Jornalista da Band pensa que Nederland é o nome de Robben
Fonte: DCM
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É a imprensa esportiva, fazer o que ?
O caro leitor sabe que os jogadores das seleções que disputam a copa usam uma camisa específica para o aquecimento antes do início das partidas.
No caso da seleção holandesa, a tal camisa, por sinal bonita e de bom gosto, tem nas costas o nome do país, Nederland, no local em que aparece o nome do jogador quando este utiliza a camisa de jogo.
A jornalista da Band Sports, esperta, inteligente e tagarela, ao ver o jogador Robben, conhecidíssimo, de costas, caminhando para o vestiário, tratou de informar os espectadores que ali estava o astro holandês Nederland Robben.
Aliás não foi a primeira mancadaça da velha mídia nesta copa e nem será a última, já que a capacidade dessa gente para produzir bobagens e falar besteiras parece ser inesgotável.
Ontem, sem jogos da copa, a direção Band permitiu que fosse ao ar um programa, Band na Copa, comandado pelo fanfarrão Milton Neves.
O programa, com formato das surradas mesas redondas de domingo, reuniu um grupo de comentaristas, uma apresentadora mulher - que por vezes ficava visivelmente constrangida com o repertório de grosserias que o bando destilava aos quilos - e um indivíduo fazendo papel de faxineiro pois passava o programa todo simulando estar limpado as paredes e móveis do ambiente.
No time de comentaristas tinham ex-jogadores de futebol e jornalistas esportivos, algo em torno de mais ou menos seis pessoas.
O programa também teve a intenção de ser um espaço de humor, no que foi um fracasso gigantesco.
Todos falavam e gritavam ao mesmo tempo, com gestos agressivos, gargalhadas escancaradas e vez por outra uma coçada de saco.
Um horror.
Em determinado momento a verborragia geral se concentrou em tentativas de análises sobre a contusão de Neymar
.
A maioria do bando afirmava de forma inequívoca que o jogador colombiano atingiu Neymar de forma proposital e pensada, que foi uma atitude covarde e violenta, e que a intenção foi clara em quebrar a terceira vértebra lombar do craque canarinho.
Para justificar tal tese ,todos se expressavam com a maior veemência possível, com gestos de briga, expressões fisionômicas que sequer permitiam um contraditório e até mesmo declarações de que quaisquer pessoas que pensassem diferente deles não entendiam nada de futebol.
Um horror.
O bando , em determinados momentos, se assemelhava a uma reunião de trogloditas ávidos por sangue e vingança.
Assim se comportando, não perceberam que aprovam a violência e valorizam a burrice.
Em determinado momento do programa, entrou no ar, em um grande telão ao fundo, o repórter da Band que acompanha diariamente a seleção brasileira na copa.
Ao ser questionado pela máquina verborrágica que é Milton Neves, o repórter destoou do programa, com informações equilibradas e sensatas, o que gerou uma gritaria do bando, com todos ao mesmo tempo querendo discordar e impor suas idéias.
Destaque negativo para o ex goleiro Ronaldo, que assusta ao expressar suas idéias.
O programa seguiu, com piadinhas do tipo 'sou machão e provo que sou homem', saca essa ,caro leitor ? e todo mundo falando ao mesmo tempo.
Exigir da velha imprensa que seja letrada e culta já é demais, porém educação e conteúdo para os espectadores é o mínimo que deveria ser apresentado.
Quase ao ponto de ter problemas estomacais diante daquilo que se apresentava na tela, tirei o som da TV e liguei o rádio, que estava sintonizado, para meu desespero, em mais uma emissora do grupo Bandeirantes.
Na rádio band news FM, especialistas e a apresentadora, discutam o papel do ataque da seleção brasileira com os jogadores Pato, Ganso e Luis Fabiano, nenhum dos três fazendo parte dos convocados .
Ao perceber mais um exercício de delírio, desliguei o rádio, saí do bando de trogloditas e dei uma zapeada pela TV , chegando ao um programa esportivo, com o mesmo formato de debate, na TV Brasil.
Os três debatedores que entrevistavam uma auxiliar de arbitragem, me proporcionaram um momento em que ainda é possível acreditar em conteúdos interessantes e na inteligência das pessoas.
Com equilíbrio, conhecimento e bom senso dos apresentadores, ao chegar no programa da TV Brasil, tive a sensação de vivenciar a fantástica cena do filme 2001, Uma Odisséia no Espaço, em que um macaco joga um porrete de madeira para cima, e o porrete se transforma em uma nave espacial, simulando a passagem do tempo e a evolução do homem e do conhecimento.
