domingo, 8 de março de 2015

Fome na velha mídia

O Globo correu atrás do Tijolaço no caso da “laranja” de Eduardo Cunha?

8 de março de 2015 | 08:46 Autor: Fernando Brito
oglobocunha
Não é vaidade, porque – além de vaidade ser uma tolice –  a informação está na internet e não exigiu nenhum esforço senão procurar da maneira correta no Google, mas não deixa de ser curioso que a manchete de O Globo, hoje, seja aquilo que este modesto blog publicou, ontem à tarde, sobre o deputado Eduardo Cunha ter usado uma “laranja”, a suplente de deputado em exercício Solange Almeida, para apresentar o requerimento com que, segundo relato de Alberto Youssef, o empresário Julio Camargo e a empresa Mitsui, japonesa, foram forçados a retomar pagamentos de propinas ao hoje Presidente da Câmara.
Pode ser mera coincidência, mas é sintomático que a matéria – ao menos na internet – não esteja assinada, como é praxe.
Se é coincidência, desde já minhas homenagens à boa, embora fácil, apuração. Paro por aí, porque – como já disse – a informação é de fácil acesso e, além do mais, Cervantes já ensinou pela boca de D.Quixote que “louvor em boca própria é vitupério”.
Pode ter sido mera coincidência, repito por necessário  respeito aos bons profissionais da empresa, que são muitos.
Mas, se não é, leva a uma reflexão curiosa sobre aqueles que o jornal chama de “blogs sujos”.
Quando a informação que publicamos interessa ao jornal – os que nos acompanham há mais tempo lembram do vazamento de óleo da Chevron – os blogs sujos são seguidos.
Fora daí, somos considerados apenas “propaganda governista” e os tostões que alguns deles recebem – este não recebe – de publicidade são um favor escuso, enquanto os seus milhões em anúncios são “limpinhos”.
Nem um mísero crédito nos dão, embora queiram que a gente pose para fotos, mostrando as canjicas, quando nos acusam de financiados pelo Governo.
Lembra a historinha de Ary Barroso, quando apresentava seu programa de rádios e o calouro, à pergunta de “vai cantar o quê?” respondia: “um sambinha”.
E Ary:
- Acho engraçado: se fosse um mambo, não era um mambinho; se fosse uma rumba, não era uma rumbinha, mas como é um samba…
Pois é, aqui somos um “sujinho”…
Mas está ótimo e meus aplausos a O Globo por ter publicado a história.
Notícia não tem dono, apesar de eles pensarem o contrário.

PS. Se O Globo quiser “suitar” a matéria, vai ver que O Dia publicou, no final do ano passado, matéria com a tal Solange Almeida, agora prefeita de Rio Bonito, no interior do Rio, terra de laranjais. E, lendo até o final, verá que ela está cassada por uma sentença judicial, ainda não executada, por desvio de recursos na contratação de transporte escolar. É relevante saber – porque a condenação se refere ao seu primeiro mandato de prefeita (2001 a 2004) e Solange excerceu, ao que parece, o cargo de deputada com uma espada pendurada sobre a cabeça. Gentileza de coleguinha velho, que começou aí no velho prédio da Rua Irineu Marinho, há 37 anos, no tempo das grandes máquinas Olivetti,  a “batucar nas pretinhas”.

Fonte: TIJOLAÇO

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Aliada de Eduardo Cunha não era de Comissão que pediu investigação da Mitsui; em dois requerimentos, ela nomeou intermediário

publicado em 08 de março de 2015 às 12:00
Captura de Tela 2015-03-08 às 11.58.35

Fonte: VIOMUNDO
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Lava Jato demole o mito do financiamento privado de eleição


