domingo, 27 de janeiro de 2013

A Morte de um Modelo Decadente

      A  Morte de um Modelo Decadente

Morte

BRASÍLIA - Morte, morte, morte, morte, morte. É impressionante como o Brasil, que se escandaliza com as matanças em escolas e cinemas nos EUA, se acostumou com histórias cinematográficas de assassinatos em toda a parte do país.
O dono de um restaurante do litoral paulista esfaqueia e mata um cliente por causa de R$ 7. Um cliente faz o contrário no DF: liquida a tiros o dono de um "self-service" que não admitia restos no prato.
Uma moça em final de gravidez leva um tiro e morre. Por causa de uma mochila barata, uma adolescente é atingida, sem chance de socorro, em um bairro nobre paulistano.
Já uma menininha com uma bala na cabeça, mas com chance de sobreviver, espera por oito horas o cirurgião que não vem e acaba morrendo num hospital no Rio.
Um cidadão é morto, na frente da mulher e da enteada, por uma garota de 15 anos. Nada menos que 56 mulheres foram assassinadas no Paraná no ano passado.
E, numa periferia de Brasília, a cena macabra: as cabeças de um casal gay expostas no meio da rua, enquanto a casa deles vira cinzas.
Em São Paulo, os índices são chocantes: em 2012, os homicídios cresceram mais de 15% no Estado e 34%, numa versão, ou 40%, em outra, na capital. E são materializados nas chacinas e nas mortes em sequência de policiais.
O governo Alckmin gaba-se de que os índices ainda estão entre os melhores do país, mas isso não ameniza o fato de que a tendência de queda foi interrompida e de que a meta de 10 homicídios por 100 mil habitantes não foi atingida.
É preocupante para um candidato à reeleição em 2014, com Lula a mil por hora no seu encalço, mas é desesperador para a população que não sabe mais como morar, dirigir, andar --ou seja, como viver.
A jabuticaba, azeda como ela só, é que a onda de violência no país coincide com recordes de arrecadação de impostos: mais de R$ 1 trilhão.
Eliane Cantanhêde Eliane Cantanhêde, jornalista, é colunista da Página 2 da versão impressa da Folha, onde escreve às terças, quintas, sextas e domingos. É também comentarista do telejornal "Globonews em Pauta" e da Rádio Metrópole da Bahia.



Vida

A colunista confundiu jaboticada com azeitona.
O assunto a ser debatido é a escalada da violência, mas não uma violência qualquer, uma violência com alvos bem definidos. 
Estamos falando de um fenômeno mundial, não apenas das cidades brasileiras.
Um fenômeno que nesta década já assume caracaterísticas de epidemia mundial.
Se é mundial, como de fato é, estaria ligado ao novo "pacto civilizatório" pós queda dos regimes comunistas em 1990 ? 
Teria relação direta com o modelo econômico vigente no planeta ?
Seria uma onda de afirmação do patriarcado ?
As mulheres tem sido as principais vítimas dessa onda de violência. Seja no Brasil , ou em outros  países temos assistido a um aumento assustador dos casos de estupro de mulheres, algumas crianças.
Em reforço a onda de violência, o primeiro ministro japonês sugeriu que os idosos morram logo, para amenizar as contas da previdência social.  Outros na lista da violência; os idosos.
O modelo econômico mundial joga os pobres na exclusão, em favelas e guetos, onde proliferam o consumo de drogas. Mais na lista da violência; os pobres.
Nos últimos vinte anos o mundo tem assistido uma onda  crescente de racismo. Outro grupo na lista; os negros.
As mortes por roubo de mochilas, tenis, tem em comum o desejo , por parte do assaltante, em fazer parte, estar incluído, em um grupo onde todos vestem-se e usam os mesmos objetos, tão alardeados e incentivados pelos meios de comunicação como símbolos de sucesso e modismo. A violência do consumismo enquanto um valor universal.
Uma pessoa que morre por 7 reais está diretamente ligada a prática capitalista de agiotagem, onde se não paga, morre. O dinheiro, não pode ser alvo de enganação , de uma pessoa para outra, no universo dominantemente capitalista. Já o adultério não é um problema, nem a mentira, muito menos a manipulação das informações.
Com o declínio do modelo neoliberal , a crise mundial em curso, e as sucessivas vitórias de governos de muitos países contrários ao modelo vigente, mesmo que ainda estejam inseridos no modelo, cresce uma forma de autoritarismo e violência que ignora os pincípios democráticos, em uma tentativa de impedir novas formas de governança. Como resultado mundial, escancara-se o enfraquecimento dos organismos internacionais na resolução de conflitos e tomadas de decisões.
Com uma participação mais ativa na difusão de informação e troca de conhecimentos, a internte e suas redes sociais também são percebidas, por aqueles que desejam manter o satus quo, como uma ameaça  ao modelo vigente decadente. Daí a a violência e perseguição de ativistas digitais, com prisões arbitrárias, e processos judiciais absurdos.
O crescimento da intolerância religiosa também é um fenômeno que ganha destaque na última década. Por algumas vezes, o próprioVaticano, através de declarações de seus generais, atacou outras religiões, dando a senha para que a mídia ocidental alinhada fizesse o restante do serviço, através da  informaçõae do entretenimento. 
O " pacto civilizatório" vigente , acentuou na última década, o estreitamento das idéias, tentando evitar toda e qualquer forma de pluralidade ideológica, debates sobre temas que não sejam de seu interesse, difundido a crença falsa da inevitabilidade de outras opções.
E para terminar, sem imaginar em esgotar um assunto tão amplo, fica a frase senha do momento de barbárie que o mundo vive.
Em 2001, Bush II disse :
" aqueles que não concordam conosco devem ser tratados como inimigos "
Voltando rapidinho. 
Precisamos de um estado cada vez mais forte, onde todos paguem seus impostos e que o povo tenha participação direta nas tomadas de decisões, e uma justiça que puna , igualmente perante a lei, pobres e ricos.


sábado, 26 de janeiro de 2013

O Choque

 O   CHOQUE

Essa foto poderia muito bem  ter sido tirada logo após o pronunciamento da Presidenta Dilma, na última quinta-feira, quando anunciou a redução da tarifa de energia elétrica.

Temendo Dilma, PSDB apela para a distribuição de cargos




sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Foi um Massacre

Foi  um  Massacre





DILMA ESFARELA A CRISE MIDIÁTICA: 'ERRARAM FEIO'
" Surpreende que, desde o mês passado, algumas pessoas, por precipitação, desinformação ou algum outro motivo, tenham feito previsões sem fundamento, quando os níveis dos reservatórios baixaram e as térmicas foram normalmente acionadas. Como era de se esperar, essas previsões fracassaram. O Brasil não deixou de produzir um único kilowatt que precisava(...). Cometeram o mesmo erro de previsão os que diziam, primeiro, que o governo não conseguiria baixar a conta de luz. Depois, passaram a dizer que a redução iria tardar. Por último, que ela seria menor do que o índice que havíamos anuciado. Hoje, além de garantir a redução, estamos ampliando seu alcance --e antecipando sua vigência. Isso significa menos despesas para cada um de vocês e para toda a economia do país (...)Todos, sem exceção, vão sair ganhando(...) Espero que, em breve, até mesmo aqueles que foram contrários à redução da tarifa venham a concordar com o que eu estou dizendo.Aliás, neste novo Brasil, aqueles que são sempre do contra estão ficando para trás, pois nosso país avança sem retrocessos, em meio a um mundo cheio de dificuldades.Hoje, podemos ver como erraram feio, no passado, os que não acreditavam que era possível crescer e distribuir renda. Os que pensavam ser impossível que dezenas de milhões de pessoas saíssem da miséria. Os que não acreditavam que o Brasil virasse um país de classe média. Estamos vendo como erraram os que diziam, meses atrás, que não iríamos conseguir baixar os juros". (Presidenta Dilma; 23-01-2013) 

(Carta Maior; 6ª feira,25/01/2013)



Foi um massacre.  

