terça-feira, 29 de março de 2016

Por que socialismo ?

Por que socialismo? Por Albert Einstein

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(Einstein de bike em 1933)
Em maio de 1949, o físico alemão radicado nos EUA Albert Einstein (1879-1955) resolveu escrever um artigo defendendo o socialismo na revista de esquerda norte-americana Monthly Review, que acabava de ser lançada. Nele, Einstein diz por que advoga uma visão socialista do mundo. Quanta atualidade no que ele diz!
Este é o texto que inspirou o pré-candidato à presidência dos EUA, Bernie Sanders, a se definir como socialista ainda na juventude. “Uma vez perguntei para ele o que queria dizer com ‘socialista’ e ele se referiu a um texto que também tinha sido fundamental para mim, ‘Por que socialismo?’, de Albert Enistein”, conta um amigo de Bernie, Jim Rader, neste artigo. “Acho que a ideia básica de Bernie sobre socialismo é tão simples quanto a formulada por Einstein.”
Leiam, traduzi para vocês.
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Por que socialismo?

Por Albert Einstein, para a Monthly Review
É aconselhável que alguém que não é um expert em assuntos econômicos e sociais expresse suas visões sobre o socialismo? Acho que sim, por várias razões.
Vamos primeiro considerar a questão sob o ponto de vista do conhecimento científico. Pode parecer que não há diferenças metodológicas essenciais entre astronomia e economia: cientistas em ambos os campos tentam descobrir leis gerais para aplicar a certo grupo de fenômenos e possibilitar que a inter-relação desses fenômenos seja tão compreensível quanto possível. Mas na realidade essas diferenças metodológicas existem. A descoberta de leis gerais no campo da economia se torna difícil pelo fato que os fenômenos econômicos analisados são frequentemente afetados por diversos fatores muito difíceis de avaliar separadamente. Além disso, a experiência acumulada desde o começo do chamado período civilizado da história humana tem, como bem sabemos, sido largamente influenciada e limitada por causas que não são exclusivamente econômicas por natureza. Por exemplo, a maioria dos países mais importantes deve sua existência à conquista. A conquista de outros povos os estabeleceu, legal e economicamente, como a classe privilegiada do país conquistado. Eles conquistaram para si mesmos o monopólio da propriedade de terra e escolheram líderes eclesiásticos entre suas próprias fileiras. Os padres, no controle da educação, transformaram a divisão de classes da sociedade em uma instituição permanente e criaram um sistema de valores no qual as pessoas passaram a guiar seu comportamento social,  muitas vezes inconscientemente.
Mas a tradição histórica é, por assim dizer, de ontem; em lugar algum realmente superamos o que Thorstein Veblen chamou de “fase predatória” do desenvolvimento humano. Os fatos econômicos observáveis pertencem àquela fase e até mesmo as leis que derivam deles não são aplicáveis a outras fases. Como o real propósito do socialismo é precisamente superar e avançar a fase predatória do desenvolvimento humano, a ciência econômica em seu estado atual pode jogar pouca luz na sociedade socialista do futuro.
Em segundo lugar, o socialismo objetiva um fim ético-social. A ciência, no entanto, não pode criar fins e muito menos inculcá-los em seres humanos; a ciência pode fornecer, no máximo, os meios para atingir certos fins. Mas os fins são concebidos por personalidades com elevados ideais éticos –quando estes fins não são natimortos, mas vitais, vigorosos–, e são adotados e levados adiante por aqueles muitos seres humanos que, parte deles de forma inconsciente, determinam a lenta evolução da sociedade.
Por estas razões, temos de estar atentos para não superestimar a ciência e os métodos científicos quando se trata de uma questão de problemas humanos; nós não deveríamos presumir que os especialistas são os únicos que têm o direito de se expressar em questões que afetam a organização da sociedade.
Incontáveis vozes vêm assegurando há algum tempo que a sociedade humana está passando por uma crise, que sua estabilidade foi gravemente abalada. É característico desta situação que indivíduos se sintam indiferentes e até hostis ao grupo, pequeno ou grande, ao qual pertencem. Para ilustrar o que digo, deixe-me recordar uma experiência pessoal. Recentemente discuti com um homem inteligente e bem disposto sobre a ameaça de outra guerra, o que, em minha opinião, poderia seriamente pôr em risco a existência da humanidade, e salientei que somente uma organização supra-nacional poderia oferecer proteção contra este perigo. Em seguida, meu visitante, muito calma e friamente, disse: “Por que você se opõe tão profundamente ao desaparecimento da raça humana?”
