quinta-feira, 10 de abril de 2014

Água nos trilhos

Muy isenta
Folha noticia na primeira página a CPI sobre a Petrobras e o metrô tucano sem mencionar a palavra metrô, trocada gentilmente por trem. 
Tudo pela causa
Fonte: CARTA MAIOR
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SÃO PAULO PEDE ÁGUA

A seca seletiva da Sabesp

Por Luciano Martins Costa em 10/04/2014 na edição 793. Comentário para o programa radiofônico do Observatório da Imprensa, 10/4/2014

 Os jornais anunciam nas edições de quinta-feira (10/4) que o governo paulista poderá admitir a necessidade de um racionamento de água na região metropolitana de São Paulo, se as condições climáticas continuarem desfavoráveis. A imprensa também noticia a troca do titular da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, com a posse do engenheiro Mauro Arce, que ocupou o cargo entre 1998 e 2006.

Há um forte componente político envolvendo essa questão, mas os jornais dão voltas ao problema. Até aqui, a imprensa, principalmente os dois principais diários de São Paulo, vem acompanhando a crise de abastecimento com um olho no governador e outro em São Pedro. Uma lista de declarações feitas pelo chefe do governo paulista sobre o risco da falta de água, desde fevereiro, publicada na quinta-feira peloEstado de S. Paulo, mostra que o agravamento do problema foi acompanhado por manifestações oficiais que revelam pouca disposição para admitir o inevitável: a maior aglomeração urbana do país está sob ameaça de ficar sem água.
As reportagens começam a apresentar um quadro muito mais preocupante do que o cenário desenhado até aqui e acomodado pelas medidas e pelas declarações do governador. A presença do engenheiro Arce, que deixou a presidência da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) para assumir o comando da secretaria e montar um gabinete de crise, é uma declaração implícita de que a tática usada até aqui funcionou apenas como cortina de fumaça, com o beneplácito da imprensa.
Mauro Arce é considerado um quadro de governo que alia alta qualificação técnica com sensibilidade política. Em sua primeira manifestação na volta à Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, ele faz um corte na linha de discursos tranquilizadores e afirma que a situação é mais “delicada” do que a crise de energia elétrica.
Portanto, o cidadão pode esperar uma mudança no discurso oficial, mais assertividade e o fim das meias-medidas. Só não se pode garantir que a imprensa paulista vai admitir que houve muita irresponsabilidade por parte do governo do Estado.
Chove na horta do acionista
No período em que o Brasil passou pela sucessão de “apagões” no sistema elétrico, entre meados de 2001 e o final de 2002, a opinião de Mauro Arce foi importante para convencer o governo federal a assumir a necessidade de racionamento e convocar a população a colaborar com a redução do consumo. Naquela ocasião, o núcleo político do governo Fernando Henrique Cardoso e seu candidato à Presidência da República, José Serra, resistiam a admitir que os cortes de energia provocados pela falta de investimentos e pela seca eram sintomas de uma crise grave.
Em plena campanha eleitoral, que acabou vencida pelo candidato petista Lula da Silva, o governo federal optou por esclarecer a população, obtendo uma adesão surpreendente que produziu uma economia média de 20% no consumo, além de estimular uma série de mudanças no setor industrial, com o surgimento de lâmpadas e aparelhos eletrodomésticos mais econômicos. Doze anos depois, o componente eleitoral volta a interferir na adoção de medidas adequadas.
O Globo também noticia que o governador de São Paulo começa a admitir a possibilidade do racionamento de água, mas destaca outros aspectos da questão que têm sido evitados pelos jornais paulistas. Por exemplo, o diário carioca informa que, em relatório distribuído em março para seus acionistas, a Sabesp já alertava que poderia ser obrigada a “tomar medidas drásticas, como o rodízio de água”.
Outro trecho da reportagem do Globo poderia causar indignação nos leitores paulistas:
“Enquanto isso, os acionistas da Sabesp comemoram os resultados dos lucros da companhia, que é uma empresa mista e tem ações sendo negociadas nas bolsas de São Paulo e Nova York. Nos últimos dez anos, a Sabesp pagou R$ 3,6 bilhões de dividendos, metade dos quais vai para o Tesouro estadual.”.
Segundo o jornal carioca, o valor distribuído aos acionistas é suficiente para financiar todas as obras que teriam garantido o abastecimento de São Paulo.
A Folha de S. Paulo e o Estado de S. Paulo evitam o quanto podem expor a falta de planejamento e a perversidade da distribuição de recursos da Sabesp, que, segundo o Globo, prioriza os lucros dos acionistas.
Enquanto falta água para a maioria, chove na horta de alguns.

Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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Alckmin, não é rodízio.   É   r-a-c-i-o-n-a-m-e-n-t-o



Saiu no Tijolaço artigo de Fernando Brito:

Alckmin, a imprensa e a água. Um show de incompetência, irresponsabilidade e politicagem

Hoje se completam dois meses que este blog, cá do Rio de Janeiro, vem azucrinando seus leitores sobre a situação dramática do abastecimento de água em São Paulo, quase que diariamente.

Àquela altura, havia 19,8% de todo o volume possível nos reservatórios do Sistema Cantareira e o principal deles tinha 15,5% de seus 800 bilhões de litros de capacidade.

Hoje, tem 12% e a principal represa vai baixar, amanhã, para 4%.

Qual foi a providência tomada pelo Governador?

Dar desconto a quem consumir menos água, correto.

Mas insuficiente.

Saíam, há dois meses, pouco mais  de  30 m³/segundo do sistema.  Hoje, saem 26 m³, 15% a menos.

Entram, na média de março e de abril, 13,8 m³, dos quais 3,2 m³ saem para os rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, ficando fora do balanço.

Não é difícil fazer a conta, não é?

Perde-se, todo dia, 1,6 bilhão de litros.

Na média, porque ontem, por exemplo, entrou muito menos água e a perda chegou pertinho de 2 bilhões de litros.

Hoje havia 118 bilhões de litros ainda, somadas todas as represas.

73 dias, isso se o sistema conseguisse funcionar até a última gota acima das comportas, o que não é provável que aconteça, porque as vazões passam a ser insuficiente para preencher os túneis de adução.

