terça-feira, 3 de maio de 2016

Ditadura Pós-Moderna. A TINA

Fórum Contra o Golpe, porque a ditadura pós-moderna dá seus primeiros passos

2 de May de 2016

Neste momento já não são mais nem poucos e nem tão discretos os sinais de que avança com força a constituição de um regime de força jurídico-midiático-policial no Brasil que deve ter o futuro governo Temer como parceiro, mas também como refém.

Três casos muito recentes merecem destaque e reflexão:



a) A invasão do Centro de Paula Souza pela PM de São Paulo, comandada pelo secretário de Segurança Pública Alexandre de Moraes, sem mandado judicial.

b) O bloqueio do whatsapp pelo juiz de Sergipe, Marcel Montalvão, o mesmo que mandou prender o vice-presidente do Facebook na América Latina, sem buscar outras formas de ação que pudessem trazer mais impactos à empresa e menos aos usuários e à liberdade de informação.

c) A decisão da juíza de Minas, Moema Miranda Gonçalves, de proibir uma atividade que iria discutir o impeachment de Dilma no centro acadêmico da Faculdade de Direito da UFMG.

Esses três casos servem como amostra grátis de que polícia e judiciário podem tudo. E de que para certos juízes e setores da polícia tudo se tornou possível de fazer. Afinal, eles se sentem imbatíveis por conseguirem derrubar uma presidenta sem que se tenha comprovado um crime sequer contra ela.

Os sinais de fumaça emitidos estão cada vez muito claros. E por isso não há acordo possível no horizonte.

O possível é resistir.

E por isso está mais do que na hora de um grande Fórum Contra o Golpe, que organize todos os setores que não recuarão, que não aceitarão os limites que se buscará impor e que não estão apenas preocupados com o seu umbigo.

Os adversários não serão mais os comunistas.

Daqui pra diante, seremos terroristas ou quadrilheiros.

E por isso não é adequado esperar para ver no que vai dar.


Fonte: Blog do Rovai
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Bandidos na Polícia Federal ameaçam 
incriminar quem negar aumento

POR FERNANDO BRITO · 02/05/2016



Da Folha, agora há pouco:

Em campanha salarial, a Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) afirmou
em nota oficial que a eventual resistência do governo em atender os pleitos da entidade
pode gerar impactos nas investigações de corrupção relacionadas a lideranças do PT,
partido da presidente Dilma Rousseff.

O comunicado, emitido nesta segunda-feira (2), diz que, se a decisão do Executivo
federal descontentar os policiais federais, “analistas da PF” preveem “uma onda de
revolta da categoria em relação ao PT, o que poderá repercutir até nas investigações
de corrupção envolvendo lideranças do partido”.

O texto não especifica quem são os especialistas responsáveis pela previsão.
A Federação também relaciona o comportamento do governo diante das reivindicações
com as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em agosto.

“Um resultado desfavorável [à Fenapef] poderá levar os policiais federais a manifestações
 nacionais, com pedido de apoio à população,bem como estabelecerá um ambiente de
descontentamento tão grande que poderá comprometer a segurança dos Jogos Olímpicos”,
adianta o texto.

Como é que é? “Me dá o meu, senão eu te fodo”, mas “se me der eu alivio”?

“Casa uma grana aí senão eu escracho as Olimpíadas!?

O nome disso, no Código Penal é extorsão mediante ameaça é para ser tratado com
prisão em flagrante.

Por tudo que já vi, o Ministro Eugênio Aragão não vai se intimidar e vai ter gente
tendo de se explicar.

A Polícia Federal, de instrumento republicano, parece ter se tornado instrumento
subversivo, depois de anos de “bunda-lelê” com José Eduardo Cardozo;


Fonte: TIJOLAÇO
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O PIRULITO DO GOLPE


Ainda não coube à minha geração interromper o padrão que, desde Deodoro da
Fonseca e seu espirro ditatorial, impediu que sequer uma geração republicana
se livrasse das intervenções autoritárias, civil ou militar. De Deodoro segue-se
a geração nascida com a República, chegando, aos 31 anos, a Artur Bernardes,
que governou o país sob um estado de sítio e repressão aos movimentos
 reivindicatórios operários, de 1922 a 1926. A turma de brasileiros que escapou
ao sítio de Bernardes, por acaso de nascimento, passará, porém, boa parte de sua
vida adulta em regime getulista que, se ditadura explícita só de 1937 a 1945,
nunca esteve constitucionalmente constrangido desde a revolução de outubro de 30.
A geração de 45 não herdou melhor sorte, forçada a suportar o miasma ditatorial
consagrado como revolução redentora pelo jornalismo de DNA pervertido,
legisladores prostitutos, tribunais de rabo entre as pernas e intelectuais a frete,
de 1964 a 1985.
Eis que de supetão, para enjoo da boa fé democrática da população, confirma-se
a praga: aí estão juízes e outros guardiões da lei, obcecados pela caça ao
ex-presidente Lula, a buscar petistas embaixo da cama, como se fazia em busca
de anarquistas na Primeira República e, depois de 45, de comunistas.
Com o aplauso espumante dos derrotados nas eleições, propaganda garantida
 pelo real monopólio de comunicação do sistema Globo, o apoio da coalizão
entre políticos ressentidos ou comprados ou reacionários, e, claro, a solicitude
dos intelectuais explicadores, venais alguns e autoritários finalmente fora do armário, violentam-se mais uma vez as práticas democráticas e consuma-se o golpe.
Uma boa teoria conspiratória dispensa conspirações, confiante na coordenação
espontânea dos conspiradores. Basta um afoito Procurador anunciar a descoberta
de indícios de remota conexão entre este ou aquele político progressista para que
manchetes e panelas compareçam ao linchamento público. O juiz Sergio Moro
menciona uma presunçosa “cognição sumária”, contrabando linguístico de reles
“impressão”, para antecipar sentenças discriminatórias e obesas de ilações sem
fundamento “fático”, transcritas, não obstante, como sermões bíblicos pelos
previsíveis folhetins. Em apoio ao disfarce de democracia que reivindicam,
convocam-se os ritos da lei e o vocabulário pernóstico do juízo trivial que deseja
 passar por ciência. Em vão. Chama-se ditadura da maioria a esse massacre de
direitos por via parlamentar e juizados de arrabalde.
É golpe: o golpe da minoridade eleitoral.
Se o que se esboça nas ruas, estradas, universidades e prédios públicos, se
transformar de fato em sublevação civil pela legalidade democrática, desta
vez o usufruto da usurpação de poder não terá gosto tão doce quanto o de
um pirulito infantil dos golpes anteriores.

Fonte: SEGUNDA OPINIÃO
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É a nova modalidade de ditadura que chega ao
Brasil.
Dinheiro grosso, Judiciário, Mídia e Polícia,
em conjunto, sequestraram o país.

