quinta-feira, 28 de abril de 2016

Lágrimas forçadas

Os senadores deveriam agradecer ao Nobel da Paz por dizer-lhes a verdade sobre o que estão fazendo. 

Postado em 28 Apr 2016
por : Kiko Nogueira
Esquivel
Esquivel
O Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel deu um corretivo moral no Senado em seu contundente recado sobre o impeachment na quinta, dia 28.
Ajudou a desmoralizar mais ainda o golpe bem na casa onde ele está ocorrendo. O Brasil virou uma piada trágica graças a um grupo de pilantras que é desmascarado dia a dia.
A reação dos senadores da oposição é sintomática e reveladora. Nenhum deles, estranhamente, falou nada depois que Jair Bolsonaro homenageou um torturador homicida na Câmara.
Com Esquivel, em compensação, viraram machos. O senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) chamou a cena de “inaceitável”. “Estou indignado com o que aconteceu neste parlamento”, gritou.
Pediu ao presidente da sessão, Paulo Paim, do PT-RS, que retirasse o discurso das ata taquigráficas da sessão.
Ronaldo Caiado, o sujeito que aparece em passeatas com camisetas com nove dedos sujos de petróleo e que mentiu sobre a existência de um vídeo de um suposto ataque de milícias chavistas na Venezuela, acusou uma “montagem”.
“Foi premeditado. Não foi por acaso que este senhor veio aqui fazer esse pronunciamento. Isso é uma estratégia que este plenário não admite”, afirmou.
Cássio Cunha Lima foi contra a concessão de palavra ao Nobel da Paz, que “não é detentor de mandato”.
Esquivel estivera, pela manhã, com Dilma no Palácio do Planalto. Fora prestar sua solidariedade em razão do impeachment. Após o encontro, salientou que está “muito claro” que está em curso um “golpe de estado, encoberto sobre o que podemos chamar de golpe branco”.
Reiterou sua posição no Senado a convite de Paim.
Foi sucinto: “Venho ao Brasil trazendo a solidariedade e o apoio de muita gente na América Latina para que se respeite a continuidade da constituição e do direito do povo de viver em democracia. Há grandes dificuldades de um golpe de Estado, que já aconteceu em outros países do continente, como Honduras e Paraguai. Espero que saia o melhor deste recinto para o bem da democracia e da vida do povo do Brasil”.
O argentino Esquivel recebeu o Nobel em 1980 por seu trabalho como coordenador, nos anos 70, da fundação do Servicio Paz y Justicia en América Latina em Medellín, na Colômbia. Advogava a resistência às ditaduras sul americanas através da “não-violência ativa”.
O esperneio da direita com o convidado é de uma hipocrisia abismal. Há duas semanas, Eduardo Cunha e seus capangas deram crachás para Kim Kataguiri e Renan Haas, “líderes” do MBL, circularem pelo Salão Verde às vésperas da votação do impedimento na Câmara.
Ao contrário dos dois pequenos fascistas, porém, Esquivel é respeitado e tem autoridade. Sua atitude já está repercutindo no exterior.
Nossos políticos profissionais querem o monopólio da destruição da imagem da democracia brasileira. Adolfo Pérez Esquivel veio confirmar o que fazem. Deveriam agradecer-lhe pela deferência.
 Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Paulo Metri a Romário: Dilma está sendo expulsa porque Lula e ela acenaram a bandeira do Brasil para os mais carentes

29 de abril de 2016 às 12h02romárioMensagem aberta para Romário

Caro Senador Romário,
Permita-me tratar-lhe sem a reverência que seu cargo exige. Aliás, pelo conceito que tenho de você, aquela reverência seria pouca. Para mim, sua imagem carregando a bandeira do Brasil da janela do avião, que trazia os jogadores de uma campanha vitoriosa na Copa do Mundo, foi uma das que formam o sentimento de brasilidade nos nossos compatriotas.
No mesmo instante, para mim, você passou a frequentar a galeria dos heróis nacionais, o que lhe traz grande responsabilidade. Você é inteligente e não precisaria de um desconhecido vir a lhe dizer o que é já sabido.
O que há de novo nesta mensagem é uma simples interpretação dos fatos atuais. Lembro-lhe que existem seres humanos indefesos contra toda sorte de explorações dos seus próprios semelhantes, devido a condições hereditárias ou à carência dos seus pais ou à maldade dos exploradores, enfim, não por escolha própria do ser.
Em épocas remotas, estes seres eram jogados por seus genitores de penhascos, como uma desumana seleção natural da espécie. Nos dias de hoje, ainda se ouvem notícias desta maldade, quando mães abandonam seus filhos em lixões e no mato.
Contudo, graças à nossa evolução, hoje, existe o Estado, que é criticado por não ser tão eficiente, mas é o único ente protetor do conjunto da sociedade, prestando toda sorte de apoios, sendo mais útil aos mais indefesos.
Desculpe-me por tentar lhe alertar para algo que você, talvez, saiba mais que um vigário sabe sobre o Padre nosso. A razão para Dilma estar sendo expulsa do governo não tem nada a ver com pedaladas fiscais, até porque não ocorreu crime de responsabilidade algum.
Ela está sendo expulsa porque Lula e ela acenaram a nossa bandeira da janela do avião Brasil, principalmente, para os menos favorecidos, inclusive os 36 milhões de seres nascidos no Brasil e que, historicamente, eram jogados do penhasco pela mesma elite que hoje quer expulsar a presidente do controle da nação.
Por isso, além de pedir que não acredite em nada que a Globo e demais mídias convencionais publicam, peço também seu voto contra o presente golpe contra a presidente, que, na realidade, é um golpe contra os mais carentes e indefesos.
Paulo Metri é conselheiro do Clube de Engenharia
Blog do autor: http://www.paulometri.blogspot.com.br/
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PS do Viomundo: A mensagem de Paulo Metri é uma resposta ao ex-jogador que, em discurso, declarou-se a favor do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. É um dos indicados do PSB para a compor a comissão no Senado.
Fonte: VIOMUNDO
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Janaina recebeu R$ 45 mil do PSDB para dar o Golpe!

45? É o país da piada pronta!!!
publicado 29/04/2016
advogada golpe.jpgNo Brasil Post:
Explicação de Janaína sobre impeachment tem alongamento, choro e defesa pessoal
Convidada ao Senado para explicar o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, a jurista Janaína Paschoal, co-autora do pedido, usou a maior parte do tempo para se defender.
Aos senadores, a professora de Direito iniciou dizendo que precisava se defender das acusações que vinha sofrendo. A professora admitiu que trabalhou no governo Fernando Henrique Cardoso, mas disse que nunca viu o ex-presidente. Afirmou também que trabalhou no governo de Geraldo Alckmin, em São Paulo, e que recebeu R$ 45 mil do PSDB para elaborar um parecer, mas enfatizou que o impeachment é apartidário.
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Folha imita Globo e esconde o golpe

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Depois do Globo, agora é a vez da Folha tentar falsear a realidade. Estão desesperados. O golpe midiático faz jus a seu próprio nome: tem de manter os zumbis em estado de alienação até o fim.



