mas ninguém discute a descentralização porque isso não interessa ao prefeito de plantão e nem aos seus adversários, que esperam apenas a chance de tomar o poder, para que tudo continue igual.
Decisões como essas dificilmente serão tomadas pelos administradores atuais porque elas implicam quebrar modelos e rotinas, coisa que os políticos têm horror dado o risco de perder votos em futuras eleições. Nenhuma dessas decisões será tomada sem que a população tome consciência de sua necessidade e urgência. E esta consciência só pode ser alimentada por informações.
A imprensa seria a única instância à qual o cidadão poderia recorrer para obter dados sobre a situação de sua cidade, porque as demais instituições, inclusive a universidade, têm seus interesses próprios e tratam de defendê-los na mídia. O papel da imprensa seria propor temas que afetam a comunidade e identificar os interesses, abertos e ocultos, dos diferentes setores envolvidos em cada problema em debate. É o que o cidadão espera, mas não é o que ele obtém. O que assistimos hoje é a população levantar os problemas nas ruas e só depois disso é que a imprensa, políticos e governantes correm atrás – não para resolver, mas para livrar a própria responsabilidade, jogando preferencialmente a culpa nos desafetos.
Se a imprensa cumprisse apenas o papel de identificar interesses e contextos de forma honesta já estaria prestando um serviço inestimável ao cidadão, que poderia ter elementos minimamente confiáveis para tomar decisões. Os jornais, revistas, telejornais e sites noticiosos na Web não precisam se proclamar paradigmas da independência, isenção e imparcialidade. Todos sabemos que isso é materialmente impossível. Mas se procurassem, pelo menos, chegar perto da isenção, isto já seria um antídoto poderoso contra a desinformação e deformação informativa.
O cidadão é forçado a engolir maciças doses diárias de violência, tragédias e crimes cuja divulgação ocupa espaços que poderiam ser usados para a busca de soluções de problemas que estão na porta da casa de cada um de nós. Nada contra a divulgação do incêndio do ônibus que matou 34 crianças no interior da Colômbia, das enchentes na Sérvia ou da cabeça de bebê encontrada decapitada em Caxias do Sul (RS).
Mas os editores de jornais e telejornais precisam ter uma noção mais precisa daquilo que afeta ou vai afetar o quotidiano das comunidades onde está a sua clientela de usuários. Claro que é mais fácil reproduzir a notícia de uma tragédia distante que já vem formatada para o vídeo ou basta copiar e colar na página impressa. Investigar temas locais dá trabalho, toma tempo e mexe com interesses de pessoas que em geral estão muito próximas do jornal ou emissora.
A valorização da periferia é um fenômeno global que veio para ficar porque dele depende a sustentabilidade econômica e social do planeta. A imprensa ignora olimpicamente o que ocorre na periferia de nossas cidades e só acorda quando acontece alguma tragédia. Os empresários e economistas já fizeram as contas, muito antes dos políticos e administradores, e começaram a migração para a periferia e para o interior, onde os custos são menores e a qualidade de vida, muito melhor.
Mas a imprensa continua aferrada a um patriarcalismo político baseado em promessas eleitorais impossíveis de cumprir, atitude que mantém os cidadãos domesticados na esperança de que algo vá acontecer. Só que este modelo de jornalismo está se desgastando rapidamente e, se não for revisto no curtíssimo prazo, a própria sobrevivência de muitos veículos de comunicação estará ameaçada.
Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA 
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Trombone alvorada weril

Uma porção de arroz, temperado com alho , cebola, óleo de girassol e sal .
Seis colheres cheias de sobremesa é o suficiente para uma pessoa.
O arroz foi colocado em um pote, no centro do prato.
Ao seu redor, em todo o prato, foi colocado uma porção de atum.
Por cima do atum, um molho de tomate feito em casa a partir  de tomates frescos, com sal, pimenta calabresa e azeitonas pretas.
Em outro prato, batatas e cenouras cozidas, temperadas com molho de tomate, sal e manjericão.
Um copo de 300 ml de refresco de caju, e goiabada cascão.
O almoço, como de costume , estava delicioso.
Depois de bem alimentado, bem nutrido com alimentos saudáveis, resolvi ligar a televisão, já na parte avançada da tarde, para observar o movimento do jornalismo alienante que assola o país.
Com a batuta do controle remoto, naveguei pelas emissoras de TV.
Uma realidade diferente daquela que acabara de vivenciar.
Propagandas de alimentos sugerindo biscoitos vulgares, sanduíches fast food, refrigerantes,  e também pessoas de grande visibilidade vendendo os embutidos de origem animal da moda.
Uma avalanche de propaganda de cosméticos , de repente, tomou as emissoras de TV, talvez pelo horário de audiência predominantemente feminina.
Em tempos de mercadoria turbinada, as pessoas sequer tem o direito de envelhecer naturalmente, já que são , diariamente, bombardeadas para comprar e consumir produtos que lhes deem uma aparência mais jovem.
No mundo do consumo turbinado, a aparência jovem , a superficialidade, a desinformação ditam as regras.