Nesse momento, uma escória parlamentar e de
políticos ainda pensa que faz parte do novo grupo
de Poder.

Em breve, serão apenas serviçais, reféns da
Ditadura. O legislativo também será enquadrado.

A ditadura também irá eliminar os partidos de
esquerda e suas principais lideranças, que certamente
serão presas em presídios de segurança máxima.

É a TINA - there is no alternative -, segundo a
a lógica dos ditadores, que não admite alternativas
ao modelo econômico mundial, que por sinal,
agoniza e em breve estará em recessão mundial,
segundo admitem especialistas.

Os movimentos sociais serão criminalizados,
provavelmente com o rótulo de terroristas.

A novilíngua assim permite, esclarece e condena.

Para a maioria da população brasileira a ficha ainda
não caiu, isso no tocante ao que acontece no país.

As mídias que não se alinharem ao TINA serão
perseguidas.

Por esses dias, e nos dias que virão, a sociedade
será entorpecida ao máximo, quando se colocará
em prática pela mídia da TINA conceitos de
normalidade democrática, recuperação da confiança,
e a chegada de dias gloriosos com a queda do
governo dos "corruptos" e a chegada do governo
da modernidade e da civilidade.

O Poder Judiciário sucumbiu ao dinheiro grosso, e
julga para manter as aparências da Democracia.

Pessoas críticas a TINA serão julgadas e condenadas
como criminosas, por crimes que não cometeram.

Muitos irão vivenciar a história de Bartolomeu Sacco
e Nicolau Vanzetti.

Consolidado o golpe de estado da TINA, a democracia
deixará de existir.

No entanto, a resistência contra a TINA tenderá a
aumentar, nas redes sociais ,na mídia alternativa, nas
ruas. Não deixa de ser significativo que três grandes
artistas, nesta semana, estivessem ao lado do povo,
dos estudantes, nas comunidades.

Um Fórum contra o golpe deve acontecer o mais rápido
possível.


Enquanto não acontece, a proposta para o  povo ocupar o 
Senado  nesses dias é algo bem interessante, estimulante, 
inspirador.


segunda-feira, 2 de maio de 2016

Cresce rejeição ao golpe

Vox Populi: cresce rejeição da população a Temer e ao golpe

Três em cada quatro brasileiros viram a sessão que aprovou processo de impeachment reprovaram conduta dos deputados

Rede Brasil Atual
Para 61% dos entrevistados, o melhor para o Brasil é fazer eleições diretas ainda este ano - Créditos: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Para 61% dos entrevistados, o melhor para o Brasil é fazer eleições diretas ainda este ano / Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Nova pesquisa CUT/Vox Populi avaliou o sentimento dos brasileiros depois que a Câmara dos Deputados aprovou, no dia 17 de abril, a abertura do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. O processo foi encaminhado para análise do Senado. Para 32% o Brasil vai piorar se o vice-presidente Michel Temer assumir no lugar de Dilma; 29% acreditam que o desemprego vai aumentar; 34% preveem piora em relação aos programas sociais; e 32% acreditam que perderão direitos trabalhistas.
A avaliação negativa de Temer ficou em 62% (era 61% na pesquisa anterior). O percentual dos que não consideram que o golpe é a melhor solução para o país aumentou para 66%, contra 58% do levantamento realizado entre 9 e 12 de abril.
A maioria não acredita que a vida vai melhorar no caso do Senador aprovar o processo e Temer assumir: 33% acham que nada vai mudar no Brasil, 36% consideram que nada vai mudar em relação ao desemprego e o mesmo percentual em relação a programas sociais e 35% em relação a direitos trabalhistas.

Como o Brasil avalia a performance dos deputados

O Brasil parou para assistir à votação da abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados no último 17 de abril: 76% acompanharam integralmente ou em parte, 23% não viram o espetáculo (2% não responderam).
Mais da metade das pessoas não gostou do que viu. A performance dos deputados, mal preparados e com falas medíocres e ofensivas, como a do Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que elogiou um torturador, foi julgada de forma negativa por 56% dos que assistiram a transmissão – 37% consideram o comportamento dos deputados péssimo e 19% ruim.

Avaliação dos senadores

Os brasileiros estão divididos quanto à capacidade dos senadores de avaliar o processo de impeachment. Para 33%, os senadores são mais bem preparados dos que os deputados; 25% acham que os senadores são tão preparados quanto os deputados; 22% consideram que nem senadores nem deputados são preparados; e 7% acham que os senadores são menos preparados. Não souberam ou não quiseram responder 14% dos entrevistados.
Apenas 20% dos entrevistados acreditam que o Senado o Senado não vai aprovar o impeachment, enquanto 70% pensam que sim.

Eleições diretas

Para 61% dos entrevistados, o melhor para o Brasil é fazer eleições diretas ainda este ano. Para 21%, o melhor é a presidenta Dilma permanecer no cargo; 11% acham que é melhor Temer assumir; e 7% não sabem ou não souberam responder.
A pesquisa CUT/Vox Populi foi realizada entre os 27 e 28 de abril. Foram entrevistadas 1.523 pessoas em 97 municípios
Fonte: BRASIL DE FATO
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Mídia internacional se levanta contra o golpe no Brasil


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Foto: Mídia NINJA
Enquanto a grande imprensa brasileira se coloca na linha de frente do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, diversos veículos da mídia internacional se levantam contra a farsa do impeachment e denunciam esse processo. Assista, abaixo, a vídeo produzido pela página Audiovisual pela Democracia_SP:
 Fonte: O CAFEZINHO
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Ritmos, ciclos, campos e golpes

excerto do artigo O IMPACTO DA CIÊNCIA SOBRE A VISÃO DO MUNDO da autoria de Verônica Rapp de Eston -Professora associada aposentada da Faculdade de Medicina e co-fundadora do Centro de Medicina Nuclear da Universidade de São Paulo, publicado pela autora originalmente em 1989 e no PAPIRO, inicialmente, em novembro de 2013:

Ritmos biológicos e campos bioelétricos

A biologia moderna pesquisou sobretudo os aspectos químicos dos seres vivos. Em décadas recentes, porém, outros fatores foram verificados, como o efeito das radiações eletromagnéticas e das flutuações geomagnéticas sobre os parâmetros da funcionalidade humana ( tempo de reação, humor, e a velocidade dos processos biológicos ). Relacionou-se, por exemplo, a maior procura hospitais psiquiátricos com a ocorrência de flutuações geomagnéticas. Só recentemente a "poluição eletromagnética" vem sendo investigada ( Healer, 1970).

