quarta-feira, 8 de abril de 2015

A ONU pede...

Policial nos EUA atira oito vezes em homem desarmado pelas costas

ONU pede à comunidade internacional coragem para atuar diante de atrocidades

Presidente do PT diz que Bolsonaro é chifrudo e é chamado de palhaço


Leandro Calixto: As lixeiras de 2 mil reais do Detran paulista

"Passe mostarda na sua queimadura”: trabalhadores protestam contra o McDonald’s

Por que 'só' chove no fim de semana? Especialista explica

Quer jornalismo sério sobre a crise hídrica? Vá aos sites de meteorologia!

Amanda sobre a rival, Aline: "Mano, a Aline já colocou teta"

Suspeito de estuprar jovem em estação do metrô é preso em SP

Geólogo diz ter prova de que Jesus foi enterrado junto com filho e esposa

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O que você vê acima são títulos de artigos ou manchetes, publicadas em diferentes sites e portais informativos da internete, hoje, ou em  poucos dias atrás.

De saída, um policial nos EUA, supostamente a lei contra a barbárie, atira oito vezes em um homem desarmado e pelas costas.

Essa lei, também aqui no Brasil, tem muitos defensores, até mesmo magistrados midiáticos empenhados em suas escaladas pessoais, que desejam mudar a constituição do país para acabar com a presunção de inocência de pessoas acusadas  de crimes. Isso significa , que uma acusação ainda sem a devida comprovação, poderá levar os acusados para a cadeia, em um regime de tortura física e psicológica de maneira que os acusados venham a confessar seus crimes, caso as acusações sejam verdadeiras, ou, dependendo da tortura que venham a sofrer, confessar crimes que não cometeram para, com isso, saciar a sanha da "justiça isenta" e conseguirem o abrandamento das violências sofridas.
Mesmo que tais normas ainda não tenham validade legal no pais, estão sendo aplicadas de forma escancarada por juízes - sabe-se lá com que motivações, interesses ou mesmo orientações - em uma afronta ao estado de direito.
Recentemente o Poder Judiciário puniu e afastou - por conduta irregular para um magistrado - o juiz que estava a frente do caso do empresário Eike Batista. 
Espera-se, ansiosamente, que o Judiciário faça o mesmo com o juiz Sérgio Moro.

Enquanto isso, ONU pede que comunidade internacional tenha coragem para atuar diante das atrocidades.
Que comunidade ?
A mesma que em nome da liberdade e da  democracia responde com barbárie e atrocidades às atrocidades do mundo civilizado e próspero ?

No lixo do mundo, o DETRAN de São Paulo adquire lixeira no valor de 2 mil reais.
Talvez, em casas de endinheirados excêntricos que almejam o status de celebridade midiáticas, tais lixeiras tenham esse valor,ou até mais caras. 
Em se tratando de DETRAN...

Já no debate político, o presidente do PT do RJ acusou o deputado machão Bolsonaro de chifrudo, que rebateu e acusou
o petista de palhaço.
Chifrudos ou não, o fato é que a lona está armada, respeitável leitor.
O machão, agora também chifrudo, se sentiu discriminado pelo fato de um deputado  se recusar a sentar ao seu lado em um avião.
Bolsonaro defende uma idéia, que deseja levar ao plenário da Câmara, para que o sangue usado em transfusões tenha uma identificação quanto a opção sexual.
Ou seja, teremos sangue de gay, de lésbicas e provavelmente também de chifrudos, e com certeza avançaríamos  e evoluiríamos para sangue branco, preto, indígena, magro, gordo, careca, peituda, bunduda, inteligente, culto, celebridade, militar, clérigo, etc.
O paciente terá  um cardápio variado para escolher o sangue que deseja receber.
Lembrar ao deputado que a ONU pede à comunidade internacional coragem para lutar contra atrocidades, mesmo aquelas oriundas de afiados chifres.

No mundo do trabalho, onde os direitos estão cada vez mais precarizados e o trabalhador vem se transformando em um objeto a ser negociado para empresas interessadas, a maior rede fast food fuck you do planeta, o McDonad's - que tem um palhaço como marca - diz aos seus funcionários que sempre ao sofrerem queimaduras - e as queimaduras acontecem com frequência devido as características do trabalho - que passem mostarda no local do acidente. 
Com cebola ,picles e gergelim , além da mostarda,  a carne já fica mais tempero.

A ONU pede à comunidade internacional coragem para atuar diante das atrocidades.

Enquanto a comunidade internacional se organiza, um especialista em clima explica porque só chove nos finais de semana, justo nos dias de descanso dos trabalhadores.
Não sei em que planeta esse especialista vive, mas outra manchete alerta aos leitores que informações confiáveis sobre a crise hídrica somente em sites de meteorologia.
De fato, para se ter informações confiáveis sobre clima , tempo e a crise hídrica que assola o sudeste do país, os sites de meteorologia são os mais confiáveis, apesar de os meteorologistas estarem invadindo as mídias, assim como fizeram, tempos atrás, os médicos com suas informações enviesadas em defesa dos interesses da indústria farmacêutica. 
Essa invasão de meteorologistas, mulheres em sua maioria bem talhadas e com apelo visual midiático, tem produzido, em tempo de seca no país, uma enxurrada de informações  que, assim como os atuais desembaraçados médicos midiáticos, parece atender prioritariamente interesses políticos, em detrimento da ciência.

No clima, a teta artificial também é notícia, já que a indústria da beleza e da estética não permite pessoas normais e, assim sendo, as mortes com o uso indiscriminado de substâncias para atingir o padrão ideal tem crescido nos últimos anos, assim como os estupros de mulheres como o corrido em uma estação do metrô em São Paulo .
Diante de tantas atrocidades a ONU pede coragem à comunidade internacional.