É muito louco. Nem Philip Dick, o famoso escritor de ficção científica, imaginaria uma trama tão sinistra.

A matéria menciona várias reportagens que denunciam o golpe no Brasil, e dá um título que inverte o sentido dos próprios textos apontados: "Imprensa internacional não chama impeachment de golpe".

Apenas como exemplo, leia os dois últimos parágrafos da matéria: eles dizem exatamente o contrário do título.

O correspondente do jornal alemão "Süddeutsche Zeitung" foi o que chegou mais próximo de classificar o impeachment de "golpe". Em artigo de opinião intitulado "Quase um golpe: o processo contra a presidente é errado", Boris Herrmann afirma que a palavra golpe não é "necessária nem adequada", mas que o processo tem "contornos golpistas". "A tentativa de se livrar de uma presidente eleita" não é "processo democrático".

Outro correspondente no Brasil de veículo alemão, Jens Glüsing da revista "Der Spiegel", diz: "Partidários de Lula alertam para um 'golpe não tradicional' contra a democracia. Não dá para dizer que essa preocupação seja totalmente descabida", declara.

Ou seja, o jornal alemão diz que o impeachment tem "contornos golpistas", "não é um processo democrático", a outra revista publica um artigo (a matéria na Folha esconde isso) com o título "Crise de Estado no Brasil: o golpe frio", e a Folha publica uma matéria dizendo exatamente o contrário, que a imprensa internacional não chama o impeachment de golpe...

Além de ser um desrespeito à inteligência do leitor, é um atestado de que não apenas estamos diante de um golpe, mas de um golpe eminentemente midiático, que tenta desesperadamente enganar a opinião pública brasileira para que seja consumado.

Todo o texto é surreal.

Um case clássico de inversão de sentido.

Repare nesse outro trecho, que fala do Miami Herald:

O "Miami Herald" também critica a possível destituição."...Impeachment é uma punição exagerada para quebra de regras na administração do orçamento", diz o diário. "Persigam os corruptos e deixem os eleitores decidirem o destino de políticos incompetentes."

Dá vontade de rir. Se a matéria diz que o impeachment não pode ser punição para irregularidades menores de gestão de orçamento, e se insiste que o destino de políticos deve ser julgado pelas urnas, então está dado o recado, né?

O recado do Miami Herald é o seguinte: é golpe!

Com o golpe, a ditadura midiática entrou numa fase de negação primária da realidade.

É uma crise epistemológica radical. O leitor vê um cão, acaricia o cão, ouve-o latir, e aí pega os jornais brasileiros e se depara com a manchete: Eis um gato!

O mais ridículo é que, abaixo da manchete, está a foto de um cão!

Aí o leitor, irritado, vai à imprensa estrangeira. As reportagens da imprensa internacional estampam a foto de um cachorro, os textos falam que é um cachorro, e ainda acusam a imprensa brasileira de tentar enganar seus leitores dizendo que se trata de um gato.

O leitor então, sentindo-se vingado, publica em seu blog, em sua página no facebook, manda para os amigos via whatsapp, as matérias da imprensa estrangeira, acrescentando alguns comentários triunfantes: não falei que era um cachorro? Todos os jornais do mundo confirmam o que eu vi com meus próprios olhos! É um cachorro, ponto final!

E o que faz a imprensa brasileira? Escreve uma matéria dizendo que "a imprensa internacional não diz que é um cachorro", e recorta pedaços de texto em que mostra que tal matéria falou que o bicho late, é provavelmente um buldogue, ou um hotweiiler, mas não usa a palavra "cachorro"...

No fundo, tudo isso é uma grande palhaçada. Um joguinho terminológico infantil e perigoso, porque mesmo que a imprensa no mundo inteiro dissesse que não é golpe, mesmo que nos esfregassem na cara enormes editoriais do New York Times, Le Monde, Guardian, Spiegel, Miami Herald, editorais e reportagens que afirmassem que o impeachment é perfeitamente democrático, aconselhável até, que não é golpe, que as centenas de milhares de brasileiros que saíram às ruas denunciando o golpe estão loucos, mesmo assim, a gente precisaria acreditar em nossos próprios olhos: é um golpe, é um golpe, é um golpe. Porque impeachment precisa apontar crime de responsabilidade, e não há crime de responsabilidade. Ponto. É preciso que se prove "dolo" por parte da presidente, que ela tenha tido a intenção de cometer um crime. O que não aconteceu, nem sequer há qualquer coisa parecida no relatório do impeachment. Então é um golpe!

A imprensa nega que uma parte importante da opinião pública brasileira considera o impeachment um golpe. A própria Folha, há algumas semanas, entrevistou vários intelectuais, e 70% disseram que se trata de um golpe. Oito mil escritores, inclusive vários estrangeiros, assinaram manifesto denunciando o golpe. Outros tanto milhares de juristas brasileiros idem.

O prêmio Nobel da Paz acaba de visitar a presidenta Dilma e ir ao Senado e denunciar: "é um golpe".

Chico Buarque, Wanderley Guilherme dos Santos, Wagner Moura, Gregorio Duvivier, Jean Wyllys, todos denunciam o golpe. Nas capitais, nas semanas que antecederam a votação na Câmara dos Deputados, centenas de milhares de pessoas ocuparam as ruas com cartazes e cantorias contra o golpe.

No próprio dia da votação, Brasília estava ocupada por manifestantes de todo país (muito mais gente, aliás, que os golpistas), todos portando algum tipo de cartaz ou faixa contra o golpe, denunciando o golpe, cantando refrões contra o golpe - nada disso existe ou tem importância para a imprensa brasileira?

No Rio, os movimentos pró-democracia botaram muito mais gente na rua, com mais frequência, mais organização, mais densidade e qualidade, do que os golpistas, e a imprensa brasileira insiste em falsear a realidade!

É um golpe e quiçá um dos golpes mais sórdidos já vistos no mundo, justamente por essa insuportável tentativa de manipular consciências, de deturpar a realidade!

Não à toa, o fotógrafo brasileiro que acabou de ganhar o Pulitzer, Mauricio Lima, protestou contra o golpe no Brasil e denunciou que a liberdade de expressão está sendo violada em nosso país, mostrando um cartaz contra a Globo.

