quarta-feira, 7 de junho de 2017

O capataz e o mordomo


ACM, 1999: "coisas morais nunca foram o forte do sr. Temer"

"Se abrirem inquérito sobre o porto de Santos, Temer ficará péssimo"

publicado 07/06/2017

Em 10/12/1998, Michel Temer e ACM participam de homenagem aos 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos (Créditos: Alan Marques/Folhapress)
Fonte - CONVERSA AFIADA
_____________________________________________________________________
Resultado de imagem para imagem de bico de pena para escrever


É provável, talvez correto, que ACM estivesse certo quando da declaração sobre as coisas morais do Sr. Temer. No entanto, quem foi ACM para falar de moral. Conhecido capataz das Organizações Globo, que por influência da famiglia Marinho ocupou o Ministério das Telecomunicações.

Talvez, o que de mais relevante tenha dito sobre o Sr, Temer, foi que o mesmo se parece com mordomo de filme de terror
Resultado de imagem para dança dos vampiros - imagensTemer deve sair, já, por ser golpista e não se precisa da lembrança de ACM. Ao coronel das antigas o melhor é o esquecimento.

A sabedoria indígena e o relator


O som dos pássaros brasileiros e a sabedoria indígena
Mouzar Benedito07 de Junho de 2017 às 11:17



Pássaro curió (Oryzoborus angolensis) / Robson Czaban e Diogo Faria, do Nufas/Ibama/AM

Muitos desses nomes são de origem tupi. Mas poucos sabem o que significam

Vocês já pensaram nos nomes dos passarinhos que temos aqui no Brasil?

Muitos desses nomes são de origem tupi. Mas poucos sabem o que significam. Por exemplo: sabiá. O que significa essa palavra? É cantador. E acho que esse nome se justifica, porque ele canta bastante, até de madrugada.

E o tangará? Quando um bando de tangarás encontra uma fêmea, disputam qual deles vai ser seu namorado. Eles fazem uma fila num galho de árvore e um a um se apresenta cantando e dançando, dando pulos bonitos. A fêmea escolhe o seu preferido.

Sabem o que significa tangará? É saltador.

Mas alguns passarinhos que já existiam no Brasil antes da chegada dos europeus têm nomes em português. Por exemplo: bem-te-vi, joão-de-barro, beija-flor, pica-pau, canarinho…

Fiquei curioso e procurei saber os nomes deles em tupi. Fui pesquisar e achei.

Os portugueses, ao ouvirem um passarinho cantar achavam que ele dizia “bem-te-vi”. E deram esse nome a ele. Então, é um nome “onomatopaico”, quer dizer, que imita o som que ele emite. Em tupi, o nome do bem-te-vi é pitanguá, que significa comedor de pitanga.

João-de-barro, que, como arquiteto e pedreiro competente, faz sua casinha protegida contra o vento e a chuva, em tupi tem o nome de ogaraiti, palavra que significa casa-ninho.

Beija-flor, muita gente pensa que em tupi tenha o nome de colibri. Não é. Colibri é o nome dele na língua galibi. Em tupi, o nome do beija-flor é guainumbi, palavra que significa “passa depressa”. Pois é, além de conseguir ficar parado no ar, o beija-flor voa rápido, “passa depressa”.

Pica-pau, passarinho que faz furos em árvores para pegar larvas de brocas que se criam dentro delas, em tupi chama-se ipecó, palavra que significa fura-árvore.

O canarinho tem um nome comprido em tupi. É guiranhengatu ou uiranhengatu, palavras que significam pássaro que canta bonito.

Por falar em canto bonito, do que é esse que estão ouvindo?

Não sabem? É o passo-preto, ou pássaro-preto, que em tupi chama-se graúna, palavra que significa justamente ave preta.

Bom… seja em tupi ou em português, é bom ver e ouvir essas aves todas, não é? Cantando bonito pra gente ouvir. Mas livres. Não em gaiolas!

Fonte: BRASIL DE FATO
____________________________________________________________
Resultado de imagem para imagem de bico de pena para escrever
Bem-te-vi
Renato Terra

Ai de ti, oh meu amor,
Se entre as notas da canção
Bem-te-vi, ah meu bem-te-vi,
Brilho frágil de emoção.

