segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Os últimos Jedi

O curioso anticapitalismo de Os últimos Jedi

POR GUSTAVO HENRIQUE FREIRE BARBOSA– 09/01/201



Denúncia do “livre” comércio, da democracia sequestrada, dos impérios. Protagonismo de mulheres e negros. Que explica tantas concessões da Disney? Não diziam que o público havia se tornado decididamente conservador?

Por Gustavo Freire Barbosa

Uma pequena nação acossada por um embargo comercial promovido por uma grande entidade representativa de interesses empresariais que não apenas possui vasta influência na política local, mas tem à sua disposição um formidável exército para impor pela força o que não consegue pelas vias institucionais e diplomáticas.

O que aparenta ser a transcrição de alguma situação específica da geopolítica internacional dos séculos XX ou XXI é na verdade o pano de fundo onde se desenvolve o enredo de A Ameaça Fantasma, episódio da franquia Star Wars lançado em 1999. Nele, a Federação do Comércio, insatisfeita com a cobrança de tributos, promove um embargo comercial contra Naboo, pequeno planeta governado pela Rainha Amidala. O impasse passa a ser discutido no Senado, onde a Federação promove o seu lobby por meio de parlamentares comprados a peso de ouro – ou burocratas leais aos seus interesses pouco republicanos, conforme define um dos personagens.

Ao tomar conhecimento de que os embaixadores enviados para negociar uma saída pacífica fazem parte da Ordem Jedi, o vice-rei Nute Gunray, uma espécie de presidente da Federação, recebe do Lorde Sith Darth Sidious a ordem de enviar tropas militares a Naboo, causando uma crise na República. Em determinado momento, Gunray, em um lampejo de republicanismo, pergunta a Sidious se uma invasão militar seria legal. “Eu faço com que seja”, responde o Sith, que mais à frente afirma ter pleno controle do Senado, onde a própria Federação, embora seja uma organização privada (ou melhor: não seja um país, planeta ou nação), tem sua respectiva representação parlamentar.

Mesmo diante dos apelos de Amidala, em razão do sofrimento pelo qual vem passando o seu povo, a Federação resiste em levantar o embargo (será coincidência a semelhança com a situação de uma certa ilha caribenha?), aproveitando-se da fragilidade do planeta para propor um acordo oficializando a ocupação militar na certeza de que o Senado não se oporia a ratificar um tratado bilateral assinado sob a “livre” e soberana vontade de Naboo (atente-se aqui para o conceito de liberdade apenas em seu sentido formal, um dogma onde se encerram as democracias liberais). Se a invasão fora ilegal, com a assinatura do acordo e sua ratificação esta passaria a adentrar nos meandros da legalidade, conforme articulara Sidious. Amidala, contudo, recusa-se a assiná-lo, ouvindo de Gunray a chantagem de que “o sofrimento do povo fará com que mude ideia”.

É impossível fechar os olhos para a proximidade com questões atuais como a desumana narrativa do mercado financeiro principalmente em relação a países periféricos, onde crises fiscais e endividamentos tornam-se verdadeiros álibis para a extorsão por meio de medidas que comprometem a realização de direitos essenciais de suas populações, enquanto o andar de cima permanece protegido pela bolha plutocrática das democracias modernas. Convém observar que, uma vez que se tratam de álibis, os propósitos não declarados – porém indisfarçáveis – destas medidas costumam dizer respeito à asseguração da rapina exploratória, seja pelo uso de forças militares (vide guerras do Golfo, Vietnã, Iraque e Síria), seja por meio da violência simbólica de artifícios coercitivos e institucionais (vide dívida pública, políticas de austeridade e juros).

