sábado, 12 de dezembro de 2015

Globo e seus filhos



Nem vem, Globo. Cunha é teu filho. Assume!


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A Globo publica hoje editorial pedindo a saída de Eduardo Cunha da presidência da Câmara, e falseando os fatos para tentar se livrar dele sem afetar a marcha do golpe.
Nem vem que não tem!
Quem fez reuniãozinha a porta fechada com Eduardo Cunha pra acertar o golpe não foram os editores do Globo, conforme teve que admitir Merval Pereira após ser desmascarado pelo Cafezinho?
Quem escondeu os mal feitos de Cunha durante a sua campanha para presidência da Câmara? Não foi a Globo?
O editorial esconde quem foram os aliados de Cunha na marcha de insensatez que ele imprimiu à Câmara este ano, aprovando pautas bombas que tinham por único objetivo desestabilizar as contas públicas, e apostando em iniciativas ultra reacionárias, como a redução da maioridade penal e medidas contra as mulheres. Não foi o Psdb que se aliou, desde o início, a Eduardo Cunha?
O editorial do Globo apenas prova que o grupo é o núcleo do golpe. Cunha foi usado e agora se tenta descartá-lo como fósforo já riscado.
Nada disso!
Segura que o Cunha é teu, Globo!

Venceu o prazo de validade de Eduardo Cunha
Ultrapassou todos os limites a manipulação que o presidente da Câmara faz do regimento, com o uso de seu poder, para atrapalhar a apreciação de processo contra ele12/12/2015 
A Câmara dos Deputados, assim como o Senado, é uma instituição secular, fundada no Império, dirigida àquela época por condes e viscondes. Na República, sua Mesa foi frequentada por nomes que se encontram nos compêndios de História do Brasil: Flores da Cunha, Pedro Aleixo, Ulysses e outros.
Em tempos recentes, houve a bizarrice de Severino Cavalcanti, cassado por receber um “mensalinho” de R$ 10 mil de um concessionário de restaurante na Câmara. Ungido pela política fisiológica do PT de literalmente comprar apoio no Congresso, Severino queria controlar a diretoria da Petrobras que “fura poço”. Um parêntese: ele talvez não soubesse, mas o lulopetismo já havia dominado a direção da estatal e passara a saqueá-la.
No campo do exotismo — mas em outro sentido —, o atual presidente, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), escala índices de rejeição na opinião pública, ao manejar com frieza o poder do cargo e o conhecimento que tem das regras da Casa, para sabotar a tramitação no Conselho de Ética de um processo instaurado contra ele por falta de decoro.
Às favas com a objetividade dos fatos. Cunha, citado na Lava-Jato como beneficiário de propinas geradas na Petrobras, compareceu, por vontade própria, à última CPI da Petrobras e garantiu que não tinha contas escondidas em bancos suíços.
O MP suíço o desmentiu, ao enviar dados de contas suas e família à Procuradoria-Geral da República. Configurado o perjúrio, o PSOL e a Rede encaminharam denúncia ao Conselho de Ética. Aberto o processo, Cunha, aliados e tropa de choque fazem de tudo para impedir o funcionamento do Conselho, com a intenção de atrasar ao máximo os trabalhos e jogá-los para 2016.
Inviabilizado um acordo com o governo — mais por resistência de petistas que se recusaram a votar em favor dele —, para que o deputado escape da cassação, os embates no Conselho passaram a reproduzir cenas à altura de câmaras de vereadores do mais longínquo sertão. Tapas, gritaria, intervenções protelatórias de nível rasteiro.
Mesmo tucanos que estavam condescendentes com Eduardo Cunha, para que ele aceitasse o pedido de impeachment de Dilma — arma que o deputado usou para chantagear o Planalto —, o abandonaram. Ainda antes de ele instaurar o processo do impedimento — dentro das prerrogativas do presidente da Câmara, seja ele quem for.
Aberto o processo, passaram-se 38 dias e oito reuniões, até a de quinta-feira, sem que se conseguisse votar um relatório, diante de um atônito presidente do conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA). O primeiro relator, Fausto Pinato (PRB-SP), contestado pelo grupo de Cunha, por se declarar a favor do prosseguimento do processo, disse ter sido ameaçado, e terminou substituído por Marcos Rogério (PDT-RO). Este promete ler seu relatório, também contra Cunha, na terça-feira. Mas nada é certo.
O presidente da Câmara deveria renunciar ao cargo, para se dedicar à sua defesa, sem atrapalhar os trabalhos da Casa.
Seu tempo acabou.
(Foto: Cunha na Globo. Repare na alegria e intimidade.)
Fonte: O CAFEZINHO
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Cunha, como se sabe,  é mais um filho da Globo.

Assim como Severino Cavalcanti, ex-presidente da  Câmara dos Deputados citado no editorial de O Globo, foi eleito para o cargo com os votos do PSDB - protegido e aliado do Grupo Globo - com o intuito de desmoralizar  a Casa e impedir uma vitória do PT.

Globo ou tem memória curta, ou tenta reescrever os fatos, ou perdeu o juízo.

Cunha cresceu e engordou nos laboratórios de globo, no entanto, cada vez mais, sua rejeição cresce na sociedade, motivo pelo qual globo tenta tirar o corpo fora.

Se Cunha se transformou em lobisomem ,não foi por falta de apoio de globo.



Serafim e Seus Filhos
Ruy Maurity
  
São três machos e uma fêmea, por sinal Maria,
Que com todas se parecia.
Todos de olhar esperto, para ver bem perto,
Quem de muito longe é que vinha.
Filhos de dois juramentos, todos dois sangrentos,
Em noite clarinha, eia-ô,
O João Quebra-Toco, Mané-Quindim, Lourenço e Maria . . .

Noite alta de silêncio e Lua, Serafim,
O bom pastor de casa saía.
Dos quatro meninos, dois levavam rifle,
E os outros dois levavam fumo e farinha.
Bandoleros de los campos verdes, Don Quijotes,
De nuestro desierto, eia-ô,
Serafim bom de corte,
Mané, João, Lourenço e Maria . . .

Mas o tal Lourenço, dos quatro o mais novo,
Era quem dos quatro tudo sabia.
Resolveu deixar o bando e partir pra longe,
Onde ninguem lhe conhecia.
Serafim jurou vingança,
Filho meu não dança conforme a dança, eia-ô,
E mataram o Lourenço em noite alta de lua mansa . . .

Todo mundo dessas redondezas
Conta que o tal Lourenço não deu sossêgo.
Fêz cair na vida sua irmã Maria
E os outros dois matou, só de medo.
Serafim depois que viu o filho lobisomem,
Perdeu o juízo, eia-ô,
E morreu sete vezes,

Até abrir caminho pro paraíso . . .

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