Coragem que teve o cientista, que depois de anos de pesquisas 
diz ter provas irrefutáveis de que Jesus foi enterrado junto com o filho e a esposa.
A se confirmar a descoberta, o cientista pode ser vítima da comunidade internacional que a ONU  pede para ter coragem para atuar diante das atrocidades.

São as opiniões e suas diferenças, que o corajoso JORNAL DO BRASIL - que não se situa no universo de sujos, limpos e golpistas - apresenta como manchete de sua primeira página de hoje, como pode ser lido ao final deste texto.

A velha imprensa, no Brasil e no mundo, tem lado e opinião.

Imagine se os 147 mortos no ataque a universidade do Quênia, tivessem morrido na Inglaterra, na França, ou na Alemanha, por exemplo, para citar apenas alguns países.
O assunto seria explorado por semanas, com textos e mais textos de indignação e, certamente, não faltariam na população também indignada, campanhas com I am,  Je suis e Ich bin, respectivamente. 
No entanto foi no Quênia, um país africano, e os mortos são um problema social do presente e uma ameça ao futuro, segundo a lógica ocidental, democrática, civilizada e próspera.

A ONU pede...
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As diferenças de opinião

Só quando interessa

Obama adverte Putin, defendendo a soberania de um povo



Netanyahu adverte Obama contra acordo com Irã. Ele não quer a paz


Governo britânico acha Brasil perigoso, mas seus jovens é que se tornam terroristas











Ataque mata 147 jovens em universidade no Quênia. 
E se fosse em outro país?








Fonte: JORNAL DO BRASIL



terça-feira, 7 de abril de 2015

Sou RADICALMENTE contra ser RADICAL

Quem paga os blogueiros “limpos”?

apartheid
(Ponto de ônibus na África do Sul durante o apartheid, regime racista apoiado pelo grupo Naspers, sócio da editora Abril. Foto: Joanne Rathe/Boston Globe)
Há um mês, desde que anunciei a independência deste blog, tenho sido atacada sem trégua nas redes sociais por direitistas que me acusam de “receber dinheiro do governo” por conta de um convite que recebi para trabalhar na TV Brasil. Eu, jornalista reconhecida, com passagem pelos principais veículos de comunicação brasileiros, havia sido convidada para integrar a bancada de um programa de entrevistas –assim como acontece com vários jornalistas da revista Veja que atuam na TV Cultura, emissora estadual gerida pelo PSDB, mas isso eles não criticam. Por circunstâncias pessoais, tive que passar uma temporada em São Paulo e não foi possível que o contrato se concretizasse. Ou seja, nada recebi nem receberei da TV Brasil. Os difamadores (entre eles uma apresentadora de TV reacionária) responderão na Justiça pelas calúnias.
Vários colegas blogueiros que recebem publicidade governamental continuam, porém, a ser difamados pelos pitbulls que escrevem blogs de direita, como se todos os jornais, revistas e TVs do País não fizessem o mesmo. A comparação, inclusive, é absurda, porque enquanto a velha mídia recebe bilhões, os blogueiros de esquerda ficam com tostões (confira aqui). Mas eu queria chamar a atenção para um aspecto: será que os patrões dessa gente que acusa a esquerda de receber dinheiro em troca de opinião são melhores que o governo, qualquer um? Será que o dinheiro que eles embolsam todo mês é “mais limpinho”? Quem, afinal, paga os blogueiros de direita? Se eles acham que ideologia se vende, para quem eles vendem a sua?
Os patrões dos blogueiros “limpos” são:
– CÚMPLICES DA DITADURA MILITAR: absolutamente todos os meios de comunicação para quem esse povo trabalha apoiaram a ditadura militar no Brasil e na América do Sul. São, portanto, cúmplices das torturas, assassinatos, sequestros e desaparecimentos que ocorreram naquele período.
estadaogolpe
 LATIFUNDIÁRIOS: o grupo Bandeirantes, um dos mais reacionários do país, possui 16 fazendas apenas em São Paulo, segundo denunciou o deputado federal Dr. Rosinha em 2009. Em 1985, uma das fazendas dos donos da Band foi desapropriada pelo Incra, a primeira desapropriação feita em Minas Gerais para a reforma agrária. A emissora, aliás, presta homenagem em seu próprio nome aos bandeirantes, notórios assassinos de índios e antepassados da retrógrada elite paulistana.
 LIGADOS ÀS OLIGARQUIAS POLÍTICAS: afiliadas da Globo, Record, SBT e Band em vários Estados são de propriedade das oligarquias políticas que os blogueiros “limpos” dizem combater, como José Sarney, Fernando Collor, Jader Barbalho e Renan Calheiros.
 GENTE COM DINHEIRO ESCONDIDO NA SUÍÇA: os nomes dos proprietários da Folha de S.Paulo, da Globo e da Bandeirantes aparecem entre os brasileiros quepossuem conta na Suíça. Isso não é crime? Talvez. Mas eu não tenho conta na Suíça, você tem?
– DEFENSORES DA CENSURA: ironicamente, João Jorge Saad, fundador da rede Bandeirantes, que volta e meia acusa o PT de ser “contra a liberdade de expressão”, declarou, em 1972, ser favorável à censura. “Deve e precisa existir, para a defesa da família, das instituições e do menor”, disse.
 LOBISTAS DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA: as empresas jornalísticas brasileiras não se envergonham de repercutir notícias do interesse da indústria farmacêutica como se fossem “descobertas científicas”. Graças à ajuda irresponsável da mídia, o Brasil se tornou o quinto maior consumidor de remédios do mundo. É o segundo maior consumidor, por exemplo, de Ritalina, uma droga para crianças questionada por educadores e psicólogos em vários países.
 APOIADORES DO APARTHEID: os sócios sul-africanos da Editora Abril, que edita a revista Veja, apoiaram o apartheid em seu país. O jornal Die Burger, do grupo Naspers, sócio da Abril, chegou a ser o porta-voz oficial do regime racista que durou 46 anos e que manteve preso por 30 anos o líder anti-apartheid Nelson Mandela. Em 2006, o grupo adquiriu 30% das ações da Abril.
 INVESTIGADOS POR FRAUDE FISCAL: a RBS, afiliada da Globo no Rio Grande do Sul, está sendo investigada pela Polícia Federal na Operação Zelotes, que apura acusações de suborno a conselheiros da Receita para tentar anular débitos milionários de empresas com o fisco.
– ASSOCIADOS A CONTRAVENTORES: a revista Veja utilizou o bicheiro Carlinhos Cachoeira como fonte de várias reportagens, inclusive com gravações obtidas ilegalmente. “Ter um corrupto como informante não nos corrompe”, publicou odiretor de redação da revista. As relações entre a revista e o bicheiro chegaram a ser alvo de uma CPI.
 DISSEMINADORES DE IGNORÂNCIA: em vez de cumprir seu papel social de compartilhar cultura e conhecimento, a mídia brasileira, obcecada por arrancar o PT do poder, tem se notabilizado nos últimos anos por disseminar intolerância, preconceito e ignorância, por meio dos mesmos blogueiros raivosos que acusam a esquerda de receber dinheiro do governo.
Estou trilhando um caminho próprio de independência, contando apenas com as assinaturas e doações de meus leitores. Mas eu preferiria dez vezes ser paga pelo governo do que por patrões assim. Menos mal que já não preciso deles para sobreviver. Será que os blogueiros “limpos” podem dizer o mesmo?
Fonte: SOCIALISTA  MORENA
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Operação Zelotes: O Globo ainda não dedicou manchete de capa a seus maiores parceiros e patrocinadores