O caro leitor que vem acompanhando as previsões adolescentes no DMO, certamente concorda que a Presidenta Dilma foi precisa e exata em seu pronunciamento. 

Não vou voltar a lembrar o comportamento do DMO e suas estapafúrdias previsões, pois o leitor já está bem informado sobre o assunto. 
Vou me concentrar no pós-massacre com seus desdobramentos.

E o que dizer da nota publicada pelo principal partido de oposição devidamente legalizado ? 

A sensação  que tomou conta de muitos, inclusive desse escriba, é a de que os tucanos foram depenados, tamanha a irritação contida nas linhas da nota emitida pelo PSDB. 
É a  negação da política, revelada pela frustração com o sucesso das medidas tomadas pelo governo federal. 

Espera- se oposição com conteúdo, com compromissos, programas e projetos bem definidos para o país, e não descargas emocionais por terem levado um gol.

E que golaço, hein, caro leitor ? 

Certamente a direção do PSDB, tão bem acostumada com previsões sobre o futuro pŕoximo para o país, se enxergou meses a frente, diante das medidas anunciadas pela Presidenta. 
Talvez isso explique as descargas emocionais. 

Isso não significa que setores da sociedade, incluindo a oposição, não possam se posicionar contrários a redução das tarifas de energia elétrica. 
Porém, para fazê-lo, se exige uma crítica com conteúdo, caso contrário é um tiro no próprio pé, como deu o ex governador de Minas, apenas posicionando-se contrário a medida. 

Não é bom para o país e também para nenhum governo, uma oposição fraca e fragilizada como a que existe atualmente. 

É no debate de idéias, programas  e visões de futuro, que se avança na construção de um país. 
Infelizmente a oposição atual se preocupa apenas em tomar o poder, por quaisquer meios possíveis. Isso seria lamentável, se não fosse perigoso.

A oposição ainda respira porque tem um amplo apoio do DMO, caso contrário já teria mudado de endereço cósmico. 

Já o DMO, no papel de partido de oposição, perde a credibilidade enquanto imprensa, conseguindo a proeza fantástica de não ser nenhuma coisa nem outra, e ainda contribuindo para a desinformação e nutrindo na sociedade o medo, a falta de esperança e o fracasso. 

A falta de uma oposição eficaz também prejudica os setores que apoiam o governo federal, que não conseguem fazer valer suas agendas, como é caso da reforma agrária, a priorização da agroecologia, a elaboração de um novo marco regulatório para os meios de comunicação, uma maior fatia de investimento para as áreas de ciência e tecnologia , a valorização e o reconhecimento das mídias digitais, o desenvolvimento e implantação de soluções limpas e sustentávies para as nossas cidades,  eliminação do déficit habitacional e a consolidação de uma democracia plena e participativa com total garantia de todos os direitos do cidadão. 

O caro leitor já percebeu que este blogue apoia o governo federal, porém a adesão não é incondicional. 

Voltando para a repercussão pós- massacre, temos o comportamento de colunistas e alguns conhecidíssimos jornais de oposição. 
O que vimos , em o globo e folha de SP, foram tentativas de crítica focadas na figura da Presidenta, e não nas medidas de redução das tarifas de energia elétrica. 
Lamentável. 
Urubólogas e massas cheirosas percorreram caminhos vicinais, tortuosos,  cheios de lama na tentativa de encontrar um significado que pudesse produzir uma crítica para seus leitores. 
Lamentável. 
E o que dizer do popularesco Extra, do grupo Globo ? 
Confesso, caro leitor, que ao ler a manchete de Extra, de hoje, compreendi claramente o que se passava nas redações, porém não pude evitar o riso.

Dizia mais ou menos assim:

" Tarifa de energia cai mas preço do macarrão sobe"

O caro leitor certamente deve estar se perguntando: 

Que raios tem em comum a energia elétrica e o macarrão ? 

Se o preço da energia cai e beneficia o cidadão, e é algo positivo e bom para todos, por que o jornal deve colocar ao lado que o macarrão sobe ? 

A velha história de incutir o pessimismo, de minimizar o que é bom, de dizer que não é bem assim, tem coisa subindo, etc e tal. 

Ora, todo mundo sabe que determinados produtos tem seus preços oscilando com as condições climáticas, de mercado e outras, como frutas , legumes, hortaliças , cereais, etc.... Com o tempo os preços voltam  a se ajustar em níveis iguais ou próximos de antes do aumento. 
Logo não tem nada a ver colocar o macarrão junto com a energia elétrica. 
São situações , de aumento e de redução de preços, que não podem ser comparadas. 
A macarronada elétrica de Extra revela o sentimento de frustração, má vontade, e principalmente de total falta de um conteúdo crítico  construtivo que predominam no DMO nessas horas pós massacre.

Não acredito, e penso que o caro leitor concorda comigo, que o DMO aprenderá a lição.

 

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Ali Kamel e Dona Solange. Tudo a ver

Ali Kamel e Dona Solange. Tudo a Ver



Rede Globo tem medo da internet”

