quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

O mesmo filme de terror nas Laranjeiras

20/01/2016 23:35:36

Wellington Nem fica bem próximo de retornar ao Fluminense

Negociação do Tricolor com o Shakhtar Donetsk mostrou evolução

O DIA
Rio - Após encerrar a participação na Florida Cup no confronto com o Internacional, o Fluminense embarca hoje para o Brasil com a sensação de dever cumprido na pré-temporada de duas semanas nos Estados Unidos. O saldo positivo do período de treinos longe de casa não diminuiu o ritmo nos bastidores para fechar o ciclo de reforços para o primeiro semestre. Em silêncio, a diretoria encaminha o acerto para repatriar Wellington Nem e Gerson.

Wellington Nem está mais próximo do acerto
Foto: Nelson Perez/ Fluminense F.C. / Divulgação

A investida conta com a aprovação do técnico Eduardo Baptista. Sonho antigo da cúpula tricolor, Nem admitiu o avanço na negociação com o Shakhtar Donetsk. O duelo entre as equipes serviu de avaliação para o técnico Mircea Lucescu avaliar os jogadores oferecidos pelo clube carioca. Danielzinho e Marcos Junior foram os que mais agradaram, mas apenas o apoiador, de 20 anos, deve ser envolvido na troca com o Shakhtar. O empréstimo seria de um ano.
“Estou muito contente com o esforço do Fluminense. Estou fazendo de tudo para voltar logo. Se fosse por mim, já estaria treinando. Acho que essa semana sai (o acerto com o Shakhtar). A coisa está caminhando bem. Faltam alguns detalhes entre as diretorias do Fluminense e do Shakhtar”, disse Wellington Nem, à ‘Rádio Tupi’.
Outra cria de Xerém pode voltar a ser atração nas Laranjeiras: Gerson. Vendido à Roma, o apoiador, de 18 anos, pode voltar por empréstimo até o meio da temporada. Com a cotaesgotada para jogadores extracomunitários no elenco, o clube italiano já cogita emprestá-lo para o Tricolor. O presidente Peter Siemsen está à frente da negociação. Apesar do interesse, o Frosinone, também da Itália, Gerson não será cedido para concorrente algum. A venda de Gerson foi a maior transação do futebol brasileiro nos últimos anos: R$ 60 milhões. Dono de 70% dos direitos, o Flu embolsou R$ 45 milhões.

Fonte: O DIA
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Eduardo Baptista destaca bom trabalho realizado na pré-temporada

A derrota sofrida diante do Internacional na noite desta quarta-feira, 21, não abalou o ânimo do técnico Eduardo Baptista, nem lhe tirou a convicção de que o trabalho de preparação para a temporada 2016 foi muito bem feito. O treinador chamou a atenção para o padrão de jogo apresentado pelo Tricolor, que apesar da dificuldade imposta pela forte marcação da equipe adversária, conseguiu tomar iniciativa e teve mais posse de bola.
- Foi um jogo pegado, principalmente no primeiro tempo, onde só sairia gol da maneira que foi, com uma falha nossa. No segundo tempo, jogamos futebol, fomos para cima. É o Fluminense que a gente quer. Mesmo com substituições, com Ronaldinho fora de ritmo, foi o Fluminense que a gente quer. Temos que ajustar, fazer a bola entrar. A gente sai daqui com um trabalho bem feito, físico, um time preparado para disputar títulos. A proposta foi essa, fazer um Fluminense que jogue futebol. A gente precisa trabalhar para fazer as oportunidades virarem gols – comentou Eduardo Baptista.

Eduardo está confiante no sucesso do time nesta temporada
A exemplo do que aconteceu na partida contra o Shakhtar Donetsk, Eduardo não pôde contar com a participação do atacante Fred, que mais uma vez precisou ser poupado. Apesar de reconhecer a importância do capitão tricolor, o treinador ressaltou que a sua ausência nos jogos da Florida Cup não atrapalhou a preparação da equipe.
- Não atrapalhou muito, não, a ausência dele. Eu usei a pré-temporada para observar, fazer experiência. Sabemos do potencial dele. Precisamos dele com a força máxima. Sabemos o que esperar do Fred. Tinha que observar os meninos que chegaram, os meninos da base. Queríamos o Fred jogando, mas conseguimos transformar isso em ponto positivo para a próxima temporada – destacou.
Após duas semanas de trabalho intenso na Flórida, a delegação tricolor embarca para o Rio de Janeiro na noite desta quinta-feira, 21.
Fonte: FLUMINENSE F.C.
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Começa mais uma temporada no futebol brasileiro e o Fluminense parece que vai continuar na mesma dos últimos três anos.
O retorno de Wellington Nem pode ser um bom negócio para o Tricolor, desde que o jogador Danielzinho não seja envolvido na negociação.

Daniel é uma das grandes promessas da base e joga em um espaço do campo onde o Fluminense necessita de um jogador com as suas qualidades.

Já o envolvimento de Marcos Jr. na negociação para a volta de Nem parece ser o mais vantajoso para o Tricolor, já que W. Nem e M.Jr. tem as mesmas características e, ambos poderiam se beneficiar com a mudança em seus novos clubes ganhando novas motivações.

Envolver Daniel na negociação seria um grande erro.

Quanto ao trabalho de temporada do Tricolor nos EUA ter sido avaliado como muito bom pelo treinador, isso não significa um bom ano.

Dizer que o importante foi o trabalho e não os resultados dos jogos, também foi dito no ano passado por outra comissão técnica.

Cabe lembrar que os outros times brasileiros que estiveram juntos com o Tricolor na Florida Cup, também estavam em início de preparação e nem por isso deixaram de ganhar jogos e até mesmo o título do torneio, como no caso do Atlético Mineiro.

Sai ano entra ano e nada muda no Fluminense, até nos jogadores que desfalcam o time por motivo de contusões.

O torcedor do Tricolor já viu esse filme e não gostou do que viu.





quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

E se Sanders vencer ?