A aproximação dos fatos narrados em Star Wars com práticas imperialistas também é notória, a exemplo das mencionadas invasões norte-americanas, alvos declarados das críticas de George Lucas (1 2). No Brasil, medidas como as contrarreformas trabalhista e previdenciária e a emenda constitucional do teto de gastos, todas realizadas conforme a agenda do mercado financeiro, conferem à saga uma verossimilhança que se consolida com o lobby contrário à arrecadação tributária e a direitos trabalhistas protagonizado por entidades como a CNI (Confederação Nacional da Indústria) e a FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), equivalentes à Federação do Comércio, e figuras degeneradas como Paulo Skaf, Robson Braga de Andrade e Flávio Rocha. No plano internacional, temos a troika, formada pela Comissão Europeia, FMI e Banco Central Europeu, entusiastas da adoção de políticas de “austeridade” incompatíveis mesmo com a noção mais vulgar de democracia.

Em Os Últimos Jedi, novo filme da franquia, essa perspectiva crítica também possui espaço cativo no desenrolar do enredo. Pablo Villaça, crítico de cinema e editor do site Cinema em Cena, realça em sua análise a tradição da série em retratar alegorias políticas, a exemplo da representação de uma elite predatória que enriqueceu com a venda de armamentos e que não se constrange em superexplorar mão-de-obra na extração de recursos naturais e maltratar animais para servir ao seu entretenimento. O emprego de trabalho infantil e a apropriação de espaços públicos para realizar seus convescotes também são retratados na sequência.

A biópsia desta natureza predatória é feita com detalhes por Karl Marx, para quem o capital não apenas tem “boas razões” para negar os sofrimentos das gerações de trabalhadores e trabalhadoras que o circundam, como também é, em seu movimento prático, tão pouco condicionado pela perspectiva do apodrecimento futuro da humanidade e seu irrefreável despovoamento final quanto pela possível queda da Terra sobre o Sol1. Ainda, o completo desprezo pela soberania de Naboo e pela situação de seu povo demonstram não apenas a falta de humanidade desta tecnocracia globalitária – para utilizar uma expressão de Milton Santos – na perseguição do lucro e da acumulação, mas também o indiscutível desprezo pela democracia, alimentado pelo modo de produção capitalista principalmente em sua forma financeirizada.

Assim como invasões militares, financiamento de ditaduras, sabotagens econômicas e suspensão de direitos fundamentais são realizados em nome da acumulação, no contexto de subjugação de soberanias nacionais por forças externas, o consequente desprezo à democracia também se faz presente em vários e emblemáticos momentos da saga – a exemplo do golpe que derrubou a República em A Vingança dos Sith e fez surgir o Império Galáctico, fruto da aliança entre a Federação do Comércio e a Confederação dos Sistemas Independentes e seus grupos paramilitares separatistas. Em mais uma “coincidência” com o Brasil contemporâneo, o primeiro ato da queda do regime republicano se deu com o impeachment do Chanceler Valorum ainda em A Ameaça Fantasma, acusado de inabilidade política e administrativa pela mesma pessoa que, ao assumir seu lugar, sepultou a Ordem Jedi e pôs uma pá de cal nas liberdades democráticas.

Em uma das cenas do novo filme, um dos personagens se auto-intitula “escória rebelde” em resposta à ofensa de “escória” que lhe é dirigida por uma alta patente da Primeira Ordem. Star Wars, como toda e qualquer obra cinematográfica, não se encontra desgarrada de seu tempo, ainda que o déficit cognitivo e o conservadorismo de um punhado de fãs os façam inclusive ir na contramão da franquia, a exemplo de quando tentaram boicotar o episódio anterior por trazer uma mulher e um negro como protagonistas. A série também não se propõe a, na esteira de conhecidas fórmulas de entretenimento, promover críticas genéricas a tiranias de qualquer natureza, mas sim a uma tirania específica contra a qual não faltam exemplos reais de alianças rebeldes e representações em carne e osso de personagens tão transgressores quanto Finn, Rey, Leia Organa e Luke Skywalker. Basta olhar ao redor, identificá-las e, afora maniqueísmos ginasiais, escolher o seu lado da história.

Fonte: OUTRAS PALAVRAS
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Cadê a prova ?

