sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Globo papa crianças

Kleber Mendonça: Globo Filmes faz mal à cultura e adestra o público

“O valor de um filme, ou de um artista, não deveria residir única e exclusivamente nos número$”


Saiu na Folha:

Globo Filmes faz mal à cultura e adestra público, diz diretor de “O Som ao Redor”


O diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho, de “O Som ao Redor”, disse que o sistema Globo Filmes “faz mal à idéia de cultura no Brasil, atrofia o conceito de diversidade no cinema brasileiro e adestra um público cada vez mais dopado para reagir a um cinema institucional e morto”.

A declaração foi dada numa carta aberta em resposta ao diretor-executivo da Globo Filmes, Cadu Rodrigues, que “desafiou” Mendonça a fazer um filme de sucesso.



Amor estranho amor


Não apenas o sistema globo de filmes que faz mal à idéia de cultura no Brasil.
Toda a produção globo , seja de filmes, novelas e outros programas de suas grades de entretenimento e informação são nocivas à cultura brasileira e não refletem a realidade dos fatos.

Os programas voltados para o público adolescente são aberrações  de violência e sexo, onde hedonismo e disputa nas relações pessoais são apresentados como valores e práticas desejáveis na sociedade.

Não se deseja com isso  que tais programas rertratem uma realidade pura e inocente, mas que se sejam educativos, dentro da realidade ,  e atuem na formação de cidadãos.

Não é o que acontece com os programas da tv globo.

A novela malhação, destinada ao público adolescente, chegou inclusive a ser notificada pelos órgãos de fiscalização para modificar a classificação indicativa, devido as cenas de sexo e violência que habitam com frequência as tramas, onde crianças são os personagens principais.

No mesmo horário, na TV Brasil, uma variedade de programas voltados para o público adolescente é disponibilizada diariamente.

Em todos os programas da TV Brasil, a realidade atual não é descartada ou omitida, e os jovens são abordados como pessoas em formação, não necessariamente idiotas ou alienados como nas novelas da tv globo.

Nos programas da TV Brasil  uma constante investigação e discussão sobre valores é abordada diariamente, sempre com exemplos proativos e de uma sociabilidade saudável.

No caso das novelas, de horários mais avançados, a tv globo insiste obsessivamente em valorização de personagens psicopatas, onde o domínio pela força e articulações de crueldade extrema e violência , são os traços mais marcantes dos personagens principais.

A apologia de patologias destrutivas.

A força, a violência e o sexo, enquanto poderes dominantes, são uma constante nas novelas que , de alguma forma, permeiam o imaginário da público telespectador.

Ao tratar e trabalhar com subjetividades, ao longo desses anos a tv globo tem sido bem explícita. 

Fodei-vos Uns aos Outros

Bento XVI: uma renúncia estratégica

Ao ver o barco da Igreja Católica Romana quase à deriva, principalmente nos campos da ética pública e da ética privada, Joseph Ratzinger preferiu optar por viver semi-isolado a sua condição de octogenário. A análise é de Dermi Azevedo




A renúncia inesperada do Papa Bento XVI, em pleno Carnaval, assume, cada vez mais, as características de uma retirada estratégica. Ao ver o barco da Igreja Católica Romana quase à deriva, principalmente nos campos da ética pública e da ética privada, Joseph Ratzinger preferiu optar por viver semi-isolado a sua condição de octogenário.

Não é de agora a intenção de Ratzinger, afirmam fontes vaticanas. Um dos seus maiores amigos, o ex-arcebispo de São Paulo, cardeal Cláudio Hummes, preparou, a pedido do Papa, há cinco anos, um relatório secreto sobre a situação geral da Igreja e suas perspectivas. O documento foi lido na abertura do Sínodo Mundial dos Bispos, no Vaticano e continua mantido sob rigoroso sigilo.

Com base em ampla documentação, o relatório Hummes aponta graves desafios para a atuação do Catolicismo. O principal deles é o avanço do indiferentismo religioso; o segundo é a migração, diante de expectativas não respondidas pela Igreja, de legiões cada vez mais numerosas de católicos para outras confissões cristãs, de matriz pentecostal, em sua maioria, e para outras religiões, como é o caso do Islamismo; o terceiro desafio refere-se à atuação pouco eficaz dos bispos que integram a cúpula eclesiástica para coibir a prática da pedofilia por parte de clérigos; o quarto diz respeito à situação do clero quanto às questões do celibato obrigatório, da impossibilidade da admissão de mulheres ao sacerdócio e das restrições que o Vaticano faz ao controle da natalidade.

No seu relatório, Hummes chama a atenção da cúpula eclesiástica para o avanço de uma espécie de "sentimento de vazio" na sociedade global, caracterizado por uma nouvelle vague decorrente da hegemonia capitalista e da crise das utopias, no pós-queda do Muro de Berlim.

Detalhando um pouco mais esse panorama, os argumentos do cardeal Hummes são reforçados por dados da realidade: na França, o Islamismo já se tornou a religião hegemônica; enquanto velhos templos católicos se deterioram ou são alugados para famílias sem casa de baixa renda (ou são transformados em museus). A República laicista francesa é obrigada a lidar não mais com a disputa de poder com os bispos, mas com questões que (se tivessem acontecido naquela época) deixariam perplexo o rei Luís, como é o caso do uso de burkas pelas mulheres islâmicas, da permissão para a construção de mesquitas e na adoção das normas do Alcorão sobre a família, entre outras.

A preocupação do papa Ratzinger quanto ao pentecostalismo refere-se ao crescimento de um novo modelo de Igreja que adota a chamada "teologia da prosperidade" como referencial teológico e pastoral. Esse modelo baseia-se em um "toma lá dá cá" entre os seus adeptos e Deus, tendo como objetivo o enriquecimento pessoal dos crentes e a cura das doenças, numa perspectiva que desconhece os fatores sócio-econômicos entre as causas da persistência e do avanço dos males sociais (como o desemprego, a violência, as drogas entre outros).

