sábado, 20 de fevereiro de 2016

FHC e Globo. Precisa desenhar ?

Entenda em 10 passos como FHC e Globo se tornaram um único escândalo

February 20, 2016 08:46      



Entenda em 10 passos como FHC e Globo se tornaram um único escândalo

Mansão da família Marinho ilegal em Paraty (RJ), mesadão de FHC para Mirian Dutra, Brasif e Globo. O que esses elementos têm em comum? Confira o passo a passo da Fórum e ajude a mídia livre a montar esse ‘quebra-cabeças’ de escândalos

Por Redação

Baseada em apurações feitas pela mídia livre – com o silêncio da imprensa tradicional diante das recentes informações que envolvem o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, sua ex-amante Mirian Dutra, a mansão da família Marinho em Paraty e a Brasif, empresa de Jonas Barcellos – a Fórum montou um passo a passo das últimas descobertas desse assunto e de como elas se relacionam entre si.

1 - No dia 11 de fevereiro, o Diário do Centro do Mundo publica uma reportagem sobre o triplex da família Marinho em Paraty e aponta que este imóvel foi construído em área de preservação ambiental. Ao mesmo tempo informa que a casa estava em nome da Agropecuária Veine

2 - No mesmo dia, na Revista Fórum é publicada a matéria revelando que a nova esposa de FHC comprou um imóvel de R$ 950 mil reais e que, no mercado imobiliário, dizia-se que ele havia sido um presente do ex-presidente

3 - A Rede Brasil Atual publica uma reportagem onde explica que a casa dos Marinho em Paraty estava em nome de uma offshore do Panamá, a MF Corporate Servic, empresa do Grupo Mossack Fonseca.

4 - O Tijolaço mostra que o helicóptero utilizado pelos Marinho era operado, até dezembro do ano passado, pelo Consórcio Veine – Santa Amália.

5 - O Viomundo apresenta documentos de que o registro da Veine, na Anac, foi tranferido para a Vattne Administração, companhia que funciona na mesma sala da Cia Bracif Consórcio Empreendimento Luziania, empresa da Brasif.

6 - O Tijolaço informa que a a Santa Amália, empresa que fazia consórcio com a Veine na operação do helicóptero dos Marinho, tem sede na fazenda do dono da Brasif, Jonas Barcelos.
Jonas Barcellos é pecuarista e dono da Brasif, multinacional que atua em setores diversos como venda de máquinas pesadas, biotecnologia animal e varejo de roupas.

7 - Mirian Dutra dá uma entrevista no jornal digital Brazil com Z na Espanha e fala, entre outras coisas, que se ‘autoexilou’ para não atrapalhar a reeleição de FHC e que teria sido forçada a dizer em entrevista que o filho Tomás não era dele, mas de um biólogo.

8 - No dia seguinte ela fala com Natuza Nery e Mônica Bergamo, ambas da Folha de S. Paulo e conta que recebia de FHC, por intermédio da Brasif, uma mesada de 3 mil dólares por mês.

9 - FHC dá respostas contraditórias. Primeiro ele diz, a Natuza Nery, que nunca enviou recursos por empresas para Mirian Dutra. No dia seguinte, com a matéria de Mônica Bergamo, ele afirma que isso foi há 13 anos e que vai esperar a empresa, a mesma Brasil de Jonas Barcelos, em que está registrado o helicóptero da Globo, se manifestar.

10 -Brasif: anote este nome. Ela é a ligação entre FHC, a Globo, o helicóptero da Globo, o triplex dos Marinho e o mesadão de 3 mil dólares de Mirian Dutra.


Arte: Raphael Sanchez/Revista Fórum


Fonte: REVISTA FÓRUM
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FHC era próximo de lobista, dizem aliados

Fernando Lemos, dono da Polimidia, acertou pagamentos à Mirian Dutra
publicado 20/02/2016
bessinha inhainhados
Saiu na Fel-lha:
Entre empresas
Três políticos próximos a Fernando Henrique Cardoso afirmam que Fernando Lemos, dono da firma de comunicação Polimidia, era próximo do ex-presidente. Mirian Dutra diz que recebeu dinheiro pela Brasif, a pedido de FHC, e que os detalhes foram acertados por Lemos, que fora casado com sua irmã. Dados levantados agora mostram que a Brasif contratou os serviços de consultoria da Polimidia entre 1993 e 2010, período que abrange o tempo de FHC no Palácio do Planalto.

Eu não
Um aliado de FHC classificou o laço com Lemos como de “amizade”. O ex-presidente nega. Sob o comando de Fernando Lemos, a Polimidia floresceu na década de 90 e se tornou uma das mais influentes empresas de gestão de crise da capital federal. Ele morreu em 2012.

