terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Disque -Seca em Sampa

Sabesp lança o”Disque-Seca” e, afinal, 

assume racionamento: 


até 18 h sem água por dia

27 de janeiro de 2015 | 10:58 Autor: Fernando Brito
carrospipa
Finalmente a Sabesp, ainda que continue fugindo da falar em racionamento, assume na prática que está havendo um, sistemático e com hora marcada, para quase todos os moradores de São Paulo.

É o 195, o “Disque-Seca”, telefone pelo qual os paulistanos ficam sabendo a que horas não vai entrar água em suas caixas d’água e o horário em que ela vai voltar a ser fornecida.

Ou seja: qual é o período de racionamento.

Embora o repórter do Estadão não perceba, no meio de sua matéria há a primeira informação numérica de quanto está havendo de redução do consumo por corte, não por atitude dos próprios consumidores economizando água.

E o número é este: 60% do que se gasta a menos é provocado por falta d’água, não por “consumo consciente”.

Como a redução do fornecimento de um ano para cá chega a 15 ou 16 litros por segundo, 60% disso representam perto de 10 mil litros por segundo, ou 850 milhões de litros por dia.

Quer tornar isso concreto? 
Essa quantidade de água corresponde 85 mil caminhões- pipa, todos os dias. 
Uma fila de veículos  que iria e voltaria toda a distância entre São Paulo e Curitiba.

Este é o tamanho da “restrição hídrica” do governador Geraldo Alckmin.

Que a seca é grave, gravíssima, ninguém deixa de reconhecer e, ontem, aqui se mostrou a dramática restrição das chuvas.

Mas não é possível que 15 ou vinte minutos de queda de energia elétrica num dia sejam um escândalo e 18 horas sem água todos os dias sejam “coisa da vida”.

Fonte: TIJOLAÇO
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E o racionamento de água foi assumido pelas autoridades paulistas.

Algo que o PAPIRO e todos os blogues e sites ditos "sujos" já vinham anunciando desde o início de 2014.

Por outro lado, o lado dito "limpo", a velha mídia, vem  ignorando e omitindo essa realidade com o intuito de , inicialmente, garantir a reeleição de Geraldo Alckmim ao governo de São Paulo e, atualmente, evitar a morte da candidatura do tucano para a presidência da república em 2018.

Para que o volume da tal candidatura não se transforme em terras secas, a velha mídia , espertamente, retardou ao máximo as notícias sobre  o caos hídrico em São Paulo, pois, persistindo a ausência de chuvas, como vem acontecendo, outros estados e cidades também seriam afetados com possíveis restrições ao consumo de água e, assim sendo, a incompetência dos anos de gestão tucana em São Paulo seriam diluídos na estiagem total e , claro, em uma suposta  "incompetência " do governo federal.


É o que estamos assistindo atualmente no noticiário de rádios, jornais  revistas e emissoras de TV da velha mídia.


Uma manipulação grosseira em que as pessoas reais são as mais prejudicadas, pois a verdade não é apresentada de forma transparente.


Adicione-se a estiagem de informações fidedignas, uma confusão proposital sobre escassez de água e racionamento de energia, sendo a última de competência, ou incompetência , do governo federal.


E de fato tem sido assim, tanto que muitos veículos da velha mídia tem alardeado o possível racionamento de água no ...Rio de janeiro e em... Minas Gerais.


É importante informar que tal racionamento  no Rio e em Minas ,que tanto excita a velha mídia , não é nenhuma peça de ficção, no entanto,  se de fato vier a acontecer, as razões para a corte no abastecimento de água são totalmente diferentes de tudo que vem motivando o racionamento de água no estado de São Paulo .


Em São Paulo, a estiagem atual agravou a falta de planejamento dos governos tucanos, que por mais de dez anos já tinham conhecimento da necessidade de nossos investimentos em sistemas de captação, já que os atuais vem se revelando incapazes de suprir a necessidade de água , principalmente  da região metropolitana de São Paulo.


Os casos de Rio  e de Minas, caso venham a sofrer racionamento de água, serão oriundos, em grande parte, na estiagem atual do país.


Mesmo alardeando sobre os possíveis racionamentos em Minas  e no Rio, os governos desses estados estão empenhados, no momento, em lançar campanhas de economia de água, ou seja, uma fase anterior ao racionamento, caso de fato venha se concretizar.


No entanto, para a velha mídia, o racionamento é uma realidade geral na região sudeste, já que São Paulo , de fato, está , racionando a distribuição de água para a população.


Se não bastasse essa manipulação, um possível "apagão" de energia elétrica estaria espreitando o país, já que os reservatórios das hidrelétricas estão com níveis bem abaixo do desejado.


Por outro lado tal apagão, que de fato seria um racionamento de energia elétrica, também não é nenhuma peça de ficção, caso as chuvas não venham e, como bem sabe o leitor, a maioria da energia elétrica gerada no pais tem como principal fonte as usinas hidrelétricas.


Proliferam imagens nas emissoras de TV de residências sem água, sempre igualmente distribuídas nos estados do Rio, São Paulo e Minas. 

Ou seja, tudo para que  o volume da candidatura de Geraldo Alckmim não se transforme em pó. 

Ontem, em um programa da rádio Band News FM do Rio de Janeiro, um engenheiro que estava sendo entrevistado sobre as questões hídrica e energética, afirmou que setores da sociedade estão estudando medidas judiciais para obrigar a velha mídia a informar corretamente a  população sobre as questões da água e de energia. 

