sábado, 28 de dezembro de 2013

Folha Delira com Estado de SP

O debate sobre a retração nas vendas de Natal

publicado em 27 de dezembro de 2013 às 23:47

Acima, manchete de primeira página do Estadão. Abaixo, capa da Folha


Como os jornalões conseguiram estragar um Natal surpreendente

Por Luís Nassif, em seu blog, sugerido pelo Robson Moreno

sex, 27/12/2013 – 08:55 – Atualizado em 27/12/2013 – 11:16

Folha e Estadão esmeraram-se em tratar as vendas de Natal como um fracasso.
Manchete da Folha: “Comércio tem o pior resultado no Natal em 11 anos”.
Manchete do Estadão: “Com crédito contido e juros altos, vendas de Natal decepcionam”.
Ambos os jornais trabalham em cima de dados da Serasa Experian e da Alshop (a associação dos lojistas de shoppings).
Vamos a alguns erros de manchetes e de análises.
1. Erro de manchete: Se em 2013 vendeu-se mais do que em 2012, como considerar que foi o pior resultado  em 11 anos?
2. A Serasa trabalha especificamente com pedidos de informação para crédito. Houve retração no crédito, mas a maior ferramenta de vendas têm sido o parcelamento (em até dez vezes) em cartões de crédito e de loja. Os jornalões trataram os dados da Serasa como se representassem o universo total de vendas.
3. As vendas em shoppings deixam de lado o comércio para classes C e D – justamente as que mais vêm crescendo. Mesmo assim, os jornalões trataram os dados como se representassem o todo.
4. A Alshop (associação dos lojistas) informou que as vendas cresceram 6% no Natal. O problema maior foi o aumento do número de lojas, que fez com que as lojas mais antigas permanecessem com o mesmo faturamento. Ora, o que expressa o mercado são as vendas totais. A distribuição entre lojas novas e antigas é problema setorial, que nada tem a ver com a conjuntura.
5. Os jornalões deixaram de lado o comércio eletrônico – que tem sido o principal competidor das lojas de shopping. Em 2013 os shoppings centers venderam R$ 138 bilhões, 8% a mais do que em 2012. O comércio eletrônico vendeu R$ 23 bilhões, ou 45% a mais do que em 2012. Somando a venda dos dois segmentos, saltou de R$ 151 bi em 2012 para R$ 161 bi em 2013, aumento de expressivos 12%.
6. Os jornais falam em “decepção”, porque a Alhosp esperava crescimento de 10% nas vendas de Natal e conseguiu-se “apenas” 6%. Esperar 10% de crescimento com uma economia rodando a 2% é erro clamoroso de análise. Mas, para os jornalões, o erro está na realidade, que não acompanhou os sonhos.
Se não houvesse essa politização descabida do noticiário econômico, as análises estariam em outra direção: a razão do consumo ainda não ter se acomodado mesmo com dinheiro mais caro, o crédito mais escasso, com a competição de Miami, com o PIB andando de lado etc. E suas implicações sobre as contas externas brasileiras. Estariam questionando também que raios de política monetária é esta, na qual aumenta-se a Selic para supostamente reduzir a demanda agregada, e ela continua crescendo.
Fonte: VI O MUNDO
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Nassif desmascara urubus da mídia



