quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

A velha mídia sem antena

triplex marinho

Brito tem os documentos do triplex dos Marinho

Não vem ao caso! Não insista, Brito! - PHA

publicado 18/02/2016              
                     
O Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:


Exclusivo: empresa “dona” da casa dos Marinho foi criada pela Mossack, que é investigada no Guarujá

Desde que surgiu o caso da mansão dos Marinho, os solitários blogueiros que se dedicam a investigar o que , de fato, ocorre ali, tem esbarrado nas dificuldades, muito além de nossas próprias penúrias, em conseguir dados nos paraísos fiscais onde esta turma vai maquiar seus negócios.

Agora, porém, tenho os documentos e as provas de que o “triplex” da família Marinho em Parati está indissoluvelmente ligado à empresa Mossack Fonseca, que a Lava Jato, ao que parece, desistiu de investigar pela eventual lavagem de uns apartamentos mixurucas no Guarujá.

Primeiro, vamos atualizar a situação da Agropecuária Veine Patrimonial, sob a qual se abriga, formalmente a mansão de Parati.

Controlada antes pela panamenha Blainville International, criada – tal como as empresas offshore de Paulo Roberto Costa, sediada nas salas dos panamenhos Icaza, Gonzalez – Ruiz & Aleman, agora a Veine pertence quase que totalmente a Vaincre LLC, empresa do estado de Nevada, um dos paraísos fiscais dentro dos EUA.

Aqui está o registro da Veine na Junta Comercial do Rio de Janeiro:



Mas o que tem a ver a Vaincre com a Mossack Fonseca, que não aparece em seus registros cadastrais em Nevada (que reproduzo abaixo)?



Bem, havia duas coisas sugestivas, o fato de terem tido a Camile Services, do Panamá, como agente – empresa com ligações com a Mossack Fonseca e o fato de ter sido criada por uma empresa de nome – MF Corporate Services Ltda. – poderia ser as iniciais de Mossack Fonseca.

Como neste blog, ao contrário do que ocorre na vara do Dr. Sérgio Moro, sugestivo não é o suficiente para acusar ninguém, não se acusou a empresa dona da casa dos Marinho de ter sido criada pela empresa de quem a Lava Jato acusava (parece que desistiram) de lavar dinheiro com negócios imobiliários.

Mas agora, sim, afirma que é ligada, até às tripas, à Mossack Fonseca que a Lava Jato chama de lavanderia de dinheiro.

E com base para fazer isso, justamente numa sentença judicial (aqui, na íntegra) de um colega americano do Dr. Moro, o juiz Federal Cam  Ferembach, que diz que a “M. F. Corporate Services cria, ” na prateleira”, corporações que estão prontos para operar  em menos de 24 horas . Quando um dos clientes de Mossack Fonseca & Co. adquire uma corporação ” na prateleira ” , M. F. Corporate Services  começa o processo de montagem de documentos e enviá-lo à Secretário de Estado de Nevada (…) o  próprio site da Mossack Fonseca & Co.  anuncia os serviços de M. F. Corporate Services como seus”.

“Isto demonstra que M. F. Corporate Services não existe sem a Mossack Fonseca & Co. e que M. F. Corporate Services (…)é na verdade uma mera instrumentalidade “de Mossack Fonseca & Co. (…) considerar identidades separadas das empresas resultaria na fraude ou a injustiça. (…) Por conseguinte, o tribunal conclui que M. F. Corporate Services não existe sem  Mossack Fonseca & Co. e obriga ao juiz  a tratar M. F. Corporate Services como o que é na realidade : Mossack Fonseca & Co.”

Portanto, pelas conclusões do juiz Cam Federbach, é obrigatório afirmar que a empresa que criou a offshore que detém a propriedade da mansão de altíssimo luxo dos Marinho foi crada pela mesma empresa que Moro manda investigar pelo mesmo tipo de negócio no condomínio “meia boca” do Guarujá.

E porque é dos Marinho não será mais investigada? Ainda mais porque – só aqui – a empresa laranja está com seu funcionamento cancelado nos EUA desde o final de 2014, mas  opera no Brasil, onde nem endereço tem…

Aliás, só mesmo no Brasil “republicano” uma empresa laranja, em situação de ilegalidade, invade praias protegidas, ergue mansões e “não vem ao caso”.
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Globo, desesperada com revelações de Paraty, insiste em puerilidades sobre sítio



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Comentário: Os editores da Globo estão meio doidos já. Reportagens escandalosas diárias sobre o sítio na TV, rádio e jornal. E aí um repórter liga para um caseiro do sítio, que lhe dá - naturalmente - o telefone de um escritório de advocacia, que atende tanto o amigo de Lula que é dono do sítio, Jonas Suassuna, quanto Lula.
A Globo quer impor, a golpes de truques jornalísticos, a propriedade do sítio à Lula. Que coisa ridícula.
Pior, cria uma realidade paralela, sempre na base da manipulação das notícias. Mente, é desmentida, mas em seguida, numa nova notícia, regasta a mentira anterior.
O ridículo chegou a tal ponto que a única explicação é o desespero. Os editores da Globo estão desesperados para não falarem das estranhas conexões entre o sítio dos Marinho e empresas ligadas à lavagem de dinheiro em paraísos fiscais.
Neste caso, não há dúvidas sobre a propriedade. O sítio dos Marinho não está em nome de "amigos". O sítio pertence aos Marinho, com certeza. A Globo também pertence aos Marinho. E as lavanderias de dinheiro sujo também possuem propriedade comprovada de empresas ligadas aos Marinho, inclusive a principal delas, a Mossack Fonseca, investigada na Lava Jato. Aliás, por que a mídia e a força tarefa da Lava Jato desistiu tão repentinamente da operação Triplo X, enésima etapa da Lava Jato?
Os procuradores não tinham falado que era uma etapa fundamental, que iria descobrir os esquemas de lavagem de dinheiro? Então? Como estamos?
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Nota de esclarecimento - Teixeira, Martins & Advogados