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(Einstein de pantufas)
Tenho certeza que até um século atrás ninguém faria uma declaração destas com tamanha tranquilidade. É a declaração de um homem que que se esforçou em vão para alcançar o equilíbrio consigo mesmo e que de certa maneira perdeu a esperança de conseguir. É a expressão de uma dolorosa solidão e isolamento que muitas pessoas estão sofrendo atualmente. Qual é a causa? Há alguma saída?
É fácil levantar tais questões, mas é difícil respondê-las com algum grau de certeza. Eu devo tentar, entretanto, da melhor maneira que posso, apesar de estar muito consciente do fato de que nossos sentimentos e impulsos são frequentemente contraditórios e obscuros e não podem ser expressados em fórmulas simples e fáceis.
O homem é, ao mesmo tempo, um ser solitário e um ser social. Como um ser solitário, ele tenta proteger sua própria existência e a daqueles que lhe são mais próximos, para satisfazer seus desejos pessoais e desenvolver suas habilidades natas. Como um ser social, ele procura ganhar o reconhecimento e a afeição dos seus semelhantes, compartilhar prazeres com eles, confortá-los em suas dores, e melhorar suas condições de vida. Somente a existência dessas variadas aspirações, frequentemente conflitantes, contribui para o caráter de um homem, e a específica combinação delas determina quanto um indivíduo pode conquistar em equilíbrio interno e ao mesmo tempo contribuir para o bem estar da sociedade. É possível que a relativa força destes dois impulsos seja, na maioria, herdada. Mas a personalidade que finalmente emerge é formada pelo ambiente em que o homem se acha durante seu desenvolvimento, pela estrutura da sociedade onde ele cresce, pela tradição daquela sociedade e pelo apreço dela por tipos particulares de comportamento. O conceito abstrato de “sociedade” significa o indivíduo humano sendo a soma total das suas relações diretas ou indiretas com seus contemporâneos e com todas as pessoas das gerações anteriores. O indivíduo pode falar, sentir, ambicionar e trabalhar por si mesmo; mas ele depende tanto da sociedade –em sua existência física, intelectual e emocional– que é impossível pensar nele, ou entendê-lo, fora da moldura da sociedade. É a sociedade que lhe dá comida, roupas, um lar, as ferramentas de trabalho, o idioma, as formas de pensamento e a maioria dos conteúdos de pensamento; sua vida se torna possível através do trabalho e das habilidades de muitos milhões no passado e no presente que estão ocultos detrás da pequena palavra “sociedade”.
É evidente, portanto, que a dependência de um indivíduo em relação à sociedade é algo natural, que não pode ser abolido –assim como ocorre com as formigas e as abelhas. No entanto, enquanto todo o processo de vida das formigas e das abelhas é fixado até os mínimos detalhes por rígidos instintos hereditários, o padrão social e os inter-relacionamentos dos seres humanos são muito variáveis e sujeitos a mudanças. Memória, a capacidade de fazer novas combinações e o talento da comunicação oral tornaram possíveis acontecimentos entre os seres humanos que não são ditados por necessidades biológicas. Tais acontecimentos se manifestam em tradições, instituições e organizações; em literatura; em conquistas científicas e de engenharia; em trabalhos artísticos. Isto explica como, de certa forma, o homem pode influenciar sua vida através da conduta, e que neste processo o pensamento e a vontade consciente podem desempenhar um papel.
O homem adquire no nascimento, por hereditariedade, uma constituição biológica que podemos considerar fixa e inalterável, incluindo as necessidades características da espécie humana. Mas, durante sua vida, ele adquire da sociedade também uma natureza cultural, através da comunicação e muitos outros tipos de influências. É esta natureza cultural que, com a passagem do tempo, é objeto de mudança e determina a maior parte das relações entre indivíduo e sociedade. A antropologia moderna nos ensinou, ao fazer comparações com as chamadas culturas primitivas, que o comportamento social dos seres humanos pode ser enormemente variado, a depender dos padrões culturais e do tipo de organização que predomina na sociedade. É nisto que aqueles que se empenham em melhorar a condição humana devem fundamentar suas esperanças: os seres humanos não estão condenados, por sua natureza biológica, a aniquilar uns aos outros ou estar à mercê de um destino cruel auto-infligido.
