terça-feira, 17 de maio de 2016

O Povo resolve sair às ruas

Boicote a Olimpíada do Rio para defender a democracia brasileira


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Foto: Mídia Ninja
por Thomas I. Palley, no Market Watch / Tradução Marcelo Besser (com o auxílio de leitores do Cafezinho)
Terríveis eventos antidemocráticos se desdobram no Brasil com o golpe constitucional contra a Presidente Dilma Rousseff, organizado através de um impeachment fabricado.
O golpe do impeachment representa uma tentativa aberta, de elementos neoliberais corruptos, para tomar o poder no Brasil. Não se engane: isso é uma ameaça à democracia e ao progresso social no Brasil, América Latina, e até mesmo a comunidade global como um todo.
Se vozes Brasileiras aquiescerem, o mundo deve responder boicotando as Olimpíadas do Rio programadas para agosto.
O que está por trás: o aparelhamento e a distorção da guerra contra a corrupção no Brasil
O golpe constitucional contra Rousseff representa uma apropriação indébita captura e a perversão da guerra do Brasil contra a corrupção política. Como se sabe, o Brasil tem sido abalado por revelações de corrupção em massa na sua companhia de petróleo nacional, a Petrobras, mas se estendendo muito além.
A corrupção política é endêmica no Brasil e uma maldição que paira sobre o país. Como conseqüência, governar sem recorrer à corrupção é quase impossível, já que subornos e propinas tem sido, historicamente, a única maneira de passar legislações no fraturado congresso brasileiro.
Para a sua vergonha, alguns membros do Partido dos Trabalhadores, governado previamente pelo Presidente Luis Inácio Lula da Silva, sucumbiu à essa maldição. Entretanto, o involvimento do PT é uma pequena fração do escândalo global, que infecta todos os partidos da direta e ligados ao mercado, de oposição, muito mais extensivamente.
Os partidos de oposição viram no escândalo tanto ameaça quanto oportunidade. A ameaça era a exposição da sua própria corrupção generalizada. A oportunidade era a possibilidade de usar a recessão econômica e a mácula sobre o PT para derrubar a Rousseff, e assim capturar o governo, bloqueando suas próprias acusações de corrupção e suspendendo o progresso social e diminuição da desigualdade de renda que o PT tinha conquistado.
Evidência zero de corrupção da Rousseff
Mas por mais que tentassem, a oposição não encontrou evidência alguma de corrupção por parte da Rousseff; algo que pode ser único na história da presidência do Brasil. Um cínico poderia até dizer que essa é a raiz da falha política da Rousseff, já que foi a sua honestidade que provavelmente voltou o sistema contra ela.
Sem a menor evidência de corrupção, a oposição então passou a buscar o impeachment de Rousseff com base nas violações em leis técnicas, regulando o orçamento, durante o seu mandato anterior (2011-2014), quando ela usou temporariamente um financiamento do banco nacional de desenvolvimento. Essa prática, conhecida como ‘pedaladas’ foi usada anteriormente pelos governos, includindo o do Presidente Fernando Henrique Cardoso. Elas jamais foram puníveis, mas mesmo assim, Cardoso e seu partido agora apoiam o impeachment.
A prática das pedaladas fiscais foi declarada illegal pelo Tribunal Federal de Contas em abril de 2015 e, imediatamente, a gestão Rousseff começou a pagar as dívidas da pedalada.
Mas, em vez de ver esse julgamento como um esclarecimento definitivo da prática orçamentária permitida, a oposição de direta e ligadas ao mercado do congresso manobrou e maquinou para cassar a Rousseff pelas suas violações técnicas do orçamento.
Como evidenciado pelo seu próprio passado de roubalheira e práticas fiscais, o impeachment não tem por finalidade prevenir a má gestão fiscal. Muito pelo contrário, o objetivo é explorar a decisão para chegar ao poder, o que eles não conseguiram nas urnas.
Golpe dos corruptos e escroques
O aspecto mais flagrante do processo é que o impeachment foi liderado por homens já réus por corrupção e enfrentando condenação iminente, junto com autoritários ensandecidos e neoliberais retrógrados.
O deputado Eduardo Cunha, o presidente do congresso, acaba de ser removido, por aceitar $40 milhões em suborno.
O senador Renan Calheiros, presidente do senado, tem um histórico de ser disciplinado por violações éticas e atualmente está sob investigação por inúmeras propinas.
O deputado Jair Bolsonaro, defensor do impeachment, dedicou seu voto à ditadura miliar e ao coronel que torturou Roussef nos anos 70 quando ela lutava contra a ditadura.
O presidente interino, Michel Temer, já foi punido por violações de campanha que o tornaram inelegível para concorrer a presidência. Ele também está sob investigação no escândalo da Petrobrás.
Temer, que não é membro do PT, nomeou um gabinete brutalmente neoliberal. Isso significa que o Brasil, que elegeu Rousseff do Partido dos Trabalhadores em 2014, agora tem um governo neoliberal.
O Ministro da Agricultura é Blairo Maggi, um bilionário do agronegócio conhecido como “O Rei da Soja”, conhecido por ser a pessoa no mundo que mais destruiu florestas.
O Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, é defensor aberto da repressão policial no estado de São Paulo, e foi nomeado para o Ministério dos Direitos Humanos [nota: e foi advogado do PCC em mais de cem processos e é Ministro da Justiça].
O Ministro da Segurança Nacional (que inclui a ‘CIA Brasileira) é o General Sergio Etchegoyen, cujo o pai foi identificado pela Comissão Brasileira da Verdade como responsável por assassinar e torturar durante a ditadura. Etchegoven rejeitou tais acusações como ‘frívolas’.
Por ultimo, o Ministro das Finanças é Henrique Meirelles, antigo CEO do Banco de Boston e um defensor de políticas neoliberais extremas.
Esse elenco hediondo demonstra o que está acontecendo no Brasil com uma clareza cristalina.
Boicote as Olimpíadas
O golpe do impeachment representa uma séria ameaça para a democracia e para o progresso social no Brasil e na América Latina. A sociedade civil democrática no Brasil precisa urgentemente da ajuda do mundo. Se opositores do golpe convocarem um boicote aos Jogos Olímpicos do Rio, a comunidade democrática global deve assinar embaixo e subscrevê-lo de imediato.
Um boicote olímpico poderia ser uma ação bela e poderosa. Pode destacar brilhantemente a culpabilidade e a corrupção dos conspiradores do golpe, ao enviar uma mensagem global a favor da democracia.
Todo mundo sabe que os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo são eventos tão desportivos quanto políticos. Governos usam estes eventos para ganhar legitimidade, o que significa que os Jogos Olímpicos do Rio agora arriscam conferir uma aprovação implícita e legitimar o golpe contra Rousseff.
A História nos proporciona evidências das falhas passadas para ajudar [a democracia], e essas falhas ilustram a necessidade de ação no presente. O maior fracasso foram os Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, que deram aprovação implícita ao nazismo de Adolf Hitler, na Alemanha. Em 1978, a comunidade global falhou, participando da Copa do Mundo da Argentina, num momento em que os ditadores da Argentina torturaram e mataram brutalmente milhares de argentinos.
Impeça o retorno da política antidemocrática na América Latina
As apostas são altas. O Brasil está sendo observado de perto pelas forças reacionárias antidemocráticas em toda a América Latina. A comunidade global deve agir vigorosamente para estancar o golpe institucional em curso no Brasil.
Se não fizermos isso estaremos condenando a democracia brasileira e enviando um sinal para toda a região, legitimando a política de direita antidemocrática. Estes riscos revivem o ciclo trágico da violência política que tanto feriram a América Latina no passado recente. Boicotar os Jogos Olímpicos do Rio podem ajudar a evitar este resultado.
*por Thomas I. Palley, economista em Washington, escreve sobre a globalização. Ele fundou a Economics for Democratic & Open Societies e foi economista-chefe do Comitê de Revisão Econômica e de Segurança EUA-China