Trunfo jogado fora
A renúncia do Papa coloca em xeque a principal vitória das correntes conservadoras do Catolicismo nos séculos XX e XXI: o enquadramento da Teologia da Libertação quando Ratzinger entrou no consistório para disputar a eleição pontifícia, já contava com pelo menos 50 votos de cardeais contrários à Teologia da Libertação. Essa leitura teológica ainda representa a primeira interpretação não européia da Teologia tradicional com base na realidade dos oprimidos do Terceiro Mundo. Foi trazida, paradoxalmente, da Europa pelo peruano Gustavo Gutierrez e por toda uma legião de bispos e teólogos, com base na Teologia Crítica alemã e nos documentos do Concílio Vaticano II.

Um dos adeptos mais destacados dessa corrente foi o colombiano padre Camilo Torres, que ingressou na guerrilha do ELN (Exército de Libertação Nacional), depois de voltar a seu país, como sociólogo, com doutorado na Universidade de Louvain, na Bélgica. Durante pelo menos 30 anos a Teologia da Libertação alimentou a esperança de milhões de cristãos, que vislumbravam, após mais de 500 anos de colonialismo e de esmagamento dos pobres.

Eleito Papa, Bento XVI tratou de concretizar em nível global a ofensiva conservadora. Seu laboratório anterior havia sido a Congregação para a Doutrina da Fé (antiga Santa Inquisição) onde havia comandado os processos de expurgo de teólogos como Leonardo Boff e Jon Sobrino. De um momento para outro, a Igreja deixou de ser uma das principais referências para a produção de sentido na sociedade. Entrou em descompasso, mesmo que fosse para polemizar, com a pós-modernidade. Retomou antigos costumes que lhe foram úteis na época da Cristandade, mas que se revelaram incompatíveis com a dinâmica de um mundo em rápida mutação de valores e em plena revolução tecnológica. A linha política adotada pelo Papa afastou da cúpula da Igreja os seus quadros progressistas e a distanciou das massas empobrecidas no mundo.

Corrupção
Por outra parte, Bento XVI tentou impedir, mas não conseguiu, a crescente corrupção nas instituições financeiras do Vaticano. O próprio Instituto de Obras da Religião (como é chamado o Banco Central da Santa Sé) foi apontado publicamente como um paraíso da lavagem de dinheiro oriundo de fontes desconhecidas ou escusas. O papa teve que intervir várias vezes nos órgãos financeiros do Vaticano diante de denúncias de corrupção apresentadas pelos jornais e pelas autoridades italianas. Paralelamente, Bento XVI teve que pagar a conta política dos prejuízos causados à Igreja por causa de indenizações determinadas pela justiça nos casos de pedofilia envolvendo clérigos. A Arquidiocese de Boston, nos EUA, é recordista nesse tipo de despesa.

E o futuro?
O Vaticano e o Papa dispõem de todas as informações sobre a crise que levou Bento XVI à renuncia. A eleição do novo Papa, em março próximo, revelará se a Igreja está mesmo disposta a enfrentar a sua maior crise em dois séculos (XX e XXI) ou se continuará voltada para o seu próprio umbigo.

*Dermi Azevedo é jornalista e cientista político


Amai-vos uns aos outros



A verdade começa a aparecer.
Durante dias, desde o anúncio da renúncia, que a grande imprensa e seu aparato midático tratam o caso como um simples problema de saúde de Bento XVI .
Quem não viu os esforços de manipulação e omissão dos fatos no jornal nacional da tv globo, com sua correspondente na Itália quase chorando por causa da "saúde" do santo padre.

Foi emocionante.
Hoje, já com os fatos  amplamente divulgados não se pode mais esconder  que a barca da Igreja Católica , além de estar sem rumo, começa a fazer água.
  
O conteúdo do bombástico relatório, apresentado pelo jornal italiano La  República, mostra que a casa de Deus é local de morada do Diabo.
E existem muitos por lá admirando as obras de Michel Angelo por um outro ponto de vista.
Local de lutas políticas violentas, que podem levar até mesmo a assassinatos o Vaticano é dividido em vários grupos que se movem em busca do poder.
Os ultraconservadores e reacionários da Opus Dei parece que levam vantagem.
Os escândalos são os mais variados, segundo o relatório.
Problemas de corrupção, um número assustador de casos de pedofilia envolvendo padres e ainda a existência de uma rede de prostituição homossexual dentro do Vaticano.
A rede de prostituição, talvez tenha surgido pela inspiração de alguns padres em
admirar as pinturas de anjos.
O vaticano se transformou em local de grandes surubas, certamente regado a muito vinho, o sangue de Cristo.

Amai-vos uns aos outros nunca foi tão atual.
O papa Bento XVI, ao que parece, ao tomar conhecimento do relatório não suportou a dura realidade e o estado deplorável de deterioração da Igreja.
Renunciou.
Ao fazer este ato de coragem, colocou em evidência a realidade da Igreja.
Sugeriu que o novo Papa fosse jovem e forte, além de santo ( o que parece ser difícil por aquelas bandas) para realizar uma profunda modificação nos rumos da Igreja
.
Não basta apenas mudar o Papa.
Hoje, diante dos fatos, todos sabemos que ele não governo sozinho e que seu poder é limitado.
Para que a Igreja reencontre seu caminho, que não é o caminho da Opus Dei,   é necessário uma profunda limpeza nas estruturas internas do Vaticano.
A justiça tarda mas não falha, deve estar pensando  Jacques de Molay.
 