Blogueiros sofrem implacável perseguição judicial do diretor de jornalismo da maior emissora do país
24/01/2013
Pedro Rafael,
de Brasília (DF)
Charge de Carlos Latuff
Um dos espaços mais fortes de contraponto à hegemonia dos grandes meios de comunicação são os blogs de jornalistas e ativistas espalhados pela internet. A velocidade da rede e a capacidade de disseminação de informações têm provocado reações que revelam o verdadeiro compromisso dos empresários da mídia com a liberdade de expressão.
Na mais recente investida contra blogueiros, na semana passada, o diretor de jornalismo da TV Globo, Ali Kamel, venceu em segunda instância o processo que move contra Rodrigo Vianna, repórter da TV Record e dono do blog Escrevinhador, que chega a ter mais de 30 mil acessos diretos por dia. O blogueiro, que foi repórter da Globo e saiu justamente por discordar da cobertura parcial da emissora nas eleições presidenciais de 2006 – em favorecimento à candidatura do PSDB – pode ser obrigado a pagar uma salgada indenização apenas porque exerceu o “sagrado” direito constitucional da livre opinião. O problema é que foi contra a Globo.
Vianna publicou em seu blog que o jornalismo da emissora comandada por Kamel era algo “pornográfico”, em alusão a uma infeliz coincidência: um ator pornô dos anos 1980 também usava o mesmo nome do manda chuva do jornalismo da Globo. Ao se apropriar da informação como metáfora, para produzir uma crítica, o jornalista atingiu o alvo.
“O que me interessava era a homonímia entre o ator pornô e o diretor da Globo, e não dizer que um era o outro, como afirma meu acusador. Tratou-se do exercício da liberdade de opinião, ou seja, usar uma metáfora para criticar o jornalismo pornográfico que a Globo pratica. Aí não pode, porque metáfora só quem pode fazer é o Arnaldo Jabor, que escreveu um livro chamado Pornopolítica. Eu recorri ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e perdi. O que eu vou fazer agora é recorrer aos tribunais em Brasília e seguir protestando, mostrando a hipocrisia dos caras que falam em liberdade de expressão, mas só para eles. É como os liberais do século XIX, que reivindicavam o liberalismo para serem donos de escravos porque abolir a escravidão, na visão de alguns desses liberais, atentava contra a propriedade privada, que eram os próprios escravos”, desfere o escrevinhador.
Rodrigo Vianna não é o único. Outros blogueiros bastante conhecidos como Luiz Carlos Azenha – também ex-repórter da TV Globo, Luiz Nassif, Cloaca News e Paulo Henrique Amorim colecionam no currículo ações criminais impetradas pelo diretor da vênus platinada. “Então, não pode fazer política, não pode brincar, criticar através do humor. Nem os militares fizeram isso com o Pasquim. É incrível como um sujeito como o Ali Kamel, que controla os noticiários da principal emissora de TV do país, que acaba influenciando outros veículos das Organizações Globo, quer processar um blogueiro como eu. É porque eles estão dando muita importância para a blogosfera”, desabafa Vianna.
“A mídia não aceita ser questionada. E as brincadeiras que a Globo faz com a Dilma no Zorra Total, por exemplo? Eles são ótimos para defender a liberdade deles, dos monopólios. Quando a brincadeira é com eles, não gostam e revelam um DNA fascista muito forte. Outro caso diz respeito ao jornal Folha de S. Paulo. Quando a turma fez uma crítica, como foi o blog Falha de S. Paulo, o jornal reagiu com ação judicial para tirar o site do ar”, aponta o jornalista Altamiro Borges, do Blog do Miro e presidente do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé. Miro é um dos organizadores do Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, que já teve três edições.
Desvendando o jogo
Já faz um tempo que a liberdade de expressão na internet tem incomodado os maiores conglomerados de mídia do país. Em 2006, durante as eleições presidenciais, o acirramento da disputa produziu um dos episódios mais constrangedores do jornalismo contemporâneo. Às vésperas do primeiro turno, com todas as indicações que o então presidente Lula confirmaria a vitória sem a necessidade de novas eleições, nasce um escândalo que daria sobrevida para a candidatura do PSDB, na figura de Geraldo Alckmin. Operação da Polícia Federal, duas semanas antes, tinha desbaratado a tentativa de duas pessoas ligadas ao PT em comprar, com R$ 1,7 milhão, um suposto dossiê contra José Serra e outros tucanos graúdos.
A denúncia não teve o efeito prático desejado. Faltava a bala de prata para sensibilizar o eleitorado. Foi aí que surgiu Edmílson Pereira Bruno, o delegado da PF que havia comandado a operação contra os “aloprados” – alcunha que teria sido dita por Lula ao se referir às figuras que tentaram adquirir o dossiê e acabaram prejudicando o próprio presidente. Bruno convidou quatro jornalistas para uma conversa reservada e repassou os CDs com as fotos do montante do dinheiro que havia sido flagrado nas mãos dos compradores do tal dossiê. A conversa foi inteiramente gravada e nela se pôde ouvir os apelos excitantes do delegado para que as imagens fossem parar na edição do Jornal Nacional (JN) do mesmo dia, 29 de setembro. Dito e feito. Os jornais do dia seguinte estamparam a manchete com as fotos e o JN dedicou quase toda sua edição para mostrar as imagens da montanha de dinheiro. O uso político das fotos ficou ainda mais evidenciado pelo fato das matérias, todas elas, omitirem a conversa com o delegado, em que ele claramente condiciona a divulgação dos fotos para atingir a candidatura petista. Os próprios jornais difundiram a informação mentirosa de que as fotos teriam sido roubadas, quando, na verdade, tinham sido repassadas a eles pelo mesmo delegado.
No caso do JN, o uso político pôde ser constatado porque, na mesma noite em que se exibiram as fotos sem a contextualização de como foram obtidas, ocorreu a tragédia com o avião da Gol, em que morreram 154 passageiros no impressionante choque aéreo com o jato executivo Legacy, comandado por dois pilotos norte-americanos. Nada sobre o acidente foi informado, mesmo com a notícia repercutindo no mundo inteiro ainda durante a edição ao vivo do jornal.
Toda a ação orquestrada pela mídia nesse fatídico dia 29 de setembro de 2006 foi depois denunciada em reportagem da revista Carta Capital, assinada pelo jornalista Raimundo Rodrigues Pereira. Ocorre que a matéria, por sua vez, foi incrivelmente espalhada através de sites e correntes de emails pela internet e gerou uma onda de indignação que ecoou na redação da TV Globo. “Foi naquele momento das eleições que eu percebi o papel da internet”, relata Rodrigo Vianna, à época repórter da Globo em São Paulo. “Primeiro, porque as informações que foram colocadas por um colega de TV Globo na época, o Luiz Carlos Azenha, serviram de base para uma matéria da revista Carta Capital”. Azenha havia transcrito para o seu blog, o Viomundo, a íntegra da conversa com o delegado da Polícia Federal que vazou fotos da apreensão do dinheiro no escândalo dos aloprados.
“Os jornalistas que participaram da conversa com o delegado fizeram de conta que o encontro nunca existiu. A matéria da Carta teve uma repercussão muito grande na internet, nos blogs, tanto que a Globo teve que responder. O Ali Kamel admitiu que teriam que responder. Nem tanto por causa da revista, mas principalmente pela repercussão na rede. Foi aí que eu percebi que a Globo tem medo da força internet”, calcula. Foi em decorrência desse episódio que Rodrigo Vianna se desligou da emissora. Meses mais tarde, o próprio Luiz Carlos Azenha também desembarcaria do grupo de comandados de Kamel. Atualmente, ambos são repórteres da TV Record e mantêm, de forma autônoma, alguns dos blogs mais prestigiados da internet quando o assunto é política, jornalismo e temas da conjuntura, batendo a casa dos milhões de acesso/mês.
Mídia que incomoda
De lá para cá, o debate público, especialmente nos períodos eleitorais, tem ficado um pouco menos desigual. “Quando há a centralidade do modelo eleitoral, como tem sido no Brasil, a luta de classes se exacerba e as contradições ficam mais visíveis, aí a mídia alternativa cumpre um papel mais relevante e incomoda”, avalia Miro Borges, do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé. Três episódios recentes estão entre os mais emblemáticos: a história da bolinha de papel é o campeão de preferência na internet. “Não fosse a mídia alternativa, a bolinha de papel teria virado um míssil na cabeça do Serra”, brinca Miro, em referência a bolinha de papel que atingiu a cabeça do tucano durante uma atividade de campanha no Rio de Janeiro. Ele alegou que tinha sido atingido por um objeto pesado e duro e criou toda uma cena, comprada pela maioria dos meios de comunicação, inclusive e novamente, o Jornal Nacional. A história virou piada.
