quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

O fazendeiro de bundas e o fascismo

Luciano Huck: da vulgaridade regada a funk e pagode à "grande esperança branca"
quarta-feira, janeiro 10, 2018 Wilson Roberto Vieira Ferreira



O ex-cineasta e jornalista Arnaldo Jabor chamava-o de “fazendeiro de bundas” no final dos anos 1990. Naquele momento, a elite bem-pensante de um país cujo presidente era um sociólogo e doutor pela Sorbonne via-o como um personagem do nível de apresentadores como Gugu ou Ratinho. Produto da “revolução da vulgaridade regada a funk e pagode”. Mas os tempos mudaram. Agora Luciano Huck é a “grande esperança branca” depois de muitas idas e vindas – subliminarmente lançou sua candidatura no “Domingão do Faustão” ao negar ser “o salvador da pátria” e acrescentar: “não sei o que vai ser a minha vida”, ao lado da candidata a primeira-dama Angélica. Como sempre, o “wishful thinking” das esquerdas considera tudo uma “manobra desesperada dos golpistas”. Mas o golpe não chegou até aqui, com um tic-tac milimetricamente calculado e eficiente com o apoio logístico da Guerra Híbrida e do Lawfare do Departamento de Estado dos EUA, para ver todas as “reformas” perdidas numa eleição democrática. A ocupação midiática do Estado já superou a antiga visão da “Sociedade do Espetáculo” de Guy Debord. Agora a grande mídia quer dispensar intermediários para alinhar de uma vez o Estado ao tempo real midiático-financeiro.

Lá pelo já distante ano de 2015, este Cinegnose foi profético: especulavam-se as candidaturas de José Luiz Datena, João Dória Jr. e Celso Russomano para a prefeitura de São Paulo. Na época, este humilde blogueiro acreditava que São Paulo era muito mais do que um enclave conservador: era também um laboratório de vanguarda para experimentos financeiros-jurídicos-midiáticos.

A pouco mais de um ano das eleições municipais, dois personagens midiáticos sem vida orgânica partidária e sem experiência política entravam em cena como candidatos: Doria Jr. e Datena, somando-se a Russomanno, outro candidato midiático que participara do último pleito.

“É a mídia, estúpido!”, vaticinava a postagem. Depois de anos de um trabalho diário de desmoralização da política em bloco, a grande mídia chegava a última etapa do seu projeto histórico: chega de intermediários! Para quê levar a Política à reboque pautando e roteirizando seus acontecimentos se as próprias estrelas televisivas podem assumir as rédeas.

E a postagem de 2015 alertava: “se essa experiência der certo no verdadeiro laboratório de vanguarda em que se tornou São Paulo, quem sabe teremos no futuro Luciano Huck para presidente”.



Huck: de “fazendeiro de bundas” à “última esperança”

Nos anos 1990 triunfantes do neoliberalismo de Bill Clinton nos EUA, FHC aqui no Brasil e Bill Gates dizendo que a Globalização era a “estrada para o futuro”, figuras midiáticas como Luciano Huck eram desprezadas pela elite bem-pensante, satisfeitas com a “internacionalização” do País com privatizações a toque de caixa.

Huck era colocado ao lado de outras figuras como Ratinho e Gugu. E seu programa, o “H” da Band, enquadrado ao lado de coisas como “Aqui e Agora” e “Domingo Legal” do SBT ou quadros como o “Sushi Erótico” do “Domingão do Faustão” na Globo.

Por exemplo, em sua coluna no jornal Folha de São Paulo, o ex-cineasta e jornalista Arnaldo Jabor qualificava Luciano Huck como “fazendeiro de bundas”, típico produto da “revolução da vulgaridade regada a funk e pagode”. Huck era especializado em revelar beldades como a “Feiticeira” e a “Tiazinha”, em quadros onde jovens eram depilados de forma dolorosa ao vivo – clique aqui.

Sintomático pela sua trajetória: estagiário em agências de publicidade, revista Playboy, colunas sociais e sócio em casas noturnas.

Nesses tempos triunfantes, a elite satisfeita apenas torcia o nariz para Huck e suas beldades de chicotinho e rosto com véu, em um país governado por um sociólogo graduado pela USP com doutorado na Sorbonne.

Mas os tempos mudaram. Depois do crash da Nasdaq no ano 2000, ocrash dos mercados globais de 2007-2008, o subsequente derretimento da Zona do Euro, a desobediência dos BRICS e os doze anos de governos trabalhistas no Brasil que interromperam temporariamente a receita da agenda neoliberal brasileira, a elite bem-pensante teve que se unir à midiática para tentar recolocar a locomotiva da Globalização nos trilhos.



