sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Liga Carioca e Liga Nacional

Fla-Flu critica postura da Ferj e acena a possibilidade de criar uma nova liga 

Dupla chama medidas da federação de "ditatoriais", e diz que vão disputar a competição sob protesto

A briga entre o Flamengo e o Fluminense com a Federação de Futebol do Rio de Janeironão está nem perto de ter um fim. Na manhã desta sexta-feira, os times voltaram a rebater, dessa vez em nota oficial, as recentes atitudes tomadas pela Ferj, chamando-as de “ditatorial”, e acenou com a possibilidade de criar uma nova liga: a “Liga dos clubes cariocas”.

Os clubes lembram na nota, que juntos, somam 70% da torcida do estado e que somados, possuem mais da metade dos títulos do Campeonato Carioca, que são disputados desde 1906. Por esses fatos, e em respeito aos patrocinadores e torcedores, os clubes anunciam que irão disputar o Carioca 2015 sob protesto, mas frisam que não têm a intenção de participar de novas competições organizadas pela federação.

Em uma reunião na sede da Ferj, no último dia 15, foi decidido através de votação, que o Campeonato Carioca 2015 teria preços promocionais em todas as partidas. Todos os bilhetes comercializados terão preço de meia entrada. Todos os outros 18 times que participam da competição aceitaram a decisão, apenas Flamengo e Fluminense, que possuem programas de sócio-torcedor que dão direito ao benefício da meia-entrada ao associados, foram contra a medida.

Leia a nota divulgada pelos clubes na íntegra:
"O Clube de Regatas do Flamengo e o Fluminense Football Club mais uma vez vêm apúblico esclarecer alguns pontos sobre o claro desgaste da relação entre a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) e os seus filiados.  Infelizmente, a postura ditatorial da Ferj tem afastado Flamengo e Fluminense de qualquer possibilidade de entendimento; Não obstante ter tomado decisões ilegais como; 1. Tabelar preços dos ingressos ao arrepio da Lei da Meia-Entrada. 2.  Tentar exterminar o conceito de mandante previsto em toda legislação vigente. Burlando o próprio REC que, em seu artigo oitavo, parágrafo segundo, prevê a existência de mandos em todos os jogos, para efeitos legais. 3. Atentar contra a saúde financeira de seus filiados.  A Ferj  agora marca nova reunião do arbitral, nesta sexta-feira, dia 30 de janeiro de 2015, para discutir, dentre outros temas, a criação de um dito Programa Sócio-Torcedor de Futebol do Estado do Rio de Janeiro que nunca nos foi apresentado. Isto nos leva a supor que se trata de uma tentativa de destruir valor dos programas Sócio-Torcedor de seus filiados, buscando se apropriar, cada vez mais, dos ativos dos clubes, como já vem fazendo com as receitas de bilheteria, as cotas de televisão e a totalidade das receitas proveniente das placas publicitárias nos estádios. Interessante notar que a Ferj, enquanto se diz defensora de uma política de ingressos mais baratos, não reduz as próprias taxas que cobra dos clubes. Aliás, as mais altas taxas do futebol brasileiro. Por conta desta e de muitas outras arbitrariedades praticadas pela Ferj em prejuízo e empobrecimento do futebol carioca, deixamos clara nossa posição: A Ferj, ao contrário do que pensam seu presidente e parceiros íntimos, não possui dono e deveria, além de ser a maior defensora da legalidade, ser a representante de todos os clubes e não apenas daqueles que se submetem aos seus interesses.  A Ferj tenta induzir a opinião pública ao erro, querendo dar caráter desportivo a uma questão de cunho estritamente comercial.  A Ferj  tenta cassar dos clubes o direito de gerenciar suas receitas, prejudicando a todos e beneficiando apenas a Federação e seus parceiros íntimos. A manifestação de Flamengo e Fluminense se dá pelo direito de praticar preços compatíveis com os custos de operação de seus jogos e de garantir o conforto de suas torcida em seu estádio. Reiteramos que vamos defender esse direito e que buscaremos na Justiça a reparação das perdas que certamente teremos.Nós, que representamos cerca de 70% dos torcedores em nosso estado e que conquistamos mais da metade de  todos os campeonatos cariocas disputados desde 1906, temos consciência da nossa enorme relevância histórica para a afirmação do futebol do Rio de Janeiro, não só no cenário nacional, como também internacionalmente. Por essa razão, Flamengo e Fluminense, em respeito aos seus torcedores, patrocinadores, parceiros comerciais e aos detentores dos direitos de transmissão disputarão, sob protesto, o Campeonato Carioca 2015. Porém, não nos interessamos em participar de competições futuras organizadas nesses moldes e estudamos, em conjunto, a criação da Liga dos Clubes Cariocas.  O Flamengo e o Fluminense convocam seus torcedores e todos os que acompanham o futebol para apoiá-los na oposição ao que vem sendo feito e conduzido pela Ferj. Entidade que, ao longo do tempo, tem representado o evidente empobrecimento técnico e financeiro do nosso futebol.   Vamos juntos pela profissionalização e moralização do futebol carioca. Clube de Regatas do Flamengo e Fluminense Football Club".
Fonte: JORNAL DO BRASIL
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Boas falas.
De minha parte a criação de uma Liga dos Clubes Cariocas tem meu total apoio, e torço para que seja bem sucedida, pois irá favorecer os clubes, empenhados em trilhar os caminhos da gestão responsável e do profissionalismo.
Espero que essa iniciativa também traga à tona um grande debate nacional sobre a necessidade dos clubes em criar uma Liga Nacional, que passe a organizar e comercializar os campeonatos nacionais, como a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro.
Enquanto os clubes estiverem sendo comandados pela Ferj e pela CBF, sempre serão, de alguma forma, subtraídos em seus interesses, já que a Ferj e a CBF em conluio com outras organizações envolvidas com as competições, ávidas por auferir vantagens , procuram se aproveitar da visibilidade e da importância  das agremiações.

