quinta-feira, 26 de março de 2015

Podemos tirar se achar melhor

Viral: uma barrigada na edição da Reuters sintetiza o clima nas redações do país nos dias que correm. 
'Podemos tirar se achar melhor', diz o repórter ao chefe, num recado esquecido e publicado no meio do texto da Reuters, que mencionava a criação do cartel na Petrobras em 1997, no governo FHC

Fonte: CARTA MAIOR



                                A barriga da velha mídia - charge do PAPIRO

quarta-feira, 25 de março de 2015

Águas que voltam humildes para o fundo da terra




Nível do Cantareira continua subindo e chega a 18%


Agência Brasil


Mesmo sem chuva na região dos reservatórios do Cantareira, o sistema voltou a registrar alta hoje (25), chegando a 18% da capacidade de armazenamento. Os dados são divulgados diariamente pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). É o 19º dia consecutivo em que o sistema apresenta elevação. A chuva acumulada em março, 189,9 milímetros (mm), já supera a média histórica para o mês, que é 178 mm.


Se considerada a nova forma de calcular o nível de armazenamento da represa, o percentual é 13,9%, pois considera o volume contido no sistema em relação ao volume total (volume útil somado ao volume morto). Desde o dia 17, a Sabesp passou a disponibilizar no site também essa forma de cálculo. O índice usado anteriormente relaciona o volume armazenado somente ao volume útil.


Em relação aos outros mananciais que abastecem a região metropolitana, apenas o Rio Grande registrou queda, de 98,3% para 98%. Apesar do recuo, este é o sistema com maior nível de armazenamento. Em seguida está o Guarapiranga, com 84,7% da capacidade. O nível do reservatório, que fica na zona sul, subiu 0,4 ponto percentual de ontem para hoje.

No Alto Cotia, foi registrada elevação de 0,5 ponto percentual, para 63,9%. O Rio Claro passou de 43,1% para 43,4%. Esse é o único manancial que ainda não superou a média histórica de chuva, que é 245,9 mm. O Rio Claro acumula 231,2 mm. O Alto Tietê subiu 0,1 ponto percentual e chegou a 23,1%.

Fonte: JORNAL DO BRASIL
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Que bom as chuvas terem chegado em São Paulo, fazendo subir os níveis dos reservatórios que abastecem a cidade e a região metropolitana.

Pelo menos por alguns meses o desespero pelo falta de água  foi adiado.

Espero que continue chovendo ainda por mais alguns dias nesse estágio final do período de chuvas na região.

Se isso acontecer e  se o período de chuvas se iniciar normalmente em novembro deste ano, e ainda produzir os volumes históricos para  a época chuvosa, São Paulo não só se livre de qualquer racionamento como ainda tem fôlego para investir em obras para garantir, com segurança, o abastecimento de toda a população.

Isso é bom para as pessoas que vivem na região, para  a economia do estado e do país.

No entanto, o alerta foi dado , e é importante um salto de consciência das pessoas  e dos governantes para a utilização racional e sem excessos da água, não só em São Paulo, mas em todo o país.

Aqui na cidade maravilha, a água ainda não emitiu sinais de escassez generalizada - apenas problemas pontuais -, porém ,os níveis dos reservatórios que andavam lá na rabeira , também emitem sinais de recuperação, garantindo pelo menos para esse ano  a distribuição normal tanto de água como de energia elétrica , ficando o fantasma do racionamento, a espreita, pronto para o próximo ano, caso  assim como em São Paulo, as chuvas não aconteçam no período e em volumes históricos.

Esses dados , que desenham uma realidade, não aparecem nos noticiários da velha mídia, que , ainda hoje, insiste em falar em racionamento de água e de energia elétrica para este ano na cidade maravilha olímpica.

Tanto é assim ,que esse noticiário terrorista assusta e espalha o pânico entre as pessoas que se informam ( informam ????) através do jornal nacional ,o globo e outras coisas não menos medíocres da velha mídia, a ponto de o condomínio do edifício em que resido, publicar um comunicado aos  condôminos alertando para o caos hídrico que já bate a porta de todos, pedindo, inclusive,  o uso racional da água e reparos em possíveis vazamentos que possam acarretar o desperdício do precioso líquido incolor e inodoro, pois, caso isso venha acontecer será necessária uma carreata de caminhões pipa para suprir as necessidades diárias de água de todos os condôminos.

