quarta-feira, 14 de novembro de 2012

A Arte dos Meios





A Arte dos Meios




Certa vez, um ansioso aprendiz questionava sem parar seu mestre pedindo que o mestre explicasse o que seria a Arte dos Meios. Sentados para um chá , o aprendiz não parava de falar pedindo explicações. O mestre, calmamente servia e chá e, propositalmente, fez com que o chá servido para o aprendiz transbordasse da caneca. O aprendiz de imediato reagiu e disse:
- mestre ! O Sr, não está vendo ? A caneca transborda.
O mestre, calmamente olhou para o aprendiz e disse.
- é exatamente assim que a sua cabeça se encontra. Entretanto eu vou explicar para você o que significa a Arte dos Meios.  Vou explicar fazendo cinco perguntas, que você pode não responder se assim desejar, mas que certamente trarão a compreensão que você tanto deseja. Está pronto ?
 O aprendiz, ansioso, disse se preparando para o grande teste:
-sim, mestre.
- então vamos lá. A primeira é ; Você conhece a água ?
- claro, mestre, respondeu o aprendiz com segurança e firmeza.
- vamos então para a segunda. Vocẽ conhece o sal ?
- lógico que conheço, disse o aprendiz já quase rindo com tantas perguntas fáceis.
- a terceira: Você conhece o fogo ?
- ha, ha ha , claro mestre, está fácil demais
- a quarta: Você conhece o trigo ?
- perfeitamente meu mestre.
- você está indo muito bem, disse o mestre para um aprendiz orgulhoso . Agora vou fazer a última pergunta que se você conseguir responder será um mestre na Arte dos meios, OK ?
- estou pronto ,mestre.
- muito bem.Aí vai a quinta e última pergunta; O que você está esperando para fazer seu próprio pão ?
 O aprendiz ficou quieto por um bom tempo, enquanto o mestre fazia com que o chá tranbordasse sem parar da caneca do aprendiz.
 E assim caminha a política brasileira. Uma mídia , que por conta de inúmeras e sucessivas derrotas, transborda diariamente um palavrório sem nenhum conteúdo. Por outro lado, essa mesma mídia, em conluio com a suprema corte do país, de posse do sal, da água, do fogo e do trigo, vomitam para uma parcela incauta da população que fizeram o pão da democracia e da justiça com o julgamento e condenações dos envolvidos na ação penal 470. O pão não é o resultado apenas do conhecimento dos ingridientes, mas sim da marcha correta para unir esses ingridientes. Essa marcha é a Arte dos Meios, o lugar onde a verdade, mesmo que seja uma armação, se apresenta. Assim foi , e continua, o julgamento da ação penal 470. Uma imprensa propositalmente com a cabeça transbordando, para iludir a opinião pública, e uma corte manipulando cuidadosamente a Arte dos Meios, produzindo o pão político, receita para novas investidas contra a verdade e a democracia. Isso é fato. Cabe , agora, ao PT, e a todos os segmentos da sociedade brasileira que acompanham o avesso da Arte dos Meios, ou golpe, agirem. A ação não pode ser com a cabeça transbordando. Deve ser cuidadosamente elaborada para atingir os setores e instiutições que desejam conter o avanço da verdadeira democracia e, também, para impedir que estes setores e instiutições possam lograr exito em ações futuras. Restaurar a verdade através da correta Arte dos Meios.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