Tão logo fez tal afirmação, a âncora da emissora agradeceu e, sem disfarçar o constrangimento,  encerrou a entrevista. 
Como qualquer bom jornalista que segue a pista dada pelo entrevistado para um novo questionamento, a âncora não explorou o assunto das medidas judiciais. 
Entende-se , o assunto falava da imprensa.

Tudo o que vem acontecendo, quando devidamente esclarecido à população, deveria desencadear um debate saudável sobre a realidade das alterações climáticas, novas formas de geração de energia elétrica e um novo entendimento sobre a importância no consumo de água, assim como novas formas de captação.


É provável que tal debate venha a ocorrer , no entanto jamais será saudável, honesto e limpo, já que será mediado pela velha mídia.




segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Destruição em marcha. Fora PTSDB

Noam Chomsky: 

estamos à beira da total auto-destruição?

Existem mais processos de longo prazo apontando na direção, talvez não da destruição total, mas ao menos da destruição da capacidade de uma vida decente.



ArquivoNoam Chomsky, Alternet


O que o futuro trará? Uma postura razoável seria tentar olhar para a espécie humana de fora. Então imagine que você é um extraterrestre observador que está tentando desvendar o que acontece aqui ou, imagine que és um historiador daqui a 100 anos - assumindo que existam historiadores em 100 anos, o que não é óbvio - e você está olhando para o que acontece. Você veria algo impressionante.

Pela primeira vez na história da espécie humana, desenvolvemos claramente a capacidade de nos destruirmos. Isso é verdade desde 1945. Agora está finalmente sendo reconhecido que existem mais processos de longo-prazo como a destruição ambiental liderando na mesma direção, talvez não à destruição total, mas ao menos à destruição da capacidade de uma existência decente.

E existem outros perigos como pandemias, as quais estão relacionadas à globalização e interação. Então, existem processos em curso e instituições em vigor, como sistemas de armas nucleares, os quais podem levar à explosão ou talvez, extermínio, da existência organizada.

Como destruir o planeta sem tentar muito 

A pergunta é: O que as pessoas estão fazendo a respeito? Nada disso é segredo. Está tudo perfeitamente aberto. De fato, você tem que fazer um esforço para não enxergar.

Houveram uma gama de reações. Têm aqueles que estão tentando ao máximo fazer algo em relação à essas ameaças, e outros que estão agindo para aumentá-las. Se olhar para quem são, esse historiador futurista ou extraterrestre observador veriam algo estranho. As sociedades menos desenvolvidas, incluindo povos indígenas, ou seus remanescentes, sociedades tribais e as primeiras nações do Canadá, que estão tentando mitigar ou superar essas ameaças. Não estão falando sobre guerra nuclear, mas sim desastre ambiental, e estão realmente tentando fazer algo a respeito.

De fato, ao redor do mundo - Austrália, Índia, América do Sul - existem batalhas acontecendo, às vezes guerras. Na Índia, é uma guerra enorme sobre a destruição ambiental direta, com sociedades tribais tentando resistir às operações de extração de recursos que são extremamente prejudiciais localmente, mas também em suas consequências gerais. Em sociedades onde as populações indígenas têm influência, muitos tomam uma posição forte. O mais forte dos países em relação ao aquecimento global é a Bolívia, cuja maioria é indígena e requisitos constitucionais protegem os “direitos da natureza”.

O Equador, o qual também tem uma população indígena ampla, é o único exportador de petróleo que conheço onde o governo está procurando auxílio para ajudar a manter o petróleo no solo, ao invés de produzi-lo e exportá-lo - e no solo é onde deveria estar.

O presidente Venezuelano Hugo Chávez, que morreu recentemente e foi objeto de gozação, insulto e ódio ao redor do mundo ocidental, atendeu a uma sessão da Assembléia Geral da ONU a poucos anos atrás onde ele suscitou todo tipo de ridículo ao chamar George W. Bush de demônio. Ele também concedeu um discurso que foi interessante. Claro, Venezuela é uma grande produtora de petróleo. O petróleo é praticamente todo seu PIB. Naquele discurso, ele alertou dos perigos do sobreuso dos combustíveis fóssil e sugeriu aos países produtores e consumidores que se juntassem para tentar manejar formas de diminuir o uso desses combustíveis. Isso foi bem impressionante da parte de um produtor de petróleo. Você sabe, ele era parte índio, com passado indígena. Esse aspecto de suas ações na ONU nunca foi reportado, diferentemente das coisas engraçadas que fez.

Então, em um extremo têm-se os indígenas, sociedades tribais tentando amenizar a corrida ao desastre. No outro extremo, as sociedades mais ricas, poderosas na história da humanidade, como os EUA e o Canadá, que estão correndo em velocidade máxima para destruir o meio ambiente o mais rápido possível. Diferentemente do Equador e das sociedades indígenas ao redor do mundo, eles querem extrair cada gota de hidrocarbonetos do solo com toda velocidade possível.

Ambos partidos políticos, o presidente Obama, a mídia, e a imprensa internacional parecem estar olhando adiante com grande entusiasmo para o que eles chamam de “um século de independência energética” para os EUA. Independência energética é quase um conceito sem significado, mas botamos isso de lado. O que eles querem dizer é: teremos um século no qual maximizaremos o uso de combustíveis fóssil e contribuiremos para a destruição do planeta.