Maurício Lima é um louco? Ele existe? Segundo a Globo e a Folha, Mauricio Lima, ganhador do Pulitzer, não existe, sua opinião não tem importância.

Talvez um desses jornais faça uma matéria amanhã com o título: "Maurício Lima não denunciou o golpe no Brasil". No texto, assinado por um pistoleiro qualquer, virá escrito que Maurício usou a palavra coup, e não golpe...

Existe várias maneiras de se violar a liberdade de expressão: uma delas é censurando; a outra é usando o monopólio da mídia para fazer prevalecer uma mentira; é usar o monopólio para enganar o povo e violar o processo democrático.

Essa é a denúncia de Maurício Lima. Essa é a nossa denúncia, por isso chamamos o golpe de "jurídico-midiático".

A mídia brasileira está fazendo um trabalho sórdido, de enganar a opinião pública nacional, tentando mostrar o impeachment como um processo democrático, o que não é.

O impeachment foi um processo urdido por setores golpistas da imprensa e do Judiciário, mancomunados com Eduardo Cunha, cujo nome dispensa qualificações.

Este impeachment, como foi conduzido, é um golpe.


Fonte: Blog do Miro
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Os senadores não gostaram da visita do Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel

Esquivel falou a verdade - é um golpe - da tribuna do senado, para uma plateia majoritariamente empenhada em abreviar o mandato da presidenta Dilma.

Dilma, ao golpe do arrocho:'Me acusam de ter ampliado gastos sociais e me sinto orgulhosa;é obrigação do presidente eleito pelo voto direto'

Fonte: CARTA MAIOR

O crime que Dilma teria cometido e que justificaria seu afastamento da presidência, as tais pedaladas fiscais, caracterizado como crime de responsabilidade, também foi cometido pelo vice-presidente, Michael Temer, o Franktemer, ou ainda, o Maçom das Trevas. Esse mesmo crime "gravíssimo" também foi cometido por 17 governadores em exercício.

O fato do crime de responsabilidade ter sido cometido também pelo vice presidente e por 17 governadores, não vem ao caso, dirão os senadores. Dirão, ainda, que estão julgando apenas a presidenta Dilma, em um julgamento político, e que jurisprudência é algo da esfera do Poder Judiciário, o que , assim sendo, não justificaria julgamento similar para o Franktemer Maçom das Trevas.

Tais argumentos estão na base, na essência, pilares dessa nova modalidade de golpe de estado do século XXI, a suavidade violenta, que tem na novilíngua um arsenal de armas de manipulação em massa.

O que motiva a fúria contra Dilma, está no fato de a presidenta, e seu partido, o PT, terem optado por governar, prioritariamente, para os mais pobres, os paupérrimos, os miseráveis e os mais carentes.

Paupérrimos como o senador Romário, que na infância no subúrbio da leopoldina, na cidade do Rio de Janeiro, vibrava quando comia arroz com ovo frito, seu prato favorito, segundo palavras do próprio senador. Hoje, Romário, o senador, bem sucedido financeiramente, está ao lado daqueles que , na sua infância, não permitiam que o menino que jogava futebol, pudesse comer ovos fritos com arroz com mais frequência. Coisas da vida.

No espetáculo do senado, que não gostou das palavras verdadeiras do Nobel da Paz, teve a presença da jurista Janaína Paschoal, que afirmou ter recebido R$ 45.000, 00 do PSDB, pela elaboração do parecer pedindo o impeachment da presidenta Dilma.

Com excessos da novilíngua gestual, um espectro encenou Janaína, com direito a lágrimas forçadas típicas de profissionais da televisão, ou do crime, o que hoje em dia não são muito diferentes.

Abaixo, Janaína no senado, e a atriz Vanessa Gerbelli em cena

           a atriz de Janaína atuando no Senado


 o personagem de Vanessa Gerbelli atuando

Nas fotos, o personagem da atriz Vanessa chora, enquanto a atriz do personagem Janaína também chora para justificar o golpe.

Em meio a tantas lágrimas forçadas - uma produto legítimo de trabalho dos atores enquanto a outra expressa aspectos da linguagem da suavidade violenta - o fato é que o golpe em curso, que fará retornar a presidência da república políticas e programas que farão com que uma grande população de brasileiros - não brasileirinhos coitados na visão de Janaína -desprovidos e em situação de risco, mas que durante os governos do PT puderam ascender na escala social, venham a derramar lágrimas verdadeiras, talvez similares as lágrimas derramadas pelo senador Romário na sua infância, quando lhe faltava o arroz com ovo frito.

Com fome, desprezo e exclusão social, não há paz.

Um Nobel da Paz falou aos senadores sobre o golpe que estão aplicando. Um golpe brando, nas palavras de Adolfo Pérez Esquivel, A Suavidade Violenta, nas palavras do PAPIRO.

A democracia ainda não expirou, mas carece de nervos e musculatura que só a largueza das ruas poderá propiciar-lhe. Domingo, no Anhangabaú.

Fonte: CARTA MAIOR




A democracia amputada daqueles que representam 1% da população

Não é estranho que as pessoas não se entusiasmem com esta democracia'

Segundo Chomsky, o apoio às democracias está diminuindo no mundo todo, pois elas não são verdadeiras democracias: as decisões são sempre tomadas por elites

Manuel Muñiz e Pablo Pardo, para El Mundo



– Falando em eleições: os dados da Pesquisa Mundial de Valores (World Value Surveys) revelam que o apoio à democracia está diminuindo em todo o mundo.

– Não estou de acordo. Está diminuindo o apoio às democracias formais, porque não são verdadeiras democracias. Na Europa, as decisões são tomadas em Bruxelas. Nos Estados Unidos cerca de 70% de população, os 70% com menor renda, está totalmente desvinculada do processo político. Isso demonstra que há uma correlação enorme entre o nível econômico e educativo e mobilização política. Não é de se estranhar que as pessoas não estejam entusiasmadas com esse tipo de democracia.

– Existe desencanto com as elites?

– Com certeza. As políticas neoliberais vem sendo muito negativas para as pessoas comuns em todos os lugares. Na Europa, aplicar a austeridade em meio a um quadro de recessão foi algo absurdo, e inclusive os economistas do FMI criticaram os efeitos dessas políticas nos países periféricos da Zona Euro, como a Espanha. É algo que só pode ser explicado como uma luta de classes: o objetivo era minar a democracia e eliminar as conquistas da social democracia, que foram bastante significativas. Portanto, essa resposta não deveria nos surpreender. Porém, os mesmos dados da Pesquisa Mundial de Valores manifestam os ricos são, também cada dia mais céticos com respeito à democracia. Porque há um verdadeiro Estado de bem-estar para os muito ricos, mas os muito ricos querem mais. Não querem que exista limites à sua capacidade de roubar os demais.

