domingo, 21 de janeiro de 2018

O Essencial

"Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora.

Tenho muito mais passado do que futuro.

Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturas.

Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.

As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa.

Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, quero caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.

O essencial faz a vida valer a pena.

E para mim, basta o essencial!"

Mario de Andrade

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

O Caso Moro

Quem está sendo julgado é o juiz: 
o Caso Lula virou, definitivamente, o Caso Moro.

Por Kiko Nogueira
- 19 de janeiro de 2018
O Caso Moro, não o Caso Lula

Em seu excelente artigo sobre o julgamento de Lula no dia 24, a ex-ministra da Justiça da Alemanha, Herta Däubler-Gmelin, escreveu o seguinte:

“O TRF-4 de Porto Alegre deve cassar a sentença de Moro, mesmo se ele com isso admitir que essa ação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto matéria política, há muito tempo já se transformou no ‘Caso Moro’”.

Ela mesma admite que isso não vai acontecer, já que os desembargadores do tribunal “também estão demasiado enredados nos conflitos e nas campanhas políticas em curso no Brasil”.

Herta acertou na mosca quando se refere ao Caso Moro. A formulação é perfeita.

Há muito tempo — definitivamente desde que o imbroglio Zucolotto veio à tona — que Lula não é o centro de seu processo, e sim o juiz.

As provas e convicções que apareceram foram contra Sergio Moro, e não sua nêmesis. O texto da condenação tem mais furos do que um queijo suíço ou do que as ruas de São Paulo.

Nenhum jurista sério repetiu o veredito patético do presidente do Tribunal Regional da 4ª Região, Carlos Eduardo Thompson Flores, que classificou em agosto o trabalho de Sergio Moro como “irretocável” e “tecnicamente irrepreensível”.

A penhora do famoso triplex do Guarujá para pagar uma dívida da OAS, por ordem da juíza do DF Luciana Corrêa Torres de Oliveira, é a cereja de um bolo malcheiroso.

A mídia não consegue mais blindar seus protegidos.

Numa série publicada no site Justificando, o criminalista Juarez Cirino dos Santos, professor de Direito Penal da UFPR, presidente do Instituto de Criminologia e Política Criminal e autor de vários livros, aponta que “a investigação policial foi instaurada com base em simples suspeita de autoria de fatos indeterminados”.

“A denúncia do Ministério Público foi apresentada sem nenhuma prova de materialidade dos fatos imputados e, por isso, com imaginários indícios de autoria dos inexistentes fatos imputados”, afirma.

“Enfim, a condenação criminal proferida pelo Juiz Moro foi o desfecho antecipado da hipótese judicial anunciada, que impulsionou um processo inquisitorial de fazer inveja à justiça penal medieval”.

Lula será condenado em Porto Alegre porque a fraude já se encaminhou para um ponto sem retorno.

Ele vai seguir em campanha e, provavelmente, crescendo nas pesquisas. Moro vai continuar tentando se justificar e correr atrás do que não conseguiu fazer em quatro anos.

Ninguém se lembra das interpretações do Apocalipse ou das profecias de Savonarola, mas da barbárie que ele instalou em Florença montado em seu fanatismo moralista.

O magistrado maringaense vai se imortalizar na história brasileira, mas no sentido oposto do que sonhava quando embarcou em sua cruzada.

O Caso Moro estará nos livros como uma vergonha.

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Sonho ou sangue



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A medida que se aproxima o dia do julgamento de Lula, mais e mais pessoas tomam consciência de que tal julgamento é uma farsa.