E esse é basicamente o caso em todo lugar. Admitidamente, quando se trata de desenvolvimento de energia alternativa, a Europa está fazendo alguma coisa. Enquanto isso, os EUA, o mais rico e poderoso país de toda a história do mundo, é a única nação dentre talvez 100 relevantes que não possui uma política nacional para a restrição do uso de combustíveis fóssil, e que nem ao menos mira na energia renovável. Não é por que a população não quer. Os americanos estão bem próximos da norma internacional com sua preocupação com o aquecimento global. Suas estruturas institucionais que bloqueiam a mudança. Os interesses comerciais não aceitam e são poderosos em determinar políticas, então temos um grande vão entre opinião e política em muitas questões, incluindo esta. Então, é isso que o historiador do futuro veria. Ele também pode ler os jornais científicos de hoje. Cada um que você abre tem uma predição mais horrível que a outra.

“O momento mais perigoso na história”

A outra questão é a guerra nuclear. É sabido por um bom tempo, que se tivesse que haver uma primeira tacada por uma super potência, mesmo sem retaliação, provavelmente destruiria a civilização somente por causa das consequências de um inverno-nuclear que se seguiria. Você pode ler sobre isso no Boletim de Cientistas Atômicos. É bem compreendido. Então o perigo sempre foi muito pior do que achávamos que fosse.

Acabamos de passar pelo 50o aniversário da Crise dos Mísseis Cubanos, a qual foi chamada de “o momento mais perigoso na história” pelo historiador Arthur Schlesinger, o conselheiro do presidente John F. Kennedy. E foi. Foi uma chamada bem próxima do fim, e não foi a única vez tampouco. De algumas formas, no entanto, o pior aspecto desses eventos é que a lições não foram aprendidas.

O que aconteceu na crise dos mísseis em outubro de 1962 foi petrificado para parecer que atos de coragem e reflexão eram abundantes. A verdade é que todo o episódio foi quase insano. Houve um ponto, enquanto a crise chegava em seu pico, que o Premier Soviético Nikita Khrushchev escreveu para Kennedy oferecendo resolver a questão com um anuncio publico de retirada dos mísseis russos de Cuba e dos mísseis americanos da Turquia. Na realidade, Kennedy nem sabia que os EUA possuíam mísseis na Turquia na época. Estavam sendo retirados de todo modo, porque estavam sendo substituídos por submarinos nucleares mais letais, e que eram invulneráveis.

Então essa era a proposta. Kennedy e seus conselheiros consideraram-na - e a rejeitaram. Na época, o próprio Kennedy estimava a possibilidade de uma guerra nuclear em um terço da metade. Então Kennedy estava disposto a aceitar um risco muito alto de destruição em massa afim de estabelecer o princípio de que nós - e somente nós - temos o direito de deter mísseis ofensivos além de nossas fronteiras, na realidade em qualquer lugar que quisermos, sem importar o risco aos outros - e a nós mesmos, se tudo sair do controle. Temos esse direito, mas ninguém mais o detém.

No entanto, Kennedy aceitou um acordo secreto para a retirada dos mísseis que os EUA já estavam retirando, somente se nunca fosse à publico. Khrushchev, em outras palavras, teve que retirar abertamente os mísseis russos enquanto os EUA secretamente retiraram seus obsoletos; isto é, Khrushchev teve que ser humilhado e Kennedy manteve sua pose de macho. Ele é altamente elogiado por isso: coragem e popularidade sob ameaça, e por aí vai. O horror de suas decisões não é nem mencionado - tente achar nos arquivos.

E para somar um pouco mais, poucos meses antes da crise estourar os EUA haviam mandado mísseis com ogivas nucleares para Okinawa. Eram mirados na China durante um período de grande tensão regional.

Bom, quem liga? Temos o direito de fazer o que quisermos em qualquer lugar do mundo. Essa foi uma lição daquela época, mas haviam outras por vir.

Dez anos depois disso, em 1973, o secretário de estado Henry Kissinger chamou um alerta vermelho nuclear. Era seu modo de avisar à Rússia para não interferir na constante guerra Israel-Árabes e, em particular, não interferir depois de terem informado aos israelenses que poderiam violar o cessar fogo que os EUA  e a Rússia haviam concordado. Felizmente, nada aconteceu.

Dez anos depois, o presidente em vigor era Ronald Reagan. Assim que entrou na Casa Branca, ele e seus conselheiros fizeram com que a Força Aérea começasse a entrar no espaço aéreo Russo para tentar levantar informações sobre os sistemas de alerta russos, Operação Able Archer. Essencialmente, eram ataques falsos. Os Russos estavam incertos, alguns oficiais de alta patente acreditavam que seria o primeiro passo para um ataque real. Felizmente, eles não reagiram, mesmo sendo uma chamada estreita. E continua assim.

O que pensar das crises nucleares Iraniana e Norte-Coreana

No momento, a questão nuclear está regularmente nas capas nos casos do Irã e da Coréia do Norte. Existem jeitos de lidar com esse crise contínua. Talvez não funcionasse, mas ao menos tentaria. No entanto, não estão nem sendo consideradas, nem reportadas.