A tentativa do presidente do Senado Renan Calheiros de abrir uma CPI contra o Ministério Público - em função da Lava Jato - é importante para baixar a poeira, permitir uma análise mais estrutural do episódio e escolher lado.
Sempre haverá ressalvas aos critérios adotados pelo Procurador Geral da República Rodrigo Janot para abrir os inquéritos - aqui mesmo critiquei os dois pesos adotados no inquérito dos senadores Lindberg Faria e de Aécio Neves. E haverá críticas aos vazamentos e à manipulação das notícias pelos grupos de mídia, comprovando que, para eles, denúncias são apenas instrumentos de luta política, não de melhoria institucional. Permanece o uso político execrável e seletivo de informações, visando a desestabilização política. Continuarão sendo criticados os abusos das prisões preventivas e dos métodos coercitivos para se obter delações.
Com todos esses senões, a Lava Jato entra para a história como o mais importante capítulo na luta contra os vícios do modelo político brasileiro, uma porta que se escancara para a reforma política e dos usos e costumes.
Além de ferir de morte a mais deletéria influência sobre a classe política - da atual geração de empreiteiras de obras públicas - expõe de vez os vícios do financiamento privado de campanhas eleitorais.
Fica desmascarada o enorme engodo propagado pelo Ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal) de que o fim do financiamento privado estimularia as doações via caixa 2. Por sua experiência como Ministro e empresário, Gilmar sabe como se dá esse jogo: o financiamento oficial é uma extensão do caixa 2.
A maior prova é a dificuldade da Lava Jato em separar os financiamentos legítimos dos ilegítimos. Nada impede que haja um acerto e o financiamento se dê através da contabilidade oficial.
O erro em incriminar Lindberg está no fato de que o crime ainda não tinha sido cometido. Os procuradores assumiram a atitude draconiana de tratar como ilícitos todos os financiamentos, colocando no mesmo caldeirão crimes cometidos com presunção de crimes a cometer.
No fundo, tudo faz parte da mesma engrenagem. A troco de quê uma empreiteira bancaria candidaturas a governos de estado, ao Senado, à Câmara, à própria Presidência, se não tivesse por contrapartida ou favores recebidos ou promessas firme de favores a receber. Ou, no mínimo, de não ser atrapalhada em suas pretensões. E sua entrada desequilibra de tal forma as eleições que obriga todos os candidatos a recorrer ao seu financiamento.
Ao incluir todos os financiamentos na lista da suspeição, a Lava Jato demole de vez o mito do financiamento privado. Ao tornar público todos os inquéritos, reduz o jogo de manipulações. Ao se dispor a responder publicamente às críticas e indagações - através de um hotsite - o Ministério Público se expõe de forma democrática, ao contrário da blindagem da AP 470 que deixou dezenas de suspeições pairando no ar. Ao abrir um canal de explicações, o MP se despe de um poder imperial de não prestar contas.
Com a relatoria caindo nas mãos firmes e criteriosas de Teori Zavaski haverá antídotos contra abusos e se poderá aprofundar - com critérios - as investigações.

Fonte : IG
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Enquanto isso, a velha mídia bate panela e não se sabe ainda o motivo.

Especula-se que os veículos de mídia estejam em situação muito difícil, como o comatoso Estado de SP, Globo sem verbas de publicidade do governo, Veja sem o busto do fundador e Folha se segurando na granja.

 

sábado, 7 de março de 2015

Reformas política e da mídia

E agora PSDB? Braço direito de Aecio Neves, a presença de Antonio Anastasia na Lava Jato atingiu o fígado do PSDB ; ex-governador de Minas (2010-2014), vice de Aécio (2006 e 210) e seu coordenador de campanha na disputa presidencial de 2014, Anastasia na Lava Jato estabelece um vínculo incontornável entre Aécio e a lista de suspeitos demonizada pelo PSDB

Fonte: CARTA MAIOR
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Tucano Anastasia, cria e aliado de Aécio Neves, é a surpresa na lista da Lava Jato; PP tem 32 citados, inclusive padre e missionário

Fonte: VIOMUNDO

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A Fel-lha decidiu encarcerar a Dilma

O Otavinho, deidade provincial, tem uma fixação: é o Lula !


A Fel-lha disse que o Janot, pela lei das compensações brasileiras, tirou o Aécio da forca, mas a Dilma também.

Mentira.

Mentira desfeita pelo próprio jornal da Fel-lha, o PiG cheiroso.

Mentira que se desfez com a revelação da lista do Janot, devidamente entregue a tempo de o jornal nacional dar o “furo” histórico.

“Lava Jato atinge campanha da Dilma em 2010”, diz a manchete da Fel-lha deste sábado (7/3), cheia de bílis pútrido.

Nem o Globo foi lá, e olha que o Globo não chega a 2018 sem a tocaia do FHC, e vai perder R$ 300 milhões sem a desoneração da folha de salários !

Nem o Globo !

Mas, o jornal do Otavinho, essa deidade provincial, insiste.

Interessante que, na pág. A6 da Fel-lha, aparece lá, enterrado no meio de uma maçaroca, a seguinte frase:

“Portanto, a rigor, nada a arquivar em relação à Presidenta da República.”

É uma frase do relator da Lava-Jato no Supremo, Ministro Teori Zavascki.

Não tem o que arquivar porque não existe nada contra ela.

Mas, o Otavinho cultiva uma fixação.

Ele tem uma fixação no Lula, porque o Lula não sabe falar inglês.

(Embora haja duvidas sobre a fluência do Otavinho em inglês …)

A Dilma fala inglês.

Aprendeu na cadeia.

Mas, não interessa.

Se o Otavinho pegar a Dilma, ele pega o Lula.

E obriga o Lula a estudar inglês na cadeia.

Com o Fernando Rodrigues, que entendeu tudo o que leu na lista do HSBC.

Em tempo: a Fel-lha, como se sabe, é o jornal (sic) da ficha falsa da Dilma, das peruas dos torturadores, da ditabranda e que tem entre seus colonistas o Benjamin Steinbruch, de uma família que aparece no Swissleaks; e, agora, de novo, a traíra mais recente, a Marta sempre Suplicy

Fonte: CONVERSA AFIADA
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Padre, missionário, amigo de Aécio.

Essa lista é boa   , no entanto a imprensa, como a Folha da Granja, tenta de qualquer maneira criminalizar quem é inocente.

Reforma política e reforma dos meios de comunicação com urgência.
 

A máquina de trinta anos
















E depois de dias de grande expectativa, foi divulgada a lista dos políticos supostamente envolvidos em esquemas de corrupção , de acordo com as apurações preliminares da operação lava jato da Polícia Federal, órgão do Ministério da Justiça.