Fonte: O CAFEZINHO
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Bob Fernandes: 
A Repórteres sem Fronteiras rebaixa Brasil; a mídia incitou o público a ajudar na derrubada de Dilma

Fonte: VIOMUNDO
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A vergonha do golpe passou em Cannes. Vai passar na Globo? Veja

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A foto aí de cima é da equipe do filme Aquarius, que teve sua exibição ontem à noite no Festival de Cannes, na França.
E o que aconteceu é descrito pelo UOL:
A sessão de gala de “Aquarius”, filme brasileiro que concorre à Palma de Ouro no Festival de Cannes 2016, foi marcada nesta terça-feira (17) por protestos contra o governo interino de Michel Temer.
Ao chegar ao topo da escadaria que leva ao Palácio dos Festivais, o diretor Kléber Mendonça Filho, os atores Humberto Carrão e Maeve Jinkings e outros integrantes da equipe mostraram cartazes com frases em inglês e francês com dizeres como “O mundo não pode aceitar este governo ilegítimo”, “Um golpe está acontecendo no Brasil”, “54.501.118 de votos foram queimados”, “Misóginos, racistas e impostores como ministros”, e “Dilma, vamos resistir com você”. 
Ainda no topo das escadas, Thierry Fremaux, diretor do festival, fez uma pausa no protocolo e pediu que a equipe do evento filmasse os cartazes.
Durante a passagem pelo tapete vermelho, outros convidados e membros da equipe também empunharam cartazes com frases como “Nós resistiremos”, “O povo não pode aceitar um governo ilegítimo”, e “O Brasil não é mais uma democracia”. Depois da entrada na sala de exibição, os convidados do filme estenderam uma faixa com a frase “Stop the coup in Brazil” (parem o golpe no Brasil).
Na sala de imprensa do festival, jornalistas que acompanhavam o evento por um telão aplaudiram em apoio.
Fonte: TIJOLAÇO
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Possibilidade de boicote a Olimpíada do Rio de Janeiro, protesto contra o golpe no festival de Cannes, grandes protestos contra o golpe poderão acontecer durante a realização dos jogos olímpicos.