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Yoani é :

YOANI SÁNCHEZ NO BRASIL

Uma blogueira do barulho


Por Luciano Martins Costa em 21/02/2013 na edição 734

Comentário para o programa radiofônico do Observatório, 21/2/2013
Mais do que um fenômeno político, a blogueira Yoani Sánchez representa um fenômeno cultural e social nestes tempos em que a individualidade ganha projeção sem precedentes, graças às possibilidades de expressão criadas pela tecnologia digital de comunicação e informação. Uma mulher comum, simples, sem traços de carisma pessoal, consegue em sua visita ao Brasil mobilizar a imprensa, provocar manifestações de protesto e ser apresentada ao plenário da Câmara dos Deputados como se fosse uma chefe de Estado.
Lendo-se o que dizem os jornais brasileiros sobre ela, imagina-se que os cubanos são um povo alienado, isolado do mundo e tiranizado por dois velhos decrépitos, os irmãos Castro, e que a blogueira é a única voz livre naquela ilha do Caribe. No entanto, todo o barulho em torno de sua visita segue paralelamente à falta de informações sobre o que a blogueira representa no cenário cultural e político de Cuba.
Yoani não é a única nem a mais relevante voz cubana, em Cuba, a protestar contra as restrições impostas ao país. Ela é apenas a personagem que a imprensa ocidental e organizações políticas inimigas do regime cubano escolheram para personificar suas críticas.
Atuam em Havana e outras cidades pelo menos uma centena de jornalistas, escritores e intelectuais que discutem abertamente a situação criada pelo isolamento do país. Vinte deles produzem a revista Voces (Vozes, em português), uma publicação digital de resistência contra o regime castrista.
Em sua apresentação, os autores qualificam Cuba como “uma nau que soçobra em sua néscia noção de nação” e se declaram empenhados em mostrar sua “desídia ideológica”. Em suas 16 edições, disponíveis na internet, pode-se encontrar textos primorosos, alguns carregando críticas vivas ao governo, todos defendendo a liberdade de expressão.
O escritor Orlando Luis Pardo Lazo, criador da Voces, é considerado um dos mais importante entre os blogueiros dissidentes que se destacam em Cuba. A blogueira pop não é, portanto, a principal representante da dissidência intelectual cubana. É apenas aquela que a imprensa ocidental escolheu como personagem-símbolo em sua campanha ideológica.
Outras vozes
Também se pode observar que muitos dos textos postados pelos integrantes desse movimento não condenam a revolução cubana, mas os caminhos que ela tomou em função do isolamento. A própria Yoani Sanchez afirmou, em uma de suas entrevistas no Brasil, que o problema de Cuba é o embargo imposto pelos Estados Unidos, que é usado pelo governo como justificativa para a política de restrições.
Acontece que, com o advento da internet e mesmo enfrentando dificuldades com a pobreza da tecnologia disponível, essas vozes podem ser ouvidas em qualquer lugar. Essas dificuldades podem ser bem avaliadas por quem acompanhou a evolução da internet no Brasil. Mesmo em plena democracia, e com amplas liberdades, o brasileiro era até há pouco mais de uma década um indigente em termos de tecnologia de comunicação, com a falta de investimentos por parte das operadoras de telecomunicações, e ainda hoje tem que se submeter às limitações da política de importações e ao interesse da indústria eletrônica de esgotar as possibilidade de lucro de modelos obsoletos.
Na quinta-feira (21/2), por exemplo, o Estado de S. Paulo informa que a Apple, que disputa com a brasileira Gradiente a marca iPhone no mercado nacional, está sendo acusada por uma associação civil de enganar os consumidores do Brasil ao vender modelos do iPad 3 como se fossem os novos iPad 4.
Yoani Sanchez é um fenômeno produzido pela manipulação, por parte da imprensa ocidental, da diversidade produzida pelas manifestações individuais nas redes digitais. Vejamos o que diz, por exemplo, um dos artigos publicados pelo cubano Wilfredo Cancio Isla, ex-professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Havana, na edição 15 de Voces:
“A internet e a avalancha de páginas digitais, portais informativos e blogs, favoreceu uma democratização do jornalismo e da informação. E criou também um desafio para as instituições tradicionais, mas ao mesmo tempo gerou uma ilusão de falso profissionalismo.”
Ele acusa a imprensa ocidental, de modo geral, de fazer uma cobertura preconceituosa sobre Cuba e Venezuela e de politizar de maneira nociva o noticiário, baixando a qualidade do jornalismo. Mas também não foge da discussão sobre a falta de acesso a informações em Cuba:
“Estes temas têm relação com a realidade cubana, onde reina há 50 anos um jornalismo de propaganda ideológica, centralizado e instrumentado, alheio a demandas de mercado? Definitivamente sim, porque Cuba deixou de ser a sociedade fechada que foi até a onda da internet e o uso massivo das novas tecnologias.”
Yoani é o barulho que a imprensa brasileira faz, para que outras vozes cubanas não sejam ouvidas.











                                           Yoani é :
  
Um produto fabricado, assim como muitos de fabricação em série.