Ora, conscientizar os condôminos sobre a questão dramática da água , não apenas no Brasil como em todo o mundo é um atitude do condomínio que merece aplausos e deve ser incentivada, no entanto deve-se buscar informações confiáveis e fidedignas sobre a situação real  do abastecimento de água e de energia na cidade e, para isso, obviamente, não será  através dos alucinados golpistas, criminosos, manipuladores e mentirosos veículos de jornalismo  de globo e da velha mídia que informações precisas  e verdadeiras serão obtidas.

Como é do conhecimento do caro leitor, o jornalismo de globo e das empresas de mídia privada, tem atuado nos últimos meses com o intuito de espalhar o caos e o pânico nas pessoas, mostrando uma realidade exagerada em que o objetivo principal é o ataque ao governo federal, ou seja, um jornalismo político empenhado em desestabilizar o país.

Ainda no comunicado do condomínio do edifício em que resido, corretamente é chamada a atenção dos ilustres condôminos para não deixar as torneiras abertas por ocasião da higiene bucal, da higiene  facial masculina, da limpeza de louças e panelas e , também , para  que se passe a tomar banhos mais comedidos e de pouca duração.

 Há também uma recomendação, em detalhe,  para os vinte litros de água  que em média são gastos por ocasião de descarga do vaso sanitário, não sei se pedindo para que os condôminos maximizem o uso da vaso sanitário, ou seja, façam sempre que possível tudo de uma vez,  ou  ainda que acumulem uma grande quantidade no vaso e depois acionem a descarga ,ou se é apenas um alerta para a quantidade excessiva de água que  se usa toda vez  para carregar  tubulação abaixo os dejetos.

A iniciativa é boa, pois conscientiza as pessoas , apesar de delírios baseados em informações falsas.

Detalhes sobre o uso de máquinas de lavar e outros mais também são citados no comunicado.

Curiosamente,o consumo de água  de partes comuns do condomínio usado para a lavagem e limpeza de automóveis de condôminos  estacionados no prédio ,não é citado no comunicado.

A não citação seria uma evidência da presença no imaginário coletivo de que o automóvel é mais importante que o Homem ?

O ideal, e isso já acontece em novas edificações, é que cada morador tenha um medidor próprio de consumo de água de sua unidade habitacional e, pague, somente, pela  água que de fato consumir.

Não é justo que residências com um, dois ou no máximo três moradores, e que tenham um consumo baixo de água, paguem o mesmo valor de residências com quatro ,cinco moradores , além de animais domésticos e uma série de outros equipamentos que fazem o consumo de água  se tornar. elevado.

A conscientização pelo uso racional da  água, como bem pode observar o caro leitor, passa por muitos aspectos, individuais e coletivos , e não deve produzir injustiças.

Conteúdo para hienas

Reuters revisa texto e Ibope revisa audiência do Jornal Nacional

publicado em 24 de março de 2015 às 16:59
reuters
Algum internauta ligado fez o printscreen acima.
No sexto parágrafo, uma anotação entre parênteses: “Podemos tirar, se achar melhor”.
Um recado interno, que obviamente não era para ser publicado.
O que poderia sair do texto da agência de notícias Reuters?
O fato de que Pedro Barusco, o delator, disse que o esquema de corrupção na Petrobras começou durante o governo de FHC.
Um dado de fato embaraçoso para FHC, que na entrevista deitou falação sobre a culpa alheia.
Horas depois a Reuters “reviu”  o texto. Felizmente, não tirou o parágrafo esclarecedor. Apenas avisou que retirava a “nota do editor”.
Pior foi o Ibope, que revisou para cima o índice de audiência do Jornal Nacional nesta segunda-feira. Na medição em tempo real o JN chegou ao piso de 18,6. Na média, 20 pontos.
A revisão do Ibope ficou bem acima da margem de erro de suas pesquisas eleitorais, de mais ou menos dois pontos percentuais.
O Ibope do JN subiu 5 pontos! Para 25 de média, contra 29 na segunda-feira anterior.
Os irmãos Marinho agradecem.
Fonte: VIOMUNDO
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A NOTÍCIA COMO ELA É

