terça-feira, 20 de março de 2018

O mundo em luta

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A execução de Marielle despertou as pessoas, no Brasil e em todo mundo. Despertou para a luta. Uma luta por Direitos. Uma luta contra os valores decorrentes do modelo político e econômico hegemônico no mundo. Uma luta por mudanças e pela consolidação de um outro mundo, justo, sustentável  e principalmente civilizado  .

segunda-feira, 19 de março de 2018

Cresce


CAMPO PROGRESSISTA SE UNE E SE AMPLIA EM TORNO DE MARIELLE

Por Fabio Malini, no Facebook

No Facebook, até, hoje, 17, às 6h, na semana, 92 mil pessoas se dedicaram a compartilhar o post mais viralizado entre os publicados pelos canais que são dedicados a postar também notícias políticas. O conteúdo (http://bit.ly/2pleSf5): um vídeo que resumia os assassinatos de Marielle e Anderson. A página: Quebrando O Tabu. A legenda: “Marielle, presente”. A mesma titulação da segunda publicação mais distribuída da semana: (http://bit.ly/2HHPdVF), partilhada por mais de 82 mil pessoas. Publicado no Mídia Ninja, o post reproduz a charge de Latuff, que foi intensamente espalhada também em outros canais, por outros perfis e em outras plataformas. Latuff não tem página oficial no Facebook. Comunica-se mais intensamente pelo Twitter. Depois, em terceiro lugar, uma notícia que retrata as novas regras para obtenção da carteira de motorista, ironicamente a profissão de Anderson Gomes. A matéria, feita pelo G1, alcançou mais de 60 mil compartilhamentos (http://bit.ly/2HH9zhu). Das dez mais compartilhadas, quatro foram sobre Marielle e Anderson; três sobre as novas regras da prova da CNH; duas sobre a morte de Stephen Hawking e uma mostrando um disparo de jato de água direcionada a um homem que vive nas ruas de São Paulo.

A forte repercussão vitaminou curtidas e compartilhamentos em todas plataformas de redes sociais. E, como é padrão em grandes fatos históricos, atraiu diferentes vertentes ideológicas nas caixas de replies ou comentários. A trolagem é um bomba de efeito moral na internet. Serve para espalhar quem está unido por um fluxo de conversação generosa, criando cortinas de fumaças e provocando polêmicas. Quanto mais o alvo da trolagem se irritar e reagir, melhor resultados serão colhidos por essas gangues virtuais, que acabam assistindo da arquibancada a instabilidade emocional do seu alvo. Apesar da presença desses trolls, os usuários pareciam vacinados. Correu a notícia de printar as trolagens aberrantes e divulgá-las no ambiente de trabalho do ofensor. Ou mesmo ignorá-las. Ou publicizá-la quando a mensagem se caracterizar como racista, misógina ou homofóbico. Sem rabo preso com ninguém, foi fácil para os internautas encontrar links de notícias mostrando a atuação de Marielle na defesa da vida dos favelados e também das famílias de policiais mortos em combate numa guerra que ela sempre denunciou. A verdade de Marielle foi (e vai continuar) bloqueando um a um os boatos, mau-caratismos e proselitismos de todo tipo.

No Twitter, a rede que disseminou o ódio a Marielli representou 7.15% dos conteúdos postados, ou seja, estes foram se auto-fagocitando. Na imagem, são os perfis de cor rosa e representam 26 dos quase 400 mil perfis totais. Todo restante da rede, com pequenas variações contextuais, se aglutinou em torno de um eixo mobilizador: #MariellePresente / #AndersonPresente. Em geral, é comum que ações de rua com alto impacto no Twitter sejam simplificadas em uma hashtag. Foi assim com o #VemPraRua, o #ForaDilma e o #NaoVaiTerGolpe.

O curioso desse grafo é a polissemia das grupos de opinião. Mais uma visualizaçao onde a força da polarização política é fragmentada. Outra coisa, um sinal que já vem se repetindo: o campo progressista tem arrastado os principais veículos de imprensa para dentro de suas conversações. Pelo viés do “ataque à democracia”, os veículos tradicionais emularam o atentado político liberando colunistas e blogueiros para ampliar o coro da indignação popular. Contudo, o ponto de divergência foi rapidamente aberto pelo contaponto midiativista, ecoando a desconfiança acerca das intenções de certos veículos, que, para muitos, estariam, sob o pretexto de apoiar a indignação, reforçando a necessidade de mais intervenção das Forças Armadas no Rio de Janeiro. Lá na frente, a continuar assim, me parece, que a lua de mel vai acabar. Apesar disso, é inegável que o campo progressista está se ampliando ali no Twitter, com muitos novos atores diversificados, predominantemente nas machas lilás e azul claro. Tudo indica que teremos as eleições de maior participação políticas de celebridades artísticas. Esse campo tem crescido ali no Twitter, onde é mais seguro para esse grupo calibrar seus posts e controlar suas audiências. Incrível é que nesse campo há uma forte diversidade do “usuário comum”, sem muitos seguidores, mas com publicações bombadas de modo orgânico (sem NENHUM uso de bots). Efeito colateral dessa teia: passado o momento mais intenso do velório e enterro, o luto virou caça a quem detrata ou detratou Marielle e Anderson. A irradiação nas redes do que já acontece com a desembargadora carioca já é sintoma da forte operação de escracho público levado à cabo pelo grupo.