publicado em 06 de abril de 2015 às 22:53
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por Luiz Carlos Azenha
Um leitor nos encaminha levantamento da cobertura de uma semana do jornal O Globo sobre a Operação Zelotes, da Polícia Federal.
Neste período a Operação Lava Jato, direta ou indiretamente, mereceu três manchetes de primeira página. Três dentre dezenas nos últimos meses.
A Operação Zelotes, por outro lado, saiu em chamadas de primeira página, mas nunca na manchete principal.
Poderíamos argumentar, em defesa do jornal, que a manchete principal foi dedicada a assuntos nos quais o diário detinha exclusividade — na Zelotes, O Globo foi atropelado pelo Estadão.
Mas, se é assim, como explicar que o escândalo do HSBC, no qual o jornal dos irmãos Marinho divide exclusividade no acesso aos dados com o UOL, também não mereceu uma única manchetona de capa?
O mesmo leitor notou que o Grupo RBS, ligado umbilicalmente aos Marinho, mereceu exatamente duas menções em toda a cobertura: num texto que reproduziu a denúncia do Estadão — com direito de resposta da RBS — e num editorial.
Depois, nada, zip, zero.
É mesmo curioso observar a edição de sábado de O Globo (acima).
No alto da primeira página, uma denúncia lateral à Lava Jato, sobre suposto esquema envolvendo empreiteiras na construção de estradas. Remete à manchete da nobre terceira página, aquela que a gente abre de cara.
Enquanto isso, a Zelotes foi parar num cantinho da primeira página, remetendo a um texto no caderno de economia, página 23.
Talvez seja mera coincidência.
Talvez tenha a ver com quem são os acusados: num dos escândalos, o da Lava Jato, tem petistas envolvidos. Nos outros, ainda não.
Por outro lado, nos casos do HSBC e da Zelotes tem muita gente que frequentou ou frequenta as colunas sociais de O Globo. Para não falar na viúva de Roberto Marinho, no sócio dos Marinho no jornal Valor Econômico (o dono da Folha,beneficiário de uma conta no HSBC), na turma da RBS e nos poderosos patrocinadores.
Segundo o Estadão: Bradesco, Banco Safra, Pactual, Santander, Bank Boston, Ford, Mitsubishi, BR Foods, Petrobras, Gerdau, RBS, Camargo Corrêa e Light.
A inapetência para o assunto talvez tenha relação com o imenso telhado de vidro das Organizações Globo quando se trata de sonegação fiscal.
Afinal, a empresa foi acusada por um auditor da Receita Federal de montar um esquema com empresa de fachada num refúgio fiscal — a Empire, nas ilhas Virgens Britânicas — com o objetivo de sonegar impostos na compra dos direitos de TV das Copas de 2002 e 2006, esquema pelo qual os irmãos Marinho foram multados em mais de R$ 600 milhões. Bota telhado de vidro nisso!
Acredito que O Globo ainda merece o benefício da dúvida.
Quando eu trabalhava na Globo, a gente media o interesse dos donos da empresa por este ou aquele assunto a partir dos recursos humanos e materiais dedicados pela empresa às investigações.
Quando investiguei caixa dois do PT em Goiânia, viajei com um dos melhores produtores da emissora, tive tempo e recursos à vontade. Quando investiguei as ambulâncias superfaturadas no Ministério da Saúde, o que poderia respingar no tucano José Serra, não pude viajar nem até Piracicaba. Foi tudo feito por telefone!
Se O Globo destacar seus mais competentes profissionais para investigar a relação entre a RBS e o Fisco, aí meu amigo terá cometido uma grande injustiça com o diário carioca.
Fonte: VIOMUNDO
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Quem paga os blogueiros "limpos " ?
Pergunta título do ótimo texto  acima de SOCIALISTA MORENA
Globo ainda não dedicou manchete de capa a seus maiores parceiros e patrocinadores
Título do texto seguinte de VIOMUNDO.
Os "limpos" certamente são pagos pelos patrocinadores  , citados acima, flagrados na operação Zelotes.
Nós, "sujos", não recebemos dinheiro de ninguém - no meu caso ainda estão roubando o meu raso e escasso  - já os "limpos" recebem dinheiro de empresas corruptas e sonegadoras de impostos.
Como sempre acontece no discurso dos "limpos", a realidade  é apresentada de forma invertida.
Será devido ao fato de que eles, os "limpos", na realidade são os verdadeiros sujos, e nós, os "sujos", somos de fato os limpos?
É bem provável , ou melhor, é certo.