A receita da salsicha

Por Luciano Martins Costa em 25/03/2015 na edição 843 do Observatório
Comentário para o programa radiofônico do Observatório, 25/3/2015

“Os cidadãos não dormiriam tranquilos se soubessem como são feitas as leis e as salsichas.”
A frase, atribuída ao chanceler do império germânico Otto von Bismarck (1815-1898), poderia receber uma paródia muito a propósito: “Os cidadãos dormiriam mais tranquilos se soubessem como é feito o jornalismo”. Seria uma maneira de dizer que o noticiário pessimista induzido pela imprensa diariamente teria menos efeito no ânimo dos cidadãos se eles soubessem como é produzido.

Eventualmente, um vacilo da redação torna pública a manipulação de reportagens e entrevistas, como aconteceu no dia 8 de fevereiro deste ano, quando circulou nas redes sociais cópia de mensagem enviada pela diretora da Central Globo de Jornalismo, Silvia Faria, recomendando aos chefes de núcleo da emissora que retirassem qualquer referência ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso do noticiário sobre o escândalo da Petrobras.

Segundo o jornalista Luís Nassif, que divulgou o fato em seu site noticioso (ver aqui), o texto trazia como assunto: “Tirar trecho que menciona FHC nos VTs sobre Lava a Jato” (sic) e alertava: “Revisem os vts com atenção! Não vamos deixar ir ao ar nenhum com citação ao Fernando Henrique”.

A confissão explícita de que o mais influente telejornal da emissora que domina as audiências é condicionado de cima para baixo não surpreende quem sabe como a salsicha é feita: o Grupo Globo deve ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso o saneamento de suas dívidas, obtido com um empréstimo do BNDES, no valor de R$ 600 milhões, concedido em 2002, no fim do seu segundo mandato. Além disso, a parceria tem outras raízes: a jornalista que constrangeu o ex-presidente com um filho que não era dele – e que FHC, inadvertidamente, reconheceu num cartório da Espanha (ver aqui) – era funcionária da TV Globo e foi premiada com um exílio na Europa há vinte anos.

A vida privada de políticos não deveria interessar ao jornalista, desde que os eventos particulares não interfiram nos fatos públicos. Não é o caso: a cumplicidade entre a principal emissora do país e um ex-presidente que segue influenciando a política e a economia nasce de ato indecoroso do então ministro do governo Itamar Franco, acobertado pela empresa de comunicação e que, possivelmente, criou as condições para uma decisão de Estado – o favorecimento num empréstimo do banco estatal de desenvolvimento.

Autobiografia terceirizada

Nesta semana, as entranhas da salsicha midiática voltam a ser expostas à visitação pública por um ato falho do correspondente-chefe da agência de notícias Reuters, Brian Winter, que em sua edição brasileira publicou entrevista com o ex-presidente, na qual Fernando Henrique Cardoso afirma que seu sucessor, Lula da Silva, tem mais responsabilidade no escândalo da Petrobras do que a atual presidente, Dilma Rousseff.

Às 9h08 de segunda-feira (23/3), a entrevista assinada por Brian Winter trazia uma afirmação de Fernando Henrique segundo a qual a corrupção se tornou mais intensa durante o governo Lula. Mas logo adiante, no sexto parágrafo, podia ser lido o seguinte: “Entretanto, um dos delatores do esquema, o ex-gerente de serviços da Petrobras Pedro Barusco, disse que o esquema de pagamento de propinas começou em 1997, durante o governo tucano”.

A pérola é o que se segue – entre parênteses, o autor faz uma ressalva ao editor: “(Podemos tirar, se achar melhor)”. Ou seja, o jornalista inseriu informação que relativizava a declaração do entrevistado e, em seguida, recomendou que a referência à origem da corrupção na Petrobras, durante o governo FHC, fosse cortada do texto final.

Após alguma repercussão nas redes sociais, o site da Reuters republicou a entrevista, sem a recomendação de Winter, mas deixava uma pista também entre parênteses: “(Reenvia texto publicado originalmente na segunda-feira para excluir nota do editor no fim do 6º parágrafo)”.