Que providência tomou o Governador?

Ressuscitar um projeto que já havia sido abandonado, por inadequado, pelos técnicos da Sabesp (quem testemunha é o engenheiro tucano Jerson Kelman, do Instituto FHC), o de tirar água do Rio Paraíba do Sul, porque isso permitia criar uma falsa disputa com o Rio de Janeiro e “federalizar” o problema.

No que o Datafolha o ajuda, agora, colocando “num balde só”  do risco de racionamento  o Cantareira, com 12% de água, e o Sistema Elétrico Nacional que, somando todas as regiões – que são interligadas e podem gerar, de forma quase indistinta, energia para qualquer região do país – que têm hoje, no total, 40,5% de sua capacidade de reserva.

Anteontem, este blog que não é, absolutamente, dotado de poderes paranormais, afirmou que a semana não terminaria sem que começasse, “de fato, o racionamento de água em São Paulo.”

Já começou, embora só hoje tenha sido feita uma reportagem com características de “curiosidade”.

Hoje, embora continue negando, Alckmin admitiu que pode partir para um “rodízio” no abastecimento.

Ora, “rodízio” é em churrascaria, Governador.

Entrar água por dois dias e secar em um é  r-a-c-i-o-n-a-m-e-n-t-o.

É essa a forma de racionar possível, porque de outra forma não é possível controlar o gasto.

O senhor não vai colocar estas simpáticas e prestativas senhoras que estão atuando como “guardiãs da água” do lado de cada torneira, de cada chuveiro, de cada vaso sanitário, não é?

Tão triste quanto este espetáculo de cinismo é o que a imprensa paulista faz.

Aceita qualquer versão.

Volume morto, que jamais foi usado e ninguém sabe o quanto poderá ser aproveitado, vira “reserva técnica”.

O racionamento vira “rodízio”.

As obras do bombeamento do Atibainha não mereceram um reportagem sequer. Ninguém sabe como andam.

As duas últimas saídas de água do Jaguari-Jacareí estão no estado que você vê na foto ao lado, publicada pela Folha sem nenhum tipo de informação.

Essa torre está 31 metros abaixo de seu nível máximo e resta 1,7 metro de água acima do final das grades da comporta gradeada que, como é obvio, admite cada vez menos líquido quanto mais o nível abaixa.

Este é o tamanho da cumplicidade da imprensa de São Paulo diante do problema e das atitudes de Geraldo Alckmin.

E da covardia da Agência Nacional de Águas, que não assumiu aos quatro ventos o que foi dito ao Governador em janeiro: racione, evite que isso tenha de ser feito de forma mais drástica e permanente.

Este blog, antes de defender ou atacar governos ou partidos, defende a responsabilidade para com a população e ataca tudo aquilo que possa submete-la a sacrifícios além do necessário.

E defende o jornalismo, que está num nível mais baixo que o do Cantareira.

Não é possível que, com todas as informações públicas, ao alcance de um clique de mouse , nem assim os jornais possam dar a dimensão de um problema que afeta e afetará por muitos e muitos meses oito milhões de paulistanos.
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Trombone alvorada weril

A CPI que irá investigar a Petrobras, o Metrô de SP e o porto de Suape em Pernambuco, na velha mídia ganha um tratamento diferenciado, principalmente para o metrô de SP que na CPI é chamado de investigação sobre o trem.
Ahhhh! Então tá.
Já no SECÃO do estado de São Paulo, a velha mídia não usa a palavra racionamento .
Em seu lugar entra rodízio.
Nessa onda sem água, ainda surfam as notícias diárias  de fim de mundo para a economia brasileira, claro, com direito a gráficos , índices e projeções apocalípticas que revelam a"total incompetência do governo Dilma e do PT".
Sabe-se, porém, que o que norteia a perseguição a Petrobras, além de motivações políticas, é a obsessão em privatizar a estatal, seguindo a lógica destrutiva de esfacelamento do estado brasileiro que  teve seu auge nos governos do PSDB, com o "esquerdista" FHC.
Como bem descrito no artigo do OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA, A SABESP, do estado de São Paulo, nos governos tucanos tornou-se uma empresa lucrativa, para felicidade de seus acionistas e desespero da imensa população da região metropolitana de SP que já sofre com o racionamento de água.
Querem fazer o mesmo com Petrobras.
As privatizações, em sua maioria, foram uma tragédia para o povo brasileiro.
Em muitos casos se os serviços não eram bons com as estatais, ficaram piores depois das privatizações.
O sistema de trens metropolitanos do Rio de Janeiro, depois de privatizado não só piorou os serviços como oferece um elevado risco aos seus usuários, com acidentes quase que diariamente.
Se não bastassem os acidentes, o serviço de segurança da SUPERVIA, a concessionária que opera o sistema de trens , age com extrema truculência e violência contra os usuários e transeuntes que circulam pelas estações.
São comuns relatos e cenas de violência explícita dos seguranças contra os usuários, sendo que ontem, 09.04.14, além de uma trombada entre um trem de carga e outro de passageiros na zona norte da cidade do Rio de janeiro, cenas de agressão com extrema violência forma vistas por todos na estação Central no centro da cidade.
Um segurança da SUPERVIA simplesmente atacou aos socos um usuário.
A velha mídia noticiou o fato , com direito a expressões de lamentação  por parte dos higiênicos apresentadores, que rapidamente irão esquecer mais uma barbaridade contra o  povo, já que a concessionária está inserida na lógica da economia defendida por essa mídia putrificada.
Assim é no Rio de janeiro, pior é no estado de São Paulo.
No Rio o povo não tem um serviço de qualidade e ainda apanha dos seguranças.
Já em São Paulo é o mesmo , com o agravante  que agora a população está sem água.
Os acionistas das empresas , no entanto, estão bem satisfeitos.
Assim como os acionistas da Vale do Rio Doce, privatizada, mas que não investe em uma fábrica para fabricar trilhos para as estradas de ferro , tão necessários para o país.
O Brasil importa trilhos.
A velha mídia encontra-se em um estado atual de total alucinação, isso devido a obsessão em criar uma realidade, fictícia,  de um Brasil aos cacos para tentar derrotar o PT nas próximas eleições.
Manchetes com letras garrafais, principalmente em Folha de SP, tentam criar um caos e pessimismo com uma inflação, dentro da meta do governo, "galopante" quando na verdade e de fato, porém ocultado até mesmo  de forma criminosa,  a sazonalidade a fatores climáticos contribuem para a elevação de preços de alguns produtos.
Enquanto loucos do tomate deliram em realidades fictícias, o IBGE informa que o país criou mais de 1,5 milhão de empregos em um ano.