– A tecnologia beneficia os ricos?

– Não. Quem ela beneficia ou não é uma questão de preferências políticas.

– Até onde essa situação pode nos levar?

– Talvez a mais democracia. O Podemos não se opõe à democracia, pelo contrário, reivindica mais democracia. Assim como o Syriza, antes de capitular. O caso grego é interessante. Convocaram um referendo, para que os gregos tivessem voz nos assuntos, para que não fosse um processo antidemocrático. Mas foi antidemocrática a reação tão histérica da União Europeia. O Syriza foi pulverizado pelos eurocratas, para demostrar aos europeus que deveriam abandonar toda e qualquer esperança de ter mais democracia.

– A situação é sustentável?

– Eu vejo muito improvável. Quando o centro se colapsa, sobram somente os extremos. Eu sou velho o bastante para recordar os discursos de Hitler na rádio. Recordo a excitação, o medo… assustava. Aquilo aconteceu na Alemanha dos Anos 30. Uma década antes, nos Anos 20, a Alemanha estava no topo da civilização ocidental em termos científicos e culturais. Dez anos mais tarde, se encontrava no abismo mais profundo da História da humanidade. É o que sucede quando o centro desaparece.

– O que você acha da Teoria da Singularidade, que diz que no futuro, algo entre 25 e 100 anos, haverá máquinas que serão capazes de aprender e substituir os seres humanos?

– Uma bobagem. Vamos destruir a nós mesmos muito antes disso, com uma guerra nuclear. E, se não for com uma guerra, será através do aquecimento do planeta.

* Linguista, filósofo e ativista político estadunidense, professor emérito de linguística no Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT

Fonte: CARTA MAIOR
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Avalanche democrática e popular está impondo uma derrota moral aos golpistas

26/04/2016 Redação


Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

A luta pela democracia humaniza
A avalanche democrática e popular está impondo aos fascistas uma derrota moral, e esta é a narrativa que vai perdurar pelas próximas décadas e séculos

por Jeferson Miola, na Carta Maior

O golpe é masculino. O golpe é do Cunha, do Temer, do Aécio, do Serra, do FHC, do Bolsonaro, do Maluf, do Pastor Feliciano, da Globo, da FIESP. O golpe é, enfim, da canalha da Casa Grande contra o povo.

A luta democrática é feminina. A democracia reside no mandato legítimo de uma mulher inocente e íntegra, eleita por 54.501.118 brasileiros e brasileiras, que é vítima de uma farsa, de um julgamento de exceção fraudulento.

O impeachment é pela família, é por deus, pela amante, pela hipocrisia; é pela opressão sexual, moral, patronal e política; é pela corrupção, é da elite pela elite.

A resistência democrática é laica, é horizontal, é plural, libertária, é leal, é popular; a defesa da democracia é inclusiva, é proletária, é plebéia.

Aqueles que desferem o golpe se movem por ódio, rancor e intolerância. São homofóbicos, preconceituosos e racistas.

Aqueles que defendem a democracia agem com afeto, tolerância, respeito, solidariedade e alegria. São negros, jovens, homens, mulheres, crianças, LGBTs que constroem o futuro de esperança.

O golpe é fascista. É o gérmen de um fascismo que os fascistas poderiam, mas não querem conter. O golpe é o paroxismo do delírio e da cólera fascista: um bebê é condenado ao abandono da médica pediatra porque cometeu o crime de nascer do útero de uma mulher petista.

O golpe é a postura terrorista, sádica e anti-civilizacional simbolizada na homenagem do torturador assassino que foi “o pavor da Dilma”. O golpe desumaniza.

O golpe até poderá conseguir roubar o poder no curto prazo; é para isso que labutam as “instituições que estão funcionando normalmente” [sic]. Mas o golpe já perdeu o futuro. No 17 de abril, o dia da “assembléia geral de bandidos”, o golpe perdeu o essencial: perdeu o disfarce da legitimidade.

Depois daquela escatológica “assembléia geral de bandidos comandada pelo bandido Eduardo Cunha”, o golpe jamais vai conseguir adquirir o menor traço de legitimidade. O golpe e os golpistas já estão derrotados: eles perderam a guerra histórica.

A luta democrática venceu. Os democratas são, desde já, os grandes vitoriosos morais. A democracia é melhor. Do lado da democracia estão as pessoas que se entregam de corpo e alma à defesa da liberdade, das Leis e da Constituição, porque sabem que a vida só vale a pena ser vivida se for com liberdade e com respeito às regras comuns, às regras de todos; não de minorias circunstanciais que flanam sobre as Leis e a Constituição.

A avalanche democrática e popular está impondo aos fascistas uma derrota moral, e esta é a narrativa que vai perdurar pelas próximas décadas e séculos.

A vitória desta guerra pertence ao povo, aos progressistas, à esquerda; pertence a aqueles que defendem a democracia. A luta pela democracia no Brasil é um divisor de classes, assumiu um caráter de classe; a democracia é um valor proletário. Contra a democracia está a classe dominante, a burguesia, estão os golpistas fascistas.

A luta pela democracia humaniza e enriquece. Seguramente a esquerda sairá desta guerra menos misógina, menos sexista e menos machista. A direita, em compensação, será ainda mais podre e torpe


Fonte: O CAFEZINHO
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terça-feira, 26 de abril de 2016

Parar o país e atacar tudo aquilo que os ladrões defendem. A guerra está apenas começando

Brasil em chamas contra o golpe



Foto: Jornalistas Livres

Por Altamiro Borges

Os golpistas nativos - alguns deles teleguiados pelos "falcões" dos EUA - achavam que repetiriam no Brasil a mesma experiência dos "golpes suaves" no Paraguai e Honduras, sem enfrentar resistências. Eles menosprezaram a capacidade de reação das esquerdas sociais e políticas do país, que a cada dia intensificam as mobilizações e deixam explícito que não aceitam o impeachment de Dilma e, muito menos, o governo ilegítimo de Michel Temer, o Judas, e Eduardo Cunha, o chefão da máfia. Nesta quinta-feira (28), o #BrasilEmChamas" mostrou que não haverá a paz do cemitério, com o bloqueio de estradas e avenidas e a paralisação de várias universidades. Vão amadurecendo as condições para a realização de uma poderosa greve geral no Brasil em defesa da democracia e dos direitos sociais.