Sempre que o Brasil estiver sendo representado - Cannes, Copa América, jogos olímpicos - independentemente do local de realização desses eventos, uma grande parcela da população mundial tomará conhecimento sobre o golpe de estado em curso no Brasil. Sempre que a mídia estiver transmitindo algum evento, de grande ou de pequeno porte, lá estarão manifestantes portando faixas e cartazes. Diariamente, pelas cidades do Brasil, ocorrem eventos contrários ao golpe.

Com esse estado de rejeição e impopularidade, o governo ilegítimo do golpe aprofunda ainda mais a grave crise política, ao anunciar, e tomar, medidas impopulares e retrógradas que trarão sofrimento à maioria do povo brasileiro e colocarão o Brasil em queda livre, no tocante aos avanços sociais e a evolução do processo democrático.

Para os brasileiros, um vexame e uma vergonha com as dimensões do território brasileiro.

Considerando o circo da Câmara dos Deputados - onde tem até um palhaço deputado, já que deputados palhaços são a maioria;

Considerando o picadeiro do Senado - onde senadores homens de negócios defendem seus interesses pessoais e aumentam seus patrimônios;

Considerando o Supremo Tribunal Federal, onde a palhaçada criminosa é certificada, ganha legitimidade e valida o circo,

O povo brasileiro, de forma espontânea e livre, resolve protestar, sair às ruas, e defender a Democracia por quaisquer meios disponíveis.


O governo ilegítimo chega ao fim

sábado, 14 de maio de 2016

13 de maio. 1º dia do governo. Liberdade aos Ratos

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  - Créditos: Por Vitor Teixeira
bessinha sexta 13

banana

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novo ministerio
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Obs: charges e foto montagens obtidas em CONVERSA AFIADA, TIJOLAÇO, VIOMUNDO, O CAFEZINHO, BRASIL DE FATO
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Consolidada mais uma etapa do golpe, o país conheceu os novos ministros, sinistros.

Ratos estão de volta, reviravolta.

Assumiram seus postos no primeiro dia de governo, uma sexta-feira treze, dia de abolição da escravatura e de aniversário de Waldick Soreano, insano, sob o comando de um presidente interino, tirano.

Parcela da classe artística comemora o fim do mistério da cultura, espúrias,

Vinte e três novos ministros os cargos assumiram. Nove por crimes são citados, preservados, lavados, respeitados. Seja na saúde ou na educação, papelão, seja nas relações exteriores ou na defesa, tristeza. Até mesmo na casa civil, o que combina com o metal vil.

A liberdade expressão está ameaçada. Falar a palavra golpe passa a significar crime e os apoiadores do golpe entram em desespero, destempero, quando grandes mídias estrangeiras citam o golpe no Brasil, o novo Brasil das bananas, podres, pobres, rodeadas de moscas criminosas, odiosas, asquerosas, insidiosas.

Tempos difíceis para mídias alternativas, éticas, em um trabalho épico de resistência, poética, para levar opiniões e informações políticas, culturais, sobre fatos e também sobre ratos.

Albert Einstein afirmou, certa ocasião, que se os ratos pesassem 20 kg seriam os donos do planeta. No mundo atual da Plutocracia, os ratos estão bem fortes, alguns até mesmo obesos.Faceboo