Na alegria das manhãs,
No começo de estação
Bem-te-vi, ah meu bem-te-vi,
Brilho frágil de ilusão.

Bem-te-vi, bem-te-vi,
Bem-te-vi como o verão
Voa livre por entre os jasmins
E pousa no meu coração.

Inspire-se nos índios, relator

Relator: Só índios isolados da Amazônia não souberam da delação da Odebrecht

Herman Benjamin defende uso de delações como prova e refuta tese dos advogados de defesa de Temer e de Dilma sobre cerceamento de defesa. Acompanhe aqui tudo do julgamento no TSE que pode afastar o presidente da República

Fonte: O GLOBO
______________________________________________________________
Resultado de imagem para imagem de bico de pena para escrever

De fato, algumas tribos indígenas ainda não tiveram contato com o homem branco. Talvez seja melhor, para eles, os indígenas, que assim permaneçam. Eles, os indígenas, não sabem e não querem saber da delação da Odebretch, do relator, da mídia, dos políticos, do judiciário, ou seja, do mundo dito civilizado, moderno e próspero. No entanto, os não índios não isolados sabem da delação da Odebretch, mas nada ou pouco sabem sobre os reais motivos da operação Lava Jato. Acreditam que o país estará se livrando da corrupção, que a política será moralizada, e que o Judiciário não será seletivo em seus julgamentos. Acreditam que a grande mídia produz a verdade sobre os fatos e que o julgamento em curso trará justiça, sem saber, no entanto, que está em curso um processo para eleger por via indireta um não político, inimigo dos isolados da Amazônia e dos não isolados de todo o país. O índios isolados da Amazônia, no estado do Acre em região fronteiriça, não dependem e não querem saber se o senhor relator está vivo ou morto, podre ou saudável, alinhado ou não com um judiciário seletivo refém dos mercados. Os índios isolados da Amazônia são índios, não tem nada em comum com a podridão que o senhor relator representa, sob a luz de holofotes momentâneos para seus poucos momentos de visibilidade. Quem sabe, relator, que inspirando-se na cultura indígena, os julgamentos no judiciário passem , de fato, a produzir justiça.

Escatológico

"Transei com homens, mulheres e até legumes", brinca Milton Cunha durante o Prêmio Sexy Hot.

Fonte: BOL
___________________________________________________
Resultado de imagem para imagem de bico de pena para escrever
No mundo atual onde vale de tudo para ser notado, quando não se tem talento  e relevância apela-se até mesmo para dizer o que entra e sai de seus corpos. Se legume entrou pelo anus, pela boca só poderia sair o que saiu.

terça-feira, 6 de junho de 2017

Amigo de Aécio

Dirige com intempestividade, atravessa sinais, assim como atravessa os da cidadania; faz de SP sua freeway ,usa e se serve, o resto atropela.

Fonte: CARTA MAIOR
___________________________________________________________
Doria tem habilitação suspensa e acumula multas até nas marginais

Suamy Beydoun/AGIF/Folhapress

João Doria com agentes de trânsito durante evento de entrega de motos doadas à CET

ROGÉRIO PAGNAN
DE SÃO PAULO 06/06/2017 02h00

Antes de acelerar pelo autódromo de Abu Dhabi a bordo de um Aston Martin, em fevereiro deste ano, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), teve o cuidado de gravar um vídeo para explicar as condições em que pilotaria.

"Eu vou fazer isso, evidentemente, dentro de toda a segurança e seguindo as normas do circuito", disse ele, mostrando, na sequência, os dedos indicador e médio na horizontal. "Acelera!", finalizou, com o lema de sua gestão.

Se estivesse no Brasil, contudo, o tucano não poderia assumir o volante do veículo e sair pelas ruas. Isso porque, naquele mesmo período, ele estava com a habilitação suspensa justamente por desrespeito às normas de trânsito.

A suspensão do direito de dirigir vigorou entre 13 de janeiro e 12 de março e se deu porque o prefeito acumulou mais de 20 pontos na carteira após uma série de infrações, a maioria delas por excesso de velocidade.

Hoje, mesmo com o prazo de punição vencido, Doria continua impedido de dirigir, já que ainda não participou do curso de reciclagem (de 30 horas) obrigatório para recuperar a sua habilitação.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o tucano afirma que não "costumava" dirigir seus veículos à época das infrações e que perdeu o prazo para indicar os condutores.