Preliminares, pois , para os políticos citados foram  abertos inquéritos e diligências, o que significa que ainda não há acusação e enquadramento em crimes, o que se ocorrer após as diligências  teremos o julgamento dos indiciados.

Há controvérsia na velha mídia quanto apresentação dos envolvidos, no entanto o PAPIRO considerará os parlamentares , ministros e outros políticos que estejam atualmente no exercício de suas funções no congresso nacional ou em órgãos do executivo.

Assim sendo, são 48 políticos citados, sendo  32 do PP, 7 do PMDB, 7 do PT e 1 do PTB e 1 do PSDB.

Esse dado é significativo, já que 39 políticos ( 32 do PP e 7 do PMDB ) podem ser considerados como pertencentes ao antigo e predador grupo parlamentar conhecido como Centrão, que opera no congresso nacional e no executivo desde a redemocratização do país, ou seja, há 30 anos.

São partidos  que em quase todas as eleições presidenciais, não apresentam candidatos  para a presidência da república , no entanto sempre fazem parte dos governos, independente se são governos do PT, do PSDB, ou outros.

Isso explica, ou pelo menos ajuda o leitor a entender, porque o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em seu primeiro mandato, disse em alto e bom som o seguinte:

" se você não fechar os olhos para a corrupção , você não governa "

Fernando Henrique, obviamente tinha conhecimento  da máquina de corrupção que opera nos poderes, no caso em questão o Executivo e o Legislativo. 

No entanto, em seu governo  nenhum caso de corrupção , oriundo de investigações feitas pelo próprio governo - a Polícia Federal -  veio ao conhecimento público e, mesmo os indícios de corrupção no governo e em empresas estatais não foram investigados, e ainda não tiveram o apoio da velha mídia que não  denunciava ou mesmo não dava sequência as denúncias de corrupção.

No entanto a corrupção existia, o Centrão estava lá e o PSDB necessitou de apoio no congresso de outros tantos partidos para garantir a governabilidade.

Chegaram os governos do PT, e , da mesma forma que nos governos do PSDB, a governabilidade teria que  ser obtida com o apoio dos partidos que sempre orbitam o executivo.

Os mesmos de sempre, com suas estruturas e sua máquina de corrupção operando naturalmente.

E assim fez o PT, caso contrário não poderia governar.

No entanto, o PT não é o partidos das elites e, tais elites, sabiam , e sabem  muito bem, como funciona a máquina nos Poderes e não demorou muito tempo para que  o governo do PT fosse acusado de corrupção,  o caso do mensalão.

O primeiro governo do PT se iniciou em 2003, e já no primeiro semestre de 2005 surgiram as primeiras acusações contra o governo do PT, acusações oriundas  até mesmo de políticos de partidos que compunham a base aliada do governo, e que orbitam o Executivo , e que conhecem e praticam muitos bem os esquemas de corrupção
.
A velha mídia, como opositora ferrenha  do partido dos Trabalhadores - do povo - encampou , reverberou e amplificou ao máximo  as denúncias de corrupção, com a intenção clara de derrubar o presidente democraticamente eleito.

Lula resistiu, se reelegeu, fez sua sucessora que ainda conseguiu se reeleger, algo inaceitável para as oposições, elites e velha mídia.

E então, caro leitor, chegamos na operação lava jato da Polícia Federal, órgão do Ministério da Justiça do Governo Federal, que apura os esquemas de corrupção em obras da Petrobras.

Se o governo dá carta branca para as apurações - como não fez o governo do PSDB de FHC -  a corrupção  inevitavelmente irá  aparecer, pois a máquina continua funcionando e políticos do  partido governo certamente estarão envolvidos.

No entanto, o que existe de mais significativo, não são os 7 políticos do partido do governo envolvidos em esquemas de corrupção, mas sim a máquina que opera independente de qualquer partido no Poder e que ainda impõe regras para a governabilidade.


Porém o caro leitor, se assiste televisão, ouve rádio e lê os veículos impressos da velha mídia , perceberá, apenas, uma campanha para criminalizar os políticos do PT e o governo, isso com o objetivo de tentar colar nas consciências o conceito de que o PT é o culpado pela corrupção e , que tal corrupção passou a existir nos governos dos trabalhadores.

O governo Dilma deve ir fundo nas apurações e ainda, para acabar com a máquina de corrupção deve apresentar uma proposta de reforma política que estabeleça o fim do financiamento privado de campanhas - algo que a velha mídia, os partidos de oposição e os partidos da máquina não querem - estabelecer regras e mecanismos transparentes de gestão que facilitem a participação popular nas decisões do governo e , por fim,  mas sem esgotar o assunto,  apresentar projeto para uma profunda reforma dos meios de comunicação.

Com esses três projetos, se bem implementados e bem sucedidos, a máquina de corrupção sofrerá um golpe profundo.