A Energia Tricolor

A Energia Tricolor




E o Fluminense é o campeão brasileiro de 2012. Tetra campeão. Uma conquista indiscutível. Ainda faltando três rodadas para o fim da competição , o Tricolor é o melhor em tudo. Melhor defesa, melhor ataque, maior número de vitórias, menor número de derrotas , artilheiro e o time mais invejado por grande parte da crítica especializada que durante toda a competição não economizou críticas ao grande campeão. O velho, insistente e grotesco complexo de valorizar os perdedores nunca esteve tão em evidência. Nossos briosos comentaristas esportivos correram rios de tinta e chegaram as raias da rouquidão para enaltecer o belo futebol apresentado pelo...  Você leitor esperava que fosse escrever Fluminense ?  Pois se enganou. O Atlético Mineiro, que hoje encontra-se em terceiro lugar na classificação , onze pontos atrás do Campeão das Laranjeiras, talvez tenha sido a equipe mais elogiada pelos competentes críticos de nossa imprensa. Em um momento da competição, mais precisamente quando O Gigante das Três Cores assumia a liderança, um jornalista da rádio CBN, chegou a afirmar que o Fluminense não era o líder pois tinha um jogo a mais que o Atlético, e em caso de vitória  do time mineiro , o Tricolor Tetra  Campeão cairia para o segundo lugar. Até com a clareza  indiscutível dos números o Fluminense foi negado. E o que dizer das inúmeras análises sobre a competição ?  Nossos olhos e ouvidos tricolores foram agredidos impiedosamente.  A retórica era sempre a mesma; " quero ver agora, nesses próximos três jogos do Fluminenese se o time consegue manter o equilíbrio, serão jogos dificílimos "  diziam nossos jornalistas com a faca nos dentes.  E o Fluminense seguia firme e confiante, passando por todos os adversários. No início  do segundo turno, já na liderança,  o Tricolor teria pela frente o Bahia, na cidade de Salvador. Mais uma vez , nossa imprensa  produziu mais uma pérola do não jornalismo. Na rádio CBN, o comentarista afirmava que certamente o Fluminense não venceria , pois a campanha do Bahia, que hoje luta para não ser rebaixado, era uma campanha muito interessante e o nosso Campeão encontraria muitas dificuldades para vencer. De fato, naquele momento da competição , o time do Bahia recebeu a visita da saúde, expressão atribuida as pessoas doentes que apresentam uma evidente melhora para em seguida morrer. Nosso Campeão passeou na boa terra, venceu o jogo com direito a gol de placa. Ainda brigando com os fatos e a realidade, um comentarista da  radio tupi, afirmou e sugeriu aos ouvintes que não pagaria ingresso para ver o Tetra Campeão jogar, pois tratava-se de um time comum , sem astros , que não jogava nada e ganhava na sorte. Entrava em cena, na crítica esportiva o fator sorte. A imprensa , em bloco bovino e acéfalo, reproduzia a nova tese sobre a liderança do Tricolor das Laranjeiras " é muita sorte" " a bola bate na trave e não entra " " joga mal e no finzinho do jogo ganha com gol de sorte " " leva sufoco , é dominado, e no final tem sorte de fazer um gol"  Foram algumas das expressões que mancharam diários impressos  , ensanguentaram  muitos microfones e cuspiram no telespectador. A sorte , que tanto foi atribuída ao Fluminense, foi se revelando como competência de seus jogadores e comissão  técnica, esquema  tático, elenco de qualidade e incompetência dos adversários. Nenhum jogador procura acertar a trave, ele erra o gol, por erro no arremesso, por colocação correta do goleiro adversário, etc... A sorte perdia terreno nas análises e comentários e se fazia necessário e urgente encontrar uma justificativa para o aproveitamento excepecional do Tricolor na competição. Entrava em cena a arbitragem.  O Fluminense estaria sendo favorecido pela arbitragem, único motivo para justificar as vitórias e a liderança. Com o tempo a tese caiu por  terra pois os arbitros erram para todos os times, mas mesmo assim, na TV Bandeirantes nos programas de domingo após os jogos , os comentaristas brigavam com as imagens sempre encontrando favorecimentos ao Tricolor " uma veeeeerrgonha issso aí " " o aaaarrbitro estava peeerrto e não maaaaarcou" eram algumas das intervenções delirantes de delirantes comentaristas. Hoje  não encontram mais justificativas para atacar o campeão brasileiro e atual líder do segundo turno da competição. E que Campeão ! Poderia falar do nosso goleiro que honrou a tradição de grandes goleiros do Fluminese, como foram os também campeões brasileiros Félix, Paulo Vitor e Ricardo Berna, sendo que os dois primeiros defenderam a seleção brasileira que Cavalieri certamente defenderá. Um verdadeiro gigante de gelo impedindo gols com defesas simples e sensacionais. Poderia falar do nosso artilheiro , que como bom mineiro, conhece como poucos as trilhas, as beiradas e os atalhos do campo para se colocar na posição correta e finalizar em gol. E que gols ! Mais uma vez , na História do Tricolor , quando o time tem um artilheiro da competição se sagra campeão. Foi assim com Valdo, Amoroso, Flávio, Claudio Adão, Washington ( s ).  Poderia falar de nossa zaga e laterais, outra tradição Tricolor de grandes nomes como os campeões brasileiros, Marco Antonio, Branco e o atual, todos de seleção brasileira. Todos , sem exceção foram brilhantes, mas o que melhor retrata a energia ,a vontade, a garra,  a determinação, a entrega total  desse grupo foi o inesgotável Jean. Sua expressão, de mirada profunda, firme e determinada, de pessoa que sabe o quer e como conseguir é o retrato desse Fluminense que não se entrega nunca. Foi de Jean, já no final do jogo em Presidente Prudente, no estádio Prudentão, como um sol e calor nada prudentes para realizalçao de uma partida de futebol a assistência perfeita e consciente para Fred finalizar em gol.  Nem mesmo o desgate extremo impediu que Jean , naquele momento jogando de lateral direito, corresse pelo lado  e servisse Fred. O mesmo Jean contra o mesmo Palmeiras no jogo do primeiro turno, em um jogo que se arrastava para o empate, fez o gol da vitória já próximo do fim. Seguindo a tradição de outros campeões brasileiros, como Didi, Deley e Diguinho, Jean foi a energia tricolor no meio de campo, em todo o campo.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Dona Lindalva e a Novela do Mensalão