O não conteúdo; a produção em massa;

Talvez seja um pouco da carne de cavalo presente em produtos de carne bovina;

Ou quem sabe, seja o pêlo de rato encontrado no molho de tomate, ou ainda o dente obturado encontrado em um queijo;

A fórmula para a defesa de teses específicas, ideológicas que alimentam apenas um lado da realidade;

A nova dupla de música sertaneja que chega ao mercado brasileiro para delírio dos consumidores ingênuos, infantis de  fácil manobra;

O tchan;

A celebridade que acabou de sair do "programa" big brother brasil, da tv globo e que em breve dará uma entrevista para Ana Maria Braga;

O um big mac com coca-cola;

A doença ( "causa única") que motivou a renúncia de Bento XVI;

O discurso de Aécio Neves , ontem, no congresso nacional;

A manchete da Falha, oppsss!, desculpe, Folha de SP com uma ficha da presidenta Dilma;

A  bolinha de papel, anabolizada pela tv globo como um petardo, na cabeça de José Serra;

O discurso do deputado nazista Jair Bolsonaro, que afirma não ter existido ditadura militar, nem golpe dado pelos militares no Brasil em 1964;

Todo aquele que afirma não existirem monstros nos mares, lagoas e rios do Brasil; 

O comentário de Junior e Arnaldo Cesar Coelho na tv globo, durante uma partida de futebol;

O exemplo de uma liberdade de expressão reprimida;
 
A  "liberdade de expressão" de Julian Assange;

A "liberdade de expressão" de Bradley Mannig sobre os assassinatos e horrores cometidos por militares dos EUA no Afeganistão;

A "censura" do regime cubano que se incomoda com suas críticas sobre a ilha;

A "América Livre e Democrática" que mantêm sob tortura quem critica os horrores de suas guerras;

O  aquecimento global que não existe:

O antro de tarados, ladrões e corruptos medievais da Igreja Católica que ainda insistem em usar o nome de Jesus de Nazaré, o Cristo;

A maior expressão do neoliberalismo "modernizante e civilizatório";

A "informação fidedigna", produzida pela imprensa ocidental, sobre o falecimento de Hugo Chavez em Cuba;

O "exemplar perfeito" de um  neoativista dos direitos humanos;

O jornal nacional da tv globo;

Che Guevara enquanto marca de vodka;

O meteorito que saiu do centro da terra em direção ao cosmos;

O fim do mundo, segundo a bíblia;

O sucesso de Psy;

Um replicante de Matrix;

O novo produto que a Apple lançou no mercado de consumo;

Originária do país que devolveu a visão de mais de um milhão de pessoas através da Operação Milagro;

Um grande tiro no pé do ocidente "neoliberal e livre";

A disneylândia reprimida;

O mickey mouse guerrilheiro;

Uma foto de Barack Obama surfando;

O novo penteado de Michelle Obama;

O olho cego de Ratzinger;

O tombo que afetou a cabeça de Bento XVI, segundo o Vaticano;

O bebê de Rosemary;

O shopping center das ilusões;

O exemplar perfeito do cidadão ocidental que vive por reflexo condicionado;

A Yolanda de Obama;

O pensamento único;

Uma jogada sábia, brilhante e inteligente do regime cubano.
 

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Copa das Confederações. Craques no Gramado

Cremerj: faltam vagas para internar dependentes de crack no Rio  

Agência Brasil
Rio de Janeiro – A nova política de internação involuntária de adultos dependentes de crack, adotada a partir de hoje (19) pela prefeitura do Rio, poderá esbarrar na falta de vagas e de profissionais na rede pública municipal. A advertência é do médico Paulo Cesar Geraldes, responsável pela Câmara Técnica de Psiquiatria e Saúde Mental do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj).
“Aqui no Rio não tem onde internar os pacientes. Além disso, é necessário que se tenha uma equipe preparada para atender a esse tipo de problema”, disse o representante do Cremerj. Ele se mostrou favorável à internação involuntária. “Nós somos a favor da internação do paciente, que infelizmente não tem o autocontrole. Essa droga [o crack] tira completamente o desejo do indivíduo de fazer qualquer coisa, a não ser quando ele cai em si e vê que está acabando com sua vida”.
Geraldes disse que essas operações só podem ocorrer com acompanhamento direto de um profissional de medicina. “Só pode ser feito com médico, que tem de avaliar se é caso de internação ou não, inclusive na internação compulsória, que é feita pelo juiz. Ele consulta o médico para saber realmente se o caso seria de internação.”
O representante do Cremerj salientou que as ações de recolhimento devem ser feitas com cuidado, respeitando a dignidade dos usuários. “A operação deve ser feita com os profissionais preparados para isso. Não pode ser feita de forma atabalhoada nem policialesca. São seres humanos que têm esse problema e têm direito a atendimento digno, como todas as outras pessoas.”
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS) foi procurada para comentar a avaliação do Cremerj, mas não se pronunciou até a publicação desta matéria.