Segundo o próprio site UOL, da famiglia Frias, os protestos desta manhã agitaram o país. O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) bloqueou estradas em oito Estados e no Distrito Federal. Somente em São Paulo, foram 14 bloqueios na região metropolitana. "O objetivo da mobilização é denunciar o golpe em curso e defender os direitos sociais, que entendemos estarem ameaçados pela agenda de retrocessos apresentada por Michel Temer caso assuma a Presidência”, informou o MTST nas redes sociais. Já a União Nacional dos Estudantes (UNE) promoveu "aulas públicas" em diversas faculdades, paralisando as aulas. Em São Paulo, a PM de Geraldo Alckmin - que protege os capangas armados da Fiesp - tentou intimidar os jovens em uma universidade da capital paulista.

Reproduzo abaixo o relato de Gisele Brito, do jornal Brasil de Fato, e volto em seguida:

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MTST bloqueia estradas em nove estados contra o golpe

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e outros grupos integrantes da Frente Povo Sem Medo promovem atos de bloqueio de vias em nove estados do país, a partir das 7h da manhã desta quinta-feira (28). Em São Paulo, os manifestantes fecharam ao menos 10 pontos de grande circulação da cidade. A ação é contra o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, considerado por eles um golpe à democracia, e pela manutenção e avanços em políticas públicas e direitos sociais.

Na capital paulista, os sem-teto fecharam a Avenida Jacu Pêssego, a Radial Leste, as Marginais do Tietê e do Rio Pinheiros, a Giovanni Gronchi, a Avenida Belmira Marin, a Estrada de Itapecerica, a Rodovia Raposo Tavares e a Via Anchieta. Além da circulação de pessoas, os pontos são importantes vias de circulação de mercadorias. Com isso, o movimento pretende dar um recado à classe política e a setores do empresário que vêm apoiando um golpe institucional, como declaram.

Ações semelhantes também ocorrem no Rio de Janeiro - na Ponte Rio-Niterói -, no Rio Grande do Sul, Goiás, Ceará, Pernambuco, Paraná, Minas Gerais, Distrito Federal e em Sumaré, no interior de São Paulo.

“Eles podem dar um golpe institucional, podem estar vencendo no Congresso; mas nas ruas, eles não vão ter sossego, não vão ganhar no tapetão”, afirmou Natália Szermeta, da coordenação estadual do MTST em SP.

Para o movimento, falta legitimidade ao deputado Eduardo Cunha (PMDB) para conduzir o processo de impedimento e para o vice Michel Temer assumir a presidência do país. Apesar dele ter sido votado na mesma chapa que Dilma, a população não o teria escolhido, caracterizando o golpe, afirmam.

Posicionamento

Em março, o MTST divulgou um manifesto fazendo severas críticas ao governo Dilma, mas mantendo posição contrária ao golpe. "Por mais que tenhamos críticas a esse governo, não achamos que os problemas políticos se resolvam golpeando a democracia, passando por cima da Constituição. O que está acontecendo é um golpe feito por dois corruptos notórios. Um deles, o Eduardo Cunha, já é réu. No Brasil, as pessoas não votam para vice, votam para presidente”, disse o comunicado.

Na semana passada, Guilherme Boulous, da coordenação nacional do movimento, havia indicado que a ação estava sendo preparada. Em um vídeo divulgado na última sexta-feira (23), o militante afirmou que o impedimento da presidenta era uma “farsa encenada por mais de 300 picaretas”, se referindo aos deputados federais que votaram pela abertura do processo. Ele também disse que o "jogo não está vencido” e enfatizou a importância da união e reinvenção da esquerda do país, campo político que tem dado apoio à presidenta Dilma e seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, desde que o partido deles, o PT, chegou ao poder, em 2003.

“Reinventar a esquerda passa pelo projeto de radicalização da nossa democracia. Se há algo que ficou claro é que esse sistema político faliu. Está esgotado, não produz mais nada para esse pais. Reinventar também passa pelo combate aos privilégios do 1% que sempre mandaram no Brasil e continuaram mandando nesses anos todos. Combater esses privilégios é fazer reforma urbana, reforma agrária, tributária, auditoria da dívida pública. Ou seja, enfrentar a dívida histórica do estado brasileiro com a maioria do seu povo”, afirmou Boulos.

Coletiva de imprensa

Conforme o MTST divulgou nas redes sociais, na tarde desta quinta-feira haverá uma coletiva de imprensa, em São Paulo, para apresentar o balanço do dia de lutas e dar mais esclarecimentos sobre os objetivos das ações.


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Primeiro de Maio e greve geral

As mobilizações contra o golpe prosseguem nos próximos dias. No domingo, os atos do Primeiro de Maio terão como eixo central a defesa da democracia e dos direitos sociais. CUT, CTB, Intersindical e entidades populares promovem manifestações unitárias em todas as capitais e em várias cidades do interior. Na sequência, no dia 5 de maio, ocorrerão manifestações em frente aos portões da TV Globo e de suas afiliadas para denunciar o "golpismo midiático".

A exemplo do que já ocorreu nas últimas semanas, também podem pipocar novos atos espontâneos contra o retrocesso. O clima é de efervescência. Com base nele, as centrais sindicais já discutem a realização de uma greve geral na véspera da votação da admissibilidade do impeachment no Senado. O aumento da mobilização já preocupa os políticos golpistas - alguns deles até têm evitado retornar às suas cidades - e causa temores no "deus-mercado". Nos últimos dias, vários burgueses - inclusive o presidente do Santander - advertiram para "o risco do caos social". Ou seja: o jogo ainda está sendo jogado!


Fonte: Blog do Miro
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Com trancaço nacional, MTST e Frente Povo Sem Medo respondem ao golpe dos ladrões liderado por Temer e Cunha