 

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Dinheiro grande e futebol pequeno

Via página oficial, Fred faz desabafo contra protestos das organizadas

Em Facebook oficial, atacante reclamou da abordagem sofrida no último sábado após treino nas Laranjeiras

Vasco x Fluminense - Fred (Foto: Bruno de Lima/LANCE!Press)
O manifesto da torcida do Fluminense, no treinamento do último sábado, nas Laranjeiras, repercutiu apenas nesta terça-feira. Por meio de sua página oficial no Facebook, o atacante Fred fez um desabafo, onde diz que pensou até mesmo em deixar o clube. O goleador escreveu que uma tragédia pode estar por vir se o Tricolor não conseguir êxito e eliminar o Horizonte, na quinta-feira, pela Copa do Brasil.
E o desabafo do atacante não foi bem digerido pela maioria dos torcedores. No comentários feitos na postagem, muitos tricolores xingaram o camisa 9 e reclamaram da falta de vontade dele em campo. Porém, nem todos seguiram essa linha, pois houve quem manifestasse todo o apoio ao jogador.


Confira abaixo, na íntegra, a nota postada pelo ídolo da torcida.

"Após o 'recado' dado no último fim de semana - quando um bando de marginais, travestidos de torcedores, foi para a porta das Laranjeiras ameaçar os jogadores do time -, o futebol brasileiro está prestes a viver mais uma tragédia anunciada nesta quinta-feira, caso o Fluminense não elimine o Horizonte pela Copa do Brasil.

Sábado passado, ao sair do meu trabalho, me deparei com cerca de 20 desocupados rodeando meu carro em cima do passeio, praticamente dentro do clube. Os cinco seguranças do time até tentaram conter a fúria desses bandidos… Mas foi em vão! Minha reação, e única defesa, foi acelerar o carro, mesmo correndo o risco de machucar quem estivesse na frente, tendo em vista que começaram a bater no vidro e na lataria do meu veículo. Pra completar, quase provoquei um acidente, pois vinha um caminhão e não vi. Graças a Deus, nada de mais grave aconteceu.

Fui embora indignado, revoltado, pensando se realmente vale a pena tanto esforço e dedicação diários para esse clube que aprendi a respeitar e a gostar. Só no domingo me dei conta de que apenas 20 pessoas (geralmente, as mesmas) estavam matando a minha vontade de dar alegria a milhões de torcedores de verdade, aqueles que vibram com as conquistas e sofrem com as derrotas, mas sem partir pra agressão, pois entendem que nem sempre é possível vencer. Em 2011, vivi uma situação parecida aqui mesmo no Fluminense e, desde então, optei por não aceitar esse tipo de intimidação.

Esse bando de à toa deveria se reunir para protestar contra a falta de segurança pública, educação, saneamento básico, saúde… Ameaçar não trabalhadores e pessoas de bem como eu, mas, sim, os políticos COMPROVADAMENTE corruptos. Eles prestariam um serviço muito maior à sociedade. Mas, em vez disso, surgem do nada às 15h30 de uma quinta-feira - como ocorreu na semana passada - para xingar atletas. Isso quando não conseguem o número do telefone dos jogadores e ficam mandando mensagens com ameaças de morte.

Quantos 'Kevins' ainda terão de pagar com suas próprias vidas? Quantos centros de treinamentos terão de ser invadidos? Mais quantos inocentes terão de ser espancados até a morte? Ou será que somente quando um jogador for espancado alguma providência mais enérgica e eficaz será tomada contra esses bárbaros? Ficam as perguntas. O esvaziamento dos estádios de futebol não pode ser uma mera coincidência. As bandeiras que antes tremulavam nas arquibancadas hoje se transformaram em armas brancas nas mãos desses bandidos.

Quando a imprensa publica tais atos de agressão e vandalismo cometidos pelas organizadas, essas matérias são exibidas entre elas como troféus e, quem os pratica, são tratados como “heróis” internamente. O enfoque deveria ser outro. É preciso questionar os prós e os contras dessas facções, que exploram de maneira ampla a imagem dos times sem pagar royalties; são as principais responsáveis pelas mortes nos dias de jogos e perdas de mandos de campo por seus times; possuem marginais infiltrados; afastam os verdadeiros torcedores dos estádios; e que, por fim, ganham ingressos e até transporte gratuito das diretorias da maioria dos clubes, que insistem em manter uma relação obscura com esse tipo de organização.

Resumindo, na minha opinião, os integrantes de torcidas organizadas não têm direito sequer de reclamar quando o time perde - tendo em vista que nem ingresso eles pagam -, quanto mais de agredir ou intimidar jogadores. Ser membro de torcida organizada no Brasil já virou profissão, meio de vida. Há casos de presidentes de facções que se elegem ou conseguem cargos políticos.

Lutarei com a arma que tenho. Por isso, a partir de hoje, as comemorações dos meus gols não serão mais para as torcidas organizadas. Meus gols serão dedicados exclusivamente aos verdadeiros torcedores do Fluzão, a não ser que a lei seja mais rigorosa ou os responsáveis por essas facções revejam o papel que elas deveriam exercer, que é apoiar o time do coração incondicionalmente, principalmente nos momentos de dificuldade, pois é quando mais precisamos de incentivo.