Em uma mudança de emissora, me deparo com um tiroteio em uma favela do Rio de Janeiro, com o apresentador, aos berros histéricos, narrando a perseguição policial. 
Em mais uma passagem, por outra emissora, a apresentadora higiênica e com os cabelos muito bem penteados,  informa , rapidamente e de forma sucinta, que pessoas teriam morrido com o desabamento de um teto de um shopping center em construção na cidade de Campinas.
Fiquei imaginando se fosse um acidente em obra da Copa do Mundo , teríamos , até  mesmo, edições extraordinárias com direito ao deslocamento de repórteres e links de transmissão para o local do acidente. Mas foi "apenas" mais um acidente de construção civil no país, onde três pessoas morreram, em um local  que quando pronto a população irá passear e comprar, cosméticos, anti-rugas, roupas, sanduíches fast food, fazer belos penteados, depilar o matogrosso superficial e  desnecessário,  comprar biscoitos, passear aos domingos, etc...
A escolha criteriosa dos ingredientes, a preparação da refeição e a maneira tranquila de se alimentar, contrastavam radicalmente com a realidade apresentada e sugerida pelas emissoras de TV.
Um mundo completamente diferente, pautado por crimes, violência e, onde o pior da natureza humana é diariamente retratado ao absurdo, contribuindo, desta forma, com um efeito contrário, ou seja, uma apologia a barbárie.
Em mais uma zapeada pelas emissoras, agora nos programas vespertinos, as imagens são de protestos em ruas de grandes cidades brasileiras. Não foram poucas as vezes em que os apresentadores deixavam claro suas preferências pela intensificação de protestos, até mesmo com atos de vandalismo.
Claro, tudo em nome de uma narrativa jornalística supostamente neutra e  isenta.
Com a proximidade da copa do mundo, o jornalismo da velha mídia se transformou em uma besta descontrolada, com belos  penteados, sorrisos, ausência de rugas e de cabelos brancos, e sempre uma aparência de simpatia e civilidade.
Conforme citado nos artigos acima, ambos excelentes, exatos e precisos, o jornalismo da velha mídia por conta das eleições de outubro, vem colocando o país em uma realidade paralela, tudo em nome de interesses políticos eleitorais onde o candidato da oposição é sempre preservado e enaltecido e o governo é fuzilado e demonizado.
A trapalhada que vem culminado com a racionamento de água na grande São Paulo, não só vem sendo omitida pela velha mídia como a instalação de uma gambiarra para bombear água com lodo, lama e metais pesados, é apresentada, por essa mesma mídia, como sendo a inauguração de novas instalações para retirar da reserva técnica a água necessária para todos os paulistanos. A "inauguração", foi fartamente noticiada, com direito a imagens que apresentavam o  governador de São Paulo acionando um botão, tal qual uma cena de lançamento de foguetes espaciais, que deu início ao bombeamento desesperado de lama, lodo e água contaminada.
O local da cena, agora de terra seca, cercada por uma mato fino , é o retrato da incompetência e do pouco caso do governo paulista com os interesses reais dos cidadãos. 
Assim como a velha mídia, empenhados em suas realidades paralelas, que garantem quase 30% de desempregados na Espanha, suicídio em alta na Grécia, pobreza crescente em Portugal, e lucros, muitos e generosos lucros, para uns poucos endinheirados.
Isso é anti-jornalismo e também a agenda alienante da imprensa.
" bailam corujas e pirilampos, 
   entre os sacis e as fadas,
   e lá no fundo azul, 
   na  noite da floresta, 
   a lua iluminou  a ...
Talvez esse seja o diálogo entre Paulo Coelho, Nei Matogrosso e os Titãs.  
Talvez seja o diálogo entre toda e qualquer pessoa que se informe pela velha mídia.
Um prato nada saudável, ao contrário do delicioso almoço.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

O Decano e o Capo






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O Observatório da Imprensa , na TV, entrevista um dos herdeiros da fortuna feita por Roberto Marinho através de concessões públicas.

O entrevistador, Alberto Dines, certamente não irá perguntar sobre o DARF. 



Talvez pergunte sobre a bilionária dívida que as empresas globo tem com o BNDES.

Talvez, cheio de dedos e destilando nobreza, pergunte sobre a necessidade de um novo marco para regulamentação dos meios de comunicação.



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Talvez mergulhe em lembranças nostálgicas sobre os velhos tempos de jornais impressos com duzentas paginas, onde Roberto Marinho ia para  a redação de bonde.



Talvez surpreenda e exponha o atraso das leis que regem as comunicações do país e que favoreceram a concentração de poucas empresas dominando o setor.



Talvez elogie o Instituto Mileniuun.



Certamente, não irá  perguntar sobre os assuntos de interesse da blogosfera.