A análise do Nassif, veterano no jornalismo econômico, encaixa-se perfeitamente nos comentários que temos feito por aqui no blog. A campanha midiática para desqualificar um excelente Natal ganhou ares ridículos. Os números foram torturados com uma brutalidade poucas vezes vistas numa imprensa já famosa por sua obsessão para depreciar a economia brasileira.
Fonte: CONVERSA AFIADA e TIJOLAÇO
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Impressiona como essa velha mídia não enxerga a realidade.
Realidade aqui, não se refere as vendas  do natal, pois mentir sobre um bom desempenho para o governo, já é uma rotina na velha imprensa. 
Realidade aqui refere-se ao novo desenho de mídias,que inviabiliza, quase que em tempo real, as mentiras diárias publicadas pela imprensa decadente.
Isso não significa que todas as mentiras da velha mídia não tenham sucesso.
O chamado mensalão, foi uma mentira construída desde o início do julgamento e, como se sabe até agora, foi bem sucedida , pelo menos na prisão de alguns quadros do PT já que o alvo principal era o ex-presidente Lula. 
Outro fato que ajudou a velha mídia no caso do mensalão foi a adesão do STF ao discurso diário  de jornalistas e colunistas , sempre com teses "inequívocas" sobre os supostos culpados.
O campo da justiça e o campo da percepção diária das pessoas, não produzem os mesmos resultados na velha imprensa.
O que as pessoas percebem no dia a dia não pode ser modificado por mentiras grosseiras, como as citadas nos jornais acima.
Sim, mesmo que a população não tenha o conhecimento correto da situação, como apresentado por Nassif, as pessoas foram às compras e os lojistas tiveram bons resultados.
A velha imprensa vive um processo de transformação, para pior, pois assemelha-se, hoje, a um conjunto de panfletos políticos direcionados diariamente aos seus militantes, conscientes e  incautos,ou ambos.
Para o caro e atento leitor que já se acostumou a obter informações nas mídias alternativas, o comportamento da velha mídia chega a ser cômico, se não fosse burro, pois a credibilidade, principal pilar de qualquer mídia jornalística, está sendo corroída e demolida sistematicamente, e o que é pior, pelos seus prorietários.
Os meios de comunicação, sejam jornais , revistas, emissoras de rádio e de TV e mesmo as mídias digitais, constiutem-se em  um poder. 
Por meio deles a população pode ser formatada  de acordo com os interesses envolvidos, e isso acontece, ou pode acontecer, se não houver uma diversidade de mídias que produzam diferentes conteúdos, priorizando este ou aquele olhar, esta ou aquela cultura,  e mesmo a classe em que se está inserido.
Na conjuntura atual do país, a velha imprensa, de grande alcance nacional, reproduz um discurso, uma visão de mundo e um conjunto de valores pertencentes, majoritariamente ,a classe de pessoas endinheiradas. 
Dito isto, uma parcela da classe média sempre será, ao desejo dessa  mídia, um aliado em potencial, "um igual" pronto para colaborar sempre que as circunstâncias assim permitirem. 
Uma vez tendo participado da colaboração, essa mesma parcela da classe média volta a ser rejeitada, colocada em stand by, para ser utilizada quando necessário. Foi assim no golpe de 1964.
Ouro aspecto interessante desse momento que vive a velha mídia , diz respeito a imprensa única, chapa branca, como acontecia nos países do antigo bloco comunista. 
O leitor que é jovem, e são muitos meus leitores jovens, certamente sabe que nos países do antigo bloco comunista não existia imprensa livre. A imprensa, era somente a oficial, do governo, que publicava assuntos de seu interesse e quase sempre voltados para manter elevado o moral da militância e da população. Assim foi o jornal Pravda, da antiga URSS - União das Repúblicas Socialistas Soviéticas .
Esse tipo de imprensa era quase que diariamene questionado e atacado pela imprensa do ocidente, de iniciativa privada e plural. Não apenas a imprensa , como também o comunismo e sua ideologia. O jornal  o globo, do Rio de Janeiro,  no início dos anos da década de 1960, chegou a ser motivo de piada em canção de Juca Chaves, pois tudo que acontecia no país que  não era de agrado de Roberto Marinho,  o globo dizia que era coisa de comunista.
De lá pra cá passaram-se 50 anos, os regimes comunistas do leste europeu desabaram e a imprensa mundial do ocidente, repete, hoje, o mesmo comportamento da imprensa oficial dos antigos regimes comunistas. A diferença é que hoje, em "pela democracia  e liberdades de expressão garantidas para todos " o que se vê é um imprensa chapa branca, onde o patrão não é nenhum governo, e sim o mercado e suas regras Considerando-se que o mercado é limitado no tocante a existência de um lastro ideológico, a velha mídia é cada vez , também , mais estreita e limitada em suas teses em defesa do "patrão", esse ente extra corpóreo  e divino.
Nos países comunistas a proibição a qualquer tipo de imprensa era clara e direta. Hoje, com o véu da democracia e da liberdade, se reproduz a mesma proibição, de forma bem mais violenta, pois tudo se opera no âmbito de uma plutocracia mundial.


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