Tome o caso do Irã, que é considerado no ocidente - não no mundo árabe, não na Ásia - a maior ameaça à paz mundial. É uma obsessão ocidental, e é interessante investigar as razões disso, mas deixarei isso de lado. Há um jeito de lidar com a suposta maior ameaça à paz mundial? Na realidade existem várias. Uma forma, bastante sensível, foi proposta alguns meses atrás em uma reunião dos países não alinhados em Teerã. De fato, estavam apenas reiterando uma proposta que esteve circulando por décadas, pressionada particularmente pelo Egito, e que foi aprovada pela Assembléia Geral da ONU.

A proposta é mover em direção ao estabelecimento de uma zona sem armas nucleares na região. Essa não seria a resposta para tudo, mas seria um grande passo à frente. E haviam modos de proceder. Sob o patrocínio da ONU, houve uma conferência internacional na Finlândia dezembro passado para tentar implementar planos nesta trajetória. O que aconteceu? Você não lerá sobre isso nos jornais pois não foi divulgado - somente em jornais especialistas.

No início de novembro, o Irã concordou em comparecer à reunião. Alguns dias depois Obama cancelou a reunião, dizendo que a hora não estava correta. O Parlamento Europeu divulgou uma declaração pedindo que continuasse, assim como os estados árabes. Nada resultou. Então moveremos em direção a sanções mais rígidas contra a população Iraniana - não prejudica o regime - e talvez guerra. Quem sabe o que irá acontecer?


No nordeste da Ásia, é a mesma coisa. A Coréia do Norte pode ser o país mais louco do mundo. É certamente um bom competidor para o título. Mas faz sentido tentar adivinhar o que se passa pela cabeça alheia quando estão agindo feito loucos. Por que se comportariam assim? Nos imagine na situação deles. Imagine o que significou na Guerra da Coréia anos dos 1950’s o seu país ser totalmente nivelado, tudo destruído por uma enorme super potência, a qual estava regozijando sobre o que estava fazendo. Imagine a marca que deixaria para trás.

Tenha em mente que a liderança Norte Coreana possivelmente leu os jornais públicos militares desta super potência na época explicando que, uma vez que todo o resto da Coréia do Norte foi destruído, a força aérea foi enviada para a Coréia do Norte para destruir suas represas, enormes represas que controlavam o fornecimento de água - um crime de guerra, pelo qual pessoas foram enforcadas em Nuremberg. E esses jornais oficiais falavam excitadamente sobre como foi maravilhoso ver a água se esvaindo, e os asiáticos correndo e tentando sobreviver. Os jornais exaltavam com algo que para os asiáticos fora horrores para além da imaginação. Significou a destruição de sua colheita de arroz, o que resultou em fome e morte. Quão maravilhoso! Não está na nossa memória, mas está na deles.

Voltemos ao presente. Há uma história recente interessante. Em 1993, Israel e Coréia do Norte se moviam em direção a um acordo no qual a Coréia do Norte pararia de enviar quaisquer mísseis ou tecnologia militar para o Oriente Médio e Israel reconheceria seu país. O presidente Clinton interveio e bloqueou. Pouco depois disso, em retaliação, a Coréia do Norte promoveu um teste de mísseis pequeno. Os EUA e a Coréia do Norte chegaram então a um acordo em 1994 que interrompeu seu trabalho nuclear e foi mais ou menos honrado pelos dois lados. Quando George W. Bush tomou posse, a Coréia do Norte tinha talvez uma arma nuclear e verificadamente não produzia mais.

Bush imediatamente lançou seu militarismo agressivo, ameaçando a Coréia do Norte - “machado do mal” e tudo isso - então a Coréia do Norte voltou a trabalhar com seu programa nuclear. Na época que Bush deixou a Casa Branca, tinham de 8 a 10 armas nucleares e um sistema de mísseis, outra grande conquista neoconservadora. No meio, outras coisas aconteceram. Em 2005, os EUA e a Coréia do Norte realmente chegaram a um acordo no qual a Coréia do Norte teria que terminar com todo seu desenvolvimento nuclear e de mísseis. Em troca, o ocidente, mas principalmente os EUA, forneceria um reator de água natural para suas necessidades medicinais e pararia com declarações agressivas. Eles então formariam um pacto de não agressão e caminhariam em direção ao conforto.

Era muito promissor, mas quase imediatamente Bush menosprezou. Retirou a oferta do reator de água natural e iniciou programas para compelir bancos a pararem de manejar qualquer transação Norte Coreana, até mesmo as legais. Os Norte Coreanos reagiram revivendo seu programa de armas nuclear. E esse é o modo que se segue.

É bem sabido. Pode-se ler na cultura americana principal. O que dizem é: é um regime bem louco, mas também segue uma política do olho por olho, dente por dente. Você faz um gesto hostil e responderemos com um gesto louco nosso. Você faz um gesto confortável e responderemos da mesma forma.

Ultimamente, por exemplo, existem exercícios militares Sul Coreanos-Americanos na península Coreana a qual, do ponto de vista do Norte, tem que parecer ameaçador. Pensaríamos que estão nos ameaçando se estivessem indo ao Canadá e mirando em nós. No curso disso, os mais avançados bombardeiros na história, Stealth B-2 e B-52, estão travando ataques de bombardeio nuclear simulados nas fronteiras da Coréia do Norte.

Isso, com certeza, reacende a chama do passado. Eles lembram daquele passado, então estão reagindo de uma forma agressiva e extrema. Bom, o que chega no ocidente derivado disso tudo é o quão loucos e horríveis os líderes Norte Coreanos são. Sim, eles são. Mas essa não é toda a história, e esse é o jeito que o mundo está indo.

