quarta-feira, 29 de abril de 2015

Estupidez ou inteligência ?

A inacreditável estupidez de não usar a TV no 1º de maio


Dilma esqueceu das eleições? Esqueceu que tem gente querendo defendê-la? Esqueceu daquela noite no Tuca, em São Paulo, ovacionada por milhares de pessoas, bem no coração da tucanolândia? Esqueceu que o Brasil não é feito apenas de paneleiros pró-militares? Esqueceu que ganhou?

Ainda não acredito que o Executivo fará uma estupidez dessa.

Não acredito que seja verdade que Dilma não fará um pronunciamento na TV aberta, como todos os presidentes têm feito, há anos, no 1º de maio.

Se fizer isso, é mais um tiro no pé.

Nos dois pés.

Os partidos vendem a alma para conseguir um minutinho a mais de TV.

E a Dilma joga fora de graça?

Por que?

Por medo de paneleiros?

Ora, isso é um desrespeito até mesmo contra os paneleiros. Se eles querem bater panelas, que batam. Isso demonstra que a democracia está viva.

Com um pouco de inteligência, os barulhos das panelas podem ser transformados em energia política, em favor de alguma narrativa.

O tempo de TV não é da Dilma, é do Executivo.

A gente fica se esgoelando para que o governo use mais a TV aberta, que fale mais, que venha para a arena política mostrar que está vivo.

E o governo faz o caminho contrário?

Vai se esconder ainda mais?

Berzoini, foi para isso que você virou ministro da Comunicação?

Edinho Silva, cadê você que não impede uma barbaridade dessa?

Dilma não é representante de si mesma.

Ela é a depositária política de 54 milhões de eleitores.

Se Dilma quer usar as redes sociais, ótimo!

É isso que temos sugerido há tempos!

Ora, mas então use o tempo na TV aberta, para fazer propaganda de sua rede social: “meu povo, entre no meu blog, entre na minha rede social”.

Faça um blog novo, uma rede social nova. Troque as fotos da rede social toda semana, para dar um ar sempre renovado.

(A fotinho do facebook de Dilma permanece a mesma há anos).

Ao invés de transmitir a mensagem de que Dilma não vai falar, a presidência deveria criar, desde já, a expectativa sobre o que seria dito no 1º de maio, criando um fato político.

Os meios de comunicação têm de ser usados em sinergia, em complementaridade.

Não vou culpar a Dilma porque não é possível atribuir essa responsabilidade a uma pessoa só. Não estamos numa ditadura, então esse tipo de decisão é colegiada.

A culpa, portanto, é do governo como um todo.

Em matéria de comunicação, o governo ainda é perigosamente burro.

Esta é a principal razão de sua fragilidade.

É uma opinião consensual de todos os cientistas políticos, de todos os políticos. Até mesmo Eduardo Cunha avisou: o governo não se comunica politicamente.

E aí quando tem a chance, o governo resolve não falar?

Se Dilma cair, será culpa dessa burrice.

O eleitor deu seu máximo: contra tudo, contra todos, elegeu Dilma.
Os movimentos sociais e centrais sindicais, em meio a clima de fim de mundo, em meio à atmosfera insuportável de criminalização da política, contra tudo e contra todos, conseguiram pôr gente na rua para defender a democracia.

Toda semana, a oposição inventa um pretexto diferente para o impeachment, com apoio da mídia e sob o olhar irônico de Eduardo Cunha, presidente da Câmara, que faz um jogo de morde e assopra para ampliar seu poder.

Toda semana, as forças que apoiam Dilma conseguem enterrar a tentativa, apesar da inação do governo.

Ao não falar no 1º de maio, o governo, contudo, faz vários gols contra.

Dá munição aos adversários e trai a si mesmo.

Assim fica difícil, Dilma!

Fonte: O CAFEZINHO
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A presidenta Dilma resolveu não usar a TV para fazer o pronunciamento do 1º de Maio.

Se tal decisão tivesse ocorrido nos anos da década de 1980, com certeza teria sido um erro da Presidenta, já que restaria apenas o rádio, pois naqueles anos a internete não existia.

No entanto a decisão de fazer o pronunciamento pela internete, em parte, faz sentido já que as últimas pesquisas sobre a audiência da TV revelam um público envelhecido - a maioria com mais de 50 anos - com ideias anacrônicas e índices de audiência em queda.

A fonte de informação da maioria da população se desloca para a internete, seja pela confecção própria, única e diária do jornal para leitura diária, seja pelo contato através das redes sociais ou outros meios.

Isso é fato, baseado em dados estatísticos que revelam que a TV cada vez mais se torna irrelevante como principal fonte de informação e de entretenimento.