 Dona Lindalva e a Novela do Mensalão





Devemos respeitar as decisões dos tribunais ? Sim. Mas isso não significa que devemos concordar ou ficar calados com tais decisões. Quando não concordamos, devemos botar a boca no trombone. O caso da ação penal 470, que o globo de hoje se refere aos condenados como mensaleiros, tem gerado um grande debate. Nunca dantes na História desse país vi a suprema corte tão empenhada em um julgamento, por outro lado, que também pode ser o mesmo, nunca vi a imprensa disponibilizar tanto assunto sobre um julgamento. Considerando que a condenação dos réus envolveu uma tese, com poucas provas concretas, cuidadosamente construída pelo STF com apoio da mídia, coloco dúvidas quanto a lisura deste processo. Isso não é afronta, Sr. ministro, trata-se de domínio dos fatos como eles se apresentam para o povo. Também me questiono e coloco a questão se os demais julgamentos envolvendo políticos e empresários do país terão a mesma visibilidade nos grandes meios de comunicação e o mesmo empenho do STF. Até mesmo para os inocentes do Leblon, fica claro que um forte viés político comanda o julgamento. Dona Lindalva, dedicada dona de casa que mora em Copacabana e que também assiste diariamente todas as novelas da tv globo, com execeção de malhação pois , segundo a anciã, tem muita saliência e indecência com meninos e meninas adolescentes, também torceu o nariz com a enxurrada de notícias sobre o julgamento da ação penal 470.
- tem coisa estranha aí, meu velho, disse a anciã para Jovelino, o marido. Nunca vi tanto barulho e tanta notícia por causa de corrupção. Tem bandido de gravata que não acaba mais, e a gente sabe deles e nunca vi nenhum ser preso.
- é coisa política, mulé, disse Jovelino segurando seu cachimbo. O que está em jogo não é acabar com os crimes de corrupção. O que a globo quer é atacar o governo e os amigos do nosso Lula
- ihhhhh ! se mexer com Lula vai ter que mexer comigo também, disse Lindalva.
O povo, que de uma forma ou de outra, acompanha as notícias sobre o julgamento, sabe que se trata de uma armação política assim como sabe que os grandes corruptos e ladrões estão livres e raramente são indiciados em ações e quando isso acontece a grande imprensa trata de protegê-los, pois todos são cúmplices e responsáveis pelo verdadeiro custo Brasil, ou como dizia nosso saudoso Brizola , das perdas internacionais. Pedir o passaporte dos condenados no julgamento da ação penal 470, pode ser entendido como um factóide político, ou uma intelecção emocional, no caso por uma raiva racionalizada togada, ou ambos , com o objetivo de atingir o adversário político em questão. Um populismo jurídico, depois de tanta visibilidade, também pode ser considerado como mais um ingridiente da receita política. Teremos algemas ?