Huck, fanfarrão mentiroso e golpista

Faustão poderia fazer novo convite a Huck e abrir o Arquivo Confidencial dele

Por Helena Sthephanowitz
Por Diario do Centro do Mundo
15 de janeiro de 2018
Fake news

Publicado na Rede Brasil Atual

POR HELENA STHEPHANOWITZ

Passados alguns dias da repercussão da entrevista – interpretadas como fala de candidato, em “campanha eleitoral” antecipada – de Luciano Huck, no palco do programa do Faustão no domingo (7), o apresentador negou que irá se candidatar à Presidência da República em 2018. Não foi uma negativa categórica por meio de nota oficial à imprensa – apenas um comentário pelas redes sociais, mas sem efetivamente descartar sua candidatura. Disse ainda que continuará atuando em movimentos cívicos para “oxigenar a política brasileira com novas cabeças, novas ideias e, principalmente, novas práticas”.

Já a TV Globo levou três dias para informar em nota oficial, que cumpre a legislação eleitoral e que não apoia qualquer candidato nas eleições de 2018. A afirmação só veio após parlamentares do PT entrarem com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a emissora por abuso dos meios de comunicação e de poder econômico.

Quando questionada pela imprensa a emissora justificou que a participação de Luciano Huck e Angélica no Domingão do Faustão havia sido gravada antes de o apresentador afirmar que não concorreria à Presidência. Mas isso sem explicar por qual razão a entrevista só foi ao ar agora, “fora do tempo”, e nem por que o telespectador não foi avisado de que se tratava de uma gravação.

A argumentação não convenceu. Negações como essa são como a fumaça que confirma o fogo.

Se ainda restava alguma dúvida de que a aparição de Huck no programa tinha discurso de candidato, uma notinha de sexta-feira (12), da jornalista Daniela Lima, da coluna Painel, da Folha de S.Paulo, deixou evidente a candidatura.

De acordo com a jornalista, “informação de que a entrevista de Luciano Huck ao “Domingão do Faustão” foi gravada em 11 de novembro esbarra em um dado. Durante a conversa, Fausto Silva diz que Huck ‘deixou bem claro em comunicado enviado a todos os jornais que não seria candidato’ a presidente.”

O artigo em que o apresentador afirmou que não concorreria em 2018 foi publicado nos jornais no dia 27 de novembro. Portanto, o marketing político da Globo, no primeiro domingo do ano, foi quase dois meses depois de o apresentador anunciar que não seria candidato.

Além disso, a entrevista também ocorreu depois da divulgação de uma pesquisa Ipsos, no dia 23 de novembro, na qual Huck aparecia com e melhor avaliação de imagem junto ao eleitor.

Luciano Huck nunca abandonou o sonho de ser presidente da República.

No programa, o apresentador posou de bom moço, bom marido, o “novo”, o “não político”. Em relação à ideologia, Huck afirmou não ser de direita – e nem de esquerda.

Não é de hoje que o todo queridinho da Globo mostra pretensões políticas. Em 2007, durante o governo do presidente Lula, o apresentador que hoje se diz representar “o novo”, o “não político”, nem esquerda e nem direita, se engajou ferozmente na campanha para retirar R$ 40 bilhões (valores da época) por ano do orçamento do SUS, detonando a CPMF.

Fazendo a vez do pato amarelo, Huck se apresentou como mestre de cerimônia “voluntário” para um show gratuito promovido pela FIESP – de Paulo Skaf – em São Paulo, contra a CPMF. Recheado de atrações famosas, a imprensa anunciava que os organizadores esperavam atrair um público de dois milhões de pessoas, mas só sete mil apareceram. Ao ser avisado sobre o público pífio, Luciano Huck cancelou sua participação na última hora, pouco antes de subir ao palco, alegando “problemas de agenda”.

Mesmo assim, a bancada demotucana (DEM e PSDB) no Senado, com ajuda do Psol, conseguiu detonar a CPMF e o empresário Luciano Huck ficou um pouco mais rico, ao manter em sua conta o dinheiro que pagava de CPMF e era usado para financiar a saúde pública.

Voltando ao Programa do Faustão, ao discorrer sobre o atual cenário político, Huck falou sobre ética com declarações como “pequenas corrupções levam às grandes corrupções”.