Disfarces e olhares

O DNA da História.  Dois olhares

Por Luciano Martins Costa em 30/01/2015 no programa nº 2533 | 0 come
 DNA da História
Os jornais desta sexta-feira (30/1) destacam, em suas primeiras páginas, o déficit das contas públicas que marca o encerramento do ano fiscal de 2014, a decisão da Petrobras de reduzir o ritmo de obras e a perspectiva de  suspender o pagamento de dividendos aos seus acionistas, além de referências à disputa pela presidência da Câmara dos Deputados e, claro, novos registros sobre a crise de abastecimento de água na região Sudeste.
O desemprego caiu para 4,8% no ano passado, mas apenas a Folha de S. Paulo cita esse fato na primeira página.
O conjunto do noticiário pode ser visto a olho nu, ou sob as lentes da mídia, que supostamente mostram as frações mais relevantes da realidade.
Houve um tempo, no jornal O Estado de S. Paulo, que se aplicava na produção da primeira página o conceito batizado com o imodesto nome de "DNA da História": tratava-se de uma orientação geral para que os editores indicassem para os destaques, preferencialmente, as notícias que tivessem mais potencial para representar a contemporaneidade.
Mas esse é um tempo passado.
Hoje em dia, a observação da imprensa exige que se aplique sobre seus conteúdos a lente da interpretação de motivos.
No caso do noticiário econômico, por exemplo, essa lente revela o efeito  dissimulador sobre o significado de fatos aparentemente contraditórios convivendo numa mesma página: num texto, o Brasil afunda em uma crise grave; em outros, o desemprego continua caindo e o investimento direto de capital estrangeiro segue em alta.
Há detalhes que poderiam ajudar o leitor a entender as entrelinhas que serpenteiam abaixo dos títulos.
Por exemplo, o rendimento do trabalho subiu 33,1% entre 2003 e 2014 e houve uma mudança no eixo do desenvolvimento, sob o ponto de vista dos salários: pelo quinto ano consecutivo, constata-se que os trabalhadores da região metropolitana do Rio de Janeiro ganham mais do que seus colegas da capital paulista.
Paralelamente, pode-se observar que o desempenho da indústria paulista continuou em queda, no período escolhido pela imprensa para mensurar os dados econômicos.
Dois olhares
O noticiário significa pouco se o leitor não colocar os indicadores em perspectiva, ou seja, numa economia globalizada, cada aspecto da realidade local precisa ser confrontado com a realidade planetária.
Por exemplo, se há um ajuste na política econômica em função do déficit das contas públicas, convém avaliar os potenciais efeitos colaterais sobre a saúde do organismo ao qual o Estado deve servir.
Não são poucos os casos em que um remédio para o coração provoca a falência múltipla de órgãos.
Essa foi a constatação feita nesta semana, por exemplo, pelos eleitores gregos.
A mídia genérica que alcança a maioria do público leitor tem um viés catastrofista em relação ao Brasil, mas não consegue distorcer tudo.
Por exemplo, num canto de página do jornal O Estado de S. Paulo nsta sexta-feira (30/1) o indivíduo enxerga o título de três linhas em uma coluna: "Brasil fica em 5o. como destino de investimentos".
Abre com uma visão positiva, mas em seguida desanda para o pessimismo.
Já no especialista Valor Econômico, a mesma notícia tem outra interpretação, mostrando que, num cenário internacional de retração, o Brasil subiu de 7o. para 5o. lugar entre os destinos de investimentos produtivos.
Quando um dos grandes diários de circulação nacional se vê obrigado a publicar uma notícia positiva, imediatamente se seguem os "poréns, contudos, todavias".
No caso do investimento estrangeiro direto, não dá para esconder o fato de que o Brasil subiu duas posições na disputa global por dinheiro aplicado em negócios - que é diferente do que vai para o mercado de ações.
Também não se pode omitir, sob pena de sacrificar a credibilidade, que o Brasil superou todos os países europeus, segundo os dados da ONU.
Se colocada em destaque, a notícia abriria a possibilidade, por exemplo, de expor o modelo adotado pela Europa para combater os efeitos de longo prazo da crise financeira de 2008, em comparação com a escolha brasileira de estimular o mercado interno a partir de projetos sociais que resgataram milhões da pobreza e da política de valorização da renda do trabalho.
No texto de apenas quatro parágrafos, a notícia positiva só aparece no primeiro parágrafo e é soterrada pelos aspectos negativos.
No entanto, o texto que foi distribuído pela ONU avalia o desempenho da América Latina, informando que o investimento estrangeiro caiu em praticamente todos os países da região, inclusive o México.
No Brasil, aumentou 8%.
Também acontecem coisas boas.
Mas a chamada grande imprensa só pensa naquilo.
Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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A velha mídia, onde se situa a velha imprensa, se esconde, usa disfarces, tudo em nome de uma suposta neutralidade e de uma independência que não existem, nunca existiram.