Fonte : LANCE
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Via nota oficial, torcidas organizadas do Flu 

 

repudiam manifesto de Fred

 

 

Em nota assinada por Torcidas Organizadas do Fluminense FC, torcedores discordam da postura do camisa 9 tricolor


Um dia após o atacante Fred se manifestar contra os recentes atos das torcidas organizadas do Fluminense, que foram até o clube protestar contra os jogadores, as organizadas resolveram responder ao camisa 9 tricolor. Em nota intitulada de 'Somente o que sentimos, justifica o que fazemos', as Torcidas Organizadas do Fluminense repudiam a atitude do centroavante ao questionar o sentimento destes torcedores pelo clube.

Em defesa dos torcedores organizados, a nota diz que o último protesto ocorrido no clube foi feito por associados do clube e não por membros de organizadas.

Confira abaixo, na íntegra, a nota postada pela torcida organizada:

"SOMENTE O QUE SENTIMOS, JUSTIFICA O QUE FAZEMOS”

As Torcidas Organizadas do Fluminense F. C., por meio desta, vêm publicamente manifestar repúdio à nota oficial divulgada pelo funcionário jogador Frederico referente ao protesto realizado no dia 05/04/14. É sabido por todos que as torcidas do FFC apoiam o clube há mais de 40 anos, se fazendo presentes em todos os momentos, sejam eles de alegria, sejam de tristeza.
Por derradeiro, ao longo deste período nenhum jogador proferiu palavras como as que o funcionário jogador Frederico utilizou nesta segunda-feira, 07 de abril de 2014. Adjetivos que desqualificam não apenas o torcedor, mas a torcida como um todo, do tipo: “bando”, “marginais”, “desocupados”, “bandidos”, “a toa”, “bárbaros”, “arma branca” dentre outros, denigrem a imagem de um movimento com milhares de associados e simpatizantes por todo o Brasil, torcedores esses que tem uma parcela significativa de sócios do Clube e que, obviamente, pagam o salário do mesmo. Ao torcedor do Fluminense o jogador tem, sim, a obrigação de vencer o Horizonte e classificar o Fluminense para a próxima fase da competição. O altíssimo investimento feito pelo Clube e sua parceira não condiz com o receio de um jogador que pensa em ser campeão do mundo, tenha de vencer a equipe de Fortaleza.
O discurso de “tragédia anunciada” numa eventual eliminação precoce surge como assombro aos torcedores, que esperam postura de capitão àquele em quem se deposita esperanças de classificação, que chame a responsabilidade e jamais fuja dela.
A atitude nefasta, covarde, vil e desleal tomada pelo funcionário jogador Frederico soa como tentativa de semear a discórdia entre as Torcidas Organizadas e o Clube, ou pior, entre essas e o torcedor de modo geral.
As vaias e cobranças existem no futebol desde que o esporte surgiu e, no Rio, desde a fundação do FFC, em 21-07-1902, ou seja, não é e nunca será privilégio de jogador inepto naquele momento. A melhor resposta às críticas que um jogador pode dar é empenho, dedicação, entrega, dentro e fora de campo, honrando a camisa, a história e, por que não, o salário que, neste caso, é extremamente alto.
Que fique claro que nem o funcionário jogador Frederico nem qualquer outro que vista a camisa do FFC tem o direito de chamar o torcedor do Fluminense de desocupado. Os 20 torcedores que PROTESTAVAM na ocasião são SÓCIOS do Club, que se privaram de seus afazeres normais de um sábado, de seu dia de folga, para protestar pacífica e democraticamente.
Vale frisar que o I. Presidente Peter Siemens saiu da mesma arquibancada que funcionário jogador Frederico agrediu e denigriu em sua nota. Ademais, não custa lembrar que FFC tem extensa lista de exemplo de jogadores que honraram e sempre respeitaram as torcidas, como Preguinho, Telê, Castilho, Romerito, Assis, Washington, Paulo Vítor, Ézio, Marcão, Thiago silva, Cavalieri, Conca, dentre tantos outros. 
A nota divulgada pelo funcionário jogador Frederico acusa os torcedores de terem avariado seu carro, o que se afirma, é mentira! Ademais, se verdade fosse, por que o mesmo não registrou o dano na delegacia? Onde está a avaria no automóvel? As câmeras do Clube e da Rua? A mesma coisa se pode afirmar sobre as “ameaças” que diz ter recebido.
O funcionário jogador Frederico afirma ter a absoluta certeza que em todos os protestos são sempre os mesmos 20 torcedores presentes, subestimando a inteligência e tamanho da nossa torcida. Os mesmos apaixonados torcedores viajam no meio da semana, largando emprego e família, eles não são tratados assim. Agora, quando vão questionar um desempenho pífio e falta de comprometimento, são vistos como “marginais” e “bandidos”. Ora, se quando do abraço ao time e apoio incondicional na ocasião do difícil fim do ano de 2009 e em tantas outras oportunidades que o time precisou da torcida, indaga-se: Por que o jogador Frederico não escreveu nenhum manifesto de agradecimento?
Esta claro que a ele no momento interessa o desiquilíbrio na harmonia da relação clube jogador, jogador torcida, abrindo as portas à outro Clube. Mas para sair não precisa rebaixar o Clube, tampouco criar factoides com fim escuso de lograr algum intento. Basta pedir pra sair, e sair.
No que se comentou em relação ao esvaziamento dos estádios, entende-se que o funcionário jogador Frederico é leigo aos assuntos relacionados ao seu ofício, cabendo-nos esclarecer para que não haja dúvida:
- horários dos jogos;
- segurança publica;
- preços exorbitantes do ingresso e no interior do estádio (ir a um jogo hoje não sai por menos de R$60,00 o que para a maioria dos brasileiros representa boa parte de seu sustento);
- transporte e etc;
- estacionamento;
- falta de uma política de incentivo dos clubes;
- aumento da venda de PPV com conivência dos clubes;
- ausência de verdadeiros ídolos e jogadores comprometidos com a manutenção da grandeza do Clube;
A torcida do fluminense é notadamente uma das mais tranquilas, e qualquer torcedor tem o seu direito de reclamar, Frederico. Iremos comemorar o gol que sair a favor, independente do jogador que for o autor, pois ninguém é maior do que o FLUMINENSE FC. Comemoraremos e vibraremos como fazemos há anos. Em relação ao apoio incondicional, deixamos claro que faremos isso sempre ao FLUMINENSE FC. Entretanto, jogador que nao correr, nao se esforcar e nao estiver focado 100% no nosso clube, infelizmente nao poderemos agraciar com o mesmo apoio.
Queremos o Frederico de outrora, o mesmo que foi um dos pilares do titulo de 2012"