Entretanto,no Brasil, a TV aberta ainda tem alcance e influência consideráveis , mas não mais o suficiente para alterar e conduzir as pessoas como acontecia há duas décadas passadas.

As últimas três eleições presidenciais, em 2006, 2010 e 2014,mostraram de forma clara que apesar de toda pressão da velha mídia - rádios , jornais e emissoras de TV - para impedir as vitórias do PT, não alcançaram o objetivo desejado.

Tanto é verdade que a pressão no campo político, principalmente mas não o único, que a velha mídia despeja sobre a sociedade vem aumentando, talvez como crença - equivocada - que quanto maior e mais intensa a pressão , a mudança desejada acontecerá.

É o caso do chamado terceiro turno da eleição de 2014, que teve um movimento para desgaste do governo de forma jamais vista nos tempos recentes, mas que mesmo assim, vem perdendo força na sociedade  e mesmo nas instituições envolvidas e apoiadas pela velha mídia.

Seguindo o curso natural da razão e da justiça que no momento emitem sinais de recuperação dos espaços que foram sequestrados nos últimos seis meses, espera-se que um debate sobre o cancelamento da Operação Lava Jato se inicie, assim como a punição e afastamento do juiz Sérgio Moro em função dos atos irregulares que tem cometido.

Em meio a esse cenário entra em cena a questão da cena, ou seja, da comunicação do governo com a sociedade, justo no 1ºde Maio.

Em um ambiente sem turbulências políticas dos últimos meses, certamente a maioria da imprensa diria que Dilma acertou em usar as redes sociais para o pronunciamento do dia da Luta do Trabalhador, já que evidências demonstram que a TV perde audiência e relevância a cada segundo, e que a maioria da população jovem e adulto jovem se informa pela internete.

Como as turbulências existem, a mesma imprensa afirma que Dilma erra ao não usar a TV, com receio que outros panelaços aconteçam por conta do seu pronunciamento e com isso retardem a queda do movimento golpista, que com os últimos acontecimentos na política e na economia vem sofrendo duros golpes.

A decisão correta ou equivocada de Dilma, se revelará com o tempo e com suas novas inserções na mídia para se comunicar com a população.

O certo é que o vídeo que Lula publicou recentemente nas redes sociais , em que aparece se exercitando em academia de ginástica, vem fazendo muito sucesso, independente da visibilidade ou não nas emissoras de TV.

Também é certo que a TV , principalmente a TV aberta - Globo - mas não a única, atua diariamente como meio de despolitização e imbecilização da sociedade, gerando com isso em seus telespectadores anacrônicos e anestesiados sentimentos de repulsa e de aversão aos políticos e à política em geral.

Se Dilma , de fato, optou por priorizar a comunicação com a população através da internete e das redes sociais, é sinal que o governo entendeu que o paradigma da comunicação mudou, logo o governo acordou para a comunicação.

O conteúdo dessas futuras comunicações dirá se o governo está no caminho certo, já que no momento a situação política do país aliada a comunicação do governo, produzem ponto de vista e vista do ponto, estupidez e inteligência, passado e futuro.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

1º de Maio

1º de Maio. A hora é agora !

Aécio, Cunha, Skaf, Paulinho ‘Boca’ e assemelhados sabem o que fazem.

Será que o Dr Moro sabe quem é esse tucano, Bessinha ?

 O Conversa Afiada reproduz artigo de Saul Leblon, extraído da Carta Maior:

A hora é agora: 6ª feira, 1º de Maio de 2015


A mobilização contra o avanço conservador já não pode tardar. 

Nada é mais importante do que agigantar a força das manifestações neste 1º de Maio. A hora é agora

por: Saul Leblon

Uma semana antes deste 1º de Maio de 2015, 79% da bancada do PSDB na Câmara e uma proporção exatamente igual do PMDB votaram pelo desmonte dos direitos trabalhistas no Brasil. À petulância conservadora o PT respondeu com 100% dos votos em defesa da CLT; o mesmo fez o PSOL.

O cálculo do cientista André Singer encerra grave advertência e uma incontornável convocação.

O conservadorismo considera que é hora e há ‘clima’ para esfolar os assalariados brasileiros, sangrar a esquerda e colocar de joelhos os sindicatos. Um pouco como fez Margareth Tatcher contra os mineiros na emblemática greve de 1984.

Aécio, Cunha, Skaf, Paulinho ‘Boca’ e assemelhados sabem o que estão fazendo.

Rompido o lacre da regulação do trabalho, a ganância dos mercados reinará absoluta na dinâmica do desenvolvimento brasileiro, como aconteceu na ascensão do neoliberalismo com a derrota sindical inglesa de 1984.