Muitos dos fenômenos ambientais são de natureza rítmica, podendo-se dizer o mesmo em relação ao homem. Ressurgiu, então, o interesse pelos ritmos biológicos, a sua significação para o ser humano, da forma de pesquisas que lembram as dos antigos astrólogos pela ênfase dada à relação entre ambiente cósmico e acontecimentos humanos.

Em escala mais ampla, os padrões rítmicos de muitos fenômenos sociais, tais como guerras e conflitos, evocam a imagem aristotélica do universo como um organismo - o conceito cosmobiológico da natureza. Consideradas globalmente,as pesquisas científicas vêm corroborar a concepção oriental de indivíduo, concebido como parte essencial de um processo evolucionário cósmico.

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postagem O Senhor do Destino, publicado no PAPIRO em segunda-feira, 6 de outubro de 2014:

O Senhor do Destino



Nesta segunda-feira, pós eleição, vou descansar um pouco para a loucura que virá pela frente nas próximas três semanas.

Assim sendo, mesmo com a postagem abixo do ESCREVINHADOR vou escrever sobre assuntos que estão longes, muito longes de entrar na pauta de todas as mídias, sejam elas de direita ou de esquerda.

Como sou eleitor e militante do PT, também não tenho informação e sou burro, conforme afirmou o ex-presidente Fernando Henrique em um de seus ataques crônicos, que se repetem com frequência e que podem indicar alguma patologia na vida do sociólogo imortal.

Fernando Henrique atacou os eleitores brasileiros.

Em outras palavras afirmou que somente os eleitores que votam no PSDB sabem votar.

Ignorou a diversidade do país e das regiões, o que para um sociólogo é uma tragédia.

No entanto, como disse no início, não vou escrever sobre política e eleições.

Vou escrever sobre astrologia.

Afinal astrologia não é um assunto de pessoas com um grande estofo intelectual e se situa , de acordo com a Academia, no campo das artes divinatórias.

Ótimo assunto para relaxar nesta segunda-feira.

Na astrologia o planeta Saturno, que tem um ciclo de 29 anos 5 meses e 16 dias, tem um significado profundo, que não vou entrar em detalhes, mas que indica o aprendizado que se adquire ao longo do ciclo e, que na astrologia mundial pode significar a repetição da História.

Assim é conhecido como o Senhor do Carma, ou Senhor do Destino.

Vamos a alguns exemplos do ciclo de Saturno:

1 - Em 1945 os EUA apareciam como o principal vencedor da segunda guerra mundial.

Em 1975, os EUA foram derrotados e humilhados na guerra contra o Vietnã.


2 -  No ano de 1954 o presidente Getúlio Vargas se suicidou.

Era um presidente querido pelo povo.

Mais ou menos no mesmo ciclo de Saturno - 30 anos, o presidente eleito Tancredo Neves, também querido pelo povo, veio a morrer.

3 - A última eleição para presidente da república antes do golpe militar de 1964, aconteceu em 1960.

O candidato que venceu as eleições fez uma campanha cujo símbolo era uma vassoura, o que significava acabar com a sujeira da corrupção e outras regalias.

Saiu do governo 8 meses depois de eleito.

A primeira eleição para presidente depois da ditadura militar aconteceu em 1989, e o candidato que venceu a eleição tinha como campanha acabar com os marajás do serviço público e acabar com a corrupção.

Foi deposto no meio do mandato.

4 - Em 1964 o golpe militar retirou um presidente do poder.

Em 1992, um presidente foi retirado pelo povo do poder.


5 - Em 1968 milhares de jovens foram as ruas em todo o mundo contra o sistema da época.

Em 1999 os jovens voltaram as ruas para protestar contra o sistema dominante .


6 - Em 1979 o mundo entrava na era do neoliberalismo.

Em 2008, o neoliberalismo entrou em crise profunda que se alastra até os dias atuais.

7 - Em 1979 aconteceu a revolução no Irã em prol do Islã e comanda pelo Aiatolá Khomeini.

Em 2009, aconteceram grandes manifestações no Irã, as maiores desde 1979 a favor e contra o regime iniciado em 1979.

8 - Em 1984, milhões de pessoas saíram às ruas no Brasil para pedir a volta da democracia.

Em 2013, milhões de pessoas saíram as ruas do Brasil para pedir mais democracia.

9 - Em 1985 uma epidemia começava a assustar o mundo, a AIDS.

Em 2014, o ebola repete o passado.

10  - Em 1985, os partidos comunistas foram legalizados no Brasil.

Este ano, em 2014, o Brasil teve eleito seu primeiro governador de um partido comunista.

11 - Em 1985, Tancredo Neves morria antes de tomar posse.

Na campanha presidencial deste ano ,o candidato Eduardo Campos morreu ao longo da campanha.

Tanto em 1985 como em 2014, o candidato Aécio Neves se fez presente, o que pode indicar que o neto de Tancredo seja o que o avô não pôde ser.


12 - Em 1986, em nome de reduzir a inflação , o povo brasileiro viveu mais inflação e um arrocho sem fim.

Em 2015, se eleito, Aécio Neves já disse que vai reduzir a inflação para 3%, o que significa arrocho e desespero para o povo brasileiro.

13- Em 1989 desabava o comunismo no leste europeu.

No Brasil, a campanha para presidente tinha Lula do PT como candidato e com propostas socialistas.

Entre 2018 e 2020 o socialismo voltará a berlinda, de alguma forma, seja para enterrá-lo de vez, para discuti-lo, ou mesmo para ressurgir de outra forma.

Lula, já afirmou que vai se candidatar a presidência em 2018.

14- Em 1988 o Brasil aprovava a nova constituição em uma Assembléia Constituinte.

Entre 2016 e 2018 o Brasil deve ter alguma assembléia constituinte, talvez para a reforma política.


O caro e atento leitor certamente não liga para essas coisas de astrologia, mas deve conhecer seu signo, as características de seu signo e , é bem provável que de vez em quando passe os olhos no horóscopo.

Afinal, o caro leitor é brasileiro, no entanto não precisa levar a ´serio o que escrevi até aqui, claro, se assim o desejar.

Assim como no curso da humanidade , na astrologia , também, se estuda e se prevê o retorno da História, em ciclos e com os mesmos personagens, sejam pessoas , países ou instituições.

De fato, a História se repete e coloca em cena os mesmos personagens, seja de forma construtiva ou devastadora.

Os ciclos de Saturno, de mais ou menos 30 anos, significam formas de aprendizado, quando a História sempre de alguma forma se repete.

Como não acredito nas bruxas, tenho 14 motivos para votar mesmo em Dilma.

Como disse ao caro e atento leitor, hoje não é dia para falar de política e eleições.

Até a próxima.
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Voltando ao assunto dos ciclos e dos ritmos, o golpe de estado em curso no Brasil, de alguma forma pode ser compreendido através dos ciclos e ritmos.