Outro episódio foi a guinada conservadora da campanha de José Serra durante o segundo turno das eleições. Começou-se a espalhar um boato de que Dilma Rousseff seria defensora do aborto. Uma das porta-vozes do discurso obscurantista foi a própria esposa do candidato, Mônica Serra. “Até que uma aluna dela, através do facebook, escreveu uma mensagem dizendo estranhar a postura da Mônica Serra porque ela já tinha confessado ter feito aborto para as alunas, durante uma aula de dança. Aí eles tiveram que calar a boca e encerrar esse assunto imediatamente porque ficava evidente que era pura hipocrisia eleitoreira”, conta Miro.
Não à toa, também nessa época, José Serra cunhou a expressão blogueiros sujos, ao discursar para militares de pijama durante uma reunião na sede do Clube Militar, no Rio. Uma historia menos conhecida foi o clipe que a Globo preparou, em 2010, para comemorar o seu aniversário de 45 anos. “Por pura coincidência, justamente nos seus 45 anos de fundação, a Globo usou o mesmo refrão da campanha do Serra, o tal do ‘Queremos Mais’, utilizando, claro, atores globais e nas mesmas cores da campanha tucano. O clipe terminava com um número 45 gigante na tela”, ironiza Miro Borges. No dia seguinte, a blogosfera não deu sossego e a Globo, após uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que confirmou se tratar de propaganda irregular, acabou tendo que tirar o clipe do ar em menos de 48 horas
O Medo do Conhecimento
Será que é da internete que a rede globo tem medo ?
O que pensa o caro leitor ?
Aqui vai minha opinião sobre  a escalada de perseguições que a rede globo , e também outros grandes veículos da imprensa,vem fazendo contra  o que chamo de imprensa alternativa ( jornais, portais, blogues, etc. ).
A internete, como nunca na história, proporciona uma troca de informações em uma velocidade espantosa. E o melhor é que qualquer cidadão pode opinar e produzir conteúdos sobre diversos temas, da atualidade ou não.
Nesse universo , obviamente, alguns protagonistas se destacam pela qualidade dos conteúdos apresentados.
 Pessoas de notório saber, jornalistas, escritores, cientistas, estudantes, todos contribuem, de alguma forma, para o debate sobre os temas a atualidade. Muitos, inclusive, por suas posições ideológicas jamais se apresentaram nos grandes veículos de imprensa. seja por opção própria ou por impedimento por parte desses veículos. Com isso a chamada grande imprensa no Brasil, que é alinhada ideologicamente, vem perdendo algumas batalhas no saudável debate de idéias.
E aí está o X do problema, como diz a canção de Noel Rosa.
Acostumada a não ser contrariada em suas teses por conta do escandalosa concentração de poder que detem, a grande imprensa resolveu atacar.
Algo raro se vê atualmente no país, quando jornalistas estão processando outros jornalistas, logo eles tão alinhados em um corporativismo histórico.
Porém o caro leitor , atento como sempre, sabe a que me refiro.
Não vemos jornalistas de grande imprensa processando jornalistas dessa imprensa, mas sim da imprensa alternativa, ou suja, como disse o então eterno candidato derrotado José Serra.
O texto acima , do excelente e combativo jornal Brasil de Fato, trata de mais um processo que a rede globo, através de seu diretor que atende pelo nome de Ali Kamel, contra um jornalista alternativo. E
tudo aconteceu por conta de humor no texto do jornalista.
Essa é uma questão complexa.
Cada sociedade, cada cultura, tem sua própria maneira de fazer e perceber o humor.
Nós, brasileiros, quando fazemos humor com outras culturas devemos ter o cuidado de não ferir símblos e valores dessas culturas, como com o judaísmo, o islamismo e outros.
Não é o caso em que Ali Kamel processa o jornalista.
O humor no texto de Rodrigo Viana, que li, ri e gostei, está perfeitamente dentros dos códigos e normas que nossa sociedade troca em suas relações de humor, sem nada que justificasse um processo contra o jornalista.
Cabe lembrar, que por diversas vezes, a rede globo tem praticado um humor violento e grosseiro
Dois exemplos:
 -  recentemente o jornal o globo, por vários dias , publicou em sua charge de primeirta página a foto, caricaturada, do contraventor Carlinhos Cachoeira em férias com a mulher e uma amiga, todos em trajes de banho onde generosas curvas eram bem visívies e sugestivas. Por diversas dias a charge era publicada e o texto sempre sugeria um encontro de devassos , talvez até mesmo uma orgia. Em um certo dia ,aparece na foto junto com o contraventor e família, a imagem do ex-presidente Lula carregando um isopor na cabeça. Cabe lembrar que quando ainda presidente, a assessoria de Lula disponibilizou para a imprensa uma foto das férias de Lula e família em uma praia no estado da Bahia, onde o presidente em trajes de banho aparecia carregando um isopor na cabeça. Todos lembram, não é ? E qual a intenção de o globo em, associar a figura do ex-presidente com o contraventor e o bacanal que o texto da charge por diversas vezes sugeriu ?
Na minha opinião, e você leitor também concorda, foi uma grosseria, violenta e com motivação política, entretento apresentado como humor. Um humor grosseiro e agressivo que nem de perto se compara com o humor inteligente  lúdico que fez com que Ali Kamel processasse o jornalista.
.
 -  Em outra ocasião, mais precisamente durante´ transmissão da última copa de mundo de futebol, o programa globo esporte, da tv globo, em tom de humor e "brincadeira"  se referiu ao Paraguai, cuja seleção fazia uma boa campanha na competição, como um país obscuro, repleto de bandidos e berço do contrabando mundial. O "humor" repercutiu na internete e a embaixada do Paraguai no Barsil escreveu  uma nota pedindo explicações para a tv globo, que, mais uma vez , pediu desculpas pelo erro.
Crianças, adolescentes e pessoas imaturas , costumam dizer que " não pensei no que falei", " foi sem querer", etc, mas uma emissora de tv espera-se um pouco mais e desculpas constantes  também são reveladoras.
Em outras ocasiões a emissora também foi citada a se explicar por conta de seu "humor" com a população negra e pobre.
Cabe ainda lembrar que durante o período da ditadura militar no Brasil, onde a censura atuava com vigor,  a tv globo, através de seu humorista Jô Soares ,tinha um engraçado  quadro com o Ministro da Agricultura da época, Delfin Neto. Economista e com passagenes pelo ministério de sua especialidade, Delfim  assumiu o ministério da agricultura. Jô, criou, claremente baseado em Delfin, o personagem Dr. Sardinha, o ministro que achava que um abacaxi era um limão. Mais tarde, ainda na ditadura, Chico Anisyo criou uma personagem, Salomé, que conversava , pelo telefone, com o presidente Figueiredo, em temas por vezes cabeludos e perigosos. Em nenhuam das ocasiões os militares e a censura censuraram os quadros e ainda se divertiam com os artistas, isso em plena ditadura onde a censura, através de sua mais famosa funcionária, Dona Solange, corria solta.
Causa estranheza, então, o comportamento da rede globo e de Ali Kamel e mesmo de outros jornais como Folha de SP, em perseguir, somente, a mídia alternativa da internete.
A tv globo e mesmo a Folha de SP não podem ser acusados de serem contrários as novas tecnologias e novos equipamentos, como fizeram os ludistas do início da revolução industrial. A grande imprensa é adepta das novas traquitanas tecnológicas
.
Então qual é o problema, já que o humor da mídia alternativa é lúdico e dentro dos códigos normas de nossa sociedade no fazer e no perceber o humor ?
Ao que se revela, a questão de fundo não é o humor ou outras declarações que possam ter ferido os sensíveis jornalistas da grande imprensa.
A questão toda se resume na participação ativa e significativa desses novos protagonistas da informação, da opinião e da produção de conteúdos, já que todos não são alinhados ideologicamente com o oligopólio midiático que controla a informação no país e ainda, por divervas vezes, desmascararam as mentiras e farsas produzidas por esse oligopólio.
A questão é ainda mais grave, pois os sensiveis do oligopólio midiático não se tratam de neoludistas , como se pensou, mas sim de pessosas similares aos clérigos da igreja católica no período da renascença que não aceitavam, novas idéias e ainda eram contrários ao livre fluxo do conhecimento.
Se não bastasse, ainda perseguiam , como inquisidores que eram, aqueles que não se alinhavam a sua doutrina. O leitor já percebeu que é exatamanete o que vivenciamos.
A propósito, nos corredores da tv globo , Ali Kamel tem o apelido de Ratizinger, nome do papa Bento 16.
Nós, blogueiros, já estamos alinhados em um movimento contra essa inquisição cibernética proferida pela grande imprensa (com o auxílio de setores do judiciário) para inviabilizar nossa produção.
Mas isso não é suficiente.
É necessário que a sociedade civil, através dos movimentos socias, a Ordem dos Advogados do Brasil, Associação de Magistrados, e outras entidades, além de apoio do governo federal, não permitam que essa escalada de perseguições e censura, com um "véu legal", inviabilize a liberdade de expressão e opinião que é garantida , por qualquer meio, a todo cidadão brasileiro, como citado na consttuição.

