terça-feira, 7 de julho de 2015

Pra cima deles

Jorge Furtado: a Casa Grande não aceita a ideia de que cada brasileiro vale um voto

Fonte: CARTA MAIOR

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Não vai haver golpe, e aqui estão as razões. Por Paulo Nogueira



Postado em 06 jul 2015
Ela vai até 2018

Ela vai até 2018
Cansei.
Cansei do clima de derrota, de desolação, de paranoia que se alastrou pelos círculos progressistas nas redes sociais.
É como se o golpe fosse uma coisa inevitável.
Não poderia haver coisa mais errada.
Não vai haver golpe. Repito. NÃO vai haver golpe. Lamento as maiúsculas, mas são necessárias neste caso.
2015 não é 1954 e não é 1964.
As circunstâncias são diferentes, completamente diversas – exceto pela vontade da direita de subverter o resultado das urnas e a democracia.
Alguns pontos:
  • Não vivemos numa Guerra Fria. Os Estados Unidos, consequentemente, não têm marines prontos para despachar para o Brasil para defender os golpistas de direita;
  • Não existe, no Brasil, um exército mobilizado para colocar os tanques nas ruas. Foi tão funesta a experiência dos militares no poder – 21 anos de poder e uma desastrosa obra em todos os campos, da política à economia, para não falar da questão social – que não existe a mais remota chance de uma segunda aventura dos generais por séculos.
  • Nem Jango e nem Getúlio tiveram a internet como contrapartida para o massacre da mídia.
  • Mesmo com o desgaste dos anos e de alianças bisonhas, o PT tem uma base social que ninguém pode subestimar. O Brasil entraria numa convulsão, e a direita sabe disso. Toda a raiva acumulada pela campanha de ódio da direita se traduziria em ódio na mesma medida da esquerda, e o país poderia virtualmente entrar numa guerra civil.

Por tudo isso, e por outras coisas que tornariam este artigo interminável, não vai haver golpe.
O que a direita quer, com sua gritaria histérica e alucinada, com suas ameaças tonitruantes e vazias, é manter os progressistas acoelhados, imobilizados até 2018.
E está conseguindo.
Espinha ereta: é isto que está faltando para os progressistas.
Coragem.
E discernimento.
Nestes dias, amigos no Facebook compartilharam, amedrontados, uma nota do Painel da Folha em que estava, segundo eles, o “roteiro do golpe”.
O Painel é feito pela mulher de um assessor de Aécio, e ex-editor da Veja.
Levar a sério?
Faz meses, anos, que a Veja afirma que o governo petista vai cair. Foi assim com Lula, é assim com Dilma.
É a vontade da Veja, porque um presidente amigo prolongaria com dinheiro público a vida da Abril, agonizante.
Só que entre a vontade da Veja e a realidade vai uma distância enorme.
Mas os progressistas parecem desconsiderar, e entram em pânico.
O medo imobiliza, e este é o principal problema para os progressistas.
Você sente desânimo para dar a melhor resposta para a gritaria conservadora: sair às ruas.
É nas ruas que a batalha vai ser ganha ou perdida. E não estou falando em golpe, mas em 2018.
Termino com Montaigne.
Num de seus melhores ensaios, ele afirmou: “Meu maior medo é ter medo.”
Os progressistas estão com medo – e a hora é para adultos, não para meninos assustados.

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Altamiro Borges: 74% condenam financiamento empresarial de campanha

publicado em 07 de julho de 2015 às 13:19
gilmar_mendes
E então, Gilmar?
Maioria rejeita doação empresarial
Por Altamiro Borges, em seu blog
As pesquisas de opinião pública, realizadas por lucrativos institutos privados, não são neutras. Elas servem a interesses políticos e econômicos. Antes da votação da redução da maioridade penal, várias sondagens foram publicadas reforçando a ideia de que a maioria da sociedade é a favor desta medida.
Este foi um dos argumentos usados por Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal, para dar a sua segunda “pedalada regimental” e para garantir sua aprovação. Já nesta segunda-feira (6), o Datafolha divulgou uma pesquisa que comprova que a maioria dos brasileiros é contra as doações empresariais para as campanhas eleitorais.
Por que ela não foi feita antes da primeira “pedalada” do lobista da Congresso, que garantiu a manutenção deste expediente que corrompe a democracia brasileira?
Segundo a pesquisa, 74% dos entrevistados são contrários ao financiamento empresarial de partidos e políticos. Apenas 16% são favoráveis a esses repasses, enquanto 10% não opinaram.
O Datafolha ouviu 2.125 entrevistados, entre os dias 9 e 13 de junho, em 135 municípios de todas as regiões do país. “Entre os pesquisados, 79% avaliou que a corrupção é estimulada por doações de empresários para o financiamento de campanhas – sendo que 12% não apontam relação, 3% acreditam que ele combate a corrupção e 6% não tem opinião formada a respeito”, relata a reportagem da Folha.
A sondagem foi encomendada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que é contra as doações privadas e já ingressou com processo no Supremo Tribunal Federal (STF) pela rejeição da “pedalada” de Eduardo Cunha.
Para o presidente da entidade, Marcus Vinicius Furtado Coelho, a pesquisa revela que os brasileiros desejam o fim do financiamento privado. “As suspeitas sobre a origem do dinheiro que abasteceu campanhas, conforme as delações premiadas da Lava Jato, reforçam a necessidade de mudanças no sistema eleitoral brasileiro. O atual sistema contém brechas que permitem a eventual ‘legalização’ de recursos ilícitos através de doações formais a campanhas eleitorais”.
“O mais adequado para limpar o Brasil, além da devida punição de eventuais culpados, respeitada a Constituição e o amplo direito de defesa, é acabar com o investimento empresarial em eleições e tornar crime a utilização do dinheiro não contabilizado, o chamado caixa dois”, conclui o dirigente da OAB.
A entidade é autora de uma ação no STF que pede a inconstitucionalidade de doações privadas para abastecer campanhas. Mas o julgamento da ação foi suspenso há mais de um ano pelo ministro Gilmar Mendes. Caso a pesquisa tivesse sido realizada antes, a manobra do lobista Eduardo Cunha seria mais difícil e as protelações de Gilmar Mendes seriam desmascaradas.
Mas, como já foi dito, não há pesquisas neutras!

Fonte: Blog do Miro
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Se  cair uma chuva a cidade não tem como suportar o caos;
Não vai ter copa;
PT e Lula estão mortos ( O Globo em dezembro de 2005 ),
Com as obras atrasadas a olimpíada do Rio não acontece.

Tudo isso, e muito mais de terrorismo , tem surgido na velha mídia  ao longo dos governos do PT.

Terrorismo, com o intuito de incutir o medo e paralisar as pessoas.

O texto do DCM foi direto ao ponto. 
É o que estávamos esperando.

A hora é para a adultos, e partir pra cima dos conservadores da oposição é o caminho natural.

A agenda  está repleta:
projeto de Serra para entregar o pré-sal, autoritarismo de Eduardo Cunha, delírios da magistratura por Moro, terrorismo midiático, apenas para citar os mais evidentes.