Este observador pediu explicação à agência de notícias e até a manhã de quarta-feira (25/3) não obteve resposta.

O correspondente Brian Winter, no Brasil desde 2010, publicou quatro livros, três dos quais são biografias: uma de Pelé, outra do ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, e a terceira de Fernando Henrique Cardoso. O livro intitulado O improvável presidente do Brasil, publicado em 2007, originalmente em inglês, foi ditado pelo ex-presidente ao jornalista Brian Winter, que aparece como coautor, o que permite ao modesto sociólogo falar de si mesmo na terceira pessoa.

Deu para entender como é feita a salsicha?



Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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Tira daqui, altera dali, esconde acolá, modifica lá.

A continuar desse jeito, os conteúdos da velha mídia terão, em breve, apenas a data do dia.

E olha que a data pode ser mentirosa.

Além dos esconde esconde e põe e tira da Reuters, o IBOPE. grande IBOPE, revisou a audiência do Jornal Nacional, pois segundo o IBOPE, grande IBOPE, ocorreu uma instabilidade ( passageira ? ) nos medidores de audiência.

A instabilidade ( passageira ? ) gerada pelos equipamentos  foi, segundo o IBOPE, grande IBOPE, o responsável pelo índice de audiência  raquítico apresentado pelo Jornal Nacional.

O erro, obviamente, foi para menos, já que tal audiência registrada seria impossível em um telejornal de tamanha credibilidade e de conteúdo exemplar.

Em meio a instabilidade  dos equipamentos,  e do esconde  esconde, surge FHC, orbitando as trapalhadas  e mentiras de uma velha mídia que mergulhou  no esgoto do jornalismo de invenção.

O suposto erro do IBOPE, grande IBOPE, foi voltar atrás e produzir um índice , provavelmente mentiroso, com o intuito de preservar seu agonizante parceiro.

A queda de audiência do Jornal Nacional e de toda a programação de globo e das demais emissoras de TV aberta, é algo que já vem ocorrendo ao longo dos últimos anos. logo, o tombo abrupto do principal meio de manipulação e de  crimes contra o  Brasil, não foi fruto de nenhuma instabilidade, é incompetência de gestão.

A velha mídia despenca porque o conteúdo oferecido a população é de péssima qualidade, e somente a parcela de  hienas da sociedade  para consumí-lo.

Curta PAPIRO. 25.03.2015



Curtas

1- O Brilho do Sucesso
A pedra angular do ciclo petista é preservada: 
Dilma anuncia medida provisória que prolonga até 2019 a atual política de valorização do salário mínimo. 
Conservadorismo em peso e a e classe média tucana não engolem o símbolo mais reluzente da era petista que propiciou um ganho real de 70% ao piso do mercado de trabalho, irradiando efeitos positivos em todo o edifício salarial brasileiro.
Fonte: CARTA MAIOR


 2 - Em Defesa do Brasil
240 parlamentares lançam a Frente em Defesa da Petrobras; denunciados José Serra e a venda de ações a preço de banana em NY

Participe da campanha compartilhando informações. 
O post 240 parlamentares lançam a Frente em Defesa da Petrobras; denunciados José Serra e a venda de ações a preço de banana em NY.
Fonte: VIOMUNDO

3 - Jornalismo de Manipulação e Mentira
Erro da Reuters gera mobilização de internautas contra blindagem da mídia tradicionalEm segundo lugar nos “trending topics” do Twitter, a hashtag #PodemosTirarSeAcharMelhor ironiza a gafe da agência de notícias, que publicou uma entrevista com FHC contendo uma sugestão para que se tire a parte que menciona que o esquema de pagamento de propina na Petrobras acontecia também durante o governo tucano.
Fonte: BRASIL DE FATO

4 - Globo e IBOPE Afogados nas Margens de Erros 
Desculpe a nossa falha: 
Ibope “corrige” pesquisa e dá mais cinco pontos ao Jornal Nacional
















Fonte: TIJOLAÇO


5 - Agripino 1 milhão. O Ético












Digamos que Rui Falcão fosse acusado por um empresário de achacar R$ 1 milhão.
A gloriosa 'Folha de SP' daria isso na manchete? 
Pois a acusação, real, foi feita contra o presidente dos Demos, o impoluto Agripino Maia. 
A Folha deu na pág. 7, com título suave, sem entrevistar o acusador, só o acusado
Fonte: CARTA MAIOR


6 -  Luxa está certo. Um Ditador no Comando da FFERJ
Com problemas para montar Fla, Luxa alfineta Federação: 'Atrapalha o futebol'
Técnico comentou sobre a influência da Ferj no regulamento do Campeonato Carioca.
Fonte: LANCE

terça-feira, 24 de março de 2015

Bosta na Globo


Como dar um basta no jornalismo lixo da TV Globo?