Antes da internete, das redes sociais e até mesmo bem antes do OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA, a velha mídia já se escondia, usava disfarces, manipulava os fatos, omitia outros.

O que mudou, então, para que a velha mídia passasse a ser notícia ?

Certamente não foram os inúmeros disfarces, menos ainda as manipulações e omissões, muitos menos o protagonismo de colunistas fundamentalistas religiosos, e outros.

Mudaram as formas de produção e distribuição de opiniões , as mais variadas expressões circulando em uma velocidade  tal de maneira que um número cada vez maior de pessoas  em um curto período de tempo passa a tomar conhecimento, dos disfarces, das manipulações, das omissões, dos fundamentalismos, etc...

O DNA da velha mídia se faz presente e visível para um número maior de pessoas devido ao fenômeno do genoma , que  para a velha mídia é a internete.

Esse é ponto que a vista identifica, do ponto de vista de um número cada vez maior de pessoas.

Speed ou velocity ?

Pouco importa , já que a velocidade e a facilidade de produção de opiniões e conteúdos com e para o alcance de qualquer pessoa, é a mudança, o diferencial que vem atormentando e mesmo isolando a velha mídia em sua ilha anacrônica, em seus pares, coleguinhas, limitados a círculos cada vez mais distantes da realidade.

Speed ou velocity, por outro lado, é a discussão que interessa a velha mídia, é o debate que ela apresenta, a briga que não interessa para todos aqueles empenhados em uma comunicação livre, plural e democrática.

Por outro lado, que talvez seja apenas o mesmo, a velha mídia jamais sairá em defesa das teses de democratização das comunicações, jamais fará uma autocrítica e, certos ombudsmen aparecem mais em jornais como expressões de modismos de gestão empresarial do que como defensores de um jornalismo plural, democrático e principalmente no caso brasileiro, limpo.

Fazendo um pequeno parênteses, o mesmo se observa com um grande número de empresas no tocante a outro modismo de gestão, a responsabilidade social. 

Fala-se muito em responsabilidade social, as corporações obtêm selos de certificação, fazem marqueting de seus supostos compromissos, porém, de fato, a tal responsabilidade social, principalmente certificada, nada mais é que uma estratégia para relações comerciais, principalmente entre corporações.

A responsabilidade com o social, de fato, é algo que passa ao largo da imensa maioria das corporações, praticamente inexistindo.

O mesmo se aplica aos ombudsmen dos jornais e revistas.