Fonte: Lance
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Itu é grande demais

 

Por Luciano Martins Costa em 14/04/2014 na edição 793
Comentário para o programa radiofônico do Observatório da Imprensa, 14/4/2014

Os jornais de segunda-feira (14/4) destacam a relativa surpresa do futebol no final de semana: o Ituano Futebol Clube venceu o Campeonato Paulista, derrotando o Santos Futebol Clube na disputa de pênaltis. Até o carioca O Globo, cujo interesse futebolístico não costuma passar de Volta Redonda, registrou o feito na primeira página e em reportagem destacada no caderno de Esportes.
A imprensa resistiu à comparação banal com a batalha entre Davi e Golias, com apenas uma referência a esse clichê, no Globo, mas tanto o Globo como a Folha de S.Paulo se referiram a certa mania dos moradores da cidade interiorana, onde tudo é acima das proporções normais: “Itu é grande”, dizem os títulos dos dois jornais.
Nos comentários de especialistas, o ponto central é a vitória do orçamento modesto contra as folhas de salários multimilionárias dos grandes clubes. Mas a vitória do Ituano marca também uma mudança na linguagem do jornalismo esportivo, que nos últimos anos se rendeu aos critérios de grandes investimentos provocados pelas repatriações de atletas que fizeram fortunas no exterior. Esse modelo ainda determina a lógica do futebol brasileiro, mas o resultado da estratégia realista do clube de Itu mostra que há alternativas para conter a elitização do esporte popular.
Um dos exemplos mais escandalosos da inviabilidade do modelo baseado em salários de centenas de milhares de reais é o do atacante Márcio Passos de Albuquerque, conhecido como Emerson Sheik, que está trocando o Corinthians pelo Botafogo. O jogador ficou, com se diz no jargão futebolístico, “sem ambiente” no clube paulista, após o jogo contra o Flamengo, no fim do Campeonato Brasileiro de 2013, quando tomou atitudes de quem jogava pelo adversário.
Também pesou contra ele a acusação de haver contribuído para prejudicar o clima interno da equipe e afastar do elenco o atacante Alexandre Rodrigues da Silva, conhecido como Alexandre Pato, trazido do Milan da Itália por mais de R$ 40 milhões. Pato foi emprestado ao São Paulo Futebol Clube e Emerson está se transferindo provisoriamente para o Botafogo do Rio de Janeiro; e, em ambos os casos, o Corinthians se compromete a pagar metade dos salários, o que implica um custo superior a R$ 6 milhões por ano.

Jornalismo de resultados
Ituano e Corinthians são os extremos dessa desigualdade que pode afastar os torcedores dos estádios, porque o crescimento descontrolado dos custos nos grandes clubes inflaciona os preços de ingressos, mantém a estrutura do futebol dependente de grandes contratos com a emissora de televisão hegemônica, limita a receita publicitária a meia dúzia de grandes anunciantes e contribui para concentrar a renda do futebol.
Até mesmo a violência provocada por delinquentes abrigados nas chamadas torcidas organizadas decorre em parte desse modelo, porque esses grupos organizados são parte do esquema de apoio comprado por dirigentes dos grandes clubes com a oferta de ingressos, transporte e outros incentivos.
A imprensa costuma citar isoladamente alguns aspectos desse modelo, condenando pontualmente a violência e alertando para o problema da desigualdade nos salários, mas de modo geral se deixa contaminar pelo clima de show business que se criou em torno do futebol no Brasil.
A movimentação de jogadores entre o mercado brasileiro e o exterior, principalmente nos negócios com clubes europeus, também rende boas oportunidades profissionais para jornalistas, de modo que se produz um círculo no qual alguns levam vantagem, enquanto a estrutura baseada na paixão futebolística vai cedendo lugar aos interesses financeiros. Não são poucas as suspeitas de enriquecimento de dirigentes de clubes, alguns dos quais são veladamente acusados de ficar com parte dos grandes salários que oferecem às estrelas de suas equipes.
A vitória do Ituano Futebol Clube cria a possibilidade de uma discussão na imprensa sobre os rumos do esporte, no ano em que o Brasil se apresenta como anfitrião da Copa do Mundo. Mas certamente a conversa termina aqui mesmo. Denúncias de superfaturamento em obras dos estádios construídos ou reformados para a Copa ficam apenas na superfície do noticiário.
No futebol, como em outros temas, o jornalismo vive de resultados.

Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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Globo censura mensagem do Bom Senso FC
A TV Globo ignorou a faixa do Bom Senso FC carregada pelos jogadores do Santos antes do jogo começar. Durante a transmissão, a emissora cortou a câmera apenas para o semblante dos atletas e a torcida presente no estádio. A mensagem do movimento dizia: “Final de campeonato: 1 campeão. 500 clubes sem atividades e 12 mil desempregados”.
Fonte: IG
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E Lula falou


Lula reafirma que Dilma é a candidata e pede Constituinte Exclusiva para Reforma Política

Lula reafirmou que sua candidata é Dilma Rousseff e defendeu a necessidade de uma Constituinte Exclusiva para fazer a Reforma Política no Brasil.


Ricardo Stuckert/Instituto LulaMarco Aurélio Weissheimer



São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva rechaçou nesta terça-feira (8) os boatos e especulações sobre uma possível candidatura à presidência da República. Em entrevista coletiva concedida a blogueiros e jornalistas de publicações eletrônicas, Lula fez questão de iniciar a conversa afirmando: “Hoje estou começando um novo momento. Não sou candidato, minha candidata é Dilma Rousseff. Acho que a Dilma tem competência e todas as condições para fazer o Brasil avançar. É um privilégio para o Brasil tê-la como candidata”.
Lula falou sobre sua relação com a presidenta Dilma Rousseff, destacando que não é fácil o papel de ser ex-presidente. “Tem que ter cuidado para não ficar dando palpite no mandato de quem está governando. Às vezes, acho que tem político que não gosta de eleger seu sucessor porque prefere ser oposição. É preciso, ao sair da presidência, saber ser ex-presidente e não ficar dando palpite. Não faltou gente na imprensa querendo fabricar uma briga minha com a Dilma. Acho que os meios de comunicação no Brasil pioraram”.