A reportagem publicada na data de hoje (18/02/2016) pelo jornal "O Globo" ("Caseiro dá telefone de advogado de Lula como contato de dono de sítio") dá sequencia à ardilosa campanha que busca interferir na atuação dos advogados do escritório Teixeira, Martins & Advogados. Esses advogados subscrevem ações judiciais contra o diário e alguns de seus jornalistas em favor de clientes que foram vítimas de notícias falsas e manipuladas.
Dois exemplos recentes deixam clara essa indevida campanha promovida pelo jornal:
  • (a) em 30/01/2016, "O Globo" mentiu ao afirmar que o escritório Teixeira, Martins & Advogados teria sido remunerado por serviços advocatícios prestados ao Grupo Odebrecht. Não haveria qualquer óbice para a prestação de tais serviços, mas "O Globo" pretendia, com tal afirmação, deixar implícita ligação, por meio de advogados, do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao referido grupo empresarial. Após ser desmentido - pois o escritório provou ter litigado contra o Grupo Odebrecht, com resultado favorável à sua cliente -, o jornal publicou apenas uma discreta "correção" (http://oglobo.globo.com/brasil/correcao-escritorio-de-roberto-teixeira-nao-prestou-servico-odebrecht-18578801);
  • (b) em 16/02/2016, "O Globo" fez nova investida contra o escritório Teixeira, Martins & Advogados, desta vez por meio de coluna assinada por Lauro Jardim. O diário buscou interferir em julgamento de processo patrocinado pelo escritório no STJ estabelecendo inexistentes vínculos entre casos, clientes e terceiros, em uma clara tentativa de constranger os julgadores do processo. Mais uma vez a farsa foi demonstrada por meio de nota (http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/217205/Advogado-acusa-Lauro-Jardim-de-â€%98flertar-com-a-manipulaÃ%A7ão’.htm).
Com esse reprovável histórico, na data de hoje o jornal pretendeu escandalizar, por meio de manchete, que o caseiro do "Sítio Santa Bárbara", em Atibaia (SP), teria fornecido o número do sócio Cristiano Zanin Martins a agentes da Polícia Ambiental de São Paulo, afirmando que "caseiro de sítio indica advogado de Lula como contrato do proprietário".
O jornal parte mais uma vez de falsas premissas. Os advogados do Teixeira, Martins & Advogados atuam na defesa do ex-Presidente, o que é público, como também atendem a centenas de outros clientes, não sendo correto restringir a atuação do sócio Cristiano Zanin Martins como "advogado de Lula". É preciso registrar que o número celular supostamente indicado aos agentes não é privado do referido sócio, mas, sim, de uso do escritório Teixeira, Martins & Advogados, tratando-se de linha corporativa.
Como já publicado inúmeras vezes, o Teixeira, Martins & Advogados prestou assessoria jurídica a Fernando Bittar e Jonas Suassuna na compra do "sítio Santa Bárbara" e, também, em estudos jurídicos envolvendo a propriedade. Nada mais natural que o caseiro disponha de um número de contato do escritório, especialmente considerando a pressão diária da mídia sobre seus então clientes.
Igualmente na condição de advogados do Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, não haveria qualquer óbice de constar um número de celular do Teixeira, Martins & Advogados na portaria do mencionado sítio, pois o ex-Presidente também já reconheceu frequentar o local em dias de descanso. O fato de haver a indicação de um número vinculado a um escritório de advocacia não tem o condão de transferir a propriedade de um imóvel a quem não é dono.
Seria preferível que o jornal "O Globo", ao invés de promover verdadeira campanha objetivando interferir indevidamente na atuação dos advogados do Teixeira, Martins & Advogados, apenas se restringisse a esclarecer os graves fatos recentemente revelados pela imprensa livre no tocante ao imóvel triplex situado no município de Paraty (RJ) em nome da Agropecuária Veine Patrimonial Ltda., atribuída aos proprietários do diário.
Esse indevido tratamento dispensado aos advogados do Teixeira, Martins & Advogados viola prerrogativas funcionais previstas na Lei 8.906/94. O assunto será levado oficialmente ao Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Dr. Claudio Lamachia, em audiência já marcada para o dia 25/02/2016.
Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins

Fonte: O CAFEZINHO
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Deputado do PSDB manipula imagens de vídeo da campanha de 2002 para “provar” que sítio de Atibaia pertence a Lula; fascistas divulgam

publicado em 17 de fevereiro de 2016 às 13:15
Bruno Covas
por Conceição Lemes
O deputado federal Bruno Covas (PSDB-SP) postou na sua página oficial nessa terça-feira, 16 de fevereiro de 2016, um vídeo de Lula, dona Marisa e família num sítio, como se fosse o que a família do ex-presidente frequenta atualmente.
Uma farsa. A equipe do Instituto Lula desmontou-a prontamente na página de Lula no Facebook
O deputado federal Bruno Covas manipulou um vídeo da campanha de Lula em 2002, filmado em chácara de sua propriedade em São Bernardo do Campo, para alimentar boatos contra a honra do ex-presidente.
Certamente, não é esse tipo de comportamento que os paulistas e os brasileiros esperam de seus representantes eleitos.
Não compartilhe boatos. Espalhe a verdade.
‪#‎EquipeLula
O sítio mostrado no vídeo é a chácara “Los Fubangos”, no Riacho Grande, ABC Paulista, à beira da represa Billings, que Lula tem até hoje.
O vídeo manipulado por Bruno Covas está aqui.
O que ele fez é uma desonra à memória do avô Mário Covas. Certamente, se estivesse vivo, repeliria a atitude criminosa do neto. Pura má-fé.
Nós fizemos os prints do vídeo por volta das 12h30 de 17 de fevereiro 2016. Nessa hora, já tinha 279 mil visualizações, 2.617 curtidas e 12.277  compartilhamentos.
Às 13h15, quando publicamos este post, o vídeo canalha já tinha 296 visualizações, 2.741 curtidas e 12.893 compartilhamentos.
Video 1
Vídeo 2
MANIPULAÇÃO DO VÍDEO NÃO PODE FICAR IMPUNE 
Bruno Covas pode ser processado por calúnia. O artigo 138  do Código Penal diz:
Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, e multa. 
Parágrafo 1º – Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.
Bruno Covas pode ser processado também pelo Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados. O artigo 3, inciso IV, reza: É dever fundamental do deputado agir com boa-fé.
O artigo 4º precisa:
abusar das prerrogativas constitucionais asseguradas aos membros do Congresso Nacional [dentre as quais a imunidade de opinião, palavras e votos] é ato incompatível com o decoro parlamentar (Código de Ética e Decoro Parlamentar, artigo 4°, I). Isso é punível com perda do mandato (artigo 14º, § 1º).
Qualquer cidadão pode representar contra um deputado federal perante a Mesa da Câmara, para que seja instaurado processo disciplinar por quebra de decoro.
PS do Viomundo: O Vem Pra Rua postou por volta do meio dia desta quarta-feira, 17 de fevereiro, o vídeo manipulado de Bruno Covas. para convocar para uma manifestação em março. Assim como o deputado tucano, o grupo fascista pode ser processado por calúnia.Vem pra rua

Fonte: VIOMUNDO
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Impressionante como o assunto do tríplex do Guarujá sumiu do noticiário.

Desapareceu, escafedeu-se.

E olha que o assunto do luxuosíssimo e extravagante apartamento do Guarujá, ocupou o noticiário por dias, talvez semanas, até que entra em cena a Paraty House, de propriedade da família Marinho.

Com a Paraty House em cena, descobre-se, não na velha mídia, claro, que o tríplex do Guarujá poderia ter sido uma armação, mais uma, com o intuito de criminalizar Lula.