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

E Agora, Obama ?

E Agora, Obama ?




E agora, Obama ?
Você ganhou mais quatro anos que podem significar , para você, prêmio ou castigo. A escolha é sua
E agora, Obama ?
Vais continuar fazendo mais do mesmo? Você, ao final desses quatro anos, poderá ser lembrado como,  alguém da importância, estatura, respeito e admiração de pessoas como Ghandi, Bolívar ou Mandela, ou poderá ser lembrado como apenas mais um marionete que ocupou a principal cadeira do mobiliário da Casa Branca. A escolha é sua.
E agora, Obama ?
Como vais explicar e resolver o desemprego que assola os EUA. Desemprego que é bem maior do que aquele apresentado pelos índices oficiais, pois pessoas que trabalham oito horas por semana, em serviços temporários, sem nenhum direito trabalhista, são considerados como empregados ?
E agora, Obama ?
Como vais explicar o sonho americano que leva a cada dia mais e mais pessoas para viverem em traillers, barracas de lona ou mesmo nas ruas da América livre, democrática e repleta de oportunidades ?
E agora , Obama ?
Como vais explicar que a América livre, democrática e repleta de oportunidades valoriza e incentiva o darwinismo social, uma disputa que valoriza a força e  que classifica as pessoas em vencedores e perdedores ? Vale lembrar, meu caro Obama, que a evolução das espécies apresentada por Darwin não considera que as espécies que sobrevivem são as mais fortes, e sim as mais aptas. E aptidão, subentende-se, além de alguma força, principalmente criatividade e inteligência., dois aspectos  que habitam hemisférios diferentes de nossos cérebros e que , quando em harmonia viabilizam a produção do que temos de melhor. O darwinismo social é incompatível com a própria compreensão da ciência e da natureza e, a pobreza e a miséria  não podem ser resumidas como resultados de uma disputa irracional, mas sim como derivadas de ausências de políticas públicas que criem condiçoes e oportunidades de desenvolvimento para todos o humanos. Vale ainda lembrar que nos EUA , em muitos estados, Darwin é rejeitado no aspecto referente a origem da raça humana, seja por convicções religiosas ou mesmo por oportunismo. Uma significativa parte da cultura americana ignora o fato do homem ter evoluído de primatas, porém aceita e incentiva o darwinismo social, que é um comportamento menos evoluído que o comportamento daqueles primatas que teriam sido a origem a raça humana. Curioso, não Obama ?
E agora, Obama ?
Qual será o próximo inimigo que os EUA vão inventar para poder invadir, seja por motivos estratégicos de geografia, ou simplesmente para saquear recursos naturais como vocês fizeram no Iraque. Aliás, como vão os negócios da Hallibourton no Iraque ? De vento em popa ? Vale lembrar que suas mentiras tem amplo respaldo dos meios de comunicação de longo alcance populacional em todo o mundo, que as reproduzem sem nenhuma análise critica. Devido a isso, uma grande parcela da população americana ainda acredita que existam armas de destruição em massa no Iraque. A desinformação sistemática, o terrorismo informativo, levam a população a sofrer de dissonância cognitiva, acreditando em realidades inexistentes. O seguro de saúde dos americanos cobre esse tipo de patologia, meu caro Obama ?
E agora, Obama ?
Certamente o próximo "inimigo" dos EUA será um país fraco militarmente e um palco de operações adequado para o lançamento de novos armamentos e materiais bélicos, tudo isso, claro, com um grande espetáculo de pirotecnia com cidades explodindo pelos ares. Cuidado, meu caro Obama, pois mesmos os teoricamnete mais fracos podem impor para vocês derrotas vexatórias e humilhantes como a que ocorreu no Vietnnan.
E agora, Obama ?