28 de abril de 2016 às 10h00

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Contra “agenda de Michel Temer”, MTST fecha vias em 8 Estados e no DF
O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) promove manifestações na manhã desta quinta-feira (28) em defesa de direitos sociais e contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O alvo principal dos protestos é o vice-presidente Michel Temer.
Segundo os organizadores, cidades de pelo menos oito Estados e do Distrito Federal foram palco dos protestos dos movimentos da Frente Povo Sem Medo, que bloquearam ruas e avenidas.
De acordo com o próprio MTST, são 14 bloqueios na região metropolitana de São Paulo.
As manifestações aconteceram simultaneamente em Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Fortaleza, Goiânia, Belo Horizonte, Uberlândia e Brasília.
“O objetivo da mobilização é denunciar o golpe em curso no país e defender os direitos sociais, que entendemos estarem ameaçados pela agenda de retrocessos apresentada por Michel Temer caso assuma a Presidência”, diz comunicado do MTST nas redes sociais.
“Não aceitaremos golpe. Nem nenhum direito a menos”, completa a nota.
São Paulo
Em São Paulo, por volta das 6h40, os manifestantes fecharam rodovias como a Régis Bittencourt (nos dois sentidos, altura do km 29 em Taboão da Serra) e a Raposo Tavares (nos dois sentidos, altura do km 219, perto do Rodoanel) com queima de pneus — a Raposo foi desbloqueada por volta das 7h40, enquanto a Régis começou a ser liberada por volta das 8h05.
A rodovia Anchieta foi bloqueada entre os km 23 e km 24, sentido São Paulo, mas liberada por volta das 8h30.
A pista local da marginal Tietê (sentido rodovia Ayrton Senna, na altura da ponte da Casa Verde), a avenida Giovanni Gronchi (nos dois sentidos, altura da rua Nelson Gama de Oliveira) e a avenida Radial Leste (nos dois sentidos) também foram bloqueadas por volta das 7h — as duas últimas foram desbloqueadas por volta das 8h50.
A marginal Pinheiros (sentido Castelo Branco) tem bloqueios em dois pontos: ponte do Socorro (desbloqueada por volta das 8h20) e ponte do Jaguaré.
Segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, a avenida Jacu Pêssego foi fechada nos dois sentidos às 7h na altura do cruzamento com a avenida Ragueb Chohfi.
Cerca de 100 pessoas participaram da interdição, gritando palavras de ordem contra Temer e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
“Não tem arrego; ou negocia ou não vai ter sossego”, cantavam. A Polícia Militar reagiu com balas de borracha, iniciando a dispersão. Um manifestante foi detido, e a via foi desbloqueada por volta das 7h45.
Rio de Janeiro
No Rio, os movimentos da Frente Povo Sem Medo fecharam nesta manhã a ponte Rio-Niterói, principal ligação entre a cidade de Niterói e a capital fluminense, na região metropolitana do Estado.
A ponte Rio-Niterói também foi bloqueada pelos manifestantes
O protesto ocorreu no acesso à rodovia (BR-101). Os manifestantes colocaram barricadas de fogo na pista sentido Niterói, no perímetro da avenida do Contorno. Eles carregavam faixas e cartazes com palavras de ordem contra Temer.
O bloqueio provocou um longo congestionamento que se estende até a altura do município de São Gonçalo.
O tráfego começou a ser liberado após intervenção do BPRv (Batalhão de Polícia Rodoviária), segundo informações da Polícia Militar. No entanto, as condições do trânsito na região são péssimas.
Por volta das 8h30, havia registro de mobilização dos sem-teto na avenida Brasil, na altura de São Cristóvão, bairro da zona norte da capital fluminense.
Curitiba
Na capital paranaense, a rodovia do Contorno Sul foi bloqueada por cerca de cem pessoas na altura do km 593.
O Movimento Popular por Moradia, que integra o MTST desde 2015, organizou a manifestação. As informações são do “Paraná Portal”.
No protesto de Curitiba, os grupos responsáveis se concentram na “resistência à interferência abusiva do Judiciário, em especial do Dr. Sergio Moro, na política institucional do país, com o intuito de desarticular os governos Lula-Dilma e estabelecer uma nova ordem pró-EUA”.
Fortaleza
Manifestantes do MTST realizam dois bloqueios em Fortaleza. Um grupo ateou fogo em pneus da BR-116, no km 8, e e provocou densa fumaça no local. A manifestação ocorreu em apenas no sentido praia-sertão da estrada.
A PRF (Polícia Rodoviária Federal) informou que, por volta das 8h15, o trecho foi liberado e o trânsito normalizado.
O grupo seguiu em marcha para a sede do Incra e se aglomera na avenida José Bastos. Eles reivindicam reunião com o órgão. A polícia não informou o número de manifestantes.
Fonte: VIOMUNDO
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Post: protestos antecipam ruptura se Temer assumir

Manifestantes fecham trinta estradas
publicado 28/04/2016
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Do jornal americano Washington Post:
Manitesfações  de protesto contra o processo de impeachment que ameaça a Presidente Dilma Rousseff ocuparam dezenas de estradas em trinta cidades, provocando longas filas, na hora do rush dessa quinta-feira 28/abril. Os organizadores dizem que fecharam 30 estradas. Essa foi uma amostra da ruptura civil que os que defendem a presidente ameaçam realizar.

Brazil’s anti-impeachment protesters block highways at rush hour

NITEROI, Brazil -- Demonstrators protesting the impeachment process threatening Brazilian President Dilma Rousseff occupied dozens of highways in major cities during rush hour Thursday morning, causing long backups. Organizers claimed that 30 highways in nine Brazilian states were blocked.

It was a taste of the civil disruption that the president’s supporters threaten if, as seems likely, Brazil’s Senate decides to suspend her and stage an impeachment trial in a vote next month.

An overwhelming majority of lawmakers in the Chamber of Deputies, the lower house of Brazil’s National Congress, have already voted in favor of Rousseff’s impeachment on charges that she manipulated government accounts.

Many lawmakers voting for her ouster blamed an enormous corruption scandal at state-run oil company Petrobras that has implicated members of Rousseff’s Workers’ Party and its coalition allies.

Rousseff has not been formally accused of any corruption offenses, and Brazil is split between those who demand her removal and those who say she is the victim of a bloodless, right-wing coup.

“You are either in favor of impeachment or against it. There is no maybe,” said Felipe Peçanha, 27, from the independent media collective Midia Ninja, which published photos and video from roadblocks across Brazil.

In Sao Paulo, a dozen major highways were blocked by red-shirted protesters from the Homeless Workers’ Movement. Local television reported traffic chaos in South America’s biggest city. Roadblocks were also reported in Recife, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre and the capital, Brasilia.

“We will not accept the coup,” said a statement from the People Without Fear Front — an umbrella group of about 30 left-wing organizations behind Thursday’s roadblocks. Protesters say Rousseff’s vice president, Michel Temer, will reduce pensions and the housing and cash transfers that poorer Brazilians receive if he takes over.

In Niteroi, around 50 protesters from the Homeless Workers Movement blocked the main access highway to the road bridge that crosses the bay to Rio de Janeiro — the Olympic city's equivalent of the Brooklyn Bridge — with a row of burning tires. They waved banners and chanted: “Here are the people, unafraid to fight.”

The group says it represents 40,000 families, many from the outer suburbs of Brazilian cities where public services such as sanitation are shoddy and crime and poverty are constant threats. It organizes members to occupy unused land and then negotiates with the government to build them low-cost homes.