E o local para se ganhar essas disputas não é nas redes sociais, e sim nas ruas das cidades chamando a atenção da sociedade.

Sem violência, claro, mas se vierem com violência a gente devolve com paus e pedras.

A vontade das oposições em derrubar o governo é fato.

Essa vontade tem sido expressa em forma de factóides, matérias mentirosas ou de meias verdades e muita, muita repetição de um possível  impedimento da presidenta, até mesmo com o governo ostentando um rótulo com data de validade.

Tudo não passa de terrorismo, e parece que algumas pessoas se deixam levar por esse clima.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Direita mundial amanhece hoje de cuecas zorba

 Direita mundial amanhece hoje de cuecas zorba

O vento fresco da história desarruma todas as certezas e apostas: mirem-se no exemplo das lideranças de Atenas  

Merkel, Lagarde, Junker, Rajoy, Aécio, Cunha, FHC... súbito, a ventania da história desnuda-os como farinha do mesmo saco

Plebiscito grego revigora a democracia e alerta o golpismo brasileiro, cujo projeto para o país equivale ao da troika para a população da Grécia.

Tsipras : 'A Grécia mostrou que a democracia não pode ser chantageada'.

Reduzidos ao seu tamanho natural, os golpistas ressentidos com a Grécia querem acelerar a derrubada de Dilma aqui 

A dignidade gigantesca soprada da Grécia devolveu Aécio ao seu tamanho natural.

2ª feira grega: mercados, colunistas isentos e/ou operadores (tanto faz), o conservadorismo e seus consultores; pasmos.Que fazer c/ Tsipras?

FHC: "O PSDB está pronto"...Sim! Esta pronto. Pra perder de novo...Pro Lula  

Fonte: CARTA MAIOR

Ex-presidente da OAB, petista diz que Cunha e Moro rasgam a Constituição

Candidato em 2014, Wadih Damous teve quase 38 mil votos e ficou na suplência, mas saiu do banco de reservas e desembarcou em Brasília para ajudar na reconstrução do PT

Leandro Resende
Rio - O ano está tão difícil para o PT que uma articulação do partido, comandada pelo ex-presidente Lula, tirou Wadih Damous do banco de reservas e lhe garantiu uma vaga na Câmara dos Deputados. Candidato em 2014, ele teve quase 38 mil votos e ficou na suplência, mas desembarcou em Brasília para ajudar na reconstrução do partido. Ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio e da Comissão Estadual da Verdade, o deputado aponta erros do PT, dispara contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato. Para Wadih, os dois estão rasgando a Constituição.

"A oposição é boa para ganhar pesquisa, mas não ganha eleição”, diz deputado
Foto:  Alexandre Vieira / Agência O Dia

ODIA: A Câmara dos Deputados aprovou, na semana passada, a redução da maioridade penal para crimes violentos, menos de 24 horas depois de um texto semelhante ser rejeitado em plenário. Qual sua avaliação?
WADIH: Na primeira noite de votação, a civilização venceu a barbárie. Depois, a barbárie venceu com base no golpe comandado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha. A Constituição foi violada e está sendo suja por ele, que faz manobras e age como se fosse proprietário do Legislativo.
Está jogando lama na Carta Magna: se ele perdesse, ele ia colocar várias emendas até ganhar. Mas creio que o Senado irá corrigir essa monstruosidade. Espero que essa discussão seja feita sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que é uma lei ordinária. A Constituição deve ser mexida o mínimo possível.

Houve mudança de posição de deputados, determinante para aprovação do novo texto para reduzir a idade penal. Por quê? Houve pressão?
Essas pressões não acontecem à luz do dia. Não ocorreram em público. Não sei se foi num restaurante, no gabinete do presidente... Hoje, na Câmara, não há a menor possibilidade de vencer qualquer votação que o Eduardo Cunha não queira.

Para defender-se das acusações de ‘golpista’, Cunha e seus aliados têm dito que interpretações do regimento não podem ser judicializadas. Esse argumento é plausível?
Quem diz isso ou não sabe o que está dizendo ou age de má-fé. Não há nada acima da Constituição. O que acontece lá é a manipulação do regimento. Enquanto a Câmara estiver com esta presidência, vamos caminhar na mediocridade e tudo o que há de pior vai passar. Estou lá pela primeira vez, mas tenho certeza de que esta é a pior representação da história do Legislativo.

Cunha, teoricamente, faz parte do partido que é a base aliada do governo. E o PT nada conseguiu fazer para evitar sua presidência. Lançou o Arlindo Chinaglia (SP), mas ele foi derrotado. O partido, então, não tem culpa na sua própria insatisfação?
Não tenho elementos para avaliar quem estava certo ou errado. Não estava lá. O PT comete erros. Talvez o partido não tenha entendido o impacto que seria o Eduardo Cunha ali. Talvez tivesse sido melhor apoiar outro candidato, de outro partido, para a presidência da Câmara. Não há nada independente na Casa hoje. A maioria está dominada pelo presidente Cunha. O que se pode fazer é dialogar com movimentos sociais, recorrer ao Supremo Tribunal Federal, como fizemos neste caso da maioridade penal. Esse mal não vai durar para sempre.

Segundo pesquisa Ibope, a presidenta Dilma Rousseff atingiu apenas 9% de aprovação. Há salvação para o governo?
A oposição é boa para ganhar pesquisa, mas não ganha eleição. Dilma ainda tem três anos e meio de governo e pode reverter isso. Agora, não minimizo que esse é o pior quadro já enfrentado desde que o PT chegou ao governo. É um momento muito grave. A economia vai mal, a política vai mal, mas há ainda chances de melhorar. Depende da política econômica, da atitude do governo.

As ‘pedaladas fiscais’, como são chamadas as maquiagens feitas nas contas públicas de 2014 do governo e apontadas pelo Tribunal de Contas da União, podem resultar em impeachment?
A oposição procura uma razão para impeachment desde que acabaram as eleições. As pedaladas foram inventadas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e ninguém nunca falou disso. O PT contribui para esta crise no TCU, porque não acabou com a indicação política e com o apadrinhamento no órgão, por conta de uma suposta base aliada. O PT fez aliança para governar e hoje é subalterno nela.

No fim de junho, o ex-presidente Lula disse que, hoje, o PT só se preocupa com cargos. Concorda com a tese?
Isso acontece com todos os partidos populares que chegam ao governo. O PT percebeu que governar é diferente de ser oposição, que o buraco é mais embaixo, mas se descaracterizou muito. Não tem mais o militante que veste a camisa, vai panfletar.

Acabou o orgulho de ser militante do PT?
O orgulho não foi perdido. Está adormecido. Quando esse militante viu o risco da derrota em 2014, foi para a rua. Não sei como recuperar. Agora, é necessário provar para as pessoas que o ajuste vai melhorar.