Longa carreira
Antes de montar a Polimidia, o empresário foi, por duas vezes, secretário do Distrito Federal, ocupando as pastas de Cultura e de Comunicação.
Fonte: CONVERSA AFIADA
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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Enganador apaixonado



Como FHC enganou o país. Por Palmério Doria


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por Palmério Doria, no Brasil 247
Muito antes das expressões "bullying" ou "assédio moral" se tornarem corriqueiras, pude comprová-las na pele. Inicialmente na forma de sutis consultas, telefonemas despretensiosos, convites para almoços ou cafés.
Eu, o saudoso Sérgio de Souza, o grande editor de Caros Amigos, e todos os colegas envolvidos na apuração da histórica matéria que revelaria ao Brasil a proteção da imprensa a Fernando Henrique Cardoso no caso de seu filho de 8 anos com Miriam Dutra, jornalista da Rede Globo.
Era o verão de 2000. Entre a definição da pauta, em fevereiro, e a publicação da reportagem que entrou para a história do jornalismo independente em nosso país, em abril, meu caráter foi submetido a leilão. Reportagem, aliás, classificada pelo jornalista Ricardo Setti ainda outro dia no Roda Viva como "irresponsável", sem qualquer contestação dos colegas ali reunidos.
Instalado, durante todo o mês de março, num hotel de luxo dos Jardins, o lobista Fernando Lemos ofereceu dinheiro, empregos, sinecuras e distribuiu ameaças. Tudo para que a tal reportagem não fosse publicada. Eu (ou meus companheiros de Caros Amigos) poderia ter ficado rico, me tornado alto funcionário da Petrobras (como propuseram, e hoje "defendem" a Petrobras), resolvido os crônicos problemas de caixa de Caros Amigos ou o que pedisse. Tudo me foi oferecido, sem rodeios.
Contei tudo isso em detalhes no livro "O Príncipe da Privataria" com Mylton Severiano, outro mestre soberano (Geração Editorial, várias edições), responsabilizei o lobista Fernando Lemos, cunhado de Miriam Dutra e "operador" de FHC, em inúmeras matérias aqui e acolá. Uma delas, em 27 de junho de 2011, no Brasil 247, sob o título A Última Exilada, com o qual Miriam Dutra hoje se apresenta. De nada.
Nem Lemos (morto em 2012), nem FHC, nem Miriam me processaram. Fernando Lemos morreu biliardário e não se deu ao trabalho de gastar um mísero centavo para tentar provar que seu comportamento, por mim relatado, não havia sido nefasto e corruptor. Enfim, faz 16 anos e estou sentado, na cadeira de balanço, debaixo da jaqueira, na curva do rio e sequer uma interpelação judicial.
Com um atraso de exatos 15 anos e 10 meses, Miriam Dutra resolve contar o que revelamos no outono de 2000. Antes tarde do que nunca.
Hoje, nas páginas da Folha – que à época, em discreta nota na coluna Painel justificou seu tumular silêncio, apelando para a surrada tese de que seria uma questão relativa à vida pessoal de FHC e de sua ex-amante - explode a entrevista bombástica de Miriam. Está tudo lá. Um repeteco ampliado e pormenorizado do que há 16 verões publicamos diante do silêncio indecente da grande imprensa.
E há acréscimos importantes: aparece uma das tais empresas nas Ilhas Cayman que arrepiam as penas do tucanato; o nome da Brasif, empresa detentora do negócio bilionário dos Free-shop nos aeroportos fazendo favor financeiro ao presidente da República (imaginem se fosse o Lula); as contas recheadas de FHC em bancos no exterior; a bolsa família paga com dinheiro arrecadado pelo lobista entre empresários que tinham relação promíscua com o governo de FHC; a relação lodosa com o filho que ele teria reconhecido e não teria reconhecido; um apartamento de milhares de euros na cara Barcelona presenteado ao filho que é filho e não é filho; a grave declaração de Miriam de que houve fraude no exame de DNA (quem comprou um Congresso Nacional para se reeleger não compraria um funcionário de laboratório?) Entra na dança Mario Sergio Conti, aquele que entrevistou o sósia do Felipão como se fosse o próprio treinador em plena Copa do Mundo, que em 2000 me brindou com impropérios pelo telefone. Agora como o jornalista que usou sua condição de diretor de redação de Veja para lançar um cortina de fumaça sobre a gravidez da jornalista, em conluio com Fernando Henrique, além engavetador-geral de matérias.
Resta uma pergunta à própria imprensa, aos justiceiros do Ministério Público, aos irrequietos delegados da Polícia Federal, aos plutocratas de São Paulo que viajam em seus jatinhos até Nova York e vestem seus smokings cheirando naftalina em regabofes cafonas organizados pelo João Dória (pausa para sonora e gostosa gargalhada) para louvar o presidente que quebrou o Brasil três vezes; às "senhoras" de Higienópolis; aos Marinho, aos Frias, aos Saad e aos falidos Civita e Mesquita, além dos patéticos paneleiros de todo o Brasil:
Vocês não se envergonham de dizer que não sabiam de tudo isso?
Lembra aquela foto do FHC pedante, imperioso, deslumbrado. "Umbigo delirante" (licença, Millôr). Retrato em branco e preto de alguém que não amadureceu. Apodreceu. Muito longe do cicerone de Sartre no Brasil dos anos 50, ou do exilado no Chile, ou do aplicado professor auxiliar do mestre Florestan Fernandes.
Não se pode negar que FHC enfim caiu na boca do povo. Não enganou só Dona Ruth. Nem só a amante, por ele abandonada. Ele enganou todo um país.
Palmério Doria é jornalista e escritor, autor do livro “O Príncipe da Privataria”

Fonte: O CAFEZINHO
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A ENTRADA DE SERRA NO CASO FHC-MÍRIAN. POR PAULO NOGUEIRA


por Paulo Nogueira18 de fevereiro de 2016



Nota do PAPIRO: A foto acima foi no velório da esposa de FHC

Velhos companheiros: FHC e Serra

E eis que Serra entra no escândalo Mírian-FHC.