Globo. Um Apagão de Idéias

Globo.   Um Apagão de Idéias

 

Merval Pereira: o exterminador do passado

Rei dos instrumentos, por sua extraordinária capacidade de reproduzir os sons orquestrais do reacionarismo brasileiro, realizando recitais a pedidos do Instituto Millenium, Merval Pereira personifica a figura paradigmática do teclado da grande mídia corporativa.

É difícil dizer o que mais impressiona: se a grande imprensa ter perdido a importância que detinha até os anos 1990 - quando ainda tinha relativa influência no cenário político -, ou a desfaçatez com que seus jornalistas, amadurecidos no tapa na arte de reescrever a história, sonegam dados e fatos. Rei dos instrumentos, por sua extraordinária capacidade de reproduzir os sons orquestrais do reacionarismo brasileiro, realizando recitais a pedidos do Instituto Millenium, Merval Pereira personifica a figura paradigmática do teclado da grande mídia corporativa.

Em 9/1/2013, declarou ele em sua coluna de O Globo que "a imprevidência dos governos petistas no setor energético acabou por neutralizar as críticas feitas à época do apagão de FHC."O PT tanto politizou o racionamento de energia ocorrido no Brasil em 2001 que passou a não ter direito de adotá-lo em caso de necessidade, como pode vir a ser o caso proximamente. O problema é que a presidente Dilma, quando ministra, garantiu que o que não ocorrerá mais no Brasil é racionamento de energia, chamando o episódio de “barbeiragem”.

O que Merval, aquele que tanto preza a tese do "domínio do fato" quando se trata de legitimar simulacros de julgamento no STF, faz em sua coluna é submeter, por ação e omissão, os fatos aos desígnios dos que promoveram o festim neoliberal no país durante oito anos. Se até o início dos anos 1990, o Brasil dispunha de um sistema energético limpo, renovável, barato, capaz de estocar combustível para cinco anos, apto a transferir grandes blocos de energia do Sul para o Norte, do Nordeste para o Sudeste, gerenciando de forma integrada bacias hidrográficas fisicamente distantes milhares de quilômetros, a partir da fronda tucana, tudo isso se desfez.

Ao contrário do que afirma o imortal por encomenda da família Marinho, não só o PT tem plenas condições de continuar criticando a estratégia político-econômica que tanto fragilizou o estado e a economia brasileira, como podemos atribuir o termo "barbeiragem" a uma incompreensível benevolência da presidente aos que se deixaram levar pelo canto das sereias que habitam os mercados financeiros.

Desde o consórcio demotucano, bloquearam-se os investimentos em expansão do setor de geração de energia. Primeiro em nome do combate à inflação, depois apostando numa chuva de dinheiro decorrente das privatizações e na elasticidade (real) do sistema hidrelétrico. O descaso, é sempre bom lembrar, andou de braços dados no governo incensado pelo prolixo colunista de O Globo.

Adílson de Oliveira e Edmar de Almeida, professores da UFRJ, em artigo publicado no boletim Petróleo de Gás (abril de 2001) lembravam que a capacidade instalada tinha aumentado apenas 25,3% nos últimos seis anos, enquanto o consumo de energia elétrica cresceu 31,3%, no mesmo período. A defasagem, decorrente de investimentos aquém da necessidade foi, por algum tempo, suprida com o uso da água acumulada nos reservatórios.

Ambos alertavam para a situação especialmente grave no Sudeste e Nordeste, onde os níveis estavam abaixo de 35% da capacidade total. O racionamento anunciado era resultado de uma política deliberada: entregar a infraestrutura aos "agentes privados" que nunca ganharam tanto, tão fácil e tão rápido em tão pouco tempo. Como não politizar essa ida ao pote com tanta sede de lucro?

Como ignorar a gravidade da situação? Os reservatórios foram imprudentemente baixados a um nível tão crítico que, como alertou à época o professor Antônio Dias Leite, ex-ministro das Minas e Energia, "não seria possível seu reenchimento em um ano, mesmo que chovesse muito".

Cortar em 20% o consumo como o governo havia decidido, além de deteriorar a qualidade de vida da população, acarretaria a redução do crescimento, desorganização da cadeia produtiva e desemprego. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) projetava que um racionamento de energia para residências em 15% por seis meses e 22% para as empresas provocaria uma perda de R$ 15 bilhões na produção de bens e serviços além da perda de 17 mil postos de trabalho.

Onde estavam Merval, Catanhede, Miriam Leitão e Ricardo Noblat, entre tantos outros milicianos das redações partidarizadas? Por que nunca questionaram o que viam? Diante da imprevidência dos banqueiros, o governo de FHC criou o Proer, pagando a conta dessa imprevidência. Com relação à questão energética, por que os consumidores teriam que pagar pela incúria da gestão tucana? E, pior, pagariam duas vezes para que as concessionárias, tal como estava nos contratos, não tivessem prejuízos.

Por que os jornalões não contam a história toda? O motivo é simples. A partir do momento em que optou por fazer as vezes da direita – ou até assumir papéis e funções que caberiam aos seus partidos - a grande imprensa passou a ter que blindar o passado. Assim como faz com Serra, Aécio, Álvaro Dias e outros aliados/colaboradores. Frustradas, até agora, as tentativas de ressuscitar eleitoralmente o tucanato esfacelado, cabe às antigas oficinas de consenso exterminar o passado.

Parafraseando Shakespeare, com a pobreza típica das paráfrases, só resta dizer: "ambivalência, teu nome é redação partidarizada".