No governo Sarney, o país vivia e sofria com uma inflação alucinada.

Com o objetivo de acabar com a inflação, o governo lançou o plano cruzado, com inclusive mudança de moeda. Saia de cena o cruzeiro e entrava o cruzado.

No início de lançamento do plano cruzado, em 28 de fevereiro de 1986, a maioria da população brasileira apoiou o plano, que dentre outras medidas congelava o preço dos alimentos.

Ficou famosa a cena de um cidadão , na cidade de Curitiba, , fazendo um discurso inflamado na porta de um supermercado dizendo-se fiscal de Sarney, ou seja, o povo, através daquele cidadão, não iria permitir o aumentos dos preços dos alimentos.

A velha mídia repercutia e apoiava o plano Cruzado.

No entanto, logo após o lançamento do Plano Cruzado, e mesmo com o apoio de 99% da população brasileira , uma voz se levantou, veio a público, e criticou duramente os fundamentos do Plano, dizendo, inclusive, que o plano fracassaria em poucos meses, e disse mais, o plano era um golpe para eleger nas eleições de 1986 os candidatos do PMDB, partido de Sarney, para os governos estaduais. A voz, firme e corajosa , era Leonel Brizola, então governador do Rio de Janeiro que desejava fazer Darcy Ribeiro seu sucessor nas eleições de outubro de 1986.

Brizola foi massacrado pela mídia, principalmente por Globo, por suas declarações sobre o plano Cruzado.

O tempo foi passando, e nada como o tempo para revelar as verdades, e já pelos meses de maio e junho de 1986 aumentava, na população, a percepção de que o plano cruzado não seria bem sucedido. Com o congelamento dos preços, muitos alimentos começavam a sumir das prateleiras do supermercados, como forma de boicote dos produtores contra o aumento dos preços de seus produtos. Em julho de 1986 o plano cruzado já era um fracasso, no entanto, o governo Sarney, com o auxílio da velha mídia, escondeu a realidade até as eleições em 1986, fazendo com que os governadores do PMDB se elegessem na maioria dos estados brasileiros. Logo após as eleições e com a vitória esmagadora do PMDB, o plano cruzado afundou e a inflação voltou a disparar e ficar nos mesmos patamares de antes de lançamento do plano.

Mais ou menos trinta anos depois do Cruzado, a História se repete, colocando em cena muitos personagens daquela época, como o PMDB, por exemplo, em golpe para derrubar uma presidenta e com o apoio da velha mídia. Cabe lembrar que em 1986 no Rio de Janeiro venceu o PMDB para governador, com Wellington Moreira Franco. O mesmo Moreira Franco que hoje desfila ao lado de Temer, nas articulações para o golpe.

A mesma velha mídia que ajudou , em 1986, Sarney a enganar o povo, hoje cumpre o mesmo papel. Aliás, ontem, domingo, no jornal O Globo, foi curioso ler uma chamada de matéria em primeira página que dizia mais ou menos assim:


- como a política dá voltas...

- a velha turma do PMDB está de volta....


A História se repete e coloca em cena os mesmos personagens. O povo também foi personagem marcante em 1986, e poderá fazer o mesmo agora, para apoiar, ou rejeitar o golpe em curso.

Cabe ainda lembrar que 1986 vivenciou o pior acidente nuclear da História, em Chernobyl. A História pode se repetir. De alguma forma e em algum lugar do mundo, a questão nuclear e a radioatividade se farão presentes.

sábado, 30 de abril de 2016

E a voz do povo ?

Senador leva advogada a dizer que Temer cometeu mesmo erro que Dilma

Sem dizer que foram assinados pelo vice, Randolfe Rodrigues perguntou a Janaina Paschoal se decretos eram crime
ESTADÃO CONTEÚDO 

Brasília - O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) esperou até 1h da manhã para poder pregar uma peça na autora do pedido de impeachment, Janaína Paschoal, na sessão dedicada a ouvir os denunciantes. Ele fez uma explanação apresentando a edição de decretos de créditos suplementares específicos e pediu, em seguida, a opinião de Janaína sobre essas atitudes.
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A advogada Janaína Paschoal criticou a ideia que vem sendo encampada por um grupo de senadores para que sejam feitas novas eleições
Foto: Agência Brasil/ Fabio Rodrigues Pozzebom


A jurista defendeu que os créditos suplementares sem a autorização do Congresso Nacional configuram crime de responsabilidade e devem ser punidos com o impeachment. "Muito bem, fico feliz com sua opinião, porque a senhora acabou de concordar com o pedido de impeachment do vice-presidente Michel Temer. Essas ações que eu li foram tomadas pelo vice", disse Randolfe.

A professora ficou constrangida e tentou se explicar. Apenas algumas horas antes ela havia dito que não havia indícios suficientes para pedir o impeachment de Temer. "O Vice-presidente assina documentos por ausência do presidente, por delegação. Neste caso, não há o tripé de crimes continuados e intercalados entre si", tentou justificar.

Fonte: JORNAL DO BRASIL
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Capiberibe: eleição já! PEC ou plebiscito

Ela pode voltar do Alvorada para o Planalto!   

publicado 30/04/2016              
bessinha republica angora
O Conversa Afiada já conhecia as linhas centrais do raciocínio do senador João Capiberibe (PSB-Amapá).

Nesse sábado, em entrevista a Luiz Maklouf Carvalho do Estadão (em comatoso estado), Capiberibe afina a sintonia de sua proposta:


‘Escolher Dilma ou Temer não resolve crise’

Dando como certo que a presidente Dilma Rousseff será afastada provisoriamente pelo Senado, por até 180 dias, o senador João Capiberibe (PSB-AP) considera como “muito provável” que a oposição não consiga os 54 votos (2/3 dos 81 senadores) necessários para a cassação definitiva de seu mandato na última etapa do processo. “Nunca vi esse quórum ser atingido em matérias que dividem radicalmente governo e oposição – como esta”, disse Capiberibe ao Estado.

(...)

Por que o sr. vai votar contra o impeachment?
Porque o impeachment é um instrumento que mais divide do que soma – e só aprofunda a crise política e econômica.

Mas parece iminente a possibilidade de o Senado aprovar a aceitação do processo – e o consequente afastamento temporário da presidente Dilma Rousseff.
Isso deve ocorrer no máximo até o dia 15 de maio. Mas é apenas o começo do processo de impeachment, que pode se estender por 180 dias, e vai provocar mais divisão, mais acirramento, mais sectarismo político. Não acredito que um governo saído do confronto possa conciliar vencedores e vencidos para fazer um pacto e sair da crise.

(...)