Não é que não haja alternativas. As alternativas somente não estão sendo levadas em conta. Isso é perigoso. Então, se me perguntar como o mundo estará no futuro, saiba que não é uma boa imagem. A menos que as pessoas façam algo a respeito. Sempre podemos.


TraduçãoIsabela Palhares

Fonte: CARTA MAIOR
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 ... os interesses comerciais não aceitam e são poderosos em determinar políticas, então temos um grande vão entre opinião e política em muitas questões...

E assim o Siryza, na Grécia, nasceu, cresceu e venceu.

O Podemos, na Espanha, segue o  mesmo caminho.

Bolívia e Equador, rejeitam a loucura da globalização neoliberal, sendo que na Bolívia os direitos da natureza são garantidos pela constituição do país.

Enquanto povos dão sinais de terem acordado e começam a sair do pesadelo neoliberal, o governo Dilma , do PT, faz o caminho inverso e prepara-se para um mergulho nas trevas.

O salto mortal da madrugada que o país ensaia também é conhecido como políticas de austeridade, e é comandado por um tal de Joaquim, que , sorridente, prepara um pacote de maldades que irá  atingir a classe trbalhadora, a classe média e a maioria do povo que mais necessita de políticas sociias.

Uma frente de esquerda no Brasil, ao estilo Syriza na Grécia é algo muito difícil de ser costurado, mas não é impossível .

Acorda, Dilma.

Fora  PTSDB.


Desemprego no mundo deve aumentar nos próximos quatro anos

Estudo da OIT aponta que desigualdade também vai crescer. 

Organização critica austeridade na Europa



O número de desempregados no mundo vai aumentar, em pelo menos 11 milhões, nos próximos quatro anos, e as desigualdades também vão crescer ainda mais, conforme advertiu a Organização Mundial do Trabalho (OIT), em relatório publicado nessa segunda-feira (19). Em 2019, mais de 219 milhões de pessoas podem ficar sem emprego, mostra o documento.

“Mais de 61 milhões de empregos foram perdidos desde o início da crise em 2008 e as nossas projeções apontam para o crescimento do desemprego até o final da década. O que significa que a crise do emprego está longe de estar terminada”, disse o diretor-geral da OIT, Guy Ryder.
 
Ele apontou que “as políticas de austeridade, em particular na Europa, contribuíram para o aumento espetacular do desemprego”. 

“Não penso que foram inevitáveis (as políticas de austeridade)”, afirmou ainda o diretor-geral.



Fonte:  PSOL

sábado, 24 de janeiro de 2015

Primeiro tomamos Manhattan

Syriza avança na Grécia: 

últimas pesquisas antes da eleição de domingo dão ao partido de Alexis Tsipras uma dianteira de 5 a 10 pontos em relação ao conservador Nova Democracia; revés da direita será a primeira grande derrota de Merkel no euro e pode incentivar outras rupturas.

Fonte: CARTA MAIOR 

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Pirueta histórica. 

A esquerda avança na Europa

24 de janeiro de 2015 | 10:37 Autor: Miguel do Rosário
syrizaepodemos
(Na foto: Alexis Tsipras, de braço erguido, candidato do Syriza e favorito nas eleições deste domingo, ao lado de Pablo Iglesias, líder do Podemos, partido de esquerda espanhol, também favorito nas eleições deste ano.)
A história é uma dama maliciosa e cheia de surpresas.
Quando todos os analistas dizem uma coisa, ela dá uma pirueta e toma o caminho contrário.
Muito se falou sobre o irreversível avanço da direita na Europa.
Pois bem. Na Espanha, o Podemos, liderado por Pablo Iglesias, lidera as pesquisas para as eleições presidenciais ao final deste ano.
Segundo pesquisa publicada pelo El Pais, principal jornal espanhol, o Podemos teria 28,2% dos votos, contra 23,5% dos socialistas e 19% do PP.
Podemos é um partido de esquerda, ou “anti-austeridade”.
Austeridade é o conceito que os ricos europeus inventaram para continuar cevando a classe média e os mais pobres.
Enquanto os ricos continuam na boa, pagando cada vez menos impostos, em virtude da facilidade crescente com que escamoteiam seu dinheiro e seus negócios em paraísos fiscais, os governos aumentam a carga tributária sobre os trabalhadores e reduzem os investimentos.
Na Grécia, todas as pesquisas apontam a vitória do Syriza, liderado pelo jovem Alexis Tsipras. A última pesquisa, divulgada nesta sexta-feira, mostra o partido com 6 pontos à frente do partido de centro-direita Nova Democracia, atualmente no poder.
Será a primeira vez, em quase 200 anos, que a esquerda chega ao poder na Grécia.
Em outras ocasiões, lideranças socialistas ou comunistas gregas foram duramente reprimidas, presas, exiladas.
O avanço da esquerda na Europa é uma consequência democrática e natural da crise financeira vivida pelo continente após 2008.
Os europeus assistiram, aterrorizados e perplexos, seus governos esvaziarem os cofres públicos e dar todo o dinheiro a bancos privados.
Ou seja, pobres e classe média se tornaram mais pobres para os ricos se tornarem mais ricos.
A imprensa europeia está cheia de reportagens sobre a explosão da desigualdade na Grécia.
No Liberación desta sexta-feira, há uma matéria sobre o maior magnata grego, Dimitris Melissanidis, dono da Aegean Oil, companhia de petróleo que abastece a marinha americana.
Melissanidis é dono de outras centenas de empresas, em toda a Europa.
A reportagem fala das ameaças de Melissanidis a um jornalista de uma publicação mensal de Atenas, a Unfollow, que havia publicado uma denúncia de sonegação e contrabando de gasolina contra o bilionário, baseado em relatórios do fisco grego.
Mais ou menos a mesma coisa que divulgamos aqui contra a Globo, sendo que a Globo, ao invés de praticar crimes com petróleo, o faz com informação.
O jornalista, Lefteris Charalambopoulos, explicou que a grande mídia grega ignorou as denúncias, e tampouco fez caso das ameaças do bilionário à sua pessoa, cujo áudio vazou para a internet.
A mesma coisa que aconteceu aqui: a grande mídia blinda seus amigos.
Não é a primeira vez que Melissanidis ameaça jornalistas. E não é a primeira vez que a grande mídia o protege.
Essa é uma das coisas que explica a ascensão do Syriza, contra toda a grande mídia grega.
Na última quinta-feira, o candidato da Syriza, Alexis Tsipras, fez um discurso ao lado de Pablo Iglesias, o líder do Podemos, diante de milhares de pessoas, em Atenas.
Juntos, eles cantaram alguns versos de First We Take Manhattan, de Leonardo Cohen, que se transformou numa espécie de hino revolucionário dessa nova juventude “transviada” (tradução da música aqui).
Os analistas dizem que a Grécia nunca viveu uma eleição tão nervosa, tão polarizada entre esquerda e direita, entre o novo e o velho.
A história, essa maliciosa dama, continua aprontando das suas.