Ainda paira sobre os ombros  dos "sujos" a acusação de que somos radicais e incitamos todo tipo de radicalismo.
No caso do PAPIRO, tenho a dizer que somos  radicalmente contrários a qualquer tipo de radicalismo, no entanto , quando os assuntos em questão são a  democracia, a liberdade de expressão, os direitos dos humanos, a defesa do estado de direito, e muitos outros mais, nossas  ações  serão sempre radicais.
O paradoxo do radicalismo rejeita expressões radicais e  violentas, porém  não exclui a ação radical  e nem  a desobediência civil, desde que empregados de forma responsável e consciente. Foi com a desobediência civil, responsável e consciente, e um verniz de radicalismo, que Gandhi conduziu a independência da Índia.
No momento atual do Brasil, o radicalismo se expressa de forma irresponsável e até mesmo inconsciente em uma grande parcela da população  que diariamente tem sido conduzida pelo aparato midiático reacionário e anacrônico, em um surfar bovino e acéfalo incitado para atender interesses estranhos  e nocivos à maioria da população brasileira. Esse tipo de radicalismo que prioriza a força e a violência, rejeitando quaisquer soluções de debates ,diálogos, e regras do jogo democrático deve ser combatido, de forma radical, em nome da democracia , do estado de direito e das liberdades civis.
Assim sendo, os textos acima de SOCIALISTA MORENA e VIOMUNDO, são expressões naturais e saudáveis de combate a um radicalismo que mente, omite, distorce, manipula, imagina, constrói  e inventa diariamente notícias sempre com o objetivo de criar um clima propício para que consciências frágeis possam sofrer  as dissonâncias desejadas e atuar em prol de interesses que , uma vez consolidados, trarão enormes prejuízos para toda a população brasileira, incluindo, até mesmo, as frágeis consciências instrumentalizadas em prol de tais interesses.

Amnésia no PIG

O Brasil que não enxerga o seu lugar

Em 2010, a velha mídia tentou demonstrar que o governo havia cometido uma petulância em negociar com o Irã. Hoje teriam de reconhecer que Lula acertou


Há cinco anos, em maio de 2010, o Brasil subverteu a hierarquia mundial e se uniu à Turquia para firmar com o Irã, no dia 17 daquele mês, a Declaração de Teerã. Era o desfecho bem sucedido de uma intensa negociação para superar o impasse gerado pela determinação iraniana de dispor de urânio enriquecido para fins pacíficos, e o veto israelense-americano às pesquisas, que levariam, segundo esse ponto de vista, à bomba atômica.EBC

A negociação consistiu em estabelecer salvaguardas de controle sobre o urânio enriquecido, de modo a assegurar o direito iraniano à pesquisa e impedir o uso bélico desse material.

O veto dos EUA pôs a perder os esforços do Itamaraty e a mídia local festejou o ‘fracasso de Lula’ em criar um espaço de confiança e cooperação para abafar os tambores da guerra no Oriente Médio.

A torcida contra da mídia, algo grotesca, tinha objetivo claro: impedir que o governo Lula levasse mais esse trunfo ao escrutínio eleitoral que decidiria a sucessão entre o tucano José Serra e a então ministra Dilma Rousseff, meses depois.

Um gigantesco esforço de ‘jornalismo isento’ foi feito então, em parceria com a nafitalina tucana egressa do Itamaraty, para demonstrar que o governo Lula havia cometido uma petulância e deveria voltar aos trilhos. Talvez fosse melhor dizer à canga, renunciando a uma política externa de soberania frente à Casa Branca.

Na semana passada, após cinco anos de cerco e restrições impostas à população iraniana, levando a um aumento da tensão bélica na região, o governo Obama fechou um acordo com Teerã baseado exatamente no principal alicerce da Declaração de maio de 2010: a confiança ancorada em regras de transparência para conciliar o uso pacífico da energia nuclear à segurança anti-armamentista.

À exceção de um jornalista –Clóvis Rossi--  a mídia isenta declinou de reconhecer o acerto do pioneirismo brasileiro escarnecido na época como mais um sinal de que sob o governo do PT, o Brasil perdera o senso do seu lugar no mundo.

À época, Carta Maior publicou uma análise de José Luís Fiori que reverbera sua atualidade num momento em que o jogral midiático tenta, de novo, criar um consenso de que o Brasil é um esférico fracasso econômico. E deveria voltar aos trilhos do neoliberalismo pelo bem ou pelo golpe.

Nada como o tempo. Leiam a seguir o artigo de Fiori.

Um acordo e seis verdades:

“A mediação bem sucedida de Lula com o Irã alçaria Brasil no cenário mundial.”
O Globo, domingo, 16 de maio de 2010, p:38

Na terça feira, 18 de maio de 2010, foi assinado o Acordo Nuclear entre o Brasil, a Turquia e o Irã, que dispensa maiores apresentações. E como é sabido, quarenta e oito horas depois da assinatura do Acordo, os Estados Unidos propuseram ao Conselho de Segurança da ONU, uma nova rodada de sanções ao Irã, junto com a Inglaterra, França e Alemanha, e com o apoio discreto da China e da Rússia. Apesar da rapidez dos acontecimentos, já é possível decantar algumas verdades no meio da confusão:

1. A iniciativa diplomática do Brasil e da Turquia não foi uma “rebelião da periferia”, nem foi um desafio aberto ao poder americano. Neste momento, os dois países são membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU, e desde o início contaram com o apoio e o estímulo de todos dos seus cinco membros permanentes. Além disto, a diplomacia brasileira e turca manteve contato permanente com os governos destes países durante todo o processo das negociações. A Turquia pertence a OTAN, e abriga em seu território armas atômicas norte-americanas. E o presidente Lula recebeu carta de estímulo do presidente Barack Obama, duas semanas antes da assinatura da visita de Lula, e a Secretária de Estado norte-americana declarou – na véspera do Acordo - que se tratava da “última esperança” de solucionar de forma diplomática a “questão nuclear iraniana”.