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(Einstein na praia em Long Island em 1939)
Se nos perguntarmos como a estrutura da sociedade e a natureza cultural do homem pode ser mudada para tornar a vida humana o mais satisfatória possível, devemos estar constantemente conscientes de que há certas condições que não somos capazes de modificar. Como mencionei, a natureza biológica do homem não é, para qualquer propósito prático, sujeita à mudança. Além do mais, os avanços tecnológicos e demográficos dos últimos séculos criaram condições que vieram para ficar. Em populações relativamente densas, com os bens que são indispensáveis à continuidade de sua existência, uma divisão extrema do trabalho e um aparato produtivo altamente centralizado são absolutamente necessários. Foi-se o tempo –que, olhando para trás, parece tão idílico– em que indivíduos ou pequenos grupos podiam ser completamente auto-suficientes. Há pouco exagero em dizer que a humanidade se constitui em uma comunidade planetária de produção e consumo.
Cheguei no ponto onde posso indicar brevemente o que para mim constitui a essência da crise de nosso tempo. Tem a ver com a relação entre o indivíduo e a sociedade. O indivíduo se tornou mais consciente do que nunca de sua dependência em relação á sociedade, mas ele não vê esta dependência como algo positivo, como um laço orgânico, uma força protetora, e sim como uma ameaça a seus direitos naturais ou até mesmo à sua existência econômica. Mais ainda, sua posição na sociedade reforça que os impulsos egoístas de sua natureza sejam constantemente acentuados, enquanto seus impulsos sociais, naturalmente mais fracos, se deterioram progressivamente. Todos os seres humanos, não importa que posição tenha na sociedade, estão sofrendo este processo de deterioração. Prisioneiros, sem se dar conta, de seu próprio egoísmo, se sentem inseguros, sozinhos e privados do simples, primitivo e sem sofisticação desfrute da vida. O homem pode encontrar sentido na vida, curta e perigosa como é, somente se devotando à sociedade.
A desordem econômica da sociedade capitalista que existe hoje é, em minha opinião, a real fonte do mal. Vemos diante de nós uma enorme comunidade de produtores cujos membros estão se esforçando em privar uns aos outros dos frutos do trabalho coletivo –não pela força, mas em total cumplicidade com regras legalmente estabelecidas. A este respeito, é importante perceber que os meios de produção –quer dizer, a total capacidade produtiva que é necessária para produzir bens de consumo assim como os bens de capital– podem ser legalmente, e a maioria é, propriedade privada de indivíduos.
Para simplificar, a seguir chamo de “trabalhadores” todos aqueles que não compartilham a propriedade dos meios de produção –apesar de não corresponder exatamente ao costumeiro uso do termo. O dono dos meios de produção está em posição de usar a força de trabalho do empregado. Usando os meios de produção, o trabalhador produz novos bens que se tornam propriedade do capitalista. O ponto essencial deste processo é a relação entre o que o trabalhador produz e como ele é pago, ambos medidos em termos de valor real. Como o contrato de trabalho é “livre”, o que o trabalhador recebe é determinado não pelo valor real dos bens que produz, mas por suas mínimas necessidades e pela demanda capitalista por força de trabalho em relação ao número de trabalhadores competindo pelas vagas. É importante entender que até mesmo em teoria o pagamento do trabalhador não é determinado pelo valor do seu produto.