Como a maioria da população dos EUA acredita em uma realidade que não existe, uma pequena parcela da população desse país, por ser lúcida, não tem voz nos grandes meios de comunicação, restando-lhes mídias de alcance limitado e , principalmente, os espaços públicos, agora tomados pelo privado, para que possam fazer suas manifestações e chamar a atenção das pessoas. Estranhamente, na América livre e democrática, as manifestações tem sido reprimidas com extrema violência. Opinião passou a ser crime nos EUA, meu caro Obama ?
E agora, Obama ?
Como vais explicar que os EUA tem, proporcionalmente, a maior população carcerária do planeta ? Não acredito que o povo americano tenha o crime gravado em sua proteína mais famosa , logo para explicar tamanha população atrás das grades a privatização dos presídios talvez seja o melhor caminho. Presídio é um bom negócio, meu caro Obama ? Tavez por isso uma multidão de pobres, afrodescendentes, latinos, asiáticos, indígenas e outros sejam os principais inqulinos das penitenciárias. Qualquer pequeno delito tem uma correspondente pena rigorosa.  Já os ladrões e patifes de wall street que produziram crimes que escandalizaram o mundo, estão livres e ainda receberam ajuda do seu governo. Será por que são "vencedores" ?
E agora, Obama ?
Como vais explicar a promessa não cumprida, para o primeiro mandato, de fechar a prisão de Guantánamo ? Vocês inclusive já divulgaram que a maioria dos presos de lá e inocente e mesmo assim ainda sofrem torturas diárias. Que vergonha, meu caro Obama
E agora, Obama ?
Vais continuar posando em lanchonetes fast food para incentivar um tipo de alimentação que vem causando doenças em todo o mundo ? Logo você que optou pelo estilo vegam , saudável  e de saúde ? Ou será que o incentivo a alimentação de de refrigerantres e sanduíches tem uma correspondência com o aumento dos lucros dos laboratórios farmaceuticos e a indústria médica ?
E agora, Obama ?
O povo está nas ruas protestanto, em todo o mundo contra um modelo econômico e de produção e também contra medidas que trucidam as conquistas de outras épocas.  A pobreza, a miséria, o desemprego crescem em todo o mundo , por outro lado as massas monetárias são gigantescas .Se não bastasse essa vertente do darwinismo social, o planeta passa por alterações climáticas, em grande parte produzidas pela atividade humana, que podem alterar significativamente a vida na Terra. Caso isso aconteça, e os problemas socias que já existem, além do crescimento de epidemias , das guerras que vocês fabricam, do incentivo a violência proporcionado pela indústria do entretenimento, fico autorizado a pensar que teremos uma diminuição drástica da população mundial. Também me inclino a pensar que essa seja a verdadeira agenda em curso, tendo em vista a negligência e a banalização como esses temas são tratados mundialmente por governos .Com isso teríamos um planeta com 2, 5 bilhões de pessoas, coincidentemente o número de pessoas que em 2025 terão acesso a água doce.  Será essa a verdadeira agenda para então, com a limpeza social edificar uma nova humanidade majoritariamente cristã e  uma nova economia e meios de produção sustentáveis para que os escolhidos possam usufruir da Terra prometida ?
E agora, Obama ?
Vais continuar com essa farsa de guerra ao terror que na prática trata-se apenas  da velha prática de colonização com um nova roupagem e que ainda acaba espalhando o terror e aviolência pelo mundo ?
E agora , Obama ?
No pais do estado mínimo o estado americano , com a indústria da guerra, vai continuar sendo o prpincipal motor da economia ?
E agora, Obama ?
No estágio em que a humanidade se encontra, no tocante ao conhecimento científico disponível, não é hora, ou já teria passado a hora, de repensar o Saber ?
E agora, Obama ?