A propósito, mesmo sem nenhum envolvimento, o jornal o globo de hoje, dia pós divulgação da lista, cita Lula e Dilma em primeira página em uma tentativa de envolvê-los em algum crime.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Bons hábitos alimentares

Estudantes bolivianos têm bons hábitos alimentares no desjejum


                                                                   por Franz Chávez, da IPS
Uma aluna da Unidade Educacional La Paz, na cidade que é sede do governo da Bolívia, bebe suco de fruta em embalagem distribuída pela Unidade de Alimentação Complementar Escolar do governo municipal, que diariamente entrega 26 toneladas de produtos naturais e próprios da cultura andina a cerca de 140 mil estudantes. Foto: Franz Chávez/IPS
Uma aluna da Unidade Educacional La Paz, na cidade que é sede do governo da Bolívia, bebe suco de fruta em embalagem distribuída pela Unidade de Alimentação Complementar Escolar do governo municipal, que diariamente entrega 26 toneladas de produtos naturais e próprios da cultura andina a cerca de 140 mil estudantes. Foto: Franz Chávez/IPS

La Paz, Bolívia, 6/3/2015 – Uma iniciativa de sucesso, que fornece desjejum e merendas com sabores andinos a 140 mil estudantes de La Paz, deu origem a uma nova lei destinada a impulsionar uma alimentação saudável e própria da cultura local nas escolas da Bolívia, e dessa forma combater a má nutrição e favorecer a soberania alimentar.
“Pedimos uma quarta-feira de frutas!”, gritaram em coro as alunas de uma sala de aula da Unidade Educacional La Paz, quando a IPS perguntou suas sugestões para melhorar a merenda que recebem dentro do programa nacional Alimentação Complementar Escolar (ACE). Uma demanda por comida saudável impensável há alguns anos.
O modelo do ACE foi um desjejum escolar que começou a ser fornecido no ano 2000 nesta cidade, sede do governo boliviano, e que evoluiu para uma inovadora dieta de alimentos naturais, autóctones e muito nutritivos para as crianças e adolescentes que estudam nas escolas públicas do principal município dos 327 que tem a Bolívia.
O Programa Mundial de Alimentos, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e outras instituições internacionais aplaudiram os resultados em diversos informes.
“Somos líderes na elaboração de rações escolares com alimentos andinos como amaranto, farinha de fava e de quinoa”, disse, entusiasmado, o diretor de Educação do governo autônomo municipal, Jorge Gómez, no austero escritório de onde coordena o plano para os estudantes de cinco a 15 anos nas escolas públicas. Os cereais de amaranto e quinoa formam a base alimentar das culturas pré-colombianas das zonas andinas da América do Sul e são altamente protéicos.
Entre os resultados positivos, Gómez destacou à IPS que, nos oito primeiros anos da implantação da alimentação andina no município, a anemia caiu 30% entre os estudantes, segundo estudos independentes da Universidade Mayor de San Andrés e da organização internacional Save the Children.
O ACE foi criado no sistema educacional estatal do primário ao secundário de todo o país em 2005, é manejado por unidades municipais especiais e em 2013 beneficiou dois milhões de estudantes, segundo o Ministério da Educação, responsável pelo programa. A iniciativa de La Paz não só melhorou os hábitos alimentares dos estudantes como impulsionou a pequena agricultura comunitária.
Seus princípios germinaram na Lei de Alimentação Escolar no Marco da Soberania Alimentar e da Economia Plural, promulgada no último dia de 2014, que começará a ser aplicada este ano e proíbe os alimentos transgênicos e industrializados, substituindo-os pelos próprios da cultura andina e produzidos em boa parte localmente.
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Gómez explicou que conversa com os pais para melhorar o cardápio e incluir uma variedade de produtos nas rações distribuídas nas 389 escolas de La Paz dependentes dos governos central e municipal, nos turnos da manhã, tarde e noite.
Em seus dois mil quilômetros quadrados, La Paz conta com 764.617 dos dez milhões de habitantes da Bolívia. Do total, 293 mil residentes no município são pobres, com renda que não chega a US$ 90 mensais, segundo dados de 2013 da Direção de Investigação Municipal.
Contexto latino-americano
Com a nova lei, a Bolívia se converte no terceiro país latino-americano a contar com uma norma específica sobre alimentação escolar, depois de Brasil e Paraguai, segundo a FAO, que também aponta avanço nessa direção de Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Nicarágua e República Dominicana.
“A lei da Bolívia se soma aos esforços regionais em favor de uma alimentação saudável nas escolas, que considera a diversidade cultural e produtiva dos países e valoriza os produtos provenientes da agricultura familiar. É um passo fundamental para que este tipo de programa passe a ser uma política de Estado”, destacou o oficial de Segurança Alimentar do órgão, Ricardo Rapallo.
Um estudo da FAO em oito países da região evidenciou que a alimentação escolar reduz a deserção escolar e melhora o aprendizado e seu êxito se baseia em envolver os poderes públicos, a comunidade educacional, as famílias, a sociedade civil organizada e os órgãos internacionais.
Enquanto consomem coloridos saquinhos de cereais e sucos naturais, as estudantes da unidade de ensino visitada pela IPS contam que entre suas preferências estão os palitos de cereais cobertos com chocolate. Esse alimento, produzido com cacau da região semitropical do departamento de La Paz, é muito popular e quando está disponível acaba rapidamente, porque alguns alunos pegam várias porções, contou à IPS a diretora da unidade, Marcela Fernández.
O cardápio escolar fornece um quarto dos nutrientes diários necessários para uma criança ou adolescente, e inclui leite, iogurte, sucos de frutas e chocolate, aos quais são acrescentados ferro, ácido fólico e vitaminas A, B e C.
Para as famílias também representa uma economia. “Ajuda muito na economia familiar”, explicou à IPS o presidente da Junta Escolar da Unidade Educacional La Paz, Fernando Aliaga. O professor de educação física, Hugo Quito, acrescentou que os estudantes têm mais energia na hora de se exercitar devido à alimentação saudável.
As rações saudáveis são resultado de um criativo manejo de alimentos com aroma andino, como os pães de milho e outros cereais autóctones, massas leves e assadas, combinadas com ovo, aveia, amêndoas e um pão amassado de quinoa chamado “k’ispiña”. Esse produto recupera uma tradição de antigos povos andinos que o usavam como alimento não perecível, adequado para caminhantes de longa distância e períodos de escassez de alimentos.
Cada combinação foi criada por nutricionistas municipais, aos quais anima a redução da anemia entre os estudantes, embora o caminho nem sempre seja fácil. Um exemplo foi uma empanada com recheio de acelga, que um grupo de pais rejeitou por confundirem com um vegetal embolorado.
A explosão da demanda por alimentos naturais que o programa ocasionou também teve um impacto colateral positivo: gerou-se uma revolução na produção de cereais andinos, bananas e frutas, que agora são cultivados de maneira organizada por agricultores agrupados em empresas e cooperativas.
Diariamente, desde a madrugada até o amanhecer, são distribuídas cerca de 26 toneladas de alimentos sólidos e líquidos, com centros de produção localizados em pleno altiplano, a mais de quatro mil metros de altitude, ou nos vales e nas zonas tropicais do departamento de La Paz, o que aumentou tanto o emprego como os negócios.
Os impactos positivos na saúde dos alunos e na recuperação dos alimentos andinos e naturais, junto com a dinamização da agricultura comunitária, serviram de guia para a lei nacional na hora de traçar as novas diretrizes do ACE para os alimentos distribuídos nas escolas públicas primárias e secundárias.
A nova lei também converge com objetivos do governo do presidente Evo Morales, no poder desde 2006, que promove o desenvolvimento integral do Bem Viver como um eixo de sua política social. A lei traça como objetivos o apoio aos alunos, para que permaneçam na escola, incentivo à produção destinada à alimentação escolar, com preferência por produtos de cada localidade, para garantir que sejam naturais e próximos de cada cultura, e promoção da agricultura social comunitária.
Entretanto, na Unidade de Alimentação Escolar de La Paz já entraram em outra fase pioneira, a de formação de líderes em nutrição com participação de professores, pais e mães de família e alunos aos quais entregam bonés e uniformes após o ciclo de capacitação.
Esses líderes gerarão consciência em suas escolas e entre a comunidade sobre os bons hábitos alimentares e a prevenção em temas de saúde e nutrição. “Trata-se do impulso à mudança a partir da família e até da escola”, enfatizou um técnico encarregado do programa.