O  Apagão  Gasoso


O governo de FHC deixou propositalmente que os reservatórios chegassem a um nível crítico, para que , depois, tudo fosse às mãos dos amigos dos marinhos, que o merval tanto defende.

Era o período de privatização total, e os elétrons que correm pelos cabos de transmissão e chegam na sua residência, caro leitor, não poderiam ficar de fora.

Na farra das privatizações, o cenário da festa foi decorado com o gás da Bolívia.

O governo FHC conclui o gasoduto Brasil -Bolívia, em direção ao sudeste do Brasil, com fornecimento de gas boliviano.

O governo boliviano na época, também neoliberal, praticamente entregava de graça o gas para o Brasil, fazendo das térmicas, naquele momento, um excelente negócio.

Criava-se , assim , um modelo de criação de termelétricas, que usariam o gas boliviano, similar ao modelo petroquímico criado por Geisel ( cada termelétrica com três sócios -30, 30, 40 ).

Cabe lembrar que o vice de FHC, Marco Maciel, trabalhou no governo Geisel.

As termelétricas a gas, com o gas boliviano, se transformaram em objeto de desejo daqueles que orbitavam as decisões do governo de FHC.

Produzir energia , queimando um gas baratinho e com uma grande margem de lucro.

Fantástico.

A GLOBOPAR ( globo participações, das organizações globo ) fez, e talvez ainda faça, parte na composição acionária de várias termelétricas, assim como empreiteiras e outras corporações ligadas ao governo FHC.

Acontece que um pequeno erro de cálculo, para não dizer barbeiragem do governo FHC que muito pouco investiu na geração de enregia, gerou um enorme prejuízo para o país e para a população contruibuindo para um racionamento de energia.

A farsa , na época, foi desmascarada e repercutiu na internete.

Por que será que Merval não escreveu nada sobre a farra do gas ?





terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Otimismo Realista e Otimismo Idiota

 Otimismo Realista e Otimismo Idiota

Milagre do otimismo: união nacional

Por Alberto Dines em 22/01/2013 na edição 730
A natural e salutar propensão dos jornalistas ao ceticismo funciona no Brasil ao revés: aqui é imperioso alegrar-se, desbundar, deslumbrar-se. A tristeza é considerada subversiva, antipatriótica. Também a melancolia e a reflexão.
Pela mesma cartilha, o otimismo estimula (inclusive o consumo), dissolve conflitos, facilita negociações e promove a incessante fabricação de bolhas, sem as quais não há avanços.
O bom jornalismo implica rigor, exigências, intransigência, severidade – justamente os atributos menos favoráveis aos surtos de euforia. Especialmente nas férias de verão, quando assumem os “subs” dos “subs” para enfiar nas páginas qualquer bobagem que for engendrada nas sonolentas reuniões de pauta.
Neste exato momento, no Brasil, a esquerda e a direita articulam uma estranha e inédita convergência para acabar com o pessimismo. Seus expoentes certamente nunca ouviram falar em Paulo Prado e no seu clássico Retrato do Brasil, ensaio sobre a tristeza brasileira (de 1928), no entanto ambas as facções empenham-se gloriosamente em criar um clima festeiro capaz de resistir ao realismo, racionalismo e qualquer outro ismo romântico, nostálgico e decadente. Os conservadores querem animação para esquentar a economia, a esquerda está de olho nas presidenciais de 2014. Enfim, a sonhada união nacional.
Parque jurássico
A revista Veja realizou na sua última edição (nº 2305, de 23/1) uma surpreendente reviravolta filosófica ao exibir as 23 razões para sermos racionalmente otimistas. E esquecida de suas divergências com o governo federal promete que “até a economia vai trazer boas surpresas!”
O ponto de exclamação, antigamente era proibido nos manuais de redação do semanário, agora foi resgatado em homenagem à parceria público-privada.
Alguns motivos de Veja para pularmos de alegria:
>> Vai ficar mais fácil deixar de ser careca, embora nos velhos tempos se dizia que é dos carecas que elas gostam mais.
>> O ar das nossas metrópoles ficará mais respirável porque a partir de 2014 a Petrobras prometeu livrar o óleo diesel do superpoluente S-1800. E até lá como se arranjarão os asmáticos, enfisemáticos e alérgicos em geral que enchem os hospitais e postos de saúde?
>> Menos medo com o aquecimento global porque a produção de energia renovável aumenta exponencialmente no mundo. O redator nunca ouviu falar nos parques de energia eólica do Nordeste parados porque não há linhas de transmissão para distribuir a eletricidade.
>> O país dará um salto de desenvolvimento porque nunca houve tantos brasileiros em idade produtiva. O pibinho de 2012 e as modestas projeções para 2013 aparentemente não foram consideradas.
>> A classe média se tornará um pilar da economia. Esqueceram de dizer que o pilar da economia serão os baratíssimos produtos made in China.
>> Os novos estádios não darão vexame. Se tudo correr bem na Copa das Confederações, em junho de 2013, será possível evitar surpresas em 2014. E se não correr bem, adia-se o Mundial?
>> O projeto do “Bonde 2.0” sairá do papel. Está sendo implantado no Nordeste. Mas no Rio, o governador Sérgio Cabral cedeu às empresas rodoviárias e implantou o velho “Ônibus 1.0”: o BRT da Transoeste já apresenta problemas menos de um semestre depois de inaugurado.
>> Os bandidos condenados terão dificuldades em encurtar as penas graças ao novo Código Penal. E os malfeitores que pululam no Congresso?
>> A economia americana se recuperará.Ué, em novembro Barack Obama não era uma decepção?
>> As informações do mundo serão ordenadas. Como na Rússia, na China? O conceito de Big Data pressupõe a existência de empresas eficientes, governos capazes, mão de obra treinada, marcos regulatórios e agências reguladoras respeitadas, competição e aquela coisinha incômoda chamada liberdade.
>> Os óculos funcionarão como smartphones. E quando teremos celulares funcionando sem interrupções, banda larga autêntica, fiscalização das operadoras, defesa do consumidor?
>> A ressurreição dos bichos. Pelo menos três animais extintos serão “redescobertos”, um deles é o morcego-cara-de-macaco-de-fiji.
Não se mencionou o saudoso tiranossauro nem a possibilidade de o mundo transformar-se num imenso parque jurássico com entrada grátis para os descendentes de todos os que leram a arrebatadora utopia do nosso mais importante semanário.







Em política tudo é possível.

Até mesmo uma união esquerda direita.

E o que pensa o caro leitor ? 

Acredita, de fato, que é essa a intenção de Veja e de seus aliados do dispositivo midiático oposicionista - DMO ?

O texto de Albeto Dines preocupa-se, ou melhor, ocupa-se em analisar a guinada de Veja no tocante a um surto repentino de otimismo e mudança de humor.
Teria sido uma dose elevada de algum antidepressivo, para minimizar a  insistente tristeza por anos de derrotas que levou Veja a mudar de humor tão rápido ?
  
O leitor atento sabe que durante os dez anos dos governos populares e democráticos do PT, o DMO tem se comportado de maneira a retratar o Brasil como sendo o pior dos mundos.