Há insatisfação de petistas com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo? Seu nome é incluído no rol dos que estariam criticando o ministro por causa dos rumos da Operação Lava Jato, que investiga o escândalo de corrupção na Petrobras.
Desminto qualquer coisa nesse sentido. Sou amigo do ministro Cardozo. Em qualquer governo, há insatisfeitos. No PT, muitos estão insatisfeitos com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, por exemplo. O problema da Lava Jato não é o Ministério da Justiça e sim o juiz federal Sérgio Moro (responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância).

O que há de errado?
Tudo. Ele age contra a Constituição e estabeleceu a prisão preventiva como padrão e não como exceção. Essa Operação Lava Jato apreendeu arquivos de defesa, coisa que a ditadura militar fez em apenas um caso. Com todas as arbitrariedades, o juiz Sérgio Moro pode estar decretando a nulidade de tudo o que construiu. Juiz não é salvador de nada.

Essas prisões preventivas são feitas com qual objetivo?
Obter delações premiadas, que nada mais é do que o ‘dedo-duro’. O delator é o mau-caráter. Não existe nenhum arrependido. E, quando o juiz aceita a delação, aceita-se o mau-caratismo como prática. Não se sabe se é verdade, mentira, mas só que são pessoas dando depoimentos para amenizar suas penas. E esses delatores estão há meses presos. Falam o que se quer ouvir.

São nessas delações que se baseiam as investigações. Depoimento do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, por exemplo, serviu como mote para que o Superior Tribunal de Justiça investigasse o governador Luiz Fernando Pezão e o ex-governador Sérgio Cabral.
Nenhum está preso, pois não estão sobre a guarda do Sérgio Moro. Que provas esses delatores têm? Eles não as apresentam. Hoje, o fascismo brasileiro não é feito por baionetas, e sim pelos órgãos do Estado, do Judiciário. É um Estado de exceção.

A alta popularidade do juiz Sérgio Moro pode ser comparada àquela obtida pelo ex-presidente do STF Joaquim Barbosa durante o julgamento do Mensalão?
A Constituição é entrave para esse tipo de julgador, que acha que pode sair julgando só porque tem apoio popular. Hitler teve apoio popular. Jesus foi crucificado com apoio popular. As autoridades tem que combater qualquer ilícito, mas não se pode jogar a lei no lixo em nome disso. A ministra do STF Rosa Weber disse durante o julgamento do Mensalão que poderia condenar sem provas. Sabe quem era o assessor penal dela? O juiz Sérgio

A Operação Lava Jato vai chegar ao ex-presidente Lula?
Não sei por que chegaria. Ele seria preso porque incentivou empresas a fazerem negócios no exterior? Então, prendam o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton também. E todos os presidentes que tentaram fazer negócios fora de seu país.

O senhor foi colocado na CPI da Petrobras para tirar o foco do PT?
Participei da segunda sessão na CPI. Ela não substitui a PF, o Judiciário, o MP. Se quiser trabalhar sério, vai aperfeiçoar a lei para punir quem vaza delação premiada, por exemplo. Há na CPI atropelo seletivo da ordem. Tem deputado que ofende o depoente e vai embora
.
Envolto em tantas turbulências, é possível projetar de que forma o partido sairá para disputar as eleições presidenciais de 2018?
Não sei como fica a conjuntura até lá. Não vai ser fácil. Já vai ter eleição no ano que vem, e será um termômetro. O PT está numa situação complicada, é claro que ele vai ter que enfrentar esse quadro. Hoje, quando se tenta chegar ao Lula de qualquer maneira , fica claro de que não querem de jeito algum que ele seja candidato. Se ele disser que não quer ser candidato, vão parar de pegar no pé dele: enfrentá-lo no voto não é algo que está a altura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB).

Num cenário melhor que o atual, então, o partido fecha questão em torno do nome dele.
Fecha. Infelizmente, a única liderança nacional que o PT tem é o Lula. Deveria aproveitar, aliás, para forjar novas lideranças agora, pois não existem líderes que surjam em bons momentos, só em crises. Seria bom que o PT tivesse outras alternativas.

O que se comenta, também, é de uma possibilidade de composição futura do Lula com o prefeito do Rio Eduardo Paes (PMDB). Eles são bem próximos.
O ex-presidente tem grande estima pelo Eduardo Paes. A despeito de qualquer restrição ao Paes, trata-se de uma liderança. Se o prefeito assumisse determinadas bandeiras, com um governo hegemonizado pelo PT... Há resistências no partido, mas ainda falta muito tempo para as eleições.

Para 2016, prevê-se novamente um desembarque de petistas insatisfeitos com a aliança com o PMDB no Rio na candidatura do deputado estadual Marcelo Freixo (Psol). De que lado o senhor ficará?
O PT, por mais atormentado que esteja, precisa pensar em ter uma candidatura própria. Escolher entre o Pedro Paulo (PMDB) e o Freixo não conta com minha simpatia. Devemos apostar sem prejuízos em um candidato com as tradições do partido.

Fonte: O DIA
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Casuísmos, bonapartismo e avacalhação

Por Alberto Dines em 07/07/2015 na edição 858
 
Assembleias ou parlamentos costumam adotar liturgias apropriadas ao ato de criar, recriar ou excluir dispositivos da Lei Maior. Não necessariamente pomposos, porém minimamente decorosos tais ritos se impõem em circunstâncias semelhantes às atuais, quando os representantes do povo se dispõem votar um rol de emendas a uma Constituição adotada democraticamente há mais de um quarto de século, depois de duas décadas de uma brutal ditadura.
O volume, a velocidade e a dimensão das reformas propostas pelo presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, confere ao plenário da casa uma aparência de Constituinte que a indecorosa farra legiferante converte em paródia.
O descaso em preservar qualquer traço simbólico ou litúrgico, o atabalhoamento da pauta, a ausência de um master-plan e os sucessivos atropelos adotados pelo parlamentar fluminense na condução das votações conferem ao atual momento político uma indisfarçável aparência de casuísmo e oportunismo. Se o pacote de reformas pretende o aperfeiçoamento do Estado de Direito democrático, a patuscada que é oferecida desde a Praça dos Três Poderes em Brasília chega com forte e inequívoca conotação voluntarista, cesarista, bonapartista e, principalmente, caudilhesca.
A incrível reviravolta propiciada pela geminação de votações com apenas 24 horas de diferença tornou quase secundária a questão da maioridade penal. O debate mudou de foco drasticamente deixando de lado uma controvérsia que absorve as atenções e interesses de grande parte da sociedade e descambou para a vala comum das manobras duvidosas e pedaladas legais.
É possível que o presidente Eduardo Cunha tenha razão em gabar-se de sua expertise em matéria regimental, mas o seu notório descaso com os instrumentos legais complementares faz dele um político ególatra mais preocupado em ganhar votações do que um legislador empenhado em buscar soluções justas e equilibradas. Qualquer que seja a idade adotada para tornar imputável um jovem infrator a emenda exige ajustes simultâneos no Estatuto da Criança e do Adolescente e em códigos correlatos. Isolada, funcionará inevitavelmente ao contrário.
A atabalhoada reforma política concebida por Eduardo Cunha é outro casuísmo engendrado por seu febril temperamento, verdadeira colcha de retalhos, irregular e contraditória. Para ser emendado e liberado dos atuais vícios e deformações, o processo politico-eleitoral exige um conjunto multidisciplinar, integrado, holista. O fim da reeleição não pode ser decretado por capricho, sem um minucioso estudo preliminar sobre a extensão de mandatos, função dos pleitos intermediários, equilíbrio entre os poderes, etc.
Em novembro passado, o ex-presidente José Sarney ofereceu em artigo um surpreendente mea-culpa combinado com um testamento político. Harmonizou com excepcional poder de síntese sua experiência de operador político em diversos regimes, abdicou de planos e projetos pessoais.
O deputado e correligionário passou os olhos pelo documento, mas não enxergou um dado fundamental: Sarney pendurava as chuteiras. Cunha, ao contrário, pretende coroar-se como coronel.

Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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sábado, 4 de julho de 2015

Tempo de armações. Clima pesado

Governo e OAB reagem a manifestações de preconceito contra Dilma e Maju

A jornalista e a presidenta da República sofreram ataques raciais e sexistas

Caio Barbosa
Rio - O tempo fechou  nesta sexta-feira em praticamente todo o território brasileiro. A causa apontada foi uma onda de racismo, sexismo e preconceitos de toda a sorte que começou na noite de quinta-feira e atingiu em cheio a apresentadora da Rede Globo, jornalista Maria Júlia Coutinho justamente em 3 de julho, o Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial.

Pelas redes sociais, na página da internet do Jornal Nacional, cerca de 50 mensagens racistas ofenderam a apresentadora. A tempestade de crimes, no entanto, durou pouco. Rapidamente, uma massa de internautas saiu em defesa de Maju, apelido da jornalista que conquistou os telespectadores com carisma e simpatia.

A reboque da reação popular, o Ministério Público do Rio de Janeiro, por meio da Coordenadoria de Direitos Humanos, solicitou à Promotoria de Investigação Penal que acompanhe o caso, com rigor, junto à Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI).





Jornalista Maju Coutinho em depoimento no JN: “os preconceituosos ladram e a Majuzinha passa”
Foto:  Divulgação

O presidente da Comissão de Igualdade Racial da OAB, Marcelo Dias, lamentou o ocorrido e lembrou que o episódio não foi “apenas um fato isolado”, mas trata-se de um caso recorrente no país ainda marcado pelos séculos de escravidão.
“Estamos numa escalada de ódio racial avassaladora. Na próxima segunda, teremos uma reunião na OAB para decidir a melhor estratégia a usar. Infelizmente as polícias estão muito morosas nestes casos. É preciso dar um basta”, disse Marcelo Dias. O ativista Ivanir dos Santos também protestou e pediu às autoridades que aproveitem a repercussão do caso para tomar medidas exemplares na punição aos criminosos.

“O governo sabe o que tem de fazer. A Polícia Federal sabe o que tem de fazer. Chega de acharmos que é tudo brincadeira, tudo piadinha, tudo ironia. Estas pessoas precisam responder por estes crimes. Racismo é crime”, disse Ivanir.

À noite, no Jornal Nacional, a apresentadora comentou o lamentável episódio com a simpatia habitual e também pediu providências às autoridades, para que este tipo de comportamento seja extinto no país.
“Infelizmente, eu já lido com isso (racismo) desde que me entendo por gente. Sei dos meus direitos e acho que estas medidas têm de ser tomadas para evitar novos ataques não apenas a mim, mas também a outras pessoas. No entanto, queria dizer a estas pessoas que os comentários racistas ladram, mas a caravana passa”, disse Maju, prevendo um tempo melhor para ela própria a partir de agora.

Adesivos que humilham presidenta serão investigados
A onda de preconceito racial, intolerância e sexismo atingiu a presidenta Dilma Rousseff. Um adesivo ofensivo com uma montagem da presidenta de pernas abertase colocado nos tanques de gasolinas dos carros causou polêmicas nas redes sociais e revolta no governo federal, aliados e opositores.
A ministra Eleonora Menicucci, da secretaria de Política para as Mulheres, encaminhou uma denúncia ao Ministério Público Federal e ao Ministério da Justiça, com o objetivo de investigar e responsabilizar quem produz, divulga e comercializa os adesivos.

“É intolerável o material. Ele fere a Constituição ao desrespeitar a dignidade de uma cidadã brasileira e da instituição que ela representa, para a qual foi eleita e reeleita democraticamente”, destacou a ministra Eleonora.




Dilma Roussef: adesivos misógenos humilham presidente e todas as mulheres brasileiras. PF investiga
Foto:  Reuters


UFRJ mostra desigualdade racial no país

A UFRJ divulgou recentemente um Relatório das Desigualdades Raciais no Brasil, que aponta o e agravamento das diferenças entre negros e brancos. O estudo mostrou, por exemplo, que a probabilidade de um homem negro ser assassinado é mais do que o dobro se comparado a de um branco.
Entre as mulheres, a morte por homicídio entre as negras é 41,3% maior à observada entre as brancas.
A esperança de vida da população negra segue inferior à da população branca. Entre os homens o indicador não passou de 66 anos Já entre os brancos, chega a 72 anos. No estudo com as mulheres, a esperança de vida entre negras foi de 70 anos, abaixo dos 74 anos das brancas. A pesquisa também mostrou que o nível de escolaridade dos brancos ainda é muito maior do que entre os negros.

Glória Maria defende Maju
 
A jornalista Glória Maria, também da Rede Globo, e que apresentou os principais programas da emissora nas últimas décadas, saiu em defesa de Maria Júlia Coutinho. “O que eu digo para a Maju é que ela vá em frente e não desista nunca, porque é isso que os racistas querem, que a gente fraqueje e desista. Mas que ela fique mais forte com essa experiência e siga adiante”, disse Glória Maria à coluna de Bruno Astuto, da Revista Época.

A apresentadora contou que também sofreu racismo durante os dez anos em que apresentou o Fantástico, também da Globo. “Recebia os comentários por cartas e emails. Não era público e atingia a minha alma e meu coração. Hoje atinge o Brasil. A diferença é essa. Eu tinha que aguentar o tranco sozinha. Isso que ela está vivendo é a normalidade do brasileiro”, disse

Fonte: O DIA
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Gerson Carneiro: A hipocrisia da Globo ao “combater” o racismo

publicado em 05 de julho de 2015 às 18:00
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O livro de Kamel, o estereótipo do Zorra Total e a propaganda subliminar na novela com a perversidade de usar uma atriz negra