A ordem unida da mídia, dos patrões, tucanos e pelegos em torno da agenda da terceirização condensa assim um divisor de época.

Só há uma resposta à altura para isso na História: a construção de uma frente ampla progressista, que comece por ocupar as ruas do Brasil nesta sexta-feira, para devolver ao 1º de Maio o seu sentido e aos democratas um instrumento capaz de reverter o golpe branco que tomou de assalto o país.

Muito do que acontecerá no Brasil nos próximos dias, meses e anos refletirá a abrangência dessa mobilização.

Inclua-se aí a rejeição da PL 4330, mas também o desfecho da espiral golpista travestida de faxina política de seletividade autoexplicativa  (leia a análise de Najla Passos; e os editoriais de Joaquim Palhares e de Saul Leblon.)

Nada é mais importante do que agigantar a força das manifestações contra os coveiros da CLT e da democracia social neste 1º de Maio.

Informe-se junto ao seu sindicato, reúna os amigos, convide os colegas de trabalho.

Não cabe mais perguntar que horas são.

O tempo é de dar respostas – nas ruas.



Em tempo: o Conversa Afiada reproduz nota do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC:


Greve na Mercedes é suspensa após cancelamento das 500 demissões anunciadas para dia 4



Movimento fica suspenso até dia 18 de maio, quando haverá nova negociação após balanço de adesões ao novo PDV


Em assembleia realizada na manhã de hoje, 27, pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, os trabalhadores na Mercedes-Benz de São Bernardo decidiram suspender a greve até o dia 18 de maio. A decisão foi tomada após o anúncio da proposta encaminhada pela empresa, que inclui o cancelamento das demissões de 500 trabalhadores previstas para o dia 4 de maio, a prorrogação do layoff até o dia 15 de junho e abertura de um novo PDV (Programa de Demissão Voluntária) para todos os trabalhadores da fábrica.

“Em 18 de maio já tem negociação marcada do Sindicato com a empresa para avaliar o resultado do PDV. Se o resultado reduzir e der conta de administrar o excedente, estará resolvido. Se não, haverá nova negociação e a mobilização será retomada com a mesma força e garra”, explicou o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.

O presidente do Sindicato, Rafael Marques, ressalta que, apesar do quadro difícil em que estão sendo feitas as negociações com a empresa, foi encontrada uma boa saída para o momento. “Conseguimos barrar as demissões sumárias, que não podíamos aceitar. Agora, com a prorrogação do layoff e um PDV com melhores condições para os trabalhadores, vamos continuar a negociação com a empresa. Não está tudo resolvido, mas conseguimos um bom encaminhamento. E isso só se deu por força da mobilização dos companheiros”, destaca.

“A greve e o acampamento montado nas portarias da fábrica foram importantes para resistir e mostrar a nossa luta pelo emprego. O movimento deu condições de a empresa voltar a conversar com compromisso de discutir o excedente de forma negociada”, afirma o vice-presidente do Sindicato, Aroaldo Oliveira da Silva.

(…)




Em tempo2: os movimentos populares, como CUT, MST, MTST, Levante Popular da Juventude e CTB, já planejam as atividades do 1º de Maio:


CUT e movimentos populares realizam 1º de Maio de luta em São Paulo



Defesa dos direitos trabalhistas – em especial um vigoroso “não” ao PL 4330, pela retirada das MPs 664 e 665 do Congresso Nacional – , da democracia, da Petrobras e da reforma política são as principais bandeiras Dia do Trabalhador (a) em 2015

A CUT, a CTB, a Intersindical, o MST, o MTST, a CMP, a FAF e outras importantes organizações dos movimentos sociais, estudantil e sindical, promovem ato conjunto em comemoração ao Dia do Trabalhador e da Trabalhadora neste 1º de Maio (sexta-feira), no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo.

As principais bandeiras que marcam o evento em 2015 são a defesa dos direitos da classe trabalhadora, da democracia, da Petrobras e da reforma política.

A partir das 09h00 os/as trabalhadores/as e militantes vão se concentrar em três pontos da cidade – Luz, Praça da República/Largo do Arouche e Pátio do Colégio – de onde sairão em marcha até o Vale do Anhangabaú, onde a programação do dia de luta tem início – às 10h00 -  com realização de ato ecumênico seguido de ato político-cultural.

Só à tarde, a partir às 13h, tem inicio uma programação cultural com shows  com Alceu Valença, Leci Brandão, Rappin Hood, GOG, Thobias da Vai-Vai e Elizeth Rosa. Haverá, ainda, espaço de convivência e alimentação, além de unidades móveis de atendimento e outros serviços à população.