"Um caos total", "uma ineficiência escandalosa", "apagões indecentes mancham o país do cruzeiro", "uma economia cambaleante", "políticas assistencialistas e eleitoreiras", "um estado saliente promovendo uma orgia com o dinheiro público", "forte centralização estatal que inviabiliza a eficiente iniciativa privada", "relações externas de mau gosto", "comportamentos vulgares de lideranças políticas", "tendências estatizantes ultrapassadas" , "restrições aos setores rentistas", "bolhas de crescimento"e outros temas mais sempre pintando um cenário terrível.

Enquanto isso, na prática e na vivência do povo brasileiro, o que se vê é uma realidade totalmente diferente:

Geração significativa de empregos, redução significativa da pobreza e da miséria, investimentos internos em infraestrutura para assegurar o crescimento econômico, melhora acentuada nos índices da educação pública, distribuição de renda, diminuição da exclusão social, reconhecimento internacional como uma potência emergente, participação ativa nos organismos internacionais, fortalecimento regional com a participação no Mercosul, criação da Celac, Unasul e Banco do Sul, melhoria na saúde com o aumento significativo da espectativa de vida do brasileiro, dentre outros mais  benefícios para o povo, sendo, talvez, o principal a recuperação da auto estima de um povo.

A discrepância entre o que o DMO retratava e a realidade do país era tão absurda, que mereceu uma declaração do ex-presidente Lula :

" se nos próximos dez anos, alguém desejar fazer uma pesquisa sobre o Brasil nos governos do PT e se utilizar dos jornais impressos para tal, descobrirá que o país viveu o seu pior momento, tamanha é a quantidade de notícia ruim e baixo astral".

Enquanto o  Brasil cresce, apesar da tristeza, má fé e desonestidade orquestrada do  DMO para demolir o governo e a  auto estima do povo, o mundo enfrenta uma de suas piores crises. Na civilizada Europa o FMI se faz presente. 
Fome e Miséria Internacional assolam o continente em uma crise sem data de validade para terminar. O mesmo ocorre nos EUA, com crescimento acentuado de pobres e miseráveis. 
O setor de grande crescimento nos EUA é o de barracas de camping, devido ao grande número de pessoas que não mais tem casas para viver, indo viver em barracas em parques, campings, ou mesmo no mato com carrapatos, minhocas e outros bichos.

Acrescente-se a crise mundial, o agravamento das questões climáticas com todo o repertório de desdobramentos  no meio ambiente, além dos graves problemas de poluição que insistem em se agravar pelo mundo, já que todos os fóruns que tratam do assunto vivenciaram um fracasso nas reuinões da última década e também nesta década.
  
E que fez o DMO ?

No tocante a crise mundial e as questões ambientais e climáticas, o DMO procurou minimizar os efeitos negativos , principalmente na economia e ainda tenta confundir a opinião pública nas questões climáticas e ambientais, pois sua ideologia está em jogo.

Interessante, não é caro leitor ?

O Brasil bem sucedido nos dez anos, até aqui, dos governos democráticos e populares do PT, foi pintado pelo DMO como sendo o pior lugar para se viver, o pior dos mundos, o próprio apocalipse, onde Peri e Ceci, assim como Deucalião e Pirra, seriam os únicos sobreviventes para reconstruir um novo mundo.

Enquanto isso, o  caos financeiro mundial e uma crise sem precedentes que continua aprofundando a miséria e a deseperança pelo mundo eram tratados pelo DMO como algo menor, passageiro, ajustes necessários, sacrifícios para um futuro promissor e outras bobagens mais que inundaram os jornais brasileiros sobre o tema. 
Nas questões ambientais e climáticas o DMO procura confundir a opinião pública e desviar a atenção, fazendo crer para os incautos que são preocupações desnecessárias pensar sobre mudanças climáticas, poluição e questões ambientais.

E agora, quando não mais se pode esconder o Brasil bem sucedido, a crise mundial, e o caos ambiental e climático, o DMO, pelas tintas de veja, aparece com um suposta campanha contra o baixo astral e em nome do otimismo e da alegria, afirmando em suas páginas progressos promissores em áreas caóticas e de acentuado  declínio, principalmente na economia mundial e nas questões ambientais e climáticas.

Ou seja, mais uma forma de manipular a realidade e os fatos. 

Se não bastasse Veja ainda acenou como progresso os avanços contra a calvice, o que mereceu do observador da imprensa, Aberto Dines, o seguinte comentário:

- mas não é dos carecas que elas gostam mais ?

 A proposta de otimismo e alegria parece que estão fazendo efeito.

Cabe ressaltar que durante os dez anos que o DMO inundou o país com um baixo astral sem precedentes, o povo vivia , e vive em alto astral e sempre otimista com o futuro, como já revelaram várias pesquisas de opinião que apontam o brasileiro como o povo mais feliz e otimista da atualidade.

Cabe uma pergunta:

Se as pesquisas de opinião apontam o povo brasileiro o  mais feliz e otimista, que aliança é essa, citada, por Alberto Dines, entre governo e  oposição, para acabar com o pessimismo ? 

Pessimismo, de quem ?

Da iniciativa privada, setor finanaceiro, empresários ?

Se for o caso não se trata de pessimismo mas sim de alinhamento com posições ideológicas e políticas , já que para esses o pessimismo e otimismo variam com os  números,  atuais e futuros, e  apesar da crise mundial o país continua crescendo com estrutura para índices melhores e robustos.

Ao que parece, Veja e o DMO desejam o otimismo alienado onde os incautos reinam em sintonia com as mídias de longo alcance, onde a conscientização sobre os principais problemas mundiais deve se resumir a um tratamento para eliminar a calvice, um ursinho panda que nasceu em zoo da Rússia, ou ainda menos enxôfre em uma atmosfera saturada de poluição como  da cidade de São Paulo.

A crise estrutural do capitalismo e as crises ambientais e climáticas ao que parece, estão fora da agenda do DMO.

Para o leitor fica uma pergunta:

Está o DMO empenhado em uma campanha para transformar o otimismo racional do povo em um otimismo idiotizante e alienado ?
 

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Imprensa e Despolitização

  Imprensa e Despolitização

 