Não que, a rigor, seja novidade. Os conhecedores da história sabem que Serra foi um dos articuladores da operação ‘Cala Mírian’, nos anos 1990.

Mas agora a história rompeu a Conspiração do Silêncio contra Mírian, feita para proteger a candidatura presidencial de um mau marido, mau amante e mau pai.

E Serra entra a seu modo: usando dinheiro público. A irmã de Mírian, Margrit Dutra, é funcionária fantasma do gabinete de Serra.

É um velho hábito dele. Virtualmente toda a família de Soninha foi empregada no governo de São Paulo quando Serra ocupava o Palácio dos Bandeirantes.

Nada melhor do que ser generoso com o dinheiro do outro, Serra sabe. Você recebe a gratidão sem ter que mexer na carteira.

Aécio, com os múltiplos amigos, parentes e agregados que empregou em Minas, conhece bem essa cartilha.

A importância do episódio está em desmascarar a pregação cínica de Serra (e Aécio) a respeito de meritocracia.

Eles falam em meritocracia — o ato de montar uma equipe com base em talento e mérito, em vez de compadrio e interesse pessoal – tanto quanto a desrespeitam.

Isso se chama demagogia. Isso é uma atitude corrupta.

Serra tenta defender o indefensável dizendo que a irmã de Mírian trabalha em casa.

Para repetir a grande frase de Wellington, quem acredita nisso acredita em tudo.

Quem mexer no Senado vai encontrar, certamente, vários casos além do de Serra.

A filha do protagonista do presente escândalo, FHC, estava lotada no gabinete do ex-senador Heráclito Fortes sem pisar lá.

Como o PSDB é amigo da mídia, nada é noticiado.

Não fosse o surgimento do jornalismo digital, tudo isso continuaria a não ser noticiado, e demagogos como FHC, Serra e Aécio poderiam fazer seus discursos cínicos de falsos Catões.

Considere o caso Mírian.

Ele só se tornou amplamente conhecido por causa da internet. Não fosse a modesta revista digital Brazil com Z, que deu voz à namorada rejeitada de FHC, e ficaria escondida entre poucos privilegiados a lama que veio à tona para milhões de brasileiros.

A imprensa – que sempre soube de tudo – corre agora para falar de um assunto em que ela teve um papel vital.

Até o Globo, que manteve Mírian na folha de pagamentos por anos em troca do seu silêncio, está correndo atrás da história depois que ela viralizou nas redes sociais.

E a Folha, que sempre alegou que era um caso de interesse privado para não noticiar o caso, agora faz sucessivas entrevistas que desmentem a tese indecente sob a qual o jornal acobertou FHC.

Não será surpresa se a Folha reivindicar que o grande furo foi seu, ao dar a empresa que ajudou FHC a pagar um mensalão para Mírian.

Bastava o mínimo de empenho para descobrir todos os horrores que demonstram cabalmente que se trata de um fato de enorme interesse público.

A internet livrou a sociedade da manipulação da mídia. Essa é a principal conclusão duma história de amor que se transformou numa trama de terror.

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Um pesadelo para as oposições e para a velha mídia

Tratamento distinto para duas Mirians: FHC negociou cala boca de dentro do Planalto, com empresa que tinha concessão em aeroportos

publicado em 18 de fevereiro de 2016 às 22:13
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Miriam Cordeiro, no programa eleitoral de Fernando Collor, também apareceu repetindo denúncias sem provas no Jornal Nacional;  o dia da despedida de FHC (ao lado de Ruth) e Mirian Dutra no Globo Repórter, em 1994,  uma de suas raras aparições como repórter em Portugal, depois do exílio