A luxuosíssima casa de Paraty, essa sim, luxuosa e extravagante, que também tem três pavimentos, está ancorada em um laranjal, em um mar de sujeira criminosa que beneficia os proprietários, dribla o governo federal, agride o meio ambiente e sonega dinheiro de impostos.

Atordoados com a exposição da Paraty House, a velha mídia, não apenas Globo, omite o assunto, faz cara de paisagem na janela, e ainda passa recibo ao retirar do noticiário o tríplex do Guarujá.

Como se nada disso tivesse acontecendo, a velha mídia muda de residência , e da praia vai para a fazenda, em Atibaia, local onde Lula frequenta um sítio de amigos e parentes.

Como Lula anda por lá, a velha mídia tratou de tirar fotos aéreas da propriedade, expor os bens  e ainda colocar em Lula a responsabilidade pela instalação de uma antena da Oi, para que Lula e familiares pudessem usufruir de telefonia móvel no local.

A perseguição ao ex-presidente é tão escancarada que já ultrapassa os limites do ridículo, do patético, fazendo da velha mídia algo cada vez mais distante da sua função de informar.

Revolução


QUAL VAI SER O IMPACTO DO FENÔMENO BERNIE SANDERS NO BRASIL? POR RODRIGO VELOSO

por Diario do Centro do Mundo18 de fevereiro de 2016


Exemplo para o Brasil: Sanders

O artigo abaixo é de Rodrigo Veloso, bacharel em Relações Internacionais (IBMEC-RJ) e um dos administradores da página Barnie Sanders Brasil.

A candidatura do senador Bernie Sanders à presidência dos EUA não é só mais uma pequena etapa do jogo político americano. O que acontece nesse momento no país mais rico do mundo é o despertar de uma juventude que participou ativamente do movimento Occupy Wall Street, da Marcha para o Clima, da revolta racial em Fergunson e que, em vários estados, já havia logrado maior igualdade de direitos para LGBT’s, mulheres e imigrantes.

Sanders, de 74 anos, que era um azarão oito meses atrás, quando lançou sua candidatura, se transformou em referência institucional da efervescência dos movimentos sociais no seu país.

Diante da habitual disputa de personalidades que marca mais uma eleição americana recheada de sobrenomes famosos, como Clinton, Bush e Trump, Bernie aparece como um símbolo de utopia. Seu slogan de campanha é “Não eu, nós”. O seu chamado aos eleitores não é para endossar o tradicional Partido Democrata, pelo qual concorre à indicação para presidente. É para fazer uma “Revolução Política”.

Bernie empresta sua biografia cinematográfica — que inclui uma participação na Marcha de Luther King pelos direitos civis da população negra dos EUA nos anos 60 — para o que existe de mais atual entre as formulações progressistas dos EUA. Em Iowa, primeiro estado a realizar prévias, 84% dos eleitores com até 29 anos optaram por Bernie, ante Hilary Clinton, sua única adversária pela indicação do Partido Democrata.

Da juventude, Bernie tira força para apresentar novidades. É o primeiro autoproclamado socialista a jamais vencer uma etapa estadual para presidente dos EUA. É o primeiro judeu a realizar tal feito, no país com a maior população de judeus no mundo. É um defensor militante da legalização da maconha; do direito ao aborto; da substituição do petróleo por fontes de energia limpa; do acesso universal e gratuito às universidades; e da taxação de grandes fortunas e propriedades.

Quem imaginaria, até Bernie lotar estádios de futebol para comícios de campanha, que um candidato a presidente americano arrastaria multidões com um programa tão avançado?

Provavelmente poucos. No Brasil, falta sintonia com Sanders.

Enquanto Ele já contabiliza em torno de 3 milhões de pequenos doadores individuais que financiam sua campanha, Brasília vê a quase totalidade dos partidos no Congresso envolvida em escândalos de caixa fois e delações de empreiteiros.

Se por aqui o que se vê são concessões cada vez maiores das bandeiras defendidas por movimentos sociais em troca de uma governabilidade precária, nos EUA Sanders prova que o sonho é viável eleitoralmente.

“Quando milhões de pessoas se reúnem e voltam a participar da política, grandes coisas podem ser feitas. Esse país pertence ao povo”, disse Bernie, em dos seus memoráveis discursos que circulam com particular sucesso pelas redes sociais.

Mais do que estratégias de marketing, a lição que se extrai desse veterano que fascina os jovens é a ousadia de dar voz e poder de tomar decisões às bases que constroem sua campanha. De fato, a sua grande aposta tem sido em mobilizar as ruas, contra as poderosas máquinas eleitorais do establishment dos grandes partidos.

Os brasileiros talvez se lembrem de Plínio de Arruda Sampaio, em 2010. Este foi outro idealista teimoso que fez sua mensagem chegar aos jovens. Na mesma linha, nomes como Marcelo Freixo e Jean Wyllys já sabem que seus eleitores não querem dinheiro de bancos e empreiteiras nas suas campanhas e que os movimentos populares devem ser chamados para construir seus programas, não os milionários.

Ainda não se sabe como será o Brasil pós-Operação Lava-Jato. Não se sabia como seria a Itália pós-Operação Mãos Limpas. Mas está mais claro que os interesses do 1% mais rico da população são diferentes, em muito, das necessidades dos 99% que disputam o que sobra das riquezas.

O Brasil observa o fenômeno Bernie Sanders com interesse. Em meio a sua crise de representação, pode ser que algo muito parecido encante os jovens que estiveram nas ruas desde junho de 2013.

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Piketty: Sanders desafia a Era da Desigualdade

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Houve, nos EUA, uma tradição hoje ignorada: impostos progressivos, com alíquotas de até 91% para mais ricos. Ao evocá-la, num país em crise, Sanders atrai cada vez mais apoio
Crescimento, nos EUA, do candidato que quer redistribuir riqueza terá repercussão global: ele mostra que é possível reagir à aristocracia financeira
Por Thomas Piketty | Tradução: Inês Castilho
Como podemos interpretar o incrível sucesso do candidato “socialista” Bernie Sanders nas primárias dos EUA? O senador de Vermont está agora à frente de Hillary Clinton entre eleitores de tendência democrata com menos de 50 anos de idade, e é apenas graças à geração mais velha que Clinton consegue manter-se à frente nas pesquisas.
Sanders pode não vencer a competição, por estar enfrentando a máquina dos Clinton, assim como o conservadorismo da velha mídia. Mas já foi demonstrado que um outro Sanders – possivelmente mais jovem e menos branco – poderia num futuro próximo vencer as eleições presidenciais e mudar a fisionomia do país. Em vários aspectos, estamos testemunhando o fim do ciclo político-ideológico iniciado com a vitória de Ronald Reagan nas eleições de 1980.
Vamos dar uma olhada pra trás, por um instante. Dos anos 1930 aos 1970, os Estados Unidos estiveram na vanguarda de uma série de ambiciosas políticas com o objetivo de reduzir as desigualdades sociais. Em parte para evitar qualquer semelhança com a Velha Europa, vista então como extremamente desigual e contrária ao espírito democrático norte-americano, o país inventou no entre-guerras uma tributação altamente progressiva sobre a renda e o patrimônio, e instituiu níveis de progressividade nunca utilizados no outro lado do Atlântico. De 1930 a 1980 – durante meio século – o percentual para a tributação da renda mais alta dos EUA (acima de 1 milhão de dólares anuais) era em média de 82%. Chegou a 91% entre os anos 1940 e 1960 (de Roosevelt a Kennedy); e era ainda de 70% quando da eleição de Reagan, em 1980.
Essa política não afetou, de forma alguma, o forte crescimento da economia norte-americana do pós-guerra. Certamente, porque não faz muito sentido pagar a super gestores 10 milhões de dólares, quando US$ 1 milhão dá conta. Os impostos sobre patrimônio eram igualmente progressivos. As alíquotas chegaram a 70% a 80% sobre as maiores fortunas durante décadas (elas quase nunca excederam 30% a 40%, na Alemanha ou na França) e reduziram enormemente a concentração do capital norte-americano, sem a destruição e as guerras que a Europa teve de enfrentar.