“To achieve housing is the first step,” said Vitor Guimarães, 25, a political science graduate and one of the group’s unpaid coordinators. “From there, you go to a whole conjunction of rights.”

Those protesting in Niteroi said housing was as important to them as the fight against Rousseff’s impeachment.

Jessica Celestino, 23, said the protests would end “when I have a house.” Elizabete Fernandes, 48, said she thought impeachment was “horrible.”

Just over half an hour after the Niteroi demonstration started, the protesters filed off the highway, firemen hosed down the smoldering tires, and the traffic began to roll. Bystanders said they supported the protest.

On May 1, Brazilian unions plan nationwide demonstrations and cultural events to protest impeachment and demand “more rights and democracy.”

But Ricardo Ismael, a professor of political science at Rio's Pontifical Catholic University, said the protests will make no difference. "The tendency is that the Senate will give impeachment," he said.

Guilherme Simões, 31, who marshaled the Niteroi demonstrators, said that even if Rousseff is removed, the activists would confront a Michel Temer administration with more protests and occupations.

“The coup looks consolidated. But the role of social movements is to face this government of the traditional right,” Simões said.
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Todo Poder emana do Povo e em seu nome será exercido
















Fonte: Blog do Miro
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Guardian dá outra sova em Marinho
Respeitado jornal inglês trata a Globo como é: Golpista



David a João Roberto: 
história da Globo e da família Marinho no Brasil é infame

A partir do The intercept:
JOÃO ROBERTO MARINHO ME ATACOU NO GUARDIAN E TENTOU ENGANAR O MUNDO.

Fonte: CONVERSA AFIADA
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Ex-premier italiano diz que Dilma sofre perseguição política

Massimo D'Alema afirmou que saída seriam novas eleições

Fonte: JORNAL DO BRASIL
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Comício das Diretas Já levou um milhão de pessoas à Candelária em 1984

Aconteceu no dia 10 de abril de 1984, um dia de semana, em um dia típico de outono na Cidade do Rio de Janeiro.

Nada de manifestação na praia de Copacabana aos domingos como as manifestações que acontecem atualmente.

A manifestação por eleições diretas foi no centro da cidade, na Av. Presidente Vargas, local de manifestações políticas, espontâneas, transformadoras, revolucionárias.

A praia de Copacabana tem sido, historicamente, o local de manifestações da Parada Gay, mas que , neste ano de 2016, reuniu manifestações de pessoas favoráveis ao impeachment de Dilma, como ocorreu no dia 17 de abril. 

Coisa de gente comandada por emissora de televisão.

Os meses de abril, maio e junho, historicamente, são meses de grandes manifestações políticas na cidade do Rio de Janeiro.

Naquele 10 de abril de 1984, o carioca ocupou o centro da cidade por eleições diretas para presidente da república, em defesa da Democracia, da restauração democrática , da liberdade, da justiça.

O carioca queria varrer de vez a ditadura, o autoritarismo, a violência do Estado, e vibrou ao ouvir o 1° artigo da Constituição Brasileira nas palavras do jurista Sobral Pinto:


"Todo Poder emana do povo, e em seu nome será exercido"

                                                            10 de abril de 1984 - carioca pede diretas já 
Passados 32 anos daquele memorável dia, o Brasil , assiste hoje, abril de 2016, incrédulo, uma quadrilha de bandidos ladrões de alta periculosidade, ratazanas,  manobrando para assaltar o Poder ,tal qual fizeram em 1964 com o golpe civil-militar que instalou uma ditadura sanguinária de 21 anos no país.
bessinha sim sim sim
17 de abril de 2016 - votação pela admissibilidade do processo de impeachment na Câmara dos Deputados
Os 54 milhões de votos que elegeram Dilma presidente em 2014, o poder que emanou do povo, estão sendo usurpados por uma quadrilha de bandidos, com apoio de uma parcela da população brasileira que gosta de se manifestar, pelo menos aqui no Rio de Janeiro, aos domingos na praia de Copacabana.

Os ladrões e bandidos querem rasgar a constituição do país.

                                                            17 de abril de 2016- Constituição no lixo
A História teima em se repetir, colocando em cena praticamente os mesmos personagens, tanto do lado dos que lutaram pela Democracia como do lado dos golpistas.

A farsa do golpe, hoje com um verniz democrático-parlamentar- jurídico-midiático, se materializa através de um processo de impeachment de Dilma sem fundamento jurídico, mas que políticos ladrões validam o processo perante a opinião pública como sendo um julgamento político, logo, válido no jogo político.






História que se repete
Campanha pelo impeachment é violentamente sexista, avalia NYmag. Revista norte- americana publica artigo onde critica: perseguição contra Dilma evidencia um pesado e histórico preconceito contra as mulheres
“Não há dúvidas de que o processo de impeachment advém de um longo histórico de tratamento misógino relegado à Dilma”

“Como esses homens disseram, ‘tchau, querida’, o Brasil se prepara para dizer olá novamente ao passado que – apesar dos imensos esforços de Rousseff e outros – não foi deixado para trás”


Se assim for, cabe ressaltar que a ação popular, o povo ocupando e se manifestando nas ruas, pode interferir no jogo político.

Todo Poder Emana do Povo E Em Seu Nome Será Exercido.

O golpe em curso, que para os golpistas na novilíngua trata-se de um jogo político, é um golpe dos quatro Poderes - Executivo (Temer), Legislativo, Judiciário e Imprensa - contra o quinto Poder, o Poder do Povo.

                        Injustiça com Pilatos
                     
A charge do sempre genial Aroeira, desta vez, foi injusta.
Injusta com Pôncio Pilatos, bem entendido.

Porque até ele, dizem versões, ficou perplexo com a decisão da turba de que Jesus Cristo deveria ser executado e Barrabás, poupado.

                                                        Fonte: TIJOLAÇO
Por outro lado, é certo que a maioria da população brasileira está insatisfeita com o atual governo. No entanto, insatisfação não é motivo para impeachment, que somente pode acontecer quando caracterizado um crime grave cometido pelo presidente da república. Não existe nenhum crime grave, de responsabilidade, cometido pela presidenta Dilma. Então é golpe. Não, não é golpe, dizem os que defendem o impeachment. Dizem ainda que a Presidenta não é criminosa, não cometeu crimes, que o processo de impeachment é político e motivado pela voz das ruas, como afirmaram vários parlamentares. Ora, se o processo é motivado pela voz das ruas que deseja a saída da presidenta, essa mesma voz das ruas não deseja que o vice assuma a presidência. Ou ainda, essa mesma voz das ruas, a maioria do povo brasileiro, deseja mudanças no comando do país com eleições livres e diretas para presidente em outubro deste ano.