A eleição mais influente do mundo começa em 3 semanas


As eleições para presidente dos Estados Unidos são as mais influentes do mundo, e se realizam em um sistema eleitoral virtualmente inexistente no resto do planeta, que consiste basicamente em um sistema de dois turnos em que o primeiro turno se realiza mais de 6 meses antes do segundo; Bernie Sanders tem chances reais, e sua eleição seria uma vitória extraordinária do progressismo mundial
Bernie Sanders: futuro presidente progressista dos EUA?
Bernie Sanders: futuro presidente progressista dos EUA?
As eleições nos países em que não moramos não são apenas fatos pitorescos que nos influenciam marginalmente. Elas são, em seu conjunto, provavelmente tão ou mais importantes que as eleições no próprio país em que moramos. E entre todas as eleições do mundo, a mais importante vai começar a ocorrer daqui a três semanas, no dia 1º de fevereiro de 2016. São as eleições presidenciais dos Estados Unidos, disputadas em um sistema eleitoral que na prática possui dois turnos. O primeiro turno, que são as prévias dos partidos Democrata e Republicano, ocorrerá aproximadamente de fevereiro a abril deste ano, e o segundo turno, em que disputam os vencedores das duas prévias, será em novembro também de 2016.
O sistema pode ser considerado de dois turnos por um conjunto de razões. Uma delas é que a disputa nas prévias dentro dos dois partidos ocorre entre projetos políticos bastante diferentes, a ponto de modificar intensamente o sentido do segundo turno, em novembro. Por exemplo, em 2008, as prévias no Partido Democrata, entre Hillary Clinton e Barack Obama, foram uma eleição em si, profundamente influente, como seria um primeiro turno. Neste ano de 2016, ocorrerá o mesmo, com a disputa entre Hillary e Bernie Sanders no Partido Democrata, sem contar que a disputa no Partido Republicano também é relativamente diversa, podendo vencer um candidato extremamente conservador, Donald Trump.
Outra razão pela qual as prévias de aproximadamente fevereiro a abril podem ser consideradas um primeiro turno é que em novembro, o sistema eleitoral praticamente força uma disputa entre apenas dois candidatos, através da conjugação entre a ausência de um turno posterior no qual disputem apenas os dois primeiros colocados e a existência do Colégio Eleitoral. Quantos à prévias aproximadamente de fevereiro a abril, o primeiro estado a realizá-las vai ser Iowa, no próximo dia 1º de fevereiro.
Assim, neste primeiro turno no Partido Democrata, temos uma disputa em muitos sentidos semelhante à de 2008 entre Hillary e Obama. Como em 2008, Hillary e seu campo tentam criar um clima de “já ganhou”, estratégia que dessa vez está muito prejudicada pela experiência de 2008, quando Obama acabou vencendo contra praticamente todos os prognósticos. Assim, agora em 2016, Bernie Sanders é o “Obama” da vez, subindo gradualmente nas pesquisas e se posicionando como o candidato do progressismo do Partido Democrata, enquanto Hillary representa o conservadorismo do Partido Democrata. Quem vencer vai representar o progressismo estadunidense no segundo turno em novembro, mesmo se for Hillary, pois no segundo turno há uma configuração nacional dos campos políticos na qual o progressismo se inclina muito mais para o Partido Democrata e o conservadorismo se inclina muito mais para o Partido Republicano.
E o que significaria uma vitória de Bernie Sanders para o mundo? Muita coisa. Os Estados Unidos têm uma imensa influência militar, financeira, política e cultural no mundo. Sanders se autodenomina “socialista democrático”. Claro que sua definição de socialismo é apenas uma entre muitas que existem, mas uma coisa ele deixa claro: o tempo em que vamos aceitar cabisbaixos que existam simultaneamente bilionários e milhões de pessoas miseráveis, seja nos Estados Unidos, seja no mundo, acabou. Vamos olhar para os Estados Unidos com esperança. Eles têm democracia sim, e lá, como em todos os países em que existe, ela é a luz que nos leva para o futuro.
Fonte: CULTURA POLÍTICA
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A mídia à beira de um ataque de nervos

Por Glenn Greenwald, no site Outras Palavras:

A elite política e a mídia britânica perderam pouco a pouco a cabeça, após a eleição de Jeremy Corbyn para a liderança do Partido Trabalhista – e ainda não parecem capazes de se recuperar. Nos Estados Unidos, Bernie Sanders é bem menos radical; os dois não estão sequer na mesma constelação política. Mas, especialmente em temas econômicos, Sanders é um crítico mais robusto e sistêmico do que os centros do poder oligárquico julgariam tolerável. Sua denúncia contra o controle da vida política pelas corporações é uma ameaça grave. Por isso, ele é visto como a versão norte-americana do extremismo de esquerda e uma ameaça ao poder do establishment.

Para quem já tinha observado os desdobramentos da reação britânica à vitória de Corbin, é fascinante constatar que as reações de Washington e da elite do Partido Democrata à emergência de Sanders replicam o caso inglês, seguindo idêntico script. Pessoalmente, creio que a escolha de Hillary é extremamente provável, mas as evidências de um movimento crescente em favor de Sanders são inquestionáveis. Trata-se de algo consistente, que está desconcertando os dirigentes do partido, como seria de esperar.

Uma pesquisa revelou, semana passada, que Sanders tem uma clara liderança entre os eleitores mais jovens inclusive as mulheres. Como a revista Rolling Stone notou, “as mulheres jovens apoiam Bernie Sanders por larga margem”. O New York Times admitiu que, em New Hamphire, Sanders “já abriu uma vantagem de 27 pontos”, o que é “espantoso para os padrões do Estado”. O Wall Street Journal reconheceu, em editorial, que “já não é impossível imaginar este socialista de 74 anos candidato pelo Partido Democrata”

Como no caso de Corbyn, há uma correlação direta entre a força de Sanders e a intensidade e amargura dos ataques baixos desencadeados contra ele por Washington, a estrutura partidária e a mídia. No Reino Unido, esta curiosa revolta elitista passou por sete fases; e nos EUA, a reação a Sanders segue a mesma trajetória. Ei-la:

Fase 1: Condescendência polida diante do que é percebido como algo inofensivo (achamos realmente ótimo que ele possa expressar seus pontos de vista).

Fase 2: Ironia leve e casual à medida em que cresce a confiança dos apoiadores do candidato (não, caros, um extremista de esquerda não vencerá, mas é muito bom ver vocês tão animados)

Fase 3: Auto-piedade e lições graves de etiqueta dirigidas aos apoiadores, após a constatação de não estão cumprindo seu dever de rendição MEEK, temperada com doses pesadas de (ninguém é tão rude com os jornalistas, ou os ataca tanto, nas redes sociais, como estes radicais, e isso, infelizmente, está enfraquecendo as causas de seu candidato)

Fase 4: Tentar colar, no candidato e em seus apoiadores, insinuações de sexismo e racismo, afirmando falsamente que apenas homens brancos os apoiam (você gosta deste candidato porque ele é branco e homem como vocênão devido a sua ideologia ou políticas, nem porsua oposição às políticas pró-guerra e pró-corporações da elite do partido).

Fase 5: Difusão escancarada de ataques de direita para demonizar e marginalizar o candidato, quando as pesquisas comprovarem que ele é uma ameaça real (ele é fraco contra o terrorismo, irá render-se ao ISIS, faz alianças bizarras e é um clone de Mao e Stalin).

Fase 6: Lançamento de alertas graves ou histéricos sobre o apocalipse à frente, em caso de derrota do candidato do establishment, quando a possibilidade de perder torna-se imenente (suas ideias irão sofrerderrotas por décadas, talvez por várias gerações, se você desobedecer nossas advertências sobre que candidato escolher).