A restauração de um capitalismo mítico
Nos anos 1930, muito antes dos países da Europa, os EUA instituíram um salário mínimo federal. No fim dos anos 1960 valia 10 dólares a hora (no valor do dólar em 2016), de longe o mais alto naqueles tempos.
Tudo isso foi obtido quase sem desemprego, pois tanto o nível de produtividade quanto o sistema educacional possibilitavam. Esse é também o período em que os EUA finalmente colocam um fim na antidemocrática discriminação racial legal ainda em vigor no Sul, e lançam novas políticas sociais.
Toda essa mudança detonou uma oposição musculosa, particularmente entre as elites financeiras e os setores reacionários do eleitorado branco. Humilhados no Vietnã, os EUA dos anos 1970 estavam mais preocupados com o fato de que os derrotados da Segunda Guerra Mundial (liderados pela Alemanha e pelo Japão) ganhavam terreno em alta velocidade. Os EUA sofreram inclusive com crise do petróleo, a inflação e a sub-indexação das tabelas dos impostos. Surfando nas ondas de todas essas frustrações, Reagan foi eleito em 1980 com um programa cujo objetivo era restaurar o capitalismo mítico existente no passado.
O ápice deste novo programa foi a reforma fiscal de 1986, que pôs fim a meio século de um sistema de impostos progressivos e reduziu a 28% a alíquota sobre as rendas mais altas.
Os democratas nunca desafiaram de fato essa escolha, nos anos dos governos Clinton (1992-2000) e Obama (2008-2016), que estabilizaram a alíquota de impostos em cerca de 40% (duas vezes mais baixa do que o nível médio no período 1930-1980). Isso detonou uma explosão de desigualdade, ao lado de salários incrivelmente altos para aqueles que podiam consegui-los, e uma estagnação da renda para a maioria dos norte-americanos. Tudo isso foi acompanhado de baixo crescimento (num nível ainda pouco mais alto que o da Europa, lembremos, pois o Velho Mundo encontrava-se atolado em outros problemas).

Uma possível agenda progressista
Reagan decidiu também congelar o valor do salário mínimo federal, que desde 1980 foi sendo lenta, porém seguramente corroído pela inflação (pouco mais de 7 dólares por hora em 2016, contra perto de 11 dólares em 1969). Também nesse caso, esse novo regime político-ideológico foi apenas mitigado nos anos Clinton e Obama.
O sucesso de Sanders, hoje, mostra que a maioria dos norte-americanos está cansada do aumento da desigualdade e dessas falsas mudanças políticas, e pretende reviver tanto uma agenda progressista quanto a tradição norte-americana de igualitarismo. Hillary Clinton, que posicionou-se à esquerda de Barack Obama em 2008, em questões como seguro de saúde, aparece agora como defensora do status quo, como apenas mais uma herdeira do regime politico de Reagan-Clinton-Obama.
Sanders deixa claro que deseja restaurar a progressividade dos impostos e aumentar o salário mínimo (para 15 dólares por hora). A isso acrescenta assistência de saúde e educação universitária gratuitas, num país onde a desigualdade no acesso à educação alcançou níveis sem precedentes, e destacando assim o abismo permanente que separa as vidas da maioria dos norte-americanos dos tranquilizadores discursos meritocráticos pronunciados pelos vencedores do sistema.
Enquanto isso, o Partido Republicano afunda-se num discurso hiper-nacionalista, anti-imigrante e anti-Islã (ainda que o Islã não seja uma grande força religiosa no país) e o enaltecimento sem limites da fortuna acumulada pelos brancos ultra-ricos. Os juízes nomeados sob Reagan e Bush derrubaram qualquer limitação legal da influência do dinheiro privado na política, o que dificulta muito a tarefa de candidatos como Sanders.
Contudo, outras formas de mobilização política e crowdfunding podem prevalecer e empurrar os Estados Unidos para um novo ciclo político. Estamos longe das tétricas profecias sobre o fim da história.

Fonte: OUTRAS PALAVRAS
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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Os Filhos de Fernando. É o amooooooor que mexe com o bolso do povo.

Por que ninguém nunca investigou as contas que FHC tem aqui fora, diz Miriam Dutra
Por Renato RovaiFebruary 17, 2016 23:32

A jornalista Mirim Dutra que teve um relacionamento, segundo ela, de seis anos com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso quando ele ainda era casado com a socióloga Ruth Cardoso, concedeu uma entrevista para a jornalista Natuza Nery, da Folha de S. Paulo, revelando que o ex-presidente teria contas no exterior, o que ele admite. E dizendo que dois anos depois que saiu do governo FHC lhe pagava um tipo de mesada a partir de uma empresa cujo nome não revelou.

A jornalista que acaba de romper contrato com a Rede Globo de Televisão, onde trabalhou por 35 anos, ficando boa parte deste período, segundo ela, exilada para não atrapalhar a carreira política de FHC, diz ter documentos que comprovam sua denúncia.

Ela também disse que Fernando Henrique deu um apartamento de 200 mil euros para o seu filho que insiste ser dele, a despeito de o exame do DNA que fizeram não ter confirmado a sua paternidade. E ainda revela ter feito dois abortos do ex-presidente.

A entrevista pode ser lida na íntegra aqui

Miriam Dutra diz que está só revelando essas histórias agora porque não trabalha mais para a Globo,

Recentemente este blogue revelou que FHC, segundo fontes do mercado imobiliário, teria dado de presente um apartamento para a sua atual esposa, que trabalha no seu Instituto.