Entretanto, poderia lembrar que no ano de 1954  as empresas globo, rádio e jornal, foram invadidas e empasteladas pela população revoltada com as manipulações e mentiras publicadas.

A Globo precisa ser partida em vários pedaços

Lula avisa a Globo: acabou a brincadeira; regulação da velha mídia vem aí!

publicada sexta-feira, 16/05/2014 às 20:11 e atualizada sexta-feira, 16/05/2014 às 20:45
A Globo precisa ser partida em vários pedaços – como a Argentina fez com o grupo Clarin. “E não me venham falar que isso é censura” – disse Lula. O movimento de blogueiros colheu uma enorme vitória. Ajudou a pautar esse debate, agora encampado pelo ex-presidente.

Sob os olhares de Ênio Barroso e Conceição Lemes, Lula avisa: a brincadeira acabou
por Rodrigo Vianna
O debate de abertura ainda não tinha acabado, quando um burburinho começou a se ouvir pelos corredores. E não era Stanley quem se aproximava. Mas Lula. O ex-presidente e a regulação da mídia no Brasil são dois fantasmas, que provocam calafrios na velha imprensa dos Civita, Frias e Marinhos. Então, podem se preparar: os calafrios vão aumentar. Os locutores gagos da CBN vão ficar ainda mais gagos.
O auditório estava lotado: mais de trezentos blogueiros e ativistas digitais de todo o Brasil. Três dezenas de jornalistas, cinegrafistas e fotógrafos da velha mídia já se aglomeravam no fundo do salão. Na mesa, o jornalista espanhol Pascual Serrano demolia o surrado conceito de “liberdade de imprensa” que os donos da mídia usam para brecar qualquer regulação.
“Só um setor da sociedade pode utilizar a chamada liberdade de imprensa. É um direito apenas para o empresariado”, disse Serrano, um dos convidados internacionais do Quarto Encontro de Blogueiros e Ativistas Digitais.
O norte-americano Andrés Conteris, do site Democracy Now, disse que os blogs – no mundo todo – cumprem um papel decisivo: “ir aos locais onde está apenas o silêncio”.
O professor brasileiro Venício Lima, da UnB, falou sobre a regulação necessária. Não na Venezuela, nem em Cuba. Mas na Inglaterra. A regulação foi um imperativo, depois da barbárie imposta pelos jornais do multimilionário Murdoch.
Venício também analisou a lei aprovada na Argentina: a chamada “Ley de Medios” não trata do conteúdo. Não impõe qualquer censura. “É uma lei antimonopólio, que regula o mercado”, explicou Venício.
Quando o professor terminava sua fala, o burburinho aumentou. Era Lula que chegava. Inspirado, bem-humorado, dirigiu-se primeiro ao grupo de jornalistas que trabalham para a velha mídia: “a imprensa me trata sempre muito bem; só que quando faço críticas à imprensa, dizem que é um ataque, e quando a imprensa me ataca eles dizem que são apenas críticas”.
Lula trouxe a Comunicação para o centro do debate. Lembrou os ataques violentos desferidos pela velha mídia contra os blogueiros que o entrevistaram recentemente: “eu não sabia que vocês chamavam tanta atenção da imprensa”, disse o ex-presidente. “Fiquei meio deprê com a violência que os meios utilizaram para atacar quem estava naquela entrevista”.
Lula contestou também a imprensa pela tentativa de criar um clima de pessimismo na economia. “A inflação está controlada há 11 anos; mas pra controlar a inflação eles querem provocar desemprego. É isso que os tucanos querem. Nós não queremos”.
Atacou ainda a elite brasileira, que não aceita os programas de inclusão social, não aceita negros e pobres nas universidades. “Nós cansamos de ser apenas pedreiros, nós queremos ser engenheiros”, falou Lula.
