Agência Câmara
Nesta quinta-feira, diversos deputados ocuparam o Plenário da Câmara para defender a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki que afastou Eduardo Cunha do mandato de deputado federal e da função de presidente da Casa. Vários parlamentares presentes aproveitaram para questionar a condução do processo de impeachment aprovado pela Câmara no mês passado.
Para a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), o processo está maculado pela dupla que geriu o processo. Além da suspensão do mandato de Eduardo Cunha, a deputada lembrou que o tribunal eleitoral de São Paulo também decidiu, nesta semana, tornar inelegível o vice-presidente da República, Michel Temer. “O processo contra a presidenta Dilma deveria ser nulo, porque foi conduzido por pessoas suspeitas”, disse.
O deputado Chico Lopes (PCdoB-CE) concordou, e disse que a decisão foi tardia, uma vez que Eduardo Cunha pode conduzir o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. “Não é possível que um cidadão, investigado, consiga manipular até mesmo as comissões, que são uma questão dos partidos.”
O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) lembrou que, na decisão, o ministro Teori frisa que Eduardo Cunha usou de chantagem e retaliação, exatamente o que considera ter sido o processo de impeachment.
Alice Portugal (PCdoB-BA) também acredita que o processo de impeachment deveria ser anulado. “Espero que essa decisão seja convalidada”, disse.
Os deputados José Nunes (PSD-BA) e Silas Freire (PR-PI) também criticaram o processo de impeachment. Embora não ache nulo o processo, Freire afirmou que é uma contradição a Câmara ter aprovado o impeachment sem se livrar também dos deputados envolvidos em escândalos.
O deputado Benjamim Maranhão (SD-PB), no entanto, defendeu a decisão da Câmara no processo de impeachment, e lembrou que ele foi orientado pelo Supremo Tribunal Federal. “Existe uma tentativa de ligar essa decisão de hoje com a decisão de afastar a presidente Dilma Rousseff. Mas o que ocorreu foi que cumprimos a Constituição e a Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse.
Fonte: JORNAL DO BRASIL
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TRE-SP: ficha do Temer é suja e não pode tomar posse!
#vaiterluta !
publicado 05/05/2016
Saiu no G1:
Temer é ficha-suja e fica inelegível por 8 anos, diz promotora eleitoral
TRE-SP condenou vice por doações pessoais de campanha acima do limite. Assessoria de Michel Temer alega 'erro de cálculo' e nega inelegibilidade.
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Cunha não poderia ter conduzido o processo que culminou na admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma.Com a cassação de Cunha pelo STF, o processo de impeachment deve ser anulado.
Se isso não bastasse para comprovar o mar de irregularidades e de arbitrariedades em que o processo de impeachment está mergulhado, o vice -presidente, Michael Temer, o Capitão do Golpe, está inelegível por oito anos, segundo o TRE do estado de São Paulo.
Temer foi eleito como vice na chapa de Dilma, logo, procedem os argumentos de que Temer não poderia assumir a presidência em caso do impeachment de Dilma.
Confirmado o impeachment de Dilma e a impossibilidade de Temer assumir a presidência, o novo presidente da Câmara dos Deputados assume e convoca, segundo a legislação, eleições diretas para a presidência da república no prazo de três meses.
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