Fase 7: Derretimento completo, pânico, reprovações, ameaças,recriminações, cotoveladas presunçosas, associação aberta com a direta, completa fúria (Eu não posso mais, em sã consciência, apoiar este partido de aloprados, adoradores de terroristas, comunistas e bárbaros).

O Reino Unido está bem na Fase 7, e talvez seja capaz de inventar em breve um novo estágio (militares britânicos anônimos ameaçaram promover um motim, caso Corbyn seja eleito democraticamente primeiro-ministro). Nos EUA o establishment político e a mídia pró-Partido Democrata estão na Fase 5 há semanas, e parecem prestes a entrar na Fase 6. A passagem à Fase 7 é certa, caso Sanders vença as primárias em Iowa.

É normal e legítimo, nas eleições, que as campanhas de cada candidato critiquem duramente os demais. Não há nenhum problema nisso: seria ótimo que os contrastes aparecessem claramente, e quase não surpreende que isso seja feito com agressividade e aspereza. As pessoas chegam a extremos, para obter poder. É da natureza humana.

Mas isso não impede as pessoas de pesar os ataques que fazem, nem significa que estes estejam imunes a críticas (a exploração grosseira e cínica dos temas de gênero pelos apoiadores de Hillary, para sugerir que o apoio a Sanders baseia-se em sexismo foi especialmente desonesta, quando se que os grupos de esquerda que hoje defendem o candidato tentaram, por meses, lançar a candidatura de Elisabeth Warren – para não dizer do vasto número de apoiadoras do senador).

Gente de todos os partidos, e em todo o espectro político, está enojada com as disputas em Washington. Não surpreende que um amplo número de adultos norte-americanos busquem uma alternativa a uma candidata como Hillary. Mergulhada no dinheiro de Wall Street (tanto política quanto pessoalmente), ela mostra-se incapaz de desaprovar uma única guerra, e sua única convicção parece ser a que qualquer coisa pode ser dita ou feita, para assegurar sua própria vitória.

A natureza dos establishments é baterem-se desesperadamente pelo poder, e atacar com fervor sem limites qualquer um que desafie ou ameace aquele poder. Foi o que ocorreu no Reino Unido com a emergência de Corbyn e o que se repete nos EUA com a ascensão de Sanders. Não surpreende que os ataques a ambos sejam tão parecidos – a dinâmica dos privilégios do establishment é a mesma – mas não deixa de ser chocante que os scripts sejam idênticos.

* Publicado originalmente no site The Intercept. Tradução de Antonio Martins.

Fonte: Blog do MIro

Plásticos à belle meunière. Vai ?


Oceanos terão mais plásticos 


do que peixes em 2050



O uso maciço de plásticos é tamanho que os oceanos abrigarão mais detritos plásticos do que peixes em 2050 - informou nesta terça-feira o Fórum Econômico Mundial de Davos.

"O sistema atual de produção, utilização e descarte de plásticos tem efeitos negativos importantes: de 80 a 120 bilhões de dólares de embalagens plásticas são perdidos anualmente. E além do custo financeiro, sem nada em troca, os oceanos terão mais plástico do que peixes (em peso) até 2050", informa um comunicado.

O fórum de Davos, cujas reuniões de trabalho começam na quarta-feira, revela um estudo realizado com a fundação da navegadora Ellen MacArthur e a consultoria McKinsey.

Segundo o documento, a proporção de toneladas de plástico-toneladas de peixes era de uma para cinco em 2014, será de uma para três em 2025 e vai ultrapassar uma para uma em 2050.

O fórum estima necessária "uma refundação total das embalagens e dos plásticos em geral" e a busca por alternativas ao petróleo como material de base para sua produção - pois caso nada mude, o plástico representará 20% da produção petroleira em 2050.

Por causa dos sacos de plástico de uso único, "95% do valor das embalagens de plástico, estimado entre 80 e 120 bilhões por ano, se perde", lamenta o WEF, pedindo o estabelecimento de canais de reciclagem verdadeiros e reutilização.

"Os modelos de produção e consumo lineares são cada vez mais questionados (...) e isso é especialmente verdadeiro para os setores onde existem grandes volumes de baixo valor como as embalagens de plástico", apontou em declaração a navegadora Ellen MacArthur, também solicitando a criação de uma economia circular, reutilizando os materiais.

Vários países estão tentando limitar o uso de sacos plásticos. Na França, por exemplo, os sacos de plástico de uso único devem ser proibidos em março.

No Reino Unido, a legislação impõe que os consumidores paguem pelos sacos plásticos, a fim de tentar reduzir sua utilização.
Fonte; BOL
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Não é ficção: humanidade só sobrevive fora da Terra

Quem afirma é o notável Stephen Hawking, em série de palestras para a BBC. Cientista acredita, porém, que ser humano será capaz de se espalhar no Cosmo

O DIA
Rio - No filme ‘Interestelar’, de Christopher Nolan, em um futuro não muito distante, uma Terra praticamente infértil agoniza com tempestades de areia e uma população minguante, que nem de longe lembra os sete bilhões de agora. Uma ‘anomalia’ surge perto de Saturno: é um ‘buraco de minhoca’ que liga a outra parte do Cosmo, para onde vai missão capitaneada por Matthew McConaughey e Anne Hathaway, a fim de encontrar um novo lar para a humanidade. Para Stephen Hawking, este terá de ser o destino dos humanos se não quiserem desaparecer junto com o planeta.
Hawking alertou que guerras nucleares, o aquecimento global, vírus e robôs podem acabar com a Terra
Foto: Reprodução / Facebook

Hawking gravou série de palestras para a BBC, sobre suas pesquisas relativas aos buracos negros. Em resposta à plateia, o cientista garantiu que a humanidade sobrevive se conseguir estabelecer colônias no espaço. “Apesar de a possibilidade ocorrer um desastre na Terra pareça agora muito baixo, será quase uma certeza nos próximos mil ou dez mil anos”, apontou o britânico.

MISSÃO PARA 100 ANOS
No entanto, ele explicou que, para então, os humanos “terão se expandido pelo universo” e chegarão “a outras estrelas”. Hawking deixou claro que colônias autossuficientes no espaço não serão factíveis neste século.
Entre os riscos que poderiam pôr o mundo em perigo estão uma possível guerra nuclear, o aquecimento global e os vírus de engenheira genética, além do avanço rápido e forte da inteligência artificial.
O astrofísico se definiu como uma pessoa “otimista” ao acreditar que é possível que os humanos possam reconhecer a tempo os perigos da ciência e da tecnologia para “controlá-los”. Hawking também aconselhou a nova geração de jovens cientistas a ajudar a entender como estes descobrimentos mudarão o mundo.

Fonte: O DIA
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terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Encrenca

Encrenca internacional na última chapada

Os 'players' do agronegócio mundial têm comprado terras que grileiros tomaram de comunidades rurais, e tudo isso apoiados por políticos e bancos públicos.        