O capital privado tende a ficar concentrado em poucas mãos, parte por causa da competição entre os capitalistas, e parte porque o avanço tecnológico e a crescente divisão do trabalho encorajam a formação de unidades de produção maiores em detrimento das menores. O resultado disso é uma oligarquia do capital privado cujo enorme poder não pode ser efetivamente questionado nem mesmo por uma sociedade democraticamente organizada politicamente. Isto se comprova quando sabemos que os membros das casas legislativas são selecionados pelos partidos políticos, largamente financiados ou pelo menos influenciados por capitalistas privados que apartam o eleitorado da legislatura para todas as finalidades práticas. A consequência é que, na realidade, os representantes do povo não protegem suficientemente os interesses dos setores menos privilegiados da população. Pior: normalmente, os capitalistas inevitavelmente controlam, direta ou indiretamente, as principais fontes de informação (imprensa, rádio, educação). É então extremamente difícil, e em alguns casos impossível, para o cidadão, chegar a conclusões objetivas e fazer uso inteligente de seus direitos políticos.
A situação dominante em uma economia baseada na propriedade privada do capital é, assim, caracterizada por dois fatores principais: primeiro, os meios de produção (capital) pertencem a proprietários que os utilizam como querem; segundo, o contrato de trabalho é livre. Claro, não existe uma sociedade capitalista pura neste sentido. De fato, é preciso notar que os trabalhadores, através de longas e amargas lutas políticas, tiveram sucesso em assegurar uma forma melhorada do “contrato de trabalho livre” para certas categorias. Mas, tomando-se como um todo, a economia de hoje não se difere muito do capitalismo “puro”.
A produção é guiada pelo lucro, não pelo uso. Não existe garantia de que todas as pessoas hábeis para o trabalho estarão sempre em condições de achar emprego; um “exército de desempregados” quase sempre existe. O trabalhador vive em constante medo de perder seu emprego. Já que os desempregados e os trabalhadores mal pagos não constituem um mercado rentável, a produção de bens de consumo é restrita, e a consequência é um grande sofriment . O progresso tecnológico frequentemente resulta em mais desemprego, em vez de reduzir o fardo de trabalho para todos. O desejo de lucro, em conjunção com a competição entre os capitalistas, é responsável pela instabilidade na acumulação e utilização do capital, que leva a depressões cada vez mais severas. Competição sem limite leva a um enorme desperdício do trabalho e à deterioração da consciência social dos indivíduos que mencionei antes.
Eu considero esta deterioração dos indivíduos o pior mal do capitalismo. Todo o nosso sistema educacional sofre deste mal. Uma atitude competitiva exagerada é inculcada no estudante, que é treinado para idolatrar o sucesso adquirido como uma preparação para sua futura carreira.
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(Cabelos ao vento)
Estou convencido de que só há um modo de eliminar estes males, o estabelecimento de uma economia socialista, acompanhada de um sistema educacional orientado por objetivos sociais. Numa economia assim, os meios de produção são de propriedade da sociedade e são utilizados de uma forma planejada. Uma economia planejada que ajusta a produção às necessidades da comunidade distribuiria o trabalho a ser feito entre os que são hábeis para trabalhar e garantiria o sustento a todo homem, mulher e criança. A educação do indivíduo, além de promover suas próprias habilidades natas, faria com que se desenvolvesse nele um senso de responsabilidade por seus semelhantes em vez da glorificação do poder e do sucesso da sociedade atual.
É necessário lembrar que uma economia planejada ainda não é socialismo. Uma economia planejada pode vir acompanhada pela completa escravização do indivíduo. A conquista do socialismo requer a solução de alguns problemas sócio-políticos extremamente difíceis: como é possível, tendo em vista a abrangente centralização do poder político e econômico, impedir que a burocracia se torne todo-poderosa e onipotente? Como os direitos do indivíduo podem ser protegidos para garantir um contrapeso democrático ao poder da burocracia?
Ter clareza sobre estas questões e problemas do socialismo são de grande significado nesta época de transição. Como, sob as circunstâncias atuais, a discussão destes problemas de forma livre e sem obstáculos se tornou um tabu poderoso, considero que a fundação desta revista representa um importante serviço público.
Fonte: SOCIALISTA MORENA
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Ladrões julgando o destino do país. É o capitalismo