 Como a mídia enganou a opinião pública para proteger FHC


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Comentário: Azenha aponta o óbvio. Empresa usada para pagar mesada à amante de FHC tinha contratos com o governo. E o caso aconteceu DURANTE o mandato dele.
por Luiz Carlos Azenha
As últimas horas foram tragicômicas, pelo esforço dos fãs do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em desqualificar Mirian Dutra e o próprio debate que ela gerou ao dar entrevista para a revista Brazil com Z, da Espanha — mais tarde, acrescentou detalhes falando à Folha.
Isso, ainda que FHC tenta admitido a existência do contrato fictício da empresa Brasif.
Que eu tenha lido, disseram que ela recebeu dinheiro do PT para mentir, que é uma tentativa de tirar o foco do triplex e do sítio respectivamente visitado e frequentado por Lula, que ela age movida pelo ódio típico de uma ex. Num país machista como o Brasil, eu não estranharia nem se dissessem que Mirian seduziu FHC e enredou o pobre senador, 30 anos mais velho do que ela, numa armadilha com o objetivo de extorquí-lo continuamente.
Triste, né? FHC, um sociólogo que se dizia de esquerda e foi casado com a antropóloga Ruth Cardoso, defendido pela turma que culpa mulher pelo estupro.
Os dois — FHC e Mirian — tiveram um relacionamento duradouro, cujos detalhes são assunto estritamente privado. Mirian apresentou o seu lado da moeda e FHC está certo ao não travar um debate público sobre isso.
Podemos deixar a hipocrisia de lado?
Quantos homens e mulheres — de poder ou não — têm seus flings, casos, namorados, amantes e assim por diante?
Não foi um orgulho para os franceses o fato de o presidente François Miterrand ter sido enterrado na presença da mulher e da amante?
Hillary Clinton, nos Estados Unidos, um símbolo feminista para parte do eleitorado, não engoliu as patéticas escapadas do Bill para preservar sua própria carreira política? Quem somos nós para julgar?
Porém, não me parece “assunto pessoal” quando um homem poderoso, um senador que tem ao seu lado o PIB e a mídia do Brasil, decide comprar o silêncio de uma ex-namorada.
Mirian decidiu ter o filho (pouco importa de quem).
Vocês já se colocaram no papel dela, uma jornalista que estava prestes a ter o segundo filho? Que mãe não sacrificaria sua vida pessoal — que foi o que ela fez — para ter condições de dar o melhor aos filhos? Enquanto isso, FHC preservou sua carreira!
Espantoso, na verdade, é a conspiração de silêncio que, em nome da candidatura de FHC ao Planalto, ocorreu. Com a conivência pessoal e, pior, institucional, daqueles que mais tarde se beneficiariam das políticas de FHC.
Mirian denunciou que foi levada a dar uma entrevista falsa à revista Veja. E ela não mentiu. Leiam que coisa patética a nota publicada pela coluna Gente da revista Veja, segundo a jornalista engendrada por FHC com o diretor da VejaMário Sergio Conti, aquele que “entrevistou” o Felipão:
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Sim, sim, eu sei: Mirian poderia ter se negado a mentir. Mas, com uma filha de 8 anos — e grávida — quem era a parte frágil na história?
A Globo divulgou hoje, no Jornal Hoje, uma nota:
A TV Globo não interfere na vida privada de seus colaboradores. Esclarece, porém, que jamais foi avisada por Miriam Dutra sobre o contrato fictício de trabalho e que, se informada, condenaria a prática. A emissora informa ainda que em junho de 2004 (e não em 2002) o contrato de colaboradora de Miriam Dutra foi alterado, com mudanças em suas atribuições, o que acarretou nova remuneração, tudo segundo a lei vigente no país em que trabalhava. Por último, a TV Globo jamais foi informada por Miriam Dutra sobre seu desejo de regressar ao Brasil. Ao contrário, ela sempre manifestou o interesse de permanecer no exterior. Durante os anos em que colaborou com a TV Globo, Miriam Dutra sempre cumpriu suas tarefas com competência e profissionalismo.
Tudo, de fato, é discutível, menos a afirmação de que a empresa “não interfere na vida privada de seus colaboradores”.
Sem mais, nem menos, Mirian foi despachada para Portugal? Ela assume que pediu a transferência, mas a Globo não sabia o motivo?
Não faz sentido a emissora abrir mão de uma repórter em Brasília e continuar pagando o salário dela sem que ela ralasse tanto quanto os outros correspondentes. Isso não existe!
Depois, Mirian foi transferida para Barcelona, segundo Palmério Dória por influencia de Alberico Souza Cruz, o todo-poderoso do jornalismo da Globo na época.
Mas, vamos combinar? A Globo NUNCA teve escritório, nem correspondente na Espanha. Criou um, de repente, para acomodar Mirian? Pagou a ela 7 mil dólares mensais de salário até 2004 (na versão da Globo) sem que ela tivesse uma presença constante, quase diária, no ar?
Eu fui correspondente da Globo em Nova York. Todo dia tinha trabalho, muito trabalho.
Palmério Dória, em artigo anterior, já havia estimado o “custo do exílio”:
FHC, quando era ministro da Fazenda, isentou de CPMF todos os meios de comunicação. Em 2000 houve o Proer da mídia, que custou entre US$ 3 e US$ 6 bilhões aos cofres públicos. Ele também mudou a Constituição para permitir que a mídia brasileira, então falida, pudesse contar com 30% de capital estrangeiro. E autorizou que o BNDES fizesse um empréstimo milionário à Globo.
Sobre abortos: sim, é um assunto pessoal.
Mas, que fique o registro: muita gente da classe média para cima torce o nariz para o tema por causa da culpa de ter feito ou bancado o aborto alheio. Enquanto isso, mulheres pobres morrem por causa da hipocrisia dos que falsamente se dizem engajados em “preservar a família”.
FHC nunca foi hipócrita neste assunto. Ele perdeu uma eleição para prefeito de São Paulo para o carola Jânio Quadros entre outros motivos por não dizer claramente, em um debate, que acreditava em Deus. Se fez algo incomum em campanhas, como montar num jegue e dizer que tinha “um pé na cozinha”, não foi muito além do que fazem outros políticos para ganhar votos.
O mesmo, no entanto, não se aplica à hipocrisia da Globo.
Em 1989, Roberto Marinho apoiou abertamente a candidatura de Fernando Collor de Mello contra Lula. Dedicou até um Globo Repórter ao “caçador de marajás”.
Na reta final, Miriam Cordeiro apareceu na propaganda oficial de Collor, acusando Lula — que na época do namoro não era casado — de ter pedido a ela que abortasse a filha Lurian e sugerindo que o candidato do PT era racista (ver vídeo abaixo).
No dia seguinte, o Jornal Nacional “repercutiu” o assunto, ou seja, deu asas a um tema que favorecia Collor, ainda que com a suspeita de que o depoimento tivesse sido comprado. Na descrição da própria Globo:
No Jornal Nacional do dia seguinte, os dois lados foram ouvidos. A jornalista Maria Helena Amaral, ex-assessora de Collor, denunciou que Miriam Cordeiro havia recebido dinheiro do PRN para aparecer no programa eleitoral do partido. Mas a ex-namorada de Lula disse que participou do programa espontaneamente e confirmou as denúncias contra o candidato do PT.