O ex-presidente atacou o clima de “antipolítica” insuflado pela mídia. “Quando se tenta negar a política, o que vem depois é muito pior”; e lembrou de Hitler e Mussolini. “A tentativa é de desmoralizar não a Política, mas as instituições.”
Lula defendeu uma Constituinte exclusiva para a Reforma Política. “Esse Congresso não fará a Reforma Política que o Brasil precisa”. E defendeu também a Regulação da Mídia. Mandou o recado, com todas as letras: “Daqui pra frente, em cada ato que eu for, toda vez que eu abrir a boca, vou lembrar a questão da regulação da mídia”.
Lula estava em grande forma. Mas o mais importante foi a sinalização. Ele tinha sido o primeiro presidente a dar entrevista a blogueiros dentro do Palácio (2010). Há menos de um mês, deu outra entrevista aos blogs – deixando os mervais e os comentaristas gagos da CBN bastante irritados.
Agora, Lula deu o sinal para o PT: a disputa política não se fará sem encarar de frente a batalha da Comunicação.
A mídia vai acusar o golpe. Será que vão continuar brincando de “Volta, Lula”? Se Lula voltar, vem aí – com ele – a regulação da velha mídia no Brasil. A Globo precisa ser partida em vários pedaços – como a Argentina fez com o grupo Clarin. “E não me venham falar que isso é censura” – disse Lula.
O movimento de blogueiros colheu uma enorme vitória. Ajudou a pautar esse debate, agora encampado pelo maior líder popular brasileiro.
E Lula nem precisa voltar. Ele pautou a Regulação da mídia. Dilma não poderá mais escapar do tema. A fase dos omeletes com Ana Maria Braga está encerrada.
Lula sabe que não há escolha. O PT fugiu desse debate durante muitos anos. Mas o debate veio até o PT.
Sentado, na primeira fila, enquanto Lula falava aosblogueiros, estava o prefeito Fernando Haddad. Assim como Dilma, Haddad parece não ter percebido que essa era uma batalha absolutamente necessária. Depois de eleito com apoio das redes sociais e de amplos movimentos digitais, Haddad mandou dizer que o tema da Comunicação não era prioridade. Nomeou um jornalista convencional para cuidar da Comunicação. A política da Prefeitura de São Paulo é ligar para Folha e Estadão e pedir espaço pra responder aos ataques.
Haddad, sem Comunicação, está com a popularidade em baixa. Tem se queixado. Lula disse claramente ao prefeito que “é preciso entender melhor esse meio chamado internet”. Aplausos intensos tomaram o plenário.
Mais adiante, Lula voltou ao tema, dirigindo-se de novo ao prefeito paulistano. Alguém, no fundo do auditório gritou: “Haddad, você precisa fazer sua propaganda”. E Lula respondeu: “Não é propaganda. É enfrentar o debate”.
Enfrentar o debate. O recado estava dado. Haddad apenas ouviu. Não se sabe até que ponto compreendeu o que o ex-presidente quis dizer.
O PT passou doze anos legitimando o grande inimigo. Ministros petistas (?) foram às páginas amarelas da “Veja”. Líderes petistas disputam espaço nas colunas de jornais – que são a ponta de lança da oposição tucana.
Lula entendeu que é preciso tratar a velha mídia como o inimigo a ser derrotado.
Foi essa mídia velha que levou Vargas ao suicídio em 54. O povão trabalhista sabia quem era o inimigo. Por isso, a massa enfurecida queimou “O Globo” e o jornal de Carlos Lacerda em 54.
Não é mais preciso queimar a Globo. Basta aprovar uma lei democrática para a Comunicação. Pra isso, é preciso travar esse debate. O povão lulista também sabe reconhecer o inimigo mais perigoso.
Lula entrou na briga. Pra valer.
Fonte: O ESCREVINHADOR
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O elefante e os deficientes visuais