2. O que provocou surpresa e irritação em alguns setores, portanto, não foram as negociações, nem os termos do acordo final, que já eram conhecidos. Foi o sucesso do presidente brasileiro que todos consideravam impossível ou muito improvável. Sua mediação viabilizou o acordo, e ao mesmo tempo descalçou a proposta de sanções articulada pela Secretaria de Estado norte-americana depois de sucessivas concessões à Rússia e à China. E alem disto, criou uma nova realidade que agora já escapou ao controle dos Estados Unidos e seus aliados, e também do Brasil e da Turquia.

3. A reação americana contra o Acordo foi rápida e ágil, mas o preço que os Estados Unidos pagarão pela sua posição contra esta iniciativa pacifista será muito alto. Perdem autoridade moral dentro das Nações Unidas e perdem credibilidade entre seus aliados do Oriente Médio, com a exceção de Israel, por razões óbvias. E já agora, passe o que passe, o Brasil e a Turquia serão uma referência ética e pacifista, em todos os desdobramentos futuros deste contencioso.

4. Existe consenso que a estrutura de governança mundial estabelecida depois da II Guerra Mundial, e reformulada depois do fim da Guerra Fria, já não corresponde à configuração do poder mundial. Está em curso uma mudança na distribuição dos recursos do poder global, mas não se trata de um processo automático, e dependerá muito da capacidade estratégica e da ousadia dos governos envolvidos neste processo de transformação. O Oriente Médio faz parte da zona de segurança e interesse imediato da Turquia, mas no caso do Brasil, foi a primeira vez que interveio numa negociação longe de sua zona imediata de interesse regional, envolvendo uma agenda nuclear, e todas as grandes potências do mundo. A mensagem foi clara: o Brasil quer ser uma potencia global e usará sua influencia para ajudar a moldar o mundo, além de suas fronteiras. E o sucesso do Acordo já consagrou uma nova posição de autonomia do Brasil, com relação aos Estados Unidos, Inglaterra e França, e também, com relação aos países do BRIC.

5. O Acordo seguirá sendo a melhor chance para prevenir um conflito militar em todo o Oriente Médio. As sanções em discussão são fracas, já foram diluídas, não são totalmente obrigatórias, e não atingirão a capacidade de resistência iraniana. Pelo contrário, se foram aprovadas e aplicadas, liberarão automaticamente o governo do Irã de qualquer controle ou restrição, diminuirão o controle norte-americana e da AIEA e acelerarão o programa nuclear iraniano, e aumentarão a probabilidade de um ataque israelense. Porque os Estados Unidos já estão envolvidos em duas guerras, e não é provável que a OTAN assuma diretamente esta nova frente de batalha, a despeito do anti-islamismo militante, dos atuais governos de direita, da Alemanha, França e Itália.

6. Por fim, o jornal O Globo foi quem acertou em cheio, ao prever - com perfeita lucidez - na véspera do Acordo, que o sucesso da mediação do presidente Lula com o Irã projetaria o Brasil, definitivamente, no cenário mundial. O que de fato aconteceu, estabelecendo uma descontinuidade definitiva com relação à política externa do governo FHC, que foi, ao mesmo tempo, provinciana e deslumbrada, e submissa aos juízos e decisões estratégicas das grandes potências. 

Fonte: CARTA MAIOR
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Lembro que na ocasião, em 2010, alguns especialistas da velha mídia repetiam que Lula era ingênuo, inocente, em questões com as quais o governo brasileiro se envolveu.

Tais declarações dos especialistas mídiaticos nada mais eram que repetições da declaração da então secretária de estado dos EUA, Hilary Clinton, de que Lula seria bem intencionado, mas estaria sendo enganado pelo presidente do Irã. 
Hoje, os mesmos especialistas não falam nada.

Talvez sofram de amnésia de um passado próximo, estando as lembranças de um passado distante bem preservadas, haja visto os movimentos golpistas em curso.

Eita turma grotesca e escrota , esse pessoal da velha mídia.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Panelas todas sujas. E agora ?

Discurso que demoniza o Estado e o PT como origem de todos os males do Brasil naufraga com Operação Zelotes e lista do HSBC, que escancaram mega rede de sonegação e corrupção composta de grandes bancos, setores da mídia e paladinos da eficiência privada, como Jorge Gerdau. 
Qual será o 'apelo' do protesto conservador dia 12?

Fonte: CARTA MAIOR
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Tio de Aécio cai na rede do Suiçalão!

vale_lagrimas













Fonte: O CAFEZINHO
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Altamiro Borges:

Falsos moralistas, abatidos 
um a um, escapam das 
manchetes dos jornalões
publicado em 06 de abril de 2015 às 09:01
Os mosqueteiros da éticaDemóstenes foi o primeiro da turma a exibir seu telhado de vidro

domingo, 5 de abril de 2015
Imbassahy, o casto, e a grana do metrô!
Por Altamiro Borges

A vida dos falsos moralistas não está nada fácil. Num dia eles posam de éticos; no outro, são denunciados por supostas falcatruas. Antônio Anastasia, chefão da campanha do cambaleante Aécio Neves, Agripino Maia, presidente nacional do DEM, e Ronaldo Caiado, o senador demo-ruralista, tiveram suas fantasias udenistas rasgadas recentemente. Já neste domingo (5), a Folha tucana informa que “empreiteiras são acusadas de desvios no metrô de Salvador”. Sem manchete de capa ou título garrafal, a matéria revela que a roubalheira teve início na gestão de Antônio Imbassahy, ex-prefeito da capital baiana. Atualmente, o famoso “carlista” é líder da bancada federal do PSDB e uma das vozes mais estridentes do parlamento no combate à “corrupção petista”. Haja cinismo!