(…)


Clique aqui e leia mais sobre os atos do dia 1º de Maio.




Fonte: CONVERSA AFIADA
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Globo. Golpes, Crimes e Mentiras. Ontem e hoje

#GloboGolpista50anos:
O povo não é bobo …

O Levante jogou tinta vermelha na fachada da Rede Globo.

                                   Levante realiza escracho na fachada da Globo em Brasília
No dia em que a Rede Globo comemora os 50 anos de sua fundação, os movimentos sociais foram às ruas para descomemorar a data. Foram registrados atos em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.

Em Brasília, o Levante Popular da Juventude jogou tinta vermelha na fachada da Rede Globo. O escracho aconteceu em memória das vítimas da Ditadura, que a emissora apoiou politicamente, deu sustentação ideológica e ganhou benefícios econômicos.

O ato em Brasília contou com a participação de 500 pessoas, e teve apoio do MST, do movimento democratização da comunicação, diversos sindicatos e entidades estudantis.

No Twitter, os internautas demonstraram o seu descontentamento através de diversas hashtags, como #GloboGolpista50anos, #Globo50anus, #Globo50AnosDeMentiras, #Globo50AnosDeSonegação, #GloboLixo e #GloboMente.

Na última semana, o jornal nacional exibiu uma série especial e decidiu recontar a história do Brasil desde a fundação da Rede Globo. Declarou que a emissora não apoiou a Ditadura e, como disse o Paulo Nogueira, do DCM, a Globo saiu como vítima do regime militar.


                             Fachada da Globo em SP: intervenção do Levante Popular da Juventude





João de Andrade Neto
, editor do Conversa Afiada

Fonte: CONVERSA AFIADA
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Enciclopédia americana afirma que Globo 

é subsidiada pelo Tio Sam

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Mais uma contribuição do Cafezinho para os 50 anos da TV Globo.
Estudando as edições do Globo nos primeiros meses de 1964, quando o jornal aos poucos vai assumindo o protagonismo do golpe civil-militar contra João Goulart, encontro, no dia 19 de março daquele ano, um editorial na primeira página que me pareceu positivamente engraçado.
É um texto irritadíssimo.
O Globo descobrira que uma das mais tradicionais editoras norte-americanas, a Harper, havia impresso uma enciclopédia na qual inserira um verbete para a imprensa brasileira,  e citava O Globo.
E o que dizia o verbete?
O próprio Globo informa: “A Worldmark Encyclopedia of the Nations – editada pela Worldmark Press, Inc – Harper and Row, de Nova York, no verbete referente à imprensa no Brasil, ao lado de outros erros, define este jornal como “conservador, subsidiado pelos Estados Unidos“.
Pausa para rir por 50 anos.
Acho que a definição da Harper (hoje adquirida por Rupert Murdoch) poderia ganhar um prêmio internacional da síntese mais resumida e objetiva sobre uma empresa.
50 anos de Globo, 50 anos de golpe.

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Fonte: O CAFEZINHO
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Uma história pela metade