Copa das Confederações - Craques na Miséria

Quatro meses antes do início da Copa das Confederações, da FIFA, em que a cidade do Rio de Janeiro será uma das sedes do evento, a prefeitura da cidade tomou uma medida polêmica ao internar na marra os usuários de crack que perambulam pelas ruas da cidade.
A maioria desses usuários é de moradores de rua que vivem em situação de risco social extremo desde outros carnavais.
Por que só interná-los , na marra, agora ?
Além dos usuários de crack, outros tantos vivem nas ruas da cidade, viciados ou não em drogas, bandidos ou não.
O foco das notícias é o poder avassalador da droga, amplamente divulgada, com pontos de vendas conhecidos  pela população.
Fala sério, tudo isso estaria mergulhado em um surrealismo, se o objetivo fosse de fato recuperar pessoas em alto risco social.
O comércio da droga, amplamente divulgado como cracolândias, vai de vento em popa. 
Não falta "remédio" para aqueles que necessitam.
Surrealismo.
O crime inafiançável de tráfico e venda de drogas corre livre , leve e solto pelas ruas da cidade  sem que ninguém seja detido, sem que o narcotráfico seja eliminado, sem que os pontos de venda de drogas sejam fechados.
Surrealismo. 
A prefeitura da cidade, através de seus secretários, ainda informa que a internação não é na marra , mas sim involuntária.
Ahhh, então tá.
Diz ainda que em dez dias de internação as pessoas serão recuperadas e devolvidas para o "aconchego de seus lares e familiares". 
Ora, todo mundo sabe, até mesmo o meteorito irado que chocou-s em solo russo, que em dez dias ninguém consegue se livrar de um vício devastador, independente se de crack, álcool, ou outra droga. 
E mais, as pessoas que serão internadas "involuntariamente" estão na classe de extremo risco social, onde a droga é apenas mais um componente do processo em que estão inseridos.
São inúmeros os casos de endinheirados viciados em drogas, que não vivem em situação de risco social, e que mesmo assim passam por anos de tratamento para se livrar do vício. 
E tratamentos caros, com os melhores profissionais e, mesmo assim , muitos sofrem recaídas.
Não me agrada a iniciativa da prefeitura da cidade focada apenas nos usuários de apenas uma única droga. 
Se o objetivo é social e humanitário a prefeitura deveria implementar um amplo programa para recuperar pessoas em risco social, principalmente os moradores de rua, independente se são viciados ou não em drogas.
A cidade do Rio de Janeiro, atualmente, está na lista das cidades com o menor índice de desemprego, por conta das obras e investimentos para os grandes eventos que a cidade receberá e, mesmo assim, a população de moradores de rua é alta.
Porém o que se vê são medidas ditas de cunho social e humanitário, mas que de fato carregam a lógica da higienização dos espaços públicos, recolhendo e removendo tudo aquilo que possa agredir aos olhos da burguesia e ao mesmo tempo, passe uma imagem positiva para o mundo por conta da visibilidade que a cidade terá com o evento que se aproxima.
Em outras palavras, "vamos esconder "o feio" durante o evento e depois a gente joga essas coisas nos mesmos lugares. 
É a lógica dominante em uma gestão que até o momento tem se mostrado muito sensível aos interesses das corporações e dos negócios e pouco interessada em questões sociais. 
A dignidade, o direito a moradia, ao trabalho deve ser para todos , em um processo independente da realização de eventos de grande visibilidade para a cidade.
Dia 15 de junho é data do primeiro jogo da Copa das Conderações.
A FIFA não admite que outras marcas de cerveja( além do patricinador oficial de um evento esportivo) sejam vendidas nos estádios e na proximidade destes durante o evento.
Depois de consolidada a internação de viciados em crack, abrem-se as portas para internar, sempre na marra, idosos, crianças, defensores dos direitos humanos, socialistas, obesos, anorexicos, portadores de doenças infecto contagiosas, pessoas com necessidades especiais, carecas, prostitutas, boiolas, grávidas solteiras, sambistas e outros mais.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Vida Longa para Hugo Chavez

Altamiro Borges: Chávez na Venezuela! Cadê o Merval?


O presidente Hugo Chávez retornou a Caracas nesta segunda-feira (18) após completar mais uma etapa do tratamento do seu câncer em Cuba.

Por Altamiro Borges, em seu Blog.


Ainda bastante debilitado, ele agradeceu aos que torceram pela sua rápida recuperação. “Chego de novo à pátria venezuelana, graças a Deus e ao meu povo amado. Aqui continuaremos o tratamento”, afirmou em sua conta no twitter. Ele também manifestou a sua gratidão ao povo cubano. “Obrigado Fidel, Raúl e toda Cuba... Até a vitória sempre! Viveremos e venceremos”.

Agentes da CIA, um bispo demoníaco da Venezuela e muitos “calunistas” da mídia mundial, que juraram que o líder bolivariano já estaria morto, até agora não se manifestaram.

Merval Pereira, o “imortal” da Academia Brasileira Letras, está quieto. Em meados do ano passado, antes mesmo das eleições que garantiram a nova vitória a Hugo Chávez, ele garantira que o líder venezuelano sobrevivia em aparelhos. Arnaldo Jabor, Ricardo Noblat e outros urubus da mídia repetiram a estória.

E agora? Farão autocrítica das suas besteiras?


Olha o aparelho aí, gente


O caro amigo leitor deve estar pensando, assim como eu, que a grande imprensa católica vive nas portas do inferno. 
Ou quem sabe lá dentro.
Merval, o imortal, aquele que se acha o tal, deu mais uma vacilada fenomenal.
Afirmou que Chavez sobrevivia com a ajuda de aparelhos.
Essa turma da direita reaça brasileira adora um aparelho. 
Ihhhhhhhh !
Não espere, caro leitor, que o pessoal que gosta de um aparelho, faça uma auto crítica de suas asneiras.
Certamente farão a tradicional cara de paisagem da janela, e passarão batidos, com seus aparelhos, pela realidade.
O que dirá o Arnaldo que pensa que é glauber Jabor ? 
 

Mesmo assim Ela gira

CARLOS ALEXANDRE AZEVEDO (1972-2013)