A reportagem obteve a dica sobre a suspensão da habilitação do prefeito pelo Folhaleaks, canal criado pela Folha para receber informações e documentos. A informação foi confirmada depois pela reportagem, por meio de documentos oficiais.

O prefeito está sem carteira porque foi multado cinco vezes entre novembro de 2014 e junho de 2015, sendo três por transitar com velocidade acima da permitida (até 20%), uma por manobra irregular e a outra, a mais grave delas, por avançar o sinal vermelho.

Durante a campanha eleitoral, no ano passado, Doria fez duras críticas ao que considerava uma indústria de multas de trânsito na gestão de Fernando Haddad (PT).

O tucano também prometeu, e depois cumpriu, ampliar o limite máximo de velocidade das marginais Tietê e Pinheiros. O número de acidentes com vítimas tem crescido desde essa mudança.

MAIS MULTAS


Segundo os dados oficiais obtidos pela reportagem, não é possível dizer onde foram cometidas as multas que levaram à suspensão da carteira do prefeito neste ano.

É possível afirmar, porém, que dois veículos (um Porsche Cayenne e um Audi A8) usados pelo prefeito naquela época foram multados outras cinco vezes entre junho de 2016 a abril de 2017.

Dessas irregularidades, de acordo com informações disponíveis no site da CET (companhia de trânsito ligada à prefeitura), três delas também foram por excesso de velocidade e cometidas nas marginais Tietê e Pinheiros.

À época, o limite permitido para as vias era de 50 km/h, mas os veículos de Doria foram flagrados pelos radares da prefeitura com velocidades entre 58 km/h e 65 km/h.

As multas nas marginais foram cometidas em 2016, antes de Doria assumir a prefeitura.

Também há nessa lista de infrações recentes uma por trafegar com passageiro sem o cinto de segurança (esta já em 2017) e uma outra por estacionar em local proibido.

Esta última autuação ocorreu na avenida Brigadeiro Luís Antônio, 453, em frente a um cartório eleitoral.

Os veículos estão em nome de Doria Administração de Bens e, também, de João Agripino da Costa Doria Junior (o nome de batismo do prefeito).

Nesses casos de infrações recentes, com base nos dados oficiais disponíveis, não é possível afirmar quem dirigia. O prefeito pode ter indicado um outro condutor, algo permitido pela legislação e que, assim, evitaria uma nova suspensão a ele.

O dono do veículo, após a notificação, tem 15 dias para indicá-lo, isso quando não é o responsável pela infração.

Segundo o presidente da comissão de Direito Viário da OAB-SP, Maurício Januzzi, se o proprietário perde o prazo, não há como reclamar. "Ele não é obrigado a indicar. Mas, se ele não indicar, quer dizer que ele é o motorista", afirmou o advogado, ao falar em tese sobre o tema, sem saber o teor da reportagem.

Com mais de uma multa no prontuário, o prefeito faz parte do grupo de infratores contumazes. Segundo balanço da prefeitura, 51% das infrações de 2015 foram cometidas por 5% da frota. Outros 71% não receberam nenhuma multa.

OUTRO LADO


Por meio da assessoria de imprensa da Prefeitura de São Paulo, João Doria disse que não "costumava" dirigir seus próprios veículos na época das infrações e que assumiu como seus os pontos na carteira de motorista porque perdeu os prazos para indicar os infratores.

Em nota, "sobre as multas relativas a 2015 e aos demais anos", a prefeitura diz que "o empresário João Doria" não "costumava" dirigi-los, tarefa repassada para "motoristas profissionais".

"As multas aplicadas contra os veículos acabaram assumidas por Doria porque perdeu-se o prazo de 30 dias [sendo 15 dias após a notificação] para que os nomes dos condutores fossem informados ao Detran no prazo regimental", diz a nota.

"João Doria assumiu os pontos e pagou as multas. Como houve superação do limite de pontuação [mais de 20 pontos], ele entregou sua carteira de motorista ao Detran em 13 de janeiro deste ano."

O prefeitura diz ainda na nota que, após entregar sua carteira de habilitação ao órgão estadual, o tucano cumpriu a penalidade administrativa "sem dirigir".