Já há tucanos na rede insinuando que Miriam Dutra estaria buscando chantagear o ex-presidente tucano. É possível. Mas a denúncia de que recebeu recursos fora do país por serviços não prestados a uma empresa que com isso pagaria seu silêncio sobre a vida de um ex-presidente é algo muito sério e merece ser investigado.

O fato de Miriam ficar sendo paga pela Globo até se aposentar sem praticamente trabalhar já é um fato de interesse público. Até porque isso parece ter relação direta com o fato de que FHC buscou escondê-la durante todo o seu mandato quando achava que o filho de Miriam, Tomas, era seu.
Fonte: Blog do Rovai
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Nogueira: o FHC do PiG e o FHC da Mirian

O que a Globo recebeu em troca do exílio da Mirian?
                 
mirian veja
A nota fajuta da Veja
O Conversa Afiada reproduz artigo de Paulo Nogueira, extraído do Diário do Centro do Mundo:


O FHC que emerge da entrevista bomba da antiga amante. Por Paulo Nogueira

É devastador o retrato de FHC que emerge da entrevista em que, finalmente, a jornalista Mírian Dutra conta sua versão do romance que tiveram. Ela chamou FHC de “completamente manipulador” e disse que ele gosta de “fazer tudo sorrateiramente e posar de bom moço”.

Como em tantas coisas negativas de FHC, era um fato que a imprensa sabia mas não noticiava.

Mírian aparentemente resolveu falar porque enfim saiu da Globo – que a mandou para o exterior para não prejudicar as chances de FHC em sua tentativa de se eleger presidente. É possível também que o casamento dias atrás de FHC com uma funcionária do seu instituto a tenha animado a ferir o ex-namorado.

A entrevista foi dada na Espanha, onde ela mora, para uma publicação desconhecida, a revista digital BRAZILCOMZ, dedicada aos brasileiros que vivem na Europa.

A repercussão, pouco tempo depois de a revista ir ao ar, já é estrondosa. As redes sociais falam dela freneticamente. O objetivo de Mírian foi plenamente atingido.

É provável que Mírian tenha escolhido uma revista tão exótica por saber que a mídia brasileira protege FHC e não lhe daria voz.

A mídia foi cúmplice de FHC sempre. Primeiro e mais que tudo, a Globo, que empurrou Mírian para longe e, pelo que ela dá a entender, a obrigou a se calar em troca de mantê-la na folha de pagamentos. A raiva é tanta que, num determinado momento, lhe falta a palavra exata para dizer o que pensa da Globo, “uma empresa tão …”. Está claro que a palavra não pronunciada é filha da puta.

Como a Globo não dá nada de graça, é legítimo perguntar o que a empresa levou em troca. Dinheiro público é a melhor resposta. Não apenas na forma de publicidade multimilionária do governo FHC mas também em financiamentos de bancos estatais. O BNDES financiou, por exemplo, a gráfica nova da Globo, inaugurada no fim dos anos 1990. FHC prestigiou a inauguração, e fotos o mostram sorridente ao lado de Roberto Marinho.

Por coisas assim, a entrevista de Mírian Dutra, muito mais que mera fofoca, tem imenso interesse público.

A Veja teve também uma participação repulsiva na trama. Mírian afirma que FHC combinou com o então diretor de redação da Veja, Mario Sergio Conti, que a revista daria na seção Gente uma nota com uma mentira arranjada. Nela, seria noticiada a gravidez de Mírian – mas de outro homem.

É só verificar no arquivo que a nota forjada está lá, diz ela. E está mesmo, conforme você pode ver na foto abaixo.

Naquele instante, era generalizada a convicção de que o pai era FHC. Poderia ter consequências funestas para suas pretensões presidenciais a divulgação de que ele seria pai de uma criança fora do casamento – e com uma mulher 30 anos mais nova.

Na entrevista, Mírian fala do DNA segundo o qual o pai não era FHC. Ela coloca em dúvida a autenticidade do exame. Afirma que FHC arrumou uma maneira de fazer o teste sem que ela soubesse. Foi FHC também, diz ela, que tratou de espalhar o resultado na mídia brasileira.

É possível que esta história vá longe. Mírian diz ter muitas cartas do amante perdido — cujo nome recusou pronunciar. Numa delas, conta, FHC diz que jamais a tirou da mente desde que a conheceu, em 1990, num restaurante em Brasília.

Dona Rute Cardoso sempre soube, de acordo com Mírian. FHC dormia frequentemente em sua casa, afirma. Era, diz, um “casamento de conveniência”. Ele próprio usou essa expressão em cartas, acrescenta Mírian.

É a conversa mais antiga do mundo: homem casado diz para namorada solteira que o casamento é de conveniência. FHC também nisso não foi propriamente um inovador.

Mírian diz que o caso durou seis anos, os dois últimos dos quais péssimos, na sua avaliação. Ela afirma que tentou romper várias vezes, mas foi sempre perseguida pelo namorado. A gravidez surgiu no final.

O filho, sustenta, é mesmo de FHC. Eis uma afirmação duvidosa: por que ela não fez um segundo exame de DNA no garoto? A alegação é frouxa: o filho ficou traumatizado com o primeiro.

FHC lutou para esconder dos brasileiros sua história com Mírian, tarefa em que contou com a ajuda inestimável dos barões da mídia.

Não adiantou.

Sua canalhice está exposta em detalhes – e junto com a dele a da mídia que foi seu cúmplice no episódio.

Fonte: CONVERSA AFIADA
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Se FHC teve amantes e filhos fora do casamento, isso não é novidade, mesmo com presidentes de países em todo o mundo ao longo dos tempos.

Se FHC pediu para que a amante fizesse aborto, também não é novidade.

Se presidentes aprontam com cambalhotas, o povo, os reles mortais, também não fazem por menos.

É o amooooor, como na canção da dupla sertaneja, que mexe com a cabeça das pessoas.

Assim sendo, não cabe ao PAPIRO julgar as saidinhas de FHC.

No entanto, o filho do presidente com a jornalista da TV Globo teve desdobramentos na vida política do país , já que o assunto não deveria vir a público para não prejudicar a campanha para presidência da república de FHC, em 1994.

E para esconder o assunto, entra na história o Grupo Globo, que exilou a jornalista na Espanha impedindo-a - não se sabe com que ameaças - de falar sobre o assunto.

Ao ajudar a eleição de FHC, Globo certamente recebeu algo em troca do presidente.

E de fato recebeu, financiamentos do BNDES e uma gráfica nova - no momento de ascensão da internete - para o jornal O Globo.

Isto dito, o assunto é de interesse público, já que as vantagens recebidas por Globo tiveram origem em dinheiro público, dinheiro do povo, que funcionou para esconder a mãe ,o filho e garantir a eleição de FHC.