terça-feira, 10 de maio de 2016

O golpe inaugura a era das trevas no Brasil

Letícia Sabatella e Kenarik Boujikian entregam carta ao Papa denunciando o golpe

10 de maio de 2016 às 14h44

kenarik e Sabatella
 No encontro, foi entregue uma carta do advogado Marcelo Lavenère (na íntegra, ao final deste post)
Papa recebe Letícia Sabatella para falar de golpe no Brasil
Juíza Kenarik Boujikian também participou do encontro em Roma. Pontífice disse que se preocupa com o Brasil.
São Paulo, 10 de Maio de 2016 às 11:05
O Papa Francisco se reuniu nesta segunda-feira (9) com a atriz Letícia Sabatella e a juíza Kenarik Boujikian, do Tribunal de Justiça paulista, para tratar da crise política brasileira. Letícia e Kenarik têm se posicionado contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, classificado como golpe.
“Ele nos ouviu atentamente, nos disse que irá orar pelo povo brasileiro, que se preocupa com o Brasil. E perguntando a ele sobre a postura de diálogo necessário sobre o nosso ponto de vista, ele reiterou que o diálogo é uma necessidade para a construção de um mundo melhor para todos”, afirmou a magistrada em entrevista à Rádio França Internacional (RFI). Segundo a Kenarik – que é co-fundadora da Associação de Juízes para a Democracia – , a intenção do encontro privado foi levar ao papa a perspectiva dos movimentos populares sobre o atual cenário político.
Também em entrevista à RFI, Leticia Sabatella destacou: “Esse clima de intolerância é como uma doença, acho que é pertinente pedirmos o auxílio e levar ao papa o que está acontecendo. Existe uma sombra, um ódio, uma busca pelo bode expiatório que não vai resolver a situação sistemática do país”.
No encontro, foi entregue uma carta do advogado Marcelo Lavenère, membro da Comissão Brasileira de Justiça e Paz da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) e autor do pedido de impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello em 1992.
No documento, Lavenère denuncia que o Brasil “se encontra na iminência de sofrer um ‘golpe de estado'” e que o processo de impeachment contra Dilma é “desprovido de fundamento legal”. Ele relata a articulação política de parlamentares e partidos polítocos de oposição, envolvidos em corrupção, para deslegitimar o voto de 54 milhões de brasileiros.
O advogado destaca ainda que o golpe no Brasil terá impacto nos países da América Latina. “Esta conjuntura tem réplicas em outros países sul-americanos em que governos com a mesma orientação contrária à visão neoliberal e em favor de políticas de inclusão foram ou estão na iminência de serem desestabilizados”. Segundo o texto da carta, ela foi redigida a pedido de João Pedro Stedile, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Confira aqui a íntegra do documento entregue ao pontífice.
*Com informações da RFI
Fonte: VIOMUNDO
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Na exceção somos empurrados para a resistência. Está na declaração da ONU de 1948.

A declaração da ONU valida formas de resistência contra estados de exceção, como o que a partir de amanhã se instala no Brasil. Até mesmo a guerrilha armada é considerada válida.

Todas as justificativas, conceitos e decisões tomadas pelas instituições neste processo de golpe de estado, em nenhum momento favoreceram o governo, mesmo que governo tivesse apresentado provas, argumentos e jurisprudência sobre os fatos questionados.

As decisões tem peso, claramente, e o lado favorável ao golpe tem sido sempre favorecido.

Estamos assistindo a um rolo compressor, direcionado para esmagar a presidenta e afastá-la do cargo. É um processo de cartas marcadas, que ignora a Democracia, a Justiça, a vontade popular.

O Estado Policial, da força, começa a ser implantado no Brasil.

Naturalmente, setores da sociedade - que não se sabe ainda em que proporção - irão resistir, de todas as formas e meios disponíveis.

Uma nova, sombria e preocupante realidade social se inicia no país a partir do momento do afastamento da presidenta.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

A Democracia resiste e avança


Os fatos à frente das ideias: plateia de um evento no Planalto ocupa o Palácio p/ resistir ao golpe e pode dar início a movimento poderoso

Palácio do Planalto ocupado! #OcupaTudo

Palácio do Planalto ocupado por movimentos e redes de defesa da democracia!

A FESTA DA DEMOCRACIA! 
Confirme presença
https://www.facebook.com/events/1788298321402139/ …

    Decisão de Waldir Maranhão tem amparo em jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos, presidida por um jurista brasileiro. Decisão do presidente Waldir Maranhão reconheceu vícios jurídicos no procedimento ANTERIOR à votação no Plenário da Câmara.
    Juridicamente, a decisão do deputado Waldir Maranhão é centenas de vezes mais consistente do que o pedido do tal "impeachment".
    Realmente fico perplexo como alguém pode inventar essa tese de "pedaladas" e meia dúzia de decretos orçamentários como causa de impeachment

    Defensores do "impeachment" não querem aceitar que o presidente da Câmara dos Deputados tome decisões. Só vale quando é para um dos lados?
    Lamentamos informar:
    Waldir Maranhão anula sessão na Câmara que aprovou nosso GOLPE

      Fonte: CARTA MAIOR
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          Aroeira: O golpe

          09 de maio de 2016 às 02h54

            
          Captura de Tela 2016-05-09 às 02.53.18
          Fonte: VIOMUNDO

Globo entrou na roda e dança sem parar

O campeonato acabou. E a Globo também

E eles pensam que o povo não está percebendo
publicado 09/05/2016
Os principais campeonatos estaduais do Brasil terminaram neste domingo (08). As finais foram marcadas por protestos de torcidas contra o Golpe e contra Michel Temer.

Sobrou também para a Rede Globo, acusada de Golpista.

As faixas traziam mensagens como 'Temer Jamais', além de 'Golpe', 'Golpe Não' e 'Golpista', todos com a letra 'O' substituída pelo símbolo da Rede Globo.
Na vitória do Internacional contra o Juventude, no Campeonato Gaúcho (Foto: Reprodução/TV Globo)
Na vitória do Bahia, mas com título do Vitória, no Campeonato Baiano
Protesto durante vitória e título do Paysandu no Campeonato Paraense

Fonte: CONVERSA AFIADA
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No momento de golpe de estado no país, em que a velha mídia manipula, interdita e omite a realidade dos fatos, o povo percebeu o que pode fazer em um estádio de futebol, principalmente se o jogo estiver sendo transmitido pela TV Globo.