Por Luciano Martins Costa em 27/04/2015 
Os 50 anos da TV Globo foram lembrados ao longo da semana que passou e celebrados no domingo (26/4), com uma festa para centenas de funcionários no Rio de Janeiro. As inserções de um quadro especial no Jornal Nacional, comandado pelo apresentador e editor William Bonner, serviram para apresentar em doses diárias um resumo da história da emissora, com destaque para alguns episódios controversos em que foi protagonista.
Na terça-feira (21/4), por exemplo, Bonner personificou o mea-culpa da Globo por haver tentado ocultar, em 1984, o comício que marcou, em São Paulo, a campanha pelas eleições diretas para presidente da República. A reportagem sobre a manifestação foi aberta, na ocasião, por Marcos Hummel, então âncora do Jornal Nacional, com o seguinte texto: “Um dia de festa em São Paulo. A cidade comemora seus 430 anos com mais de 500 solenidades. A maior foi um comício na Praça da Sé”. Quem estava lá sabia que aquele era um protesto contra a ditadura, pelas eleições diretas, realizado sob ameaça das forças de segurança – e não uma festa de aniversário.
No dia seguinte, foi a vez de tratar da manipulação que ajudou a eleger Fernando Collor de Mello na disputa contra Lula da Silva, na eleição presidencial de 1989. Na ocasião, a Globo concedeu um minuto e meio a mais para Collor, com um texto tendencioso no qual escondeu os melhores argumentos de Lula no debate da noite anterior e exibiu seu oponente como um estadista. Na revisão histórica da semana passada, tudo não passou de um erro de edição, e um compungido Bonner lamentou a “falta de equilíbrio” daquela cobertura.
Mas, fora do quadro mágico da tela, a verdade é que a história da emissora está recheada de atos de má-fé e manipulações.
Embora se possa dizer que a mais poderosa rede brasileira de televisão se tornou um pouco mais sutil em sua interpretação da realidade nacional, não há como fugir ao fato de que segue produzindo diariamente exemplos de um jornalismo tendencioso que ancora o conteúdo claramente partidário dos outros grandes veículos de comunicação.
O socorro do BNDES
Como o bicheiro que precisa comprar um título de comendador quando chega a maturidade, a Globo tem necessidade de corrigir, eventualmente, sua trajetória, para que a mão da História lhe seja leve. No entanto, essa espécie de autocrítica conduzida em tom de convescote ao longo da semana não tem peso e seriedade suficientes para um registro nos arquivos do jornalismo, digamos, mais sério.
Essa função foi cumprida, na sexta-feira (24/4), em uma longa entrevista concedida ao jornal Valor Econômico (ver aqui) pelos principais acionistas do Grupo Globo, os irmãos Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto Marinho, a uma dupla insuspeita de jornalistas, Matías Molina e Vera Brandimarte.
Além disso, o jornal que pertence ao Grupo Globo em parceria com o Grupo Folha também publica uma reportagem sobre bastidores da poderosa organização, com destaque para o processo de reestruturação financeira que evitou sua falência no começo deste século.
Matías Molina, veterano jornalista que ajudou a formar alguns dos melhores repórteres brasileiros de Economia nas últimas décadas, é autor do livro Os Melhores Jornais do Mundo e lançou recentemente o primeiro volume da trilogia História dos Jornais no Brasil. É com esse currículo que ele conduz a retrospectiva dos 50 anos da Globo no Valor.
Mas a leitura da entrevista decepciona em alguns aspectos: a história controvertida da maior potência da imprensa latino americana fica diluída em meio a uma conversa amena à qual faltou rigor crítico. As perguntas servem como alavancas para os irmãos Marinho amenizarem o papel decisivo da empresa em episódios polêmicos da história nacional.
Um de seus momentos mais importantes – o processo de recuperação financeira ocorrido entre 2002 e 2006 – passa quase em branco. Questionado sobre aquele período, quando a empresa teve que vender parte da rede, livrou-se do controle das operadoras Sky e Net e foi socorrida pelo BNDES, os entrevistadores se satisfazem com a resposta de Roberto Irineu Marinho, de que a situação foi resolvida “sem recursos do BNDES ou de bancos estatais”.
O socorro do BNDES ao Grupo Globo foi amplamente noticiado na época (ver aqui) e motivou até mesmo um pedido de audiência pública no Senado Federal (ver aqui) e até hoje segue sendo uma das chaves para se entender a relação entre a empresa e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em seus dois mandatos.
Quem sabe nos próximos 50 anos essa história seja contada
.
Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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Foi no governo de FHC que Globo foi ao BNDES obter empréstimo.

Foi , então, com o dinheiro do povo que Globo se livrou da falência
.
O mesmo BNDES que globo e toda a velha mídia  fazem campanha para que seja extinto.

Certamente o que globo conseguiu no BNDES jamais voltará para o banco.

Lembro que por ocasião das obras para a Copa do Mundo de 2014, o ex-presidente do Corinthians foi questionado por um jornalista de globo - em tom de crítica e reprovação -  pelo fato de ter obtido empréstimo no BNDES para a construção da arena que serviu de abertura para a copa.

Na ocasião, o ex-dirigente do clube paulista  assim respondeu ao jornalista:

" a empresa em que você trabalha é a que mais pega dinheiro lá "


Atualmente globo está tão desgastada que sempre quando se manifesta, recebe uma chuva de críticas.


A Abril passou o pires pelo BNDES num de seus anos mais lucrativos. Por Paulo Nogueira