Fonte: TIJOLAÇO
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A vitória da esquerda na Grécia será um terremoto na Europa, que certamente ficará abalada.

A provável vitória do Podemos na Espanha, seria a reconstrução da Europa pós terremoto que se avizinha.

Isso teria implicações em todo o mundo, inclusive na América Latina, que mais uma vez terá a visita ainda este ano do Papa Francisco, agora na próspera e de esquerda Bolívia.

Um sinal para o Brasil, que segue neste início de segundo governo Dilma  um caminho oposto ao que se desenha  no momento.

Enquanto isso na vizinha Bolívia a nova esquerda floresce com um mix do melhor do socialismo, das tradições indígenas, do cristianismo e do capitalismo.

Acorda, Dilma. Levy seria ótimo para um governo do PSDB.

Que a frente de esquerda que se organiza no Brasil  , traga também novos ventos. 

Fora PT e fora PSDB.


First We Take Manhattan - Primeiro Tomamos Manhattan
 
Eles me sentenciaram a vinte anos de tédio
Por tentar mudar o sistema por dentro
Eu estou chegando agora, chegando para recompensa-los
Primeiro tomamos Manhattan, então tomamos Berlim


Eu sou guiado por um sinal no céu
Eu sou guiado por esta marca de nascença em minha pele
Eu sou guiado pela beleza de nossas armas
Primeiro tomamos Manhattan, então tomamos Berlim


Eu realmente gostaria de viver ao teu lado, querida
Eu amo o teu corpo, teu espírito e tuas roupas
Mas você vê aquela linha se movendo pela estação?
Eu lhe disse que era um deles


Ah, você me amou como um perdedor, mas agora você está preocupada porque eu posso vencer
Você sabe como me parar, mas não tem a disciplina
Quantas noites eu rezei por isso, para deixar o meu trabalho começar
Primeiro tomamos Manhattan, então tomamos Berlim


Eu não gosto do seu negócio da moda, senhor
E eu não gosto dessas drogas que o mantém magro
Eu não gosto do que aconteceu à minha irmã
Primeiro tomamos Manhattan, então tomamos Berlim


E eu lhe agradeço por todos estes itens que você me mandou
O macaco e o violino de madeira
Eu pratiquei todas as noites, agora estou pronto
Primeiro tomamos Manhattan, então tomamos Berlim

Eu sou guiado


Ah, lembre de mim! Eu costumava viver pela música
Lembre de mim! Eu lhe trouxe mantimentos
Bem, é Dia dos Pais e todos estão feridos
Primeiro tomamos Manhattan, então tomamos Berlim


Reformulação

Fred de bola cheia no Fluminense

Tricolor de coração, atacante abre mão de uma fortuna na China

Marcelo Bertoldo
Rio - Se a novela Conca não teve um final feliz para a torcida do Fluminense, os capítulos finais da trama que envolve o futuro de Fred se encaminha para um desfecho positivo e duradouro. Ontem, em dia de despedida, o argentino nem sequer apareceu nas Laranjeiras. Liberado pela diretoria, o meia acertou últimos detalhes de sua transferência para o Shanghai Dongya. Já Fred, mesmo com uma proposta milionária da China, decidiu continuar.