Durante cerca de três horas, o ex-presidente foi questionado sobre um vasto leque de temas, que envolveram o mensalão, a prisão de José Dirceu, o STF, as denúncias contra a Petrobras, os protestos de junho de 2013, a Copa do Mundo, a mídia brasileira, o PT, os desafios para o futuro e a campanha eleitoral deste ano, entre outros. Lula não evitou nenhum tema e apontou a Reforma Política como a mais importante das reformas e defendeu a convocação de uma Constituinte Exclusiva para a sua realização. Além disso, anunciou que está com todo o fôlego para a campanha eleitoral deste ano:
"O que incomoda demais a eles é que estou vivo e com muita vontade de brigar. E vou brigar pela Dilma. Estou motivado e disposto e não baixar a cabeça. Se você baixa a cabeça, eles colocam uma canga em cima"

A seguir, um resumo das principais declarações do ex-presidente na entrevista:

A situação da economia, reforma agrária e educação

Quantas economias estão crescendo mais que o Brasil hoje no mundo? Tem a China, talvez a Coreia do Sul. Mas no caso da China sempre devemos levar em conta a ausência dos direitos trabalhistas que temos e a ausência de um Congresso com uma oposição atuante também. Estamos há onze anos aumentando a massa salarial e mantendo a inflação num patamar de 5,9%. Qual é o país que tem hoje uma dívida pública de 57% de seu PIB? Há poucos países no mundo hoje que tem os indicadores no Brasil. O mundo está em crise. As regiões que estão crescendo são a América Latina e a África. Há pessoas que, num passado recente, achavam bom o país crescer 2,0% e hoje acham ruim que hoje cresça a 2,9%. Olhando o que a imprensa tem noticiado, às vezes me dá a impressão que o país vai acabar. A economia brasileira está aquém do que gostaríamos, mas vamos ver quem está melhor que nós. Chegamos ao fim de 2013 com um desemprego de apenas 4,3%. A Espanha está com cerca de 20% de desemprego. Outros países da Europa estão com 8% ou 9%.

Falta fazer? Falta, porque estamos muito atrasados. Mas o que fizemos democraticamente em 11 anos há revoluções que não fizeram em muito mais tempo. Em 11 anos de políticas de Reforma Agrária, assentamos agricultores em 48 milhões de hectares de terra. Isso representa 55% de tudo o que foi desapropriado em 500 anos de história do Brasil. Também em 11 anos, na educação, saímos de cerca de 3,5 milhões de estudantes universitários para mais de 7 milhões. Sabemos que ainda há muito a ser feito na educação e é por isso que o dinheiro dos royalties do petróleo será destinado para esta área. O povo quer mais, o povo tem mais demandas e nós temos que atender. A Dilma tem que dizer isso na campanha: como é que vamos melhorar a economia brasileira.

Numa escala de 16 degraus, nós subimos 5 ou 6. O mais importante foi vencer o complexo de vira-latas. Tínhamos uma elite complexada que só achava bonito o que vinha de fora. O Brasil superou esse complexo e precisa ir para a ofensiva.

A situação da saúde: é preciso dinheiro grosso

Não existe forma barata de resolver o problema da saúde no Brasil. É preciso investir dinheiro grosso nesta área. Há quem diga que há problemas de gestão. Pode até haver, mas o principal problema é a falta de recursos. Quando se universaliza um serviço, se inclui uma massa de gente nele e, para manter a qualidade na prestação do serviço, é preciso de dinheiro. Por que é mesmo que acabaram com a CPMF, um imposto sobre 0,38% da movimentação financeira? O objetivo real foi evitar uma maior fiscalização do governo sobre a sonegação fiscal. Mais de 250 bilhões de reais foram retirados da saúde em cinco anos do meu mandato, cerca de 50 bi por ano. Sem dinheiro, o povo mão terá acesso a um tratamento de qualidade.

O Mais Médicos está provando que o Brasil não tem excesso de médicos. Tem excesso de médicos na Avenida Paulista. Mas esse programa não vai resolver o problema central, pois vai gerar a demanda de mais especialistas para dar continuidade aos tratamentos. O que precisamos fazer é credenciar a rede médica de todo o país para atender pelo SUS e melhorar o pagamento do SUS para os médicos. Precisamos também fazer com que todos os governadores cumpram a emenda 29 e dediquem 12% do orçamento para a saúde.

Mas, apesar de todos os problemas, o SUS é motivo de orgulho para o Brasil. Basta comparar com o que existe em outros países, inclusive países desenvolvidos. O problema é que só aparece gosto de 2008coisa ruim na saúde, há muita coisa positiva acontecendo também, milhares de pessoas sendo atendidas todos os dias. Ninguém diz que o governo criou o SAMU. Parece que caiu do céu. Que país distribui a quantidade de medicamentos que nós distribuímos por meio das farmácias populares? Mas nada disso aparece na televisão.

Reforma Política: só com Constituinte Exclusiva

No dia 27 de agosto de 2008 determinei aos então ministros José Múcio e Tarso Genro para quem fossem à Câmara em meu nome e entregassem um projeto de Reforma Política que previa, entre outras propostas, o financiamento público de campanha, o voto em lista partidária fechada, o fim das coligações proporcionais, a fidelidade partidária e a adoção de uma cláusula de barreira para organizar a vida partidária. Infelizmente a proposta não avançou e deve ter acabado em alguma gaveta.

Acho que a principal reforma que o Brasil precisa é a Reforma Política. E estou convencido que esse Congresso não a fará. É muito difícil que as pessoas aceitem mudar o seu próprio status quo. Então, sou favorável a uma Constituinte Exclusiva para fazer a Reforma Política. Não tem outro jeito.