Com as mídias alternativas sendo perseguidas, até mesmo com violência, as câmeras da TV Globo que transmitem os jogos de futebol, passam, também, a transmitir justamente aquilo que eles censuram e omitem.

Os protestos políticos nos estádios de futebol crescem a cada dia e o campeonato brasileiro que se inicia no próximo final de semana, promete mais novidades.

Neste aspecto, a visibilidade de um uniforme de um time em uma partida de futebol, abre espaços para muitas formas de se expor marcas, ideias, etc...

A título de exemplo, em um passado recente, talvez vinte anos atrás, Globo e SBT se envolveram em uma disputa, uma briga, pelos direitos de transmissão de uma competição. O SBT perdeu, não gostou, e não deixou barato. Pagou por um espaço na camisa do Vasco da Gama para colocar o logotipo do SBT, o que obrigava - sempre que o Vasco jogava e o jogo era transmitido por Globo - as câmeras de TV Globo a registrarem o logo do SBT.

De uma forma ou de outra, o mesmo acontece agora com as faixas de protestos contra o golpe que Globo, que como sabe o caro leitor, apoia incondicionalmente a ruptura democrática.

No momento, as faixas utilizadas para comunicação e visibilidade são vistas apenas nas arenas e estádios, no entanto, não será surpresa, caso alguns clubes aceitem patrocínios pontuais apenas para um ou mais jogos, que tenhamos propaganda com temas e marcas de cunho social e político.

Alguns clubes, sem patrocinadores master em seus uniformes, já se utilizam dessa modalidade de patrocínio pontual, ou seja, por jogo, mudando as marcas de jogo para jogo.

Até mesmo torcidas organizadas podem conseguir recursos, com a famosa vaquinha , para colocar algum tipo de propaganda no uniforme do time durante um jogo, por exemplo.

As possibilidades de comunicação e propaganda são muitas.

sábado, 7 de maio de 2016

Globo é pega em cheio nos Panama Papers (mas podemos tirar, se achar melhor)


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Foto: Mídia NINJA
14 empresários de mídia e jornalistas são citados nos Panama Papers
Pelo menos 14 empresários e diretores de empresas de mídia, seus parentes ou jornalistas têm relação com offshores criadas pela firma panamenha de advocacia Mossack Fonseca.