A assessoria diz que o prefeito chegou a agendar a reciclagem, mas, por causa de sua agenda, não conseguiu comparecer. Não há previsão de quando ele pretende participar do curso, com carga de 30 horas e que inclui legislação e direção defensiva.

A assessoria confirmou à reportagem que a carteira de Doria continua no Detran.

Questionado pela Folha, Doria não respondeu se essas multas aplicadas contra ele desde 2014 influenciaram, de alguma forma, na decisão de aumentar o limite máximo de velocidade nas marginais.

O prefeito também não informou, embora questionado, se, entre as multas aplicadas por velocidade acima do permitido entre 2014 e 2015, há alguma cometida nas marginas Pinheiros e Tietê.

Fonte: FOLHA DE SP
__________________________________________________________

Zero, nota zero

luciouberdan @luciouberdanVOX POPULI ESPONTÂNEA: 
@AecioNeves (@Rede45 ): 0%.

Vamos lá de novo: AÉCIO: 0%



Fonte: CARTA MAIOR
_______________________________________________________
Resultado de imagem para imagem de bico de pena para escrever

Na pesquisa espontânea Aécio Neves teve 0 % de intenção de voto. Nem Luciano Huck, seu grande amigo, e Ronaldo
Fenômeno votariam no mineiro aviador.
É o fim de linha para um político que sempre enganou o povo. Enganação que teve a ajuda dos grandes meios de comunicação, como Globo, por exemplo, seu fiel escudeiro.
Nesse momento da política em transe, a população quer Lula na presidência. Disparado com 40% das intenções de voto, seguido por Bolsonaro com 8%, Lula é a voz do povo, o poder que emana do povo, a vontade do povo. Por outro lado, aqueles que sempre estiveram ao lado de Aécio, hoje conspiram para derrubar Temer e através de eleições indiretas colocar Nelson Jobim, Henrique Meireles ou Fernando Henrique na presidência. Repare, caro e atento leitor, que FHC tem apenas 1% na pesquisa espontânea e Jobim e Meireles nem citados foram. Os mesmos amigos de Aécio, Globo na vanguarda do golpe dentro do golpe, ignoram o povo e tramam para golpear ainda mais a frágil democracia, colocando na presidência um lacaio dos mercados, um empregado do sistema financeiro, um abutre para devorar o que sobrar do povo brasileiro.Só, e somente só, o povo nas ruas para impedir eleições indiretas e exigir eleições diretas já.

Socialismo e capitalismo

China, Vietnam e Cuba: o socialismo de mercado pede reconhecimento

A China é a nação que mais cresce no mundo, grande parte desse desenvolvimento utilizando as 'armas' fornecidas pelo capitalismo.

Naira Hofmeister



Colocar o dedo na ferida: com essa expressão, o geógrafo Elias Jabbour, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), provocou a plateia presente no quarto encontro do seminário que debate os 100 anos da Revolução Russa, em Porto Alegre, a refletirem sobre a atualidade do projeto socialista no mundo.

“Temos que ter mais coragem para sacudir alguns princípios”, proclamou, ao introduzir o tema de sua fala – o estágio atual da revolução na China – que compunha com abordagens no mesmo sentido sobre Cuba e o Vietnam.

Caso extremo, que gera debates e até desconforto em parcela dos militantes de esquerda no mundo, a China é a nação que mais cresce no mundo, grande parte desse desenvolvimento utilizando as “armas” fornecidas pelo capitalismo, embora seja governada pelo Partido Comunista. “Vinte anos depois da queda da União Soviética, isso não é pouca coisa. O socialismo de mercado da China é a coisa mais interessante que aconteceu no mundo desde os anos 90”, asseverou.

Jabbour historiou o processo chinês até seu ponto de inflexão que deu origem à essa forma moderna de gerenciar o estado comunista. Após a revolução de 1949, as práticas eram as usuais, resumidas (no que diz respeito à economia) pelo geógrafo como um “modelo de desenvolvimento pautado pelas relações desiguais entre campo e cidade”.

Em suma: um sistema em que o excedente da produção agrícola financiava a industrialização do país – e no caso chinês, também testes com bomba nuclear e lançamento de satélites, por exemplo. Foi nos anos 70 que diante da cobrança dos camponeses o Partido Comunista determinou reformas no sistema econômico, permitindo à essa população comercializar sua produção de forma independente do Estado, “institucionalizando e até incentivando o enriquecimento privado”.