Os protestos de junho e a proposta de uma lei antiterrorismo

“A democracia que queremos construir não significa um pacto de silêncio. É bom que a sociedade se manifeste. Precisamos aprender a lidar com isso. Não vi nenhuma reivindicação absurda nos protestos de junho, com exceção daqueles que pretendem negar a política. Acredito que estamos vivendo um momento rico da democracia brasileira e acho impensável querer proibir alguém de usar máscaras no país do Carnaval. O Brasil não precisa de uma lei antiterrorismo porque aqui não tem terrorismo. A própria sociedade fará um processo de depuração distinguindo quem quer defender uma causa determinada e quem quer só fazer baderna”.

“Em política vale tudo, a única coisa que não podemos fazer é negar a política, pois o que vem depois é pior. Temos aí o caso do Egito para ilustrar isso. Começou como uma revolta popular para derrubar um ditador e acabou retornando a uma ditadura. Somente através do exercício da democracia e da política é que podemos avançar, e isso significa saber conviver com os contrários”.

Regulação da mídia e marco civil da internet

Nós vamos ter que enfrentar esse tema. Não sei se vai ser agora na campanha ou depois. Há seis meses, ninguém acreditava que conseguiríamos aprovar o Marco Civil da Internet. Conseguimos e agora temos que evitar recuos no Senado. Depois de aprovar a neutralidade na rede devemos discutir agora outras formas de neutralidade. Não queremos censurar ninguém. Quem deve fazer isso é o leitor.

Petrobras

Qual o interesse em enfraquecer a Petrobras? Acho que o governo tem que partir para a ofensiva neste tema. Mais uma vez, quando a oposição não tem programa nem propostas para o país, levanta a ideia de fazer uma CPI. O caso da refinaria de Pasadena já está sendo investigado pelo Tribunal de Contas, pelo Ministério Público e por outros órgãos de controle. Estão fazendo o trabalho que sempre fizeram. O PT também tem que ir para cima nesta questão. As pessoas precisam levantar a cabeça e brigar de verdade. Cadê o blog da Petrobras? A capitalização que a Petrobras realizou foi a maior da história do capitalismo mundial.

Mensalão

Espero que o partido tenha aprendido a lição com a CPI do Mensalão. Devia ter feito o debate político e não ficar esperando uma solução jurídica. A imprensa ajudou a construir o resultado desse julgamento. Ainda quero entender como uma CPI que começou com uma fraude de 3 mil reais nos Correios, envolvendo uma pessoa ligada ao PTB, acabou estourando no PT, que pagou um alto preço por isso. A elite nunca foi condescendente com a esquerda, e a esquerda costuma ser condescendente com a direita. Acho que a história do mensalão vai ser recontada. E se eu puder ajudar a recontá-la, farei isso. O tempo vai se encarregar de repor a verdade.

Copa do Mundo: um encontro de civilizações

Eu sei do orgulho que foi a conquista da Copa do Mundo e das Olimpíadas para o Brasil. Houve poucas coisas que emocionaram mais o povo brasileiro do que quando foi anunciada a vitória do Rio de Janeiro para sediar as Olimpíadas. Como transformar isso em uma derrota, em algo ruim para o país. O dinheiro usado para a construção de estádios não é dinheiro do orçamento, não foi desviado da saúde ou da educação para este fim. E temos muitas obras de infraestrutura, como a ampliação e modernização de aeroportos, que ficarão como legado para o país. A Copa do Mundo no Brasil é muito mais do que dinheiro. Ela é um encontro de civilizações em torno do esporte. Querer anular tudo isso é falta de auto-estima. Deus queira que a gente ganhe. Se tiver uma final entre Brasil e Argentina será maravilhoso.

Sobre o PT

“Toda vez que um partido chega ao governo e esse governo dá certo, o partido sofre, pois o governo carrega seus melhores quadros. O PT não pode abrir mão de dizer o que pensa sobre o país e tem que conversar permanentemente com a sociedade. O PT poderia ter se tornado a grande referência para toda a América Latina, mas eu também tenho minha parcela de responsabilidade disso não ter acontecido. Nós temos que pensar e dar mais atenção ao nosso principal patrimônio que é a militância espalhada por todo esse país que trabalha diariamente em defesa daquilo que acredita. É nela que devemos pensar para que façamos as coisas certas e não cometamos erros que possam prejudicá-la”.

Sobre a indicação de Joaquim Barbosa

"Não me arrependo de ter indicado o Joaquim Barbosa. Eu queria um advogado negro na Suprema Corte. De todos os currículos, o dele era o melhor. O comportamento dele é de sua inteira responsabilidade. Precisamos lembrar que o STF também aprovou algumas coisas importantes neste período como a questão das células tronco, a reserva Raposa do Sol e a união civil de pessoas do mesmo sexo".

Sobre a candidatura de Eduardo Campos

“Tenho uma belíssima relação com o Eduardo Campos e sou agradecido pelo que ele contribuiu com o meu governo. Creio que ele também é agradecido pelo o que meu governo fez pelo Estado de Pernambuco. Infelizmente, ele decidiu romper a relação conosco e seguir outro caminho. É uma pena que dá sinais de estar indo mais para a direita do que para a esquerda”.

Denúncias envolvendo André Vargas

“Como deputado e vice-presidente da Câmara, ele tem que explicar seus atos para a sociedade. Espero que ele consiga provar que não há nada além de uma viagem de avião. Porque sempre acaba estourando no PT”.

Fonte: CARTA MAIOR
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Uma entrevista sobre política, pela internete, em uma terça-feira às 10 horas da manhã, com pouca ou quase nenhuma divulgação e que foi acompanhada por algo em torno de 15 mil pessoas.
Como entrevistadores os principais blogueiros "sujos".
Ninguém da  velha, decadente e golpista mídia.
Em se tratando da velha mídia, Lula saiu com essa:

 - "eu cansei de ver dizerem que aquilo (mensalão) foi a maior história de corrupção que já existiu nesse país. Sem dar os números. Mas depois apareceu uma quantidade de sonegação de impostos que era muito maior que tudo o que se falava. Eu tenho mais idade que vocês, aprendi que a gente não deve ficar nervoso”.