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A Imprensa Que Impede o Processo Civilizatório


A Imprensa que Impede o Processo Civilizatório




Existem caminhos em que não se pode voltar. A democratização dos meios de comunicação é um deles. A história da imprensa na América Latina, em sua maioria, sempre esteve ao lado, no colo, a reboque, em defesa dos interesses dos endinheirados dos países do continente. Essa imprensa , sempre se posicionou, claramente, no campo ideológico da direita, sendo que alguns veículos de mídia, e não são poucos, apoiavam, e ainda apoiam, ideias daquilo que se convencionou chamar de extrema direita. Isso é fato, histórico, e corresponde a realidade atual. A democracia  nos países do continente sofreu um duro golpe, um assassinato, nos anos das décadas de 1960 e 1970.  A utopia libertária e democrática daqueles anos foi interrompida em vários países. Foram os golpes militares, as quarteladas de generais empolgados com a possibilidade de terem , também, cartões de crédito do mundo capitalista, mesmo que para isso derrubassem , com a força, governos democráticos e legítimos. Claro que tudo isso foi patrocinado pelos EUA e sua patética agência de inteligência.  A maioria das mídias da América Latina apoiou os golpes de estado. Isso também é fato. Com os governos dos militares dos óculos escuros, talvez não tivessem colírio,
o assustador fantasma do comunismo não teria espaço na América Latina. " Dias gloriosos e democracia teremos pela frente" escreveu Roberto Marinho no editorial do O Globo de 01/04/64 logo após o golpe. O estrago dos golpes de estado se fizeram sentir até os dias atuais, causando um grande retrocesso. Com o esgotamento dos regimes militares na região com suas baixas popularidades, se fazia necessário uma transição para democracia, que por sua vez deveria estar sempre controlada para evitar "excessos" de liberdade democrática para o povo. Assim começavam a surgir , já na década de 1980, os primeiros presidentes eleitos pelo voto direto na região. Quase todos alinhados com o ideário capitalista e responsáveis por reintorduzir nos países da região a democracia segura. Com estes presidentes, e com essa "nova democracia", estavam os meios de comunicação e a imprensa, alardeando a democracia e a "liberdade". Não havia mais espaço para golpes de estado com generais e armas de guerra. A democracia e civilidade não mais permitiriam violências explícitas. Por baixo das panos a violência continuava a mesma, assim como o assalto a democracia. Reintroduzida a "festa da democracia", o voto livre e direto , o período de transição terminou e chegou a "salvação ideológica" também conhecida como neoliberalismo. Ao lado desse pensamento, que hoje sabemos que é delirante, estava a imprensa da região , apoiando todos aqueles que defendiam um modelo onde o povo ficava a margem de qualquer desenvovimento. Uma intensa propaganda foi colocada em prática no início e durante a década dos anos de 1990. ficando as esquerdas da região com pouco espaço  e voz. Era o Consenso de Washington, um acordo de submissão ao regime neoliberal. Ou, a democracia segura, sem riscos, para os poucos de sempre. Passados os anos da década de 1990, o neoliberalismo, que já fazia muita água, começou a afundar na região, com países quebrados , aumento da miséria , pobreza e desemprego galopante. Para desespero daqueles que criaram  a estratégia de conter a democracia, incluindo aí a imprensa, surgiam os primeros governos de esquerda, já no final da  década de 1990, mais precisamente com Hugo Chavez na Venezuela.  A reação foi imediata. Como nos velhos tempos, de dias gloriosas  como escreveu Roberto Marinho, uma tentativa de golpe ao estilo anos 60  aconteceu na Venezuela. A novidade foi a ampla e escancarada participação da imprensa daquele país,e também do continente, para consolidar o  golpe que, felizmente para a verdadeira democracia, fracassou. A partir da década de 2000, a maioria dos países da região passou a ser governada por governos de esquerda, o que desagradou a imprensa sulamericana, pois a "democracia ideal" estava saindo do controle. Sem generais e armas de fogo, novos atores entrariam em cena para uma nova modalidade de golpe de estado. Com as urnas falando para  esquerda, os generais no quartel, surgem, , na década de 2000 e 2010, a imprensa e o judiciário, como poderes de validação dos novos velhos golpes. Atentos ao perigoso movimento em curso na região, os governos verdadeiramente democráticos identificaram o problema e constataram que a legislação sobre os meios de comunicação nos países da região era uma das mais atrasadas do mundo democrático e favorecia a concentração de pequenos grupos que controlovam a informação na maioria dos países. Esse controle, vem tentando derrubar , ou inviabilizar os governos de esquerda na região. Democraticamente os governos vem aprovando novas leis para os meios de comunicação, em  que a pluralidade, a diversidade de visões sejam preservados e garantidas, para aqueles verdadeiramente democráticos.  Esse é o motivo da gritaria de Clarín, Globo e outros , escondidos em uma SIP, na tentativa de preservar , e ainda conter, qualquer avanço  civilizatório e democrático na região. Assim entendo, que a regulamentação dos meios de comunicação, aqui no Brasil é uma questão de tempo, pouco tempo, pois é um caminho sem volta, o caminho da democracia  que ainda estamos restaurando desde as violências cometidas na década de 1960.  Em paralelo, algo, de urgente, deve ser feito para civilizar o Judiciário.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Investigar a Imprensa