Aparentemente, o apresentador não deve ter lembrado – ou terá tentado se aproveitar da tradicional “memória curta” do brasileiro – que em 2003, teve sua pousada em Fernando de Noronha (PE) interditada pelo Ibama, por ter sido construída em área de preservação ambiental.

Pela lei da época, só moradores que possuíam autorização de ocupação de solo poderiam construir em Fernando de Noronha, declarada pela ONU Patrimônio Natural da Humanidade.

Mas isso não foi problema: Huck, deu um “jeitinho” e a Pousada Maravilha foi construída pelo apresentador juntamente com os empresários João Paulo Diniz, Pedro Paulo Diniz e Ed Sá, no terreno onde morou o ex-chefe do Parque Nacional Marinho, José Gaudêncio Filho, o dono formal do empreendimento. Em 2011, Huck e os sócios, venderam a pousada ao cientista político filiado ao PSDB, Antonio Lavareda.

Luciano Huck também falou no programa sobre combate à corrupção. Ao mesmo tempo cobrou mais ética. “Os brasileiros estão envergonhados da classe política”, disse. Isso tendo o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (MDB), criado o Decreto 41.921, que ficou conhecido como “Lei Luciano Huck”, para alterar a legislação sobre Áreas de Proteção Ambiental, e manter “protegida” uma mansão do apresentador numa reserva ambiental de Angra dos Reis-RJ, construída sobre rochas e um espelho d’água.

Faustão bem que poderia fazer novo convite a Luciano Huck e abrir o Arquivo Confidencial dele.

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Jornais de mentira

Delegado da PF diz que só é verdadeira notícia que sai no jornal, por Luis Nassif
Jornais são justamente os veículos onde não existem verdades

Feminismo em discussão

Não me revejo no feminismo dominante de Hollywood e de Oprah Winfrey.

Por Raquel Varela, historiadora portuguesa
15 de janeiro de 2018


Publicado no Facebook de Raquel Varela, pesquisadora do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa

Não me revejo no feminismo dominante, cujo epicentro é agora Hollywood. Não me representam. Oprah Winfrey – conservadora, bilionária, líder de programas “lixo”, juíza em directo, sem garantias de protecção de direitos dos acusados – não é a minha heroína.


Ser negra e mulher em nada atenua o facto de que é um ser humano, disposta a fazer justiça sem provas, em nome de todos, uma espécie de Maria Antonieta dos tempos modernos, a líder moral que decide sozinha quem é culpado e quem é inocente, de preferência em directo na TV.

Mais do que coragem ela reflecte a profunda decadência das sociedades ocidentais em que os media substituem os tribunais. Não muito longe de Trump nos métodos, essa é a dura verdade da crise de civilização norte-americana. Não a autorizo a usar-me, como mulher, para o seu exército.

Quero deixar a minha opinião inequívoca sobre isto por mais que incomode tanto o fanatismo actual que confunde luta de ideias com imposição de ideias.

Uma operária violada, como conheci centenas de casos relatados no estudos que fiz sobre o final do salazarismo, porque dependia do trabalho para alimentar os filhos, não pode – não pode jamais – ser equipada a uma estrela que está 20 anos calada para ganhar milhões e nesses 20 anos é fotografada sorridente ao lado daquele que hoje diz que a agrediu sexualmente durante esses 20 anos.

Estas mulheres são em primeiro lugar vítimas da sua ambição e é acintoso, imoral comparar operárias ou trabalhadoras que sofreram na pele o terror sexual em nome da sobrevivência, a estrelas à procura de um lugar de topo na carreira mais competitiva do mundo.

Eu não sorrio ao lado de homens que me ameaçaram, sexual ou moralmente, sejam eles directores, reis, presidentes ou operários. E não é porque eu sou uma mulher forte que teve a sorte de nascer num lugar confortável, é porque eu tenho balizas morais e princípios claros na vida. Conheci muitas mulheres, por razões de trabalho sobre a revolução dos cravos, como eu, aprendi muito com elas.