Pode-se compreender, claramente, que o Lula também quer ver o  DARF.
A entrevista teve grande repercussão ontem - nos higiênicos, estéreis e histéricos telejornais - e também hoje em todos os jornais impressos da velha mídia, com direito, inclusive, a manchete principal.
Como é de praxe na velha mídia manipulações, mentiras e omissões ocorreram .



Em uma postagem de VIOMUNDO pode -se ler:

Folha e Globo adulteram fala de Lula sobre CPI da Petrobras, diz assessoria.

O JORNAL DO BRASIL também deu destaque para a campanha  de perseguição política - comandada pela velha mídia - que sofre a Petrobras e o apoio de Lula a excelente candidatura de Lindbergh Farias ao governo do Estado do Rio de Janeiro
Abaixo um excerto da matéria de hoje do JB:

Lula dispara: "Candidatura de Lindbergh é irreversível e ele vai ganhar"

Ex-presidente também afirma que já cumpriu sua tarefa: "Dilma é a melhor para ganhar"

Em entrevista a blogueiros na manhã desta terça-feira (8), no Instituto Lula, em São, Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não será candidato e que Dilma Rousseff é "disparadamente" a melhor pessoa para ganhar as eleições.  "Eu já cumpri minha tarefa, já me dou por realizado", acrescentou. Lula também comentou a candidatura de Lindbergh Farias (PT) ao governo do Rio: "É pra valer. Já está colocada. É irreversível. Ele está no meio do mandato e não tem nada a perder. Só a ganhar. Ele acha que é o momento dele. Ele é um candidato bom, vai crescer e pode até ganhar."
O Jornal do Brasil  já havia publicado editorial destacando que Lindbergh Farias é o único candidato ao governo do Rio que tem o comprometimento do voto em Dilma e com o próprio Partidos dos Trabalhadores. No texto, o JB também destacou que o desprezo com que coordenadores da campanha para a reeleição de Dilma tratam Lindbergh não tem consistência política.
Lula também comentou as polêmicas envolvendo a Petrobras, destacando que haveria interesses políticos de quem quer criar a CPI no Congresso - gente que "nunca quis criar CPI, para nada". Para Lula, "não adianta comparar" o valor que a empresa tem hoje e durante o governo FHC. "Se ela vale R$ 98 bilhões hoje, ela valia R$ 15 bilhões durante o governo FHC", lembrou Lula. "O que as pessoas não aceitam? Que a gente fez o regime de partilha", acrescentou, sobre o modelo de extração de petróleo adotada para o pré-sal. "E muitos desses queriam privatizar a Petrobras há pouco tempo", lembrou ainda o ex-presidente. 
O Jornal do Brasil também já havia destacado, em editorial, que uma CPI contra a Petrobras teria motivações políticas: "A forma com que está sendo tratado o assunto só serve pra manchar uma das ultimas joias da nação que não foi privatizada", dizia o texto.

Abaixo mais um trecho da entrevista de Lula, agora em um trecho de um artigo de hoje em CONVERSAAFIADA:

Eles não podem deixar o Lula falar

É por isso que o FHC morre de ódio




A entrevista desta terça-feira do Presidente Lula aos blogueiros sujos é a prova provada de que o PiG (*) não pode deixar o homem falar.

Foi a mais importante entrevista que Lula deu, como ex-presidente.

Defendeu a Ley de Medios e lembrou que cabe ao PT assumir a liderança dessa luta.

Condenou o julgamento do mensalão e reconheceu que Dirceu foi vitima dele.

Que não se arrepende de ter indicado Barbosa – era o melhor currículo de um negro.

Foram três horas e meia de entrevista.

Uma entrevista histórica, que pode ser assistida por todo brasileiro.

Nenhum político brasileiro se comunica melhor com o povo.

Nenhum político brasileiro domina melhor a técnica de enxertar números em argumentos – de forma convincente.

Ele é um mestre na arte de “pôr um rosto atrás de cada número”.

“Se você explica uma vez e o cara não entende, o cara é burro. Se você  explica duas vezes e o cara não entende, o cara é burro. Se você explica três vezes e o cara não entende, o burro é você”, disse ele.


No BRASIL DE FATO o destaque para a entrevista foi a reforma política.
Veja o artigo do jornal, hoje  na internete:


Lula defende Constituinte exclusiva para Reforma Política


Reprodução
Em entrevista a blogueiros, o ex-presidente disse, no entanto, estar convencido de que "este Congresso" não fará a reforma; mais de 70 movimentos sociais vêm construindo o Plebiscito Popular desde o ano passado
08/04/2014
Da Redação
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a convocação de uma Assembleia Constituinte exclusiva para fazer a Reforma Política, em entrevista a blogueiros, nesta terça-feira (8), no Instituto Lula, em São Paulo.
No entanto, o ex-presidente disse estar convencido de que "este Congresso" não a fará. Segundo ele, os deputados e senadores que compõem o Congresso Nacional estão acostumados com o sistema político vigente e não vão mudar as regras.
"É muito difícil que a pessoa mude seu status quo. A pessoa foi eleita assim, está acostumada. Nós precisamos da reforma política, que é a principal causa que temos que fazer neste momento", defendeu o ex-presidente.
Desde novembro do ano passado, mais de 70 movimentos sociais e entidades de todo o país constroem o Plebiscito Popular pela convocação de uma Assembleia Constituinte Soberana e Exclusiva para mudanças do sistema político.
O plebiscito será realizado entre 1º e 7 de setembro e terá uma pergunta: Você é a favor de uma constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político?

Ainda hoje na velha mídia, precisamente em globo e folha, colunistas gritam pela volta de Lula.
A respeito dos gritos histéricos, CARTA MAIOR assim se posiciona:

O verdadeiro coro do volta Lula: 
Merval Pereira e Elio Gaspari querem a candidatura de Lula; ou seja, o conservadorismo teme sua liberdade como cabo eleitoral correndo o Brasil em apoio à reeleição de Dilma.

Uma entrevista histórica que, de certa forma, contou com a presença de todos os sites e blogues progressistas.