Najar Tubino
EBC
Terra plana, cobertas de vegetação do cerrado, que no Brasil pagam o preço da expansão do agronegócio transgênico e agroquímico. A última chapada está no sul do Piauí e desde a década de 1990 sofre a ação de grileiros, roubando terras públicas – devolutas -, depois repassadas para os grandes “players” do setor. No final do ano passado, os municípios de Gilbués, Bom Jesus, Santa Filomena, entre outros, tiveram uma exposição internacional, quando o jornal The New YorkTimes reproduziu uma denúncia do GRAIN, sobre a compra de terras pelo fundo dos professores universitários dos Estados Unidos TIAA-Cref – Teachers Insurance and Annuity Association – College Retirement Equities Fund – do paulista Euclides de Carli, conhecido como o maior grileiro do sul do Piauí e Maranhão. O TIAA-CREF dispõe de US$866 bilhões para investimentos, e atua no negócio de terras através de outra empresa, a TIAA-CREF Global Agriculture HoldCo. O último fundo da TIAA Agriculture fechou em agosto de 2015 com US$ 3 bilhões para investir.

É óbvio que os fundos não querem lucros de 3% que é o máximo que conseguem no Hemisfério Norte. Eles querem 15 a 25% em cinco anos, que normalmente é o prazo para o pagamento de rendimento aos cotistas. Para desgraça das comunidades da chapada do Piauí, assim como já aconteceu na região de Balsas no Maranhão, onde o processo iniciou nos anos 1980, a expansão da soja, do milho e do algodão transgênicos significa a expulsão dos moradores. A grilagem é igual em qualquer parte do planeta: chegam, cercam a área, expulsam os moradores, colocam jagunços de guarda e se necessário matam quem denuncia.

Negócios da Radar-Cosan e TIAA-CREF

A Rede Social de Justiça e Direitos Humanos – WWW.social.org.br – apresentou em novembro do ano passado um relatório de 58 páginas intitulado “A Radar S/A e a especulação de Terras no Brasil”. A Radar é uma empresa criada pela Cosan em 2008, ao mesmo tempo em que a holding de Rubens Ometto criava uma joint venture com a Shell, para os negócios de açúcar e etanol, com o nome de Raízen. A Radar com 18,9% da Cosan tinha como sócio a Mansilla Participações S/A, que vem a ser uma empresa da TIAA Agriculture. Ometto continua com o controle das fazendas. O negócio começou com US$400 milhões. Em dois anos a Radar era proprietária de 151.468 ha, sendo 72.911 ha em SP, 37.654 ha no Maranhão e 29.482 ha no Mato Grosso, mais outras fazendas na Bahia, Goiás e Piauí.

A aplicação dos fundos no agronegócio brasileiros iniciou antes da crise financeira, quando várias empresas começaram a captar dinheiro nas bolsas mundo afora. Também ocorreu uma concentração de operações no setor canavieiro e seu ramo industrial, quando as grandes do mundo assumiram empresas de capital brasileiro. A Louis Dreyfus, francesa, foi a maior delas, seguida pela Bunge, dos Estados Unidos. Em 2012, a Cosam fez um aporte de R$550 milhões e assumiu a maior parcela da Radar – 37,7%. E passou a integrar o portfólio da Cosan. Antes disso, as empresas criaram a Tellus S/A para captar debêntures em bolsas, a fim de comprar determinadas fazendas. Como numa novela mexicana de quinta categoria, a TIAA criou a Terra Viva Brasil Participações e a Nova Gaia. Tudo isso para esconder o jogo sujo do mercado. São empresas onde os donos são os mesmos, que captam dinheiro no mercado, compram terras, depois arrendam ou colocam à venda. Depois de determinado porte, vendem fatias das empresas criadas, tudo de acordo com a especulação financeira mundial.

Impunidade dos grileiros

Euclides de Carli era o dono de uma colonizadora. Ele é daquele tipo racista que conta ao mundo que a agricultura sulista é a mais moderna e tecnológica, e que as comunidades rurais estão na idade da pedra e não produzem nada. O pesquisador Roberto de Sousa Miranda, da Universidade Federal de Campina Grande conta os métodos jagunceiros do dito cujo na sua tese “Ecologia Política da Soja e Processos de Territorialização no sul do Maranhão”.  Um caso conhecido de assassinato de um agricultor – José Antônio Lopes em 2011- foi relatado ao Ouvidor Agrário Nacional, desembargador Gersino da Silva Filho, em 2012. O deputado estadual Manoel Ribeiro, do PTB também divulgou uma extensa lista de crimes de Euclides de Carli – 26 processos na Comarca de Balsas.

Em 2013, a Justiça Federal entrou com um processo por crime da ordem tributária, mas em 2015, a Polícia Federal e o MPF começaram a desenredar outra ponta dos negócios do grileiro. Através de saques em dinheiro de mais de R$18 milhões da empresa RM Imóveis, de Rovílio Mascarello, empresário de Cascavel, com fazendas espalhadas pelo cerrado, a investigação detectou um saque de mais de oito milhões na agência do Banco do Brasil de Teresina de Joacir Alves, corretor de terras e parceiro de Euclides de Carli. Este movimentou mais de R$15 milhões através de saques em dinheiro.

Empréstimos milionários e documentos fraudulentos

A questão é que a ocupação da última chapada foi feito como no resto da fronteira agrícola do país – a ferro e sangue. A Justiça não funciona nos confins do Brasil, e quando atua é em favor dos poderosos. Hoje, todo o ABCD do agronegócio – ADM, Bunge, Cargill e Dreyfus – está presente na região. A mata do cerrada foi detonada. A vida vegetal e animal idem. Não sei qual o problema é maior: o rio Parnaíba faz a divisa do Piauí com o Maranhão. Seus afluentes, como o rio das Balsas, Uruçuí são atingidos pela perda da mata ciliar e do envenenamento por agrotóxicos. As fontes de água, em longo prazo, correm o risco de secar. O cerrado que é a fonte de água é saqueado da pior forma possível. O pesquisador Roberto Miranda aponta mais de 14 mil km2 em quatro anos que desapareceram com sua cobertura vegetal entre os anos 2004 e 2008, no sul do Maranhão.