Todos foram procurados e negam irregularidades ou afirmaram estar em processo de regularização das offshores.
Estão citados uma neta de Roberto Marinho (fundador da Globo) e diretores e ex-diretores do Grupo Globo. Aparecem também a dona da TV Verdes Mares, Yolanda Vidal Queiroz; o apresentador Carlos Massa, o Ratinho, dono da Rede Massa de Televisão; um sócio do grupo Bloch, antigo dono da TV Manchete, Pedro Jack Kapeller; o ex-senador João Tenório, dono da TV Pajuçara, em Alagoas; e o sócio das TVs Studio Vale do Paraíba e Jaú, Antonio Droghetti Neto.
Do Grupo Estado, que publica o jornal “O Estado de S.Paulo”, Ruy Mesquita Filho e o presidente do Conselho de Administração do Grupo Estado, Walter Fontana Filho, tiveram seus nomes ligados a offshores.
Também consta nos papéis da Mossack Fonseca o jornalista que trabalha em revistas da Editora Abril José Roberto Guzzo.
A lei brasileira permite a qualquer cidadão ter uma empresa num paraíso fiscal. É necessário, entretanto, que a operação esteja registrada no Imposto de Renda do proprietário. Quando há envio de recursos para o exterior, é também obrigatório informar ao Banco Central sobre a operação em casos que superem o equivalente a US$ 100 mil.
A série Panama Papers, que começou a ser publicada em 3.abr.2016, é uma iniciativa do ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos), organização sem fins lucrativos e com sede em Washington, nos EUA. Os dados foram obtidos pelo jornal Süddeutsche Zeitung e compartilhados com o ICIJ. O material está em investigação há cerca de 1 ano. Participam desse trabalho com exclusividade no Brasil o UOL, o jornal “O Estado de S.Paulo” e a RedeTV!.
A produção deste texto exigiu uma extensa checagem manual, na qual foram consideradas 617 empresas e pessoas. Foram verificados nessa varredura os 346 jornalistas listados como finalistas do prêmio “Os + admirados jornalistas brasileiros 2015″ na categoria “nacional”, os acionistas dos 50 maiores jornais de 2014 listados no site ANJ e os diretores e acionistas das principais emissoras de TV e rádio.
O processo de checagem levou em conta o interesse público e a relevância jornalística. Foi semelhante ao usado no caso conhecido como SwissLeaks, que analisou mais de 8.000 contas secretas numa agência do HSBC em Genebra. A reportagem sobre mídia no SwissLeaks está aqui.
A seguir, as citações relacionadas à mídia encontradas nos Panama Papers.
ANTONIO LUIZ DROGHETTI NETO
O empresário Antonio Luiz Droghetti Neto é acionista e membro do conselho de diversas empresas, incluindo as TVs Studios Vale do Paraíba e TV Studios de Jaú, ambas pertencentes ao Grupo Silvio Santos. Ele também exerceu cargo de diretor de planejamento e novos negócios no grupo que controla o SBT.
Ele aparece como procurador da Gertie Services Corp., poder concedido a ele em 2007. A offshore é mais antiga e foi registrada pelo escritório brasileiro da Mossack em nome de outros procuradores antes de Droghetti.
Em 2006, há inclusive registro de que a Gertie foi transferida da Mossack Fonseca para o Morgan & Morgan, outro escritório especializado em gerenciar empresas em paraísos fiscais.
CARLOS SCHRODER
O diretor-geral da Rede Globo, Carlos Schroder, é o único acionista da Denmark Holdings Incorporations. A empresa foi criada em 2010 nas Ilhas Virgens Britânicas.
No registro da criação, Schroder informou como seu endereço a rua Lopes Quintas, 303, no bairro do Jardim Botânico, na zona sul do Rio de Janeiro. O edifício é justamente o da sede da Rede Globo.
Logo após sua criação, a diretoria foi assumida pelo próprio Schroder e também por Renata Cordeiro Silva Salgado, sua ex-mulher. Renata é psicóloga no Rio de Janeiro e os 2 foram casados até o ano passado.
Na época da criação da Denmark Holdings, Schroder era diretor de Jornalismo e Esportes da emissora. Em 2012, foi promovido à direção geral, cadeira que ocupa atualmente.
A offshore de Carlos Schroder está legalmente declarada. O diretor da Globo apresentou à reportagem as declarações da Denmark Holdings feitas à Receita e ao Banco Central.
HELENA E LUIZ EDUARDO VELHO DA SILVA VASCONCELOS
Helena e Luiz Eduardo Velho da Silva Vasconcelos tiveram ligações com a Rádio Globo S.A., empresa do Grupo Globo. Helena foi acionista minoritária da empresa de 1986 a 2004. Luiz Eduardo ocupou a função de diretor estatutário de 1998 a 2005.
Os 2 assumiram, junto com mais 3 pessoas da família, a diretoria da Veurne Capital Inc., em jun.2002. A offshore é sediada nas Ilhas Virgens Britânicas e foi negociada por intermédio do escritório uruguaio Posadas, Posadas & Vecino, que detinha a posse da empresa.
Em fev.2006, quase a totalidade das ações da Veurne foram liquidadas e os valores transferidos para outras duas offshores: a Tripoli Holding Venture Limited e a Lucky Seven Venture Inc., que passaram a figurar como diretoras. Em 14.jun.2006, a Veurne foi extinta.
Os empreendimentos foram declarados à Receita Federal.
JOÃO TENÓRIO
O usineiro João Evangelista da Costa Tenório foi senador pelo PSDB de Alagoas de 2003 a 2010. Ele é proprietário da TV Pajuçara, emissora sediada em Maceió e afiliada à Rede Record.