A Rede Globo perdeu qualquer tipo de responsabilidade jornalística na difusão de seu conteúdo. 
A Globo é hoje o império da liberdade sem limites.

J. Carlos de Assis






Não me proponho contribuir para a quebra da Globo. Seria um desperdício de tecnologia em audiovisual acumulada durante décadas, a qual se tornou um patrimônio nacional de valor incalculável. Quando o senador Crivella agendou uma conversa com João Roberto Marinho na última campanha eleitoral, sugeri a ele que deveria dizer que, se eleito, se comprometeria a lutar pela consolidação do Rio como capital audiovisual da América Latina e um dos principais centros de produção de arte audiovisual do mundo. O líder seria a Globo, naturalmente, não a Record, cuja base audiovisual é São Paulo.

Acontece que os programas de boa qualidade formal da Globo, como as novelas, casos especiais, Globo Repórter, Fátima Bernardes, The Voice (não sei por que não “A Voz”) e SuperStar funcionam como uma espécie de rede física de esgoto pelo qual flui o material de má qualidade, a saber, o Jornal Nacional e, principalmente, o Jornal da Globo. Vai também junto desse lixo esse monumento à imbecilidade globalizada, o BBB Brasil, que disputa com Faustão o campeonato da idiotice, salvo apenas, no caso de Faustão, pela Dança dos Famosos, para os que tem estômago para tolerar as piadas de mau gosto do apresentador.

O lamentável é que os outros canais, como Record, Bandeirantes e SBT, não se aproveitam das falhas estruturais da Globo para lhe ocuparem o espaço jornalístico. Na Band o jornalismo é tão pobre que as notícias dos principais Estados são veiculadas por rádio, sem acompanhamento de imagem. A Record tem a sorte de ter em seus quadros um dos maiores jornalistas do Brasil, Paulo Henrique Amorim, mas também nela falta infraestrutura para o noticiário em geral. Com isso, a Globo nada de braçadas, fixando o padrão de mediocridade que move a maior parte do jornalismo de televisão.

Como colunista do Globo, privei durante quase um ano da intimidade de Roberto Marinho, o que me possibilitou conhecer bem algumas de suas facetas. Era um homem simples, sem ideologia, voltado quase exclusivamente para o jornal, não a tevê. É que, de jornal, ele acreditava entender bem – entrou na tipografia e acabou dono -, enquanto a televisão não lhe era familiar, e deixava entregue a José Bonifácio, o Boni, e Walter Clark. Boni e Clark puderam dar uma direção profissional à televisão, sem interferência do dono, enquanto o jornal era estritamente vigiado por ele.

Talvez viesse daí a mediocridade do Globo quando comparado com o Jornal do Brasil, por exemplo. Entretanto, mesmo que não fosse um luminar do jornalismo, Roberto Marinho tinha o espírito da notícia. Lamentou várias vezes não ter podido dar o furo do Plano Cruzado porque Sarney lhe pedira reserva. (O curioso nesse episódio é que Sarney não se deu conta de que estava passando informação privilegiada para o maior grupo de comunicação do país num momento crucial da vida econômica brasileira. Na verdade, Sarney temia tanto o grupo Globo que não pensou duas vezes antes de lhe entregar uma ficha valiosa que não foi usada.)

O espírito jornalístico de Roberto Marinho não foi transmitido à prole. No caso da televisão, foi totalmente desvirtuado. Como jornal perdeu espaço no mundo da comunicação, a penetração da tevê tornou-se uma arma mortal de difusão ideológica. No Jornal Nacional ela vinha sendo usada com alguma moderação porque os editores, William Bonner à frente, calculavam que os telespectadores são sobretudo de classe média baixa. A partir da última eleição, contudo, com o sistema Globo assumindo papel de militante pró-Aécio, a manipulação ideológica também do noticiário televisivo no horário nobre tornou-se aberta.