O samba do branquelo doido da Rede Globo
por Gerson Carneiro, no Facebook

Não. Eu não estou alcoolizado.
Ligo o computador e me deparo com o anúncio de que o “Jornal Nacional vai noticiar o caso de racismo contra Maju”.
Maju é Maria Júlia Coutinho, “a mulher do tempo” do Jornal Nacional.
Negra, funcionária da Rede Globo, assim como a atriz Juliana Alves (negra e funcionária da Rede Globo) porém, ambas aparecem em cena em situações antagônicas na tela da TV no meio desse povo.
Juliana Alves apareceu em cena fantasiosa da novela “Duas Caras” (aqui mais uma irônica ironia do destino, sim, bem assim mesmo com todo esse pleonasmo) lendo o livro do manda chuva do jornalismo da Rede Globo, Ali Kamel, intitulado “Não somos racistas”.
Maria Júlia Coutinho aparece como protagonista em cena real, e não fantasiosa, como vítima de racismo proveniente das redes sócias.
Apresento-lhes meu povo o verdadeiro samba do branquelo doido da Rede Globo: o diretor de jornalismo da Rede Globo, Ali Kamel, publica um livro intitulado “Não somos racistas”. Em seguida em novela da Rede Globo aparece uma jovem negra, funcionária da casa, fazendo propaganda do livro do manda chuva do jornalismo da empresa para a qual trabalha. Tempo depois o telejornal, sob direção do autor do livro, faz denúncia daquilo que o diretor nega existir.
E para completar, o funcionário do Kamel apresentador do Jornal Nacional, o TodoAliKamel, William Bonner, lança no twitter a hashtag “SomosTodosMaju”.
Observe meu povo como a Rede Globo se empenha em negar, e é uma exímia combatente anti racismo. Até mesmo em seus programas de humor, como o Zorra Total.
A Tonga da Mironga do Kabuletê Alá Ali Kamel.

Fonte: VIOMUNDO
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 Moro e os Processos de Moscou

Se o Golpe vencer, eles entregam o pré-sal na hora !



O Conversa Afiada publica artigo do professor Ignacio Delgado – contra o Golpe do Caiado na Fel-lha:

Os Processos de Moscou, o juiz (?) Moro e a mídia brasileira: traços totalitários de uma empreitada golpista.

Ignacio Godinho Delgado

A leitura recente de O homem que amava os cachorros, magnífico romance do cubano Leonardo Padura, trouxe-me de volta à mente as farsas judiciais montadas por Stalin na antiga URSS. Através do isolamento, chantagens, torturas físicas e psicológicas, dirigentes comunistas, militares, chefes de polícia, cientistas…, todos que representassem obstáculos ao processo de concentração do poder nas mãos de Stalin, confessavam crimes espetaculares e delatavam antigos companheiros por atividades anti-soviéticas. Antes e depois, o opróbio, a execração pública, por via de orquestrada campanha na imprensa e nos meios de comunicação.

Naturalmente que não vivemos estes tempos, embora certa direita, por ignorância ou má fé, pretenda ver riscos de comunização e bolivarianismo (seja lá o que isso for) em governos que, desde 2003, a par de promoverem medidas singelas, mas efetivas, de inclusão social, colocaram sempre em posições chave do Executivo representantes do agronegócio, do empresariado urbano e do capital financeiro, além de conduzirem uma política macroeconômica rigorosamente conservadora. Os elementos totalitários da situação brasileira não estão do lado do espectro político que tem o PT como principal expressão. Delações derivadas de isolamento e chantagem, antecipadas e seguidas de espetacular campanha para execração pública das pessoas supostamente atingidas (desde que ligadas ao PT e aos governos que lidera), partem sabidamente da articulação que reúne segmentos golpistas da oposição e a nossa velha mídia, sob controle das mesmas famílias que cumpriram triste papel em episódios cruciais da história brasileira, a exemplo de 1954, com a ação contra Vargas, e em 1964, com o apoio ao golpe.

Moro não é Stalin, nem Youssef, Roberto Costa e Ricardo Pessoa têm qualquer semelhança com Bukharin, Kamenev e Yagoda, para nomear alguns delatores nas duas situações apontadas acima. Stalin era o dirigente máximo de um regime totalitário. Moro é um apenas um peão no jogo da oposição. Seus métodos, contudo, obviamente em escala e intensidade infinitamente menor, são os mesmos, para propósitos diversos. Para Stálin, a preservação, a ferro e a fogo, de uma situação tirânica. Para Moro, o desgaste de um governo eleito legitimamente. Nos dois casos, contudo, procedimentos insustentáveis para qualquer abordagem jurídica civilizada, como o atesta o insuspeito Marco Aurélio Melo. Nos dois casos, a instrumentalização do Estado (para usar uma expressão cara à oposição), com organismos de investigação e personagens do Ministério Público (no Brasil alguns jovens e intocáveis procuradores, que não se constrangem de revelar simpatias oposicionistas), cumprindo um papel descaradamente político.

Os elementos totalitários da situação brasileira complementam-se com a identificação do inimigo do povo, que reuniria em si a capacidade de produzir todo o mal existente na sociedade. É o petista. Ele é o trotskista da URSS stalinista; o comunista, o judeu, o cigano, da Alemanha nazi. A corrupção é apontada como inerente à condição petista e só pode ser extirpada se seu hospedeiro também o for. Não importa que nos últimos anos tenha sido criado o Portal da Transparência, a Controladoria Geral da União, reequipada a Polícia Federal e acentuada sua autonomia e a do Ministério Público. Não importa que os delatores assinalem que alguns esquemas investigados tenham nascido antes da ascensão do PT ao governo federal (quando finalmente começam a ser investigados) e que um empresário tucano, relatando suas desventuras em licitações desde a ditadura militar, alerte que nunca se roubou tão pouco no Brasil, porque finalmente a corrupção está sendo investigada e punida (http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/11/1551226-ricardo-semler-nunca-se-roubou-tao-pouco.shtml). Não interessa debater as raízes institucionais da corrupção e fazer as reformas que possam debelá-las. Importa é execrar, submeter o petista ao opróbio, ensejando as manifestações fascistas que têm atingido diversos personagens ligados ao partido. Quando virá a primeira morte?

A direita brasileira sempre se valeu das denúncias de corrupção para atacar seus adversários trabalhistas, do PTB ao PT, dada a dificuldade de obter êxito eleitoral com suas propostas reais. Imaculados Aloysio Nunes, Aécio Neves, Ronaldo Caiado… Apenas com FHC, por conta do êxito do Plano Real na contenção da hiperinflação, as forças políticas cuja linhagem remonta à velha UDN venceram diretamente as eleições presidenciais. Jânio e Collor eram outsiders e nuclearam seu discurso eleitoral na abordagem moralista do tema da corrupção. Nenhum dos três enfatizou as disposições de acentuação da subordinação externa da economia brasileira e de dissolução do legado trabalhista, centrais à visão de mundo udenista e peessedebista. Nos últimos tempos, após três derrotas seguidas, tais forças têm dado vezo a atitudes intolerantes, o ovo da serpente do totalitarismo, estimuladas por uma mídia, cujos elos com o capital financeiro foram desvendados por estudo seminal de Francisco Fonseca (2005), e que, hoje, precisa mais que nunca do golpe, para salvar-se da insolvência anunciada, através de contratos polpudos com o governo, a exemplo do que ocorre em São Paulo (http://www.viomundo.com.br/denuncias/namarianews-governo-paulista-desova-mais-de-r-155-mi-na-abril-folha-estadao-istoe-epoca-e-panini.html).