Investigar a Imprensa


Cinco dias depois do segundo turno das eleições, quando a direita e a grande imprensa foram derrotados pela vontade popular, essa mesma imprensa, em bloco atônito, anti-democrático, com claro viès golpista, ignora a opção de escolha do eleitor e ainda tenta tumultuar o ambiente político com declarações desprovidas de contato com a realidade ameaçando os vitoriosos. O trabalho, cuidadosamente elaborado por essa imprensa para que  o julgamento do mensalão tivesse influência na escolha do eleitor, fracassou e revelou quem , de fato, no caso o povo, detem o domínio da verdade, dos fatos. Não satisfeitos , e em bloco, tentam agora "condenar" o grande vitorioso das eleições, o ex-presidente Lula. Para isso contam com a boa receptividade política de togas políticas, sempre prontas para tentar criar os fatos e apresentar aqueles que dominam as práticas criminosas sugeridas por colunistas desejosos  e saudosos de tempos nada democráticos, onde os fatos , sempre ocultos, produziram rios de sangue .  Se faz necessário, agora bem mais do que ontem, investigar o jornalismo, suas novas práticas e seus verdadeiros sócios e parceiros. Na elegância das letras, o que conduz e inclina o leitor para uma suposta imparcialidade, as entrelinhas e o histórico das organizações escancaram outras motivações nada elegantes, menos ainda democráticas e, principalmente, amalgamadas com indeléveis interesses estranhos a vontade popular. O processo em curso, obsessivo e violento, apesar das aparências, deve ser detido. Para tal, se faz necessário e urgente, que o governo central, os vitoriosos e principalmnete o povo, através dos movimentos sociais, façam valer as suas escolhas e defendam o país de um grupo de criminosos que diariamente tentam edificar o passado tenebroso. As mídias Globo, Veja, Folha de SP, Estado de SP e outras menores mais também importantes, atualmente se constituem na principál quadrilha criminosa em atuação no país, e a luz do estado de direito, devem explicações para a sociedade. O golpe legal, ou golpe jurídico, amparado pelo domínio das leis, é o drone jurídico sempre pronto para trucidar adversários. Aproveitando a aridez do discurso jurídico, onde a maioria da população não acompanha os fatos, dominados pelas togas, a imprensa recorta os temas desejados e produz suas conclusões apresentando-as com todos os recursos midáticos , onde a espetacularização e o sensacionalismo escondem as verdadeiras intenções e fatos. A repercussão dos factóides criados  pelas reportagens, apesar dos inúmeros e potentes auto falantes, assim como as próprias reportagens, não conseguem mais criar novos círculos concêntricos no lago do laboratório golpista, entretanto, tais práticas jornalísticas em nehum momento, em nenhuma sociedade democrática, podem ser consideradas ou justificadas como exercício da  liberdade de expressão.  Necessário e urgente uma profunda investigação nos grandes meios de comunicação.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