Alimentos orgânicos podem se tornar obrigatórios na merenda escolar em São Paulo


                                                      por Redação do EcoD
Até hoje, a lei 11.947/2009 obrigava as escolas a comprarem pelo menos 30% dos alimentos dentro da agricultura familiar. Foto: Fernando Pereira/Secom
Até hoje, a lei 11.947/2009 obrigava as escolas a comprarem pelo menos 30% dos alimentos dentro da agricultura familiar. Foto: Fernando Pereira/Secom

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou recentemente um Projeto de Lei (PL) que inclui, obrigatoriamente, alimentos orgânicos e integrais na merenda escolar.
De autoria dos vereadores Gilberto Natalini (PV), Ricardo Young (PPS) e Nabil Bonduki (PT), o PL 451/2013 estabelece que os alimentos venham prioritariamente da agricultura familiar, com o objetivo de uma merenda mais saudável e sem agrotóxicos, a fim de aumentar a qualidade de vida das crianças e ainda incrementar a renda de pequenos produtores.
Até hoje, a lei 11.947/2009 obrigava as escolas a comprarem pelo menos 30% dos alimentos dentro da agricultura familiar, ação cumprida pela Prefeitura a partir de 2013, somando 1,4 mil toneladas de alimentos adquiridos.
A nova lei, que ainda precisa ser sancionada pelo prefeito Fernando Haddad, vem em boa hora, uma vez que, no Brasil, a obesidade ou sobrepeso atinge cerca de 47,6% do público infantil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na sua opinião, a medida deveria ser replicada em todo o Brasil?
Fonte: ENVOLVERDE
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Dançou na universidade

Angélica é recebida aos gritos de “abaixo a Rede Globo” na Unirio
6 de março de 2015 | 08:37 Autor: Fernando Britoangelica
Do site de – nem sempre – amenidades televisivas SamaraSeven Days:

“Não tá fácil a vida do casal Huck. Apareceu no Youtube um vídeo em que Angélica e a equipe da Globo são expulso da faculdade Unirio sob vaias, palavras de ordem e o coro de “O povo não é bobo! Abaixo a Rede Globo!”.