Por Luciano Martins Costa em 19/05/2014 na edição 798
Comentário para o programa radiofônico do Observatório da Imprensa, 19/5/2014

Quem imagina que existe objetividade no jornalismo também é candidato a andar com um ramo de arruda atrás da orelha e um punhado de sal grosso no bolso. Ou na bolsa. A objetividade é apenas uma suposição, parte da mística do negócio que ainda chamamos de imprensa e que, de certa forma, justifica moralmente seu valor simbólico. Na realidade, o noticiário e as análises que formam o conteúdo da mídia jornalística apenas consolidam a opinião preexistente.
Observe-se, por exemplo, a cobertura que os três principais jornais de circulação nacional dão, nas edições de segunda-feira (19/5), ao primeiro jogo oficial na nova arena do Corinthians, em São Paulo. Cada um deles faz uma avaliação do estádio, com afirmações tão divergentes que parece que os repórteres estiveram em lugares diferentes. O retrato da obra é composto por fragmentos, como na história em que um grupo de deficientes visuais é convidado a descrever um elefante.
Estado de S.Paulo abre título sobre foto de página inteira em seu caderno de Esportes: “Itaquerão aprovado”. O texto na primeira página afirma que, “no primeiro grande teste do estádio antes do Mundial, o resultado geral foi satisfatório”. No interior do caderno esportivo, o título principal não deixa dúvidas ao afirmar que “Itaquerão passa no teste”, enquanto o texto interno considera que os serviços funcionaram de maneira satisfatória, o transporte público atendeu com eficiência a multidão que se deslocou para a Zona Leste da cidade e não houve problemas nas lanchonetes e nos banheiros.
Globo destaca o efeito da forte chuva com granizos que caiu sobre a cidade de São Paulo, comentando que até os torcedores da área vip tiveram que buscar abrigo. Mas no geral, o jornal carioca elogia o sistema de transporte público, o acesso ao estádio, o trabalho de voluntários, o serviço de telefonia e o sistema privado de segurança. Seus repórteres concluíram que os torcedores que escolheram ir de metrô foram bem servidos, chegando ao local em cerca de vinte minutos, mesmo com a ocorrência da Virada Cultural na região central da cidade no mesmo dia.
Alhos com bugalhos
Já a Folha de S. Paulo viu outro acontecimento. O título do caderno de Esporte anuncia: “Chuva, falhas e derrota marcam a estreia do Corinthians em casa”. Logo abaixo, a linha que encabeça a reportagem principal destaca que “Itaquerão, estádio de abertura da Copa, tem vários problemas na inauguração”. Os repórteres viram problemas na sinalização dos portões, no funcionamento de telefonia e internet, a falta de acabamento em passarelas e a presença de operários realizando trabalhos de última hora pouco antes da partida.
Como se pode observar, a cobertura de cada um dos grandes diários reflete um pouco a posição que o jornal manifesta, de modo geral, com relação à Copa do Mundo no Brasil.
Folha, de longe o veículo de comunicação menos entusiasmado com a Copa, é coincidentemente aquele que viu mais problemas na inauguração do estádio do Corinthians. Apesar dos gráficos e planilhas que costumam acompanhar seus textos, o jornal não consegue dissimular a má vontade com relação ao tema.
Que a objetividade jornalística é um mito, todo leitor medianamente atento sabe desde criancinha. O problema é quando se usa o pressuposto da objetividade para forçar uma interpretação distorcida.
Observe-se, por exemplo, a reportagem publicada no domingo (18/5) pelo jornal Agora, título popular do grupo Folha. Diz a manchete do diário: “Grana para estádios daria reajuste das aposentadorias”. O texto em questão compara os gastos específicos com a realização da Copa do Mundo e o valor que seria despendido para um aumento das aposentadorias do INSS acima da inflação.
Misturando os aportes do governo federal, dos governos estaduais e municipais e os investimentos da iniciativa privada, o jornal compara esse montante ao orçamento da Previdência Social. Os editores sabem que esses recursos não podem ser agregados, nem teoricamente, e que, sob o regime legal, é como se fossem moedas diferentes. Além disso, o investimento em obras para a Copa do Mundo acontece apenas uma vez, e o reajuste das aposentadorias faz parte de despesas correntes do Tesouro, repetidas ano a ano.
Misturar tudo com o investimento privado para criar confusão não é jornalismo: é ato de pirataria. Oe editores não desconhecem que uma reportagem que mistura alhos com bugalhos aumenta a desinformação e sabem que essa manchete é uma incitação a manifestações contra a Copa.
Qual seria o interesse objetivo do Grupo Folha?
Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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Trombone alvorada weril
Certamente por ser o maior grupo, a globo será fatiada em maiores quantidades, mas não será a única.
Os grupos de comunicação e jornalismo sentiram o golpe e tentam passar  a imagem de que não existe necessidade de regulação dos meios de comunicação.
Mais uma mentira.
O jornal o globo ,diariamente, ao longo da última semana publicou matérias de primeira página referindo-se ao Brasil como um país arcaico. 
Em nenhum momento citou a legislação das comunicações, de 1962, e ainda em vigor.
Certamente, em 1962, o novo humorista da TV globo sequer circulava como espermatozóide.
Existe, claramente, um revezamento dos grandes jornais e revistas de circulação nacional na produção e divulgação de conteúdos agressivos e virulentos, no tocante a realização da copa do mundo e as eleições de outubro próximo.
Em determinado momento um dos grupos toma o protagonismo principal dos ataques.
Agora é a vez da Folha de SP, que inclusive preparou um documentário sobre as manifestações de junho do ano passado, para ser lançado dias antes da abertura da copa do mundo.
O globo comandou a cena com ataques violentos ao governo por ocasião das notícias sobre a compra da refinaria da Petrobras, diminuiu o tom, mas  continua no processo de pessimismo extremo e país aos pedaços, perguntando aos seus leitores se os protestos irão diminuir com a proximidade da copa.
A desinformação é a regra geral, seja sobre copa, petróleo ou água

Água suja

Uso do "volume morto" do sistema Cantareira pode prejudicar tratamentos de hemodiálise

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAGdg2MLEg9rgZijKtyJOXR9Nmnvv19NI4pvW2axCChuSaZ-tvaHFqSXmHLHOUCELYLjHyH2Rerrfs0Igu3gGU1r8FVs-7iAwUGcoqXqjqMnRavXRAyG2teJngubj31qXH5KHAmicpEZxq/s1600/ANA+MARIA+BRAGA_ALCKIMIM.jpg

Na terça-feira (13), até o programa de variedades de Ana Maria Braga saiu em socorro do desgaste do governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) abrindo com uma reportagem de dez minutos, fazendo campanha sóbria pelo racionamento "voluntário" de água, sem usar nenhum colar de tomates secos, como ela usou quando o preço do legume estava alto para criticar a inflação.
Depois, veio uma reportagem feita de helicóptero sobre o sistema de represas da Cantareira e descrevendo a "gambiarra" de bombear a água do chamado volume morto, que garante o abastecimento por um tempo limitado. O repórter encerra a participação dizendo que assim, segundo o governo paulista, "não haverá racionamento".