Em agosto do ano passado uma caravana da OAB do Piauí percorreu o sul do estado, onde são detectadas irregularidades em dois milhões de hectares, incluindo investigação do Conselho Nacional de Justiça, porque os documentos de propriedade são forjados em cartórios das cidades como Gibões, Santa Filomena e Bom Jesus. O que os advogados constataram é uma situação de descaso com a justiça, paralisada há 30 anos, com as mesmas estruturas, sem juízes titulares em seis municípios onde os conflitos agrários explodiram. Uma declaração do juiz Heliomar Rios, da Vara Agrária ao jornal 180, do Piauí:

“-Muitos registros irregulares são usados para obter empréstimos nos bancos. O que mais vemos são empréstimos absurdos, seja com o BNDES, com o Banco do Nordeste ou o Banco do Brasil. Além disso, esses imóveis estão sendo usados como garantia em execuções milionárias. Às vezes, imóveis que só existem no papel. Existem registros públicos em cartórios vindo das Cartas de Sesmarias, nunca tinha visto isso, coisa de mais de dois séculos. Destas Cartas de Sesmarias renderam 110 mil hectares, e por incrível que pareça, segurou uma grande empresa de aviação com uma dívida de R$75 milhões, junto ao INSS”.

Destruir o cerrado no semiárido é insanidade

Na investigação contra Rovílio Mascarello, denunciada pelo jornal Centro-Oeste Popular e o portal Brasil Notícias, de Cuiabá, uma senhora chamada Francelina Alves, de Barreiras (PI) tinha uma fazenda de 100 mil hectares, vendida para Mascarello. O título original era de 55 ha, mas houve uma averbação em 1964 com mais 99.945 ha, com assinatura do escrevente Ademar Fernandes da Silva, que depois atestou a venda. O detalhe: Ademar começou a trabalhar no cartório na década de 1980. A Corregedoria Geral do Tribunal de Justiça do Piauí considerou a compra uma fraude grosseira de documento público.

Depois de tudo isso, chegam os “players” do agronegócio, como a Radar, e compram as fazendas que os grileiros tomaram de áreas devolutas ocupadas por décadas por comunidades rurais. Caso registrado pela Rede Social de Justiça e Direitos Humanos, nas debêntures registradas pela Tellus para comprar as fazendas Sagitário e Marimbondo, em Alto Parnaíba. Depois arrendaram a Fazenda Sagitário para a SLC – Schneider e Logmann produz soja, milho e algodão em mais de 240 mil ha em vários estados. E também tem uma empresa, a Landau, junto com um fundo inglês, que compra terras, arrenda e vende.

Toda a fronteira agrícola tem o apoio de políticos estaduais, federais e municipais, além de crédito subsidiado dos bancos públicos. Existe um problema muito maior na última Chapada. Ela está inserida no semiárido brasileiro, uma região que sofre com as mudanças climáticas e várias áreas já estão enfrentando problemas de desertificação. Destruir o cerrado, a recarga dos rios, envenenar as águas e expulsar comunidades, matar agricultores familiares, posseiros e trabalhadores rurais não está na conta do agronegócio bilionário. Quanto custa isso?
 
Fonte: CARTA MAIOR
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Um mundo admirável, próspero, civilizado, equilibrado, justo governado por criminosos

Desigualdade no mundo aumenta de forma dramática, segundo a Oxfam
Paraísos fiscais contribuem para que o patrimônio de cerca de 70 milhões dos superendinheirados supere o dos outros 7 bilhões de habitantes do planeta.

La Jornada

Oligarcas, sheikes petroleiros e herdeiros de bilhões e bilhões de dólares. As 62 pessoas mais ricas do mundo, possuem exatamente a mesma quantidade de riqueza que a metade mais pobre da população global, segundo o estudo “Uma economia a serviço do 1%”, da organização humanitária Oxfam.

Há um ano, esse patrimônio estava nas mãos das 80 pessoas mais ricas do planeta. Os benefícios políticos fizeram com que quatro multimilionários do México pudessem aumentar de forma importante as suas riquezas – um aumento que foi equivalente a 2% do produto interno bruto do país em 2002, e que em 2014 subiu para 9%. Isso levou que mais de 50 milhões de habitantes ficassem em níveis considerados de pobreza.
Uma parte significativa das fortunas desses quatro indivíduos deriva de setores que foram privatizados, concessionados e/ou regulados pelo setor público durante os últimos governos mexicanos.

A Oxfam denunciou que essa situação gera um sistema regido pelo amiguismo, na qual certos setores são privilegiados e protegidos, com consequências econômicas e sociais graves, que fomentam a exclusão. Segundo a organização, as pessoas mais ricas devem deixar de defender a ideia equivocada de que suas fortunas estão beneficiando a todos.
Segundo o relatório “Desigualdade extrema no México, concentração de poder econômico e político”, que a acumulação de riqueza em poucas mãos gera sociedades mais injustas e violentas, além de limitar as políticas de redução da pobreza.

O documento também agrega que, entre 2002 e 2015, as quatro principais fortunas do México se multiplicaram por cinco. Essa tendência de acumulação de riqueza em poucas mãos é global, e provoca sociedades mais desiguais e violentas, nas que a combinação de falta de investimentos em políticas sociais, sistema tributário regressivo e regulação deficiente de setores estratégicos é um obstáculo às possibilidades dos mais vulneráveis que buscam uma vida digna e melhores oportunidades, segundo diagnóstico de Consuelo López Zuriaga, diretora da Oxfam México.

A Oxfam afirma, no estudo que começa a ser divulgado nesta segunda-feira (18/1), que a desigualdade social cresce de maneira dramática em quase todos os lugares do mundo.

De acordo com os autores, algumas das causas são que aplicação de impostos aos grandes capitais a aos lucros das grandes empresas são totalmente insuficientes, assim como a fiscalização a esses benefícios são transferidos a paraísos fiscais.

Esse 1% da população mundial tem um patrimônio maior que o de todo o resto do mundo, aponta o texto, citando dados do Informe sobre a riqueza 2015, do banco Credit Suisse. Em outras palavras, o patrimônio de 70 milhões de super ricos é superior ao dos demais 7 bilhões de habitantes da Terra.

Só nos últimos cinco anos, o patrimônio dos 62 mais ricos (dos quais 53 são homens), aumentou 44%, a 1,76 bilhões de dólares (1,61 bilhões de euros). Ao mesmo tempo, o patrimônio reunido da metade mais pobre da população se reduziu em quase um bilhão de dólares. Uma queda de 41%, apesar de que, no mesmo período a população mundial aumentou em 400 milhões de pessoas, pelo que indica a organização humanitária em seu informe sobre o desenvolvimento social, apresentado todos os anos, nas vésperas da reunião anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos.

A Oxfam pediu aos aproximadamente 2,5 mil políticos, diretores empresariais e cientistas de mais de 100 países – todos os participantes do encontro que acontecerá entre 20 e 23 de janeiro, na cidade suíça de Davos –, que utilizem sua influência para defender um sistema que diminua a brecha entre ricos e pobres, revertendo o crescimento dos últimos anos.

Regras para os ricos

“Vivemos num mundo cujas regras estão feitas para beneficiar os super ricos”, afirma Tobías Hauschild, membro da Oxfam Alemanha. Segundo ele, esse sistema torna mais difícil a luta contra a pobreza e as enfermidades. “O que se necessita é um sistema econômico e financeiro que beneficie a todos”.