E o vídeo, que você assiste no final do post.

Vale sobre o episódio o subtítulo engraçado do site: “Irrelevâncias de suma importância”.

E o raciocínio sobre o fato da emissora não ter o menor pudor em fazer escândalos com outros, mas achar que, quando é com ela, isto é um atentado à liberdade de imprensa e aos seus profissionais.

É a primeira a construir e exibir a tietagem e, portanto, deve aceitar o outro lado do “filma eu, Galvão” que estimula.

E a história que a Globo construiu e constrói, francamente, vai resultar em episódios diferentes, sempre que houver pessoas esclarecidas.

Nada contra a “princesinha” Angélica, muito mais discreta que o seu parceiro comercial Luciano Huck, que adora promover tudo o que seja coxinha e reacionário.

Nada mesmo, até uma lembrança engraçada de seus velhos tempos da Manchete, quando fazia sucesso com a música “Vou de Táxi”.

E o pessoal imaginava o “Seu” Adolfo (Bloch), pão-duro que só com tudo que não fosse equipamento gráfico, entrando no estúdio, desesperado.

- Não vai de táxi, minha filha, vai de ônibus que é muito mais barato!

Pois é, Angélica, ir ao mundo real tem tem destes problemas, né?
Fonte: TIJOLAÇO
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6 mar
Com balé em crise, ‘Domingão’ corta passagens aéreas de bailarinas
O balé do ‘Domingão do Faustão’ vai de mal a pior. Depois das sumárias demissões polêmicas como as de Carol Nakamura, Angela Souza e perder as principais bailarinas Aline Riscado, Flavia Simões e Carol Vieira (esta última recém-demitida após licença-maternidade), as dançarinas estão tendo que se locomover para São Paulo para ensaiar e fazer o programa ao vivo por conta própria.

A questão é que ninguém foi demitido e readmitido legalmente para não haver responsabilidade com custos por parte da Globo. Por conta disso, muitas bailarinas vão a São Paulo e voltam para o Rio de carro (como o salário não passa dos R$ 3 mil, fica impossível pagar ponte aérea todo final de semana). Muitas delas têm contado com a ajuda de fãs para se hospedarem… A assessoria de imprensa da Globo se posicionou da seguinte maneira:

“Em novembro, quando o ‘Domingão do Faustão’ anunciou que passaria a ser gravado em São Paulo, foi dada à equipe a oportunidade de se mudar para São Paulo ou se realocar em outro programa no Rio de Janeiro. Parte da equipe decidiu ficar no Rio em outros programas, outra parte se mudar para São Paulo e outros profissionais optaram em continuar no programa sem mudar de cidade, por conta própria.”, diz.

Fonte: O DIA
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Na Globo agora é assim, agora: tietou a Xuxa, 

tchau, tchau…

6 de março de 2015 | 10:42 Autor: Fernando Britoxuxa
Parece que hoje o dia está mesmo para “celebridades” ocasionais (de ocaso, mesmo): Marta Suplicy, Angélica e, agora, Xuxa.

Pois não é que o UOL noticia que “o repórter da TV Gazeta de Vitória, emissora que transmite a programação da Globo na capital capixaba, Michel Bermudes Auer acaba de ser suspenso, por determinação da direção de Jornalismo da Rede Globo, no Rio de Janeiro”, por ter ido tietar a Xuxa em São Paulo, onde ela assinou contrato com a Record.

Uai, já não se pode ter um gosto infantil e bobo feito este?

Ou só se o ridículo fosse com uma contratada da Globo?

E o rapaz já suspeitava que ia ter problemas, quando gravou uma entrevista para explicar porque aquele marmanjo estava ali de bonequinha da Xuxa, e de Michel se identificou como Micael, mantendo o último sobrenome.

” a única (coisa) que (em) consegui pensar,(foi) em não dar meu nome de guerra, que é Bermudes, para evitar qualquer problema. Eu não menti, eu omiti”.

Convenhamos, coisa de agente secreto português, já que seu rosto aparecia e o sobrenome Auer não é nenhum Silva.

Engraçado é que o UOL “compra” o direito da emissora sobre os gostos (bons ou maus) de um funcionário fora do horário de trabalho e escreve que “não bastasse, Michel ainda deu entrevista ao Programa da Tarde, usando o nome modificado”.

Ora, contrato de trabalho de jornalista não é nem pode ser proibição para que ele dê opiniões a quem quer que seja  sobre o que quer que seja, exceto se o faz para detratar seu contratante.

Não é ator de novela, não é garoto propaganda, não é promotor de vendas.

Ou é?

Parece que na Globo, agora, “beijinho, beijinho” na Xuxa é igual a corrupção no Governo FHC: “tchau, tchau”

Fonte: TIJOLAÇO
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Como disse o famoso filósofo Galvão Bueno, 'A globo já teve momentos melhores'

Cada vez mais, os profissionais das emissoras dos Marinhos, não conseguem circular pelas ruas do Rio de janeiro, sem serem hostilizados - justamente, a bem da verdade - pela população.Até mesmo para frequentar uma praia ou fazer uma corrida no calçadão , o casal Angélica e Huck necessita de seguranças.