Nos EUA, o personagem midiático Donald Trump chegou ao poder para dar um alento à “América Profunda” que foi deixada para trás pela Globalização. É criticado por ser um ator falastrão e canastrão. Foi até publicada uma biografia que retrata Trump com sérios problemas psiquiátricos. Mas, paciência: é o homem certo para o momento atual do capitalismo.

E no Brasil, depois de anos de guerra híbrida e jornalismo de esgoto (cujo ápice foram os anos de 2013 a 2016) para interromper o hiato dos governos trabalhistas, o resultado foi imprevisível: polarização entre Lula à esquerda e o militar da reserva Jair Bolsonaro com discurso de extrema-direita.

Bolsonaro fez parte do mal necessário para criar a atmosfera midiática de crise política para acender o rastilho do impeachment. Mas agora, parece impossível colocá-lo no script da “ grande esperança branca”* – Bolsonaro lembra o comportamento intempestivo de Jânio Quadros (e se colocar um general como Ministro da Fazenda?), também a “esperança” em 1960. E deu no que deu: crise política, renúncia e o adiamento em dois anos do golpe, postergado para 1964.

O roteiro do “novo” na Política

Mas o roteiro já está traçado e o exemplo, como sempre, vem do estrangeiro: além de Trump, Macri na Argentina e Lorenzo Mendonça na Venezuela (o “anti-Maduro”) fazem parte do elenco dos empresários-celebridades e estrelas midiáticas que segue o mesmo discurso – representam “o novo” na Política, sem os “vícios” dos “políticos tradicionais”, e sempre defensores das “reformas necessárias”.

E entre idas e vindas, ironicamente o “fazendeiro de bundas” (para quem a elite torcia o nariz) ressurge como a “grande esperança branca”*. No “Domingão do Faustão” do último domingo, Luciano Huck, ao lado da sua candidata a primeira-dama Angélica, fez uma exaltação subliminar da sua candidatura – afirmar através da negação: “nunca vou ser o salvador da pátria, e o que vai acontecer na minha vida eu também não sei”, afirmou o apresentador que participa de movimentos como o “Agora!” e o “Renova BR” voltados para a formação de novas lideranças políticas.



Isso em uma concessão pública numa flagrante desobediência à legislação eleitoral. No passado a Globo recorreu ao mesmo modus operandi com o então desconhecido governador das Alagoas, Fernando Collor de Mello, com participações no programa “Cassino do Chacrinha” para lançá-lo candidato nas eleições de 1989.

Essa participação de Huck no programa de Fausto Silva foi ao ar alguns dias depois de o próprio apresentador solicitar a Carlos Augusto Montenegro, presidente do Ibope, que não excluísse seu nome das pesquisas eleitorais.

Dentro dessa batalha midiática, não seria a primeira vez que a Globo sacrifica ou rifa de vez seus próprios produtos: Miriam Leitão e Carlos Sardenberg transformaram-se em protagonistas da fake news do “escândalo da Wikipedia” em 2014 (no qual o próprio repórter era a única fonte para turbinar a matéria); William Waack foi jogado ao mar no ano passado depois da gafe racista, para provar que a emissora é imparcial; e agora a Globo promove o seu apresentador a candidato subliminar à presidência - de “fazendeiro de bundas” a emissora o promoveu a reformador de latas velhas e motivador do empreendedorismo para telespectadores desesperados.

Manobra desesperada?

As esquerdas, como sempre com o seu compulsivo wishful-thinking, acreditam que tudo isso não passa de uma manobra desesperada de uma elite financeira-judiciária-midiática que não consegue lançar um candidato de Centro para fazer frente a Lula-Bolsonaro: depois de Dória Jr. queimar a largada com a ansiedade de se transformar no herói anti-Lula e as alternativas Alckmin, Meirelles etc. simplesmente não decolarem, lançam um apresentador de TV com a imagem marcada pelas ligações comerciais perigosas com o radioativo Aécio Neves.



Mas o golpe não chegou até aqui, com um tic-tac milimetricamente calculado e eficiente com o apoio logístico da Guerra Híbrida e do Lawfare do Departamento de Estado dos EUA, para perder todas as “reformas” numa eleição democrática. O Brasil definitivamente não é para amadores.

Como discutíamos em postagem anterior sobre o documentário “Paul Virilio: Pensar a Velocidade” (clique aqui), a velocidade do tempo midiático é a mesma do sistema financeiro global: a aceleração algorítmica dos mercados financeiros tornaram o Estado e a Política em meras figuras decorativas, sem tempo de reação para reverter o jogo global.