Como já escrevi anteriormente, o sistema de três feudos e várias satrapias jornalísticas do Globo não tem hoje nenhum controle político. É o campo da liberdade sem limites dos âncoras e apresentadores, no qual atua a lei da selva. Um ensaio iluminado de Norberto Bobbio ensina que os luminares do alvorecer da Idade Moderna não esclareceram bem o que entendiam por liberdade. Alguns, como Locke e Montesquieu, viam a liberdade como o não limite; outros, como Rousseau e Hobbes, como prerrogativa de estabelecer os próprios limites. Os primeiros inspiraram o liberalismo econômico. Os segundos, a democracia.

A tevê Globo é hoje o império da liberdade sem limites, do liberalismo econômico que gerou nas quatro últimas décadas o neoliberalismo. Antes, por contraditório que possa parecer, Roberto Marinho lhe dava um caráter democrático. Um dia, na minha época no Globo, entrei na sala dele e lhe expus o que sabia dos rumores de corrupção do Governo Collor. “O que acha que eu devo fazer?”, perguntou ele a mim, que tinha pouco mais de metade de sua idade. “Ponha na televisão”, sugeri. Ele ficou em silêncio alguns segundos para comentar, encerrando a conversa: “É muita responsabilidade...”

É essa responsabilidade que a Globo perdeu sob a influência nefasta do grupo Veja. Destruidora do Governo Collor, sem provas – a entrevista que publicou com o irmão de Collor foi um monumento à irresponsabilidade jornalística -, Veja começou a articular suas “revelações” de escândalos, oriundas de espionagem paga, com o noticiário do Jornal Nacional e o Jornal da Globo. Duplamente irresponsáveis, esses dois sistemas de empulhação jornalística estão destruindo o Brasil com intrigas, e contribuindo para a degradação de todas as instituições brasileiras, Executivo, Legislativo e Judiciário. Chegou o momento do basta.

Para destruir Veja, o que se justifica como profilaxia da imprensa brasileira, é muito fácil: basta parar de comprá-la e cancelar as assinaturas. Caso sinta necessidade de revista, compre a Carta Capital como alternativa, com uma linha mais imparcial.

No caso da tevê também é fácil. Como queremos preservar as novelas e punir o jornalismo-lixo, vamos fazer o seguinte: no horário do Jornal Nacional e do Jornal da Globo - depois da novela, num caso, e do BBB, do outro -, vamos desligar a televisão ou mudar de canal. Todos os anunciantes da Globo saberão pelas pesquisas que, naquele horário, os aparelhos ou estarão desligados ou ligados em outro canal. (Sugiro que alguém mais competente que eu em matéria de internet arranje um jeito de tornar essa convocação nacional através das redes sociais, começando numa data marcada com antecedência e combinando novas datas até que se torne conhecida alguma providência do sistema Globo em reestruturar profissionalmente seus jornais!)


*Jornalista, economista e professor, doutor pela Coppe/UFRJ, autor de mais de vinte livros sobre Economia Política, sendo o último “A Razão de Deus”, pela Civilização Brasileira.


Fonte: CARTA MAIOR
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Jornal Nacional mergulha, bate em 18,6 pontos, perde de novelas e confirma que a Globo chega aos 50 anos em crise