Daí em diante, o espaço do poder privado aumentou e o poder do capital também. Atualmente, há oito formas distintas de propriedade em vigor na China e 149 conglomerados empresariais estatais no país. “A partir dos anos 80 houve um avanço impetuoso do capital privado, mas o estado não diminuiu sua importância, apenas recolocou-se em outro papel”, explicou Jabbour.

Com a atração de investimentos estrangeiros – era impossível, na visão do geógrafo, desenvolver tecnologia e ter acesso à financiamento sem essa inflexão – e a privatização generalizada de estatais, o governo dedicou-se a “preparar territórios para o desenvolvimento”, tomando as rédeas da planificação e deixando o investimento a cargo do setor privado.

Num segundo momento, mais atual, já como resultado dessa política, foi possível criar um poderoso sistema financeiro estatal capaz de garantir investimentos da monta de um trilhão de dólares em plena crise do capitalismo, desencadeada a partir de 2008.

Embora tenha sido a mais enfática da noite, a constatação de Jabbour convergiu com as dos demais convidados – os cubanos Juan Pozo Álvarez, representante da embaixada do país no Brasil e o jornalista Santiago Feliú, além do presidente da Fundação Maurício Grabois no Rio Grande do Sul, o ex-deputado estadual Raul Carrion, que abordou o caso vietnamita: todos mencionaram a necessidade de autocrítica e reinvenção dos regimes socialistas ou capitalistas em vigor no mundo.

Uma linha bem semelhante à do geógrafo foi seguida por Carrion, que após percorrer com didatismo as diversas etapas da revolução no Vietnam, concluiu que “não há socialismo que distribua miséria” e que portanto é preciso incentivar formas múltiplas de propriedade, reduzindo o espaço do estado, além de flexibilizar a crença no igualitarismo, distribuindo “a cada um de acordo com seu trabalho e sua capacidade”. Carrion, entretanto, defendeu a presença estatal em setores estratégicos como a infraestrutura (telecomunicações e energia) e no sistema financeiro.

Do ponto de vista da política externa, o historiador entende ser necessária a inserção na economia mundial “de forma soberana e colaborativa”, porém aproveitando-se das ferramentas oferecidas pela globalização econômica.

O Produto Interno Bruto (PIB) vietnamita de 2010 estava 34% concentrado nas mãos do estado, mas outros 30% vinha do que ele chamou de “economia familiar”, pequenos negócios e produção rural, 19% nas mãos do capital estrangeiro, 11% do capital privado nacional e 6% foi gerado por cooperativas.

A Ilha prepara a nova cara da revolução
Com o processo de renovação em plano andamento, Cuba ainda não tem resultados como os da China para exibir e nem a presença do capital privado está distante dos índices do Vietnam, mas a Ilha mira o futuro com os olhos da juventude do presente. “A revolução tem que se parecer mais com as novas gerações do que com as que a levaram à cabo em 1959”, defendeu o primeiro-secretário da embaixada cubana no Brasil, Juan Pozo Álvarez.

É um passo difícil de ser dado, admitiu o representante caribenho, uma vez que essa nova geração sequer conheceu a realidade do país fora do socialismo, como lembrou o jornalista Santiago Ferriú: “72% da população cubana tem menos de 30 anos e não sabem o que foi o capitalismo, não precisaram conviver com o risco de demissões”, exemplificou.

Essa revisão da aplicação do socialismo na Ilha, aliás, se deu a partir da cobrança dessa juventude que “começou a perder a crença no sistema” depois do colapso da União Soviética, que levou Cuba à uma crise sem precedentes, uma vez que a economia da Ilha era majoritariamente vinculada à URSS.

“O novo socialismo é diferente do capitalismo”, sublinhou Álvares. Mas sua aplicação, em Cuba, sim se espelhará nos exemplos asiáticos, conservando entretanto, as características internas da nação.

Como não poderia deixar de ser, foi o exemplo de um dos líderes mais carismáticos da esquerda – Che Guevara – que encerrou a fala dos cubanos. Segundo Ferriú, o guerrilheiro teria deixado escrito que a “solidariedade é a ternura dos povos” e com essa frase, conclamou os presentes a se manterem firmes em suas convicções socialistas.

Fonte: CARTA MAIOR
________________________________________________________