Uma forma tinhosa de promover o assunto com “equilíbrio”.
Miriam Cordeiro negou ter recebido 200 mil cruzeiros novos para fazer a denúncia, mas confirmou ao jornalista Luiz Maklouf Carvalho que estava por conta da campanha de Collor, 45 dias depois dele ter sido eleito!
Captura de Tela 2016-02-18 às 20.21.36A Globo ainda defendeu, em editorial deO Globo, no dia do debate final entre Collor e Lula, que os brasileiros tinham o direito de saber detalhes da vida pessoal dos candidatos.
O jornal dos Marinho apresentou Collor, que usara o depoimento de Miriam Cordeiro no programa eleitoral, como vítima de Lula!
Confiram um trecho:
Nos Estados Unidos, por exemplo, com freqüência homens públicos vêem truncada a carreira pela revelação de fatos desabonadores do seu comportamento privado. Não raro, a simples divulgação de tais fatos os dissuade de continuarem a pleitear a preferência do eleitor. Um nebuloso acidente de carro em que morreu uma secretária que o acompanhava barrou, provavelmente para sempre, a brilhante caminhada do senador Ted Kennedy para a Casa Branca – para lembrar apenas o mais escandaloso desses tropeços. Coisa parecida aconteceu com o senador Gary Hart; por divulgar-se uma relação que comprometia o seu casamento, ele nem sequer pôde apresentar-se à Convenção do Partido Democrata, na última eleição americana. Na presente campanha, ninguém negará que, em todo o seu desenrolar, houve uma obsessiva preocupação dos responsáveis pelo programa do horário eleitoral gratuito da Frente Brasil Popular de esquadrinhar o passado do candidato Fernando Collor de Mello. Não apenas a sua atividade anterior em cargos públicos, mas sua infância e adolescência, suas relações de família, seus casamentos, suas amizades. Presume-se que tenham divulgado tudo de que dispunham a respeito. O adversário vinha agindo de modo diferente. A estratégia dos propagandistas de Collor não incluía a intromissão no passado de Luís Inácio Lula da Silva nem como líder sindical nem muito menos remontou aos seus tempos de operário-torneiro, tão insistentemente lembrados pelo candidato do PT. Até que anteontem à noite surgiu nas telas, no horário do PRN, a figura da ex-mulher de Lula, Miriam Cordeiro, acusando o candidato de ter tentado induzi-la a abortar uma  criança filha de ambos, para isso oferecendo-lhe dinheiro, e também de alimentar preconceitos contra a raça negra.
Um salto de 1989 para 2012.
A vida privada de Lula foi considerada “noticiável” pela revista Época, dos irmãos Marinho, que escalou sete repórteres — SETE! — para fazer uma denúncia baseada em suposições.
Rosemary de Noronha nunca assumiu ter tido um caso com Lula, nem divulgou documentos comprometedores. Ainda assim, virou notícia em toda a mídia!
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Voltem comigo, agora, no tempo.
Vejam como FHC descreveu o dia em que deixou o poder, em 2003, numa entrevista a Mário Sabino, daVeja:
Depois da cerimônia, rumamos, eu e Ruth, para o aeroporto, onde muita gente amiga nos esperava para a despedida. Foi aí que a emoção mais pessoal começou. Abracei assessores que haviam trabalhado comigo durante oito anos seguidos, que faziam parte do meu cotidiano. Embarcamos, então, para São Paulo, ainda no avião presidencial. Ao chegar, troquei de roupa e seguimos para o avião comercial que nos levaria a Paris. Nesse momento, relaxei, tive uma sensação boa de dever cumprido – tanto no plano institucional como no individual. (…) Dormi, então, a minha primeira noite de mortal comum. No dia seguinte, eu e Ruth fomos a Chartres sozinhos, para visitar a esplêndida catedral gótica – um passeio maravilhoso em todos os aspectos, mas principalmente pelo fato de não estarmos mais acompanhados de comitiva, seguranças e repórteres.  Recuperei, enfim, minha privacidade. Em Paris, também dispensei os serviços que a embaixada queria me prestar e voltamos a andar de metrô, como sempre fizemos. Uma delícia – e com um efeito muito didático. Porque uma coisa é o Planalto; outra é a planície. Na planície, você é promovido a povo.
Ou seja, FHC aproveitava Paris na condição de “povo”, acreditando ter um filho — um filho! — exilado na Europa.
A essa altura, Mirian era bancada pelo salário da Globo.
Mais tarde, conta, precisou de um complemento, pago por um empresário.
O empresário a que Mirian Dutra se refere é Jonas Barcellos, que mais recentemente deu caronas em seu avião para Lula — e foi denunciado por isso.
Numa entrevista à revista Veja, publicada em abril de 1999, Jonas admitiu que seus amigos eram “um ativo oculto”.
Dentre eles, Jorge Bornhausen, que foi vice-presidente da Brasif e comandou o PFL durante o governo FHC.
Segundo Mirian Dutra, o pefelista Antonio Carlos Magalhães, aliado de Bornhausen, ligado à Globo e todo-poderoso nos bastidores do governo FHC, recomendou a ela que não voltasse ao Brasil.
Conhecendo os bastidores do poder como ela, Mirian, conhecia — tinha sido repórter de política em Brasília –, como enfrentar um presidente da República, a emissora mais poderosa do Brasil — que dava a ela um salário  — e o trator ACM, ainda mais tendo dois filhos para criar?
O fato documentado e inescapável é o seguinte: FHC acreditava ter tido um filho com Mirian, que por sua vez assinou um contrato de fachada com a Eurotrade/Brasif para receber pagamentos via paraíso fiscal.
FHC disse a ela que era dinheiro pessoal, dele. Foi remetido do Brasil, via Banco Central? Ou saiu de uma conta no Exterior? A conta, que ele admite ter em Madri, foi declarada ao imposto de renda?
O documento divulgado por Mirian reforça a versão segundo a qual um presidente da República, no exercício do poder, negociou com uma empresa que detinha uma concessão do governo, a Brasif, o pagamento de um salário falso para a ex-namorada. Um cala-boca.
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O contrato entre Mirian Dutra e a Eurotrade/Brasif foi assinado no dia 16 de dezembro de 2002.
Faltavam duas semanas para o presidente FHC deixar o Planalto.
Se a versão de Mirian é verdadeira, FHC teve de pedir o favor a Jonas Barcellos, o dono da Brasif, algum tempoantes de o contrato ter sido assinado.
Com um detalhe importante,mencionado pelo Luís Nassif: os negócios de Jonas Barcellos floresceram nos dois mandatos de FHC.
Por muito menos, Bill Clinton quase sofreu impeachment nos Estados Unidos.
Como o caso de Mirian Dutra só aflorou agora, mais de 25 anos depois do namoro, obviamente não terá impacto retroativo.
O fato é que, com a ajuda da Globo, uma das Mirians derrotou Lula em 1989; e, com a omissão e/ou acobertamento da Globo — e da mídia em geral — FHC se elegeu presidente em 1994.
Fonte: VIOMUNDO
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FHC nas Ilhas Cayman, outra vez