Qual é a sua proposta do ponto de vista prático, viável?
Instituindo eleição em outubro. Nós começamos com seis senadores (Capiberibe, Walter Pinheiro, Randolfe Rodrigues, Lídice da Matta, Paulo Paim, Cristovam Buarque), mas hoje já estamos com 11 (José Reguffe, Elmano Férrer, Roberto Requião, Rose de Freitas, Benedito de Lira), com perspectiva de crescer.

Como isso seria viabilizado?
O caminho é uma PEC, uma mudança nas regras, em função da crise, que exige uma solução urgente, que o impeachment não vai trazer. Também pode ser por uma consulta plebiscitária, que é mais simples. Dependeria apenas de um decreto legislativo, de competência do Senado.

Novas eleições, portanto.
Para unificar a sociedade, é preciso colocar uma urna no meio. A presidente foi legitimada nas urnas, mas perdeu a legitimidade no momento em que engavetou o programa de governo que tinha registrado na campanha. Perdeu a legitimidade e mergulhou na impopularidade, e perdeu o apoio do Congresso.

(...)

E o vice Michel Temer?
Tampouco tem legitimidade, e não terá capacidade de aglutinar vencidos e vencedores para construir um governo de conciliação nacional. A escolha que nos está posta é difícil. Tanto a presidente Dilma está rejeitada pela população, 61% querem o impeachment dela, mas também 58% querem o impeachment do vice-presidente. Escolher entre um e outro não resolve a crise.

(...)

Qual é a sua expectativa em relação à última votação, no final do processo?
É uma incógnita. Nós teremos um cenário de quatro, cinco, ou até seis meses para a conclusão do processo de impeachment. É um tempo muito longo, duvidoso, e, sobretudo, polêmico, que vai continuar paralisando o País. Eu tenho observado algumas figuras da política brasileira ressurgindo no vácuo do Temer presidente: Roberto Jefferson, Eliseu Padilha, Geddel Vieira Lima, Romero Jucá. Esse naipe de políticos levanta muitas dúvidas sobre a capacidade do Michel Temer de conciliar o País em torno de princípios éticos. Daí a ineficácia do processo de impeachment, porque ele prolonga a crise por tempo quase indeterminado. Nesse jogo da crise, todos perdem, poucos ganham.

E o que pode acontecer no período de afastamento de Dilma?
Serão quatro a seis meses de paralisia. As pessoas se iludem pensando que na hora que afastar a Dilma resolve a crise. Mas é o contrário. Na hora que afasta, aprofunda a crise.

Por quê?
Ela pertence ao partido mais organizado do País, com uma base social profunda e ampla, uma grande representação parlamentar, com vários governadores em Estados importantes. O cenário será de confrontos, de acirradas discussões, de profundos ressentimentos.

O sr. prevê uma resistência política da presidente e dos partidos que estão com ela?
Eu não tenho a menor dúvida. Os vencidos vão se entrincheirar contra os vencedores. É por isso que eu vou insistir na necessidade do pacto.

E qual é a sua previsão para a decisão final?
Para chegar à cassação do mandato da presidente – que é do que se trata nesse momento – eles vão precisar de 54 votos, ou 2/3. Eu nunca vi nenhuma votação no Senado, numa disputa sem acordo, conseguir tudo isso de votos. Conseguir isso, no clima de disputa acirrada, é muito difícil. E é claro que durante esse período de resistência nem a presidente, nem o PT vão ficar parados, esperando o pior acontecer. Ela pode voltar do Palácio da Alvorada para o Planalto. É bom que se pense nessa possibilidade, porque ela é concreta.

Fonte: CONVERSA AFIADA
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O país vive um momento confuso.


O argumento para o golpe em curso é ridículo. No entanto, o golpe, o ridículo em curso, tem apoio incondicional da maioria do Congresso, do STF, do empresariado e da velha mídia.

Os apoiadores do estupro da democracia resolveram tirar a presidenta Dilma e ocupar um lugar que não conseguem através do voto livre, direto e democrático.

O povo , que em maioria não aprova o governo Dilma, não vê no golpe a saída para a crise. Não aceita que o vice , o Maçom das Trevas, tome de assalto a presidência.

Naturalmente, sugestões para vencer a crise vão surgindo, e , como todas as sugestões apontam para que o povo se manifeste, os apoiadores do golpe rejeitam de imediato, Nem mesmo espaços na velha mídia para debater o assunto são disponibilizados. Aliás, a velha mídia após o 17 de abril, adotou como pauta as articulações para formação do novo governo do Maçom das Trevas. Quando o assunto é economia, surge a figura do possível ministro opinando. Quando é política externa, aparece o futuro ministro. E assim vai.

O governo, de fato e de direito, que existe, para a velha mídia não mais existe. Assim como o povo brasileiro que neste momento deixou de existir e está sendo impedido de se manifestar.

No Senado, por mais contundentes e claros que sejam os argumentos provando a farsa do processo de impeachment, os senadores apoiadores do golpe continuam repetindo que a presidenta cometeu crime de responsabilidade. Foi decidido que deve-se tomar o poder através da suavidade violenta, e não há nada que poderá impedir o assalto.

A possibilidade de o golpe ser derrotado na última eleição no Senado, quando será exigido 2/3 para a aprovação - 54 dos 81 senadores - é real. No entanto, quando a votação acontecer , o governo das Trevas já estará lá pelo quarto ou quinto mês, e durante esse período, de tudo fará com extrema generosidade com os senadores indecisos para conseguir, no senado, os votos necessários. É a eleição final e definitiva, que afastará de vez a presidenta , ou poderá coloca-la de volta no cargo.

Que situação grotesca.

Imagine, caro leitor, Dilma, na próxima semana sendo afastada do cargo e Trevas assumindo. Ao assumir, ainda como interino, pretende mudar todos os ministros, as políticas do governo escolhidas nas urnas e ainda aplicar na população um pacote de maldades, que na novilíngua dos golpistas, será para resgatar a confiança. Cabe informar que a tal confiança, repetida diariamente pela velha mídia, nada tem a ver com as necessidades da imensa maioria da população, pois destina-se a agradar o deus mercado, a Plutocracia. Lembre-se, o governo é das trevas, da escuridão, dos subterrâneos, do reino de Hades, assim como a lógica hegemônica no mundo. Isso será feito por um interino, que pode sair ao final de quatro meses.

Tudo isso é surreal, no entanto ,os apoiadores do golpe, nesse jogo de cartas marcadas, argumentam sobre a situação do país como em perfeita normalidade.

E o povo ?