Dito isto, a velha mídia brasileira torna-se cada vez mais, a cada segundo, mais e mais conhecida da população, assim como seus disfarces, suas manipulações, seus truques, suas omissões e, principalmente a ilha  anacrônica onde todos habitam, pensam de forma igual, comportam-se bovinamente, em uma perfeita pandilha, desmoralizada, e sem a menor credibilidade.

É tratada, e assim deve ser, somente como um partido político, mesmo não o sendo, mas por assim exercer tal protagonismo o conteúdo jornalístico torna-se irrelevante, como de fato o é, tendo em vista a irrreversível , constante e gradual  queda nos índices de audiência e venda de telejornais, revistas e jornais, respectivamente.

O debate sobre a democratização dos meios de comunicação já existe na sociedade, independente da vontade ou da defesa por parte da velha mídia, independente de fundamentalismos religiosos expressos em colunas de jornais e revistas, independente de inativos saudosos do passado, independente, sim, pois  através de blogues, sites e redes sociais a sociedade se expressa, informa-se e, para desespero da imprensa, pauta-se.

Os tempos são outros, a velha mídia  encontra-se no centro de um palco e sem disfarces, a comunicação mudou , o electra da ponte Rio -São Paulo foi aposentado e a cachaça coronel não mais existe.



quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A nudez de Merval, Leitão e Sardenberg

Que droga, dizem as manchetes do Brasil aos cacos: país tem o menor desemprego de toda a sua história em 2014; taxa em dezembro foi de apenas 4,3%. Destruir o pleno emprego é o requisito conservador para colocar os assalariados de joelhos e pavimentar o arrocho em marcha.


O leão que não se entrega: sob fogo violento da mídia privatista, ferida por dentro e por fora pelo conluio entre aves de rapina da política e do empresariado, Petrobras investirá R$ 33 bi em 2015 e deu um lucro de R$ 13,4 bilhões até setembro de 2014. É um desempenho inferior ao esperado, mas que grupo privado alcançaria esses resultados sob um cerco equivalente e em meio à recessão em marcha?

Fonte: CARTA MAIOR
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O festival de asneiras em torno dos 88 bilhões de reais da Petrobras