Por Leandro Fortes, em seu página noFacebook:

Fernando Henrique Cardoso usou uma empresa de fachada, uma offshore nas Ilhas Cayman, para remunerar a amante.

Depositou, nessa falsa empresa, do tipo que corruptos e traficantes usam para lavar dinheiro, 100 mil dólares, de uma única vez - aparentemente, quando ainda era presidente da República.

Usou a Brasif, uma concessionária de free shops, para costurar essa operação ilegal.

O dono da Brasif confirma ter feito a operação, mas não lembra direito como foi.

Ah, tá bom.

O sujeito faz uma operação de crédito em uma empresa falsa em um paraíso fiscal PARA O PRESIDENTE DA REPÚBLICA e não lembra como foi...

FHC e os tucanos têm uma relação íntima com as Ilhas Cayman, e agora talvez se explique porque ele entrou em pânico quando surgiram papéis falsos sobre a existência de uma conta dele por lá, nos anos 1990.

Eu persegui essa história como jornalista, estive nos Estados Unidos e no Caribe juntando os cacos do chamado Dossiê Cayman, sobre o qual escrevi um livro: "Cayman: o dossiê do medo".

Na época, FHC botou a Polícia Federal e o Ministério Público para me processar.

Até os informantes da PF em Miami me processaram, bandidos comuns e golpistas de quinta categoria usados pelo governo para calar um jornalista.

Ganhei todas, na Justiça.

Mas o caso Cayman foi abafado, como tudo nos governos do PSDB, onde reinava Geraldo Brindeiro na Procuradoria Geral da República, o famoso "engavetador-geral".

Agora, é a vez das autoridades fiscais, do Ministério Público e da Polícia Federal investigarem um presidente da República que usou uma lavanderia de dinheiro em um paraíso fiscal para mandar dinheiro para a amante que a TV Globo escondia na Europa.

E de onde vieram esses 100 mil dólares disponibilizados para Mirian Dutra.

Porque está cada vez mais claro que FHC, dono de um apartamento de 11 milhões de euros em Paris, tinha outras e maiores rendas que não provinham do salário de presidente.

Dessa vez, se o Ministério da Justiça não se movimentar, irá se configurar um caso de deboche contra o contribuinte, contra a nação.

Nação que acompanha, perplexa, uma perseguição implacável da mídia, da Justiça, do Ministério Público e da Polícia Federal a um outro ex-presidente acusado de levar cervejas demais para um sítio em Atibaia
Fonte: Blog do Miro
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Justiça não é palco para amadores, por Jandira Feghali