Esse sistema, segundo o texto da Oxfam, deve impedir que as grandes companhias fujam de suas responsabilidades. Nove de cada 10 grandes empresas têm filiais em ao menos um paraíso fiscal, assegura a investigação.

A Oxfam considera essencial que os impostos sobre os benefícios se pague unicamente no país onde estes são gerados. Ademais, a organização insiste que a responsabilidade dos políticos é a de acabar com os paraísos fiscais, que permitem aos super ricos ocultar seu gigantesco capital.

Criar um sistema tributário internacional justo também é necessário, sustenta a Oxfam, assim como obrigar as empresas a informar publicamente os benefícios obtidos em todos os países onde atuam, e os impostos pagos. A organização humanitária exige que os estados ponham fim à competição para oferecer impostos mais baixos, e que tornem seus incentivos fiscais transparentes.

“Devemos encarar os governos, as empresas e as elites econômicas presentes em Davos, para que se comprometam a por um fim nessa era dos paraísos fiscais, que alimentam as desigualdades mundiais e impedem que centenas de milhões de pessoas sair da pobreza”, afirmou Winnie Byanyima, diretora-geral da Oxfam Internacional, que estará no encontro suíço.

Tradução: Victor Farinelli

Fonte: CARTA MAIOR
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Talvez já se possa falar em fascismo

Riqueza de 1% da população supera a de 99% em 2015, mostra Oxfam



Para mostrar o agravamento da desigualdade nos últimos anos, a organização estima que "62 pessoas têm tanto capital como a metade mais pobre da população mundial", quando, há cinco anos, era a riqueza de 388 pessoas que estava equiparada a essa metade

Fonte: BRASIL DE FATO
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HSBC, Zelotes e os anunciantes da mídia

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

Em 29 de dezembro de 2015, portanto há 19 dias, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), relator da subcomissão da Câmara que acompanha a Operação Zelotes, reuniu-se com o delegado Rogério Galloro, diretor-geral substituto da Polícia Federal, e fez vários questionamentos, entre os quais:

* Por que estão paradas as investigações que apuravam desvios de R$ 20 bilhões no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) da Receita Federal? As investigações apontaram que os conselheiros do Carf recebiam propina para anular multas de grandes empresas com a Receita Federal.

* Por que denúncias contra grandes sonegadores envolvidos no escândalo do Carf, como Bradesco, Santander, Mitsubishi, Gerdau, Grupo RBS, que eram o objetivo inicial da Operação Zelotes, nunca apareceram?

* Por que a Polícia Federal mudou o foco da Lava Jato e abriu uma investigação paralela para apurar a compra de medidas provisórias no governo federal?


Fonte: Blog do Miro
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Paulo Pimenta: Travaram a investigação da Zelotes e do HSBC para não atrapalhar aliança entre a PF, o MPF e a mídia; grandes anunciantes são poupados

Fonte: VIOMUNDO
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FÓRUM 21 e Frente Brasil Popular:
A quem serve o Banco Central?
Unânimes contra a elevação dos juros, intelectuais e lideranças da sociedade civil divulgam uma nota em repúdio ao aumento da taxa SELIC.


FÓRUM 21 e Frente Brasil Popular

            
Representantes do Fórum 21 reuniram-se em Assembleia Geral, na última sexta-feira (18.01), em São Paulo, para debater e aprovar o estatuto da entidade, a ONG Fórum 21: ideias para o avanço social. Durante o encontro, também foi discutido o aumento da taxa de juros SELIC, programado para os próximos dias, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).

Em repúdio à elevação dos juros, intelectuais, professores universitários, jornalistas, lideranças da sociedade civil, sindicalistas e militantes políticos que compõem o Fórum 21 e a Frente Brasil Popular divulgam, nesta segunda-feira (18.01), uma nota denunciando a irresponsabilidade do Banco Central e as consequências nefastas da elevação dos juros ao país.

%u20B“Isso nada contribui para reduzir a inflação, mas é um poderoso mecanismo de transferência de renda da parcela mais pobre e mais produtiva para a parcela mais rica e menos produtiva da população”, aponta a nota. Segundo as entidades, “uma nova rodada de aumento da taxa de juros significa que o Banco Central almeja abertamente uma contração maior da demanda, mais desemprego e mais redução do salário real médio”.

O Fórum 21 e a Frente Brasil Popular também questionam o que pretende o Banco Central: “produzir a maior recessão da história brasileira e uma trajetória explosiva da dívida pública, gerando mais desvalorização cambial e mais pressão inflacionária? A quem isso pode interessar? ”

Fonte: CARTA MAIOR
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Por que o Moro opera em rede nacional? A Vara não é de Curitiba?

Rábula de Maringá

Moro corrompe a teoria do domínio do fato. Não é o primeiro...

Evandro L. Silva

Julgador não pode ser o investigador

Nabor Bulhões

Fonte: CONVERSA AFIADA
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O populismo judicial de Mário Sérgio Conti



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por Luís Nassif, no GGN
Desde os anos 90, com o fim da ditadura, criou-se no país uma visão primária e maniqueísta de direitos civis. Como há diferenças óbvias entre o excesso de direitos dos influentes e a falta de direitos dos despossuídos, ambos precisam ter o mesmo tratamento. Como é impossível, no quadro processual, e do próprio modelo jurídico das democracias de mercado, dar ao pobre o mesmo tratamento do rico, que sejam igualados na falta de direitos.
Trata-se de um primarismo acachapante, uma ignorância ampla em relação a princípios básicos de direito. É desconhecimento de conceitos que, desde o Iluminismo, passaram a diferenciar sociedades civilizadas das comunidades bárbaras.


Fonte: O CAFEZINHO
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Criminosos de colarinho branco recebem anistia ampla. Nem um pio da mídia

publicado em 18 de janeiro de 2016 às 13:29
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Angélica Aparecida Souza Barbosa, que passou 128 dias presa em São Paulo por tentar furtar um pote de manteiga de R$ 3,20
Para Alessandro Fonseca, sócio do escritório Mattos Filho, a segurança jurídica é um de seus principais aspectos do projeto porque os contribuintes que aderirem não poderão ser processados por crimes como sonegação fiscal, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e descaminho. Da Folha
As classes dominantes continuam zombando da igualdade. Sempre querem ser mais iguais que os outros. Adoram e não abrem mão dos privilégios. O Iluminismo, que retrata o tempo da modernidade, ainda não chegou ao Brasil. Crimes das classes dominadas, ao contrário, são resolvidos (inescapavelmente) com a prisão. E não precisa o marginalizado (o apartheidizado) fazer muita coisa não. Sua vulnerabilidade é extrema. Não é dessa maneira que vamos construir uma nação. De Luiz Flávio Gomes, advogado


Fonte: VIOMUNDO
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Seca na Etiópia é uma ameaça tão séria para crianças quanto a guerra na Síria, alerta ONG

18 janeiro, 2016 - 10:33 — Simone

Segundo dados da ONU, a pior seca na nação africana em 30 anos impacta na vida de 400 mil crianças, que estão sofrendo de 'severa desnutrição aguda'.