Bem, uma parcela delira e vibra, pois é informada pela velha mídia, e acredita que o melhor dos mundos esta por acontecer.
Já a maioria assiste, isso mesmo, apenas assiste, perplexa, por vezes atenta, tentando imaginar a viagem, esperando, esperando, esperando, esperando, assim como pedreiro Pedro, de Chico:


Pedro Pedreiro
Chico Buarque

Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
Manhã parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem de quem não tem vintém
Pedro pedreiro fica assim pensando

Assim pensando o tempo passa e a gente vai ficando prá trás
Esperando, esperando, esperando
Esperando o sol, esperando o trem
Esperando aumento desde o ano passado para o mês que vem

Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
Manhã parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem de quem não tem vintém
Pedro pedreiro espera o carnaval

E a sorte grande do bilhete pela federal todo mês
Esperando, esperando, esperando, esperando o sol
Esperando o trem, esperando aumento para o mês que vem
Esperando a festa, esperando a sorte
E a mulher de Pedro, esperando um filho prá esperar também

Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
Manhã parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem de quem não tem vintém

Pedro pedreiro tá esperando a morte
Ou esperando o dia de voltar pro Norte
Pedro não sabe mas talvez no fundo
Espere alguma coisa mais linda que o mundo

Maior do que o mar, mas prá que sonhar se dá
O desespero de esperar demais
Pedro pedreiro quer voltar atrás
Quer ser pedreiro pobre e nada mais, sem ficar

Esperando, esperando, esperando
Esperando o sol, esperando o trem
Esperando aumento para o mês que vem
Esperando um filho prá esperar também

Esperando a festa, esperando a sorte
Esperando a morte, esperando o Norte
Esperando o dia de esperar ninguém
Esperando enfim, nada mais além
Da esperança aflita, bendita, infinita do apito de um trem

Pedro pedreiro pedreiro esperando
Pedro pedreiro pedreiro esperando
Pedro pedreiro pedreiro esperando o trem

Que já vem
Que já vem
Que já vem
Que já vem
Que já vem
Que já vem


A espera, o distanciamento, mesmo que atento pode ser trágico.

Se existe massa crítica para agir, a ação deve ser agora, não se pode esperar, pois as cartas estão marcadas, e o povo, somente o povo, pode e tem poder para mudar o rumo dos nefastos e obscuros acontecimentos que assistimos.

Um governo interino, natimorto, ilegítimo, que nasce rejeitado pelo povo, só pode ser algo vindo dos subterrâneos, das sepulturas, da noite escura. E ainda mudando tudo, sem o apoio popular, e que pode ser mudado novamente.

Tudo isso é um golpe escancarado e os golpistas tratam o povo brasileiro como formigas, inofensivas, imbecis, incapazes.

O Maçom das trevas não pode assumir, se assumir deve ser retirado do poder, mesmo que para isso seja necessária a força.

Abaixo, trecho da canção Bom Conselho, de Chico Buarque:

Bom Conselho Chico Buarque

Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança

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Carina Vitral: 74 universidades formaram comitês para barrar o golpe

29 de abril de 2016 às 19h12


UNE em evento no Paraná, na sexta-feira (29), que lembrou um ano do massacre de Curitiba pelo governador Beto Richa; na quinta-feira (28), a diretora de comunicação da UEE-SP e presidenta do DCE da Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), Emanuelle Thomaziello e a estudante de Direito da FMU, Natália Miranda, foram agredidas durante uma manifestação em defesa da democracia; um homem tomou o megafone da estudante e deu pontapés antes de fugir
O formigueiro da juventude
por Carina Vitral*
As manifestações da juventude brasileira nos recentes dias e, em especial, na última quinta-feira, 28 de abril, são uma prova de que o consórcio político-midiático que planeja um golpe sobre nossas instituições peca pela arrogância ou pela cegueira.
A ofensiva de Michel Temer, Eduardo Cunha e Aécio Neves para atropelar a República pisando sobre os movimentos sociais trouxe o cálculo de que éramos inexpressivos como formigas.
No entanto, o Dia Nacional de Paralisações nas universidades e outros atos de revolta em todo o país mostram que, aos afoitos, cabe às vezes é meter o pé inteiro dentro do formigueiro e se dar mal.
Apenas os que não conhecem a história do Brasil imaginariam que um golpe de estado dessa magnitude contaria com a passividade de grupos como os estudantes.
No feriado do dia 21 de abril, milhares deles foram espontaneamente às ruas em defesa da legalidade.
No Dia Nacional de Paralisações, foram realizadas em todo o Brasil a suspensão de aulas, assembleias de estudantes, “trancaços” de portões e acessos, atos culturais e muitas outras atividades.
Os companheiros Cunha e Temer talvez não tenham visto a formação de 74 comitês universitários em 74 grandes universidades do país para barrar o golpe, a partir do movimento Universidade Pela Democracia.
Caso tenham visto, estão apostando alto ao minimizar a capacidade de organização dos estudantes universitários, professores, técnicos administrativos e comunidade acadêmica na mobilização social e na formação de opinião a respeito do momento que vive o país.
Menosprezam o fato da universidade brasileira, atualmente, não abrigar somente os filhos das famílias ricas, brancas e dos bairros nobres.
Estão lá os pobres, negros, índios, LGBT, personagens historicamente excluídos do ensino superior que compreendem com muita clareza que o golpe é também contra eles e contra o que eles representam hoje no país.
A confissão de desprezo pela educação a partir do chamado Plano Temer – que inclui até a vergonhosa desvinculação dos recursos para essa área na Constituição Brasileira – é uma fórmula didática para indicar que prounistas, cotistas, estudantes do FIES, do Ciência Sem Fronteiras e de outros programas estão do lado oposto ao do vice-presidente conspirador.
A juventude brasileira claramente não se sente representada pelos deputados que votaram pelo golpe no dia 17 de abril.
Os jovens do país, principalmente os que enfrentam mais dificuldades no seu dia a dia, sabem que a manobra de retirar a presidenta do país não tem, como objetivo, melhorar as suas vidas. Sabem que aqueles que sentarão na cadeira de Dilma não voltarão seus olhos para quem está por baixo na sociedade brasileira. Por isso, essa parcela da população não foi às manifestações a favor do impeachment.
Durante as jornadas de junho de 2013, muitos foram os que tentaram definir, controlar, explicar o que estava acontecendo, utilizando clichês e pensamentos prontos. No entanto, a diversidade daquelas manifestações abriu a porta para a criação instantânea e ininterrupta de novas narrativas no debate público brasileiro, que não permitem de forma nenhuma a interpretação simplória de que o impeachment golpista é fato consumado.
Da crise surgem novos fenômenos, novos personagens, novos fatos e possibilidades. A juventude sempre representa o novo. O formigueiro é uma das muitas forças da natureza que simplesmente entram em erupção, independente do que se espera dele. Não pisem. Não subestimem.
*É presidenta da União Nacional dos Estudantes
Fonte: VIOMUNDO
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sexta-feira, 29 de abril de 2016

O DNA do golpe

O golpe e a embaixadora dos EUA

Por Caco Schmitt, no blog RS-Urgente:

“O controle político da Suprema Corte é crucial para garantir impunidade dos crimes cometidos por políticos hábeis. Ter amigos na Suprema Corte é ouro puro”.