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É a imprensa esportiva, fazer o que ?
O caro leitor sabe que os jogadores das seleções que disputam a copa usam uma camisa específica para o aquecimento antes do início das partidas.
No caso da seleção holandesa, a tal camisa, por sinal bonita e de bom gosto, tem nas costas o nome do país, Nederland, no local em que aparece o nome do jogador quando este utiliza a camisa de jogo.
A jornalista da Band Sports, esperta, inteligente e tagarela, ao ver o jogador Robben, conhecidíssimo, de costas, caminhando para o vestiário, tratou de informar os espectadores que ali estava o astro holandês Nederland Robben.
Aliás não foi a primeira mancadaça da velha mídia nesta copa e nem será a última, já que a capacidade dessa gente para produzir bobagens e falar besteiras parece ser inesgotável.
Ontem, sem jogos da copa, a direção Band permitiu que fosse ao ar um programa, Band na Copa, comandado pelo fanfarrão Milton Neves.
O programa, com formato das surradas mesas redondas de domingo, reuniu um grupo de comentaristas, uma apresentadora mulher - que por vezes ficava visivelmente constrangida com o repertório de grosserias que o bando destilava aos quilos - e um indivíduo fazendo papel de faxineiro pois passava o programa todo simulando estar limpado as paredes e móveis do ambiente.
No time de comentaristas tinham ex-jogadores de futebol e jornalistas esportivos, algo em torno de mais ou menos seis pessoas.
O programa também teve a intenção de ser um espaço de humor, no que foi um fracasso gigantesco.
Todos falavam e gritavam ao mesmo tempo, com gestos agressivos, gargalhadas escancaradas e vez por outra uma coçada de saco.
Um horror.
Em determinado momento a verborragia geral se concentrou em tentativas de análises sobre a contusão de Neymar
.
A maioria do bando afirmava de forma inequívoca que o jogador colombiano atingiu Neymar de forma proposital e pensada, que foi uma atitude covarde e violenta, e que a intenção foi clara em quebrar a terceira vértebra lombar do craque canarinho.
Para justificar tal tese ,todos se expressavam com a maior veemência possível, com gestos de briga, expressões fisionômicas que sequer permitiam um contraditório e até mesmo declarações de que quaisquer pessoas que pensassem diferente deles não entendiam nada de futebol.
Um horror.
O bando , em determinados momentos, se assemelhava a uma reunião de trogloditas ávidos por sangue e vingança.
Assim se comportando, não perceberam que aprovam a violência e valorizam a burrice.
Em determinado momento do programa, entrou no ar, em um grande telão ao fundo, o repórter da Band que acompanha diariamente a seleção brasileira na copa.
Ao ser questionado pela máquina verborrágica que é Milton Neves, o repórter destoou do programa, com informações equilibradas e sensatas, o que gerou uma gritaria do bando, com todos ao mesmo tempo querendo discordar e impor suas idéias.
Destaque negativo para o ex goleiro Ronaldo, que assusta ao expressar suas idéias.
O programa seguiu, com piadinhas do tipo 'sou machão e provo que sou homem', saca essa ,caro leitor ? e todo mundo falando ao mesmo tempo.
Exigir da velha imprensa que seja letrada e culta já é demais, porém educação e conteúdo para os espectadores é o mínimo que deveria ser apresentado.
Quase ao ponto de ter problemas estomacais diante daquilo que se apresentava na tela, tirei o som da TV e liguei o rádio, que estava sintonizado, para meu desespero, em mais uma emissora do grupo Bandeirantes.
Na rádio band news FM, especialistas e a apresentadora, discutam o papel do ataque da seleção brasileira com os jogadores Pato, Ganso e Luis Fabiano, nenhum dos três fazendo parte dos convocados .
Ao perceber mais um exercício de delírio, desliguei o rádio, saí do bando de trogloditas e dei uma zapeada pela TV , chegando ao um programa esportivo, com o mesmo formato de debate, na TV Brasil.
Os três debatedores que entrevistavam uma auxiliar de arbitragem, me proporcionaram um momento em que ainda é possível acreditar em conteúdos interessantes e na inteligência das pessoas.
Com equilíbrio, conhecimento e bom senso dos apresentadores, ao chegar no programa da TV Brasil, tive a sensação de vivenciar a fantástica cena do filme 2001, Uma Odisséia no Espaço, em que um macaco joga um porrete de madeira para cima, e o porrete se transforma em uma nave espacial, simulando a passagem do tempo e a evolução do homem e do conhecimento.
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