Bandidos no comando do futebol brasileiro

'Faixas da Gaviões têm apoio do povo'



















Da Rede Brasil Atual:

Para o jornalista e diretor da ESPN Brasil, José Trajano, as faixas de protesto expostas pela torcida Gaviões da Fiel, no clássico entre Corinthians e São Paulo, em Itaquera, no último domingo (14), expressam um sentimento geral de descontentamento com o futebol brasileiro. "Todo mundo concorda. Ou alguém pode ser a favor da atual direção da CBF?", afirmou hoje (16), em entrevista à Rádio Brasil Atual.

As faixas cobravam punição para o os desvios relacionados ao chamado escândalo da merenda escolar, que atinge o governo paulista de Geraldo Alckmin (PSDB), contra a Rede Globo – por impor os horários dos jogos à sua programação –, contra a corrupção na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e na Federação Paulista de Futebol (FPF) e também reivindicavam ingressos mais baratos. "Tudo o que eles manifestaram, através das faixas, tem o apoio da maioria da população brasileira. Eles são os nossos porta-vozes. Assino embaixo", afirma Trajano.

"O preço é caro mesmo, o futebol está sendo elitizado. O horário é um absurdo. A CBF é pessimamente dirigida", afirma o jornalista. Já em relação aos desvios da merenda, Trajano lembra que o deputado estadual Fernando Capez (PSDB), envolvido no escândalo, perseguia as torcidas organizadas quando era promotor. "Agora a Gaviões está dando o troco."

O jornalista também condenou a postura da TV Globo, que durante a transmissão da partida evitou mostrar o ocorrido. "O interessante seria que se pudesse acompanhar de casa tudo o que acontece no local do jogo." Já a PM ameaçou intervir, mas recuou diante do risco de causar tumulto maior.

Durante a entrevista, Trajano traçou um paralelo com o futebol inglês, e citou manifestação da torcida do Liverpool, durante a última partida em que o time disputou em casa, quando cerca de 10 mil torcedores se retiraram do estádio ainda no decorrer do segundo tempo, para protestar contra o aumento dos ingressos. A televisão acompanhou os protestos e, no jogo seguinte, a direção do clube recuou e revogou o aumento.

Ele também criticou a posturas do árbitro da partida entre Corinthians e São Paulo, Luiz Flávio de Oliveira, e do jogador Felipe, capitão corintiano, que se empenharam em coibir a manifestação. Para o jornalista, ambos cometeram "uma série de equívocos e atitudes erradas que não deviam ter acontecido". "O juiz não tem nada que paralisar o jogo por causa daquelas faixas com aquelas mensagens, que não têm nada de errado. É uma forma de censura."

Com relação ao capitão corintiano, Trajano diz que faltou maturidade. "Ao jogador do Corinthians, o Felipe, que é muito jovem, faltou ter mais consciência. Se fosse o Paulo André o capitão, certamente não tomaria aquela atitude", referindo-se ao ex-zagueiro do clube paulista e integrante do coletivo Bom Senso, que luta por reformas do futebol brasileiro.

Trajano lembrou ainda a tradição de engajamento político da Gaviões da Fiel que, ainda durante a ditadura, jogadores e torcida exibiam faixas e mensagens de protesto. Em 1979, no Morumbi, a torcida ergueu faixa pedindo 'Anistia ampla, geral e irrestrita'. "Essa faixa foi aberta em um momento em que pouca gente se manifestava, porque havia um temor da repressão. Eram épocas de chumbo, que a gente gostaria que nunca mais voltasse."

Fonte: Blog do Miro
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Vitor Teixeira: O Gavião e o tucano

publicado em 19 de fevereiro de 2016 às 20:57

Fonte: VIOMUNDO

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“Não podemos assistir omissos

ao processo de elitização do futebol”,

diz presidente da Gaviões

André Lucas Almeida/Jornalistas Livres














Foto: André Lucas Almeida/Jornalistas Livres
Torcida volta à cena política ao criticar a CBF, Federação, Rede Globo e o governo estadual paulista nos últimos jogos.
17/02/2016
Por José Coutinho Júnior e Victor Tineo,
De São Paulo (SP)
Atual presidente da torcida organizada Gaviões da Fiel, Rodrigo Fonseca, o Diguinho, disse que os protestos realizados na última semana nos jogos contra o Capivariano (11) e no clássico paulista contra o São Paulo (14), representam a luta contra o elitismo no futebol e, ao mesmo tempo, resgata a história da torcida.
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Nos dois jogos, a torcida corinthiana estendeu faixas criticando a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a Federação Paulista de Futebol (FPF), a Rede Globo de Televisão e o Governo de São Paulo, além do promotor, deputado e presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Fernando Capez (PSDB), investigado no caso do escândalo da merenda no Estado.
“CBF, FPF, Rede Globo, Diretoria do Corinthians e os tais promotores, todos eles trabalham em conjunto para fazer do futebol um espetáculo de elite”, declarou o presidente.
Diguinho também alerta que a elitização do futebol é contrária à formação do clube, fundado por operários e trabalhadores braçais. “Não podemos assistir omissos ao processo de elitização que o futebol, não apenas do Corinthians, está passando faz anos tornando a arquibancada um lugar mais branco e rico do que outrora”, completou o presidente.
Sociólogo e corintiano, Sandro Barbosa, analisa que a crítica da Gaviões é contra o futebol moderno e, junto a isso, traz o peso de uma crítica social. “É um posicionamento contra esse futebol que elitiza, exclui os mais pobres e também batendo na CBF, Globo, PSDB, que é o partido responsável pela PM”, disse. “Além disso, o Capez foi um promotor que mais perseguiu as torcidas e agora está envolvido no escândalo da merenda.”, apontou.
Globo e ingressos
O valor do ingresso é uma das críticas que a Gaviões faz. O estádio do Corinthians, o Itaquerão, é um consórcio entre o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a construtora Odebretch e o clube.
“Esse consórcio determina o preço dos ingressos, então o time não tem muita agência nisso”, explica o sociólogo Sandro Barbosa, “O Itaquerão tem um espaço menor para as classes populares (setor norte e sul), todos os outros são para classes mais altas”, completou.  
Sobre a Rede Globo, ele alerta que quando a cobertura futebolística foca na violência de torcidas afeta o público, que por segurança, assistem de casa aos jogos. “Surgem a partir daí os canais pagos, que são da Globo. O tipo de torcedor que eles querem é um mero consumidor nos estádios”, analisou.
Com esse monopólio sobre o esporte, o horário dos jogos fica prejudicado. Durante a semana eles começam após a última novela da emissora - às 22h - e terminam cerca de meia noite.
História
A Gaviões da Fiel foi fundada em 1969, quando o então presidente do Corinthians, Wadih Helu, era ligado ao regime da ditadura militar. Com fama de ditador, o presidente pagava pessoas para caçarem "os gaviões". Durante seu mandato, o time não ganhou nenhum título expressivo e ficou conhecido como a época do “Faz-me rir”.
Em 1971 o presidente saiu do poder e passou o cargo ao opositor, Vicente Matheus. A Gaviões da Fiel, desde então, monitorou e fiscalizou de perto as atuações do clube, desde assuntos econômicos e integração entre torcedores, até à luta pela redemocratização do país.
Fonte: BRASIL DE FATO
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Bob Fernandes: 

O silêncio sobre a notícia de que o FBI investiga direitos de transmissão da Copa

Fonte: VIOMUNDO
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Globo e a corrupção na transmissão das Copas

CBF_REDE-GLOBO_SELEÇÃO
no Jornal da Gazeta (via Blog do Miro)








Fonte: O CAFEZINHO
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Triplex dos Marinho e a corrupção da Fifa

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:


Enquanto a Lava Jato procura pedalinhos em Atibaia, dentre outras fofocas, o escândalo do triplex dos Marinho em Paraty, construído sem licença ambiental, dentre inúmeras outras graves irregularidades, continua gerando informações interessantíssimas.