Postado em 28 abr 2015
Dinheiro público na Abril? Presente
Dinheiro público na Abril? Presente
O grau de ignorância dos blogueiros da Veja é desumano.
Eles não sabem sequer o que acontece na empresa para a qual trabalham, e se metem a fazer considerações sobre o universo.
Recentemente, eles têm falado no BNDES. O dinheiro do BNDES, segundo o Brad Pitt de Taquaritinga, é dos amigos do governo.
Se a frase é verdadeira, teremos que concluir que a Editora Abril é amiga do governo.
Algum tempo atrás, a Folha publicou uma listagem com os empréstimos feitos pelo BNDES.
Republicou, a rigor. A Folha admitiu que o BNDES já vinha publicando as operações. O que o jornal fez foi “organizá-las” para que o leitor pudesse compreender melhor.
A ordem escolhida foi a alfabética.
Você vai na letra “e” e encontra o quê?
Editora Abril.
Em 2008, ano em que a Abril teve um de seus melhores resultados, o BNDES liberou para a empresa dos Civitas 27,344 milhões de reais.
Dinheiro público na veia.
O objetivo da operação era o seguinte. “Implantar diversas soluções de TI para unificação da base de clientes da empresa”.
Quer dizer: mesmo tendo muito dinheiro em caixa depois de um ano glorioso, a Editora Abril passou o pires no BNDES. E levou.
Não que fosse novidade entre as empresas de jornalismo.
Para fazer seu elefante branco que é uma gráfica gigante, a Globo, ainda sob Roberto Marinho, pediu dinheiro público ao BNDES na era FHC.
Terminada a gráfica, FHC se prestou ao vergonhoso trabalho de se deixar fotografar com um Roberto Marinho triunfal.
Dinheiro público para erguer a gráfica da Globo
Dinheiro público para erguer a gráfica da Globo
Por que a Globo não investiu na gráfica com seu dinheiro próprio? E a Abril, por que não modernizou sua TI com seus recursos?
Resposta: porque falam em capitalismo da boca para a fora. Na intimidade, jamais viveram sem os favores públicos.
Em 2008, o empréstimo de 27,344 milhões de reais não foi o único ingresso de dinheiro do BNDES na Abril.
A Abril recebeu uma copiosa quantidade de propaganda do banco naquele ano.
Muitas vezes as empresas de jornalismo pagavam os empréstimos que recebiam de bancos oficiais com anúncios.
O caso Projac, o estúdio nababesco da Globo, é um clássico. O dinheiro para erguê-lo veio do Banerj, o extinto banco público do Rio. E o pagamento se deu em anúncios.
Nenhuma empresas jornalística brasileira existiria sem privilégios e mamatas com dinheiro público.
Fato.
E ou por ignorância ou por má fé, ou por uma combinação de ambas, colunistas pagos para defender os interesses vis dos patrões posam de virgens.
Mas é aquela espécie de imaculada que você encontra num lugar chamado lupanar.
Fonte:DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO

sábado, 25 de abril de 2015

Globo boiando no Mar Vermelho

Babilônia e jn afundam no Mar Vermelho

Globo perde 20% de Globope na faixa de novela bíblica.



Saiu na Fel-lha:


Globo perde 20% de ibope na faixa de novela bíblica



VITOR MORENO (interino)

Maior acerto da teledramaturgia da Record nos últimos anos, a novela bíblica “Os Dez Mandamentos”, de Vívian de Oliveira, está se tornando uma pedra no sapato da Globo no horário em que vai ao ar (das 20h30 às 21h30, aproximadamente).

(…)

O aumento de audiência na faixa foi de 83% nas principais regiões metropolitanas do Brasil até o dia 21, enquanto a Globo teve queda de 20% no mesmo horário.

Em São Paulo (…) a queda da Globo na faixa da novela foi de 18%, enquanto a Record cresceu 66% com o primeiro mês de exibição da trama sobre o profeta Moisés, que na Bíblia liberta o povo hebreu.



Em tempo: depois de realizar bem sucedida travessia do Mar Vermelho … - PHA


Em tempo2: em maio, o Carlos Augusto Montenegro – aquele que previu os resultados eleitorais na Bahia e no Rio Grande do Sul – deixa o Globope e assume a WPP, uma das maiores agências de publicidade do mundo.

E, em maio, começa a funcionar o índice alemão de audiência, o GfK, que chegará a um número de lares DEZ vezes superior ao do Globope. – PHA


Em tempo3: amiga navegante Marilia envia essa divertida informação do jornal O Dia, do Rio:

  

Fonte: CONVERSA AFIADA
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Apanhando por todos os lados e sem parar, Globo pediu socorro a um ex-funcionário para tentar rebater o tsunami de críticas que vem sofrendo por ocasião de seu cinquentenário.

Boni, o pai de Boninho, entrou em cena para defender a emissora decadente falando um monte de mentiras e bobagens.

Globo  começa a boiar no Mar Vermelho, que passa a ter uma tonalidade marrom.

O Ultimo baile na Ilha Fiscal

Ester Rabello: 

Uma frase com 35 anos de História e ainda atual, “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”

publicado em 24 de abril de 2015 às 20:08
CAMPEONATO PAULISTA 2015: SANTOS FC X SÃO PAULO FC
Na Vila Belmiro, o protesto. Vai ter camisa do Santos com o símbolo da Record?