publicado em 23 de março de 2015 às 22:38
Globocoxinha
por Luiz Carlos Azenha
Trabalhei na Globo em duas fases de minha carreira. Na TV Bauru, nos anos 80, quando passei longas temporadas em São Paulo cobrindo as férias de colegas. Não existia medição instantânea de audiência então, mas costumávamos aferir isso andando nas ruas: dava para ouvir o eco do Jornal Nacional sintonizado praticamente em todas as casas. As pessoas acertavam o relógio pelo início do JN.
Voltei à Globo no final dos anos 90. O Globo Repórter, que hoje fica na casa dos 20 pontos, ainda ficava por perto dos 35. Certa vez, fui o repórter de um programa que se tornou fenômeno: 44 pontos de pico! Teve até festa…
Jornal Nacional ficava entre os 30 e os 40 pontos, o que ainda assim é uma enormidade. Era possível ouvir o eco doJN nas ruas, mas apenas em cidades do interior.
Hoje, tomei um susto. Acompanhando a medição minuto a minuto, através de um colega, o Jornal Nacional bateu em 18,6! Perdeu, na soma, para as novelas da Record e do SBT!
Isso não significa que a Globo vai falir. Não ainda. É que a emissora compensa o que eventualmente perde na TV aberta com o que fatura em todas as suas outras atividades, do pay-per-view à TV a cabo. Mas, do ponto-de-vista de hegemonia informativa, é o começo do fim.
Quem está derrotando a Globo? Uma soma de internet no celular + You Tube + Netflix + TV a cabo + ascensão social daqueles que não tem na TV sua única diversão.
O certo é que a emissora chega aos 50 anos enfrentando não só uma crise de audiência, mas também de credibilidade.
O que antes era coisa de acadêmico, agora se tornou voz corrente para milhões e milhões de brasileiros: a Globo faz política e é o partido mais poderoso da oposição.
Isso ficou claro no dia 15 de março, quando a Globo bateu os bumbos da cobertura de manhã, em todo o Brasil, com o objetivo de arrastar gente para a manifestação de São Paulo, à tarde. Muitos foram à Paulista como se tratasse de um “acontecimento” global, para garantir a selfie.
O advento das redes sociais, por outro lado, criou massa crítica de telespectadores capazes de identificar as omissões, distorções ou mentiras da Globo.
A emissora fala, mas também ouve. Cada vez mais.
Enquanto você lê isso, dois atos estão sendo organizados por internautas contra a Globo, aparentemente de forma espontânea, sem a participação de partidos, sindicatos ou movimentos sociais.
Mesmo que isso não aconteça, eles entenderam perfeitamente a mensagem: tudo o que queremos, os que militamos pela democratização dos meios, é o cumprimento da Constituição!
A ironia é que mesmo que o JN der cobertura aos dois eventos mencionados acima, os participantes não vão perder o sono se não sairem na telinha. É gente jovem, que não assiste TV e se liga mesmo é nas redes sociais. Sinal dos tempos.
PS do Viomundo: Ricardo Feltrin, no UOL, informa que dez anos atrás a média do JN era de 35 pontos; na segunda-feira passada a média foi de 29!

Fonte: VIOMUNDO
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Cinquenta anos é um tempo de vida em que se conta quem é, a história da vida.

Isso se dá pelo próprio - pessoa ou organização - ou por  terceiros.

No caso de globo, o povo brasileiro resolveu contar a história da emissora, e também de todo o grupo.

O resultado tem sido devastador.

Com evidências inquestionáveis de sua ação política, principalmente, globo tende a perder mais e mais da audiência de um consumidor que não necessariamente rejeita a mediocridade, mas, no entanto, não é estúpido  a ponto de acreditar nas mentiras diárias do jornalismo apresentado nos veículos do grupo globo.

Sou brega mas não sou burro, assim se definem muitos dos novos consumidores de jornalismo e de entretenimento.

De uma maneira geral, o conteúdo das grades de programação das emissoras do grupo globo, pode ser resumido como uma combinação entre sexo, violência e proselitismo político, independente se jornalismo, entretenimento e novelas.

Com a queda nos índices de audiência cada vez mais acentuada, aumentam as cenas de sexo e exploração da sensualidade, além da violência.

Em alguns caso o sexo e a violência acontecem ao mesmo tempo.

A obsessão na TV globo por meninas na flor da idade, é uma constante em todos os programas da emissora, a aponto de obrigar a atriz Bruna Marquezine que tão logo tinha completado 18 anos de idade, a fazer uma cena nua em uma novela.
                        
Talvez para deleite dos diretores, que se apreciam uma jovem de 18 anos de idade, legalmente adulta, também devem apreciar meninas com 15 ou 16 anos de idade, já que as diferenças no corpo físico entre a faixas etárias não são muito significativas.

Dentro da lei, porém com a moral no esgoto.