Fred continua no Fluminense em 2015
Foto:  Carlos Moraes

Nos EUA, o vice de futebol, Mário Bittencourt, o gerente Fernando Simões, e Francis Melo, empresário de Fred, fecham os moldes do novo contrato, que terá duração de quatro anos. A dívida de R$ 4 milhões — referente a 20 meses de atraso no pagamento de direito de imagem — faz parte do acordo. Ciente do risco de perder os medalhões bancados pela Unimed, ex-patrocinadora do clube, o técnico Cristóvão Borges crê na permanência do atacante: “Não estou preparado. Com perdas de jogadores importantes, você enfraquece. Temos de achar maneiras de ficar bem, de evoluir. As conversas estão adiantadas para que ele fique. Ainda não posso confirmar. Mas a chance é muito grande.”
Confiante, Cristóvão banca a escalação de Fred no jogo-treino contra a Cabofriense, hoje, às 9h30, nas Laranjeiras. Poupado da Florida Cup, o artilheiro pediu mais tempo para aprimorar a forma física. Como tinha conhecimento da proposta por Conca desde o início da pré-temporada, o treinador já começou a pensar na montagem da equipe e disse que ninguém é insubstituível.
“Nós perdemos um ídolo, um grande jogador, mas vamos procurar nos adaptar”, avisou Cristóvão.
Funcionários sofrem com atraso de salário
O clima de incerteza financeira no Fluminense não afeta apenas os jogadores. O atraso no salário dos funcionários está perto de completar dois meses. O 13º também não foi quitado. A diretoria trabalha nos bastidores para conseguir a liberação de verbas bloqueadas pela Justiça, mas funcionários que recebem até dois salários mínimos reclamam da falta de prazo para a solução do problema.
A equipe do jornal ‘Ataque’ foi procurada por diversos funcionários. Um deles pediu para não ser identificado, mas fez questão de fazer um desabafo. “A situação está complicada. As contas não param de acumular em casa. Tenho aluguel e IPTU para pagar, material escolar dos filhos para comprar... E ninguém nos dá uma posição oficial”, lamentou.
O presidente Peter Siemsen retorna ao Rio este fim de semana. Em companhia da cúpula do Fluminense, ele tem negociado com novos patrocinadores. Depois de fechar com a Viton 44 (por R$ 14 milhões/ano) e Frescatto (por R$ 4milhões/ano), o mandatário espera regularizar as finanças do clube com novos acordos.

Fonte; O DIA
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O tempo de Fred no Fluminense passou.

O fim da parceria com a Unimed  revelou que o clube seguia um modelo de gestão  pouco profissional.

Por diversas vezes, O PAPIRO chamou a atenção para os problemas de interface na gestão administrativa existentes entre a antiga patrocinadora e a direção do clube .

Esses problemas de interfaces mal definidas, que agora vieram à tona com a saída da patrocinadora, colaboraram  para o rompimento com a Unimed e revelaram um modelo de manutenção de alguns atletas totalmente incompatível com a realidade do futebol brasileiro.

Como resultado, hoje a antiga patrocinadora quer se ver livre dos jogadores que mantêm contratos, enquanto o clube deseja preservá-los, sem , no entanto, ter  condições financeiras para mantê-los.

Felipe Garcia, Bruno, Fabrício, Valência e Carlinhos. Diguinho, Chiquinho, Conca e Rafael Sobis.

Quase que um time completo já saiu do Fluminense este ano e outros  pagos pela antiga patrocinadora deveriam fazer o mesmo caminho.

No entanto, não é o que a diretoria do clube deseja, pois se movimenta para manter Fred, Valter, Cícero, Jean e Wagner.

Desses cinco jogadores, apenas Jean e Wagner deveriam permanecer no clube, com contrato exclusivo com o clube e livre da patrocinadora antiga.

Fred, Cícero e Valter deveriam ser negociados imediatamente, aliviando a folha de pagamento do clube e, com isso, garantindo que todos os demais atletas e funcionários do clube recebam seus vencimentos  sempre  em dia, condição essencial para manutenção de um grupo coeso e focado nas competições.

Cabe lembrar que Fred, desde que chegou ao Fluminense em 2009, jogou, apenas, a metade dos jogos que o clube fez no período citado.

Uma relação  custo/benefício duvidosa.

Valter vive as voltas com problemas de peso, algo incompatível para um atleta de um esporte de alto rendimento.

Cícero, que já passou pelo clube na campanha da Libertadores da América de 2008, é um jogador que , tecnicamente oscila muito, acima da média e , devido a isso, torna-se um investimento de alto risco que não deve ser assumido pela atual diretoria no momento de implantação de um novo modelo de gestão no clube.

Com a saída de Fred, Cícero e Valter, jogadores como Michel, Gérson, Robert e Kennedy, todos da base do clube  e com futuros promissores,  terão mais espaço e com certeza, irão brilhar nas competições.

Além disso, o treinador não terá a obrigação de implantar um estilo de jogo - ultrapassado- voltado pra as finalizações de Fred.

O momento do clube é de reformulação, e requer ousadia da diretoria, que até então tem um planejamento  focado no clube, livre de paixões , o que é o correto.

Crise no idioma mandarim - sem trocadilhos -  significa perigo e oportunidade.

Que a diretoria saiba aproveitar a oportunidade e fazer uma reformulação ousada e completa, para o bem do clube, seus funcionários e todo o departamento de futebol.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

McDonald's. O maior gerador de merda

McDonald's está em decadência?


sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
Por Altamiro Borges

Um dos símbolos do capitalismo mundial e do imperialismo ianque, a rede de fast-food McDonald's está passando por um período de acentuado declínio. Nesta segunda-feira (19), o site da "Economist" divulgou longa reportagem sobre as dificuldades da multinacional - que engorda as crianças, estimula péssimos hábitos alimentares, abusa da publicidade infantil e esfola seus milhares de funcionários no mundo inteiro, entre outros crimes. A matéria aponta algumas das razões da queda nas vendas globais da empresa desde meados do ano passado.