Segundo a matéria, “empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras também foram acusadas pelo Ministério Público Federal de terem superfaturado o metrô de Salvador em 1999, maior obra da gestão do atual vice-presidente da CPI da Petrobras, deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA), à época prefeito da capital baiana. O TCU (Tribunal de Contas da União) detectou sobrepreço de ao menos R$ 166 milhões, em valores da época, e responsabilizou gestores indicados por Imbassahy... Irregularidades nas obras levaram o Ministério Público a mover duas ações – que acabaram suspensas porque o Superior Tribunal de Justiça considerou ilegais os grampos telefônicos da Operação Castelo de Areia e derrubou o caso. O Ministério Público, porém, recorre no Supremo Tribunal Federal”.

As obras do metrô baiano foram executadas por um consórcio formado pela Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Siemens. “Mas documentos apreendidos apontam ainda, segundo a investigação, que foi formado um consórcio oculto com outras empreiteiras que também participariam das obras: Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Constran e Alstom. Dessas, só a Alstom não aparece como associada ao ‘clube’ da Lava Jato, mas é apontada como integrante de cartel no Metrô de São Paulo... Nas eleições do ano passado, Antônio Imbassahy recebeu doações de R$ 30 mil da Braskem, empresa ligada à Odebrecht, R$ 250 mil da OAS e R$ 76,8 mil da UTC. A CPI da Petrobras, que já tem mais de um mês de funcionamento, não aprovou nenhum requerimento para convocar representantes dessas empresas ou para quebrar sigilos delas”. Pura coincidência!

As denúncias sobre desvio de dinheiro público nas obras do metrô de Salvador são antigas. Mas elas nunca foram investigadas. As empreiteiras levaram 14 anos para entregar apenas 7,5 quilômetros de trilhos e consumiram mais de R$ 1 bilhão na suspeita construção. O ex-prefeito Antônio Imbassahy, responsável pelas obras, sempre ficou impune e hoje se traveste de paladino da ética. A sorte dos udenistas de plantão é que eles contam com a seletividade da mídia e com a parcialidade da Justiça. Mas um dia a casa cai!

Fonte: Blog do Miro

PS do Viomundo: O tucano é vice-presidente da CPI da Petrobras!
Fonte: VIOMUNDO
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Aldeia Gaulesa: 

RBS passa de pedra a 

vidraça, suspeita de pagar 

R$ 15 milhões  para se livrar de 

dívida de R$ 150 milhões

publicado em 06 de abril de 2015 às 13:33
rbs
De pedra a vidraça: RBS é investigada por esquema milionário de fraude
Fonte: VIOMUNDO
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RBS sonegava sem saber. Haja caradura!

Por Altamiro Borges

A poderosa RBS, afiliada da TV Globo no Rio Grande do Sul e Santa Catarina e dona do jornal Zero Hora – entre vários outros veículos de comunicação –, está na berlinda. Ela foi uma das 12 grandes empresas flagradas pela Polícia Federal subornando conselheiros da Receita Federal para sonegar impostos. Segundo as provas já coletadas pela “Operação Zelotes”, ela devia R$ 672 milhões ao Fisco, mas pagou propinas para se livrar da cobrança. Descoberta na fraude fiscal, num primeiro momento ela jurou inocência: “A RBS desconhece a investigação e nega qualquer irregularidade em suas relações com a Receita Federal”. Na semana passada, porém, ela mudou de versão na maior caradura.

Duda Sirotsky, neto do fundador do grupo e seu atual presidente, garante agora que a culpa pela fraude fiscal foi de um escritório de advocacia. Segundo relato do repórter Renan Antunes de Oliveira, o empresário iniciou na quarta-feira (1) um giro de emergência entre as filiais da RBS para explicar o escândalo e conter os danos à imagem da empresa. Para os funcionários de Florianópolis, Duda Sirotsky afirmou que “a Receita Federal deve estar falando de uma operação que fizemos com a Telefônica”, supostamente em 2011 – a RBS e a multinacional espanhola já foram associadas.

“Duda disse aos empregados que o grupo não agiu por mal: ‘Nós apenas contratamos, inadvertidamente, um dos escritórios de advocacia hoje identificado como sendo de lobistas que subornavam conselheiros do Carf’, o que teria dado margem às acusações contra a RBS. Os empregados ouviram Duda sem questioná-lo. Tudo explicado, ele uniu as duas mãos e implorou: ‘Por favor, acreditem: eu não sabia de nada’”, descreve o jornalista Renan Antunes. A cena deve ter sido um bocado patética. Será que os “repórteres investigativos” do grupo acreditaram na história?

Os veículos da RBS adoram julgar e condenar seus adversários políticos, sempre posando de paladinos da ética. Durante a gestão de Tarso Genro (PT), eles se transformaram no principal partido de oposição ao governador gaúcho. Não deram trégua um segundo, sempre levantando suspeitas e promovendo intrigas. Agora, a RBS está na berlinda. Caso ainda haja Justiça no Brasil, os seus proprietários deverão ser convocados para explicar a milionária sonegação e poderão repetir: “Por favor, acreditem: eu não sabia de nada”. Será que a afiliada da TV Globo transmitirá ao vivo o cômico julgamento? O jornal Zero Hora estampará mais uma de suas manchetes sensacionalistas?