A ocupação midiática do Estado já superou a antiga visão da “Sociedade do Espetáculo” de Guy Debord. Agora a grande mídia quer dispensar intermediários para alinhar de uma vez o Estado ao tempo real midiático-financeiro. Eles sabem que nenhuma das reformas (políticas, trabalhistas etc.) resiste a uma eleição democrática. Por isso, a “nova política” dos empresários-celebridades e estrelas midiáticas sem vivencia político-partidária é uma tendência planetária, sob o arrastão das diversas “primaveras” que pipocam pelo mundo.


"Advogado do Diabo": fazer o cheiro da merda chegar até Deus...

O quê resta, então? Aquilo que até agora as esquerdas não querem ver, crentes que estão: (1) que vai haver eleição esse ano; (2) e se houver eleições, as esquerdas reverterão democraticamente todas as reformas e suspensão de direitos que o golpe desencadeou.

Mas o quê resta? Mobilização permanente para gerar a situação de “empate” – através de todos os meios de desobediência civil e ocupação das ruas, “empatar” o jogo, isto é, dificultar a continuidade, sustar, embaraçar. Tomar, ocupar espaços não midiáticos e trolar a grande mídia sistematicamente quando ela chegar nesses espaços – sobre isso clique aqui.

O quê resta está fora do suposto jogo parlamentar ou democrático. Resta atuar nos mesmos campo da guerra híbrida. A “cura” pelos semelhantes – não mais política alopática. Agora deve ser homeopática.

Parafraseando o último monólogo de John Milton, personagem de Al Pacino no filme Advogado do Diabo (1997), criar gradualmente tamanha confusão e intrusão que faça o cheiro da merda chegar até Deus.

* "grande esperança branca" - expressão que faz alusão ao filme "The Great White Hope" (1970) - baseado em fatos reais sobre o primeiro pugilista negro a conquistar o título dos pesos-pesados que sofre constantes humilhações, sujeitando-se a perder para um lutador branco que venceria facilmente
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Fonte: CINEMA SECRETO - CINEGNOSE
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Com essa nova onda, a política deixa de ser o campo para políticos que passa a ser ocupado por celebridades midiáticas. A Democracia passa a ser aquilo que o Dinheiro deseja que seja, fazendo das eleições nada mais do que um teatro onde as pessoas são atores representando um papel em uma festa cívica. Na nova "ordem" o Judiciário passa a ser o organismo certificador das ações empreendidas pelos setores do Dinheiro. O Legislativo passa a ser o organismo de credenciamento de corporações, que serão habilitadas através de uma nova legislação. Já o Executivo, faz o papel de porta-voz dos verdadeiros donos do Poder. O complexo midiático garante a alienação e a distração da população, para evitar protestos desagradáveis. Como em "Deus Confiamos" valores conservadores serão propagados diariamente.

O nome desse conjunto é Fascismo, e deve ser combatido de todas as formas e meios.

Um país de patos

O país de patos manipulados se prepara para assistir o big brother de Globo.
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Hoje, aulinha de Português: pleonasmo, que ocorre por hábito, falta de atenção ou desconhecimento da língua materna. Eis alguns: Abertura inaugural; Consenso geral; Escolha opcional; Fato verídico; Habitat natural; Monopólio exclusivo; Pequenos detalhes; Tucanos ladrões.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

O Amor

Sobre o amor

Escrito por Pedro Breier, Postado em Pedro Breier



Por Pedro Breier

O que Jesus, Buda, a física quântica e a teoria da evolução proposta por Darwin têm em comum?

Todos chegaram, por mais estranho que possa parecer, à mesma conclusão: o amor é a resposta.

Comecemos do princípio.

A teoria mais aceita para o início do universo em que habitamos é a do Big Bang, segundo a qual toda a matéria e energia que existe estava, no começo dos tempos, super-hiper-mega-ultra concentrada em um minúsculo ponto.

Após uma espécie de explosão, o universo começou a expandir-se, o que continua fazendo até hoje, cerca de 13,8 bilhões de anos depois do fatídico momento.

Pois bem.

Podemos dizer que o grande ensinamento de Jesus Cristo é o bastante conhecido (mas nem tanto colocado em prática) “Amai ao próximo como a si mesmo”. Para além de fazer todo o sentido se o objetivo é vivermos em paz e harmonia uns com os outros, a dica de Jesus se coaduna, de forma incrível, com as descobertas da ciência ocidental.

Se o universo inteiro esteve todo grudadinho em algum momento, isso significa que ele, o universo, é, na verdade, uma coisa só. Não por acaso, os mestres espirituais ensinam que a percepção de que os outros seres e objetos estão separados de nós e também uns dos outros é uma mera ilusão oriunda da nossa mente.