As manchas verde-escura e laranja já dão uma ideia do impacto internacional do acontecimento, especialmente no idiomas inglês e espanhol. Há de jornalistas e imprensa a movimentos sociais (Black Lives Matter) a (ex)presidentes. E ainda é apenas a fotografia do início da repercussão gringa, uma vez que a coleta foi feita até às 15h, do dia 16, sexta. Ao total, foram 93.587 usuários dessa rede de fora do Brasil, em torno de 25% da base dos perfis.

Muito importante é identificar também os silêncios: Bolsonaro e toda a sua trupe familiar preferiram fazer cara de paisagem (Será por quê?). E os generais tuiteiros, idem.

Sobre bots no Twitter, irrelevantes na história. Mais sistematicamente presentes na rede rosa (mais militaresca) e verde clara (mais petista). Agora é preciso atenção na identificação dos bots. Há muitas metodologias que primam pela ideia de que Bots são usuários que tuitam ou retuitam muito. Devagar com o andor. Neste caso, os dois usuários que mais (re)tuitaram são humanos. E isso tem explicação simples na literatura científica. Em contextos de ativismo e mobilização, é comum que perfis mais mobilizadores funcionem como hubs, ampliando a velocidade de seus retweets para mostrar o apoio de vários grupos e lideranças da sociedade ativos numa conversação.

De qualquer modo, a atuação dessa classe de perfis foi irrelevante comparado ao todo.

Confira as imagens na página de Malini.


Fonte: O CAFEZINHO

Por que não prendem essa porra ?





Por que não prendem essa porra ?

sexta-feira, 16 de março de 2018

MARIELLE FRANCO . PRESENTE

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E não é que Globo só falta chorar pela morte de Marielle ? Você que assiste essa coisa todos os dias, alguma vez viu imagens e referências positivas à vereadora nos telejornais da emissora? A verdade é que Globo e os defensores do golpe e do fascismo estão assustados com a reação popular que tomou as ruas do Brasil e mesmo em outros países. Tanto é assim que a suposta comoção que tem sido demonstrada nos telejornais e programas das emissoras do Grupo, tem por objetivo cooptar, capturar o leitor e telespectador para justificar mais repressão contra a população, claro, a população pobre e negra, de preferência da zona norte da cidade.

O golpe tremeu com as manifestações de ontem, contrárias aos governos Temer, Pezao e Crivella, e também contrárias a intervenção militar, à polícia militar e a própria rede Globo. O momento não é de se deixar levar pela narrativa emocional de Globo, ao contrário, o momento é de intensificar a luta, nas ruas das cidades e construir uma unidade política para derrotar os verdadeiros criminosos que oprimem o povo.

MARIELLE FRANCO. PRESENTE.


quarta-feira, 14 de março de 2018

Dia da poesia

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Ao chegar na biblioteca que frequento regularmente, recebi, em homenagem ao dia da poesia, esse texto:

O amor, quando se revela,
não sabe se revelar.
Sabe bem olhar pra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Fernando Pessoa

Pessoal sempre livre

domingo, 11 de março de 2018

Supremo vampiro

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No planalto central, na terra escolhida em um suntuoso palácio, o vampiro se diverte. Transilvânia e Polanski são lembranças, uma recordação. Para ele, o que importa, é a fartura de sangue do cidadão. Além das mordidas, pedalar é a sua diversão. Com o passar dos séculos tornou-se ainda mais sanguinário. Exclusivista, machista, dominador é o vampiro da destruição. Em uma perfeita noite escura , visitando o túmulo de uma poderosa amiga, traçaram planos para ampliar a devastação. O supremo banquete, que aterroriza a nação . Com a popularidade em cova rasa deslocou seus fiéis às ribanceiras do esquecimento para sugar, até a última gota, o sangue dos desprovidos de compaixão. E o supremo banquete, com tudo, transforma-se em um espetáculo de televisão.