O apelo ao sexo e a violência tem sido uma constante na emissora nesses tempos de queda, o que  também deve estar cansando o telespectador.

No esgoto que atende como Big Brother Brasil - e que é amplamente coberto por outras emissoras e jornais, estranhamente - o fio condutor é a exposição da sensualidade e o sexo entre participantes, que sempre que acontece ganha grande destaque , como sendo "algo fantástico", para delírio dos voyeurs.

Não é de se estranhar que em novelas, até mesmo para adolescentes como a novela Malhação, as cenas de sexo e de exposição da sensualidade, estejam sempre presentes.

O Big Brother Brasil,  por ser o sexo esperado e certo a margem de qualquer conteúdo artístico,   diz muito sobre os valores que predominam na direção da emissora, e que, de forma direta, se reproduz em maior ou menor intensidade, em todos os programas de entretenimento da emissora. 

Nas novelas, os personagens principais das tramas se repetem por décadas, e sempre são ladrões, corruptos, pessoas sem caracter além, claro, das cenas de crueldade e violência.

Na sociedade fictícia de globo - ou sociedade que globo deseja construir no pais -  não há espaço para pessoas de bom caracter, ou mesmo tramas  que tenham como fio condutor a educação, a cultura, as artes, ou mesmo temas históricos.

Tudo gira em torno da pós modernidade, competitiva, predatória , individualista , corrupta, vingativa e violenta.

A sociedade que globo deseja construir no Brasil é idêntica, em valores, a sociedade desejada pelo Tea Party American, o ícone do reacionarismo e da violência dos EUA.

Quanto ao jornalismo, é certo que atualmente , e desde o início do primeiro governo do PT, optou por uma campanha sistemática contra os governos do PT.

Foi uma aposta ariscada que ao longo desses doze anos evidenciou uma soberba por parte da direção da emissora, que acreditava que poderia dominar e controlar os corações e mentes da população ao seu bel prazer.

Não foi o que aconteceu, apesar de algumas vitórias pontuais da emissora na condução das opiniões, o que se vê, claramente, é um grande movimento de rejeição da emissora, com desdobramentos para as outras emissoras de TV privadas.

O jornalismo de globo se ainda não foi totalmente extinto, está em vias aceleradas de extinção.

Sua queda ainda não estancou e se agravará ainda mais nos próximos meses e anos , até que se estabilize em percentuais de diluição.

A estética de globo, seja nos jornais impressos, revistas, emissoras de rádio e emissoras de TV é o oposto da estética dos governos que governam o pais nestes últimos doze anos, o que em parte e de forma também significativa, contribuiu para acentuar as diferenças e marcar posições, algo que a maioria das  empresas do grupo globo jamais tinha vivenciado.

Esse período dos governos do PT  que coincidiu com a ascensão das redes sociais, pode ser a causa ,  não a única, para a queda irreversível do grupo globo.

Estáticos e cristalizados em uma abordagem que não sofria qualquer tipo de questionamento, as empresas do grupo globo perderam a posição de referencial , para um governo dos trabalhadores que já dura mais de uma década e, também, para a agilidade e inovação que se manifestam nas redes sociais.

Com as posições demarcadas, globo, na vitrine, deixou de atrair muitos fregueses já que a maioria da população não se vê, não se identifica com os programa da grade da emissora.

Como durante muitos anos globo foi referência inclusive para outras emissoras, tanto de rádio quanto de TV , esse universo de mídias de rádio, jornal e TV que copiava globo,hoje, também despenca nos índices de audiência.

Tudo isso se deve a ascensão das redes sociais, as posições bem demarcadas pelos governos do PT - que são populares e antagônicas ao universo da velha mídia -  e ao baixo nível e fragilidade dos conteúdos oferecidos pelas emissoras e veículos da velha mídia.

Se todo esse terremoto não bastasse, movimentos sociais organizam grandes manifestações pela regulamentação dos meios de comunicação para os próximos dias, sendo que algumas manifestações estão sendo marcadas para acontecerem em frente as instalações de globo em diversas cidades do pais.

Mais uma vez, como já ocorreu em outras ocasiões, as instalações da emissora correm o risco de ficarem cobertas de bosta, o que é bem apropriado.