O acirramento da última campanha eleitoral, o atropelo na condução da política de ajuste fiscal e a tragédia que é a comunicação do governo Dilma favoreceram o cenário de intolerância que hoje vivemos. Todavia, nos próximos meses não há coisa mais importante a fazer do que resistir ao golpe. Vitorioso, vai-se o Pré-Sal, o que nos resta de soberania nacional e parecerão suaves as dificuldades que hoje atingem o mundo do trabalho.

FONSECA, F. (2005) O Consenso Forjado – a grande imprensa e a formação da agenda ultraliberal no Brasil. São Paulo: Hucitec

Ignacio Godinho Delgado é professor de História e Ciência Política na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia-Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento (INCT-PPED). Doutorou-se em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 1999, e foi Visiting Senior Fellow na London School of Economics and Political Science (LSE), entre 2011 e 2012.


Fonte: CONVERSA AFIADA
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A direção do Globo deve estar adorando as manifestações racistas contra  a moça do tempo do Jornal Nacional.

Afinal, Globo posa de vítima da intolerância que, de diferentes maneiras, a emissora incita ao longo de décadas, através de seu jornalismo e dos programas de sua grade, principalmente os humorísticos.

Em um momento de crise política no país, onde os setores mais retrógrados, inclusive Globo, costuram  de forma anti- democrática um golpe de estado com verniz de legalidade que tem por objetivo retirar da presidência da República  uma presidenta eleita democraticamente, nada melhor para que jornalistas e funcionários da emissora apareçam nas redes sociais em campanha contra a intolerância, o racismo e todas as formas de preconceito que explodem atualmente na sociedade brasileira.

Enquanto costura um gole , aparece como vítima da intolerância.

Cabe lembrar que o preconceito e a intolerância são marcas da emissora, a ponto de afastar de qualquer trabalho artístico o ator, já falecido, Rodolfo Bottino , pelo de fato de ser portador do vírus HIV.

Os casos de racismo tem crescidos no país, em todas as camadas sociais, sendo que os pobres são as maiores vítimas , e não se vê nenhum empenho de Globo  em combater tais práticas.

Já com a moça do tempo do Jornal Nacional...


Talvez a direção de jornalismo de Globo tenha escolhido propositalmente a moça para ser exposta em programa de maior audiência e , quem sabe, procurar tirar vantagens e posar como vítima.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Tempo estranho. Chuva de grampos

O grampo capaz de abalar as investigações da Lava Jato

publicado em 03 de julho de 2015 às 14:16
grampo
A ESPANTOSA HISTÓRIA DO GRAMPO NA CELA DE YOUSSEF
3 de julho de 2015
Denuncia de agente da Polícia Federal de Curitiba atinge pedra fundamental das investigações da Lava Jato: depoimentos iniciais de doleiro e Paulo Roberto Costa podem ter sido obtidos com auxílio de escuta ilegal
A CPI que apura a Operação Lava Jato ouviu um depoimento estarrecedor na tarde desta quinta-feira. Falando para os parlamentares reunidos numa sessão fechada, o agente da Polícia Federal Dalmey Fernando Werlang contou que:
a) no início do ano passado foi chamado por seus superiores, que determinaram que instalasse um grampo eletrônico numa cela da carceragem da Polícia Federal em Curitiba, reservada para abrigar um determinado prisioneiro;
b) Werlang fez o serviço e, dias depois, apareceram dois prisioneiros: o doleiro Alberto Yousseff e Paulo Roberto Costa, diretor da Petrobras, os principais delatores da Lava Jato.
c) orientado pelos superiores, todos os dias o agente recolhia um arquivo eletronico do equipamento, para entregar à chefia;
d) duas semanas depois, Alberto Yousseff fez um pequeno escândalo na carceragem: apareceu com o grampo na mão, dizendo que havia encontrado no teto da cela.
e) Yousseff disse , mais tarde, que começou a desconfiar do grampo durante os interrogatórios. Contou que tinha a impressão que os policiais perguntavam coisas que ele tinha conversado com Paulo Roberto Costa na cela.
O caso prometia permanecer como um pequeno segredo entre os agentes e delegados da Polícia Federal que investigam a Lava Jato até que a VEJA publicou uma reportagem a respeito do grampo. A revista não conhecia a história inteira mas a notícia obrigou a abertura de uma sindicância interna. O resultado, explicou Werlang, foi uma história de cobertura, falsa como uma nota de 3 reais. Foi a partir de então, contou o agente, que ele descobriu que havia sido convocado para cumprir uma ordem ilegal — e percebeu que não era a única vez. Na mesma época, lhe pediram para montar um grampo ambiental numa área de convivência da PF de Curitiba, conhecida como “fumódromo.”
A historinha de cobertura dizia que o grampo era muito antigo, e fora instalado quando a mesma cela abrigou outro prisioneiro célebre, o traficante Fernandinho Beira-Mar. Chegaram a dizer que era um equipamento anacrônico, imprestável para ouvir uma conversa entre prisioneiros.
Tudo cascata, explicou o agente Werlang, sem usar essas palavras, claro. Ele conhecia o equipamento usado, que funcionava perfeitamente. Também conhecia o equipamento levado a carceragem para substituir o primeiro para sustentar a cobertura — era novo em folha, e funcionava muito bem.
Mas a confusão estava armada porque logo depois o mesmo Werlang revelou que havia instalado um segundo grampo instalado pelo mesmo agente Werlang, numa área de convivência do local, conhecido como fumódromo.
Após a sindicância que deu em Fernandinho Beira-Mar, abriu-se um inquérito para apurar as responsabilidades dos envolvidos, que até agora não chegou a parte alguma.
Para o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que não assistiu ao depoimento do agente mas ouviu um relato detalhado, “trata-se uma ilegalidade grave, que deve ser apurada cuidadosamente,” afirma.“Os fatos devem ser checados e, se forem verdadeiros, os responsáveis devem ser investigados e punidos.”
O deputado tem razão. Espera-se, agora, que o responsável pela Policia Federal — o chefe hierárquico é o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo — tome as providências cabíveis ao caso.
Caso tudo fique demonstrado, restará uma questão essencial a Lava Jato: as delações premiadas tiveram início com um crime, cometido pela própria Polícia Federal?
As provas podem ser consideradas válidas, nessas circunstâncias?
A jurisprudência brasileira costuma anular inquéritos realizados nessa situação. Operações que tiveram seus instantes de fama — nunca como a Lava Jato — já terminaram dessa maneira.Com uma longa lista de políticos denunciados por receber pagamentos clandestinos, a Castelo de Areia foi anulada porque se baseava em fontes anônimas. Recentemente, o ministro do STF Luiz Roberto Barroso confirmou a decisão. Outra operação conhecida, Boi Barrica, foi anulada porque se baseava em escuta ilegal.
A escuta ambiental — como se fez na cela de Paulo Roberto e Alberto Yousseff — é permitida por lei desde que autorizada por um juiz.
Caso contrário, fere um direito elementar de toda pessoa acusada — que é o direito de permanecer calada e nada declarar que possa ser usado contra ela. Ninguém pode ser ouvido em conversas privadas pela polícia.
Esta é uma garantia fundamental do Direito brasileiro — está prevista no artigo 5o, da Constituição — e inspirou uma célebre decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, no caso Miranda x Arizona.
Acusado de raptar e estuprar uma adolescente, Ernesto Miranda foi libertado pela Suprema Corte quando se comprovou que, embora tivesse confessado o crime, não fora devidamente protegido de pressões de um interrogatório policial que pretendia “minar sua vontade de resistir.” Lembrando que uma confissão só tem valor quando inteiramente voluntária, quando o acusado tem plena consciência do que está fazendo, os juizes mandaram que Ernesto Miranda fosse solto imediatamente.
Durante o depoimento do agente Werlang, que compareceu ao Congresso em companhia de um delegado da PF de Curitiba, José Alberto de Freitas, os parlamentares da oposição chegaram a fazer uma pergunta curiosa. Quiseram saber se o agente não achava que os chefes que haviam determinado que instalasse a escuta não estavam interessados em provocar um incidente para comprometer a Lava Jato com um ato ilegal, capaz de atrapalhar o andamento dos trabalhos. Werlang disse que não.
O esforço da oposição para minimizar um episódio muito mais grave do que parece é compreensível. Conforme o agente, um dos delegados que determinou que instalasse a escuta foi o delegado Igor Romário de Paula, que costuma dar entrevistas coletivas após as operações da Lava Jato. Outro foi Márcio Anselmo, também delegado.Na reta final da campanha de 2014, os dois se destacaram por manifestações contra o governo Dilma no Facebook, conforme revelou Julia Duailibi em reportagem do Estado de S. Paulo. Ela contou que o delegado Igor Romário participava de um grupo no Facebook chamado Organização de Combate a Corrupção, cujo símbolo é uma imagem distorcida da presidente Dilma, com dentes de vampiro e uma faixa “Fora PT.”Soube-se pela reportagem que, comentando uma notícia que dizia que Lula havia comparado o PT a Jesus Cristo, o delegado Anselmo fez um apelo: “alguém segura essa anta, por favor.”
Embora a Constituição brasileira assegure a todo cidadão o direito a liberdade de expressão, o regimento da Polícia Federal proíbe, por motivos óbvios, manifestações desrespeitosas em relação a autoridades. Sabe-se que o caso provocou a abertura de uma investigação interna mas não há noticia de punição.
O caso relatado pelo agente Werlang envolve uma situação muito mais grave que um ato de desobediência ao regulamento. A escuta não-autorizada é crime, uma violação da intimidade que muitos juristas consideram até mais grave do que grampo telefônico não autorizado, pois envolve a liberdade de uma pessoa comunicar-se com outra, sem uso de qualquer aparelho ou instrumento.
Não custa lembrar que o relato sobre o grampo na carceragem de Curitiba — que precisa ser confirmado por novas investigações — narra uma história bastante conhecida sobre a cadeia de ilegalidades que sempre se produz quando policiais cometem atos a margem da lei e não são investigados corretamente. Ao primeiro crime, que já é grave, segue-se outro — a fabricação de um inquerito fajuto — destinado a esconder o que aconteceu, numa sequência que pode prolongar-se indefinidamente, como sabem todos aqueles que não perderam a memória sobre fatos muito mais graves que marcaram a ações policial-militares do regime de 64, e que ninguém quer que se repitam.
Ninguém quer que se repitam?
Depois do impressionante relato do agente da Polícia Federal, a CPI ouviu um empresário adversário do PT, de Lula, de Dilma — e da democracia — que, depois de pronunciar um discurso raivoso contra o governo, pediu uma intervenção militar no país.
Fonte: VIOMUNDO
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Tempo fechado. Clima de nazifascismo