Fonte: BRASIL DE FATO
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Rio Doce: ''O impacto ainda está acontecendo''

Em entrevista, pesquisador afirma que impacto na cabeceira do Rio é muito grande e provavelmente vai demorar muitos anos para recuperá-la.




Riqueza de 1% da população supera a de 99% em 2015, diz a primeira manchete acima.

Por vários anos, talvez já se possa falar em década, o assunto da concentração de riqueza vem sendo debatido nas mídias alternativas.

Na velha mídia não há interesse em debater o assunto, ao contrário , tal tema é omitido e quando abordado é apresentado como algo normal, inevitável, karma natural do processo capitalista e da democracia.

Já por alguns meses, talvez já se possa falar em um ano, ou mais, a Operação Zelotes e o caso HSBC surgiram no noticiário, para , logo em seguida, desaparecerem quase por completo.

Nas mídias alternativas se debateu o assunto, com dados e provas sobre as trapaças de grandes empresas, inclusive de mídia, empresários e figurões da vida política nacional

Na velha mídia, que tanto defende a democracia principalmente quando se vê diante de manifestações e ações com características de desobediência civil, nada , ou quase nada, é apresentado sobre o assunto.

Prioriza-se na velha mídia a operação lava jato, aliás, sem parar um dia, e omite-se as trapaças de empresas aliadas da mídia ou mesmo da própria mídia.

Nada democrático para esses grupos que tanto defendem a democracia.

Seguindo na estrada da "democracia", mais uma vez, como tem acontecido em outras ocasiões, políticas de austeridade são enaltecidas pela velha mídia.

Austeridade para os pobres, que ficam mais pobres, e caminho livre e "democrático" para os ricos, que ficam mais ricos.

Tudo em nome da "democracia" e do karma neoliberal, intocáveis.

Já o juiz Sergio Moro e a sua operação Lava jato, o ganha pão da velha mídia, além do futebol, fazem o que bem entendem da "democracia".

Velha mídia e o todo poderoso magistrado , criam novas formas e modalidades dos processos da democracia e do direito, em um espetáculo jurídico - midiático, patrocinado por empresas envolvidas em escândalos de sonegação de impostos e lavagem de dinheiro.

Toda a operação comandada pelo juiz Moro e pela velha mídia, tem sido motivo de longos e extensos textos e debates nas mídias alternativas.

Talvez por mais de um ano, talvez, mesmo, já se possa falar em mais de doze meses.

E eis que arrebenta a barragem da Samarco , e o Brasil vivencia o maior desastre ambiental de sua história.

Não é de hoje que as mídias alternativas vem alertando para o agravamento das questões ambientais.

Na velha mídia, o assunto mudança climática e ambientalismo, é tratado, quando abordado, de forma infantil, ou algo que não é problema de ninguém, ou ainda, algo futurista.

Já por alguns anos, talvez já se possa falar em mais de dez décadas, que o assunto das questões ambientais e das mudanças climáticas vem sendo abordado nas mídias alternativas.

E então, caro e atento leitor, me pergunto se em todos os assuntos tratados até aqui a Democracia - Democracia com D maiúsculo e de verdade - tem sido respeitada.

Os direitos das pessoas tem sido respeitados e assegurados, também pergunto.

As respostas são fáceis.

A democracia mundial, tão enaltecida como o caminho vitorioso do capitalismo a partir da década de 1990, é apenas uma figura de retórica, já que na pratica, no dia a dia das pessoas, o que prevalece é o crescimento mundial de um novo tipo de autoritarismo, um fascismo, que tem sequestrado os governos e as instituições.

Uma nova expressão de crime organizado, talvez a mais cruel de todas, já que em nome da democracia os direitos das pessoas, do planeta e da vida são violentados diariamente.

Assim sendo, o combate contra essas violações não pode acontecer dentro dos limites da Democracia, sendo natural que movimentos sociais tenham , cada vez mais, adotado práticas de desobediência civil em suas ações.

Estamos entrando na fase da arte da guerra, da criatividade, nas manifestações contra o crime organizado que domina o Brasil e o mundo.

Talvez já se possa falar em fascismo dominando o mundo ?

Antonio Luiz Costa:
Saída à esquerda ou fascismo
publicado em 19 de janeiro de 2016 às 12:08

Munchau vê saída à esquerda

Encruzilhada do capital

Financial Times: a extrema-esquerda está certa

Como nos anos 1930, algum tipo de ruptura é inevitável e se não for para a esquerda, pode ser na direção do fascismo ou do fundamentalismo

por Antonio Luiz M. C. Costa — 26/11/2014, CartaCapital

Quando um editor e colunista de primeira linha de um jornal financeiro mundialmente respeitado dá razão à extrema-esquerda, é hora de parar, ler e pensar. Referimo-nos a Wolfgang Münchau, editor associado do Financial Times, no qual mantém uma coluna semanal sobre a economia europeia. O título desta, na edição do domingo, 23 de novembro foi: “a esquerda radical está certa sobre a dívida europeia”.

Refere-se, em especial, ao partido espanhol Podemos, ao grego Syriza e ao alemão Die Linke (“A Esquerda”), as duas primeiras formações novas criadas a partir de núcleos de origem no trotskismo e no movimento “antiglobalização” e o terceiro um descendente direto do Partido Comunista da antiga Alemanha Oriental. E explica: o consenso internacional dos analistas econômicos, não necessariamente de esquerda, é que a Zona do Euro precisa de reestruturação da dívida e investimentos no setor público, mas partidos como esses são os únicos nos quais se pode votar para defender esse programa. Social-democratas e socialistas, uma vez no governo, aceitaram a agenda conservadora de Angela Merkel em todos os seus pontos essenciais.

A coluna analisa com mais detalhe o Podemos, o mais jovem desses partidos e “o que chega mais perto de oferecer um enfoque consistente para uma política econômica pós-crise”. O programa exposto pelo economista Nacho Álvarez, um dos membros da cúpula do partido, baseia-se em renegociação das taxas de juros, períodos de graça, reescalonamento e anulação parcial da dívida, à maneira de alguns países sul-americanos. Ao contrário do “Movimento 5 Estrelas italiano”, cujo objetivo declarado é tirar o país do euro, o Podemos “não é a favor de sair do euro, nem de fazer mais sacrifícios por ele”.

Para Münchau, é uma posição equilibrada, por mais que se queira tachá-la de bolivariana. “A tragédia da Zona do Euro é o senso de resignação com que os partidos do centro-esquerda e centro-direita estão deixando a Europa deslizar para o equivalente econômico de um inverno nuclear. É uma tragédia particular que partidos da ultra-esquerda sejam os únicos a apoiar políticas sensatas como a reestruturação da dívida”.