Imprensa e politização

Por Luciano Martins Costa em 21/01/2013 na edição 729
Comentário para o programa radiofônico do OI, 21/1/2013
A edição de domingo (20/1) do Estado de S.Paulo trouxe como manchete levantamento feito pelo Ibope a pedido do jornal paulista, no qual se revela que a maioria dos brasileiros não tem preferência partidária: no final de 2012, época da consulta, 56% declararam não apoiar nenhum partido específico, enquanto 44% tinham algum partido preferido. Em 1988, os números eram invertidos, com 61% partidarizados e 38% sem preferência.
Segundo o diário, a indiferença dos cidadãos em relação a siglas partidárias é resultado dos escândalos políticos dos últimos anos, em especial o que envolveu dirigentes do Partido dos Trabalhadores. No entanto, embora tenha perdido popularidade desde março de 2010, o PT segue sendo a agremiação com maior número de adeptos, o equivalente a 24% do total.
Uma análise cuidadosa da reportagem, confrontada com outros textos sobre o mesmo tema, revela que houve um esforço de edição por parte do jornal para forçar o entendimento de que o PT teve a maior perda entre os partidos. Os números, porém, indicam que o PMDB, com 6%, e PSDB, com 5%, segundo e terceiro colocados, ainda estão muito distantes do Partido dos Trabalhadores em termos de popularidade. Além disso, não há revelações inéditas no estudo, uma vez que a redução da credibilidade dos partidos políticos é em fenômeno comum a todas as democracias do Ocidente.
Base da pirâmide
Também não é verdadeira a afirmação do Estado de S.Paulo de que a consulta do Ibope revela que “apartidários são maioria no País pela primeira vez desde a redemocratização”, como anuncia o título da reportagem. Em maio de 2012, uma pesquisa do Vox Populi já revelava que 60% dos consultados não simpatizavam com nenhuma legenda política.
Por outro lado, convém analisar o valor desses números: em qualquer circunstância, conforme já observava o jornal gaúcho Zero Hora naquela ocasião, um engajamento partidário de 44% da população é um número nada desprezível.
No subtexto da reportagem do Estadão se pode encontrar, com facilidade, referências a circunstâncias tipicamente brasileiras, como os efeitos de escândalos e a rotinização da democracia, que tende a reduzir o engajamento dos cidadãos. No entanto, a perda de credibilidade dos partidos políticos é tema de estudos em todo o mundo, e aparece até mesmo em uma análise sobre as eleições israelenses, em reportagem do Globo publicada na segunda-feira (21/01): “Ex-líder trabalhista diz que a época de grandes legendas acabou”, diz o texto.
O retrato pintado pelo Estadão no domingo fica mais completo na edição de segunda-feira (21), na coluna do jornalista José Roberto de Toledo, que dá seguimento às análises do estudo publicado na véspera. Resumidamente, ele observa que o PT perdeu adeptos principalmente entre os brasileiros mais ricos, que migraram para o PSDB. “Pela primeira vez, há mais brasileiros com renda superior a dez salários mínimos que se dizem tucanos que petistas: 23% a 13%, segundo o Ibope”, diz o texto.
No entanto, a mudança de perfil não se deu apenas porque os mais ricos e educados deixaram de apoiar o PT, mas principalmente porque a base do Partido dos Trabalhadores foi inflada por cidadãos que ingressavam na nova classe de renda média. Na verdade, constata o colunista, o PT vinha perdendo apoiadores entre os mais ricos desde junho de 2001, quando 35% dos brasileiros de renda mais alta se diziam simpatizantes do partido. Esse fenômeno não era percebido, em parte, por causa do crescimento do PT na base da pirâmide, impulsionado pela grande popularidade do então presidente Lula da Silva.
Tudo a ver
O PSDB só começou a crescer entre os brasileiros de renda superior a dez salários mínimos a partir de 2010 – e aqui se pode misturar uma série de fatores, desde o bombardeio da imprensa sobre o tema da corrupção até o desconforto da elite com aeroportos lotados pela classe emergente.
Mas um elemento importante desse estudo, que é abordado ligeiramente por Toledo, ainda está por ser radiografado: o Partido dos Trabalhadores perdeu espaço principalmente entre os leitores de jornais e revistas.
Esse aspecto da consulta do Ibope precisa ser visto por dois ângulos opostos: os leitores de jornais e revistas abandonaram o PT por causa do intenso noticiário sobre escândalos políticos, ou os petistas abandonaram a leitura de jornais e revistas pela mesma razão?
Assim como o PSDB se transforma em partido de elite, mais conservador e homogêneo, também a imprensa passa por um fenômeno semelhante: tudo a ver?
Mas esse é tema para estudos mais profundos, que certamente os jornais teriam pouco interesse em publicar.


PT neles !


Mais uma vez a grande imprensa confunde desejo com realidade, e para isso, se ultiliza de pesquisas para produzir seus contorcionismos.

É claro que a imprensa tem uma posição sobre a política que ela deseja, e também como deveriam ser os partidos políticos de seu agrado.

Já não é de hoje, mais especificamente desde o início da década de 1990, que a grande imprensa martela na tese de que os Técnicos  são mais importantes do que políticos, induzindo os leitores a uma comparação errada entre Técnica e Política. Um exemplo atual pode ajudar na compreensão:

- os inúmeros estudos sobre as alterações climáticas e seus desdobramentos sobre as sociedades, assim como as soluções para mitigar os estragos já causados, foram produzidos pela comunidade científica como também estão disponíveis. As decisões para implementá-los, em diferentes níveis e escalas, dependem de ações políticas. É através da Política, com base na Técnica, que as  soluções serão encontradas.

Até mesmo em corporações com unidades fabris, por exemplo, cresce uma tendência de se utilizar profissionais com maiores habilidades em diferentes saberes ( capacidade de comunicação, capacidade para resolver conflitos )em áreas até então dominada por técnicos especialistas. É comum hoje, encontrar Filósofos ocupando o cargo de Diretor Industrial de uma planta  Química, por exemplo.
Em situações onde se exige muito mais do que a especialização técnica, um facilitador deve ocupar o espaço e ter sob seu comando  especialistas técnicos nas áreas específicas.

Esse também é o papel do político. Em todos os casos uma compreensão exata de liderança é fundamental. Líder não necessariamente é aquele que tem todo o conhecimento,como o especialista, e sim aquele que é capaz  de ter em seus quadros pessoas com o conhecimento desejado para as funções e ainda saber extrair o que de melhor essas pessoas podem oferecer.

A Política, que o globo deseja que desaparesça, é fundamental e necessária.
Dizer ainda, baseando-se em um estudo de um cientista israelense de que as grandes legendas estão em extinção, me parece pesquisa de asas de borboleta.

As grandes legendas políticas no mundo atual, em função da própria ideologia econômica e política atuais, estão passando por transformações exatamente para buscar uma maior participação política do cidadão. A maioria das novas legendas que surgem no mundo , colocam a participação direta do cidadão na política como uma exigência.

Vale ainda lembar do Brasil. Já tivemos por aqui, isso se formos lembrar apenas os últimos 50 anos, grandes legendas que sumiram.  A aliança renovadora nacional - ARENA - partido dos militares da ditadura, o Partido Democrático Social - PDS - exaltado em sua época gorda como o maior partido da América do Sul, o Partido da Frente Liberal - PFL, que de frente ficou para trás e apesar da mutação em Democráticos também já agoniza. 
A ARENA foi criada na década de 1960 e sumiu no início da década de 1980, para criar seu clone o PDS. 
O PFL surgia na métade da década de 1980 e hoje agoniza em DEMOCRATICOS. 
A ARENA teve de mudar de nome em duas décadas, o mesmo com o PFL. 

E o Partido dos Trabalhadores- PT - deve estar se perguntando o atento leitor ?

Criado em 1980, o PT com quase  33 anos continua como o partido com o maior percentual de simpatizantes fixos - 24 % - da população brasileira , número que sempre aumenta nos períodos eleitorais. Cabe lembrar que o segundo maior PMDB - tem apenas 6 % de simpatizantes.

A medida em retiramos as nuvens da desinformação, sempre abundantes em estadão e globo, vemos que o objetivo da matéria do estadão de domingo, assim como a repercussão em outro naipe musical pelo globo de hoje, visam desqualificar a política, os políticos e o principal partido político do Brasil.

Faça Política diariamente . Participe da Política diariamente.  Não deixe que outros façam por você, pois você pode não gostar dos resultados.