O que acontece com Lula é perseguição explícita, para evitar que se candidate nas eleições deste ano, onde desponta como franco favorito nas pesquisas. Os segmentos , nacionais e estrangeiros, que apoiam o golpe não admitem, em hipótese alguma, o retorno de governos comprometidos com políticas sociais de distribuição de renda e redução da pobreza. O tal triplex, que seria de propriedade de Lula, é uma invenção grotesca na tentativa de aplicar um verniz de legalidade e justiça no julgamento. Por outro lado, ao validar a sentença e condenar Lula, impedindo-o de se candidatar este ano, o poder Judiciário rompe definitivamente com a Democracia, estupra o estado de direito, e sinaliza que a res publica tem dono, e esse dono não é público. Isso significa que este mesmo povo, que a partir de então deve se submeter às normas e regras de um novo Poder, pode e deve se rebelar contra esse poder através de ações próprias que não mais se justificariam como ilegais ou de desobediência civil, uma vez que a desobediência já foi perpetrada pelos poderes da república e pelo aparato midiático. Desta forma,  a ação popular seria para restabelecer a Democracia e o estado de direito.

A partir de um porto alegre, na próxima semana, o país partirá para uma nova de viagem, de sonho ou de sangue
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Calor

Três últimos anos foram os mais quentes, diz ONU
Relatório foi divulgado nesta quinta-feira (18) pela OMM
Agência ANSA


Os três últimos anos foram os mais quentes já registrados, informou nesta quinta-feira (18) a Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma agência especializada da ONU.

De acordo com o relatório, o ritmo do aquecimento global constatado durante este período foi "excepcional". "Já foi confirmado que os anos 2015, 2016 e 2017, que se inscrevem claramente na tendência do aquecimento a longo prazo provocado pelo aumento das concentrações atmosféricas de gases de efeito estufa, são os três anos mais quentes registrados até agora", acrescenta o texto.

A sensação térmica elevada se deve ao efeito de um potente "El Niño" - fenômeno que entre três e sete anos afeta as temperaturas. O ano de 2016 ainda continua no topo da lista com a temperatura 1,2ºC a mais que na época pré-industrial, enquanto que 2017 alcançou o recorde de ano mais quente até a data sem o El Niño.

O período usado como referência para analisar as condições existentes na era pré-industrial é de 1880 a 1900, segundo a ONU.

Os dados ainda relatam que a temperatura média na superfície do globo em 2017 e 2015 ultrapassou em 1,1ºC a da registrada na época pré-industrial. Para o secretário-geral da OMM, o finlandês Petteri Taalas, "17 dos 18 anos mais quentes pertencem ao século 21, e o ritmo de aquecimento constatado nestes três últimos anos é excepcional". "A temperatura reconta uma pequena parte da história e 2017 também é caracterizado pelas condições meteorológicas extremas em muitos países em todo o mundo", finalizou.

Fonte: JORNAL DO BRASIL

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Ocupa TRF4

Algo se move

Dilma: indignação com a caça a Lula está se espalhando

POR FERNANDO BRITO · 18/01/2018



Com uma gentil e imerecida citação a este Tijolaço, o blog de Dilma Rousseff, hoje, concorda que a “consciência difusa da injustiça e da perseguição a Lula está se difundindo entre todos os segmentos da sociedade” e que está aí “a base da crescente e forte indignação que se percebe às vésperas do julgamento do TRF-4”.

É algo que vai crescendo, à medida em que fluem as horas até o momento em que apenas três homens darão seu veredito não sobre um caso confuso e não-provado de Lula ter recebido-um-apartamento-que-não recebeu, mas sobre possibilidade de que este país possa escolher livremente seu futuro presidente e aquilo que está na raiz da preferência da população pelo ex-presidente: o seu desejo de que o Brasil volte a viver um clima de convívio.

Não, o que vai acontecer dia 24 só é uma eleição para quem não tem voto, para quem despreza e exclui o povo da definição dos destinos, seus e da pátria. Pátria não é a de chuteiras e camisas de seleção, de bandeiras, de estandartes. Pátria é gente, ser humano e nada ofende mais o Brasil que voltar a se encher de crianças na rua e a se esvaziar de esperanças. Pátria de voltar a lembrar os versos do Vinícius de Morais: “minha pátria sem sapatos e sem meias, pátria minha, tão pobrinha!”