Uma empresa muito falada e pouco entendida
Uma empresa muito falada e pouco entendida
Raras vezes tantas tolices foram publicadas e compartilhadas em cima de um número malcompreendido.
Entre no Twitter e digite Petrobras 88 bilhões, e você encontrará uma enxurrada daquilo que de mais imbecil a mente humana pode conceber.
A cifra de 88 bilhões de reais representaria aquilo que foi desviado por corrupção na Petrobras.
Para quem tem o mínimo de familiaridade com números, é um caso parecido com o do homem de oito metros.
Mas poucos tem, e a Folha, origem dos disparates, não está entre estes raros.
Foi a Folha que deu a “informação”. Ela estaria no balanço divulgado pela Petrobras.
Depois, a Folha corrigiu o erro, mas era tarde demais: a asneira já fora transmitida e incorporada por dezenas, centenas, milhares de analfabetos políticos que incluem suspeitos de sempre como Lobão e Danilo Gentilli.
Os 88 bilhões são um cálculo aproximado de ativos supervalorizados.
Imagine que, em vez da Petrobras, se tratasse da Abril. Suponha que a Veja, o principal ativo da casa, tivesse sido avaliada num balanço em 1 bilhão de reais.
Depois, se verificaria que o valor estava inflado em 50%, digamos. No ano seguinte, o balanço corrigiria o excesso, e a Veja surgiria com o valor de 500 milhões de reais.
É mais ou menos isso.
Dentro dos 88 bilhões, existe uma parcela associada aos desvios. Mas ninguém sabe quanto é.
Na reunião de diretoria que aprovou o balanço, chegou-se a cogitar – ou chutar — uma soma de 4 bilhões em desvios, com base nos 3% de taxa de propina de que falou o ex-diretor Paulo Roberto Costa.
Os 88 bilhões não fizeram a festa apenas de internautas sem noção de grandeza de números.
Numa rápida pesquisa no Twitter, encontrei o link de uma entrevista da CBN com um economista para falar dos “88 bilhões em desvios”.
Mesmo confessando não ter condição de analisar o balanço, ele concedeu uma entrevista de mais de seis minutos.
Pobres ouvintes da CBN. Uma rádio competente jogaria luzes onde há sombras. Mas a CBN cobre áreas cinzentas com ainda mais sombras.
Mas não se pode desprezar a contribuição da Petrobras para a confusão.
Tente entender o que a empresa quis dizer na sentença abaixo, que consta do balanço e é assinada por Graça Foster. Um determinado método foi descartado, e a explicação foi a seguinte:
“O amadurecimento adquirido no desenvolvimento do trabalho tornou evidente que essa metodologia não se apresentou como uma substituta ‘proxy’ adequada para mensuração dos potenciais pagamentos indevidos, pois o ajuste seria composto de diversas parcelas de naturezas diferentes, impossível de serem quantificadas individualmente, quais sejam, mudanças nas variáveis econômicas e financeiras (taxa de câmbio, taxa de desconto, indicadores de risco e custo de capital), mudanças nas projeções de preços e margens dos insumos, mudanças nas projeções de preços, margens e demanda dos produtos comercializados, mudanças nos preços de equipamentos, insumos, salários e outros custos correlatos, bem como deficiências no planejamento do projeto (engenharia e suprimento).”
Proust podia escrever parágrafos intermináveis, pelo talento excepcional em juntar palavras, mas nenhum redator de balanços pode fazer o mesmo.
Frases curtas, simples, fáceis de entender: eis o que um balanço deve conter, para ser compreendido para além dos números.
E então você tem o cruzamento de um jornal que admite o homem de oito metros com um balanço escrito numa linguagem não identificada – parecida, apenas, com o português.
Estava tudo pronto para um festival de asneiras nas redes sociais. Falsos gênios chegaram a fazer contas: com 88 bilhões de reais você compra x Fuscas e coisas do gênero.
Claro que o PSDB não poderia faltar.
Em sua conta no Twitter, o PSDB postou um quadro que dizia que “o prejuízo da Petrobras com corrupção pode chegar a 88 bilhões de reais.”
Neste caso, não é apenas erro. É má fé. É manipulação. É cinismo.
E uma tremenda duma mentira. O presidente do PSDB, Aécio, acaba de gravar um vídeo em que diz que Dilma mente.
Antes de ser julgada, a Petrobras tem que ser compreendida.
O barulho em torno dos 88 bilhões de reais mostra que a Petrobras, embora tão falada, é uma ilustre desconhecida para muitos brasileiros. Por isso, é fácil usá-la com propósitos canalhas por quem quer tudo menos, efetivamente, contribuir para o bem dela

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Desemprego é o menor da História

Levy, Levy, olha o que você vai fazer !
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Saiu no IBGE:

EM DEZEMBRO, TAXA DE DESOCUPAÇÃO FICA EM 4,3% E FECHA 2014 COM MÉDIA DE 4,8%




Em dezembro de 2014, a taxa de desocupação foi estimada em 4,3%, repetindo o percentual de dezembro de 2013 e mantendo o menor nível de toda a série histórica da PME. Em novembro de 2014, a taxa fora de 4,8%. Já a taxa de desocupação média de janeiro a dezembro de 2014 foi estimada em 4,8% (a menor da série), contra 5,4% em 2013. Em relação a 2003 (12,4%), a redução chegou a 7,5 pontos percentuais.

Em 2014, a média anual da população desocupada foi estimada em e 1,176 milhão de pessoas desocupadas, contingente 54,9% menor que o de 2003 (2,608 milhões) e 10,8% abaixo da média de 2013 (1,318 milhão). Em dezembro de 2014, a população desocupada nas seis regiões pesquisadas (1,051 milhão) recuou 11,8% em relação a novembro (1,192 milhão) e 0,9% contra dezembro de 2013 (1,061 milhão).

A média anual da população ocupada nas seis regiões pesquisadas em 2014 foi estimada em 23,087 milhões de pessoas, recuando 0,1% em relação a 2013, quando este contingente era de 23,116 milhões. Em dezembro de 2014, a população ocupada nas seis regiões pesquisadas chegou a 23,224 milhões, recuando 0,7% em relação a novembro e ficando estatisticamente estável (0,5%) frente a dezembro de 2013.

O percentual médio de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado em relação à população ocupada passou de 50,3% (11,6 milhões) em 2013, para 50,8% (11,7 milhões) em 2014. Em 2003 essa proporção era de 39,7% (7,3 milhões). Em 12 anos esse contingente cresceu 59,6% (ou mais 4,4 milhões). Em dezembro de 2014, havia 11,807 milhões de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, apresentando estabilidade no mês e no ano.