Os jornalistas e repórteres de globo, após as manifestações de 2013, criaram o jornalismo terraço, uma maneira de ficar protegido da população e narrar os acontecimentos do alto de edifícios.

No caso de Angélica, a apresentadora não se envolve com frequência em questões políticas ou mesmo polêmicas, no entanto, pelo fato de ser esposa de Luciano Huck e trabalhar na TV globo, também tem sido alvo de manifestações contrárias a emissora, como no caso acima.

Realmente , uma universidade não é local para que artistas e jornalistas do grupo globo circulem.

Essas manifestações de repúdio a TV globo tendem a aumentar, aliás, como já vem acontecendo ao longo dos últimos anos, tendo em vista a radicalização reacionária , retrógrada e anti democrática sempre presente nos conteúdos e decisões em que empresas do grupo estejam envolvidas.

Além disso, as bailarinas de Fausto estão no maior perrengue e dependem até mesmo de vaquinhas para que possam trabalhar.

E o que dizer de um reporter de uma emissora filiada de globo que foi afastado porque se manifestou a favor da Xuxa, que agora é da TV record ?


Os valores de globo não se manifestam apenas nessas situações, mas também, e principalmente no jornalismo, ou seja, se não está ao meu lado deve ser tratado como inimigo, em uma visão violenta e predatória onde prevalece o eu contra você como as únicas formas de convívio social.
Valores oriundos de uma cepa selvagem e anacrôncia, que não admite que seus funcionários tenham opiniões e escolhas próprias.

De fato, o povo não é bobo.



Petrobras sob ataque

Letícia Sabatella denuncia vídeo fraudulento que utiliza sua imagem e a de outros famosos para convocar manifestação golpista do dia 15: 

'Por favor, retirem esse post que manipularam para fomentar este golpe contra a democracia do dia 15. Eu Letícia Sabatella não compactuo com isso', escreveu a artista no Facebook.

Fonte: CARTA MAIOR
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quinta-feira, 5 de março de 2015

Impeachment de Dilma, go home!

Por Renato Rovai, em seu blog:

Não é preciso ter a genialidade de um Merval para chegar à conclusão de que o impeachment de Dilma é morto. Ele já era algo absolutamente sem nexo e potencial se analisado apenas dentro do contexto dos dias mais terríveis desse início de governo Dilma. Mas colocado em perspectiva, se tornava algo pior, uma insanidade.

Em processos políticos não se deve olhar o jogo apenas olhando as peças que estão sobre o tabuleiro. É preciso sempre buscar enxergar as que podem voltar ao jogo se a situação se complicar de fato.

Na política, como Maquiavel já registrou, os aliados atuais são os inimigos de amanhã. E vice-versa.

Quem conhece um pouco a história recente do Brasil sabe que, mesmo ferido, o PT ainda é o partido mais forte do Brasil e o que tem mais condições de botar gente na rua.

Quem conhece um pouco de história sabe que lideranças como Lula se produzem a cada 100 anos e que não são derrotáveis nem em furacões quanto mais em ventanias infladas por ventiladores midiáticos.

Quem conhece um pouco de história sabe que o empresariado não rasga dinheiro à toa e nem corre risco em aventuras. Que pode até jogar contra o governo, mas não quer o país pegando fogo.

Ou seja, a tese do impeachment deveria ser a última das possibilidades de uma narrativa que precisaria esperar ao menos a lista de Janot. Mas a oposição tresloucada e capitaneada pela mídia tradicional quis forçar a barra para agradar interesses dos que querem afundar a Petrobras e ficar com o Pré-Sal.

Quem quer o impeachment de Dilma são aqueles para os quais o jornalista Merval Pereira fez análise de conjuntura, segundo os vazamentos do wikileaks. São aqueles para os quais Merval Pereira garantiu que Aécio seria candidato a vice na chapa de José Serra, em 2010.

O impeachment vai voltar pra casa mesmo antes das manifestações de 15 de março. Porque são poucos os que têm algo a perder que entrariam nesta aventura. E o porta-voz do recuo já deixou isso claro hoje. Impeachment, go home.

Fonte: Blog do Miro 
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É manipulação pesada e grosseira dessa turma que ainda não entendeu, ou não quer entender, que perderam mais uma eleição - a quarta seguida - presidencial.

Utilizam de forma criminosa imagens de  pessoas para campanhas golpistas, quando a população sabem bem que tais pessoas não se alinham politicamente e ideologicamente com idéias anti democráticas e golpistas, como temos vivenciado neste início do quarto governo popular , democrático e bem sucedido do PT.


A tese de um impeachment caiu por terra e somente alucinados e delirantes  estão empenhados em tais manifestações.


No entanto, no dia 13 de março, uma importante manifestação em apoio a Petrobras e a democracia terá lugar no país, com apoio do PAPIRO.