LA Times: Dilma não é acusada de corrupção, os que a julgam sim

publicado em 29 de março de 2016 às 10:57
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Tradução parcial
“Dos 65 integrantes da comissão de impeachment, 37 enfrentam acusações de corrupção ou outros crimes sérios, segundo dados preparados para o Los Angeles Times pela organização local Transparência Brasil”.
“Dos 503 membros da Câmara Federal, 303 enfrentam acusações ou estão sendo investigados. No Senado, o mesmo vale para 49 dos 81 integrantes”.

“[Dilma] Rousseff, por outro lado, nunca foi investigada formalmente ou acusada de corrupção, embora ela seja enormemente impopular e culpada politicamente pela profunda recessão econômica. Ela era chefe do conselho de diretores da Petrobras, a estatal do petróleo, quando a empresa estava envolvida no esquema de propinas que os investigadores da Lava Jato descobriram. Mas, para tirá-la do cargo, os deputados se apoiam na acusação de que a presidente violou regras do Orçamento para esconder o tamanho do déficit — eles argumentam que esta é uma ofensa suficiente para impeachment”. 
Fonte: VIOMUNDO
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Só a mobilização do povo salvará o Brasil do caos em que o lançam


domino
As crianças más, mesquinhas e mimadas, preferem destruir um brinquedo a esperar a sua vez de usá-lo.
Embora o Brasil não seja um brinquedo e contenha em si  duas centenas de milhões de vidas humanas,  permitam-me a comparação.
A ambição de poder dos sem-voto – e Michel Temer é muito mais isso do que qualquer líder tucano, até – está detonando uma corrida de apetites que nem mesmo vergonha tem de se exibir.
Porque, é obvio, Temer pode ter a força para retirar um pilar do desgastado Governo Dilma, mas não tem, nem nas próprias forças, nem numa aliança que não seja totalmente subalterna, para erguer outro que não seja objeto de um loteamento faminto do Governo e uma chantagem permanente.
Pior, com várias portas abertas para que não seja o desfecho, mas o intermezzo de uma situação imprevisível.
Eduardo Cunha, depois de ser o principal operador da degola presidencial,  aceitará uma solução que implique cortar o seu próprio?
Os tucanos, agora tão silenciosos, trêmulos diante de sua rejeição na turba de classe média que exige o linchamento, vão se contentar em ter o comando da economia, fazer o serviço sujo de cortar os programas sociais e não ter a hegemonia que a vaidade que lhes assola? Olhem as personalidades de Fernando Henrique, José Serra e Aécio Neves, em ordem crescente de mediocridade e veja se são capazes de se conformar com algo que não o próprio trono…
O lixo geral dos pequenos (e de “boa” parte dos grandes) partidos terá de ser saciado imediatamente, com cargos, financiamentos e contratos. E às vésperas de eleições sem financiamento privado, imaginem…
Marina Silva, cujos apetites fizeram uma pessoa amarga e odiosa que a expressão vítrea dos olhos  mal disfarça, trabalha abertamente para pressionar o TSE, com ou sem impeachment – e com será muito mais fácil – casse o mandato de Temer pelas mesmas razões pelas quais – e apeada do poder e maldita politicamente – se aponta a Dilma e não poderá ela se defender.
Gilmar Mendes, por isso mesmo, tem o eventual “mandato” de Temer preso pela gravata, tal e qual fosse uma coleira e, ao mesmo tempo, é a espada de Dâmocles dos tucanos sobre a cabeça do ambicioso vice, agora tornado rainha desta nada Inglaterra.
Na extrema direita, os dentes do fascismo já procuram mais presas. O jovem energúmeno que foi promovido pela Folha a porta-voz da juventude “coxinha”, já anuncia hoje que se voltará contra Marina e seu “petismo verde”, a dar uma pista de que nova cor de camiseta poderá ser usada sem risco nas ruas.
Sobre Bolsonaro, “o mito”, dispensam-se comentários sobre seus compromissos e intenções.
E do outro lado, o que haveria?
Uma massa ferida e sangrando a destruição do maior líder popular das últimas décadas, que se pode erodir, demolir em parte mas cujos alicerces – e nem as pesquisas o negam – permanecem sólidos e, mais ainda, entranhados profundamente na alma do povão que assiste perplexo o que se passa.
Poderia colocar outros ingredientes explosivos, mas creio que já se viu que o caldeirão dos aprendizes de feiticeiro tem um conteúdo que não pode, em hipótese alguma, desembocar em qualquer situação de estabilidade.
Mesmo que os agentes econômicos possam manifestar certa euforia pós-golpe – pela possibilidade de abocanharem o pré-sal, as reservas internacionais do país (pela via dos juros) e arruinar os direitos trabalhistas e previdenciários -.  a crise política com que potencializaram os problemas da economia não vai cessar, mas agravar-se.
Os “investiment grades” das agências de classificação de  risco são nada perto de um país com as ruas conflagradas.
Contra tudo isso, diante da – tibieza já é muito fraca expressão – anomia do principal garantidor da Constituição, o Supremo, só o que resta é a mobilização do crescente sentimento legalista do país
O povo é a única coisa que nos separa do caos.
Fonte: TIJOLAÇO
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Dia 31 Atos em Defesa da Democracia * confirmados * Convite à todos os Brasileiros que não querem Golpe no Brasil.



Avalanche democrática e popular vai deter o golpe

Os golpistas querem fazer o Brasil regredir ao tempo das escravas domésticas. É contra esse retrocesso que esta avalanche democrática e popular se insurge.

Jeferson Miola



Uma impressionante avalanche democrática e popular está tomando o Brasil.

Todos os dias, em muitas cidades de todas as regiões do país, se organizam assembléias, manifestações, passeatas, debates, reuniões, festas e encontros em defesa da democracia. São jovens, crianças, homens, mulheres, operários, intelectuais, trabalhadores, camponeses, profissionais liberais. As ex-empregadas domésticas da Casa Grande e os bons democratas de todas as origens formam um oceano humano apaixonadamente entregue à luta de resistência contra o golpe.

Um oceano de gente de todas as cores, de todas as raças, de todas as diversidades, de todas as pluralidades. Um oceano de gente louca pela liberdade e pela justiça ocupa as ruas, as praças, teatros, sindicatos, auditórios, escolas, as universidades – numa celebração emocionante em defesa da legalidade, do Estado Democrático de Direito e da Constituição.