Em tempo: O sempre antenado Fernando Brito, do blog “Tijolaço”, apimentou ainda mais este escândalo. Ele descobriu que Armínio Fraga, o mentor neoliberal dos tucanos, tem fortes ligações com o império sonegador de impostos. “É que a RBS tem um sócio especializado, justamente, em operações financeiras: a Gávea Investimentos, de Armínio Fraga, ex-quase-futuro Ministro da Fazenda de Aécio Neves. Em 2008, Fraga comprou 12,6% do capital do grupo gaúcho, por valor não revelado. Passou a ser, portanto, beneficiário direto de anulação de débitos fiscais”. E não são “debitinhos”, não. R$ 672 milhões é mais que todo o ativo da holding RBS Participações apurado em suas demonstrações contábeis de 2013”.


Armínio Fraga também será convocado para depor sobre a escandalosa fraude fiscal? A conferir!

Fonte: Blog do Miro
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A Utopia do Resgate do Charmoso











FLA - FLU

E ontem aconteceu mais um Fla-Flu.

Como dizem os nossos alegres jornalistas esportivos, o Fla-Flu é o clássico mais charmoso do Brasil.
Também dizem que o Campeonato Carioca, que não mais existe desde 1975, também é o mais charmoso do país.
Tudo é charmoso na nossa alegre imprensa esportiva do estado do Rio de Janeiro, já a realidade ...
Foi um jogo marcado por uma semana de polêmicas, envolvendo as brigas , justas, que Fluminense e Flamengo travam com a Federação de Futebol do Estado do  Rio de janeiro, entidade responsável pela organização (?) do campeonato fluminense de futebol.
O Flamengo venceu e devolveu o placar de 3 x 0 que levou  para o mesmo Fluminense no campeonato do ano passado.
Fla-Flu é assim mesmo, toma lá dá cá.
Na história dos clássicos o Flamengo leva vantagem sobre o Fluminense em vitórias, porém quando o assunto vai para os jogos decisivos entre os dois clubes, o Fluminense ganha de goleada.
Fla-Flu é assim mesmo, equilibrado.

O JOGO


Após o jogo, um dirigente do tricolor ocupou o espaço normalmente destinado ao treinador para a entrevista coletiva.

Reclamou com razão da arbitragem que mais uma vez prejudicou o Fluminense neste campeonato e perguntou aos jornalistas presentes se alguma vez já tinham presenciado a expulsão de um jogador de ataque, ainda nos primeiros 30 minutos de jogo.
Não lembro, no entanto o jogador do tricolor expulso, Fred, ao longo de seus anos no Fluminense já foi expulso várias vezes, inclusive em um jogo decisivo pela Copa Sul Americana, em 2009, quando o Fluminense vencia o jogo por 3x0, com o adversário com um jogador a menos, e bastava um gol mais  para o tricolor conquistar um placar que poderia garantir o título da competição, quando Fred foi expulso por reclamação.
No ano passado, contra o Grêmio, em Porto Alegre,pelo campeonato brasileiro, Fred também foi expulso se envolvendo em confusão com o jogador Pará, que não foi expulso e tirou Fred do jogo, assim como fez ontem.
Logo, o dirigente tricolor acerta quando reclama da arbitragem, mas erra quando omite que jogadores importantes do time cometem erros infantis e são expulsos.
O Fluminense perdeu o jogo de ontem não foi por causa da expulsão de um dos seus principais jogadores ainda no primeiro tempo. 
Perdeu o jogo , porque já tinha perdido outros três jogos ao longo campeonato, sendo dois jogos para times de menor investimento.
Isso significa que o novo treinador do Fluminense terá muito trabalho para formar um time competitivo e que possa disputar títulos das competições que ainda disputará este ano.
O que se desenha no horizonte tricolor, é um cenário conhecido, onde o torcedor tricolor ficará satisfeito se o time não cair para segunda divisão do campeonato brasileiro.
O treinador, para montar um time competitivo, deverá usar o que tem de melhor, independente do tempo de casa , nome, fama e salários de alguns jogadores do elenco.
Uma tarefa difícil, porém não é  impossível.

A  POLÊMICA


Toda polêmica na semana que antecedeu o jogo, se deu por conta da punição que sofreu o treinador do Flamengo.
Vanderlei foi suspenso pelo Tribunal de justiça Desportiva do Rio de janeiro , por dois jogos, por ter criticado um artigo do regulamento do campeonato fluminense de futebol.
Uma punição absurda, um retrocesso.
Não há nada de errado em criticar leis e regulamentos, o erro existe quando as leis e regulamentos deixam de ser cumpridos.
Vanderlei e o Flamengo cumpriram o regulamento.
Os empresários de transporte coletivo rodoviário do estado do Rio de Janeiro, criticam abertamente a lei que autoriza a gratuidade no transporte para idosos acima de 65 anos e crianças com uniforme escolar da rede pública. 
No entanto cumprem  mais ou menos a lei.
Outras leis são criticadas e ainda existe no imaginário das pessoas a expressão que diz, que  ' essa lei não vai pegar '
Assim a decisão em punir o treinador do Flamengo é um tremendo retrocesso, porém nossa alegre imprensa esportiva ficou ao lado de Vanderlei ( será que ficou mesmo ? ) e, ontem, durante as alegres transmissões das diferentes emissoras de rádio, ouvimos muitas críticas a Federação de Futebol do RJ, principalmente por conta da organização do campeonato fluminense de futebol.
Na rádio Tupi, que se auto intitula super rádio, um comentarista experiente disse que Vanderlei não deveria ter criticado um regulamento que foi aprovado em reunião por todos os clubes e , ainda, que a diretoria do Flamengo não deveria apoiar a atitude do treinador.
Ou seja, segundo o comentarista , não se pode ter opinião sobre uma lei,  sobre um artigo de um regulamento, etc... 
Com esse comentário, o radialista passa a ser  um forte candidato a presidência da Federação de Futebol do Rio de Janeiro.
O  principal jornal esportivo do país, o Diário Lance, trouxe um quase editorial, chamado de exclamações do editor, em que apóia a decisão de Vanderlei, no entanto, para dizer que apóia a decisão do treinador  e se posicionar em defesa da democracia, o quase editorial usou a maioria das linhas para detonar a vida profissional do treinador e por pouco sua mãe - a mãe do treinador, não a sua , caro leitor - não foi xingada pelo editor.
Ou seja, Lance disse que é isento e  democrático, mas com ressalvas.
Na maioria das emissoras a polêmica da semana colocou o foco em uma melhor forma de disputa do campeonato fluminense de futebol. 
Fugiu-se, e muito , da essência de  tudo que motivou a  polêmica com Vanderlei.
Como se sabe a imprensa tem lado, não é isenta , e boa parte da polêmica envolve a própria imprensa, já que o artigo que limita o número de jogadores juniores nos times profissionais durante os jogos do campeonato - motivo da crítica de Vanderlei - existe por influência da TV Globo emissora responsável pelos direitos de transmissão dos jogos , que deseja sempre que o clubes coloquem em campo seus principais  jogadores, o que minimiza a queda de audiência dos jogos dessa competição.
Como a posição de Vanderlei teve boa receptividade junto a opinião pública, a imprensa fez força para posar  de democrática e isenta. 
No entanto, são péssimos atores.