A Rede Brasil Atual, o Viomundo, o DCM e o Tijolaço trouxeram fatos instigantes sobre o laranjal financeiro por trás da propriedade.

Quem andou ocultando patrimônio, pelo visto, não foi Lula, e sim a família mais rica do país.

O Cafezinho resolveu dar sua contribuição às reportagens coletivas feitas pelos blogs, fez algumas investigações na web e descobriu outras coisitas, que poderão, por sua vez, nos levar a outras revelações.

As últimas investigações da blogosfera descobriram que o triplex dos Marinho em Paraty está em nome da Agropecuária Veine Patrimonial Ltda.

Com a Veine começa o show.

A Veine tem sócios um pouco, por assim dizer, controvertidos, como a Vaincre LLC, que é controlada pela Camille Services.

A Camille Services, segundo o banco de dados público do Panamá, tem como diretores, as seguintes pessoas: Francis Perez, Leticia Montoya e Katia Solano.

Esses três são figurinhas carimbadas no submundo da lavagem de dinheiro. Segundo o site Inside Costa Rica, os três são os principais nomes do "time clandestino por trás de Nicstate Development", firma usada pelo então presidente da Nicarágua, Arnoldo Alemán, para um esquema milionário de lavagem de dinheiro.

O mais interessante, porém, não é isso. Os mesmos Francis Perez e Leticia Montoya participam da criação da Briks Overseas, firma dirigida pelo uruguaio Eugenio Pedro Figueredo, um dos medalhões da Fifa preso na Suíça e extraditado para os Estados Unidos! E quem é a firma responsável pela Briks? A Mossack Fonseca, envolvida na Lava Jato!



Ou seja, a Mossack Fonseca realmente apimentou a Lava Jato, porque traz à tona a conexão da Globo com um grande esquema de lavagem de dinheiro, sonegação, evasão de divisas, por um lado, e com o escândalo de corrupção da Fifa, onde a Globo está envolvida até o pescoço, apesar da conspiração de silêncio da imprensa brasileira sobre o tema.

É interessante notar que o esquema de sonegação dos Marinho na Copa de 2002 - jamais devidamente investigado pelo Ministério Público ou pela Polícia Federal - usou a mesma tecnologia de empresas de fachada, paraísos fiscais, para ocultar patrimônio e burlar o fisco.

É realmente estranho que Sergio Moro, força-tarefa e a mídia tenham perdido o interesse tão subitamente pelos esquemas da Mossack Fonseca descobertos quando a Lava Jato invadiu o Guarujá.

Em questão de dias, esqueceram tudo, soltaram todos os presos, e tentaram mudar a pauta para a reforma de um churrasqueira no sítio frequentado por Lula em Atibaia.

Mais coragem, intocáveis da Lava Jato!

Vamos investigar o esquema da Mossack Fonseca e sua ligações com os triplex dos Marinho!

Quem sabe não chegamos no principal problema brasileiro, e que certamente afeta todas as grandes companhias nacionais, inclusive as empreiteiras da Lava Jato: a sonegação e a evasão fiscal?

Dallagnol, você não acha que há algo divino nisso?

Sergio Moro, Carlos Fernando, cadê vocês?

Aí sim, há elementos que podem "refundar a república"...

A história ainda tem muitas pontas soltas. A continuar.

Fonte: Blog do Miro
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Ingressos caros, horários absurdos dos jogos e muita corrupção envolvendo o mundo do futebol.

As empresas envolvidas com o futebol tem por objetivo apenas o lucro.

É provável, bem provável, que CBF e Globo odeiem o futebol.
O futebol, hoje, talvez a partir deste século, tem se tornado dentro e fora de campo cada vez mais violento.

Fora de campo, as organizações que controlam o futebol brasileiro praticam um modelo de negócio que, de alguma forma, retrata o modelo econômico mundial hegemônico.

Criminoso, selvagem e violento.

Dentro de campo, os jogos tem se tornado cada vez mais violentos, com cada vez mais atletas sofrendo graves lesões, enquanto o talento e a arte tem sido criminalizados e mesmo apontados como expressões de desrespeito aos adversários.

Não deixa de ser, também, um retrato do mundo atual, que valoriza o individualismo e o empreendedorismo, e que vê na inteligência e  no conhecimento do outro uma forma de  agressão.

A esse respeito, o jornalista André Kfouri, do jornal LANCE, escreveu o excelente artigo abaixo:

Vale a leitura:

por André Kfouri em 18.fev.2016 às 14:38h  

 (publicada em 18/02/2016, no Lance!)

AMOR OU ÓDIO?
Você gosta de futebol? Não é uma provocação, mas uma pergunta honesta. Claro, ter este diário em mãos (obrigado) e ler essas linhas (muito obrigado) são indicativos de que você se interessa pelo assunto, o que não significa, necessariamente, que goste. A pergunta pode parecer injusta para você, que adora o futebol e com ele se relaciona de maneira saudável. Mas pode caber a você, que se aborrece frequentemente com o que julga amar. Neste caso, é grande a possibilidade de você não gostar de futebol, sem saber.
O pênalti coletivo do Barcelona, domingo passado, evocou uma visão de futebol compartilhada por muita gente. São os eternos ofendidos, afetados pela síndrome da mágoa espontânea, para quem a jogada de Messi e Suárez é um exemplo de desrespeito, humilhação, menosprezo. Uma “quebra de decoro” que, embora não escrita, fere a “seriedade” da qual jogadores não devem se afastar, sob pena de pagar caro.
Essa forma de enxergar o jogo não tolera exibições criativas de habilidade técnica (ou, no caso mencionado, de corajosa improvisação) que não estejam acompanhadas da “objetividade” que as autoriza, e insiste em catalogar lances de efeito conforme a situação em que acontecem. Uma cavadinha na cobrança de pênalti, na final da Copa do Mundo, é coragem. Vencendo por 5 x 0, é falta de caráter. Uma caneta no campo de defesa é desnecessária. Na área do adversário, é recurso. Neymar não faz “gracinhas” quando está perdendo, acusam os magoados. Como se ele tivesse essa obrigação.
E como se times se comportassem do mesmo jeito, independentemente do placar. No futebol dos ofendidos, aceita-se a agressão que o árbitro não vê. É “malandragem”. Perdoa-se a cusparada, o cotovelo alto nas disputas de bola. “Faz parte do jogo”, dizem. Mas uma carretilha com 2 x 0 é um insulto. Um pênalti em dois toques, coisa de cafajestes. É preciso odiar o futebol para pensar assim. Tomara que não seja o seu caso