Pátria, definitivamente, não pode ser o ódio ao povo que a faz existir..

O que vai se passar, no dia 24, é a perspectiva sombria de esbulharem a população de escolher por si mesma, e é esta a sombria sentença que está em jogo.

É a chance “eleitoral”, a chance fétida e suja de quem, como disse ontem, é candidato a feitor de um povo, a dirigir um país onde a população é um problema, não a matéria-prima de uma nação.

Chance pela qual ela não hesita em tentar um assassinato político, cega ao fato de que se auto-infligirá um estigma à testa, como o fez, em 1954 e por décadas o carregou.

E isso assusta a todo e qualquer brasileiro que não se tenha aprisionado ao ódio, que não tenha cedido à irracionalidade feroz, que não deseje que, em lugar de reencontrarmos a normalidade, prossigamos na marcha suicida da insensatez que nos envolveu cada vez mais, desde 2013.

Leia aqui o artigo de Dilma, em seu blog, descontando da leitura a generosidade da ex-presidente com este blogueiro e o orgulho do próprio blogueiro por ter tão importante leitora.

Democracia e indignação

Dilma Rousseff, em seu blog


Fernando Brito, lúcido editor e redator do Blog Tijolaço, afirma que, depois do discurso de Lula, o que mais o impressionou na desta semana no Teatro Casagrande foi o do diretor teatral Aderbal Freire Filho, baseado em texto do filósofo e linguista norte-americano Noam Chomsky. Trata de dois mundos: o oficial – composto pelos políticos, pelos donos do dinheiro, pela mídia e seus comentaristas e pelas instituições – e o real, imenso e quase sempre mudo, onde habita a imensa maioria da população.

Acrescenta que talvez só a sensibilidade de gente que lida com a percepção alheia é capaz de dar-se conta de que isso acontece, no Brasil, onde se cavou um abismo entre o poder – e não só o de Temer – sem voto e o povo que se quer, furiosamente, impedir de votar.

E conclui que esta percepção transborda o leito da esquerda e começa a se generalizar entre os que não se cegaram de ódio.

Concordo com a análise e acrescento: acredito que uma consciência difusa da injustiça e da perseguição a Lula está se difundindo entre todos os segmentos da sociedade e que esta seja a base da crescente e forte indignação que se percebe às vésperas do julgamento do TRF4.

Uso as palavras precisas do blog Tijolaço: “O processo de radicalização que se quer atribuir a Lula não é a sua marca e o que a experiência real, vivida e comprovada, o mostram. Quem acha isso que imagine por dez minutos ser apontado como culpado de todos os males, acusado de todos os crimes e desqualificado de todas as formas, e veja o quanto se indignaria.

É dessa percepção de injustiça, de politização da justiça e de perseguição que nasce a legítima indignação – da sociedade, do próprio Lula e de todos que o cercam.

Indignação pacífica e democrática, pela qual o anseio de normalização das relações políticas e da amplitude do processo eleitoral não é um apelo à guerra, mas um chamado ao mínimo de civilidade e liberdades que a democracia precisa para funcionar e que um país precisa para ser governado.

A força pacífica, democrática e transformadora da indignação e a luta pela democracia fazem parte do lado certo da história

Fonte: TIJOLAÇO

Tá feia a coisa

Caraleo!!! 
A escritura é da OAS, 
O Registro é da OAS, 
A alienação é OAS/CEF, 
A Hipoteca é da OAS, 
A Penhora é da OAS, 
O Foro de #Lula é SP, 
O Fôro da Petrobras é RJ... 
A quem o Moro e o @TRF4_oficial querem enganar?? 
Se juízes não respeitam as Leis, como ousam condenar?

Fonterodrigo vianna retweetou
Ivan Santos‏ @arte_prima 17 de jan