O  CAMPEONATO

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O campeonato carioca de futebol, que a nossa alegre imprensa diz ser o mais charmoso, deixou de existir a partir de 1975, quando , no ano anterior, ocorreu a fusão do Estado da Guanabara  - a cidade estado do Rio de Janeiro -com o estado do Rio de Janeiro. O novo estado decorrente dessa fusão, passou a ser chamado de estado do Rio de janeiro
No antigo campeonato carioca, o charmoso,  participavam somente clubes da cidade do Rio de janeiro, a exceção do Canto do Rio, da cidade de Niterói.
A antiga  e extinta FCF - Federação Carioca de Futebol - reunia os times da cidade do Rio de Janeiro.
Eram  poucos times afiliados e o campeonato tinha 12 clubes, sendo que a metade dos times participantes disputava o título da competição, pois América e Bangu, mesmo não sendo do porte dos quatro grandes disputavam e ganhavam campeonatos. 
Além disso os chamados pequenos davam muito mais trabalho aos grandes. 
A título de exemplo, no ano de 1971, em uma fórmula de disputa por pontos corridos em turno e returno, o Olaria foi o terceiro colocado.
Com a fusão do dois estados, a nova Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro - FERJ - ( todas as federações levam o nome gaúcha, paulista, mineira, paranaense, etc. Aqui não colocaram o nome fluminense ) passou a ter um infinidade de  afiliados, e os votos  dos clubes da cidade do Rio de  Janeiro, que tinham  peso na antiga  e equilibrada Federação Carioca de Futebol, se diluíram na nova FERJ, pois todos os votos dos afiliados  tem o mesmo peso. 
Tanto é assim que hoje  um time da terceira divisão do futebol do estado, que mal consegue arrumar jogadores para colocar em campo para um jogo - como foi o caso do Serrano de Petrópolis no ano passado que entrou em campo para um jogo com apenas 8 jogadores  - vota em igualdade de condições na FERJ com os grandes clubes da cidade do Rio de Janeiro.
Isso seria saudável, desejado e amplamente democrático, se os presidentes da FERJ não usassem o cargo para projetos pessoais e atuassem para o bem do futebol. Isso é uma utopia.
Tanto é assim que o antecessor do atual presidente ,conhecido com Caixa D'água, Eduardo Vianna, já falecido, disse em entrevista ao jornalista Sérgio Du Bocage  em uma mesa redonda na TV Brasil, que tinha a maioria dos clubes pequenos em sua mão, em função de favores que prestava a esses clubes na organização das competições, e com isso jamais seria derrotado em uma eleição para a presidência da FERJ.  Eduardo Vianna, que era doutor  em Filosofia e professor universitário, citou diversas vezes Maquiavel para justificar suas teses. Saiu da presidência da FERJ somente quando veio a falecer.
Já o futebol do novo estado do Rio de janeiro depois da fusão pouco evoluiu nesses quarenta anos.
Hoje, somente um time do interior, o Macaé, disputa a segunda divisão do campeonato brasileiro. 
Enquanto isso, os grandes times  da cidade do Rio de Janeiro, vivem as voltas com possibilidade de queda para a segunda divisão do campeonato brasileiro, o que tem acontecido com frequência. 
O campeonato carioca, o charmoso, não mais existe, no entanto pode ser resgatado com a criação de uma Liga Carioca de Futebol. 
Uma tarefa difícil, já que até mesmo entre os grandes clubes da cidade do Rio de Janeiro, alguns grandes  se aproveitam de brigas com a Federação para ficar ao lado da Federação contra seus parceiros de interesse e, com isso, quem sabe, auferir algumas vantagens adicionais no jogos.
Haja penalty nos acréscimos.
A cidade do Rio de Janeiro tem hoje 15 clubes inscritos  - pode ser um pouco mais - nas primeira e segunda divisões do campeonato fluminense de  futebol.
O brioso Campo Grande, vai tão mal das pernas que não disputará nem a terceira divisão.
Cabe lembrar, que a terceira divisão do futebol do estado, tem um número absurdo de jogos definidos por WO
Voltando a Liga Carioca, de saída poderia ter de volta o Charmoso com duas divisões de oito clubes.
Assim, a FERJ passa, ou tenta passar ,  uma conceito para o torcedor  de que o campeonato fluminense de futebol é uma sucesso, o que não é verdade no presente  e desde a criação após a fusão dos estados.
O torcedor e aqueles que acompanham o futebol sabem que  não é verdade, e percebem uma outra realidade, até mesmo prejudicial ao futebol do Estado.
Entre a realidade desejada pela FERJ e a realidade percebida pelo torcedor , existe uma grande distância, um deserto, uma ausência de idéias e análises, local  onde se encontra a imprensa esportiva .
Uma tarefa pra lá de difícil,  essa da recuperação do Charmoso.