Com a diferença que que eram pobres, miseráveis algumas, e mesmo assim colocaram uma linha a partir da qual não passavam. E conheci o contrário, muitas que nasceram em berço de ouro dispostas a tudo. Lamento, mas como mulher, não acho que todas as mulheres estão no papel de vítimas.

Há muitas mulheres no mundo que fazem parte do jogo de dominação e desigualdade da sociedade actual e que estão a cavalgar uma situação real – a desigualdade de género – para disputar espaço nas carreiras pondo assim em causa uma das mais nobres causas que temos, a luta pela igualdade social.

A disputa por chegar a lugares de topo das estrelas, gestoras e outros quadros que está a levar a uma substituição da (falhada) “justiça burguesa” pela ainda mais falhada justiça medieval não tem o meu apoio. Sou mulher, defendo uma sociedade igual, mas não acredito na difamação – sem provas, advogados, julgamentos e presunção da inocência – como arma contra o machismo.

A maioria dos quadros hoje nas universidades são mulheres, são impedidas de ter uma participação igual aos homens nas decisões porque os homens usam esses lugares de poder para, através do assédio, impedir que os seus lugares fiquem em risco por mulheres jovens e dinâmicas, multifacetadas, e muitas vezes – por experiência própria vejo-o – , mais brilhantes e dedicadas que os homens. Tudo isso é verdade e a sociedade paga um preço alto por isso.

Mas nada disso autoriza a uma nova onda inquisitorial em que os justos pagam por pecadores. Lamento, como mulher, que aquilo que era uma esperança, um movimento de mulheres sério e empenhado em luta pela liberdade e justiça seja dirigido hoje não pelas mulheres clarividentes que conheço neste campo, mas por arrivistas sociais movidas pelo ódio contra os homens. Não me representam.

Para derrotar o machismo é preciso, como se diz em Portugal, ter classe, frase que tem um duplo sentido que gosto muito – remete para a classe como origem social e para a classe como atitude moral. E eu na verdade não gosto nada de gente sem classe.

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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BRILHANTE.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Muita luta

MBL passará vergonha no dia do julgamento de Lula

Escrito por Pedro Breier,
Postado em Luta pela democracia, Pedro Breier

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(Ato do MBL em Brasília no dia 26/03/17: mais um vexame à vista)


Por Pedro Breier

A coluna da Mônica Bergamo de hoje traz informações sobre as movimentações do MBL para o julgamento de Lula:

TOM FESTIVO

O “CarnaLula”, ato organizado pelo MBL (Movimento Brasil Livre) em Porto Alegre (RS) no dia 24, será “a comemoração de uma decisão que já foi tomada”, diz Pedro Franco, liderança gaúcha do grupo. Para ele, há provas suficientes para confirmar a condenação do ex-presidente.

FESTIVO 2

Os organizadores esperam receber políticos da região Sul que apoiam o MBL.

O prefeito Nelson Marchezan Jr. (PSDB), que chegou a pedir o Exército e a Força Nacional na cidade, foi convidado, segundo Franco.

O pessoal do MBL, a TFP juvenil, é tão… juvenil que não percebe o absurdo de dizer que será “a comemoração de uma decisão que já foi tomada”.

Esse é o grande problema do julgamento. A decisão está tomada desde antes do processo sequer ter começado. É isso que caracteriza a violência judicial absurda, o ataque grotesco à democracia.

O MBL parou no tempo. Acredita que estamos em 2015, quando sua pose de baluarte do combate à corrupção ainda colava; quando a mídia hegemônica inflava espetacularmente os carnavais coxinhas; quando o golpe ainda não tinha acontecido e, portanto, não havia mostrado a que veio.

Esse tempo passou, meus amigos.

Depois do golpe, o apoio (muito mal) velado do MBL ao governo Temer desmoralizou o grupo.

A disparada de Lula nas pesquisas e a queda contínua da popularidade de Sergio Moro demonstra cabalmente que a população está entendendo o que aconteceu.

O “CarnaLula” (tem como ser mais ridículo que isso?) será um fiasco.