Tenório e seu filho, João Tenório Filho, aparecem nos arquivos como acionistas e beneficiários finais de duas offshores: a West Eight Corp., aberta na Flórida (EUA), e sua controladora, a Brickland Overseas Ltd., aberta nas Ilhas Virgens Britânicas. As duas empresas são controladas por diretores indicados pela Mossack Fonseca.
JOSÉ ROBERTO GUZZO
O jornalista José Roberto Guzzo é colunista da revista Veja e integra o Conselho Editorial do Grupo Abril, responsável pelas publicações.
Nos Panama Papers, ele aparece como beneficiário final da panamenha Henshall Group S.A., ao lado de Roberto Andreoni Guzzo. Os registros datam todos de 2015.
MARLUCE DIAS DA SILVA
Marluce Maria Dias da Silva assumiu a direção-geral da TV Globo em janeiro de 1999 e ocupou o cargo até setembro de 2002. Em 1998, ela comprou a Hopton International Corp. por intermédio do escritório de advocacia Posadas Posadas & Vecino, que fica no Uruguai. Poucos meses depois, em novembro, o escritório solicitou que Marluce fosse nomeada presidente da offshore.
Sediada nas Bahamas, a Hopton foi mantida por Marluce até ser encerrada em dez.2000.
PAULA MARINHO
Uma das netas de Roberto Marinho, fundador do Grupo Globo, Paula Marinho recebeu e pagou faturas relativas a 3 offshores mantidas em paraísos fiscais pela Mossack Fonseca.
As offshores foram criadas em 2005 e reativadas por Alexandre Chiappetta de Azevedo em 2009. Na época, Alexandre de Azevedo era casado com Paula. Os 2 se separaram em out.2015.
Nem Paula Marinho nem Alexandre Azevedo aparecem nos documentos como acionistas ou representantes de offshores.
Em 27.ago.2009, Alexandre enviou e-mail à Mossack Fonseca solicitando o pagamento de débitos e a reativação de 3 offshores: a Vaincre LLC no Estado norte-americano de Nevada; a A Plus Holdings no Panamá; e a Soc. Juste International nas Ilhas Seychelles. Todas aparecem em documentos apreendidos durante a 22ª fase da Operação, em 27.jan.2016 e já tornados públicos.
As mensagens seguintes são trocadas por uma funcionária da Glem Participações, empresa de Alexandre Azevedo, e representantes da Mossack Fonseca. O nome e o endereço de Paula Marinho são designados para receber as faturas dos débitos. Em nov.2009, os comprovantes dos pagamentos em nome de Paula são enviados à firma panamenha.
Dos 4 funcionários da Mossack envolvidos na conversa, Renata Pereira e Ricardo Honório foram presos pela Lava Jato no dia 27.jan.2016. Mercedes Riaño está foragida e o outro não é citado nas investigações.
As 3 offshores foram criadas pela Mossack Fonseca, com acionistas e diretores indicados pela própria empresa. Em 2005, por e-mail, uma funcionária do escritório de advocacia Bechara Jr., que atua como intermediário entre Alexandre Azevedo e a firma panamenha, questiona sobre os trâmites relativos às 3 offshores e à possibilidade de transferir uma 4ª empresa, a Pliwel, do Uruguai para Nevada (EUA).
Segundo a descrição nos documentos, as 3 offshores foram criadas com o objetivo de serem acionistas em empresas brasileiras.
A Vaincre LLC tinha como única acionista a Camille Services S.A., empresa sediada no Panamá que também tem ações em dezenas de outras offshores, inclusive da Murray Holding, dona do tríplex no Guarujá atribuído ao ex-presidente Lula. O petista nega ser o proprietário.
A Juste International foi aberta com ações emitidas ao portador, dispositivo que dispensa o registro do verdadeiro dono. Como diretores foram nomeados duas outras offshores –Shareton Ltd. e Direhold Ltd.– comandadas por pessoas indicadas pela Mossack.
Com o aumento das restrições às ações ao portador, em 2014 ações foram emitidas em nome de Lúcia Cortes Pinto, que também é a representante legal da Vaincre.
No caso da A Plus Holding, as ações também foram emitidas ao portador e os diretores nomeados pela Mossack Fonseca indicaram Jorge Luiz Lamenza como representante legal da empresa. Lamenza ocupou o posto até 2009, quando Alexandre Azevedo requisitou sua substituição por Celso de Campos.
No Brasil, a Vaincre está registrada como sócia de outras duas empresas, a Shiraz Participações e a Agropecuária Veine Patrimonial Ltda., cadastrada no Rio de Janeiro e proprietária de uma casa na Praia Vermelha, próxima a Paraty (RJ). Os outros 2 sócios da Veine são os mesmos Jorge Luiz Lamenza e Celso de Campos, que controlaram a A Plus Holdings.
A mansão da Praia Vermelha é atribuída à família Marinho, tendo sido citada pela 1ª vez em reportagem da Bloomberg de 8.mar.2012. Segundo o texto, a casa foi construída em 2008, de forma irregular, infringindo leis ambientais.
A A Plus Holdings é acionista no Brasil da Central de Campos Participações Ltda., que por sua vez é acionista da Glem Participações e do Consórcio Lagoon, que administra o estádio de remo da Lagoa Rodrigo de Freitas no RJ. Tanto a Glem, quanto a Lagoon pertencem a Alexandre Azevedo.
Procurada pela reportagem, Paula Marinho respondeu por meio de sua assessoria.
“Paula Marinho informa que não tem nem nunca teve participação em nenhuma dessas empresas. O beneficiário era seu ex-marido Alexandre Chiapeta. Seu endereço foi apenas usado para o envio de faturas de manutenção das mesmas. Quanto à casa mencionada, essa informação [veiculada em parte da mídia] não é verdadeira. A propriedade não pertence à família Marinho”.
PEDRO JACK KAPELLER