Morrer aos poucos

Por Luciano Martins Costa em 18/02/2013 na edição 733
Comentário para o programa radiofônico do OI, 18/2/2013
O técnico de computadores Carlos Alexandre Azevedo morreu no sábado (16/2), após ingerir uma quantidade excessiva de medicamentos. Ele sofria de depressão e apresentava quadro crônico de fobia social. Era filho do jornalista e doutor em Ciências Políticas Dermi Azevedo, que foi, entre outras atividades, repórter da Folha de S. Paulo.
Ao 40 anos, Carlos Azevedo pôs fim a uma vida atormentada, dois meses após seu pai ter publicado um livro de memórias no qual relata sua participação na resistência contra a ditadura militar. Travessias torturadas é o título do livro, e bem poderia ser também o título de um desses obituários em estilo literário que a Folha de S.Paulo costuma publicar.
Carlos Alexandre Azevedo foi provavelmente a vítima mais jovem a ser submetida a violência por parte dos agentes da ditadura. Ele tinha apenas um ano e oito meses quando foi arrancado de sua casa e torturado na sede do Dops paulista. Foi submetido a choques elétricos e outros sofrimentos. Seus pais, Dermi e a pedagoga Darcy Andozia Azevedo, eram acusados de dar guarida a militantes de esquerda, principalmente aos integrantes da ala progressista da igreja católica.
Dermi já estava preso na madrugada do dia 14 de janeiro de 1974, quando a equipe do delegado Sérgio Paranhos Fleury chegou à casa onde Darcy estava abrigada, em São Bernardo do Campo, levando o bebê, que havia sido retirado da residência da família. Ela havia saído em busca de ajuda para libertar o marido. Os policiais derrubaram a porta e um deles, irritado com o choro do menino, que ainda não havia sido alimentado, atirou-o ao chão, provocando ferimentos em sua cabeça.
Com a prisão de Darcy, também o bebê foi levado ao Dops, onde chegou a ser torturado com pancadas e choques elétricos.
Depois de ganhar a liberdade, a família mudou várias vezes de cidade, em busca de um recomeço. Dermi e Darcy conseguiram retomar a vida e tiveram outros três filhos, mas Carlos Alexandre nunca se recuperou. Aos 37 anos, teve reconhecida sua condição de vítima da ditadura e recebeu uma indenização, mas nunca pôde trabalhar regularmente.
Aprendeu a lidar com computadores, mas vivia atormentado pelo trauma. Ainda menino, segundo relato da família, sofria alucinações nas quais ouvia o som dos trens que trafegavam na linha ferroviária atrás da sede do Dops.
Para não esquecer
O jornalista Dermi Azevedo poderia ser lembrado pelas redações dos jornais no meio das especulações sobre a renúncia do papa Bento 16. Ele é especialista em Relações Internacionais, autor de um estudo sobre a política externa do Vaticano, e doutor em Ciência Política com uma tese sobre igreja e democracia.
Poderia também ser uma fonte para a imprensa sobre a questão dos direitos humanos, à qual se dedicou durante quase toda sua vida, tendo atuado em entidades civis e organismos oficiais. Mas seu testemunho como vítima da violência do Estado autoritário é a história que precisa ser contada, principalmente quando a falta de memória da sociedade brasileira estimula um grupo de jovens a recriar a Arena, o arremedo de partido político com o qual a ditadura tentou se legitimar.
A morte de Carlos Alexandre é a coroa de espinhos numa vida de dores insuperáveis, e talvez a imposição de tortura a um bebê tenha sido o ponto mais degradante no histórico de crimes dos agentes do Dops.
A imprensa não costuma dar divulgação a casos de suicídio, por uma série controversa de motivos. No entanto, a morte de Carlos Alexandre Azevedo suplanta todos esses argumentos. Os amigos, conhecidos e ex-colegas de Dermi Azevedo foram informados da morte de seu filho pelas redes sociais, por meio de uma nota na qual o jornalista expressa como pode sua dor.
A imprensa poderia lhe fazer alguma justiça. Por exemplo, identificando os integrantes da equipe que na noite de 13 de janeiro de 1974 saiu à caça da família Azevedo. Contar que Dermi, Darcy e seu filho foram presos porque os agentes encontraram em sua casa um livro intitulado Educação moral e cívica e escalada fascista no Brasil, coordenado pela educadora Maria Nilde Mascellani. Era um estudo encomendado pelo Conselho Mundial de Igrejas.
Contando histórias como essa, a imprensa poderia oferecer um pouco de luz para os alienados que ainda usam as redes sociais para pedir a volta da ditadura.