O Cientista e o Feiticeiro

O Cientista e o Feiticeiro




E assim aconteceu mais uma eleição. Mais uma vez, como sempre ocorre em todas as vezes, candidatos se expandem em retóricas e sentimentalismos pela sedução do eleitor. A grande imprensa, através de seus especialistas, quase sempre os mesmos de outros anos produzindo as mesmas análises nitidamente liquefeitas em escolhas políticas pessoais,  solidifica tendências que na maioria dos casos se evaporam com os resultados das urnas. Os institutos de pesquisa de opinião, marcados por resultados de opiniões nada confiáveis em outras eleições, retiram sedimentos de opção política de suas análises em uma estratégia de sobrevivência. O cidadão tão desejado pelos truques voláteis dos publicitários nas propagandas políticas, caminha em um vai e vem pelas ruas das cidades produzindo um tráfico de veículos e pessoas específico, único, do dia do voto. Para alguns jornalistas é a festa da democracia, declaração sempre proferida por aqueles que viram seus candidatos serem derrotados. E assim aconteceu mais uma eleição. Como em toda eleição alguém perde e alguém ganha, e se espera que isso aconteça entre os partidos políticos e os candidatos aos cargos, afinal são, ou deveriam ser, os principais atores do espetáculo da democracia. Na prática a realidade é um pouco, ou até muito , diferente.  Na eleição de ontem, independente dos briosos candidatos, alguns translúcidos outros opacos, outros viscosos alguns fluidos, alguns mais concentrados outros tantos diluídos,  dois projetos estavam em disputa. Um representado pelo Partido dos Trabalhadores - PT - e sua base aliada e o outro representado pelos fragilizados partidos de oposição e sua base aliada, a grande imprensa. Na guerra violenta em que as eleições vem se transformando, em sintonia com outros aspectos da vida brasileira - relações interpessoais,  campeonatos de futebol, concorrência entre empresas, religiões, etc.. - o vale tudo é entendido como estratégia política e , até mesmo assassinatos são validados como táticas. Nesta eleição, como tem ocorrido nas anteriores, o processo não foi diferente , continuando a barbárie em uma curva ascendente, de braços dados com a falta de civilidade, por um lado, e com a violação do processo democrático, por outro. Em uma eleição onde o eleitor, tão desejado por tantos em um curto período de tempo e tão esquecido  pelos mesmos tantos por longos períodos de tempo, deveria discutir, debater, ou pelo menos ouvir, aspectos de sua cidade, seu bairro e de suas necessidades mais próximas, recebeu uma enxurrada de assuntos desprovidos de quaisquer conteúdos relevantes para decidir sobre os seus candidatos. Se não bastasse a aberração dos temas colocados na pauta da eleição, a grande imprensa, assumidamente como partido político de oposição, mentiu, manipulou, distorceu e omitiu fatos relevantes e necessários para um entendimento sadio da vida brasileira. Na guerra de 2012 o arsenal utilizado pela oposição, lançou sobre o Partido dos Trabalhadores e sua base aliada cruzes medievais, togas deslumbradas, bíblias aladas, fetos humanos, éticas de ocasião  e, principalmente, sem ser mais ou menos importante que os anteriores, uma retórica ácida e altamente tóxica com o intuito de confundir e conduzir o eleitor. Independente, mas nem tanto, dos candidatos vitoriosos na eleição, dois projetos estavam em disputa e tinham como principais representantes o ex-presidente Lula  e a grande imprensa. O primeiro o cientista, o segundo o feiticeiro. Condutor de um projeto vitorioso que há dez anos vem transformando positivamente o país e a vida dos brasileiros, Lula mais uma vez, com base nos fatos, no conhecimento do povo e em cenários reais, locais , nacionais e regionais  bem construídos acertou nas escolhas e mais uma vez foi o vencedor. Do outro lado, a grande imprensa, encastelada na casa grande e saudosista das quarteladas, apostou em poções mágicas, cuidadosamente elaboradas mas nem por isso eficientes, extraídas das entranhas mais conservadoras e retrógradas da sociedade brasileira como sendo o elixir do golpe, do retrocesso , do atraso, que proporcionaria a vitória de um projeto que atualmente agoniza pelo mundo. A ciência política venceu a fantasia medieval, a verdade derrotou a mentira, o conhecimento derrotou a ignorância.