La democracia extinguirá al capitalismo

03/07/2015 Opinión
El actual sistema capitalista se pone cada vez más en evidencia a sí mismo. 

Democracia y capitalismo son realmente incompatibles. 

Cuanto más nos informamos, cuanto más razonamos, cuanto más analizamos los acontecimientos, más asentamos esta idea básica. El Dios Mercado empieza a ser cuestionado por los humanos, quienes lo crearon y quienes sólo ellos pueden erradicar. Las profundas e irresolubles contradicciones del capitalismo entran en la escena de la historia recurrentemente. Los capitalistas ganan tiempo, eludiendo el posible colapso, pero no pueden evitar que tarde o pronto, dichas contradicciones reaparezcan, de una u otra forma. Ni siquiera cuando un supuesto sistema alternativo fracasa puede el capitalismo afianzarse como el fin de la historia. Hasta el momento, el principal enemigo del capitalismo es el propio capitalismo. Pero éste, probablemente, no caerá por sí solo, y si lo hace, tal vez, arrastre a la humanidad y su hábitat. No podemos arriesgarnos a ello. Debemos derrocarlo cuanto antes.

En este sistema está casi todo del revés. Las personas sirven a la economía, los mercados mandan, se rescata a los banqueros en vez de a los desvalidos, la bolsa cae cuando se da voz al pueblo, la justicia social no es rentable, cuidar el medioambiente es un obstáculo para el necesario continuo crecimiento postulado por los apóstoles capitalistas para eludir el verdadero problema, es decir, el reparto de la riqueza, quienes más responsabilidad tienen son los que menos responden, la justicia protege a los poderosos mientras se ceba con los débiles, se privatizan las ganancias mientras se socializan las pérdidas, pagan menos impuestos quienes más dinero tienen, etc., etc., etc. Poco a poco, las clases populares cuestionan el sistema establecido, pues las necesidades materiales son las que en última instancia mandan, tarde o pronto al ser humano no le queda más remedio que expulsar de su mente las alucinaciones colectivas y someterse a la cruda realidad. El problema es el capitalismo, y no sólo el neoliberalismo.

El sistema capitalista se caracteriza primordialmente por una economía llamada de libre mercado en la cual teóricamente cualquier persona puede emprender un negocio. El problema es que en la práctica la igualdad de oportunidades no existe y la dinámica capitalista hace que el mercado sea cada vez menos libre, acabe dominado por los oligopolios. Las empresas, para sobrevivir en la dura competencia en la que se basa este sistema, tienden a concentrarse. La economía es cada vez más dominada por menos empresas, las cuales se hacen incluso más poderosas que los Estados. En cualquier empresa, desde la más grande a la más pequeña, salvo algunas excepciones, como las cooperativas, no existe la democracia. Las principales decisiones que tienen que ver con la gestión de las empresas son tomadas por unas pocas personas, el resto se limita a obedecer. Por si fuera poco, la democracia política se vacía cada vez más de contenido, las grandes decisiones se toman cada vez más de espaldas al pueblo, éste se limita a depositar un cheque en blanco en las urnas cada x años. Y, lo más dramático, lo más preocupante, el pueblo pocas veces sabe ejercer la poca responsabilidad que se le otorga, vota normalmente en contra de sus intereses, se deja comer el coco fácilmente, se acobarda, se empeña en que otros le saquen las castañas del fuego, prefiere dejarse llevar. En verdad que el problema es del pueblo.