Os atos do dia 26 de março de 2017, puxados com força por Kim Kataguiri e cia., já foram absolutamente minguados. Imaginem quase um ano depois de ataques e mais ataques aos trabalhadores protagonizados pelo governo Temer e defendidos pelo MBL.

Os atos de luta – vejam bem, de luta – contra a nova fase do golpe é que bombarão no fim de janeiro.

Resta ao MBL torcer para que o “seu” prefeito, que passou vergonha pedindo exército em Porto Alegre, compareça no carnaval mais mixuruca da história. Até isso é improvável.

O mundo gira.

Que bom.


Fonte: O CAFEZINHO
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A decisão para condenar Lula já foi tomada, é um jogo de cartas marcadas, ou um julgamento singular, como diria um ministro da Suprema Corte. Decisão tomada não pela existência de provas que caracterizam crimes de Lula, o que a cada dia mais e mais pessoas vão tomando consciência. Assim sendo, os minutos, horas e dias depois do "julgamento" não sinalizam comemorações ou carnaval, mas, luta, muita luta.

O crepúsculo do comedor

Para dar espaço a um nome de “centro”, Bolsonaro é demolido pela mesma mídia que o criou.
Por Kiko Nogueira
- 12 de janeiro de 2018

Tietando o “Japonês da Federal”, acusado de participar de um esquema de contrabando

Jair Bolsonaro está sendo destruído pela mesma mídia sem a qual ele não existiria. Nem Sheherazade o quer mais.

Há dias a Folha de S.Paulo, depois que a Globo iniciou o serviço, se dedica a esmiuçar os hábitos corruptos do candidato da extrema direita.

A devassa demorou a ser feita, dado que Bolso está na Câmara dos Deputados há 27 anos, mas antes tarde do que mais tarde.


Além dos filhos na carreira do pai — um deles, Flávio, fenômeno do mercado imobiliário no RJ —, ele empregou ex e atual mulher, tem funcionária fantasma, usa auxílio moradia (“pra comer gente”, admite) etc.

Não vai perder um único voto, já que seus seguidores analfabetos funcionais o amam por motivos outros. Basicamente, seu jeitinho fascista de ser. Mas não vai ganhar novos.

Finalmente descobrimos que JB é um político como qualquer outro.

Quer dizer, na verdade, alguns são mais iguais que outros.

Esse esforço de reportagem, que só se vê quando o assunto é Lula, jamais foi ou será feito para investigar Alckmin, Serra, Doria ou algum outro tucano amigo.

Bolsonaro é fruto da polarização e do discurso de ódio cultivado pela imprensa nos últimos anos.

A demonização da esquerda, a papagaiada “anticomunista” nos protestos pelo impeachment, a radicalização débil mental da classe média, o antipetismo mais rasteiro, a obsessão com a Venezuela e o bolivarianismo — tudo isso foi estimulado em TVs, jornais e revistas.

Bolso incorporou esse sentimento e surfou nele sem ser incomodado.

Agora precisa ser tirado do caminho para abrir espaço para um nome de “centro”. No momento é o Geraldo. Amanhã pode ser o Huck. E por aí vai.

Bolsonaro é o otário que achou que podia comer na mesa deles. Puxou o saco de poderosos, tentou se travestir de liberal, foi atrás de Sergio Moro como uma biebermaníaca.

Está descobrindo que nunca passou de um cachorro louco e seu lugar é no canil da Casa Grande.

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Essa coisa que apoia a tortura e a pena de morte, caro leitor, também é o candidato da maioria dos evangélicos. Esse machista com discurso de frequentador de botequim pé sujo vai sair de cena, e em seu lugar teremos, provavelmente, Alckmim, o Geraldo Opus Dei, ainda mais reacionário e retrógrado que Bolsonaro, porém, sem sair por aí dizendo que come todo mundo. Geraldo se apresenta como um santo, educado, tal qual um clérigo , de fala mansa e pausada. Se Geraldo empacar, teremos provavelmente uma figura midiática, de nariz grande.