O Grajaú da Desinibida e da Laranja

Agropecuária dona da mansão dos Marinho divide sala e agente no Panamá com Paulo Roberto Costa

conexoes
Os provocadores da direita que vêm a este blog perguntar o que tem a ver a mansão dos Marinho com a Lava Jato iriam sumir, se tivessem vergonha na cara.
E o mesmo se aplicaria, se tivessem a mesma nas faces , aos policiais e procuradores do Dr. Sérgio Moro.
O que tem a ver?
Tudo.
Firme-se para não cair da cadeira: a dona da mansão dos Marinho, a controladora da Agropecuária Veine, a Blainville, dividia sala no Panamá com a empresa de picaretagem de Paulo Roberto Costa, operador supremo o “petrolão”.
No relatório “paralelo” do PDSB (e PPS/DEM) é dito que Paulo Roberto Costa montou a Sunset Global Services Ltd. Corp, no Panamá, para – transcrição literal – “comprar” uma casa em Mangaratiba, no Rio. A casa valia R$ 3,2 milhões. À época da Operação, a Polícia Federal ainda não sabia se a negociação tinha sido realizada.
O que fizeram os  Marinho, com a diferença de que a casa não era em Mangaratiba, “coisa de pobre”, mas em Paraty, numa praia que virou particular?
Constituíram um empresa no Panamá, como Costa, para comprar e fazer a sua mansão praiana, como Costa.
A Bainville International Inc foi aberta com os mesmos US$ 10 mil com que Costa abriu a sua “laranjaria no Panamá.
Pelo mesmo escritório de “laranjeiros”, o de Icaza, Gonzalez – Ruiz & Aleman.
Com o mesmo endereço, na fábrica de laranjas usada por Costa: Calle Aquilino de La Guardia, número 8, Panamá City.
Abriu-se uma empresa aqui no dia 12 de março de 2004. Abriu-se uma lá, no Panamá, no dia 23 de março.
A empresa panamenha, no dia 13 de abril, constitui Jorge Luiz Lamenza seu procurador no Brasil.
No dia 28  de abril depois de registrar uma tradução juramentada e certidões diversas, a Blainville, através de Lamenza, compra 90% da  empresa brasileira que viria a ser dona da mansão Marinho. Os 10% restantes eram de uma senhora no prosaico Grajaú carrioca.
Lá, no Panamá, a empresa tem  sede na sala que viria a ser a mesma da Global, de Paulo Roberto Costa.
Todos os documentos reproduzidos na imagem são de certidões tiradas no Registro Notarial do Panamá e na Junta Comercial de São Paulo.
Diria o Ronnie Von: a  mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores, o mesmo jardim. 
Um é falcatrua. O outro é…não vem ao caso.
Imaginem se o sitio do Lula fosse de uma empresa no Panamá,  sócia de sala do Paulo Roberto Costa?
Pois o sítio dos Marinho é.
E não acontece nada.

Desenhando, fica mais fácil entender?

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Hoje, com toda a razão, o Paulo Nogueira, no Diário do Centro do Mundo, saúda o cartunista Laerte por ter rompido, com sua charge de hoje na Folha (veja abaixo) o muro de silêncio que se fez em torno da descoberta de que a mansão dos Marinho em Paraty, construída em área proibida e objeto, por isso e outras coisas, de um processo judicial pertence – oficialmente –  a uma empresa “agropecuária”, 90% de propriedade de um grupo panamenho e outros 10% pertencentes a uma senhora que vive em um modesto apartamento no Grajaú, baixo da Zona Norte do Rio.
Já a localizei, mas como ela tem 70 anos, parece apavorada e é apenas uma “laranja” neste esquema, ainda preservo sua identidade, apesar dos xingamentos que me dirigiu ao telefone. Só depois de ter documentos que comprovem que continua sócia da empresa ela passa a ter relevância, porque também responde pelas ilegalidades cometidas.
Volto a postar em seguida sobre o assunto, mas não posso deixar de juntar à homenagem ao Laerte a charge, também de hoje, do genial Aroeira, de O Dia.
Os dois, não por acaso, acabam por dizer o que todos os gravatinhas das redações hipocritamente calam, sabendo.
Que Lula é culpado de tudo, ainda que não seja.
E que os Marinhos são inocentes em tudo, mesmo quando são pilhados numa flagrante maracutaia imobiliária.
A “imprensa livre”, o “jornalismo investigativo”, capazes de fuçar as latas de lixo do ex-presidente se omitem completamente diante de uma ocultação de patrimônio e de um dano ambiental evidentes.
Como o fizeram num caso de sonegação fiscal gigantesco nos direitos de transmissão da Copa.
Há centenas de repórteres, policiais, promotores atrás  de Lula, para provar que é dele um sítio que tem proprietários conhecidos, nominados e capazes de possuir o imóvel.
Somos apenas três ou quatro atrás dos Marinho, quase sem armas que não o Google. E já mostramos que é deles o que está em nome de outros, com completa incapacidade financeira de possuir mansões ou operar helicópteros de luxo.
E de fazer gente de bem, como  Aroeira e o Laerte entenderem tudo, traduzindo com seu talento todo este absurdo.
Quem sabe, desenhando, entendam.
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Fonte: TIJOLAÇO
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Todos os envolvidos nas armações da Paraty House tem algo em comum com o Panamá, além, claro, do operador do petróleo.

As vezes me pergunto se as centenas de denúncias sobre corrupção que apareceram, e aparecem diariamente na velha mídia, envolvendo Lula, o PT e a Petrobras, não seriam, de fato e na realidade, autoconhecimento explícito sobre práticas criminosas que teriam sido repassadas , previamente, para Juizes paladinos da Justiça que fariam o trabalho direcionado para criminalizar o governo Dilma, o PT e Lula.

Ou seja, as investigações já partiriam de um conhecimento prévio sobre crimes e , de alguma forma ou mesmo de qualquer forma, apontariam o governo, o PT e Lula como criminosos.


Com a verdade emergindo, até mesmo uma senhora de 70 anos , residente no Bairro do Grajaú, zona norte da cidade do Rio de Janeiro, aparece como laranja nas trapaças dos Marinhos.
O bairro do Grajaú, tão citado por Nelson Rodrigues em suas crônicas, quem diria, trocou a desinibida pela laranja.