"Os restaurantes da rede McDonald's estão entre as maiores histórias de sucesso do capitalismo americano. Fundada num único estabelecimento simples em 1948, a ênfase da rede de fast-food no serviço rápido e no cardápio padronizado ajudou-a a se expandir para mais de 35 mil endereços em todo o mundo. O negócio foi rentável: depois de um período de instabilidade no início da década de 2000, o preço das ações da empresa foi de US$ 12, em 2003, para mais de US$ 100 ao final de 2011. Mas agora o McDonald's perdeu o brilho. As vendas globais estão em queda desde julho".

O que deu errado? - pergunta a Economist, porta-voz dos interesses do capital. Segunda a publicação, a atual crise do McDonald's decorre de "problemas operacionais em todo o mundo. Em particular, a unidade asiática - responsável por quase um quarto da renda global da empresa - foi atingida por vários escândalos de vigilância sanitária. As vendas na China tiveram queda acentuada depois que revelou-se em julho que um de seus fornecedores usava carne bovina e de frango com o prazo de validade expirado. Mais recentemente, vários fregueses japoneses informaram ter encontrado pedaços de plástico e até um dente na comida". 

No ano passado, alguns estabelecimentos da rede na Rússia também foram fechados temporariamente por inspetores locais, "aparentemente como retaliação pelas sanções anunciadas por europeus e americanos contra o país em decorrência da intervenção militar na Ucrânia. Alguns políticos russos chegaram a pedir que a empresa fosse expulsa do país de uma vez". Mas os problemas não ocorrem apenas nas filiais no exterior. O McDonald's enfrenta dificuldades em sua própria casa, nos EUA. 

"Há a concorrência de rivais do fast-food como Burger King, que aumentam sua fatia do mercado com uma versão mais simples e barata do cardápio do McDonald's. E a rede sofre a pressão de restaurantes de padrão um pouco mais elevado e estética 'casual' como Shake Shack e Chipotle Mexican Grill, em rápido crescimento. Estes têm afastado os fregueses - principalmente os mais jovens - dos nuggets de frango do McDonald's, por exemplo, ao oferecer comida de qualidade um pouco melhor, um alto nível de personalização e serviço parcial de atendimento nas mesas".

Diante deste cenário preocupante - para a empresa e não para seus frequentadores -, Economist até dá alguns conselhos. "O McDonald's parece ter duas opções: imitar rivais como Burger King e retornar às raízes, ou incrementar suas instalações e concorrer com nomes como Shake Shack. A rede parece tentar ambas as coisas... Enquanto tenta se reinventar, talvez a rede descubra que livrar-se de sua imagem tradicional será uma tarefa bem mais difícil". E olha que a mídia venal - mundial e brasileira - protege um bocado a imagem desta gulosa multinacional. 

Fonte:  Blog do Miro
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Os lanches do McDonald's são caros e de pouco valor nutricional, além de quando consumidos em excesso, frequentemente, levam a obesidadee outras doenças.

O estilo do McDonald´s, ao que parece, vai se esgotando pelo mundo, já que cada vez é maior o número de pessoas que veem na alimentação um caminho natural para se ter uma boa saúde.

O McDonald´s está na contramão de tudo que possa representar uma boa saúde.


Outro aspecto é o crescente movimento slow food, onde alimentação não deve ser apenas uma simples ingestão de qualquer coisa no tempo mais rápido possível, de maneira a não se perder tempo.


Uma boa alimentação, com calma, é ganho de tempo e de vida.


O McDonald´s está na contramão de tudo que possa representar ganho de vida.


O atendimento nas lojas do McDonald´s é frio e impessoal, onde os clientes  se posicionam em pequenas baias para ingerir o mais rápido possível o "alimento", praticamente sem nenhum contato  com o atendente.


Cada vez mais, as pessoas que se alimentam fora de suas casas, querem um local tranquilo , um atendimento personalizado e uma variedade de opções de pratos saudáveis, nutritivos , saborosos e com um preço justo.


O McDonald's está na contramão de um atendimento humanizado.


As outras cadeias de fast food que vão ganhando mais clientes e com isso derrubando a hegemonia do McDonald's, certamente já perceberam esses movimentos das pessoas quanto aos hábitos alimentares, no entanto não significa que sejam referência para uma boa alimentação saudável.


O que emerge, de forma clara, é  que o estilo McDonald´s de alimentação de andróides se esgota, dando lugar a algo mais humanizado e menos nocivo a saúde humana.


Por outro lado, esse novo modelo das novas redes de fast food, em breve também se esgotará, pois a mega tendência que vem moldando essas mudanças, diz respito a alimentação cada vez mais natural, livre de transgênicos e  com produtos orgânicos e isentos de agrotóxicos.


O McDonald's está na contramão da mega tendência.


O aspecto mais claro da decadênca do McDonald's  está na maneira de se  consumir os alimentos, de forma rápida, sem mastigar devidamente e corretamente os alimentos.


Quando isso acontece, os alimentos chegam ao estômago e os nutrientes, que muitas vezes se processam com o ato de mastigação, não são aproveitados pelo organismo, indo parar em outro lugar, o lugar de descarte.


Considerando que os alimentos são pobres em nutrientes e o estilo de consumo sugere a rapidez em consumí-los, pouco se aproveita no organismo.

Assim sendo o McDonald's é o maior gerador de merda do planeta, a mesma merda que Bill Gates sugere como solução para extração de água para os pobres.