“O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”

por Ester Rabello, especial para o Viomundo

É difícil encontrar alguém que nunca tenha ouvido o bordão que dá título a esse artigo, gritado em manifestações de rua, comícios e outros tipos de aglomeração, como no discurso de vitória de Dilma Roussef, quando a presidente eleita teve que se calar enquanto ouvia o desabafo.

Em meio a outras palavras de ordem, sempre sai o clássico “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”. Nos dias de hoje, muitas vezes a frase vem junto com outra: “A verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura”.

Neste ano em que a Globo completa meio século, as manifestações contra a emissora, fundada um ano após o golpe militar de 1964, estão acontecendo com maior intensidade. No 3 de março houve protestos em algumas capitais, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo e Vitória. Em nenhum deles havia mais que 500 pessoas, mas o barulho acabou sendo grande nas redes sociais.

— Sempre quis enterrar a Globo, desde criancinha, afirmou uma manifestante fantasiada de viúva, ao lado de uma caixão de papelão com o logo da emissora.

Na concentração diante da sede do império global, no Jardim Botânico, organizada pelo Sindipetro, o Sindicato dos Petroleiros, ficaram claros os motivos do protesto: a cobertura desequilibrada da Operação Lava Jato, a sonegação de impostos da Globo e a conivência com a ditadura militar…

A maioria dos manifestantes era de pessoas com mais de 50 anos de idade. Reclamavam da falta de cobertura da emissora à campanha das Diretas, nos anos 80, algo que os jovens de hoje não vivenciaram.

Este “choque de gerações” pode até levar quem tenha nascido nos anos 90 a acreditar que o bordão “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo” seja coisa recente.

Se perguntarmos a um jovem na faixa entre 20 e 30 anos de onde vem a frase contra a emissora, talvez ele responda como Daniella Teixeira, 22 anos, que participou das manifestações de junho de 2013 na cidade de Guiratinga, em Mato Grosso:

— Olha, não posso afirmar com certeza, mas ela [a frase] estava sempre presente nas caminhadas, talvez como resposta ao enfoque que a Globo dava, como se fossem todos baderneiros. O povo não é bobo, mas a massa é manipulável, muita gente vai só no oba oba e o povo percebeu que havia muita manipulação da informação, mostrando só um lado da notícia. Os jovens percebiam a manipulação da imprensa, que taxava todo mundo de vândalo. Aqui, por exemplo, o movimento foi pacífico.

Na cidade da artesã, que faz decalques de unha para vender pela internet, as manifestações foram contra desde o gasto de 1 milhão de reais para tapar um buraco na rodovia, até o corte de uma árvore antiga. Sobre a frase relativa à Globo, Daniella acha que ela nasceu em 2013.



Mas se você perguntar ao deputado federal Vicentinho (PT-SP), um dos líderes das greves do ABC, ele diz que lembra muito bem da primeira vez que ouviu o grito contra a emissora dos irmãos Marinho. Foi em São Bernardo do Campo, numa das assembleias de metalúrgicos grevistas, no final dos anos 70, no estádio da Vila Euclides.

— Sempre gritavam. Nós tínhamos boas relações com os jornalistas. O foco era a Globo. A gente lotava o estádio e a Globo minimizava, sempre diminuindo a quantidade de pessoas. Tinha gente da direita infiltrada na greve, gente que fazia quebra-quebra. A gente pegava, denunciava e a Globo não dava [noticiava].

Vicentinho lembra de ajudar a proteger repórteres da emissora para que não apanhassem dos grevistas.

— A gente ficava em volta deles e o Lula gritando, “gente, eles são trabalhadores, uma coisa é a empresa, outra são os jornalistas”.

Ricardo Kotscho, ex-secretário de imprensa do governo Lula, era repórter da revista IstoÉ na época. Viu várias vezes metalúrgicos chutando os carros de reportagem da Globo, desde a época em que as assembleias ainda eram feitas nas ruas de São Bernardo.

Cobrindo as assembleias naquela época, Kotscho recorda:

— Eles [equipes da emissora] iam cobrir, mas depois a Globo mostrava só um registro.

Os gritos de “fora Rede Globo, o povo não é bobo” continuaram ao longo dos anos 80. Por exemplo, na campanha das “Diretas Já” e no movimento pelo impeachment do presidente Fernando Collor.

— Menos na [manifestação] de março, agora. Nessa, a Globo não só apoiou, como apoiou de forma ostensiva, aponta Kotscho.

O jornalista Osvaldo Maneschy, um dos assessores de Leonel Brizola, está no PDT desde os anos 80.

Afirma que ouviu pela primeira vez uma multidão gritando “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo” na Cinelândia, em 1986, em um comício de campanha do então vice-governador do Rio, Darcy Ribeiro, que disputava o Palácio Guanabara contra o candidato preferido da Globo, Moreira Franco.