Nesta trincheira de resistência – consciente e alegre – cabem todas as bandeiras, menos as bandeiras do ódio, da violência e da intolerância. Estas últimas, são marca registrada dos golpistas carrancudos, mal humorados e monocromáticos que só querem destruir; que não sabem construir – aliás, como deve ser cinzenta e aborrecida a vida de fascista movido a ódio, rancor e raiva.

A imprensa manipuladora, liderada pela Rede Globo e outras cinco famílias que deturpam a opinião pública no país, já não conseguem deter esta avalanche democrática e popular. Desta vez, a Globo não vai conseguir repetir o que fez em 1964 entorpecendo consciências; não vai conseguir emplacar um regime totalitário como aquele que por 21 anos sequestrou o futuro do Brasil.

Iludem-se aqueles que pensam que acelerar o golpe pode facilitar as coisas e antecipar a solução final para a crise, porque a cada movida no tabuleiro golpista, novas e mais poderosas ondas desta avalanche democrática e popular vão se formando.

A cada movimento do Temer, Cunha, FHC, Serra, Aécio, Moro, Janot, Gilmar, PF, MPF, DEM, PPS, PTB, PP etc para tentar derrubar a Presidente Dilma, um estágio superior de consciência democrática é alcançado.

A estas alturas dos acontecimentos, nada poderá deter a reação popular contra o golpe. A resistência democrática está atingindo o patamar que fez falta em 1954 e em 1964: Getúlio não teria se suicidado e os militares e a Globo não teriam instalado uma ditadura sanguinária.

Aqueles que promovem a ruptura da ordem democrática fraturam a convivência política e dividem o país, e por isso responderão pelas conseqüências da violência que estão promovendo.

Uma impressionante e poderosa avalanche democrática e popular está tomando o Brasil. A direita fascista está atraindo a favela para a Avenida Paulista. O povo pobre que vai descer o morro para defender a democracia descobriu o valor de poder ingressar na Universidade, de viajar de avião e de ser tratado com dignidade.

Os golpistas querem fazer o Brasil regredir ao tempo das escravas domésticas e do exército de 40 milhões de excedentes do mercado de trabalho. É contra esse retrocesso que esta avalanche democrática e popular se insurge. É uma questão de auto-defesa

Fonte: CARTA MAIOR
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Um terror de amor

Mulher de Pedro Bial se declara para o apresentador: 'O mais amado'

Bial, que completa 58 anos nesta terça-feira, está casado com Maria Prata desde maio do ano passado

O DIA
Rio - O apresentador Pedro Bial completa 58 anos nesta terça-feira. Maria Prata, mulher de Bial, postou no Instagram uma foto em que aparece beijando o marido e fez uma declaração de amor. "Hoje é aniversário do homem mais amado nesse mundo", escreveu Maria Prata na legenda da foto. Pedro Bial e Maria Prata estão casados desde maio do ano passado.

Fonte: O DIA
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 o mais amado e a apaixonada nos preparativos para o casamento
o mais amado e a apaixonada no dia do casamento
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a apaixonada em foto após a cerimônia de casamento
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o  mais amado em momento de extrema felicidade
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a apaixonada em foto na viagem de lua de mel
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o mais amado em momento íntimo
o mais amado e a apaixonada com familiares
o mais amado e a apaixonada na festa do casamento










Lava Jato vai atrás de Lula mas fisga peixe grande em Paraty

Lula ao NY Times: foram me investigar e acharam a Globo.

lulanyt
No Facebook, Lula divulga trecho de sua entrevista, dada ontem aos correspondentes estrangeiros, onde responde a uma pergunta de Simon Romero, do The New York Times,  sobre como se sentiu com a divulgação de suas conversas pessoais ao telefone, grampeadas e publicadas por Sérgio Moro.
Depois de falar do constrangimento de qualquer pessoa em ter devassada sua privacidade em conversas que nada tinham a  ver com as investigações, Lula conta o que está publicado hoje no Viomundo – e só apareceu porque os blogs investigaram: que a apreensão de papéis que procuravam vinculá-lo ao apartamento no Guarujá encontrou foi a presença da Globo no misterioso caso da mansão de Parati.
A gravação mostra um Lula sereno, sem ira. Mas, com motivos, angustiado com o papel que a Justiça, através de Sérgio Moro, vem assumindo em relação a ele