Em 2014, a média anual do rendimento habitual real da população ocupada (R$ 2.104,16) cresceu 2,7% em relação a 2013 (R$ 2.049,35). Em relação a 2003 (R$1.581,31), houve um ganho de 33,1% (ou cerca de R$ 522,85). De 2003 a 2014, o rendimento habitual real nos serviços domésticos teve o maior aumento (69,9%) entre os grupamentos de atividade pesquisados pela PME. Em dezembro de 2014, o rendimento médio habitual dos ocupados era R$ 2.122.10. Houve queda de 1,8% em relação a novembro (R$ 2.161,93) e alta de 1,6% contra dezembro de 2013 (R$ 2.089,57).

A média anual da massa de rendimento real mensal habitual em 2014 (R$ 49,3 bilhões) cresceu 3,0% em relação a 2013 e 66,0% contra 2003. Em dezembro de 2014, a massa de rendimento real habitual (R$ 50.015 milhões) caiu 2,4% em relação a novembro (R$ 51.243 milhões) e subiu 1,4% em relação a dezembro de 2013 (R$ 49.307 milhões). Já a massa de rendimento efetivo (R$ 55.180 milhões) cresceu 7,2% em relação a outubro (R$ 51.467 milhões) e cresceu 5,5% contra novembro de 2013 (R$ 52.297 milhões).

A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Sua publicação completa está emwww.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/.
A publicação da Retrospectiva do Mercado de Trabalho 2003-2014 está emwww.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/estudos_retrospectiva.shtm.
Rio de Janeiro mostra maior redução na população desocupada

O maior percentual de redução na população desocupada de 2014 em relação a 2013 foi na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (-23,4%), com São Paulo (-16,5%) e Belo Horizonte (-12,5%) a seguir. Nas Regiões Metropolitanas de Salvador (14,8%), Porto Alegre (8,7%) e Recife (1,8%), por outro lado, a população desocupada cresceu entre 2013 e 2014.

Nível de ocupação das mulheres ainda é menor, porém cresce mais que o dos homens


O nível da ocupação, proporção entre a População Ocupada e a População em Idade Ativa (dez anos ou mais de idade), alcançou 53,3%. Frente a 2003 (50,0%) houve alta de 3,2 pontos percentuais. O nível de ocupação das mulheres (45,4%) continuou inferior ao dos homens (62,6%), mas, em relação a 2003, seu aumento foi superior ao dos homens. Em relação a 2003, aumentou o nível da ocupação dos jovens de 18 a 24 anos (de 53,8% para 57,2%) e da população de cor preta ou parda (de 48,5% para 53,0%).

Serviços domésticos e construção têm os maiores ganhos no rendimento


Em todos os grupamentos de atividade houve ganhos no poder de compra do rendimento do trabalho. Os grupamentos com os maiores aumentos percentuais foram aqueles com os menores rendimentos. De 2013 a 2014, os ganhos de rendimento dos grupamentos foram: construção, 6,7%; serviços domésticos, 4,5%; comércio, 4,2%; educação, saúde e administração pública, 2,7%; outros serviços, 1,9%; indústria, 1,3% e serviços prestados às empresas, 0,6%.

Nos serviços domésticos, de 2003 a 2014, houve o maior aumento entre os grupamentos, 69,9%. Ainda em relação a 2003, outro destaque foi a construção, composto em sua maioria por pedreiros, com ganho de 58,7%.

Em 2014, o rendimento médio real domiciliar per capita (R$1.425,63) aumentou 2,4% em relação a 2013 e 49,6% comparado a 2003.
Rendimento dos pretos e pardos equivale a 58,0% dos rendimentos dos brancos

A pesquisa apontou disparidades entre os rendimentos de homens e mulheres e, também, entre brancos e pretos ou pardos. Em 2014, em média, as mulheres ganhavam em torno de 74,2% do rendimento recebido pelos homens – uma expansão de 0,6 ponto percentual frente a 2013 (73,6%). A menor proporção foi registrada em 2003, 70,8%.

O rendimento dos trabalhadores de cor preta ou parda, de 2003 para 2014, cresceu 56,3%, enquanto o rendimento dos trabalhadores de cor branca cresceu 30,4%. Mas a Pesquisa registrou também, que os trabalhadores de cor preta ou parda ganhavam, em média, em 2014, 58,0% do rendimento recebido pelos trabalhadores de cor branca. Em 2013, esta razão era 57,4%. Destaca-se que, em 2003, não chegava à metade (48,4%).
Rendimento no Rio de Janeiro mostra o maior crescimento

Entre as seis regiões metropolitanas pesquisadas, o rendimento médio real habitual da população ocupada no Rio de Janeiro teve a maior expansão (6,4%), com Recife (4,1%) a seguir.