A afirmação não é de agora e nem de quem critica o STF por não prender o Cunha, por enrolar a posse do Lula etc. Foi feita há cinco anos pela pessoa que hoje é a embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Liliana Ayalde. A diplomata exercia o cargo de embaixadora no Paraguai (de 2008 a 2011) quando se reportou ao governo norte-americano, relatando a situação do país. Ela deixou o cargo poucos meses antes do golpe que destituiu o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, mas deixou o caminho azeitado. Aqui no Brasil, no cargo desde outubro de 2013, esta personagem é cercada de mistérios e sua vinda pra cá, logo após o golpe parlamentar paraguaio, não foi gratuita.

Liliana Ayalde assumiu seu posto no Brasil cinco meses antes da Operação Lava Jato começar a fase quente. Chegou discretamente, sem entrevistas coletivas, em meio à crise provocada pela denúncia do Wikleaks de que os norte-americanos espionavam a presidenta Dilma, o governo brasileiro e a Petrobras. Segundo Edward Snowden, “a comunidade de espionagem dos USA e a embaixada norte-americana têm espionado o Brasil nos últimos anos como nenhum outro país na América Latina. Em 2013 o Brasil foi o país mais espionado do mundo”, afirmou o ex-funcionário da CIA e ex-contratista da NSA.

A mídia brasileira, por óbvio, já preparando o golpe, de modo totalmente impatriótico, não divulgou para o povo brasileiro. E escondeu a grave denúncia de Snowden, que afirmou: “NSA e CIA mantiveram em Brasília equipe para coleta de dados filtrados de satélite. Brasília fez parte da rede de 16 bases dedicadas a programa de coleta de informações desde a presidente Dilma, seus funcionários, a Petrobras até os mais comuns cidadãos, foram controlados de perto pelos Estados Unidos”.

Liliana Ayalde veio ao Brasil comandar a embaixada de um país que fortalecia o bloco chamado BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), contrário aos interesses do grande capital norte-americano; e de um país que exerce forte influência sobre os países sul-americanos com governos populares, todos contrários aos interesses militares dos Estados Unidos na América do Sul. A vinda da embaixadora pode ser mera coincidência?

Não. Segundo informações oficiais da própria Embaixada norte-americana, Ayalde chegou ao Brasil com 30 anos de experiência no serviço diplomático. Trabalhou na Guatemala, Nicarágua, Bolívia, Colômbia e, recentemente, como subsecretária de Estado adjunta para Assuntos do Hemisfério Ocidental, com responsabilidade pela supervisão das relações bilaterais dos Estados Unidos com Cuba, América Central e Caribe. Anteriormente serviu como vice-administradora sênior adjunta da USAID no Bureau para América Latina e Caribe. Entre 2008 e 2011 ela serviu como embaixadora dos Estados Unidos no Paraguai”. Ou seja: sabe tudo de América Latina…

As “pegadas” reveladas

Na internet encontramos vários textos e análises feitas depois do golpe no Paraguai de 2012 que hoje ficam mais claros e elucidam os fatos. Vejam o que escreveu o jornalista Alery Corrêa , no Brasil em 5 Minutos: “O golpe de Estado contra Fernando Lugo, presidente paraguaio, começou a ser orquestrado em 2008, mesmo ano de sua eleição, a qual colocou fim ao reinado de 60 anos do partido Colorado, mesmo partido do antigo ditador Alfredo Stroessner… A mesma Ayalde assumiu em agosto de 2013, sem muito alarde, a embaixada brasileira. Segundo a Missão Diplomática dos Estados Unidos no Brasil, ‘a embaixadora Liliana Ayalde vem ao Brasil com 30 anos de experiência no serviço diplomático’. Em um momento de intenso acirramento político e disputa de poder. O impeachment entra em pauta. A imprensa mais agressiva do que nunca. Não se tratasse de política, diríamos que foi mero acaso. Mas sabemos que não existe falta de pretensão quando se trata dos interesses norte-americanos. Na verdade, eles veem crescer a oportunidade de colocar as mãos no pré-sal brasileiro e estão conscientes da chances reais que possuem com e sem o PT em cena. E certamente, todas as possibilidades já foram avaliadas pelo imperialismo norte-americano”.

Outro texto é da jornalista Mariana Serafini, no Portal Vermelho. “Em um despacho ao departamento de Estado do dia 25 de agosto de 2009 – um ano depois da posse de Lugo – Ayalde afirmou que ‘a interferência política é a norma; a administração da Justiça se tornou tão distorcida, que os cidadãos perderam a confiança na instituição’. Ou seja, apesar da agilidade do processo de impeachment, a embaixadora já monitorava a movimentação golpista três anos antes do julgamento político. No mesmo despacho afirmou que o ‘controle político da Suprema Corte é crucial para garantir impunidade dos crimes cometidos por políticos hábeis. Ter amigos na Suprema Corte é ouro puro’. ‘A presidência e vice-presidência da Corte são fundamentais para garantir o controle político, e os Colorados (partido de oposição ao Lugo que atualmente ocupa a presidência) controlam esses cargos desde 2004. Nos últimos cinco anos, também passaram a controlar a Câmara Constitucional da Corte’, relatou a embaixadora dos USA no Paraguai”.

No Paraguai, a embaixadora não ficou indiferente ao processo de impeachment, como ela mesma disse no relatório confidencial: “Atores políticos de todos os espectros nos procuram para ouvir conselhos. E a nossa influência aqui é muito maior do que as nossas pegadas”.

E deixaram muitas pegadas, segundo artigo de Edu Montesanti: “No Paraguai, os golpistas agiam em torno da embaixadora. Em 21 de março de 2011, a embaixadora recebeu em sua residência blogueiros paraguaios a fim de ‘conversar’ sobre paradigmas e diretrizes para aqueles setores societários que já estavam desempenhando importante papel na sociedade local. Em tese, para conhecer melhor o trabalho deles, discutir a importância dos blogs na sociedade e a importância da aproximação deles com os governos”.