El capitalismo es la dictadura económica. 

Una dictadura sofisticada, elaborada, con apariencias democráticas. La dictadura casi perfecta. La cumbre evolutiva del totalitarismo. No por casualidad los dueños de las “máquinas” generadoras de la riqueza social son quienes acaparan fundamentalmente ésta. Inevitablemente, la riqueza tiende a concentrarse, las crecientes desigualdades sociales son una consecuencia directa de las leyes que rigen la sociedad capitalista. Por consiguiente, la lucha de clases es el motor de la historia. Mientras haya clases sociales, al menos grandes contrastes entre ellas, habrá lucha social. Por supuesto, antes del capitalismo ya existía la lucha de clases, pero la originalidad de este sistema reside en las formas que adopta. El capitalismo se caracteriza por disfrazar la explotación, consigue que los esclavos casi no se percaten de que lo son, casi no sientan las cadenas. Pero, por mucho que las élites capitalistas se esmeren en comer el coco a las masas para aceptar sumisamente el orden establecido, tarde o pronto, poco o mucho, bien o mal, las clases explotadas (al menos una parte de ellas) reaccionan ante el permanente ataque que sufren cuando éste se intensifica. Los capitalistas, adictos al dinero, insaciables, siempre tiran de la cuerda, nunca se conforman con lo logrado, y tarde o pronto, y muy a su pesar, provocan la reacción de los explotados, la cuerda puede romperse. Los ciudadanos corrientes podemos durante cierto tiempo cerrar los ojos, pero la realidad nos desborda, en cierto momento no nos queda más remedio que despertar. Nos abocan a la lucha de clases por mucho que quienes la practican constantemente proclamen que es algo del pasado.

Quienes luchamos contra este absurdo, ilógico y alienante sistema debemos tener muy claro que la alternativa es la auténtica democracia. Sólo cuando tengamos plena libertad para conocer en igualdad de condiciones todo tipo de ideas, sólo cuando todas ellas puedan ser probadas en la práctica (siempre que no atenten contra los más elementales derechos humanos), podremos realmente experimentar suficientemente diversas formas de organizar la economía para resolver los problemas crónicos (que con el capitalismo no sólo no desaparecen, sino que tienden, a la larga, a pesar de ciertos altibajos, a agudizarse) que padece nuestro mundo: el hambre, la pobreza, la violencia, las guerras, el desastre medioambiental,... La clave para que nuestra especie avance definitivamente hacia la verdadera civilización, para que la ley del más fuerte dé paso a la igualdad en las relaciones sociales, sin la cual la libertad es imposible en la vida en sociedad, para que el egoísmo dé paso a la solidaridad, para que los derechos humanos no sean papel mojado, para que la historia avance inexorablemente hacia adelante, sin posibilidad de volver a la Edad Media (por muy tecnológica que sea),…, reside en la democracia real. Sólo cuando el destino de la humanidad esté en manos de toda ella es cuando podremos sobrevivir a nosotros mismos, es cuando espantaremos definitivamente el fantasma de la autoextinción. Por supuesto, esto no podrá lograrse en dos días, pero el inicio del camino hacia una sociedad más justa y libre, más segura, no puede demorarse más. Realmente ya ha empezado. Aunque muy tímidamente aún. Esta titánica labor nos incumbe a todos. Todos somos más o menos responsables, nadie está libre de culpa. Debemos abrirnos de mente. Practicar el pensamiento crítico. Cuestionar y contrastar, ser activos intelectualmente en primer lugar, para serlo también en la práctica cotidiana.

La estrategia a emplear por la izquierda del siglo XXI creo que es clara: atender a las necesidades más básicas de la mayoría social y reivindicar más y mejor democracia, practicándola de camino. Prescindir de etiquetas y centrarse sobre todo en las ideas, en los contenidos, concretar. Teniendo en cuenta los prejuicios de la mayoría de los ciudadanos y dándoles a éstos el mayor protagonismo posible, el cual deberá ir aumentando notablemente en el tiempo. Esta estrategia es la que está posibilitando que se empiecen a abrir las puertas del cambio en algunos países. Aunque, por supuesto, dichas puertas pueden volver a cerrarse. El capitalismo tiene muchas contradicciones insalvables, las cuales representan su talón de Aquiles. Necesita, por un lado, evitar la auténtica democracia, pero, al mismo tiempo, aparentarla. Esta contradicción debe ser explotada todo lo posible por las fuerzas populares en la lucha política. En nombre de la democracia será posible superar la actual falsa democracia en la que se basa la dictadura económica. En primer lugar, pero no en último, forzando a la burguesía a cumplir en la práctica los postulados teóricos de su supuesta democracia lograremos tarde o pronto (siempre que sigamos avanzando en el camino, siempre que el desarrollo de la democracia no se pare, incluso se acelere) que la “democracia” burguesa dé paso a la DEMOCRACIA. No sólo habrá que conseguir una auténtica democracia política sino que la democracia deberá llegar a todos los rincones de la sociedad, especialmente a su centro de gravedad: la economía. Allá donde haya convivencia humana deberá haber democracia.

Cuando la democracia se asiente en la política y en la economía el capitalismo tendrá los días contados. Para ello, una de las primeras labores de cualquier gobierno transformador deberá ser el posibilitar la libre circulación de las ideas, acabar con la manipulación informativa masiva. Con una prensa libre, plural, será posible desintoxicar por completo a la gente de los prejuicios impregnados por las élites capitalistas, impulsar el activismo masivo. La verdad sólo puede abrirse camino enfrentándola abiertamente, en igualdad de condiciones, a la mentira. El pensamiento único se extinguirá cuando las ideas puedan competir libremente entre ellas. Pero, para llegar a esa desintoxicación mental masiva, antes, ahora mismo, cada uno de nosotros, ciudadanos corrientes, debe poner su grano de arena. Incitemos a nuestro alrededor a informarse mejor, a contrastar, a razonar. Sólo será posible transformar el sistema si la gente vota masivamente a otras fuerzas políticas alternativas y se moviliza constantemente en las calles. Pasemos la voz: otro sistema es posiblela alternativa se llama democracia. Sólo entre todos podremos. Con un pequeño esfuerzo de cada uno de nosotros lo conseguiremos. No se trata de que unos pocos se esfuercen mucho sino de que muchos se esfuercen un poco. La historia la hacen los pueblos. Por activa o por pasiva.

3 de julio de 2015

- José López es autor de los libros Rumbo a la democraciaLas falacias del capitalismoLa causa republicanaManual de resistencia anticapitalistaLos errores de la izquierda¿Reforma o Revolución? Democracia y El marxismo del siglo XXI así como de diversos artículos, publicados todos ellos en múltiples medios de la prensa alternativa y disponibles en su blog para su libre descarga y distribución. http://joselopezsanchez.wordpress.com/
http://www.alainet.org/es/articulo/170857
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Fonte: AMERICA LATINA EN MOVIMIENTO
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