No atual estado de coisas, o absurdo está em pensar que a dívida é sustentável e o problema se resolverá por si só, como se fosse possível ignorar que o continente caminha para uma longa estagnação que, mais cedo ou mais tarde, tornará impossível cumprir esses compromissos financeiros e pode levar à desintegração política e econômica.

A começar dos anos 1980, se não desde o maio de 1968, tornou-se uma obsessão por parte dos agentes do poder financeiro e político não permitir que movimentos políticos e sociais proponham alternativas reais sem serem ridicularizados. Qualquer tentativa de mudar o mundo deve ser percebida como fantasia ociosa. TINA, “There is no alternative”, era o lema favorito de Margaret Thatcher e desde então o consenso dominante da mídia e da política não fazem mais do que repeti-lo em diferentes formulações.

Acontece que o rumo ao qual conduz o pensamento único no qual se embutiu a ideia de que os interesses do sistema financeiro são supremos e sagrados começa a se tornar visivelmente inviável. É evidentemente insustentável a longo prazo por razões ecológicas, mas antes disso cai na pura impossibilidade de contábil e política de pagar as dívidas públicas e privadas e poupar as instituições financeiras das consequências de seus próprios erros, enquanto se mantém uma grande parte da população desempregada e ameaçada de perder suas moradias e os serviços sociais dos quais depende para sobreviver com dignidade. Como nos anos 1930, algum tipo de ruptura é inevitável e se não for para a esquerda, pode ser na direção do fascismo ou do fundamentalismo.

Fonte: VIOMUNDO

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Para avançar é preciso lutar

Essa juventude não está entendendo nada…


Por Renato Rovai janeiro 16, 2016 12:42
Essa juventude não está entendendo nada…
É assim. Sempre foi assim. Mas também podia ser algo como: “na minha época…”.
Quando alguém começa a frase com um na minha época sobram arrepios. Em geral, o que virá depois é algo idealizado do que não se viveu. É mentira embalada em moralismo barato.
O essa juventude não está entendendo nada faz parte deste contexto.
Imagino que a galera que foi pras ruas em 68 ouviu isso. Que os que eram estudantes em 1977 e peitaram a ditadura cansaram de ouvir isso. E lembro-me bem dos que fundaram o PT sendo chamados de irresponsáveis pela turma do partidão e do PMDB por dividir a oposição em 82. Segundo eles, o partido era obra do Golbery.
Pois é, pois é. Tempo, tempo, tempo que talvez seja o segredo desta vida.
Alguns petistas e supostamente gente madura que se diz de esquerda e que já ouviu isso quando jovem agora se junta ao discurso de que essa juventude não está entendendo nada para ajudar a massacrar o MPL e os que estão dizendo que transporte deveria ser um direito público. Que a tarifa não deveria ser tão cara.
Não se trata de concordar com todas as pautas e todos os métodos de luta do MPL, mas no mínimo de tentar entender que existe algo novo, um movimento que tem conseguido catalizar energias para discutir direitos.
Trata-se de imaginar que ali estão se formando novas lideranças que podem oxigenar espaços de participação. E trata-se de reconhecer que esses movimentos tem conseguido mobilizar jovens.
Ou as ocupações de escolas por secundaristas que levaram o governador Alckmin a recuar no seu projeto de fechar escolas e fizeram seu secretário de Educação entregar o cargo porque apostou no confronto com os estudantes não foi uma vitória desta moçada? Ou o recuo no aumento da passagem em 2013 também não foi uma vitória deles?
Não há país que tenha evoluído na conquista de direitos sem que em algum momento seus cidadãos não tenham tido que forçar a porta. Não é por dádiva que se amplia a cidadania.
Mas ao mesmo tempo, sempre o velho se enfrenta com o novo.
E o conflito de gerações no mesmo campo é algo comum. Boa parte dos que envelhecem não conseguem entender as novas formas de luta e de atuação daqueles que estão chegando. E que percebem que não conseguirão nada se fizerem tudo do mesmo jeito.
Você acha que o MPL comete erros? E você e o seu movimento, não?
Você acha que há gente oportunista no meio dos que estão nas ruas? Certo, certo e nunca foi assim, né?
Você acha a proposta deles oportunista é irresponsável? Talvez você não lembre, mas era isso que muitos falavam (pasmem!) em 84 quando se organizou o primeiro comício das Diretas num 25 de janeiro.
Um dia, amigos, a sociedade vai entender que é melhor cobrar um pouco mais de imposto para que todo cidadão possa andar de graça de transporte público. Porque ou será isso ou o caos da imobilidade.
E aí, esses jovens talvez já estejam maduros. E alguns deles (ou talvez muitos) podem vir a criticar a irresponsabilidade dos filhos dos outros que estarão lutando por uma outra ousadia. Ou mesmo por uma utopia.
Que assim seja.
Que venha a juventude que lute. E que ela continue não entendendo nada.
Só assim  as coisas acontecem.

Fonte: Blog do Rovai
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Brilhante.

Se fala e escreve muito sobre as manifestações do MPL, mas poucos conseguem dizer algo útil.

Rovai foi ao ponto.

O velho sempre vê o novo, o diferente, como algo errado, e mesmo por vezes perigoso.

Cristalizados em seus conceitos, que provavelmente outrora foram questionados, os velhos, e eles são maioria em idade e em ideias, tremem de medo pelo novo.

Mudar é algo que coloca a maioria das pessoas em pânico, já que o novo é desconhecido, logo gera insegurança.

Assim sendo, qualquer ideia , movimento, que ultrapasse os limites do arcabouço de ideias definido como dominante,  é imediatamente bombardeado, questionado.

A velha mídia, o túmulo da modernidade, o sarcófago onde  habita o pior dos conservadorismos se apressa em rotular e bombardear novas formas de expressão, como no caso do MPL.

O movimento tem sido acusado diariamente nos telejornais rochosos de violar os conceitos básicos do regime democrático, o que em parte pode ser verdade, no entanto, o que é democracia nos dias atuais, pergunta-se.

Tarifas de transporte público caras e serviços de qualidade ruim, são uma violência contra a população, e , principalmente, uma violação dos princípios democráticos estabelecidos na constituição.

A democracia tem sido, diariamente ao longo de anos, violentada e desrespeitada por aqueles que acusam o MPL de ser anti- democrático.

Qualquer mudança e qualquer evolução não se dão por  ideias cristalizadas, mas sim por novas ideias, novas formas de expressão e, principalmente, de luta.

Isso não significa uma defesa ou uma condenação a atuação do MPL, mas apenas uma constatação da realidade.

Novas ideias não são resolvidas com velhas ideias cristalizadas.

Não se consegue avançar sem luta.