Aliás, com relação a campanha suja e violenta contra a Petrobras - comandada pela velha mídia - a charge abaixo diz tudo :

Latuff: A Petrobras sob ataque

publicado em 05 de março de 2015 às 23:22
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quinta-feira, 5 de março de 2015

Proer para as empreiteiras

Finalmente, o governo cogita um Proer das empreiteiras, com acordos de leniência que preservem a continuidade de obras, sem prejuízo da ação penal contra dirigentes envolvidos em corrupção. 
Pensa-se, inclusive, em nomear interventores nessas empresas. 
Essa batalha, porém, requer apoio politico na sociedade: há quem prefira paralisar o Brasil.

Fonte: CARTA MAIOR
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De que não vai restar pedra sobre pedra, do Brasil?

5 de março de 2015 | 11:29 Autor: Fernando Brito
pedra
Toda a mídia – e não excluo este e outros blogs – está dedicada a saber que políticos estão “na lista” de Janot.

E o surgimento súbito do nome de Aécio Neves mostra que temos nós, os outsiders, de juntar trabalhosamente pedacinhos de informação que é, em geral, sonegada pela grande imprensa, com a devida ressalva do trabalho, ontem, do Estadão, que o revelou ontem.

Há mais, muito mais a ser apurado, inclusive como, ao que parece, toda a corrupção no Brasil se fizesse, há décadas, por um bandido desqualificado, condenado e libertado pelo Sr. Dr. Juiz Sérgio Moro, uma espécie de Personal Judge de Alberto Youssef , numa inacreditável violação do princípio do juiz natural.

Não se sabe quem roubou, quanto, como e quanto do que dizem as dúzias de “delatores premiados” banhados no Rio Jordão pelo Dr. Moro e pelo Ministério Público.

Sabe-se, porém, quem foi roubado: o Brasil.

Foi e está sendo, porque a espetaculosidade com que tudo está sendo conduzido e o movimento desesperado dos acusados para transitar para o campo da oposição histérica ao Governo, onde se garante o silêncio e a impunidade, está roubando o Brasil, ainda hoje e, com certeza, muito mais do que o fizeram Youssef, Costa e os que a eles se aquadrilharam.

O Brasil “de baixo” ainda segue sua vida, escaldado por arrochos, aumentos, cortes, mas segue, ainda que perplexo e descrente.

O radicalismo moralista da classe média, insuflado pela mídia, por parte do PSDB e pela histeria supérflua das redes sociais – com alguns grupos liderados por pessoas visivelmente acanalhadas – impede qualquer debate sério sobre como superar os impasses: os da economia, em geral, e os específicos do setor de petróleo, o naval e o da construção pesada, atingidos pelo escândalo.

Os alemães não fecharam a Siemens, os americanos não deixaram a GM quebrar.

Aqui, ao contrário, combate-se um acordo que não perdoa pessoas (ao contrário dos acordos do Dr. Moro), mas preserva empresas e empregos, colocando-as sob – na prática – sob intervenção e obrigando-as a não apenas a devolver o desviado, mas a abandonarem as trevas onde sempre transitaram as empreiteiras, que não começaram a corromper a política ontem, não é?

E há um indisfarçável prazer ao se noticiar que tantos ou quantos milhares já perderam o emprego ou que o projeto tal está paralisado.

Tomara que não se torne um triste vaticínio a frase dita há muito tempo por Dilma de que a Lava-Jato não deixaria “pedra sobre pedra”.

Porque, com “delações premiadas” e “engavetamentos seletivos”, nenhum de nós é tolo de achar que gatos, ratos e sobretudo tucanos gordos vão pagar pelo que tenham feito e, ainda que ocorresse isso, um país não se faz com cadeia, a não ser na cabeça dos moralistas hipócritas, o que chega a ser quase um pleonasmo.

A este quadro, o Governo reage com o silêncio.

Reflexo, talvez, de sua pouca confiança no bom senso do povo, que não é – e viu-se nas eleições – só uma massa manobrável pela mídia, mas um ser coletivo, que percebe, quase instintivamente, o que está resultando disso.

Cito a frase de Nilson Lage, que viu todos os filmes da história desta república desde os anos 50:

“Puseram o Brasil na roda, sujeito à invasão psicossocial dos cultos pós-modernos e à irresistível atração que os bezerros folheados a ouro exercem sobre 400 achacadores e as corporações de ofício que herdaram o poder dos donos das fazendas”

É preciso falar ao povo brasileiro e agir concretamente.

Não basta, embora algumas coisas sejam, de fato necessárias, fazer apenas cortes e adiamentos em despesas e projetos.

É preciso dizer o que está em jogo.

Parar de encarar a população como o fazem as elites e acreditar em sua capacidade de, apesar da mídia, pensar no que serve a si e ao seu país, o único que tem, pois Miami não é a sua praia.

Afinal, outubro não lhes mostrou isso


Fonte: TIJOLAÇO
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É fundamental o apoio da sociedade a iniciativa do governo em criar um Proer para as empreiteiras e com isso não interromper as obras, o que , se acontecer, irá causar demissões em massa.

A velha mídia e setores das oposições são contrários ao acordo e a criação do Proer, pois desejam paralisar o país e criar um caos.