http://3.bp.blogspot.com/-r8cqIxrAuFA/U3YxfTSfhfI/AAAAAAAAIg8/tXH-_EgCMII/s640/O+PIG+-+protestos+padr%25C3%25A3o+globo.jpg 

Jornal GGN - sab, 17/05/2014


A Associação Brasileira de Enfermagem em Nefrologia (Soben) divulgou alerta geral às Unidades de Hemodiálise de São Paulo para que redrobrem a vigilância com a qualidade de água do abastecimento. De acordo com a entidade, o uso do chamado "volume morto" do sistema Cantareira por parte do Governo de São Paulo pode comprometer os tratamentos porque a água possui oxigenação baixa e acmúlo de sedimentos. Confira a nota da entidade na íntegra:

COMUNICADO IMPORTANTE PARA AS CLINICAS DE DIALISE DE SÃO PAULO

Prezados(as) Senhores(as),

O reservatório da Cantareira no Estado de São Paulo está com o volume de água mais baixo da história e para não decretar um sério racionamento de água, devido à escassez de chuva há bastante tempo, o Governador de São Paulo resolveu buscar água do chamado "volume morto", aquela bacia de água que fica abaixo do nível mínimo de captação. Essa água possui oxigenação baixa e não se renova. É onde se acumulam os sedimentos.

Mais produtos químicos terão que ser usados nas ETA e o padrão da água vai mudar. Isso pode comprometer o sistema de tratamento de água para hemodiálise.

É importante que as Unidades de Hemodiálise que estão sendo abastecidas pelo sistema Cantareira sejam alertadas e redobrem sua vigilância.

A análise duas vezes ao dia das características organolépticas da água, a dosagem de cloro pela manhã e à tarde na água potável seria o mínimo que eu recomendaria. Ante qualquer alteração na turbidez da água, é fortemente recomendado aumentar imediatamente a frequência de retrolavagem da areia para duas vezes ao dia.

Também é importante que se monitore a qualidade microbiológica da água potável duas vezes por mês.

A segurança do paciente dependerá (como já depende) ainda mais da qualidade e integridade das membranas de osmose reversa. Portanto, é altamente recomendado que se verifique a porcentagem de rejeição de cada uma delas individualmente e se alguma se encontrar abaixo de 95% (90% em situações normais de "água estável") que ela seja trocada. Isso é simples de monitorar.

Finalmente, e tendo como base o Decreto 5440 de 4 de maio de 2005  (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5440.htm) é fortemente recomendado que cada Unidade de Hemodialise formalmente comunique a SABESP (no caso de SP) que há uma Unidade de Hemodialise e que a qualidade da terapia e segurança dos pacientes dependem também da qualidade e da estabilidade físico química da água fornecida por aquela Agencia.

*Mais informações e esclarecimentos:

Carmine Maglio Neto
skype carmine.maglio


Há o dito popular que boi que chega atrasado, bebe água suja, quem mandou viver como gado conduzido pelo pig, votando em tucanos desde 1994
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgI3dKxPd8RgFu82vxkab0R7Z_CseZilTNsEUPjQ6k0lizgLLFgq0qVleGkCY-l2rLeN8iWk0jzdeUvVNnj1kA9-Ot4Tl7yPD2YnsK44AexvZ2T0j8oSUIVak6asl4BOxQzLxzOfa2SKkNv/s1600/represa-jaguari.jpg
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlr7R8Tqq32Hzigsvtf2wA7GgO0Gcw93woZkqV_yB0EBuV3PLfvHEAfms3TmJFLRNYfHEZKLA6UcFiWwROp5-aWRJQRlH3SD0NuCgtCeA3rPmgm9S7ZWVLodXHfXmsJ4T5FKcKEvBJpTsm/s1600/Amigo+da+On%C3%A7a+recomenda+%C3%A1gua+do+volume+morto.jpg

Fonte: A JUSTICEIRA DE ESQUERDA



        



sexta-feira, 16 de maio de 2014

Velha mídia em crise

sexta-feira, 16 de maio de 2014


Não era nada, não era nada, e não era nada mesmo.
Muito barulho por nada.