Se todo o universo é uma coisa só, amar ao próximo como a si mesmo não é apenas um ato altruísta, mas também um gesto inteligente de amor próprio: o próximo somos nós mesmos.

Sidarta Gautama, o Buda mais famoso, disse em um de seus sutras (ensinamento resumido em poucas palavras): “Neste mundo o ódio jamais dissipou o ódio. Somente o amor dissipa o ódio. Essa é a lei, ancestral e inexaurível.”

Pois Charles Darwin e sua teoria da evolução dialogam com o ensinamento amoroso do Buda, vejam vocês.

Na dura competição das espécies pela sobrevivência, aparentemente a cooperação é uma vantagem evolutiva em relação ao egoísmo. E cooperação está tão próxima do amor quanto o egoísmo está próximo do ódio.

Cardumes. Manadas. Colmeias. Formigueiros. A civilização humana. Muitas espécies garantem sua sobrevivência cooperando entre si para formar sociedades extremamente complexas.

Dois pesquisadores da Universidade de Michigan, nos EUA, criaram, inclusive, um modelo matemático para mostrar como a cooperação surge e acaba prevalecendo sobre o egoísmo durante a evolução (aqui). A cooperação dissipa o egoísmo. O amor dissipa o ódio.

Se a cooperação – e, portanto, o amor – é uma vantagem evolutiva, há algo muito errado em vivermos sob as regras de um sistema chamado capitalismo. Aliás, faz algum sentido o capital, que deveria ser apenas um facilitador de trocas entre os seres humanos, ser o centro do sistema a ponto de nomeá-lo?

Apesar de termos, como espécie, dominado o mundo, o nosso nível de cooperação é ínfimo perto do potencial para cooperar que temos. Os valores martelados na cabeça das pessoas pelo sistema de mídia global são os inerentes ao sistema capitalista: individualismo e competição. O sucesso é para os fortes. O resto que se dane.

O resultado é trágico: milhões de miseráveis, um punhado de nababos e a destruição do planeta a passos largos.

Imaginem a bela sociedade que teríamos caso os valores da cooperação, da fraternidade e do amor fossem ensinados às crianças ao invés daqueles decorrentes do egoísmo.

Olhemos o longo prazo, contudo, e tenhamos esperança.

O círculo dos seres abrangidos pela consideração humana vem aumentando ao longo da história. Começou com os familiares mais próximos, na pré-história, expandiu-se para pequenas comunidades, depois para tribos, para cidades, estados, países.

Em 1948 a Declaração Universal dos Direitos Humanos expandiu – apenas na teoria até o momento – os direitos humanos para todos os seres humanos. E não parou por aí. Cada vez mais alastra-se a percepção de que também os animais e a natureza têm o direito de existir em paz.

Parece inexorável, portanto, que acordemos, em algum momento, para a verdade fundamental do amor.

Para que isso se concretize, será necessária muita luta, por paradoxal que possa parecer.

Que em 2018 e em todos os anos daqui para a frente possamos ter força e garra para enfrentar as duras batalhas que virão.

Mas sem jamais perder de vista o que une a espiritualidade e a ciência. O que nos move. O amor.

Fonte: O CAFEZINHO
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O circo foi armado no Faustão

Abrigo

Por Ed Pilkington - Cerca de 70 sem-teto dormiam nos bancos de trás de uma igreja em San Francisco, como fazem todas as manhãs, com os fiéis rezando em harmonia na parte da frente. A igreja os acolhe dentro do conceito católico de caridade, uma rara gota de altruísmo na costa oeste, dentro de um mar de hostilidade. Mais de 500 leis anti população de rua foram aprovadas nas cidades californianas nos últimos anos. No nível federal, Ben Carson, secretário de habitação do governo de Trump, está dizimando os gastos do governo com moradia social. Fora das igrejas católicas nenhum outro lugar de culto na cidade acolhe os sem-teto. Mesmo na temporada das festas de fim de ano, muitos começaram a trancar as portas apenas para excluí-los. Como descreve Tiny Gray-García, também moradora de rua, há uma atitude corriqueira que pessoas como ela enfrentam todos os dias: "a violência de virar a cara".



Fonte: CARTA MAIOR
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Ponto para os franceses

Catherine Deneuve e outras 99 mulheres culpam #MeToo por clima "totalitário"

 10/01/2018 09:25

Além da atriz francesa, outras 99 mulheres assinaram uma carta se manifestando contra o movimento, criado após séries de assédio

A atriz francesa Catherine Deneuve é uma das 100 mulheres que assinaram uma carta se manifestando contra o #MeToo . Para elas, o movimento é culpado por criar um clima "totalitário", que pune injustamente homens por flertarem "insistentemente ou desajeitadamente", além de minar a liberdade sexual.