Habemuns Martinhuns


" sambar na avenida de azul e branco é o nosso papel, mostrando pro mundo que o breço do samba é em Vila Isabel"
São trechos de um samba de Martinho da Vila.
A Vila Isabel é conhecida em todo o mundo.
O carnaval acabou e os desfiles das escolas de samba também. 
Neste ano em que todo o mundo conhece a Vila Isabel, não teve transmissão dos desfiles das campeãs em tv aberta. 
Lamentável. 
Fico a me perguntar se a escola vencedora tivesse um enredo sobre Boni, será que mesmo assim não teria a transmissão para a tv aberta ?
A resposta é sua, caro leitor, claro sempre em tese.
Minha intenção aqui não é escrever sobre o carnaval, mas sim sobre a Quaresma.
E a Quaresmo já começou. 
Um período de reflexão e jejum, entretanto a fome voraz da imprensa assusta neste início de semana onde, supostamente, tudo volta a realidade.
É comum se ouvir que o ano só começa por aqui ao término do carnaval.
Assim sendo, neste "início" de ano um tsunami retrógrado invadiu, ou assim tenta, os corações e mentes.
É hora de "voltar a realidade" e aqueles que pensam que podem sequestrar as almas humanos , despejam suas pautas.
Neste "retorno a vida normal" os seguintes temas estão na ordem do dia:
- não existe  o aquecimento global em que a atividade humana seja a responsável pelo fenômeno;
- não existiu tortura durante o período da ditadura militar no Brasil;
- a volta da ditadura militar seria algo ineressante e desejável;
- o papa renuciou apenas por estar com problemas de saúde;
- a vitória de Correa, no Equador, se deu, "apenas" por que a economia vai bem naquele país;
- a barca não vai afundar, declarou um cardeal brasilerio sobre a renúncia do papa ( problemas de saúde ? )
O caro leitor deve estar se sentindo impressionado com a investida ultra conservadora, reacionária e retrógrada da grande imprensa brasileira e de seu aparato midiático. Tudo isso me traz lembranças sobre a campanha nos EUA contra o presidente Obama. 
Até bem pouco tempo, antes das eleições para o seu segundo mandato, uma grande parcela da mídia norteamericana insistia em dizer que Obama não tinha nascido nos EUA e devido a isso, não poderia se candidatar a presidência daquele país. 
Mesmo com provas concretas de sua nacionalidade, esses setores retrógrados ignoravam a verdade e continuavam falando e noticiando aquilo que eles gostariam que fosse a realidade. 
É o tea party american.
Qualquer semelhança com a imprensa brasileira e seu aparato midiático, nestes anos, não é coincidência.
É uma estratégia global dos setores reacionários e retrógrados, incluindo as alas conservadoras que dominam atualmente a Igreja Católica.
Em toda a História, não é a primeira vez que quando as verdades científicas e a força da realidade falam mais alto, esses mesmos setores, quando esgotados os argumentos racionais, partem para o confronto direto e para a negação da realidade, mesmo contrários a vontade da maioria do povo expressa pelo voto.
É o DNA da Santa Inquisição.
É o DNA da Casa Grande,
É o DNA do autoritarismo e da negação da democracia.
Os amantes da democracia e os Galileus da atualidade são as princiapis vítimas das perseguições.
Em um mundo caótico que vive uma de suas mais graves crises civilizatória, em que a maioria dos países ditos civilizados e desenvolvidos agoniza em crises financeiras com desemprego com índices alarmantes, seja a ser ridículo  ler no jornal o globo, que a vitória de Correa no Equador aconteceu apenas porque a economia do país vai bem.
Apenas ?  Acha pouco na conjuntura atual um país que esteja bem em sua economia ?
Esse é um recorte, que muito bem ilustra o discurso da grande imprensa e do aparato midiático nesta semana de "retorno a realidade"  
Obama não nasceu nos EUA, insistem as vozes da imprensa americana.
No jornal nacional da tv globo, a reporter correspondente do jornal na Itália, sempre com seus ares e aparências depressivas, insistia em dizer que a renúncia do papa se deu apenas por motivos de saúde quando o discurso do Papa, pós renúncia, deixava claro para todos a grave crise de identidade por que passa a Igreja Católica.
Ao mesmo tempo em a maioria da comunidade científica afirma categoricamente que a atividade humana é a principal responsável pela aquecimento global e os graves problemas ambientais que o mundo enfrenta, a grande imprensa ignora o conhecimento e o avanço da ciência, e veicula o oposto do conhecimento científico. 
A Igreja se cala, agarrada ao mastro da barca em um mar cada dia  mais sem peixe, a ponto de o pescador abandonar o barco.
É o millagre da multiplicação das mentiras, dos crimes.
index libroriun prohibitum, talvez seja a classificação de muitos livros e artigos atualmente publicados na internete. 
Para a Igreja Católica, o espírito não pode soprar em qualquer lugar.
Para a imprensa e seu aparato midiático, a verdade é aquilo que esses setores definem, independentemente da realidade.
Apesar de tudo e de toda essa onda retrógrada, Ela gira.
Se não bastassem essas aberrações tivemos ainda a semana dos astros sem destino.
Um grande asteróide  foi , durante dias, anunciado como o grande astro que passaria tirando tinta em nosso planeta, como de fato aconteceu. 
Tudo informado, pela grande imprensa, com ares de credibilidade e evitando qualquer tipo de pânico, chegando-se , inclusive, a afirmar que não seria o fim do mundo e que o astro não causaria nenhum dano ao planeta que gira.  
Fim do mundo ?????
No mesmpo dia em que o asteróide celebridade passava tirando um fino da terra, um meteorito enlouquecido, desconhecido, sem nenhum tipo de monitoramento anterior, entrou na atmosfera terrestre e chocou-se com o solo do planeta, causando estragos da ordem de 40 milhões de reais e deixando  mil e duzentas pessoas feridas.
Algumas pessoas do local onde o meteorito irado caiu achavam que era o fim do mundo.
Tudo isso me fez lembrar o sucesso do Kohutec e o fracasso do Halley, dois cometas que passaram perto do planeta, que apesar dos pesares, insiste em girar.
O halley era tido como o cometa celebridadee o Kohutec um desconhecido.
Ninguém viu o Halley na última passagem e o Kohutec foi um sucesso de público.
Mesmo para monitorar astros, asteróides e outros vagabundos do espaço, nossa ciência ainda deixa muito a desejar.
O meteorito irado mostra que a vida não é apenas perecível ao tempo, mas que tudo pode estar apenas por um segundo, conforme letras de dois compositores baianos.
Conhecer a realidade faz da vida algo melhor e mais agradável.
Não é que desejam os meios de comunicação de massa e as organizações que pensam serem os detentores do monopólio da fé.
Habemuns veritas, é o que o povo deseja..
Mesmo assim Ela gira. 


sábado, 16 de fevereiro de 2013

Na tela da tv no meio desse povo a gente escuta o samba pelo rádio



Sobre Rede Globo, Carnaval e desrespeito ao telespectador brasileiro

O tratamento mercantil dado à maior festa popular do país subestima a inteligência do público


Jornal do BrasilPor Pedro Willmersdorf



Um slogan torto. Assim pode ser definida a frase 'Globo: a gente vê por aqui'. Pelo menos quando o assunto é Carnaval o famoso slogan da emissora mais poderosa do país poderia ser adaptado para 'Globo: a gente vê mais ou menos por aqui'. Em pauta, o desfile das escolas campeãs do Carnaval de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Dona dos direitos de transmissão, a Rede Globo, tradicionalmente, cede o sábado pós-desfiles oficiais para que uma concorrente faça o serviço de levar ao telespectador brasileiro a festa das grandes vencedoras do maior espetáculo visual criado pelo homem na face da Terra. Rede Manchete, Band, SBT: por anos os amantes dos desfiles que não puderam, por algum motivo (seja geográfico ou financeiro), curtir de pertinho a alegria das melhores escolas do ano pelo menos tiveram o privilégio de saborear a euforia alheia do conforto do seu sofá. Este ano, nem isso.