Por Luciano Martins Costa em 16/05/2014 no programa nº 2322 | 0 comentários
Não era nada, não era nada, e não era nada mesmo
O que os jornais apresentam nesta sexta-feira (16/5) como retrato daquilo que deveria ser a mais ampla mobilização contra a Copa do Mundo é um verdadeiro chabu.
A expressão popular representa o fiasco do rojão que não detona, ou de qualquer expectativa que não é comprovada pela realidade.
O fiasco dos protestos fica ainda mais patético quando se observa o cartaz levado por alguns manifestantes, onde se podia ler: "Dia Mundial contra a Copa".
O que houve, afinal, foi o desfile de variados grupos em uma dúzia de cidades, cada qual levando suas reivindicações específicas.
Na maioria dessas passeatas, a presença de cartazes contra a Copa foi repudiada e os chamados "black blocs" tiveram que fazer suas depredações longe da massa dos manifestantes.
Na região de Itaquera, em São Paulo, torcedores do Corinthians trataram de se misturar aos integrantes do movimento dos sem-teto para evitar que se aproximassem do estádio.
Segundo relato dos jornais, um grupo de vinte manifestantes tentou levar pneus para queimar perto da arena, mas os corinthianos jogaram os pneus num matagal.
Posteriormente, a própria polícia fez uma barreira para impedir o acesso aos portões.
A imprensa não pode quantificar quantos torcedores estavam infiltrados na manifestação, porque todos eles vestiam camisetas vermelhas, conforme havia sido combinado entre integrantes da agremiação Gaviões da Fiel.
O episódio mostra como a correlação de forças entre os que se mobilizam contra a Copa e aqueles que desejam apenas torcer pela seleção brasileira é muito diferente do que faz supor o noticiário.
Na verdade, há uma supervalorização dos protestos, como parte de um clima artificial de histeria - muito mais presente no noticiário do que na vida real.
O dia-a-dia das grandes cidades onde houve manifestações não sofreu mais transtornos do que aqueles da rotina, e a variedade das palavras de ordem  das muitas aglomerações abafou os gritos dos que pensam impedir a realização do torneio de futebol.
Como de praxe, nas fileiras dos anti-Copa concentravam-se os vândalos que parecem interessados apenas em atirar pedras contra vidraças.
Muito barulho por nada
Além da passeata contra a Copa, que se concentrou na Avenida Paulista, os jornais acompanharam mobilizações dos sem-teto comandados por um filósofo, dos professores da rede municipal de São Paulo, de metalúrgicos ligados a um deputado que pretende se candidatar a vice-governador, além de grevistas de diversas categorias e, na capital paulista, até mesmo ex-funcionários de uma empresa terceirizada pela prefeitura.
Nas demais cidades, rescaldos de greves da polícia, grupos de interesses variados e até funcionários de uma rede de lanchonetes fizeram o caldo das manifestações.
O relato dos acontecimentos deve ter exigido o máximo da capacidade de organização dos editores, e o resultado da leitura dos principais jornais de circulação nacional é que se criou muita expectativa para um acontecimento que não se concretizou.
O clima de histeria provocado por articulistas, comentaristas de vários meios e por apresentadores de programas populares do rádio e da televisão era apenas isso: histeria dos meios de comunicação.
A impressão que fica é que o cidadão comum quer apenas fazer em paz seu trajeto de casa para o trabalho e assegurar seu caminho de volta no fim da jornada.
No meio da narrativa sobre o protesto dos sem-teto em Itaquera, o apresentador da Rede Record arriscou-se a cravar uma justificativa para o que entendia ser uma manifestação contra a Copa do Mundo, afirmando que "as pessoas ouvem o tempo todo denúncias de superfaturamento das obras, e o governo gasta em estádios enquanto faltam escolas e hospitais".
Sem querer, o jornalista tocava no ponto central: a ignorância geral sobre o processo de organização do campeonato mundial de futebol no Brasil e a crença, generalizada, de que o governo banca todas as despesas.
Tudo começa, portanto, na desinformação.
E desinformação tem a ver com falta de qualidade no jornalismo.
Quando as pessoas se dão conta de que foram manipuladas, aquilo que se anunciava como a "mãe de todas as manifestações" acaba como o enredo daquela comédia de Shakespeare: muito barulho por nada.
Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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Mídia constrói embuste em torno de protestos fracassados


Anti-copa, anti-eleição & anti-jornalismo

Havia mais gente num ato do Planalto para anunciar condições de trabalho na Copa do que na maioria dos protestos anti-Copa
Fonte: SQN
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Globo faz matéria com manifestação de… 2 pessoas em Brasília!

Enviado por  on 15/05/2014 – 11:05 am
A nossa sorte é que a Globo não tem sutileza. Os chefões dão a ordem:
Cubram protestos contra a Copa porque isso pode prejudicar o PT. Vamos lá, gente! Ao trabalho! Queremos ver protestos em todo Brasil!
E daí jornais de hoje amanheceram com agendas informando horários e locais dos protestos, para que todos possam participar. Em vários, há mais repórteres que manifestantes.
Mas alguns perdem o senso do ridículo.
Na capital do país, a Globo acaba de bater o recorde da patetice golpista. Fez uma matéria com uma manifestação de duas pessoas, que na verdade valem por um, porque é um casal.
ScreenHunter_3745 May. 15 11.01
Eu sugiro, humildemente, que os manifestantes aproveitem a visibilidade oferecida pela mídia e dêem algumas opiniões sobre o monopólio da Globo…
Fonte : O CAFEZINHO

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Povo humilde e trabalhador faz manifestação contra a copa

Queremos Ferraris padrão FIFA!