Eleições diretas para presidente este ano é algo que não estava no script do golpe, já que a participação do povo no processo de impeachment em curso só é aceitável quando o povo estiver nas ruas comandado por aqueles que defendem o impeachment, como no caso das manifestações na praia de Copacabana, por exemplo.

Hoje, a filha do maçom das trevas afirmou que eleições diretas para presidente da república este ano seria um golpe. Não. Não seria um golpe.Talvez seja a saída mais sensata para uma crise criada por ratos que desejam usurpar a vontade do povo. No entanto, pelas pesquisas de intenção de votos, nenhum dos defensores do impeachment, a maioria ratos fortes e bem nutridos, aparece com chances de sequer passar para um segundo turno em possíveis eleições de outubro. Aliás, tem sido assim por 13 anos. A maioria da população brasileira tem rejeitado ratos históricos que hoje desfilam com desenvoltura pelos salões do Poder em articulações por cargos , poder e verbas, em um ilegítimo, impopular, sem voto, governo do Maçom das Trevas.

A voz do povo, tão citada e enaltecida pelos golpistas para justificar um assalto à democracia, é ignorada quando se manifesta com soluções para crise, como no caso de eleições para presidente em outubro deste ano.

Se submeter a vontade do povo, nunca foi e não é a vontade de grupos historicamente contrários a Democracia no Brasil.




























segunda-feira, 25 de abril de 2016

A Dança dos Vampiros do Congresso

Aparece o “Ibope fantasma”. E as notícias são ruins, muito ruins para a direita.

unir
Na coluna de José Roberto de Toledo, do Estadão, os números da pesquisa Ibope que vem sendo cuidadosamente escondida da população.
E que são a prova da inviabilidade política de Michel Temer.
“A pressão popular por uma chegada antecipada é grande: 62% querem eleger um novo presidente já. Pouca gente aprecia as alternativas. Só 25% defendem a permanência de Dilma e meros 8% preferem um governo do vice Michel Temer. O problema para a imensa maioria dos eleitores é que esses 8% concentram-se em Brasília – em especial no Congresso, no Palácio do Jaburu, no Supremo e – a ver – no Tribunal Superior Eleitoral.”
Entre quem diz ter votado em Dilma em 2014, as opiniões estão divididas: 45% são pró-continuidade, e 44%, pró-eleição. Entre os que votaram em Aécio Neves (PSDB), três em cada quatro gostariam que Dilma e Temer saíssem, e um novo eleito entrasse: 77%, contra 13% pró-Temer. 
Colocado em ordem direta: embora a maioria não queira nenhum dos dois, há três brasileiros que preferem ter Dilma presidente do que Temer lá.
Não consta da análise de Toledo, mas ontem o jornal O Globo informa que a pesquisa foi parcialmente feita antes do show de horrores do impeachment na Câmara.
O restante da pesquisa, embora na minha opinião irrelevante no momento, mostra, do lado tucano,  Aécio com 11% de intenção de voto; Alckmin com 6% e Serra com 7%.  Considerados os que “só votariam neles”, as taxas são de 5%, 1% e 2%, respectivamente.
Não há pesquisa sobre Temer. Generosamente, fica-se com o Datafolha, que lhe dá 2% de intenção de voto.
No Ibope-fantasma, Marina tem 12% e 6%, segundo os mesmos critérios. Já Bolsonaro, 5% e 4%, o que denota solidez que dificilmente perderia. Ciro Gomes fica com 4% e 1%.
E Lula, o maldito?
19% votariam nele com certeza e 14% só mesmo nele.
A pesquisa mostra todos com altos índices de rejeição: entre os 46% de Marina e os 65% de Lula, todos estão no mesmo patamar que diziam, antes, ser o dos candidatos inviáveis, o de 40%.
Só quem fica de fora dele, com 34%, é Bolsonaro.
O que serve, apenas, para mostrar que não dá para considerar mecãnicamente os índices de rejeição, porque hoje ela é a tudo e a todos.
Mas fica claro que quem tem garrafas para vender – como candidato e como articulador – é justamente o cidadão que se dedicam a destruir há quase dois anos.
Lula é o fantasma que os assusta e os faz fugir de eleições.
Fonte: TIJOLAÇO
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Ibope: Lula lidera em votos definidos com 19%, seguido por Marina e Aécio; Bolsonaro encosta em Alckmin e Serra; Temer tem 8% antes de se entregar às bancadas BBB

Fonte: VIOMUNDO
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Talvez a pesquisa Ibope, que ficou alguns dias escondida, explique porque os jornais de hoje, segunda-feira, dão destaque a vazamentos da Lava jato que poderiam levar Lula à prisão.

Os golpistas, sem legitimidade perante a maioria da população, segundo as pesquisas, agora querem a todo custo tirar Lula do circuito político. Prendendo ou até mesmo matando o líder do PT.

Um golpe sem legitimidade não pode ser aprovado pela Comissão do Senado que inicia hoje os trabalhos. No entanto, os senadores que dizem ouvir a voz do povo certamente aprovarão o golpe na Comissão. Seria interessante que os senadores dissessem que vozes teriam ouvido para aprovar o golpe impopular.

Que os senadores saibam ler a voz do povo através de uma pesquisa que foi feita antes do vexame de 17 de abril último, na Câmara dos Deputados :

- 8% aprovam Temer na Presidência;

- 25% defendem a permanência de Dilma na Presidência,

- 62% querem eleger um novo Presidente já.

Os senadores, aprovando o processo de impeachment - golpe -, estarão ao lado de apenas 8%.

É a voz do povo ou a voz das trevas ?

Querem tirar Dilma, sem um crime comprovado, querem prender Lula, sem também crimes comprovados, para depois, quem sabe, poder fazer eleições diretas para presidente.

Ouvindo a voz das trevas - a Plutocracia - o senado estará ouvindo a voz daqueles que por muitos anos, nos subterrâneos, aguardam e desejam o momento da grande festa. 


A Dança dos Vampiros, um belo filme de Roman Polansky, se materializará no Brasil através do golpe, onde os mortos -vivos sairão sedentos de suas sepulturas para comemorar a volta das trevas no país do cruzeiro.
Cabe ainda ressaltar, que o percentual de 25% que defendem a permanência de Dilma na Presidência é algo significativo,1/4 da população brasileira.
De certo e significativo, e´que a esmagadora maioria da população brasileira quer mudança, e essa mudança não é a figura vampiresca de Temer entrando pela porta dos fundos.



Com a palavra o Senado, que se não souber ler a realidade, que venha a voz e a força das ruas.