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Catherine Deneuve e outras 99 mulheres culpam #MeToo por criar um clima "totalitário"

Publicada no jornal francês "Le Monde" , a carta de Catherine Deneuve e outras mulheres gerou manifestações de algumas das vítimas que vieram a público denunciar o comportamento inapropriado de produtores, atores e diretores. "Deneuve e outras mulheres mostram ao mundo como sua misoginia interiorizada as lobotomizou para um ponto que não tem volta", escreveu Asia Argento , uma das mulheres que denunciaram o produtor Harvey Weinstein .

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Carta

O manifesto afirma que homens devem ser "livres para abordar mulheres", é assinado por escritas, atrizes e acadêmicas francesas e ainda diz que a "caça às bruxas" ameaça a liberdade sexual. Em um dos trechos, a carta diz que estupro é crime, mas que seduzir alguém, ainda que de forma insistente, não é.

Casos de assédio

As acusações contra artistas de Hollywood ganharam forças depois do escândalo envolvendo o produtor e magnata dos estúdios, Harvey Weinstein. Cerca de 80 mulheres que trabalham ou trabalharam na indústria confessaram ter sofrido algum tipo de assédio de Weisntein.

Já Kevin Spacey foi acusado por também ator, Anthony Rapp , de tê-lo assediado quando tinha apenas 14 anos, enquanto atuavam na Broadway . Depois do episódio, Spacey desculpou-se e aproveitou a ocasião para assumir sua homossexualidade nas redes sociais - o que foi visto por muitos como uma tentativa do protagonista de "House of Cards" , da Netflix , de tirar o foco das denúncia que havia sofrido.

Como se não bastasse, além dos nomes citados, também foram acusados de assédio os atores Jeremy Piven e Ben Affleck , além do diretor e produtor Brett Ratner .

Fonte: IG
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Deneuve e 90 mulheres criticam campanha contra assédio

Artistas francesas alegam que homens "têm direito" a paquerarem


Um grupo de quase 100 mulheres, dentre elas a atriz Catherine Deneuve, de 74 anos, assinou uma carta que critica as campanhas mundiais contra o assédio sexual. O texto publicado no jornal francês "Le Monde" na terça-feira (9) diz que "os homens têm sido punidos sumariamente, quando tudo o que fizeram foi tocar o joelho de alguém ou roubar um beijo".

Além disso, aponta que, mesmo que o estupro seja crime, "tentar seduzir alguém, não é." Para ela os homens devem ser"livres para a bordar as mulheres"


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Atriz criticou campanha contra assédio

As autoras, dentre elas a escritora Catherine Millet e a atriz Ingrid Caven, ainda acreditam que há um novo "puritanismo" no mundo, pois, mesmo que exista abuso de poder masculino no trabalho, as denúncias "perderam o controle" e reforçam a condição das mulheres de "vítimas". De acordo com a carta, elas não se sentem representadas pelo feminismo atual, pois o movimento "adquiriu uma face de ódio aos homens e à sua sexualidade".

O manifesto foi publicado dois dias após a premiação do Globo de Ouro, em que vários artistas se vestiram de preto como forma de protesto contra o abuso. Na festa do cinema, a apresentadora de televisão Oprah Winfrey fez um discurso inflamado criticando o racismo e o assédio.

As ondas de denúncia de abuso sexual tiveram início no ano passado, quando o produtor cinematográfico Harvey Weinstein foi acusado por dezenas de mulheres de assédio. Após a divulgação dos casos, o movimento #MeToo, que incentiva vítimas a relatarem abusos, ganhou força pelas redes sociais

fonte: JornaldoBrasil
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Fonte: Jornal do Brasil
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Ainda bem que mulheres lúcidas e inteligentes resolvem vir a público para se manifestar contra toda essa onda careta, totalitária e conservadora que assola o mundo. O flerte, na visão dos conservadores e caretas, passa a ser algo indesejável.  Ponto para os franceses.

Tudo a ver

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Tudo a ver

Análise do INEA constatou que o Rio dos Macacos nasce limpo e cristalino no alto da Floresta da Tijuca. Depois de passar pelo Jardim Botânico a podridão do rio torna-se insuportável. São 60 mil coliformes fecais por decilitro lançados nas águas ao longo do percurso do rio, que deságua na Lagoa Rodrigo de Freitas.