Em relação a 2003, quatro regiões apresentaram variações maiores que a verificada no total das seis regiões metropolitanas (33,1%): Recife, Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, com taxas de 36,6%; 39,8%; 43,5% e 49,3%, respectivamente. As menores variações foram em São Paulo (23,9%) e Salvador (27,5%). Embora São Paulo tenha crescido menos do que a média das regiões pesquisadas, seu patamar é o segundo mais alto (R$ 2.192,43), logo atrás do Rio de Janeiro (R$ 2.346,50).

De 2013 para 2014, o rendimento aumentou em quase todas as formas de inserção: empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (1,7%), os militares e funcionários públicos estatutários (2,6%), trabalhadores por conta própria (3,8%) e empregadores (7,1%). Já os empregados sem carteira no setor privado registraram queda real de 1,7%.

Cresce a presença de pessoas com 50 anos ou mais no mercado de trabalho


De 2013 para 2014, a proporção de pessoas com 50 anos ou mais de idade na população em idade ativa aumentou de 32,3%, para 34,1%. Neste período, a presença de pessoas com 50 anos ou mais de idade no mercado de trabalho passou de 23,6%, para 24,7%. Em 2003, este grupo representava 16,7% da população ocupada.
Escolaridade de população ocupada continua crescendo

De 2013 para 2014, a escolaridade da população com 10 anos ou mais de idade aumentou. A proporção de pessoas com 11 anos ou mais de estudo cresceu 1,4 ponto percentual (de 48,5% para 49,9%). Em relação a 2003, quando este percentual era 34,3%, a expansão foi de 15,5 pontos percentuais em 12 anos.

Entre os trabalhadores, o avanço da população com 11 anos ou mais de estudo foi ainda maior, passando de 46,7% em 2003 para 65,4 % em 2014, crescimento de 18,7 pontos percentuais. Aumentou também a proporção de trabalhadores com ensino superior completo: em 2003 eles representavam 13,8% e, em 2014, 21,3%.
No ano, participação feminina no mercado de trabalho ficou estável

A participação das mulheres na população ocupada praticamente não se alterou, passando de 46,0% em 2013 para 46,1% em 2014. Ressalta-se que no confronto 2003 (43,0%), houve elevação significativa da participação delas no mercado de trabalho.

Em 2014, as pessoas ocupadas tinham uma jornada média semanal de 40,1 horas efetivamente trabalhadas, contra 41,3 horas em 2003. As regiões metropolitanas de São Paulo (40,6) e Rio de Janeiro (40,8) apresentaram jornadas superiores à média das seis regiões.

De 2013 para 2014, os grupamentos de atividade que mais aumentaram sua participação na população ocupada foram Serviços prestados às empresas (de 16,2% para 16,4%) e Outros Serviços (de 18,0% para 18,5%).

Resultados de dezembro de 2013: taxa de desocupação cai para 4,3%


A taxa de desocupação em dezembro de 2014 foi estimada em 4,3% para o conjunto das seis regiões metropolitanas investigadas, atingindo pelo segundo ano consecutivo o menor valor da série histórica da pesquisa (mesmo valor em dezembro de 2013). Frente a novembro último a taxa diminuiu 0,5 ponto percentual.

Regionalmente, na análise mensal, a taxa de desocupação sofreu redução em quatro das seis regiões analisadas: em Salvador caiu 1,5 ponto percentual (passou de 9,6% para 8,1%); em Recife caiu 1,3 ponto percentual (passou de 6,8% para 5,5%); em Belo Horizonte caiu 0,8 ponto percentual (passou de 3,7% para 2,9%); em Porto Alegre caiu 0,6 ponto percentual (passou de 4,2% para 3,6%) e nas demais regiões não variou. Em relação a dezembro de 2013, a taxa só apresentou variação estatisticamente significativa na região metropolitana de Porto Alegre, onde aumentou 1,0 ponto percentual, passando de 2,6% para 3,6%.

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego.