lulajand
Da combativa deputada Jandira Feghali, no Huffpost Brasil:
Os reality shows que prendem a atenção do povo na TV aberta são “quase nada” perto do palco que alguns promotores e juízes tentam montar sob égide da Justiça de nosso país. Parecem estar dentro de um Big Brother diário, tentando seus 15 minutos de fama a qualquer custo. Querem angariar atenção e aplausos num espetáculo de holofotes midiáticos. Como piada, esses agentes públicos são um ‘show de amadores’. Uma verdadeira zorra.
Ao tentar convocar o ex-presidente Lula e sua esposa, Marisa Letícia, para deporem sobre um caso em que não há provas, fatos determinantes ou qualquer consistência, mostra-se o perfil destas pessoas. A perseguição pública à figura do metalúrgico que se tornou presidente tem dado o tom golpista de manifestações e manchetes jornalísticas.
A iniciativa do promotor de São Paulo, Cassio Roberto, junto de tantas outras parcialidades ideológicas, é um arbítrio, uma ficção, uma tentativa de desconstruir a imagem de Lula. Não há justificativa para esse promotor ir primeiro na imprensa e depois tentar um fato, algo que já está provado que não existe. Por isso, a sociedade precisa reagir contra esse arbítrio que viola o Estado de direito. Não podemos aceitar isso!
Abolição do habeas corpus, inversão do princípio da presunção de inocência e delações construídas e vazadas seletivamente na Grande Mídia. Desta forma, há um risco altíssimo de se vertebrar um estado de exceção dentro do Estado de direito. E essa história, nós do Partido Comunista do Brasil já conhecemos bem.
A militância de Esquerda, com milhares de militantes, sindicatos, entidades da sociedade e pessoas não organizadas, devem disputar a opinião pública. Nas ruas e nas redes, o Brasil não pode ficar de joelhos perante a mentira, o boato e o ódio. A intolerância cresce e a democracia que vimos se fortalecer, padece.
Nos últimos dias, pelo menos dois assassinatos de dirigentes comunistas (um deles prefeito) foram registrados nos jornais. Além de arrombamentos de escritórios políticos de deputadas de nossa bancada em seus estados de origem, Alice Portugal (BA) e Jô Moraes (MG).
Coincidências?
O ato em São Paulo, apesar das provocações e agressões vindas de grupos de extrema direita e a própria polícia paulistana, foi um claro episódio de apoio e solidariedade à Lula e sua família num momento tão agudo em nosso país. Assim como eles, a bancada comunista trava o bom combate na política com disputa de ideias e opinião.
Aos promotores, façam o trabalho de vocês. Investiguem o senhor Aécio Neves, acusado por três delatores por recebimento de propina em Furnas e tantos outros, o senhor FHC, que já comemora a seletividade da imprensa sobre seu suspeito apartamento em Paris, às famílias “Marinho”, que possuem tríplex em áreas de preservação ambiental sabe-se lá com que tipo de recurso.
A Justiça não é palco para amadores
Fonte: TIJOLAÇO
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Em meio a uma perseguição criminosa e covarde contra o governo Dilma, contra Lula e contra o Partido dos Trabalhadores, eis que de repente, não mais que de repente, o mundo desaba sobre os até então defensores da moral, da justiça, dos bons costumes, da liberdade de imprensa.

Tucanos, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o Grupo Globo, toda a velha mídia, as oposições políticas ao PT, os paneleiros inocentes úteis, todos, sem exceção,  que em coro e em alto e bom som demonizam diariamente o governo Dilma, Lula e o PT com supostos casos de corrupção que quando confrontados com os fatos revelam-se nada mais que factoides , sem lastro, que tem por objetivo manter no noticiário diário um clima de que o governo, Lula e o PT são corruptos, imorais , incompetentes e que estariam levando o Brasil ao caos, ao desemprego, a recessão, a falta de esperança no futuro, e , assim sendo, deveriam ser banidos da vida pública, impedidos de governar e presos em penitenciárias de segurança máxima.

Essa perseguição, que ignora a crise econômica mundial  e vê apenas nos governos do PT os males do país - não que o PT não venha cometendo erros -  lambuzada em um cinismo histórico, se apresenta  a sociedade como defensora da democracia e da liberdade de expressão.

Democracia que diariamente tentam estuprar e liberdade expressão que com frequência não permitem que seja exercida, já diversos sites e blogues de conteúdos jornalísticos independentes tem sido processados, perseguidos e até mesmo ameaças são feitas aos profissionais independentes.

No entanto, em tempos de internete e de redes sociais, grande parte do poder de mediação da opinião pública e da informação, tem sido transferido para novos atores, de forma pulverizada, de maneira que nenhum grupo ou conglomerado de mídia detêm mais o monopólio da informação.

Isto posto, e independente do que se pense sobre o assunto, o cinismo das oposições, as mentiras e omissões produzidas pela velha mídia, não resistem por muito tempo, não mais do que algumas horas, não passam da página dois e, como agora  onde uma entrevista em uma revista periférica do grande sistema midiático produz um tsunami na vida política do país ao revelar fatos  até então omitidos e manipulados justo por aqueles  que estão envolvidos pelas denúncias apresentadas.

Talvez a velha mídia ainda não tenha entendido o momento midiático do mundo e, como não disponho , aqui no momento, ferramentas para fazer um desenho e viabilizar tal entendimento, sugiro a leitura da letra da música abaixo, de  autoria de Maurício Tapajós  e Paulo Cesar Pinheiro.

Pesadelo















Paulo César Pinheiro e Maurício Tapajós


Quando o muro separa uma ponte une
Se a vingança encara, o remorso pune
Você vem me agarra, alguém vem me solta
Você vai na marra, ela um dia volta
E se a força é tua ela um dia é nossa
Olha o muro, olha a ponte
Olhe o dia de ontem chegando
Que medo você tem de nós, olha aí
Você corta um verso, eu escrevo outro
Você me prende vivo, eu escapo morto
De repente, olha eu de novo
Perturbando a paz, exigindo troco
Vamos por aí eu e meu cachorro
Olha um verso, olha o outro
Olha o velho, olha o moço chegando
Que medo você tem de nós, olha aí
O muro caiu, olha a ponte
Da liberdade guardiã
O braço do Cristo, horizonte,
Abraça o dia de amanhã

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Informação precisa, elegante e plural