Ao telespectador amante do Carnaval e sem fundos para curtir o Desfile das Campeãs na Sapucaí, resta acompanhar o 'Zorra total' na noite de sábado: Globo não cedeu direitos de transmissão da festa
Ao telespectador amante do Carnaval e sem fundos para curtir o Desfile das Campeãs na Sapucaí, resta acompanhar o 'Zorra total' na noite de sábado: Globo não cedeu direitos de transmissão da festa
Sem qualquer justificativa plausível dirigida a seu telespectador, a Rede Globo não somente cortou a cessão dos direitos de transmissão a terceiros como também não incluiu o Desfile das Campeãs em sua programação. Inviável sequer debater motivos, já que a emissora, em momento algum, se posicionou publicamente sobre a escolha de ignorar a festa final do Grupo Especial, tanto em São Paulo como Rio. E, cá entre nós, temos a total certeza que a necessidade de levar ao ar programas do quilate qualitativo de um 'Zorra total' não seria uma desculpa admirável.
O que está em pauta aqui é o completo descaso com seu telespectador, privado desta grande festa diante de interesses sombrios. O que a Rede Globo não entende é a esquizofrenia entre o discurso de seu 'padrão de qualidade' o tratamento mercantil e desprezível dado a determinados momentos da expressão cultural. O que só demonstra o total despreparo da emissora diante da construção da memória coletiva. No fim das contas, o slogan correto, caro leitor, deveria ser: 'Globo: a gente vê por aqui (o que for do nosso interesse, não do seu)'. Um erro grosseiro e excludente que subestima a inteligência do telespectador brasileiro.
Por Pedro Willmersdorf

 ATRAVESSOU

O que teria motivado a tv globo para não transmitir nem ceder os direitos de transmissão  para outra emissora ?
Todos os anos a rede globo adquire os direitos de transmissão de todos os desfiles das escolas de samba daqui do Rio de janeiro. Grupo especial,, Série A e desfiles das campeãs que acontece no sabado depois do carnaval.
Também todos os anos a rede globo cede os direitos de transmissão da atual Série A e dos desfile das campeãs para uma outra emissora  e transmite , apenas, o desfile das escolas do grupo especial.
Neste ano fez o mesmo, ou seja adquiriu o direito de transmissão de tudo, mas não vai transmitir nem ceder os direitos para a transmissão do desfile das campeãs. 
Trata-se de um evento, um grandioso evento, de celebração do elemento mais importante da cultura popular do país, o samba.
E o que faz a rede globo ?
Ignora a importância do evento e dá as costas para a nossa cultura popular.
A rede globo foi ao supermercado e comprou todo o estoque de alimentos. Jogou fora todos os alimentos e deixou a população com fome.
O que quer a rede globo ?
Transmitir a chatice de corridas de fórmula - 1 , de interresse do narrador do evento ?
O leitor atento deve estar se perguntando se não existem mecanismos legais para punir a emissora, já que o evento é inquestionávelmente de interesse público, e o público está sendo impedido de receber as imagens por tv aberta.
Qual o motivo da tv globo ?
Medo que a emissora que poderia transmitir apresentasse uma linguagem diferente para a tomada de imagens ?
Medo de comentaristas inteligentes e conhecedores do assunto que fizessem comentários diferentes dos comentários do desfile de carnaval ?
Medo de enquadramentos que não ocorreram durante o desfile de carnaval ?
Medo de apresentar as imagens que a rede globo censurou em desfiles, como o caso da escola Nenê da Vila Matilde , em São Paulo ? Talvez por isso tenha censurado ?
Medo que seus artistas e protegidos que desfilam nas escolas não tivessem a visibilidade que tiveram durante o desfile de carnaval ?
Medo que as pessoas não assistissem a zorra mediocre da zorra total ?
A resposta fica para o caro leitor debater , refletir e repercutir o assunto.
Enquanto isso me lembro do evento realizado e organizado pela FIFA, aqui no Rio de Janeiro na Marina da Glória, poucos anos atrás, em que foram apresentadas as cidades que irão sediar os jogos da copa do mundo em 14 aqui no Brasil.  O caro leitor deve se lembrar, que durante o evento, ocorreram apresentações de artistas da nossa música. Cabe lembrar que toda a parte artística foi organizada e implementada pela tv globo, assim como a geração de imagens para o Brasil e o mundo. Não apareceu o samba nem nenhuam mulata daquelas que não estão no mapa sambando. Foi tudo ao estilo mauricinho comportado jazzistico, com direito a um filme de Frank Sinatra cantando Garota de Ipanema em inglês. A maior agitação, no tocante a apresentação de artistas, ficou por conta da apresentaçãode Ivete Sangalo, mesmo assim contida e discreta, em comparação com seu estilo de se apresentar.
Pela primeira vez o público da tv aberta não terá a trasnmissão do desfile das escolas campeãs, um ótimo aperitivo para a noite de sábado. 
A passarela do samba Darcy Ribeiro, certamente estará lotada com mais de 75 mil pessoas, mas isso não é justificativa para transmitir o evento, segundo os padrões da tv globo.
Ainda antes do carnaval, quando questionada pelos motivos de não transmitir o desfiles das campeãs. a rede globo, arrogantemente, se limitou a dizer:
" a marquês de sapucaí é nossa" em uma referência ao fato de ter adquirido todos os direitos de transmissão.
Ao adquirir o direito de transmissão a rede globo tem o direito de não transmitir algo de interesse público  que ainda é vendido a rede globo para ser transmitido ao público ?
Que o povo e as autoridades tomem as medidas cabíveis.