Laboratório de golpes

Blogs, movimentos de internet, Senado, Suprema Corte… qualquer semelhança entre o golpe em curso no Brasil e o golpe paraguaio não é mera coincidência. O golpe no Paraguai é considerado um dos mais rápidos da história, consumado em 48 horas. O presidente Fernando Lugo foi derrotado no Senado por 39 votos favoráveis ao impeachment e quatro contra. Caiu em 22 de junho de 2012. Uma queda rápida, mas que teve uma longa preparação… Assim como no Brasil, cujo golpe começou a ser gestado não no dia das eleições presidenciais de outubro de 2014, quando a oposição questionou a seriedade das urnas e queria recontagem de votos, mas bem antes. Quando? Depois que o modelo paraguaio de golpe deu certo, conseguindo afastar pela via parlamentar um presidente democraticamente eleito pelo voto.

No seu artigo de junho de 2015, o jornalista Frederico Larsen afirma: “a destituição de Lugo, em 2012, foi o melhor ensaio realizado a respeito do que se conhece como golpe brando, o golpe de luva branca. Trata-se de um método para desbaratar um governo sem a intervenção direta das Forças Armadas ou o emprego clássico da violência. Para alcançar isto, basta gerar um clima político instável, apresentar o governo em exercício como o culpado pela crise e encontrar as formas de dobrar a lei para derrubá-lo. Foi isto o que, três anos atrás, aconteceu no Paraguai”.

E José de Souza Castro, em artigo no blog O Tempo, em 5 de fevereiro de 2015, profetizou: “Dilma pode sentir na pele o golpe paraguaio”. E destacou o papel da embaixadora Liliana: “No Paraguai, ela preparou, com grande competência, o golpe que derrubou o presidente Fernando Lugo”.

É o que acontece agora no Brasil: um golpe parlamentar, com apoio da mídia golpista. Um golpe paraguaio.

O Paraguai foi um dos países que mais sofreram com a ditadura militar patrocinada pelos Estados Unidos, nos 35 anos do general Alfredo Stroessner (1954 – 1989). Foi a primeira democracia latino-americana a cair. Depois caíram Brasil, Argentina Chile e Uruguai. No Paraguai foi testado o modelo do combate à guerrilha a ser usado, os métodos cruéis de tortura trazidos dos USA pelo sádico Dan Mitrioni e ali nasceu a famosa Operação Condor, um nefasto acordo operacional entre as ditaduras. A CIA transformou o Paraguai no laboratório que testou o modelo de golpe militar a ser seguido e que derrubou governos populares e assassinou milhares de pessoas. Agora, o Paraguai serviu novamente de laboratório de um novo tipo de golpe está em curso no Brasil.

O que nos aguarda

Se o golpe se concretizar, o Brasil “paraguaizado” terá um destino trágico. São raros os estudos sobre o que mudou no país vizinho pós-golpe parlamentar e jurídico, mas o artigo de um ano atrás de Frederico Larsen joga uma luz sobre as verdadeiras intenções do golpe: “Suas primeiras medidas se basearam em outorgar poderes especiais ao Executivo, especialmente em matéria de segurança. Deu vida à Lei de Segurança Interna, que permite ao governo, sem aprovação do Parlamento, a militarização e declaração de Estado de Sítio em regiões inteiras do país com a desculpa da luta contra a insurgência do Exército do Povo Paraguaio (EPP). Os movimentos camponeses denunciam que com esta lei, os militares efetuam despejos e violações aos direitos humanos, favorecendo ainda mais a concentração da terra. Conseguiu aprovar a lei de Aliança Público-Privada (APP), que permite a intervenção de empresas nos serviços que são providos pelo Estado, como infraestrutura, saúde e educação. Em especial, deu um estrondoso impulso à produção transgênica no setor agrícola”.

A publicação Diálogo – revista militar digital – Forum das Américas, de 14/05/2010, manchetou a exigência da embaixadora Ayalde: ““Devem ser repudiados todos os fatos que atentem contra a vida das pessoas e contra a propriedade privada”. Portanto, os deputados golpistas representantes da oligarquia rural, senhores da terra, e da UDR que pressionam o golpista Temer para que o Exército cuide dos conflitos de terra já estão adotando o modelo paraguaio contra os movimentos sociais.

Se o golpe paraguaio vingar no Brasil, retrocederemos em todas as áreas e, mais uma vez, gerações terão seus sonhos abortados, projetos adiados e a parcela fascista, preconceituosa e enfurecida da direita virtual sairá dos computadores e ganhará, de fato, poder nas ruas…

Fonte: Blog do do Miro
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Tão logo chegou ao Brasil, O PAPIRO assim se manifestou sobre a nova embaixadora dos EUA, em setembro de 2013:


segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Cuidado com Ela
Nova embaixadora dos Estados Unidos chega ao Brasil
Brasília - A nova embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Liliana Ayalde, chegou a Brasília hoje (16) e disse que pretende fortalecer a parceria estratégica entre os dois países nos próximos anos. A diplomata fez um comunicado à imprensa, pouco depois de desembarcar na capital, e restringiu-se a comentários sobre a satisfação de ser a representante norte-americana no país e a importância das relações entre o Brasil e os Estados Unidos.
Liliana Ayalde não falou sobre os temas sensíveis na pauta dos dois governos, que estão em momento de tensão em decorrência de denúncias de espionagem à presidenta Dilma Rousseff, à Petrobras, a outras autoridades e a cidadãos. A embaixadora não deu informações sobre a confirmação da viagem da presidenta aos Estados Unidos neste mês ou sobre como serão conduzidas as relações entre os dois países de agora em diante.


Liliana Ayalde não falou sobre os temas sensíveis na pauta dos dois governos
Liliana Ayalde não falou sobre os temas sensíveis na pauta dos dois governos
"Eu e a minha família estamos ansiosos de poder viajar pelo Brasil, conhecer a diversidade do povo e estabelecer amizades com os brasileiros em todos os lugares que vamos visitar. Este é um tempo importante para as relações [entre o Brasil e os EUA], cheio de oportunidades e de possibilidades. Juntos, estou certa de que podemos expandir e aprofundar os laços que existem entre essas duas importantes e grandes nações", disse.
Liliana Ayalde substitui o diplomata Thomas Shannon, que ficou no posto durante três anos e meio e deixou Brasília no último 6. A substituição estava prevista há três meses. Diplomata de carreira, ela serviu no Paraguai e na Colômbia e demonstra conhecimento sobre a América Latina, a exemplo de seu antecessor.

Fonte: JORNAL DO BRASIL 
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Cuidado com ela !!!

A embaixadora americana, especialista em América do Sul, talvez tenha sido uma peça importante no golpe de estado que derrubou Lugo no Paraguai.

Assume o posto no Brasil um ano antes das eleições de 2014 e com olhos e mãos gigantescas nas reservas de petróleo do pré-sal.

Disse, logo na chegada, que "está muito ansiosa em conhecer o Brasil e sua diversidade cultural"

Ahhh ! Então tá. 

Sugiro que levem a embaixadora para se deliciar com uma buchada de bode lá na Paraíba.