Fonte: TIJOLAÇO
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Anotação em documento liga herdeira da Globo diretamente a três empresas offshore, uma delas a Vaincre, dona da mansão de Paraty

publicado em 28 de março de 2016 às 21:54
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Do Garganta Profunda
Uma anotação manuscrita no que parece ser o controle de uma conta bancária liga diretamente Paula Marinho, filha de João Roberto Marinho e herdeira do Grupo Globo, à Vaincre LLC,  empresa offshore baseada em Nevada, nos Estados Unidos, que é uma das donas da mansão de concreto na praia de Santa Rita, em Paraty.
Em mensagens enviadas a blogs, João Roberto sustentou que a filha não tem relação com a casa, nem com nenhuma das empresas ligadas à mansão ou ao ex-marido dela, Alexandre Chiappetta de Azevedo.
Porém, a anotação na página 17 do documento de apreensão número 9 levanta dúvidas sobre esta versão.
O nome de Paula, uma das netas preferidas do patriarca da família, Roberto Marinho, aparece ao lado de três pagamentos feitos à Mossack & Fonseca, empresa panamenha especializada em criar empresas laranja.
Em geral, estas empresas são utilizadas para esconder patrimônio, burlar o imposto de renda ou lavar dinheiro de origem duvidosa.
O nome da Vaincre LLC é um dos mencionados. A Vaincre é sócia da Agropecuária Veine Patrimonial na propriedade da Paraty House.
Uma recepcionista informou recentemente a um repórter que a Veine ocupa uma sala na sede da Lagoon, na avenida Borges de Medeiros, 1424, Rio de Janeiro. A Lagoon é do ex-marido de Paula.
A informação é consistente com a possibilidade de Paula e Alexandre serem sócios na mansão: Veine (Alexandre)/Vaincre (Paula).
A Vaincre LLC é sócia de uma segunda empresa no Rio de Janeiro, a Shiraz Participações, com o pai de Alexandre, Marco Aurélio de Azevedo.
Vaincre, Veine e Shiraz dividem um mesmo endereço de correspondência: rua Bulhões de Carvalho, 296, apartamento 610.
Também era o endereço de correspondência de uma sociedade entre João Roberto Marinho e a filha Paula: a FN5 Participações Ltda. O dono do Grupo Globo, em mensagem ao blog Tijolaço, diminuiu a importância deste fato dizendo que o ex-marido de Paula havia autorizado a utilização do endereço e que ele era sócio minoritário.
Na anotação que consta no documento apreendido na Mossack & Fonseca o nome de Paula também aparece associado a outras duas offshore: a A Plus Holdings, baseada no Panamá, e a Juste, criada nas Ilhas Seychelles.
A A Plus é integrante do consórcio permissionário do estádio de remo da Lagoa Rodrigo de Freitas, um contrato que vem sendo questionado através de duas ações do Ministério Público do Rio de Janeiro.
Uma ação pretende recuperar o patrimônio público, alegando que o estádio foi entregue em 1997 ao casal Alexandre/Paula sem licitação. A herdeira dos Marinho assinou o primeiro aditivo do contrato como fiadora.
A segunda ação é para reaver todo o investimento feito por governos do Rio no estádio, onde o permissionário opera cinemas, restaurantes e clube noturno. É um dos endereços mais desejados do Rio. O valor investido em duas reformas gira em torno de R$ 30 milhões. O MP argumenta que as reformas deveriam ter sido bancadas pela empresa permissionária.
Apesar de ter se instalado no estádio com a promessa de fortalecer o remo, duas décadas atrás, a empresa Glen/Glem/Lagoon não o fez: o Brasil tem remotas chances de conquistar uma das 42 duas medalhas que estarão em jogo nas Olimpíadas de 2016.
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A terceira empresa associada a Paula Marinho no documento apreendido na Mossack & Fonseca é a Juste International, criada em nome de Lúcia Cortes Pinto, moradora do bairro do Grajaú, no Rio. Tentamos ouvir Lúcia por telefone, mas ela desligou. A Juste aparece associada a outras duas empresas, de origem desconhecida: a Direhold e a Shareton.
Foi numa anotação em que o nome dela vinha acompanhado do valor 3.741,00 e da data 27 de julho de 2015, além do que parece ser o número de uma conta bancária: 576764-15.
Nesta segunda anotação, no entanto, além do nome de Paula aparecem três valores, os nomes A Plus, Vaincre e Juste e a data 27 de junho de 2015.
Isso é consistente com o pagamento de taxas de manutenção de empresas de fachada à Mossack. O banco destinatário é o FPB Bank Inc, do Panamá.
As anotações manuscritas foram apreendidas na mesa de Ricardo Honório Neto, funcionário da Mossack. Tudo indica que foram feitas por ele. Ricardo chegou a ser preso e em seguida libertado pelo juiz Sérgio Moro. O depoimento dele será essencial para confirmar o grau de envolvimento de Paula Marinho com as empresas offshore.
A quebra do sigilo fiscal da herdeira da Globo permitirá à Policia Federal rastrear os pagamentos feitos por ela. É uma forma de obter provas muito mais sólidas do que aquelas que ligam o ex-presidente Lula ao triplex do Guarujá ou ao sítio de Atibaia.
PS do Viomundo: Este post foi atualizado para acréscimo de informações.
Fonte: VIOMUNDO
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Esse peixão da foto aí, ó, a lava jato do Moro fisgou lá em Paraty.