Outro empresário de mídia encontrado nos documentos da Mossack Fonseca foi Pedro Jack Kapeller. Conhecido como Jaquito, ele é sobrinho de Adolpho Bloch, fundador das já extintas Revista e TV Manchete.
Sócio do grupo Bloch, Jaquito foi responsável pela venda da emissora, em 1999. No mesmo ano, assumiu junto com 4 parentes os cargos de procuradores da Iado Corporation, offshore criada nas Ilhas Virgens Britânicas.
Em 2000, os 5 são nomeados procuradores de outra offshore, a Zicon, fundada no mesmo paraíso fiscal. Atualmente as duas companhias estão inativas.
RATINHO
O empresário e apresentador de televisão Carlos Roberto Massa, conhecido como Ratinho, aparece nos Panama Papers como diretor da offshore Cambara Limited.
A companhia foi criada pela Mossack Fonseca nas Ilhas Virgens Britânicas em novembro de 1999, após solicitação feita pelo Banco HSBC da Suíça. O documento mostra Carlos Massa no cargo de diretor.
As relações dele com o banco já eram conhecidas desde o ano passado, graças às revelações do caso Swissleaks, publicado no Brasil pelo UOL. Ratinho é dono da Rede Massa de Televisão, formada por 5 afiliadas do SBT no Paraná, e de uma rádio FM.
A Cambara Limited ficou inativa em 2001 e 2002 por falta de pagamento à Mossack Fonseca. Reativada mediante pagamento de US$ 1.900, foi novamente desativada em 2004, seu último registro nos documentos.
ROSSANA BERTO
Rossana Fontenele Berto é diretora da Globo Comunicação e Participações S.A., razão social do Grupo Globo. Rossana controla a offshore Howell Finance Ltd. junto com Luiz Rogerio Berto, que é seu marido.
Os 2 aparecem nos documentos da Mossack como procuradores da offshore sediada nas Ilhas Virgens Britânicas. Os diretores da empresa são 2 funcionários indicados pela Mossack, que gerenciam centenas de offshores.
Em jan.2012, Luiz Rogerio Berto pediu a emissão de certificados de ações da Howell em seu nome com data registrada para 31.dez.2009. Até então, as ações eram garantidas “ao portador”, o que esconde o real proprietário da empresa. Na mesma mensagem, pediu para que fossem nomeados procuradores da empresa ele e Rossana Berto. A nomeação foi consumada em 16.fev.2012.
Em 9.set.2015, Luiz Rogerio Berto solicitou o fechamento da offshore e pediu instruções sobre como proceder. As informações foram enviadas pela Mossack em 15.set.2015. Não há documentos ou mensagens posteriores que confirmem o fechamento da empresa. As procurações em nome de Rossana e Luiz Rogerio Berto são válidas até 2018.
A Howell, segundo Rogério, foi criada por ele quando trabalhava no exterior nos anos 1980 e 1990. “Eu sou o beneficiário final e a Rossana está ali apenas para o caso de acontecer algo comigo. Quando eu voltei ao Brasil acabei não declarando a empresa. Agora, estou em processo de fechamento. O último saldo que havia no exterior era de 2014 e vou usar a lei da repatriação para regularizar a situação”, disse Rogério.
RUY MESQUITA FILHO
Ruy Mesquita Filho é bisneto de Julio de Mesquita Filho, que ingressou no Estado de S. Paulo em 1885 e mais tarde tornou-se proprietário do mesmo. Ruy foi diretor do Jornal da Tarde, mas hoje não atua no grupo.
A offshore Chapman Equities S.A. foi fundada em 3.dez.2013, com Ruy Mesquita Filho como procurador. A companhia se destina à administração de bens na Suíça, com ações emitidas ao portador.
Na mesma data de sua criação, a companhia concedeu a Ruy Mesquita Filho o poder para abrir e gerenciar uma conta no Banque Privée Edmond de Rotschild, sediado na Suíça.
WALTER FONTANA FILHO
Além de Ruy Mesquita Filho, o presidente do Conselho de Administração do Grupo Estado tem uma offshore. Walter Fontana Filho é neto de Attilio Fontana, fundador da Sadia.
Walter Fontana Filho e um primo seu, Romano Ancelmo Fontana, foram integrantes do conselho de administração da Sadia, presidida por Romano até 2004 e Walter até 2008. A atuação Walter no Conselho de Administração do Grupo Estado não implica envolvimento com as atividades jornalísticas de suas publicações.
Nos documentos da Mossack Fonseca, os 2 figuram como diretores e acionistas da Hartley Consulting Corporation, offshore criada em dez.2002 e sediada nas Ilhas Virgens Britânicas.
YOLANDA QUEIROZ
Yolanda Vidal Queiroz é a controladora do grupo cearense Edson Queiroz, que atua em pelo menos 6 diferentes setores. Entre as empresas do conglomerado está a TV Verdes Mares, afiliada da Rede Globo em Fortaleza.
Yolanda aparece nos documentos da Mossack Fonseca como diretora da Engel Blue Corporation função assumida em 1988. Seu nome permanece associado à companhia. As revelações do SwissLeaks mostram que a offshore foi usada para abrir uma conta no HSBC suíço.
Em mensagem de 2006, assinada pela própria Yolanda, ela afirma que é a única diretora da Engel Blue, bem como sua única acionista. Essa condição dura até 2009, quando Yolanda abandona o posto de diretora. A offshore passa a ser administrada por outra empresa chamada Audina Management.
Nos anos seguintes, outras companhias ligadas à Audina assumem a direção da Engle Blue, como a Beta Worldwide Corp. Não há novas menções a Yolanda, o que deixa dúvidas sobre se ela mantém o controle acionário da firma
Fonte: O CAFEZINHO
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