Ele acredita que a fúria contra a Globo começou, entre os militantes do PDT, por causa da artilharia pesada da imprensa na época, com matérias negativas contra o governo de Leonel Brizola, o que gerou mais tarde um direito de resposta do gaúcho no Jornal Nacional.

— A Globo é a pauteira. Depois [o assunto] sai no [jornal] Globo do dia seguinte, no fim de semana na Veja e assim vai…

Foi o caso, segundo Maneschy, das notícias que acusavam Brizola de ter feito acordo com traficantes de drogas.

Para Fernando Brito, assessor de Brizola, a Globo fez uma péssima cobertura já da chegada dos exilados políticos. Mas, segundo ele, foi o “caso Proconsult” que levou ao primeiro enfrentamento do povão com a emissora. Durante a primeira eleição direta para governador do Rio, em 1982, a Globo foi acusada por Brizola de tentar manipular o resultado das apurações, o que a emissora sempre negou

— Até então, quem sabia que a Globo era a favor da ditadura eram os analistas políticos, não era algo de domínio da rua.

Brito lembra também do movimento “Diretas Já”, que durou quase um ano e reuniu, no seu ápice, 1 milhão de pessoas no comício da Candelária, no Rio de Janeiro, e 1,5 milhão no Anhangabaú, em São Paulo.

— A Globo só cobriu três comícios, sentencia.



Fernando Borges, jornalista recém formado na UERJ, cobriu as manifestações de 2013 para a plataforma internacional de notícias “Blasting News”.

Segundo ele, várias equipes de grandes emissoras de televisão (Band, SBT e Record) foram hostilizadas com o uso do bordão criado contra a Globo.

— A imprensa ficou estigmatizada, afirma Borges, que também viu gente gritando “a verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura”, frases que ele considera “bem ultrapassadas”.

Ultrapassadas ou não, os gritos de “O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo” também foram ouvidos nas passeatas de protesto contra a morte do garoto Eduardo, de 10 anos, no Morro do Alemão, há menos de um mês.

E um novo grito parece estar surgindo nos estádios de futebol.

Revoltados com o pequeno número de jogos transmitidos pela Globo — que, segundo eles, privilegia o Corinthians –, torcedores do Santos levaram faixas de protesto à Vila Belmiro na semifinal do Campeonato Paulista, dia 18 último. Depois que o Santos fez 2 a 0 no São Paulo, passaram a gritar em coro o “chupa, Rede Globo, o nosso Santos vai ser campeão de novo”.

Com o Santos classificado para a final, torcedores do clube fazem campanha nas redes sociais para que a equipe entre em campo com o símbolo da TV Record no peito. Detalhe: os dois jogos serão transmitidos pela Globo. Seria a repetição do que aconteceu em 2001, na final contra o São Caetano, no Rio, quando Eurico Miranda, presidente do Vasco, colocou o logotipo do SBT nas camisas do clube para protestar contra a Globo.

Independentemente de o Santos atender ou não a seus torcedores, as finais contra o Palmeiras tem tudo para serem tão interessantes nas arquibancadas quanto no gramado.


Fonte: VIOMUNDO
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O Povo não é Bobo, fora Rede Globo.

A primeira vez que vi essa frase foi lá pelo final da década de 1970, pintada em um muro, numa época em que se discutia a anistia aos presos e exilados políticos.

Talvez no final de 1978 ou início de 1979.

Como de costume, globo não gostou da ideia de anistiar  os presos e exilados políticos, como já não  tinha gostado do processo de abertura  política e democrática iniciado no governo do General Geisel.

Ou voltando ainda mais um pouco no tempo, Globo também não gostou da vitória esmagadora do MDB nas eleições de 1974, o momento em que a parcela da  sociedade  que apoiou o golpe militar de 1964  mudava de lado e , através das eleições para o congresso nacional, emitia um recado claro que rejeitava a ditadura militar e os governos dos militares.

A história da Rede Globo, 50 anos, pode ser resumida como a história de um grupo empresarial que sempre defendeu interesses nocivos ao Brasil , sempre rejeitou a democracia  e sempre esteve do lado contrário aos interesses do povo brasileiro. 

Atualmente o Grupo Globo sofre um acentuado processo de desgaste, e  a mega festa  para comemorar seu cinquentenário, no Ginásio do Maracanãzinho no Rio de janeiro, pode ser comparada ao último baile do Império na Ilha Fiscal. 

TV Globo: grande inimiga da democracia e dos direitos sociais 

 

manchete de hoje, 25.04.2015  do Portal Vermelho