O contingente de desocupados, em dezembro de 2014 (1,1 milhão de pessoas no conjunto das seis regiões investigadas) recuou 11,8% em comparação com novembro (menos 141 mil pessoas). Na comparação com dezembro de 2013, apresentou estabilidade. Na análise regional, o contingente de desocupados, em comparação com novembro, caiu em Belo Horizonte (22,1%), em Recife (20,2%), em Salvador (16,8%) e em Porto Alegre (15,0%), ficando estável nas demais regiões. No confronto com dezembro de 2013, a desocupação aumentou 44,2% em Porto Alegre e caiu 17,7% em Belo Horizonte. Nas demais regiões não apresentou variação estatisticamente significativa.

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego.


O contingente de pessoas ocupadas em dezembro de 2014 (23,2 milhões para o conjunto das seis regiões) recuou 0,7% em relação ao mês de novembro. Frente a dezembro de 2013, esse contingente não apresentou variação. Regionalmente, a análise mensal mostrou que essa população manteve-se estável em todas as regiões, exceto no Rio de Janeiro, onde apresentou queda de 1,3%. Na comparação com dezembro de 2013, Salvador e Porto Alegre, registraram alta (3,8% e 2,8%, nesta ordem), Belo Horizonte, retração (2,6%) e nas demais regiões pesquisadas o quadro foi de estabilidade.

Para os grupamentos de atividade, no conjunto das seis regiões, de novembro para dezembro de 2014, houve quedas na Indústria e na Construção (ambas de 3,9%) e alta nos Serviços Domésticos (4,0%). Em relação a dezembro de 2013, houve retração na Construção (5,1%) e elevação em Outros serviços (3,4%).

O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado, em dezembro de 2014, foi estimado em 11,8 milhões no conjunto das seis regiões pesquisadas. Este resultado não assinalou variação frente a novembro último e quando comparado com dezembro de 2013 também se mostrou estável.



O rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi estimado, para o conjunto das seis regiões pesquisadas, no mês de dezembro de 2014, em R$ 2.122,10. Este resultado ficou 1,8% abaixo do registrado em novembro (2.161,93) e 1,6% acima do assinalado em dezembro do ano passado (R$ 2.089,57). Regionalmente, em relação a novembro passado, o rendimento apresentou retração em São Paulo (3,4%), Belo Horizonte (2,2%), Recife (1,8%) e Rio de Janeiro (1,0%). Cresceu em Salvador (2,3%) e em Porto Alegre (1,6%). Frente a dezembro de 2013, o rendimento apresentou resultado positivo em Salvador (9,7%), Porto Alegre (6,1%), Rio de Janeiro (2,6%) e Recife (1,0%); declinou 1,2% em Belo Horizonte e ficou estável em São Paulo.


A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados foi estimada em R$ 50,0 bilhões em dezembro de 2014, registrou queda de 2,4% em relação a novembro último. Na comparação anual esta estimativa cresceu 1,4%. 


Fonte: CONVERSA AFIADA
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Nos jornais aqui do Rio, hoje, o destaque do globo é para a ... Petrobras.

Manchete escandalosa sobre a ...Petrobras.

Nada sobre o menor desemprego da história do Brasil.

Nada sobre a informação do IBGE de que a renda média do Brasileiro cresceu 33 % nos últimos 13 anos, anos de governo do PT.

Nos outros jornais, o destaque ,além da seca que assola o pais é para a ... nudez de artista da Tv globo.

Com a proximidade do carnaval, nos programas da grade da tv globo os artistas aparecem cada vez mais com menos roupa.

Para a globo, o período que antecede o carnaval e o próprio carnaval, são momentos de "festa", "férias", "muita alegria " e , logo, todo mundo nu.

É o padrão globo, que por outro lado não deixa de destilar racismo, criticar o samba e fazer apologia ao show de ...Ringo Star.

Ainda no globo de hoje, nas chamadas dos colunistas, e são três as chamadas, algo de sintomático:

Para o colunista Sardenberg, os problemas da Petrobras são devidos ao custo... Lula.
Para o imortal Merval, os problemas da Petrobras são atribuídos à... Dilma.

E para Miriam Leitão, tudo o que acontece de ruim é culpa do...PT.

Por um lado a bela bunda da atriz da globo, por outro lado o jornalismo bundão de globo.





                                                   Haja bunda.


E tudo isso na maior estiagem, com o governador Pezão pedindo pra todo mundo rezar pra chover e com isso acabar com a seca.

E ainda mais, o futebol carioca pode não ter jogos do estadual no Maraca.

P.S. no grande programa big brother de globo, ontem faltou água na casa e os "artistas" reclamaram do fedor no banheiro.