Fonte: SQN

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Manifestação pouco “coxinha” frusta planos da mídia

16 de maio de 2014 | 09:22 Autor: Fernando Brito
bafobafo
Não adiantou o alarde que se fez na imprensa, dizendo que as manifestações de ontem “testariam” a capacidade de haver tumultos generalizados durante a Copa do Mundo.
Na maior parte, como a gente havia comentado ontem, foram categorias profissionais e movimentos sociais pegando “uma carona” na visibilidade que a mídia daria.
No resto, um punhado de manifestantes de classe média, com um nível de maturidade que fica bem expresso na queima de álbuns de figurinhas da Copa.
Uma tristeza quando a gente pensa que, tempos atrás, a juventude queimava bandeiras americanas como protestos contra a opressão.
Em matéria de tumulto, tudo foi pouco expressivo perto da crise que se viveu em Pernambuco, com seus reflexos sobre Eduardo Campos.
À noite, duas “copadas” na oposição: o programa do PT e a conversa de Dilma com os jornalistas esportivos, muitos deles verdadeiras cornetas de críticas ao governo pela Copa.
Um passo a mais na travessia do pré-Copa.
O movimento coxinha, ontem, passou a valer uma figurinha do simpático Robinho.
Só pra eles é que #nãovaiterCopa.
Fonte: TIJOLAÇO
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Em jantar com jornalistas, presidente Dilma Rousseff reclamou do peso dos principais dirigentes da Fifa; 'Tirem Blatter e Valcke das minhas costas', disse, ao defender que obras são para o país, não para a Copa; mais cedo, ela ressaltou que o legado do Mundial fica para o povo brasileiro: “Porque ninguém que vem aqui assistir à Copa leva consigo na sua mala aeroportos, portos, obras de mobilidade urbana, nem tampouco estádios” 

16 DE MAIO DE 2014 

247 – A pouco menos de um mês para a Copa, a presidente Dilma Rousseff voltou a defender a série de investimentos em infraestrutura comandados pelo governo federal. 

Em jantar com dez jornalistas esportivos no Palácio da Alvorada, ela reclamou do peso dos principais dirigentes: "Tirem o Blatter e o Valcke das minhas costas! Não tem nada a ver com a Copa, são obras para as cidades".

Mais cedo, no lançamento do Compromisso Nacional pelo Emprego e Trabalho Decente na Copa do Mundo, a presidente ressaltou que o legado do Mundial fica para o povo brasileiro. 

“Nós podemos dizer, em alto e bom som: o legado da Copa é nosso. Porque ninguém que vem aqui assistir à Copa leva consigo na sua mala aeroportos, portos, obras de mobilidade urbana, nem tampouco estádios. Podem levar na mala a garantia de que esse é um país alegre e hospitaleiro. Agora, aeroportos ficam para nos, obras de mobilidade ficam para nós, estádios ficam pra nós. Isso que é a questão central dessa Copa e finalmente a ultima é que faremos sem sombra de duvida a Copa das Copas”, comentou.

Dilma deixou também uma mensagem de apoio à Seleção Brasileira de futebol: “Quando nós, que somos todos ligados ao futebol, que vivemos futebol, que torcemos pela Seleção e torcemos seis vezes – essa vez já tô contando agora, essa nova vez já contei – que torcemos seis vezes pela nossa vitória e sempre tivemos taxa de sucesso alta. Vejam que nas seis vezes, ganhamos cinco, e a última podemos ganhar ainda. Somos capazes de fazer sim a Copa das Copas, e quero dizer que todos nós vamos juntos torcer pela vitória da nossa Seleção”.


#NAOVAITERCOPA MOSTRA MINORIA VIOLENTA E FALHA

Fonte: JUSTICEIRA DE ESQUERDA
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O protesto em frente à TV Globo

















Fonte: BLOG do MIRO
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NÃO, NÃO VAI TER COPA

Quem não tem voto sai pra p…
                                 Ilustração enviada pelo amigo navegante Airton Guerreiro
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Enquanto globo e toda a mídia tucana se ocupa e ocupa o noticiário com notícias irrelevantes onde se valoriza  e se incita o complexo de vira-latas na população, o verdadeiro Brasil, o Brasil que não passa na TV continua crescendo:
Inflação despenca: o IGP-10, uma média de índices que mede a variação mensal de preços até o dia 10 de cada mês, recuou de 1,19%, em 10 de abril, para apenas 0,13%, em 10 de maio.
Mais uma frustração para globo:
#Nãovaitercolardetomate#
Sem tomate e com a produção de petróleo, do pré sal, subindo e subindo:
Produção do pré-sal bate novo recorde: 470 mil barris/dia
A esperança fica por conta da...copa, ou da não copa com todo o cortejo de violência que a velha mídia vem incitando:
'5ª feira de caos' convocada pela mídia só acontece no Estado governado por um de seus candidatos: violência e saques em Pernambuco na greve da PM de Eduardo Campos.
Quanto a copa, a verdadeira e real, parece estar entusiasmando os turistas estrangeiros
Vai ter: 500 mil estrangeiros já compraram bilhetes para a Copa; afluência ao país deve superar os 600 mil turistas previstos pela Embratur