Não pegou o Lula, mas encontrou isso aí.


PM da velha mídia. PM do golpe

PM detém criança de 7 anos em protesto no DF

O garoto protestava pacificamente, junto com o pai, contra o impeachment e pela democracia.

Najla Passos


A mesma Polícia Militar (PM) que garante a segurança - e até posa para selfies - com a elite branca e rica que vai as ruas clamar pelo impeachment da presidenta Dilma Russeff, adota comportamento bem diverso quando a pauta do protesto é a defesa da democracia e os atores sociais são negros e pobres da periferia.

Na quinta (24), a PM do Distrito Federal chegou a deter uma criança de 7 anos que participava pacificamente, junto com o pai, Chico Carneiro, da manifestação organizada pela Frente Povo Sem Medo, que reúne movimentos sociais contrários ao golpe democrático em curso, como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST).

A detenção ocorreu quando os manifestantes chegaram à sede da TV Globo de Brasília. Outros manifestantes, como o educador Yuri Soares, que protestava contra o impeachment e a favor da democracia, também foram levados pela Polícia. Todos eles foram liberados posteriormente, dado que não havia razão para sustentar o abuso policial.

De acordo com o jornalista Vinicius Borba, que participou da manifestação e gravou em vídeo os excessos policiais, nenhum deles cometeu nenhum ato que justificasse a detenção e uso excessivo da força. “Com ações como essa, perde a democracia, perde a educação para a democracia”, denunciou.

Fonte: CARTA MAIOR
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Professor descobre em sala de aula como a mídia desinforma

publicado em 27 de março de 2016 às 20:44
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Meme disseminado por adversários do impeachment e charge de Ivan Cabral sobre a Globo
por Fábio Garrido*
Ontem num debate sobre ética em uma aula minha percebi o resultado da estratégia da manipulação midiática.
Todos os meus alunos achavam que o processo de impeachment contra a Dilma (golpe) era por causa da Lava Jato.
Quando comecei a explicar que a tese do impeachment (golpe) era de que a presidenta usou dinheiro da Caixa Econômica Federal para manter os programas sociais eles ficaram perplexos.
— Mas professor, ela não roubou?
— Não, não é acusada de ter roubado um único centavo. A única coisa que fez foi colocar dinheiro público de um banco estatal em programas sociais, e depois, devolver esse dinheiro à Caixa.
Isso foi suficiente para passarem a se posicionar contra o impeachment e se sentirem enganados pelos meios de comunicação que misturam uma coisa com a outra o tempo todo.
Agora pergunto: isso é fazer propaganda petista ou cumprir com a minha obrigação como professor de filosofia de questionar a massificação da propaganda ideológica golpista feita pelos meios de comunicação?
Acredito firmemente que a função da filosofia no ensino médio deva ser possibilitar que os alunos pensem criticamente a sociedade. Isso significa pensar por conta própria. E numa época de mídia de massa onde os meios de comunicação, principalmente a Globo que comprovadamente já participou de alguns movimentos golpistas na nossa história, determinam os rumos da política, temos a obrigação de desconstruir a ideologia dominante.
Ideologia essa que nos leva a passos largos para o abismo fascista.
Adorno após a Segunda Guerra já nos alertava da necessidade de uma Educação pós-Auschwitz.
Não temos portanto o direito de aderir à histeria da classe média, frustrada em suas pulsões consumistas durante um período de crise mundial.
Nem o niilismo, nem o individualismo pós-moderno atendem as necessidades de enfrentar o avanço fascistizante.
Apenas o apelo à razão, tão surrada nos últimos tempos, nos serve neste momento.
As classes se levantam e se conflitam no movimento dialético da história. Não há espaço para torres de marfim.
Heidegger não foi perdoado. Já conhecemos o mundo onde pisamos. Faz-se urgente transforma-lo.
Ou deixaremos a tristeza e a servidão como únicas heranças para os pensadores(as) do futuro.
O golpe está em andamento diante dos nossos olhos. O silêncio não é uma opção.
*Professor de Filosofia da Rede Estadual de Minas Gerais; membro da Direção Estadual do Sindute

Fonte: VIOMUNDO
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