TV pública no carnaval: assunto rendeu na favela


Jornal do BrasilMônica Francisco

Eu sei que o carnaval acabou e que finalmente o ano começa a engrenar, e as realidades chegam com todas as suas tintas.
Mas não poderia deixar passar em branco a repercussão do belo trabalho realizado pela rede pública de televisão, ao transmitir o desfile das escolas de samba melhores colocadas.
O desfile das campeãs, exibido pela TV  Brasil, foi um dos maiores acertos na realização da função social da mídia, acesso à informação e conteúdo de qualidade.
Mais do que isso, não podemos esquecer que ela, a tv pública, é nossa, de todos os brasileiros e brasileiras. E nada mais acertado que dar visibilidade, com qualidade, a uma das maiores manifestações culturais do Brasil e do mundo.
É apostar que podemos ser bons, e até excelentes, comunicando para a grande massa. A recepção da novidade, mostra que há no grosso da população, o desejo e a demanda de qualidade.
Precisamos rever nossos conceitos e desmistificar a máxima de que o que se oferece é o que se quer. O povo sabe o que é qualidade quando lhe dão.
Na favela, bem como em muitos outros sítios, o assunto rendeu. O povo quer se ver, se ler e se reconhecer, com qualidade.

*Membro da Rede de Instituições do Borel, Coordenadora do Grupo Arteiras e Consultora na ONG ASPLANDE.(Twitter/@ MncaSFrancisco)


Fonte: JORNAL DO BRASIL
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A TV Brasil fez uma ótima transmissão dos desfiles das campeãs do carnaval carioca.

Sem palhaçadas e auto promoção de seus repórteres, como é de praxe na TV Globo,  a emissora de TV pública cumpriu seu papel de informar, de forma elegante e plural.


Chove, chove


Macri: tarifaço de 700% na luz e, agora, “apagão programado”

factura
Daqui a pouco, às 13 horas, 400 mil argentinos vão ficar sem energia elétrica.
E iso vai se repetir, na mesma hora e com a mesma quantidade de consumidores, todos os dias, sem data para acabar.
Começou o calendário de “apagões programados” do Governo Macri para enfrentar a crise de energia no país, depois que anunciou, há um mês, aumentos de até 700% nas tarifas de eletricidade.
Parece que a praga de urubu da Míriam Leitão errou de endereço e data para vingar.
Aqui, desde o início de janeiro, felizmente, o nível dos reservatórios não para de subir.
No Sudeste/Centro-Oeste, que responde por dois terços da geração, o volume acumulado passou de 29,9 para 48,6%; o Nordeste, segundo polo gerador, subiu de dramáticos 5,1% para 29,2%; o Norte, de 15,4% para 41%. No Sul, onde o nível já estava perto do máximo, 98,1%, permaneceu praticamente igual: 96,3%.
É possível que, na próxima semana, a capacidade total acumulada nos reservatórios, em escala nacional, atinja 50%, a metade, o que não ocorre há mais de três anos.


Fonte: TIJOLAÇO
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Situação dos Principais Reservatórios do Brasil - 17/02/2016


REGIÃO SUDESTE / CENTRO-OESTE (situação atual 48.61%)
Principais Bacias
Principais Reservatórios
Situação Atual

Rio Parnaíba
38,71% da região Serra do Facão (3,23% da região) 34.87%

Emborcação (10,65% da região) 43.61%

Nova Ponte (11,21% da região) 30.25%

Itumbiara (7,76% da região) 40.33%

São Simão (2,50% da região) 88.65%


Rio Grande
25,38% da região Furnas (17,18% da região) 56.08%

Mascarenhas de Moraes (2,15% da região) 60.52%

Marimbondo (2,68% da região) 88.82%

Água Vermelha (2,19% da região) 97.88%


Rio Paraná
3,03% da região Ilha/3 Irmãos (3,03% da região) 88.37%


Rio Paranapanema
5,77% da região Jurumirim (1,99% da região) 85.98%

Chavantes (1,62% da região) 94.64%

Capivara (1,94% da região) 97.6%

Outras
(31,87% da região)




REGIÃO SUL (situação atual 96.26%)
Principais Bacias
Principais Reservatórios
Situação Atual

Rio Iguaçu
50,93% da região S. Santiago (16,30% da região) 99.14%

G. B. Munhoz (30,39% da região) 99.57%

Segredo (2,29% da região) 83.08%


Rio Jucuí
16,08% da região Passo Real (15,02% da região) 88.77%


Rio Uruguai
29,77% da região Passo Fundo (8,72% da região) 99.25%

Barra Grande (15,21% da região) 96.92%

Outras
(3,22% da região)



 REGIÃO NORDESTE (situação atual 29.21%)
Principais Bacias
Principais Reservatórios
Situação Atual

Rio São Francisco
96,86% da região Sobradinho (58,20% da região) 26.99%

Três Marias (31,02% da região) 27.87%

Itaparica (6,62% da região) 48.01%

Outras
(3,14% da região)



 REGIÃO NORTE (situação atual 41.04%)
Principais Bacias
Principais Reservatórios
Situação Atual

Rio Tocantins
96,17% da região Serra da Mesa (43,68% da região) 21.14%

Tucuruí (51,53% da região) 53.46%

Outras
(3,83% da região)



 RegiãoCapacidade Máxima de Armazenamento MW.mês

SUDESTE / CENTO-OESTE 205.002
SUL 19.873
NORDESTE 51.859
NORTE 14.812


Fonte: OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA